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GEOSSINTÉTICOS NO SLIDE

P ro f. G a b r ie l M il a r é A n d r a d e
2022
SOFTWARES ROCSCIENCE
Líder mundial em softwares geotécnicos, desenvolvendo
as melhores soluções desde 1996. Especializado em
engenharia civil e mineração.
SLIDE: programa de estabilidade de taludes 2D para avaliar o fator de segurança
ou probabilidade de falha de superfícies de falha circulares e não
circulares. Modelos complexos podem ser criados e analisados de forma rápida e
fácil. Carregamento externo, água subterrânea e suportes (grampos, tirantes,
geogrelhas , estacas etc) podem ser modelados de várias maneiras.

PHASE2: poderoso programa de elementos finitos 2D para aplicações em solo e


rocha. Pode ser usado para uma ampla gama de projetos de engenharia que
requer análises tensão-deformação, incluindo projetos de escavação,
contenções, estabilidade de taludes, infiltração de água subterrânea e análises
probabilísticas.
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NORMAS VIGENTES

Hoje há uma norma em duas partes sobre muros e taludes reforçados:

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REVISÃO DE MECÂNICA DOS
SOLOS: CRITÉRIOS DE RUPTURA
E PARÂMETROS GEOTÉCNICOS

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
Critério Mohr-Coulomb

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
Critério Mohr-Coulomb
Representa de forma adequada a ruptura
de solos, na qual o limite da tensão
cisalhante no plano de ruptura é função
da tensão normal atuante neste mesmo
Envoltória de resistência de Mohr-Coulomb
plano e das propriedades do material, tais
como coesão e ângulo de atrito. Tal critério define que a ruptura ocorre
quando o círculo de Mohr das tensões
intercepta a reta que relaciona a tensão
cisalhante ( ) com a tensão normal ( ).
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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
ESCOLHAS DOS CRITÉRIOS DE RUPTURA

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
ESCOLHAS DOS CRITÉRIOS DE RUPTURA

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REVISÃO DE MÉTODOS DE
EQUILIBRIO LIMITE E
AVALIAÇÃO DE ESTABILIDADE

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE

O método de análise por equilíbrio limite


consiste na determinação do equilíbrio de
uma massa ativa do material, a qual pode
ser delimitada por uma superfície de
ruptura circular, poligonal ou de outra
geometria qualquer.

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE
Como premissas básicas comuns aos métodos de cálculo de
ruptura pelo equilíbrio limite têm-se que:
 A ruptura se dá por um plano (análise bidimensional);
 As forças externas são o peso próprio, as sobrecargas e a
subpressão;
 O problema é estático;
 As leis da Mecânica dos Meios Contínuos se aplicam ao
material;
 Os critérios de Mohr-Coulomb, os quais foram apresentados,
aplicam-se à ruptura.
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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE

Principais cuidados com os Métodos de Equilíbrio Limite:

 O formato da superfície de ruptura arbitrado pode não


corresponder a realidade e levar a uma instabilidade
numérica;

 Valores elevados de coesão podem acarretar forças normais


negativas na base da fatia e levar à instabilidade numérica;

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE
MÉTODOS DE FATIAS

Os métodos de fatias consistem em dividir a


superfície potencial de ruptura em fatias com
as seguintes condições de equilíbrio:

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE
MÉTODOS RECOMENDADOS
Morgenstern & Price (1965): método
rigoroso aplicado a superfícies de ruptura
qualquer, além disso, satisfaz
simultaneamente todas as condições de
equilíbrio de forças e de momentos.

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE
MÉTODOS RECOMENDADOS

Spencer (1967): foi desenvolvido


inicialmente para superfícies de ruptura de
formas circulares, e depois adaptado para
superfícies de deslizamento com formas
irregulares. Ele é um método rigoroso, pois
atende a todas as equações de equilíbrio de
forças e de momentos.

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE

COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS

CAPACIDADE COMPUTACIONAL
NÃO É MAIS UM PROBLEMA

Método rigoroso

Método rigoroso

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SLIDE – CONFIGURAÇÕES INICIAIS

SELEÇÃO DE
MÉTODOS DE
ANÁLISE DE
EQUILÍBRIO LIMITE
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NBR11682 – ESTABILIDADE DE ENCOSTAS

ABNT NBR11682:2009 – Estabilidade de encostas

Estabelece o nível de segurança desejado em obras


de terra, tais como taludes, muros e encostas.

FATOR DE = RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO


SEGURANÇA TENSÕES CISALHANTES MOBILIZADAS

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NBR11682 – ESTABILIDADE DE ENCOSTAS

ABNT NBR11682:2009 – Estabilidade de encostas

Fatores de segurança mínimos para escorregamentos*

Nota 1: Majoração de 10% em caso de grande


variabilidade de resultados de ensaios geotécnicos.

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NBR16920-1
Nível de segurança desejado contra a perda de vidas humanas Nível de segurança desejado contra danos materiais e ambientais

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QUAL A IMPORTÂNCIA
DO ESTUDO DE SOLOS
MOLES PARA A GEOTECNIA?

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BRASIL E SEU LITORAL (UM EXEMPLO!)
O litoral brasileiro compreende uma
extensão de 7.491 quilômetros de
extensão. Se considerarmos todas as
saliências e reentrâncias, esse
contorno aumenta para 9.200
quilômetros.

SOLO MOLE EM TODA PARTE!

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DIMENSIONAMENTO
PRELIMINAR

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DIMENSIONAMENTO PRELIMINAR (ELU)
As geogrelhas Fortrac são feitas a partir de
materiais sintéticos de alto módulo e baixa
deformação envolvidos em um revestimento
polimérico de proteção, tendo elevada
estabilidade nas intersecções. O poliéster de
alto módulo (PET) tem sido a matéria-prima
básica para os geossintéticos há mais de 20
anos. Desenvolvimentos tecnológicos
levaram à utilização de polímeros avançados
e de melhor desempenho, como por exemplo
álcool polivinílico (PVA) e aramida. Esses
materiais apresentam uma rigidez axial
excepcionalmente elevada, além disso, o PVA
apresenta uma resistência superior aos
agentes químicos no solo - especificamente
substâncias alcalinas. Prof. Gabriel Milaré Andrade
DIMENSIONAMENTO PRELIMINAR (ELU)
Características
• Alto módulo de rigidez (alta resistência à tração à baixa deformação);
• Elevada resistência à tração até 2.500 kN/m;
• Comportamento estável a longo prazo devido à propriedade de baixa
fluência;
• Resistência aos micro-organismos e elementos químicos presentes no
solo, bem como à radiação UV e à degradação por danos mecânicos de
instalação;
• Excelente interação com o solo pela escolha da abertura de malha da
geogrelha mais apropriada ao material adjacente;
• Flexível, leve e fácil de instalar;
• Ampla gama de resistências nas direções longitudinal e transversal;
• Possibilidade de escolha da matéria prima de acordo com as
especificidades do projeto.
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DIMENSIONAMENTO PRELIMINAR (ELU)

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EXEMPLO: DIMENSÕES

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DIMENSIONAMENTO PRELIMINAR (ELU)

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DIMENSIONAMENTO PRELIMINAR (ELU)

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DIMENSIONAMENTO PRELIMINAR (ELU)

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DIMENSIONAMENTO PRELIMINAR (ELU)

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ADESÃO: GEOGRELHA-SOLO

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ADESÃO: GEOGRELHA-SOLO

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ADESÃO: GEOGRELHA-SOLO

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ELEMENTOS DO SOLO GRAMPEADO
É o resultado da execução de três itens que visam estabilizar
um talude:

• Chumbadores

 Promovem a estabilização geral do maciço

• Concreto projetado (paramento no geral)

 Promove a estabilidade local e proteção superficial

• Drenagem visando estabilizar determinado talude

 A drenagem age em ambos os casos


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HISTÓRICO DO SOLO GRAMPEADO

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HISTÓRICO DO SOLO GRAMPEADO

Tecnologia do Solo Grampeado foi desenvolvida a partir do


método construtivo de túneis NATM (New Austrian Tunnelling
Method), que fundamenta-se em três princípios básicos:

I. O maciço é visto como principal elemento estrutural;


II. A estrutura de suporte deve ser executada através da
instalação de um sistema otimizado;
III. Deve-se promover a instrumentação do túnel.
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HISTÓRICO DO SOLO GRAMPEADO

MACIÇO COMO ELEMENTO As principais características que regem


ESTRUTURAL este princípio são:

• A qualidade do maciço deve ser


preservada;
• O maciço deve se deformar para
redistribuir tensões, mobilizar o efeito
arco, levando a uma carga de suporte
menor
• Quando necessário, opta-se por um
processo de melhoria de qualidade do
maciço.
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HISTÓRICO DO SOLO GRAMPEADO
• A primeira contenção em solo grampeado
foi realizada em Versalhes em 1972.
• Estrutura temporária com alta densidade
de grampos curtos comprimentos de 4 a
6m;
• Solo constituído por arenito de
Fontainbleau (φ’=33 a 40º e c’=20kPa);
• Espaçamento entre grampos de 70cm;
• Os reforços foram injetados em furos de
cerca de 100mm de diâmetro em talude de
70º de inclinação
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HISTÓRICO DO SOLO GRAMPEADO - BRASIL

1ª Obra de Solo Grampeado:


Década de 1970
Estabilização de talude de
emboque de túnel de adução (SP)

Sistema
Cantareira

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DESEMPENHO EM OBRAS
GEOTÉCNICAS

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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
Desempenho  Comportamento de uma obra em suas
várias fases de desenvolvimento
Comportamento

Bom Ruim

Resultados de ensaios
Instrumentação Definição do nível de
Provas de carga Segurança da obra
Medidas de deformação
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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS

Aparência
Funcionalidade
Estabilidade

Resultados de ensaios
Parâmetro de Instrumentação
Desempenho Provas de carga
Medidas de deformação

Movimento do binômio
solo-estrutura

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ESTABILIDADE DE TALUDES
ELS – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO

• Grampos são elementos passivos, cuja resistência é mobilizada somente pela


tendência de movimento relativo entre o reforço e o solo.

• A maior parcela dessa mobilização ocorre durante o período construtivo,


principalmente em métodos construtivos descensionais.

• Deformações e deslocamentos são mitigados pela escolha adequada do sistema


solo-grampo-paramento, bem como pelo processo executivo e controle
tecnológico adequados, e dimensionamento apropriado.
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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
MECANISMO DE RUPTURA – SOLO GRAMPEADO

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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
MECANISMO DE RUPTURA – SOLO GRAMPEADO

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

Dimensionamento deve prever as


seguintes verificações (ELU):

1) Estabilidade Externa 3) Estabilidade Local


Deslizamento* Punção*
Capacidade de carga* Flexão*

2) Estabilidade Interna 4) Estabilidade Global


Ruptura do chumbador (aço) Análise de Equilíbrio Limite
Arrancamento grampo-solo

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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
MECANISMO DE RUPTURA – SOLO GRAMPEADO

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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
SUPERFÍCIES DE RUPTURA – SOLO GRAMPEADO

ATIVA
PASSIVA

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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
SUPERFÍCIES DE RUPTURA – SOLO GRAMPEADO

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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
SUPERFÍCIES DE RUPTURA – SOLO GRAMPEADO

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CINEMÁTICA DA CONTENÇÃO

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CINEMÁTICA DA CONTENÇÃO

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CINEMÁTICA DA CONTENÇÃO

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CINEMÁTICA DA CONTENÇÃO

Valores da % de deformação horizontal com relação a altura do corte

LIMITE ACEITÁVEL
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CINEMÁTICA DA CONTENÇÃO
Valores da % de deformação horizontal com relação a altura do corte

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PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA E
ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA
DEFINIÇÃO DE ENSAIOS

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS

ABNT NBR6484:2001 –
Solo Sondagens de simples
reconhecimentos com SPT

O ensaio de resistência à penetração (SPT), o


qual é definido pela norma NBR 6484, visa
medir a resistência do solo à penetração de
um amostrador padrão para sua cravação a
partir da ação de um martelo padronizado de
65 kg elevado a uma altura de 75 cm.

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS

ABNT NBR6484:2001 –
Solo Sondagens de simples
reconhecimentos com SPT

A campanha de sondagens deve ser


acompanhada por profissional qualificado e
deve ser executada por empresa idônea;
 Na falta de ensaios, a sondagem pode prover
informações importantes para correlação de
parâmetros geotécnicos!
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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS (NORMA)
Para contenções com altura inferior a 3 m, a necessidade de execução de
sondagens de simples reconhecimento fica a critério do projetista.

Para contenções com altura superior a 3 m, devem ser executados no mínimo dois
furos de sondagem por seção transversal geotécnicamente representativa, sendo
uma delas a seção de altura máxima e as demais a serem estabelecidas pelo
projetista.

A locação e as profundidades dos furos são definidas pelo projetista em função de


interferências ou de peculiaridades geológico-geotécnicas do maciço.
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CORRELAÇÕES COM NSPT (CUIDADO!)

ABNT NBR6484:2001 – Solo Sondagens de


simples reconhecimentos com SPT

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VARIAÇÃO DA COESÃO COM A SATURAÇÃO

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS
ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO

Necessidade de retirada de
amostra indeformada (h=1,5 m)

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS
ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS
RESULTADO DO ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS
ENSAIO DE COMPRESSÃO TRIAXIAL

Para o ensaio de compressão triaxial,


o corpo de prova pode obtido de duas
formas:

 Ser moldado a partir de blocos


indeformados, assim como no
cisalhamento direto;

 Retirada de amostra semi-


deformada do furo de sondagem
com amostrador apropriado de
paredes finas.

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ORIENTAÇÕES PARA ENSAIOS
ENSAIO DE COMPRESSÃO TRIAXIAL
 O ensaio de compressão triaxial a
ser realizado deve ser do tipo CU
(ensaio rápido), ou seja, não
drenado.
 Nele é possível obter as duas
envoltórias de resistência, tanto a
total, quanto a efetiva, num
prazo muito menor que o ensaio
do tipo CD.
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FATORES DE SEGURANÇA EM
PROJETOS DE CONTENÇÃO

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

ABNT NBR 11682:2009 - Estabilidade de encostas

ESTES CRITÉRIOS
S Ã O R A Z O ÁV E I S D E
R U P T U R A PA R A O
S OLO G RAM PE AD O ?

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

NORMA BRASILEIRA DE SOLO GRAMPEADO:

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

Dimensionamento deve prever as


seguintes verificações (ELU):

1) Estabilidade Externa 3) Estabilidade Local


Deslizamento* Punção*
Capacidade de carga* Flexão*

2) Estabilidade Interna 4) Estabilidade Global


Ruptura do chumbador (aço) Análise de Equilíbrio Limite
Arrancamento grampo-solo

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

Verificações de Serviço (ELS):

1) Deformações (inclinação e recalques)

2) Distorções angulares no topo da contenção

3) Abertura de fissuras no paramento

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

Verificações de Serviço (ELS):

• O projeto deve levar em conta os estados-limites de serviço


(ELS) da obra e o seu entorno, especialmente em áreas urbanas.

• Devido às incertezas na previsão dos deslocamentos e


deformações, as obras podem ser monitoradas durante e após o
término da construção, de acordo com um plano de
instrumentação e monitoramento fornecido pelo projetista.

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FS EM PROJETOS DE CONTENÇÃO

FHWA-NHI-14-007

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COMPARAÇÃO COM OUTRAS
TECNOLOGIAS DE CONTENÇÃO

• CORTINA ATIRANTADA
• MURO GABIÃO
• MURO DE FLEXÃO

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COMPARAÇÃO ENTRE CONTENÇÕES
COMPARAÇÃO ENTRE CONTENÇÕES

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COMPARAÇÃO ENTRE CONTENÇÕES

Exemplo de muro gabião Exemplo de muro atirantado

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APLICAÇÕES DO SOLO GRAMPEADO
ASSOCIADO A OUTROS TIPOS DE CONTENÇÃO OU TRATAMENTO DE SOLO

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APLICAÇÕES DO SOLO GRAMPEADO
ASSOCIADO A OUTROS TIPOS DE CONTENÇÃO OU TRATAMENTO DE SOLO

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COMPARAÇÃO ENTRE CONTENÇÕES

(3 x)
Dentre as opções mais comuns de
contenção, o solo grampeado é a
opção mais barata e com maior
potencial de acréscimo de segurança!

Cortinas atirantadas podem chegar a


custar 3 vezes o valor de uma
contenção em solo grampeado

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COMPARAÇÃO ENTRE CONTENÇÕES

SOLO GRAMPEADO
 Menor custo entre todos:
 Cerca de metade do custo de uma cortina
atirantada e/ou muro de flexão
O CAMINHO CRÍTICO É
 Rapidez na execução: SEMPRE A ESCAVAÇÃO.
 Velocidade de execução, em média 400 m² por mês,
por equipe, mesmo em época chuvosa.
 Utiliza equipamentos simples
 Equipamentos mais leves e de fácil manuseio, com
execução mais flexível.

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RESTRIÇÕES À UTILIZAÇÃO DO
GRAMPEAMENTO DE SOLO

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RESTRIÇÕES AO GRAMPEAMENTO DE SOLO

As condições que restringem o grampeamento do solo devem ser


observadas por todos os participantes do projeto, pois podem
levar a acidentes graves:

• Projetista;
• Executor;
• A.T.O. e/ou fiscalização.

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RESTRIÇÕES AO GRAMPEAMENTO DE SOLO
RESTRIÇÕES DE ORDEM GEOTÉCNICA

• Solos que não suportam escavação


em bancadas de pelo menos 1,00 m (a
prumo ou abatidas);
• Maciços que apresentem argilas moles plásticas (NSPT < 2);
• Maciços que apresentem solos arenosos ou com coesão inferior a 4 kPa;
• Solos submersos (abaixo no nível d’água).

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RESTRIÇÕES AO GRAMPEAMENTO DE SOLO
RESTRIÇÕES DE ORDEM GEOTÉCNICA

• Solos granulares com nível d'água elevado;


• Solos com pedras e pedregulhos;
• Solos colapsíveis ou expansivos;
• Solos altamente corrosivos ou com água subterrânea
altamente corrosiva;
• Rochas fraturadas com planos desfavoráveis ao corte e
grampeamento.

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RESTRIÇÕES AO GRAMPEAMENTO DE SOLO
RESTRIÇÕES DE ORDEM CONSTRUTIVA

• A existência de utilidades por trás do muro cria


restrições para aplicação do solo grampeado;

• Em projetos onde existem critérios rígidos de


movimento de paredes e/ou piso, medidas
adicionais para limitar deflexões podem ser
necessárias.

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DADOS NECESSÁRIOS PARA UM
PROJETO DE CONTENÇÃO

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DADOS NECESSÁRIOS PARA UM PROJETO
PRINCIPAIS DADOS NECESSÁRIOS

 Campanha de ensaios de campo e


laboratório;
 Levantamento planialtimétrico
cadastral;
 Necessidades do cliente quando à
escavações, áreas disponíveis e usos
do terreno (sobrecargas)

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DADOS NECESSÁRIOS PARA UM PROJETO
PRINCIPAIS DADOS NECESSÁRIOS PARA O PROJETO

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MOVIMENTO DE TERRA

• SEQUENCIA EXECUTIVA
• CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇÃO
• CONDIÇÕES EXCEPCIONAIS

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SEQUENCIA EXECUTIVA

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SEQUENCIA EXECUTIVA BÁSICA

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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO CUIDADOSA: ESCAVAÇÃO SETORIZADA POR “CACHIMBOS”

Como medida de melhoria das condições de estabilidade temporária durante as


escavações, podem ser adotadas ações adicionais, como escavação parcial em nicho
(cachimbo), utilização de grampos subverticais, construção de parte do paramento
previamente à execução do grampo e outros.

A metodologia executiva a ser adotada nesses casos deve ser especificada no


projeto. Em taludes naturais, previamente cortados ou em estruturas preexistentes,
quando se pretender apenas reforçar o maciço instável, o grampeamento pode ser
efetuado de forma descendente ou ascendente, conforme a conveniência.
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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO CUIDADOSA: ESCAVAÇÃO SETORIZADA POR “CACHIMBOS”

• Promove menos desconfinamento do solo, dado que a


escavação não ocorre integralmente;
• Deve ser utilizado quando a escavação é limítrofe com
outras construções e em solos menos coesivos;
• Tira partido do efeito tridimensional da escavação,
garantindo maior segurança;
• A largura dos cachimbos e a altura das bancadas depende
da malha adotada para a instalação dos grampos;

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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO CUIDADOSA: ESCAVAÇÃO SETORIZADA POR “CACHIMBOS”

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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO CUIDADOSA: ESCAVAÇÃO SETORIZADA POR “CACHIMBOS”

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SEQUENCIA EXECUTIVA BÁSICA

Diminui deslocamentos horizontais


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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO CUIDADOSA: ESCAVAÇÃO SETORIZADA POR “CACHIMBOS”

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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO CUIDADOSA: ESCAVAÇÃO SETORIZADA POR “CACHIMBOS”

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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO COM ESCAVAÇÃO PLENA DA BANCADA

Escavação completa da bancada


(execução mais rápida)
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CONDIÇÕES NORMAIS DE EXECUÇAO
EXECUÇÃO COM ESCAVAÇÃO PLENA DA BANCADA

O potencial de instabilidade do corte


não tratado neste estágio pode ser
aumentado quando forças de
infiltração atuam nesta face aberta.

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CONDIÇÕES EXCEPCIONAIS DE EXECUÇAO
TALUDES ROMPIDOS OU COM PRINCÍPIO DE ESTABILIDADE SEM POSSIBILIDADE
DE MUDANÇA EM SUA GEOMETRIA

• Necessidade de andaimes e
plataformas;
• Maiores cuidados quanto à
segurança dos trabalhadores, pois
há trabalho em altura (NR35);
• Equipamentos utilizados devem
ser mais leves.

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CONDIÇÕES EXCEPCIONAIS DE EXECUÇAO
TALUDES ROMPIDOS OU COM PRINCÍPIO DE ESTABILIDADE SEM POSSIBILIDADE
DE MUDANÇA EM SUA GEOMETRIA

Necessidade de andaimes e plataformas


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REVISÃO DE MECÂNICA DOS
SOLOS: CRITÉRIOS DE RUPTURA
E PARÂMETROS GEOTÉCNICOS

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
Critério Mohr-Coulomb

Envoltória de resistência de Mohr-Coulomb

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
Critério Mohr-Coulomb

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
Critério Mohr-Coulomb
Representa de forma adequada a
ruptura de solos, na qual o limite da
tensão cisalhante no plano de ruptura
é função da tensão normal atuante
Envoltória de resistência de Mohr-Coulomb
neste mesmo plano e das propriedades
do material, tais como coesão e ângulo Tal critério define que a ruptura ocorre

de atrito. quando o círculo de Mohr das tensões


intercepta a reta que relaciona a tensão
cisalhante ( ) com a tensão normal ( ).
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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
ESCOLHAS DOS CRITÉRIOS DE RUPTURA

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
ESCOLHAS DOS CRITÉRIOS DE RUPTURA

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS

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CRITÉRIOS DE RUPTURA E PARÂMETROS
ESCOLHAS DOS CRITÉRIOS DE RUPTURA

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REVISÃO DE MÉTODOS DE
EQUILIBRIO LIMITE E
AVALIAÇÃO DE ESTABILIDADE

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE

O método de análise por equilíbrio limite


consiste na determinação do equilíbrio de
uma massa ativa do material, a qual pode
ser delimitada por uma superfície de
ruptura circular, poligonal ou de outra
geometria qualquer.

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE
Como premissas básicas comuns aos métodos de cálculo de
ruptura pelo equilíbrio limite têm-se que:
 A ruptura se dá por um plano (análise bidimensional);
 As forças externas são o peso próprio, as sobrecargas e a
subpressão;
 O problema é estático;
 As leis da Mecânica dos Meios Contínuos se aplicam ao
material;
 Os critérios de Mohr-Coulomb, os quais foram apresentados,
aplicam-se à ruptura.
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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE

Principais cuidados com os Métodos de Equilíbrio Limite:

 O formato da superfície de ruptura arbitrado pode não


corresponder a realidade e levar a uma instabilidade
numérica;

 Valores elevados de coesão podem acarretar forças normais


negativas na base da fatia e levar à instabilidade numérica;

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MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE
MÉTODOS DE FATIAS

Os métodos de fatias consistem em dividir a


superfície potencial de ruptura em fatias com
as seguintes condições de equilíbrio:

Prof. Gabriel Milaré Andrade


MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE
MÉTODOS RECOMENDADOS
Morgenstern & Price (1965): método
rigoroso aplicado a superfícies de ruptura
qualquer, além disso, satisfaz
simultaneamente todas as condições de
equilíbrio de forças e de momentos.

Prof. Gabriel Milaré Andrade


MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE
MÉTODOS RECOMENDADOS

Spencer (1967): foi desenvolvido


inicialmente para superfícies de ruptura de
formas circulares, e depois adaptado para
superfícies de deslizamento com formas
irregulares. Ele é um método rigoroso, pois
atende a todas as equações de equilíbrio de
forças e de momentos.

Prof. Gabriel Milaré Andrade


MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE

COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS

CAPACIDADE COMPUTACIONAL
NÃO É MAIS UM PROBLEMA

Método rigoroso

Método rigoroso

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SLIDE – CONFIGURAÇÕES INICIAIS

SELEÇÃO DE
MÉTODOS DE
ANÁLISE DE
EQUILÍBRIO LIMITE
Prof. Gabriel Milaré Andrade
NBR11682 – ESTABILIDADE DE ENCOSTAS

ABNT NBR11682:2009 – Estabilidade de encostas

Estabelece o nível de segurança desejado em obras


de terra, tais como taludes, muros e encostas.

FATOR DE = RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO


SEGURANÇA TENSÕES CISALHANTES MOBILIZADAS

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NBR11682 – ESTABILIDADE DE ENCOSTAS

ABNT NBR11682:2009 – Estabilidade de encostas

Fatores de segurança mínimos para escorregamentos*

Nota 1: Majoração de 10% em caso de grande


variabilidade de resultados de ensaios geotécnicos.

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NBR16920-2 – SOLO GRAMPEADO
Nível de segurança desejado contra a perda de vidas humanas Nível de segurança desejado contra danos materiais e ambientais

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EXECUÇÃO DOS GRAMPOS :
• PERFURAÇÃO
• ESCOLHA E TRATAMENTO DO AÇO
• CALDA DE CIMENTO
• BAINHA
• REINJEÇÕES

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ELEMENTOS DE UM GRAMPO

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PERFURAÇÃO
Perfuração em solo e rocha:

• Diâmetros usuais: de 75 mm (3”) e 150 mm (6”) ELEMENTO DE


IMPORTÂNCIA
NO PROJETO

DEVE SER DEFINIDO PELO


PROJETISTA E NÃO DEVE SER
ALTERADO SEM SEU
CONSENTIMENTO

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PERFURAÇÃO
Perfuração em solo: perfuratrizes usuais e demais acessórios:

• Perfuratriz: equipamento para execução da perfuração


no terreno, que pode ser mecânica ou manual,
compatível com o diâmetro e comprimento da
perfuração e tipo de solo ou rocha;

• Bomba d’água ou de lama: aplicável nos casos em que o


fluído de perfuração é líquido (água ou fluido
estabilizante);

• Compressor: equipamento aplicável nos casos em que o


fluido de perfuração for ar comprimido;

• Transferidor de pêndulo e esquadros de madeira.


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PERFURAÇÃO
Perfuração em solo: perfuratrizes usuais e demais acessórios
• Cabeça de perfuração: acessório instalado na extremidade
superior da haste ou do tubo de perfuração, ligado à
bomba de fluído de perfuração, que permite o fluxo do
fluído de perfuração simultaneamente à rotação,
percussão ou rotopercussão da haste.

• Hastes de extensão: elementos metálicos


com roscas para atingir o comprimento do
furo, com rigidez compatível com o solo.
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PERFURAÇÃO
Perfuração em solo:
• Equipamento pode ser apoiado em andaimes
• Fluido de perfuração: ar comprimido, água limpa, lama, fluído estabilizante

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PERFURAÇÃO
Perfuração em solo
• Equipamento de perfuração leve e de fácil manuseio
• Produtividade de 100 m/ dia/ equipe
• Inclinações usuais ~ 10º a 40º DEFINIDO PELO PROJETISTA

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PERFURAÇÃO
Perfuração mista – solo e rocha
• Equipamento mais robusto (estaca raiz);
• Produtividade semelhante ( 100 m/ dia/ equipe)
• Inclinações usuais ~ 10º a 40º, equipamento
permite maiores ângulos, porém não são usuais;
• Fluido de perfuração: ar comprimido, água limpa,
lama, fluído estabilizante etc

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PERFURAÇÃO
Perfuração mista – solo e rocha

Exemplo de reparo de contenção


com perfuração de gabião
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EXECUÇÃO DOS GRAMPOS :
• ESCOLHA DO AÇO A SER UTILIZADO

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AÇO DO CHUMBADOR – CA50
CARACTERÍSTICAS

No trecho inclinado, supõe-se comportamento elástico


linear com um módulo de elasticidade Es = 210 GPa
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AÇO DO CHUMBADOR – CA50

DIÂMETROS
USUAIS

 25 mm deve ser evitado:


dobra mais difícil e de raio
mais longo!
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
EMENDA DE BARRAS: TRASPASSE

EMENDA POR MECANISMOS DE BIELAS


TRASPASSE NÃO É COMPRIMIDAS NÃO SE FORMA
PERMITIDA! NA CALDA DE CIMENTO

BARRAS DE 12 m

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AÇO DO CHUMBADOR – CA50
EMENDA DE BARRAS: SOLDAS SOLDA POR TRASPASSE

NÃO
INDICADA!

• Difícil controle de qualidade SOLDA POR CALDEAMENTO


• Necessidade de mão-de-obra qualificada
• Execução incorreta pode comprometer a
durabilidade do chumbador por redução do
cobrimento do vergalhão

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AÇO DO CHUMBADOR – CA50
EMENDA DE BARRAS: LUVAS PRENSADAS

QUAL O PROBLEMA DESSA SOLUÇÃO?

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AÇO DO CHUMBADOR – CA50
EMENDA DE BARRAS: LUVAS PRENSADAS

NECESSIDADE DE LOCAÇÃO DE
EQUIPAMENTO ESPECÍFICO

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AÇO DO CHUMBADOR – CA50 (NBR16920-2)
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO (mm)
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
O sistema de proteção contra a corrosão da armação de aço do grampo deve assegurar
o seu desempenho ao longo da vida útil a partir da sua instalação, sendo:

a) até dois anos para grampos provisórios;


b) mais do que dois anos para grampos permanentes.

A caracterização do sistema de proteção contra corrosão deve ser estabelecida no


projeto.

O preenchimento da bainha é uma medida mandatória para todos os grampos.

Para obras provisórias e obras em solos não agressivos, não é mandatório considerar
as medidas adicionais de proteção contra corrosão.
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
Os sistemas de proteção contra corrosão devem atender aos seguintes requisitos:

a) ter vida útil igual ou superior àquela prescrita para o grampo;


b) não reagir quimicamente com o solo;
c) não prejudicar a aderência entre o aço e a bainha;
d) ser resistente às operações de montagem, transporte e instalação.

Os métodos de controle da corrosão da armação de aço do grampo que podem ser


aplicados isoladamente ou em conjunto, a critério do projetista, são os seguintes:

a) consideração de redução de diâmetro útil ou espessura de sacrifício;


b) galvanização por imersão a quente;
c) pintura industrial.
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO

Pintura epoxídica ou
emulsão asfáltica em
duas demãos!

Não prejudica significativamente a


aderência com a calda de cimento!
AÇO DO CHUMBADOR – CA50
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO

Barras de aço especial com


pintura epóxi cinza e roxa.

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AÇO DO CHUMBADOR – CA50
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO

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PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO

ABNT NBR6122:2010 – Projeto e execução de fundação

Para a proteção da armadura, considera-se


uma redução de 2 mm no diâmetro das
barras, como espessura de sacrifício.

Consideração bastante
desprezada por projetistas!

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PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
CÁLCULO DE ESPESSURA DE SACRIFÍCIO

Diâmetro resultante após a corrosão

Espessura da perda devido à corrosão

Vida útil da obra em anos

Para 50 anos X(mm) = 1,83 mm

Adequado com a NBR 6122 (2 mm)


Adequado com a NBR 16920-2 (1,50 a 2,00mm)
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AÇO DO CHUMBADOR – AÇOS ESPECIAIS

Sistemas DYWIDAG e GEWI

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AÇO DO CHUMBADOR – AÇOS ESPECIAIS

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AÇO DO CHUMBADOR – AÇOS ESPECIAIS

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AÇO DO CHUMBADOR – AÇOS ESPECIAIS

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EXECUÇÃO DOS GRAMPOS :
• ELEMENTOS ACESSÓRIOS
• PREPARAÇÃO DO CHUMBADOR
• INSTALAÇÃO DO CHUMBADOR

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ELEMENTOS ACESSÓRIOS - CENTRALIZADOR
CENTRALIZADORES TÍPICOS DE PVC

O espaçamento entre os
centralizadores
representados é apenas uma
ilustração; espaçamentos
maiores são usados na
prática, em torno de 1,00 m e
1,50 m (máx .=2,00m) .
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PREPARAÇÃO DO CHUMBADOR

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EXECUÇÃO DOS GRAMPOS :
• CALDA DE CIMENTO
• EXECUÇÃO DA BAINHA
• INJEÇÕES E REINJEÇÕES

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CALDA DE CIMENTO

NBR 7681 :1983 – Calda de cimento para injeção – Especificação

1,0 kg de água
Fator água/cimento (a/c) igual a 0,5 (em peso) =
2,0 kg de cimento

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CALDA DE CIMENTO

NBR 7681 :1983 – Calda de cimento para injeção – Especificação

1,0 kg de água Execução da bainha (injeção


Fator água/cimento (a/c) = 0,5 =
2,0 kg de cimento inicial para a fixação de tirantes
e chumbadores)
Fator água/cimento (a/c) = 0,5 a 0,7 Execução de reinjeção

São aceitas outras dosagens, desde que


comprovada por ensaios específicos de que
sua resistência aos 28 dias supera 25 MPa

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EXECUÇÃO DA BAINHA

A bainha é a fase inicial de injeção, que visa


recompor a cavidade escavada.

 É injetada pelo tubo auxiliar removível, de


forma ascendente, com calda de cimento - fator
água/cimento próximo de 0,5 (em peso)

 Deve ser inserida por meio de misturador de alta


turbulência até extravasar pela boca do furo.

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EXECUÇÃO DA BAINHA

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EXECUÇÃO DA BAINHA

 O processo executivo da bainha tem por objetivo o preenchimento integral do


furo.
 O preenchimento do furo com material ligante deve ser realizado de forma
ascendente, ou seja, deve-se introduzir um tubo auxiliar até o fundo da
perfuração, procedendo-se então ao bombeamento do material ligante até que
ele extravase pela boca do furo.
 O bombeamento deve ser mantido até que o material ligante extravasado
esteja visualmente isento de resíduos da perfuração.

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 A injeção ou reinjeção é o processo de injeção pressurizada de ligante, executada


após a cura parcial da bainha.

 Recomenda-se esse processo para minimizar eventuais vazios adjacentes aos


grampos, aumentar o confinamento do maciço no entorno do grampo e combater
efeitos prejudiciais devido à possível exsudação do ligante no processo de
preenchimento da bainha. O processo pode resultar em maior resistência da
interface solo-grampo e, consequentemente, em uma maior resistência ao
arrancamento dos grampos.

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 Tubos de injeção perdidos, feitos de


polietileno ou material similar, com
diâmetros entre 8 e 15 mm, providos de
válvulas do tipo manchete a cada 0,5 m, a
até 1,5 m da boca do furo.

 A quantidade de tubos depende das fases


de injeção previstas, e deve ser
considerado um tubo para cada fase.
válvulas
tipo manchete
 Geralmente são realizadas três fases de
injeções.

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 Exemplo de tubos de injeção com


tubos de injeção fechados com
fita adesiva (prática comum);

 Facilidade na execução;

 Ausência de controle de pressão


para “abertura”, ao contrário de
válvulas específicas;

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 Exemplo fornecido
pela norma de um
chumbador com
três setores (fases)
de injeção.

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 Mangueiras de alta pressão: componentes


rígidos ou flexíveis, com capacidade mínima
de trabalho 50% superior à pressão de
abertura máxima prevista;

 Misturador: equipamento com capacidade de


bater calda em alta turbulência, igual ou
superior a 1.750 rpm;

 Agitador: equipamento composto por


caçamba com capacidade de manter a calda
em suspensão com rotação mínima de 50 rpm

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 Um chumbador só pode ser reinjetado após


o período mínimo de 12 horas, através do
tubo de injeção perdido, anotando-se a
pressão máxima de injeção e o volume de
calda absorvida.

 A reinjeção não deve ser executada, a não


ser que haja dois ou mais tubos de injeção
perdidos.

 Geralmente são realizadas três reinjeções

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

 Primeira fase limitada a 1 saco de cimento


por válvula; ou pressão de injeção menor que
2 MPa.

 Demais fases limitadas a 0,5 saco por válvula


até atingir a pressão de injeção desejada.

 Ensaios: após 7 dias da última fase de


injeção, de acordo com NBR a 5629 ou a
critério da FISCALIZAÇÃO.

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

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INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO

• Deformações do maciço devido ao


tratamento são quase imperceptíveis.
As injeções mudam as características
do solo.

• Os volumes de calda injetados estão


entre 0,5 e 1% do volume de solo
abrangido.

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CHUMBADORES EXUMADOS

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CHUMBADORES EXUMADOS

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CHUMBADORES EXUMADOS

RESULTADO DE
MÚLTIPLAS INJEÇÕES

MAIOR qs

MELHORIA DO SOLO E DO
MACIÇO COMO UM TODO

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CHUMBADORES EXUMADOS
RESULTADO DE
MÚLTIPLAS INJEÇÕES

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CHUMBADORES EXUMADOS

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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS:
• ESTRUTURAL
• GEOTÉCNICA (qs) – AVALIAÇÃO SOLO-ESTRUTURA

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DIMENSIONAMENTO DOS GRAMPOS

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DIMENSIONAMENTO DOS GRAMPOS

Limitações às forças de tração nos


grampos:
(a) Resistência ao arrancamento;
(b) Resistência à tração

O esforço de arrancamento no chumbador é função da


posição onde o grampo cruza a superfície de ruptura. A
posição deste cruzamento varia ao longo da
profundidade de uma seção analisada.
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DIMENSIONAMENTO DOS GRAMPOS

RT = Resistência à tração do grampo


(verificação do aço)
RF = Capacidade do paramento de
resistência à punção
RP = Resistência ao arrancamento do
grampo

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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

A partir da adoção de chumbadores compostos por barras de CA-50A de 20mm,


tem-se:

FS para
Tirantes
(?) permanentes
(considerar???)

Portanto, foi adotado o valor de 87,5 kN como


limite da resistência estrutural dos grampos para
utilização nas análises de estabilidade. Prof. Gabriel Milaré Andrade
DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

A partir da adoção de chumbadores compostos por barras de CA-50A de 25mm,


tem-se:

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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO

Uma vez que o diâmetro de perfuração é


adotado e que o valor real é diferente, a
relação entre a carga de ensaio e seu
comprimento é mais verdadeira, pois
ambos são reais.
VALOR DE
ENTRADA NO SLIDE
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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO

• Para fins de projeto, a resistência da interface solo-grampo (qs (kN/m²)) pode ser
obtida a partir de ensaios prévios de arrancamento executados na área
geotécnicamente representativa da obra ou por estimativas semiempíricas, a
critério do projetista, com eventuais ajustes devidamente justificados.
• O projeto deve especificar o valor de qs mínimo a ser obtido nos ensaios de
arrancamento.
• O projeto pode ser reavaliado em função dos resultados obtidos nos ensaios de
arrancamento.

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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO
Ortigão e Palmeira (1992) analisam estes ensaios de arrancamento no Rio de Janeiro,
São Paulo e Brasília e sugerem a correlação na qual é apresentada a equação
qs=67+60ln(NSPT), também apresentada no gráfico.
Todos os grampos executados
em furos com diâmetros entre
75 e 150 mm com injeção de
calda de cimento sem
pressão.

A dispersão dos resultados é


grande em função dos
Correlação entre qs e número de golpes NSPT - (Ortigão e Palmeira, 1992) diferentes procedimentos
empregados por vários
executores. Prof. Gabriel Milaré Andrade
DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
OUTRAS EQUAÇÕES POSSÍVEIS PARA OBTENÇÃO DE qs (kPa)

Ortigão e Palmeira (1992)

Ortigão (1997)

, com  variando de 0,7 a 1,0 (Jewell)

Solos arenosos: (Carter e Gigan) e (Bustamante e Doix)

Solos Argilosos:

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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO

VALOR DE
ENTRADA NO SLIDE

Valores em torno
de 20 a 30 kN/m
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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO

Deve ser aplicado um fator de

ABNT NBR6122:2019 – Projeto e segurança ao valor obtido pela


execução de fundação equação interpolada no gráfico.

Resistência calculada por método semi-empírico: O fator de


segurança a ser utilizado para determinação da carga admissível é 2,0.

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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO – EXEMPLO

Para D=100 mm, tem-se:

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DIMENSIONAMENTOS DOS GRAMPOS
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO

Relação entre qs (kPa) e volume de calda injetada Teste de arrancamento em


(litros/m) - Fonte: Solotrat (2013) fase inicial da obra (Setup
ou piloto)
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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO
• PORQUÊ DO ENSAIO
• ASPECTO NORMATIVO: NÚMERO DE ENSAIOS
• CARGAS DE ENSAIO

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO
Os ensaios de arrancamento fornecem as seguintes
informações:

• Determinação da resistência real da adesão, caso o


chumbador seja levado ao arrancamento

• Verificação de que a resistência de adesão real é maior que a


resistência de adesão usada no projeto

• Potencial para fluência da contenção


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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO NBR16920-2
A aparelhagem a ser utilizada nos ensaios é a seguinte:
a) base de reação;
b) cilindro (macaco) hidráulico com capacidade no mínimo 10 % maior que a carga
última da armação do grampo e curso de êmbolo compatível com os
deslocamentos máximos esperados entre o topo do grampo e o sistema de
reação;
c) manômetro com fundo de escala e leitura direta compatíveis com os incrementos
de carga do ensaio. Alternativamente, pode ser utilizada célula de carga;
d) sistema de medição axial de deslocamentos da extremidade do grampo com
leitura direta de 1 mm, com precisão de 0,5 mm.
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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO NBR16920-2
Quantidade de ensaios

• Para a verificação do parâmetro qs em ensaios prévios (opcionais), devem ser


executados no mínimo três ensaios de arrancamento por região representativa do
modelo de cálculo.
• Para ensaios obrigatórios de desempenho, devem ser executados ensaios em
grampos de sacrifício que não pertençam ao conjunto da obra, em um mínimo de
1 % da totalidade de grampos da obra, ou um mínimo de três ensaios, em região
representativa.

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO NBR16920-2

São previstos dois tipos de ensaios de arrancamento:

a) ensaio prévio: opcional para definição do parâmetro


qs a partir de ensaios de campo;

b) ensaio de desempenho: mandatório para a


verificação da eficácia do processo executivo
adotado e coerência com os condicionantes de
projeto.

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO NBR16920-2
Para a realização do ensaio, o grampo deve ser composto por dois trechos:
a) trecho livre: iniciado a partir da superfície do terreno, não pode ter aderência com
o terreno e deve ter condição de se deformar elasticamente. O trecho livre deve ter
comprimento mínimo de 1 m;
b) trecho injetado: deve se situar na região de determinação do qs e ter ligante
aderido ao grampo e ao terreno.
O trecho injetado deve ter comprimento adequado para verificar o valor de qs
estabelecido em projeto, sem comprometer a resistência do elemento estrutural da
armação do grampo. É recomendado trecho injetado mínimo de 3 m. Caso sejam
utilizados comprimentos diferentes, deve ser realizado estudo específico.
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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO NBR16920-2
Exemplo de layout de ensaios de arrancamento em mais de tipo de solo

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO NBR16920-2
Antes do início do ensaio deve ser montado cuidadosamente o sistema, constituído
pela placa de reação (de concreto, aço, madeira ou misto), pelo posicionamento do
macaco e pelo sistema de medição com a sua respectiva base independente.

Antes de qualquer medição deve ser aplicada uma carga inicial (P0), com a
finalidade de ajustar as folgas do sistema. Esta carga deve ser suficiente para
manter o macaco alinhado com o eixo do grampo e da ordem de 10 % da carga
máxima prevista para o ensaio. A partir da carga inicial (P0) devem ser aplicadas
cargas em estágios.

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO (Clouterre)

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO (Clouterre)

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO (Clouterre)

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO (Clouterre)

Determinação da carga crítica


aproximada da tensão de
fluência

TRABALHAR COM TENSÕES


MENORES NO GRAMPOS LEVA
A DEFORMAÇÕES MENORES
NO LONO PRAZO!

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO NBR16920-2
Devem ser aplicados quantos estágios forem necessários
para a obtenção da curva carga-deslocamento, sendo no
mínimo cinco estágios de igual carregamento (20 % da
carga máxima prevista para o ensaio – Tensaio), com
tempo de 5 min em cada estágio e com tempo de 15 min
para o último estágio (35 minutos totais de ensaio).

Caso não ocorra arrancamento do grampo até Tensaio, o


ensaio deve prosseguir com o mesmo critério até atingir o
arrancamento ou Túltimo.
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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO FHWA-NHI-14007

 Recomenda-se a realização de ensaios de


arrancamento em até 5% do total de grampos ou
FHWA-NHI-14-007 pelo menos um ensaio a cada nível.

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO FHWA-NHI-14007

 Tempo de aplicação da carga: 10 a 60 minutos


FHWA-NHI-14-007

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO FHWA-NHI-14007

FHWA-NHI-14-007

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO FHWA-NHI-14007

 Alongamento médio estimado: 2,5 cm


 Alongamento máximo admitido: 5,0 cm

FHWA-NHI-14-007

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ENSAIOS DE ARRANCAMENTO FHWA-NHI-14007

FHWA-NHI-14-007

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SOBRECARGAS
ACIDENTAIS NO MACIÇO:

• ASPECTOS PRÁTICOS E
NORMATIVOS
• EQUIPAMENTOS USUAIS

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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO

ABNT NBR 9061:1985 Segurança de escavação a céu aberto -


Procedimento (Atualmente cancelada, mas ainda uma ótima
fonte de informações)
As cargas atuantes são agrupadas em duas categorias:
a) cargas estáticas:
i. empuxo lateral do solo;
ii. pressão hidrostática;
iii. cargas provenientes de construções próximas
12 kN/m²/pavimento (média)
iv. acúmulo de material escavado na borda da escavação
(5kN/m² a 10kN/m²);
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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO

ABNT NBR 9061:1985 Segurança de escavação a céu aberto -


Procedimento (Atualmente cancelada, mas ainda uma ótima
fonte de informações)
b) cargas dinâmicas:

i. Tráfego de veículos;
ii. Máquinas e equipamentos

Não presente na norma, mas inclusos nas cargas


dinâmicas: vibrações devido à desmontes de rochas,
sismos (acelerações horizontais) e até mesmo terremotos.
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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO

ABNT NBR 11682:2009


• Item 7.3.3 da Estabilidade de Encostas

Todas as estruturas de contenção devem ser projetadas


para suportar, além dos esforços provenientes do solo, uma
sobrecarga acidental mínima de 20 kPa (2000 kgf/m²),
uniformemente distribuída sobre a superfície do terreno
arrimado.
A utilização de valores inferiores para a
sobrecarga acidental deve ser devidamente
justificada pelo engenheiro civil geotécnico
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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO

ABNT NBR7188:2013 – Carga móvel rodoviária e de pedestres


em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas

ABNT NBR7188:2013, norma que versa sobre


cargas móveis, o padrão TB45 estabelece 3 eixos
separados de 1,50 m com cada eixo transmitindo
150 kN ao pavimento em uma área de 18 m²,
portanto, totalizando uma carga total de 450 kN,
ou distribuída de 25 kPa (2500 kgf/m²).
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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO

ABNT NBR7188:2013 – Carga móvel rodoviária e de pedestres


em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas

Contenções de taludes que servem como


base para passagem de veículos, tais
como o definido pela NBR7188:2013.

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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO
A sobrecarga de 10 kN/m² abrange não
só as cargas provenientes dos depósitos
de materiais de construção na faixa
lateral a escavação nas quantidades
usuais a esse tipo de obra, mas também
NC-03
(METRÔ – SP) as cargas provenientes de tráfego lateral
de veículos.

Sobrecarga uniformemente distribuída


de 10 kN/m² e sobrecarga em faixa de
1,5m de largura com intensidade de p’
(kN/m²), conforme tabela ao lado:

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SOBRECARGAS ACIDENTAIS NO MACIÇO

Exemplos para aplicação da NC-03 (Metrô – SP):

FONTE: SOLOTRAT (ESTABILIZAÇÃO DE ESCAVAÇÃO DE TALUDE – SÃO PAULO)

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DISTRIBUIÇÃO DE CHUMBADORES
• MALHAS USUAIS

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DISTRIBUIÇÃO DE CHUMBADORES

• Malhas definidas de acordo com pré-


dimensionamento;
• Espaçamentos mínimos e máximos:
• Espaçamento mínimo: 1,00 m;
• Espaçamento máximo: 2,00 m*;
*EVITAR!
DISTRIBUIÇÃO DE CHUMBADORES
• Tipos de distribuição:
• Grampos alinhados (Malha quadrada ou retangular); Pé de galinha
DISTRIBUIÇÃO DE CHUMBADORES
• Distribuição no pé e no topo da contenção
DIMENSIONAMENTO DE
ELEMENTOS DE DRENAGEM
• ASPECTOS TEÓRIOS E PRÁTICOS

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ELEMENTOS DE DRENAGEM
A função do sistema de drenagem interna é a captação e a condução de eventuais
águas que atinjam o maciço. O sistema de drenagem interna não pode permitir a
captação das águas superficiais. Podem compor o sistema de drenagem interna,
concomitantemente ou de forma isolada, os seguintes componentes:

a) geodrenos verticais na face, associados à saída no pé da contenção ou às saídas


ao longo do próprio geodreno por meio de barbacãs;
b) barbacãs na face;
c) paramento drenante;
d) dreno sub-horizontal profundo (DHP) (OBRIGATORIAMENTE).
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ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO MACIÇO – DRENO SUBHORIZONTAL PROFUNDO (DHP)
Tem a função de captar as águas de diversos níveis de
surgência inclusive parte do lenços freático e água
de precipitação que percola no maciço.

• Inclinação para cima de 5 a 10º


• Espaçamento entre DHP’s de 4 a 6 metros
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ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO MACIÇO – DRENO SUBHORIZONTAL PROFUNDO (DHP)

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ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO MACIÇO – DRENO SUBHORIZONTAL PROFUNDO (DHP)

L TRATADO

LDHP = 1,5 A 2,0 X LTRATADO

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ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO MACIÇO – DRENO SUBHORIZONTAL PROFUNDO (DHP)

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ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO PARAMENTO – BARBACÃ OU BUZINOTE

Promover um adequado fluxo às águas que chegam


ao paramento vindas do talude, evitando o
surgimento de esforços hidrostáticos excessivos.

• Inclinação para cima de 5 a 10º


• Distribuição: 1 barbacã a cada 4m²
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ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO PARAMENTO – DRENO LINEAR

Promover um adequado fluxo às águas que chegam


ao paramento vindas do talude, evitando o
surgimento de esforços hidrostáticos excessivos.

Distribuição: linhas de drenos


alternadas com os barbacãs
com espaçamento máximo
entre linhas de 4,00 m, desde
que intercalados com outros
sistemas de face.
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ELEMENTOS DE DRENAGEM
DRENAGEM DO PARAMENTO – DRENO LINEAR

MacDrain® - Geocomposto para drenagem – FP 2L 20.2


PARAMENTOS PARA O
SOLO GRAMPEADO

• PARAMENTO “VERDE”
• PRÉ-FABRICADOS
• CONCRETO PROJETADO

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PARAMENTO “VERDE”

Utilização de Geomantas poliméricas

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PARAMENTO “VERDE”
Plantio de vegetação por meio de biomanta com hidrossemeadura

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PARAMENTO “VERDE”
Plantio de vegetação por meio grama em placas e aplicação de tela hexagonal

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SOLO GRAMPEADO “VERDE” – EXEMPLO 1

Solo grampeado com face vegetada: H: 35m,Inclinação ~ 70°


Revegetação - Gramíneas e Leguminosas / Manta Macmat R1
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SOLO GRAMPEADO “VERDE” – EXEMPLO 2

Solo grampeado com face vegetada em grama em placas,


manta Macmat R2 e geomanta com fibra de côco

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SOLO GRAMPEADO “VERDE” – RS SLIDE

Solo grampeado verde: PLATE CAPACITY = 0 kN!!! Prof. Gabriel Milaré Andrade
CONCRETO PROJETADO

ABNT NBR 14026:2012 - Concreto projetado — Especificação

Concreto com dimensão máxima característica do agregado maior ou


igual a 9,5mm, transportado através de uma tubulação, projetado
sob pressão sobre uma superfície, com compactação simultânea.

• Brita 0 ou pedrisco: de 4,8 mm a 9,5 mm Por Norma, além da


• Brita 1: de 9,5 mm a 19 m forma de execução, é o
• Brita 2: de 19 mm a 25 m agregado que define o
• Brita 3: de 25 mm a 50 m concreto projetado
• Brita 4: de 50 mm a 76 mm

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CONCRETO PROJETADO

Utilização em obras de porte (túneis, contenções, etc.) com grande


vida útil esperada: 100 anos (PAULON, 1986)
Principais características A qualidade final do produto depende
do equipamento bem ajustado!
• Agilidade de produção e praticidade
• Velocidade de execução da estrutura
• Dispensa fôrmas
• Requisitos dependem da aplicação
• Flexibilidade geométrica

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CONCRETO PROJETADO
Via seca ou via úmida?

O concreto projetado é um processo que depende do equipamento. A


decisão sobre que equipamento utilizar depende:

• Condicionantes de projeto.
• Condicionantes de execução.
• Condicionantes do material

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CONCRETO PROJETADO

Espessura da camada
• Quanto maior, menor a reflexão
Substrato
• Quanto mais irregular e duro, maior a reflexão
Umidificação
• Quanto maior, menor a reflexão
Velocidade de projeção
• Quanto maior, maior a reflexão
Distância de projeção
• Distância ótima: ~1m
Inclinação do jato
• Quanto maior, maior a reflexão

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CONCRETO PROJETADO

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CONCRETO PROJETADO

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CONCRETO PROJETADO COM FIBRAS

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CONCRETO PROJETADO COM FIBRAS

Tenacidade: energia absorvida com


deformações plásticas

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CONCRETO PROJETADO COM FIBRAS
Dosagem é sempre uma parte complexa do processo de
elaboração do traço, bem como sua aplicação!

Fibra de aço Macrofibra de Microfibra de polietileno


Dosagem recomendada: polipropileno Dosagem recomendada:
bastante variável, desde Dosagem recomendada: 600 g/m³ até 1 kg/m³
6kg/m³ até 40 kg/m³ 2 kg/m³ até 6 kg/m³
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CONCRETO PROJETADO COM FIBRAS

A durabilidade do revestimento pode ser maior com fibras devido:


redução da fissuração.

• Fibra é um elemento descontínuo e muito menos sujeito à corrosão


eletrolítica do que as barras contínuas das telas ou cambotas.

• Redução da reflexão

• Eliminação da tela

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CONCRETO PROJETADO REFORÇADO
COM TELA METÁLICA

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AÇO CA-60 – TELA ELETROSOLDADA

VERIFICAR
ARMADURA
MÍNIMA!

TELA TIPO Q
MALHA QUADRADA

Traspasse mínimo de telas: 2 Malhas


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AÇO CA-60 – TELA ELETROSOLDADA

Vantagens em seu uso


 Espaçamento uniforme dos fios;
 Aderência ao concreto através das juntas soldadas;
 Facilidade de inspeção pelo engenheiro fiscal;
 Reduz perdas por corte e sobras de pontas;
 Dispensa o uso do arame de amarração;
TELA TIPO Q  Traspasse menor que o da armadura convencional;
MALHA QUADRADA
 Racionaliza o recebimento e a armazenagem;
 Reduz cortes e dobramentos.
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DIMENSIONAMENTO DO PARAMENTO
ARMADURA MÍNIMA

í í
í

Uso de CA-60 devido à sua grande í


utilização em obras civis e
concreto com fck de 25 MPa

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DIMENSIONAMENTO DO PARAMENTO
ARMADURA MÍNIMA
12 cm

Para uma espessura

100 cm
de 12 cm de concreto
projetado e uma taxa
de armadura de 0,12%
resulta em uma área
mínima de 1,44 cm²/m

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METOLODOGIA DE CÁLCULO DO PARAMENTO

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PARAMENTO NO SLIDE (2 OPÇÕES)

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PATOLOGIAS E MANUTENÇÃO EM
CONTENÇÕES DE SOLO GRAMPEADO
• POSSÍVEIS REPAROS E MANUTENÇÃO

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MANUTENÇÃO (NORMA)

Ao término da obra, o executor deve elaborar o manual de


manutenção da contenção, a ser encaminhado ao proprietário. Neste
manual, devem constar as providências em termos de operação e
manutenção da obra a serem seguidas pelo proprietário, entre elas,
periodicidade de inspeção geral, manutenção do sistema de
drenagem, restrições a intervenções, como escavação e sobrecargas
e outras, que possam comprometer a segurança por desacordo com
os condicionantes originais do projeto.
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PATOLOGIAS NO SOLO GRAMPEADO
Acidentes em solo grampeado e
cortinas atirantadas não são muito
divulgados, mas ocorrem! As principais
falhas apresentadas na literatura são:

 Preenchimento incompleto da calda


de cimento ao longo do furo, que
pode causar instabilidade e deixar
os grampos suscetíveis à corrosão

 Falhas executivas, ineficiência ou


ausência de sistema de drenagem e
consequente perda de estabilidade
local e até mesmo global.
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PATOLOGIAS NO SOLO GRAMPEADO

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PATOLOGIAS NO SOLO GRAMPEADO

Manifestações patológicas nessas contenções ocorrem


principalmente devido à presença de água no maciço!

A água em maciços de solo e/ou rocha não pode ser


evitada, mas controlada de forma correta!

DRENAGEM INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO

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LIMPEZA DE BARBACÃS E DHP’S

 Deve ser executada a limpeza periódica na


saída dos barbacãs e drenos horizontais
profundos (DHP’s), de forma a manter o
caminho livre para a passagem da água
presente atrás da estrutura e no maciço.

 O correto funcionamento da drenagem


dissipa as pressões hidrostáticas e também
impede o surgimento de eventuais
manchas de umidade no concreto, não
comprometendo sua durabilidade e
característica resistente

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PATOLOGIAS NO SOLO GRAMPEADO
• PRINCIPAIS PATOLOGIAS OCORRIDAS NO PARAMENTO

• Manchas superficiais; • Fissuração;


• Eflorescências (Carbonatação); • Desplacamento;
• Surgimento de musgos e líquens; • Área oca (sem aderência);
• Crescimento de vegetação; • Armadura exposta, sem cobrimento
• Percolação de água pela por juntas; adequado;
• Passagem de finos; • Umidade / Surgência / Infiltração de água.
• Erosão do concreto;

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CRITÉRIOS DE
DIMENSIONAMENTO - GRAMPOS
• METODOLODIAS USUAIS DE CÁLCULO
• VERIFICAÇÃO DE ESTABILIDADE

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METODOLOGIAS USUAIS DE CÁLCULO
MÉTODOS USUAIS

• Análise de Cunha crítica;

• Estabilidade do talude natural, sem reforços;

• Estabilidade do talude reforçado, com FS satisfatório.

• Empuxo Simplificado e equilíbrio de esforços numa cunha simplificada;

• Métodos empíricos (Ábacos Clouterre, 1991 – França);

• Avaliação por elementos finitos (MEF)


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METODOLOGIAS USUAIS DE CÁLCULO
ANÁLISE DE CUNHA CRÍTICA

 Estabilidade da contenção sem os chumbadores de


forma a identificar a superfície crítica de ruptura
delimitadas pelas cunhas com fator de segurança
inferiores à 1,5, as quais delimitam as zonas ativa e
passiva do maciço;
 Os grampos devem ultrapassar a superfície teórica
de ruptura do maciço a qual está sujeita a
deslocamentos, conforme apresentado no modelo
abaixo.
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METODOLOGIAS USUAIS DE CÁLCULO
ANÁLISE DE CUNHA CRÍTICA

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ESTRUTURAS COM ANCORAGENS PASSIVAS

GRAMPO -> ELEMENTO PASSIVO

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ESTRUTURAS COM ANCORAGENS PASSIVAS

GRAMPO -> ELEMENTO PASSIVO

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DESEMPENHO EM OBRAS GEOTÉCNICAS
MECANISMO DE RUPTURA – SOLO GRAMPEADO

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FASEAMENTO DE CÁLCULO? PODE SER ÚTIL!

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FASEAMENTO DE CÁLCULO? PODE SER ÚTIL!

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INCLINAÇÃO: PENSE EM SOLOS REFORÇODOS!

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COMPRIMENTO – a, b ou c?

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COMPRIMENTO – a, b ou c?

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ÁBACOS - CLOUTERRE

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ÁBACOS - CLOUTERRE

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METODOLOGIAS USUAIS DE CÁLCULO
ANÁLISE DE CUNHA CRÍTICA

Até 3 cunhas com fatores de segurança


Importantes para a análise!

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FLUÊNCIA (Clouterre)

Determinação da carga crítica


aproximada da tensão de fluência

TRABALHAR COM TENSÕES


MENORES DE PROJETO (Qs) NO
GRAMPOS LEVA A
DEFORMAÇÕES MENORES NO
LONO PRAZO!

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METODOLOGIAS USUAIS DE CÁLCULO
ANÁLISE DE CUNHA CRÍTICA

2 cunhas com fatores de segurança


Importantes para a análise!

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METODOLOGIAS USUAIS DE CÁLCULO
ANÁLISE DE CUNHA CRÍTICA

2 cunhas com fatores de segurança


Importantes para a análise!

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SLIDE - EXEMPLOS

EXEMPLO
• ANÁLISE PARCIAL DE ESTABILIDADE

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SLIDE – EXEMPLO

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SLIDE – EXEMPLO

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SLIDE – EXEMPLO

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SLIDE – EXEMPLO

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SLIDE – EXEMPLO

FOCUS SEARCH

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SLIDE – EXEMPLO 02

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SLIDE - EXEMPLO

EXEMPLO
• ANÁLISE DE ESTABILIDADE COM GRAMPOS
CURTOS E SOLO GRAMPEADO VERDE

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SLIDE - EXEMPLO

MacMat® R1

MacMat® R1 é um geocomposto formado por uma geomanta flexível


tridimensional que apresenta mais de 90% de vazios, fabricada a partir de
filamentos grossos de polipropileno fundidos nos pontos de contato, e um
reforço metálico em malha hexagonal de dupla torção.

Por ser um geocomposto, onde a geomanta e o painel de malha hexagonal de


dupla torção são integrados e trabalham juntos, possui uma resistência maior
a tração comparada com a geomanta tipo MacMat®R3, que atua sozinha.
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SLIDE - EXEMPLO

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SLIDE - EXEMPLO

MacMat® R3 (não estruturada com


malha hexagonal de dupla torção)
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SOLO GRAMPEADO “VERDE” – SLIDE

Solo grampeado verde: PLATE CAPACITY = 0 kN!!! Prof. Gabriel Milaré Andrade
SLIDE - EXEMPLO

Ao término da obra de movimentação de terra.

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SLIDE - EXEMPLO

Apenas 2 anos depois!


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SLIDE - EXEMPLO

Ampla campanha de ensaios (contém ironia)


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SLIDE - EXEMPLO

Trinca que “denuncia” a


espessura de solo lançado
sobre o talude, fazendo
assim, ser possível
retroanalisar o talude!

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SLIDE - EXEMPLO

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SLIDE - EXEMPLO

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NBR11682 – ESTABILIDADE DE ENCOSTAS

ABNT NBR11682:2009 – Estabilidade de encostas

Fatores de segurança mínimos para escorregamentos*

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NBR16920-2 – SOLO GRAMPEADO
Nível de segurança desejado contra a perda de vidas humanas Nível de segurança desejado contra danos materiais e ambientais

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INICIAMOS EM 5 MINUTOS!

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SLIDE - EXEMPLO

EXEMPLO
• ANÁLISE DE CONTENÇÃO MISTA (SOLO
GRAMPEADO E TIRANTES) DE GRANDE PORTE

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SLIDE - EXEMPLO

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SLIDE - EXEMPLO

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SLIDE - EXEMPLO

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