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Joe Dispenza, Quiroprático, Bioquímico

e Neurocientista.
Nascido em Nova Jersey, 50 anos, é casado e tem três filhos. Especializou-se em cardiopatia e imagem
cerebral e hoje é professor na Universidade de Atlanta. Joe Dispenza acredita na capacidade de criar nossa
vida e que através de nós se expressa o Divino.

A Lei da Mudança.

Nossa personalidade e nossa realidade tem sido construídas segundo pensamos, atuamos e sentimos. Com
muita disciplina, entrando em contato diariamente com o nosso cérebro, podemos criar a nossa realidade.
No seu último livro, “Deixe de Ser Você”, Joe Dispenza explica como fazer e propõe uma aprendizagem
de quatro semanas.

Quiroprático, Joe teve uma lesão que lhe fez pensar a respeito das capacidades do nosso cérebro e assim se
desenvolveu como bioquímico e neurocientista.

Primeiro ele investigou o que acontecia com as recessões espontâneas das doenças e analisou o que tinham
em comum as pessoas que conseguiram a cura. Depois decidiu reproduzi-lo, e todo o que pode ser
reproduzido vira uma Lei.

A seguir trechos da entrevista feita por Inma Sanchis, do jornal espanhol La Vanguardia.

Inma: Faz anos que você está defendendo a ideia de que podemos chegar a controlar nossa mente e nossa
realidade.
Joe: A mente determina a experiência exterior, por que tudo se reduz a campos de energia, de modo que
nosso pensamento altera constantemente nossa realidade. É possível mudar as circunstâncias da nossa
realidade se sabemos como.

Inma: Eu devo ser muito pouco hábil.


Joe: Se você segurar os mesmos pensamentos, se leva à pratica as mesmas ações e vive com os mesmos
sentimentos e emoções, o seu cérebro e o seu corpo seguirão igual. Mas, cada vez que você aprende
alguma coisa nova são estabelecidas novas conexões neuronais que mudam fisicamente o seu cérebro.

Nós passamos a vida aprendendo.

Mas mesmo assim, aprender não é suficiente. Você tem que aplicar o que foi aprendido, e assim quando
você começa a experimentar as emoções dessa experiência, então é quando literalmente você dá novos
sinais aos seus neurônios e cria novas sinapses: isto é chamado de Evolução.

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Inma: Se isto fosse tão simples......
Joe: Sempre estamos criando um futuro. O que acontece é que criamos o mesmo futuro e assim
reafirmamos a nossa personalidade. Vivemos sendo dirigidos por uma série de pensamentos,
comportamentos e reações emocionais memorizadas (temor, culpa, falta de autoestima, raiva, prejuízos...)
que são muito viciantes e que funcionam como programas informáticos instalados no subconsciente.

Inma: E onde está a mudança?


Joe: Em ser maior do que as circunstâncias da nossa vida. Ou somos vítimas da nossa realidade ou
somos os criadores dela.

Inma: Parece autoajuda!


Joe: Se formos analisar os grandes personagens da nossa história, podemos observar que todos eles
pensaram e imaginaram o futuro o número de vezes suficiente como para que o seu cérebro mude
literalmente. Isto até o ponto de sentir essa experiência desejada como se ela já estivesse acontecendo.
Primeiro eles criaram a mudança neles. Mudar significa ir além do entorno, do corpo e do tempo.

Nós podemos fazer com que o pensamento seja mais real que qualquer outra coisa, é o fazemos
diariamente quando estamos dirigindo por uma estrada mas concentrados nos nossos pensamentos. Não
enxergamos a estrada, não sentimos o nosso corpo e não sabemos quanto tempo tem passado. Este estado é
o estado que utilizamos para criar, absortos na emoção.

Mas a maior parte das pessoas está pensando nos seus problemas em vez de pensar nas possibilidades.

Inma: Mas pensar em algo não o faz real.


Joe: Uma vez tendo desenhado a Visão, nosso comportamento deve responder às nossas intenções. A mente
e o corpo devem trabalhar juntos. Temos que agir de uma maneira diferente da qual temos agido até
agora para poder ter resultados diferentes.

Se você quer criar uma nova realidade pessoal, você deve literalmente transformar-se em uma outra pessoa.

Inma: Como?
Joe: Através de um programa de meditação desligada de misticismos que pretende que o cérebro e o corpo
não respondam de uma maneira previsível. O que temos que conseguir é que isto seja uma habilidade, a
habilidade de abrir o sistema operativo de todos esses programas subconscientes onde realmente acontece a
mudança.

Vamos colocar como exemplo a ansiedade...

O escâner de alguém com ansiedade ou com depressão é o mesmo: o cérebro começa a segregar químicas
como se isto que a pessoa teme estivesse acontecendo no presente, e com o tempo esta química resulta em
algo viciante.

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Inma: Como podemos sair deste círculo vicioso?
Joe: Meditação significa "familiarizar-se com”. Se você traz para a consciência os teus pensamentos e
os teus hábitos automáticos e observa as emoções, você começa a objetivar a sua mente
subconsciente. Se você se familiarizar com os aspectos de você mesmo que criam a ansiedade (ou o que
você queira mudar), durante a vigília você observará o quanto você se sente dessa maneira e você poderá
então mudá-los.

Inma: E a partir daí?


Joe: ...Se você decide quem você quer ser, qual é o seu grande ideal, quais pensamentos você quer ter,
quais comportamentos você quer demonstrar...Se você se lembrar constantemente, pensar a cada dia em
Novas Formas do seu SER , quanto mais você pensa nisto e mais você planifica, mais estará instalando
novos circuitos no seu cérebro.

Inma: Quanto mais nós observamos, menos seremos nós mesmos.


Joe: Exato. Se podemos ensinar nosso corpo a confiar no futuro e viver em alegria, criamos novas
conexões. Uma atenção clara e uma emoção elevada mudam o destino. Mas requer disciplina. O simples
pensamento positivo não funciona, por que a negatividade está instalada no subconsciente.

As mudanças verdadeiras acontecem sendo conscientes das nossas reações inconscientes e fazendo o
contrário deliberadamente.

Inma: O que os seus colegas pensam de tudo isto? Pensam que você é esotérico? Joe: Existe uma divisão
intelectual: eu tenho colegas que defendem teorias similares às minhas e somos tão científicos quanto
aqueles que defendem modelos conservadores. Mas eu lhes proponho a tentar e depois julgar.

Inma Sanchis,
La Vanguardia.

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