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'A origem do nome Jesus Cristo

O principal antropónimo do Natal


Por Aldo Bizzocchi 19 de dezembro de 2018 96K

« (...) À medida que o Cristianismo se disseminou por Roma, chegando ao ponto de assumir o
latim como sua língua oficial, o nome grego de Jesus foi latinizado para Iesus Christus (...)»

Já que estamos a exatamente uma semana do Natal, festa máxima da cristandade, gostaria de
fazer um comentário sobre o nome do principal personagem dessa comemoração: Jesus Cristo.

Quando eu era criança, achava que Cristo era o sobrenome de Jesus, algo assim como Jesus da
Silva ou Jesus Pereira. Mais tarde, aprendi que Cristo é um epíteto dado a Jesus e significa
“ungido” em grego. Mas qual era o verdadeiro nome de Jesus? Como judeu que era, ele tinha um
nome aramaico (o aramaico, derivado do hebraico, era a língua falada pelos judeus do século I da
nossa era): Yehoshua (ou Yeshua) ben Youssef, isto é, Josué, filho de José.

Mas Jesus também era conhecido como Jesus de Nazaré, ou Jesus o Nazareno, em razão de sua
cidade de origem. Ao ter sido batizado no rio Jordão e reconhecido como o mensageiro de Javé
que viera libertar o povo judeu da opressão romana (Yehoshua significa «Javé salva»), Jesus
recebeu o epíteto de Mashiach («Messias»), que em hebraico quer dizer «ungido». Como o Novo
Testamento foi redigido num grego tardio chamado koiné, o nome Yeshua Mashiach foi traduzido
para Iesoûs ho Khristós, literalmente «Jesus o Ungido».

À medida que o Cristianismo se disseminou por Roma, chegando ao ponto de assumir o latim
como sua língua oficial, o nome grego de Jesus foi latinizado para Iesus Christus (o latim não tem
artigos), donde o português Jesus Cristo, o espanhol Jesucristo, o inglês Jesus Christ, e assim por
diante. Mas, se «ungido» em latim é unctus, por que Jesus não ficou conhecido em Roma como
Iesus Unctus? É que o prestígio da língua grega em Roma era muito grande, e o fato [facto] de
os Evangelhos terem sido escritos em grego pesou decisivamente para que o epíteto grego
Khristós não fosse traduzido, mas apenas adaptado para Christus. Por essa razão, mesmo os
cristãos falantes do latim chamavam seu mestre de Christus e não de Unctus, o que, diga-se de
passagem, foi ótimo. Já pensaram se a figura central do Cristianismo se chamasse Jesus Unto?'

in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/idioma/a-


origem-do-nome-jesus-cristo/3751 [consultado em 24-04-2023]
Sobrenomes Judaicos (Sefarditas) em Portugal e no Brasil
Saiba se tem origem judaica. Os principais sobrenomes judaicos (Sefarditas) da Península
Ibérica e os principais exemplos do Dicionário Sefarad.

Por ncultura

05/11/2017

em Curiosidades

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Sobrenomes Judaicos (Sefarditas) em Portugal e no Brasil

Saiba se tem origem judaica. Os principais sobrenomes judaicos (Sefarditas) da Península


Ibérica e os principais exemplos do Dicionário Sefarad.
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Sefarditas (do hebraico Sefardim, no singular Sefardi) são todos os Judeus provenientes da
Península Ibérica (Sefarad). Tais Povos por muitos séculos foram perseguidos durante o período
da Inquisição Católica.

Judeus Sefarditas – Sobrenomes Judaicos (Sefarditas) em Portugal e no Brasil


E por este motivo, fugiram para países como Holanda e Reino Unido; além dos países do Norte
da África e da América como: Brasil, Argentina, México e EUA; e desse modo, tiveram que seguir
suas tradições secretamente ou até mesmo abrir mãos das Tradições do Judaísmo, tudo em
busca da sobrevivência. Sendo que alguns ainda tiveram que se converter forçadamente ao
Cristianismo Católico.

Contexto Histórico
Ao longo da História o Judaísmo sofreu inúmeras perseguições por parte de seus opositores, dos
tais destacam-se os Romanos, Católicos e Nazistas. Nestas condições, muitos Judeus perderam
suas identidades culturais, e assim, várias gerações surgiram sem o contato explicito com as
Tradições do Judaísmo.

Im
perador romano Adriano – Sobrenomes Judaicos (Sefarditas) em Portugal e no Brasil
De facto, tudo isso se iniciou com a segunda Diáspora, onde o General Tito, filho do Imperador
Vespasiano, sufocou a primeira rebelião no ano de 70 d.C. (tendo ela sido iniciada em 66 d.C.), o
que culminou na destruição do Templo e na morte de quase 1 milhão de Judeus.
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Sendo que a Diáspora só se concretizou após a segunda revolta dos Judeus, iniciada em 132 d.C.
e dissolvida pelo Imperador romano Adriano em 135 d.C. E assim, proibidos de entrarem em
Jerusalém e sendo eles expulsos da Palestina (região da Judeia), os Judeus se espalharam pelo
Mundo.
Sobre
nomes Judaicos (Sefarditas) em Portugal e no Brasil
Aos poucos a Europa foi sendo habitada por Judeus refugiados da ira romana, principalmente na
região da Península Ibérica. Tempos depois, os Judeus novamente passaram a ser vítimas de
perseguições, desta vez, promovidas pela Igreja Católica Apostólica Romana; que instaurou
a fogueira da Inquisição.
Assim, um dos crimes alegados pela Igreja, era o “crime de Judaísmo”. Em que o indivíduo era
proibido de exercer sua judaicidade.
Neste caso, a partir da feroz Inquisição espanhola de 1478 até 1834, em que Judeus e inúmeros
outros indivíduos, foram julgados por possíveis atos contra os preceitos da Igreja. Sendo que os
Judeus foram expulsos da Espanha no ano de 1492.
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Judeus Marranos portugueses – Sobrenomes Judaicos (Sefarditas) em Portugal e no Brasil
Perseguidos e desamparados, os Judeus espanhóis tiveram que se refugiar em Portugal. Estando
lá, foram feitos escravos, embora conquistassem a liberdade em 1495, beneficiados com a Lei
promulgada por D. Manoel ao subir ao trono. Mas em 1496, assinou um acordo que expulsaria
todos os Judeus Sefarditas (ou Marranos) que não se sujeitassem ao batismo Católico. Sendo
que no ano seguinte, as crianças Judias de até 14 anos foram obrigadas a batizarem-se e em
seguida adotadas por famílias Católicas.
Massacre de Lisboa
de 1506 – Sobrenomes Judaicos (Sefarditas) em Portugal e no Brasil
Com a descoberta das terras brasileiras em 1500, pela a esquadra de Cabral, a sorte de muitos
Judeus mudaria. Pois em 1503, o Judeu Fernando de Noronha com uma considerável lista de
Judeus, apresenta o projeto de Colonização a D. Manoel. Porém, o Povo Judeu ainda passaria
por mais um triste episódio, quando em 1506, milhares de Judeus foram mortos e queimados pelo
Progon da capital portuguesa.
Homenagem aos
Judeus – Massacre de Lisboa de 1506 – Sobrenomes Judaicos (Sefarditas) em Portugal e no
Brasil
Além de tais Judeus (Cristãos Novos) terem presenciado o contraditório D. Manoel estabelecer a
lei que dava os liberdade e os mesmos direitos dos Católicos, em 01 de março de 1507. O mesmo
D. Manoel que em 1515 solicita ao papa um sistema de Inquisição semelhante para queimar as
famílias Sefarditas (ou Marranos) no espanhol.
E desse modo, a solução para estes Judeus Marranos, foram a de aderirem ao movimento de
Colonização do Brasil, quando em 1516, D. Manoel distribui ferramentas gratuitamente a quem
quisesse tentar a vida na Colônia.
Em 1524, D. João III confirma a Lei de D. Manoel (de 1507), que consolida a lei de direitos iguais
aos convertidos à força. No ano de 1531, Martin Afonso de Souza (aluno do Judeu Pedro Nunes),
recebe de D. João III a autorização de colonizar o Brasil sistematicamente. Em que 1533, o
mesmo funda o primeiro engenho no Brasil.
A primeira sinagoga no Brasil, a Zur Israel – Sobrenomes Judaicos (Sefarditas) em Portugal e no
Brasil
Durante um bom tempo, os Judeus passaram por inúmeras reviravoltas quanto a benefícios,
confiscos e até mesmo mortes. Porém, os mesmos gozaram de plena liberdade religiosa durante
o domínio holandês de 1637 a 1644 (na gestão de Maurício de Nassau), quando fundaram a
primeira sinagoga no Brasil, a Zur Israel. Mas, com a retomada portuguesa em 1654, os Judeus
foram de fato expulsos e alguns migraram para outros países.
No período de 1770 a 1824, os Judeus passam por mais uma fase de aceitação; sendo que em 25
de maio de 1773, é estabelecida a abolição dos termos Cristãos Novos (Judeus) e Cristãos
Velhos (Católicos), passando todos a terem os mesmos benefícios e sem distinções.
Rua
dos Judeus, em Recife, e o seu mercado de escravos – Sobrenomes Judaicos (Sefarditas) em
Portugal e no Brasil
A partir de 1824, o movimento tais Judeus (Sefarditas ou Marranos), passa por um período de
“assimilação profunda”, isto é, inicia-se uma fase de parcial esquecimento de suas Tradições,
devido a séculos de repressão e pelo contato direto e extensivo com uma cultura etnocêntrica,
que mesmo os aceitando perante as leis, tratavam-nos com desprezo e repressão.
A solução mesmo, partiu do pressuposto do esquecimento e sectarismo, o que permitiu com que
várias gerações crescessem sem ter uma real noção de suas legitimas raízes.
Desse modo, estima-se que no Brasil, vivam cerca de um décimo (1/10) ou até mesmo 35 milhões
de Judeus Sefarditas, entre eles os Judeus Asquenazitas (provenientes da Europa Central e
Oriental).
Assim, segue-se abaixo uma lista com os principais sobrenomes Sefarditas habitantes da
Península Ibérica, e no decorrer do continente Americano, a exemplo do Brasil:
Sobrenomes Judaico-Sefarditas oriundos das regiões portuguesas de Alentejo, Beira-Baixa e
Trás-os-Montes:
Amorim; Azevedo; Álvares; Avelar; Almeida; Barros; Basto; Belmonte; Bravo; Cáceres; Caetano;
Campos; Carneiro; Carvalho; Crespo; Cruz; Dias; Duarte; Elias; Estrela; Ferreira; Franco; Gaiola;
Gonçalves; Guerreiro; Henriques; Josué; Leão; Lemos; Lobo; Lombroso; Lopes; Lousada; Macias;
Machado; Martins; Mascarenhas; Mattos; Meira; Mello e Canto; Mendes da Costa; Miranda;
Montesino; Morão; Moreno; Morões; Mota; Moucada; Negro; Nunes; Oliveira; Ozório; Paiva;
Pardo; Pilão; Pina; Pinto; Pessoa; Preto; Pizzarro; Ribeiro; Robles; Rodrigues; Rosa; Salvador;
Souza; Torres; Vaz; Viana e Vargas.
Sobrenomes de famílias Judaico-Sefarditas na Diáspora para Holanda, Reino Unido e Américas:
Abrantes; Aguilar; Andrade; Brandão; Brito; Bueno; Cardoso; Carvalho; Castro; Costa; Coutinho;
Dourado; Fonseca; Furtado; Gomes; Gouveia; Granjo; Henriques; Lara; Marques; Melo e Prado;
Mesquita; Mendes; Neto; Nunes; Pereira; Pinheiro; Rodrigues; Rosa; Sarmento; Silva; Soares;
Teixeira e Teles.
Sobrenomes judaico-Sefarditas na América Latina:
Almeida; Avelar; Bravo; Carvajal; Crespo; Duarte; Ferreira; Franco; Gato; Gonçalves; Guerreiro;
Léon; Leão; Lopes; Leiria; Lobo; Lousada; Machorro; Martins; Montesino; Moreno; Mota; Macias;
Miranda; Oliveira; Osório; Pardo; Pina; Pinto; Pimentel; Pizzarro; Querido; Rei; Ribeiro; Robles;
Salvador; Solva; Torres e Viana.
Principais exemplos de Sobrenomes extraídos do Dicionário Sefarad:
A
Abreu; Abrunhosa; Affonseca; Affonso; Aguiar; Ayres; Alam; Alberto; Albuquerque; Alfaro;
Almeida; Alonso; Alvade; Alvarado; Alvarenga; Álvares/Alvarez; Alvelos; Alveres; Alves; Alvim;
Alvorada; Alvres; Amado; Amaral; Andrada; Andrade; Anta; Antonio; Antunes; Araújo; Arrabaca;
Arroyo; Arroja; Aspalhão; Assumção; Athayde; Ávila; Avis; Azeda; Azeitado; Azeredo; Azevedo;
B
Bacelar; Balão; Balboa; Balieyro; Baltiero; Bandes; Baptista; Barata; Barbalha; Barboza/Barbosa;
Bareda; Barrajas; Barreira; Baretta; Baretto; Barros; Bastos; Bautista; Beirão; Belinque; Belmonte;
Bello; Bentes; Bernal; Bernardes; Bezzera; Bicudo; Bispo; Bivar; Boccoro; Boned; Bonsucesso;
Borges; Borralho; Botelho; Bragança; Brandão; Bravo; Brites; Brito; Brum; Bueno; Bulhão;
C
Cabaço; Cabral; Cabreira; Cáceres; Caetano; Calassa; Caldas; Caldeira; Caldeyrão; Callado;
Camacho; Câmara; Camejo; Caminha; Campo; Campos; Candeas; Capote; Cárceres;
Cardozo/Cardoso; Carlos; Carneiro; Carranca; Carnide; Carreira; Carrilho; Carrollo; Carvalho;
Casado; Casqueiro; Casseres; Castenheda; Castanho; Castelo; Castelo Branco; Castelhano;
Castilho; Castro; Cazado; Cazales; Ceya; Céspedes; Chacla; Chacon; Chaves; Chito; Cid;
Cobilhos; Coche; Coelho; Collaco; Contreiras; Cordeiro; Corgenaga; Coronel; Correa; Cortez;
Corujo; Costa; Coutinho; Couto; Covilha; Crasto; Cruz; Cunha;
D
Damas; Daniel; Datto; Delgado; Devet; Diamante; Dias; Diniz; Dionísio; Dique; Doria; Dorta;
Dourado; Drago; Duarte; Duraes;
E
Eliate; Escobar; Espadilha; Espinhosa; Espinoza; Esteves; Évora;
F
Faísca; Falcão; Faria; Farinha; Faro; Farto; Fatexa; Febos; Feijão; Feijó; Fernandes; Ferrão;
Ferraz; Ferreira; Ferro; Fialho; Fidalgo; Figueira; Figueiredo; Figueiro; Figueiroa; Flores; Fogaca;
Fonseca; Fontes; Forro; Fraga; Fragozo; Franca; Francês; Francisco; Franco; Freire; Freitas;
Froes/Frois; Furtado;
G
Gabriel; Gago; Galante; Galego; Galeno; Gallo; Galvão; Gama; Gamboa; Gancoso; Ganso;
Garcia; Gasto; Gavilao; Gil; Godinho; Godins; Góes; Gomes; Gonçalves; Gouvêa; Gracia; Gradis;
Gramacho; Guadalupe; Guedes; Gueybara; Gueiros; Guerra; Guerreiro; Gusmão; Guterres;
H
Henriques; Homem;
I
Idanha; Iscol; Isidro;
J
Jordão; Jorge; Jubim; Julião;
L
Lafaia; Lago; Laguna; Lamy; Lara; Lassa; Leal; Leão; Ledesma; Leitão; Leite; Lemos; Lima; Liz;
Lobo; Lopes; Loução; Loureiro; Lourenço; Louzada; Lucena; Luiz; Luna; Luzarte;
M
Macedo; Machado; Machuca; Madeira; Madureira; Magalhães; Maia; Maioral; Maj; Maldonado;
Malheiro; Manem; Manganês; Manhanas; Manoel; Manzona; Marca; Marques; Martins;
Mascarenhas; Mattos; Matoso; Medalha; Medeiros; Medina; Melão; Mello; Mendanha; Mendes;
Mendonça; Menezes; Mesquita; Mezas; Milão; Miles; Miranda; Moeda; Mogadouro; Mogo; Molina;
Monforte; Monguinho; Moniz; Monsanto; Montearroyo; Monteiro; Montes; Montezinhos; Moraes;
Morales; Morão; Morato; Moreas; Moreira; Moreno; Motta; Moura; Mouzinho; Munhoz;
N
Nabo; Nagera; Navarro; Negrão; Neves; Nicolao; Nobre; Nogueira; Noronha; Novaes; Nunes;
O
Oliva; Olivares; Oliveira; Oróbio;
P
Pacham/Pachão/Paixão; Pacheco; Paes; Paiva; Palancho; Palhano; Pantoja; Pardo; Paredes;
Parra; Páscoa; Passos; Paz; Pedrozo; Pegado; Peinado; Penalvo; Penha; Penso; Penteado;
Peralta; Perdigão; Pereira; Peres; Pessoa; Pestana; Picanço; Pilar; Pimentel; Pina; Pineda;
Pinhão; Pinheiro; Pinto; Pires; Pisco; Pissarro; Piteyra; Pizarro; Pombeiro; Ponte; Porto; Pouzado;
Prado; Preto; Proença;
Q
Quadros; Quaresma; Queiroz; Quental;
R
Rabelo; Rabocha; Raphael; Ramalho; Ramires; Ramos; Rangel; Raposo; Rasquete; Rebello;
Rego; Reis; Rezende; Ribeiro; Rios; Robles; Rocha; Rodriguez; Roldão; Romão; Romeiro;
Rosário; Rosa; Rosas; Rozado; Ruivo; Ruiz;
S
Sá; Salvador; Samora; Sampaio; Samuda; Sanches; Sandoval; Santarém; Santiago; Santos;
Saraiva; Sarilho; Saro; Sarzedas; Seixas; Sena; Semedo; Sequeira; Seralvo; Serpa; Serqueira;
Serra; Serrano; Serrão; Serveira; Silva; Silveira; Simão; Simões; Soares; Siqueira; Sodenha;
Sodré; Soeyro; Sueyro; Soeiro; Sola; Solis; Sondo; Soutto; Souza;
T
Tagarro; Tareu; Tavares; Taveira; Teixeira; Telles; Thomas; Toloza; Torres; Torrones; Tota;
Tourinho; Tovar; Trigillos; Trigueiros; Tridade;
U
Uchoa;
V
Valladolid; Vale; Valle; Valença; Valente; Vareda; Vargas; Vasconcellos; Vasques; Vaz; Veiga;
Veyga; Velasco; Vélez; Vellez; Velho; Veloso; Vergueiro; Viana; Vicente; Viegas; Vieyra; Viera;
Vigo; Vilhalva; Vilhegas; Vilhena; Villa; Vuelos a Bogota Offer! U Vie Ba ck To Top Villalao; Villa-
Lobos; Villanova; Villar; Villa Real; Villella; Vilela; Vizeu;
X
Xavier; Ximinez;
Z
Zuriaga.
Desse modo, vemos claramente que os Judeus fazem parte de uma enorme frente de formação
da Península Ibérica, Norte da África e América. O que nos coloca em contacto direto com um
contexto cripto-judaico.
Como confirmar a descendência judaica?
Evidentemente que, nem sempre aqui no Brasil, ter o sobrenome judaico lhe dá a condição de
Judeu descendente. Pois, havemos de concordar, que o país passou por inúmeros casos
concernentes a erros de sobrenomes, no que diz respeito a grandes falhas nos cartórios
responsáveis pelo registo de nomes e sobrenomes.
Assim, a melhor opção para quem se identifica com um sobrenome Judeu, é observar os
seguintes fatores:
Os casamentos entre familiares (pois era uma forma de manter os bens entre as famílias judias e
os pontos de vista em comum);
Tradições de cunho ligado à cultura hebraica em relação ao Cristianismo (considerando que o
Cristianismo para esses era seguido por aparências, pois ambos foram convertidos forçadamente
à religião Cristã Católica);
E por último, o levantamento histórico-genealógico (para confirmar se houve ou não alterações
nos sobrenomes ao longo das gerações).
Conclusão
Portanto, fica evidente a existência de uma grandiosa cripto-Comunidade Judaica na Península
Ibérica (Portugal e Espanha), assim como nos países do continente americano (a exemplo do
Brasil) e africano.
E com isso, percebemos o quanto à segregação e o etnocentrismo promovem a destruição de
princípios, gerando um “câncer” na liberdade individual e conjunta, como também, na tradição
religiosa.
O que aglutina ainda mais o sentimento de ódio entre as Religiões e os Povos, que se distanciam
ainda mais de possíveis e saudáveis diálogos baseados no bom senso.
Significado de Jesus
O que significa Jesus:
Jesus, é um nome de origem hebraica que significa Salvador. As primeiras fontes de informações
sobre a vida do Jesus mais conhecido mundialmente são os quatro Evangelhos Canônicos,
presentes no Novo Testamento, que relatam desde o seu nascimento até sua morte. Segundo as
Escrituras Sagradas, Jesus é a imagem central do Cristianismo, o redentor da humanidade.
Jesus, para o islamismo, é conhecido como Isa, ou Isa ibn Maryam (Jesus filho de Maria), é
considerado um dos principais profetas do Islã. Para um segmento do judaísmo, Jesus é um
profeta, para outro é um apóstata.
Vários nomes são usados para designar Jesus, entre eles, Cristo, Senhor, Filho de Deus, Mestre,
o Profeta, o Messias, o Cordeiro de Deus e Rei dos Judeus.
A interjeição Jesus!, significa admiração, espanto. Ex: Jesus!, que surpresa.
Origem do nome Jesus
O nome Jesus vem do hebraico "JHVH", chamado de o tetragrama inefável, que significa a
"Eternidade de Deus", pois HVH é o infinitivo hebraico do verbo ser, e o prefixo J, transpõe os
verbos hebraicos para o futuro. Em aramaico, a língua corrente da Palestina, que deu origem a
diversos idiomas falados até hoje, o termo "Jeshua Hamashia", significa Jesus Cristo o Messias, e
é encontrado no Novo Testamento com a grafia "Yeshu ha Notzri". Em português, o nome "Javé",
ou ainda "Jeová", têm o mesmo significado "a Eternidade de Deus".
O monograma "JSH", Jesus Salvador dos Homens, do grego "IHSUS", aparece nos evangelhos
dos apóstolos Marcos e Lucas. A forma latina "Jesus Hominibus Salvatoren" (IHS), foi criada no
século XV e adotada por Santo Inácio de Loyola, como emblema da Companhia de Jesus e hoje é
um dos símbolos da Igreja Católica.
"IXOYE" é um acróstico que significa Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador, com origem nas
iniciais de palavras gregas.
O que significa a música Yeshua?
Yeshua Hamashia é uma expressão em aramaico que significa "Jesus Cristo, o Messias". Existem
várias músicas da autoria de vários artistas e bandas que são dedicadas a Jesus e contêm a
palavra Yeshua.

Qual é o nome de Jesus em grego?


Do latim Iesus (la) e este do grego antigo Ἰησοῦς (Iēsoûs) tradução do hebraico antigo ‫ישוע‬
(Yeshua).

Significado de Yeshua
O que é Yeshua:
Yeshua é um termo de raiz hebraica que significa “salvar” ou "salvação". É considerado por
alguns estudiosos como o nome original de Jesus Cristo escrito em hebraico. Porém, é um tema
em discussão, visto que a língua falada na terra onde Jesus habitava era o aramaico.
Alguns religiosos consideram que usar o nome original "Yeshua" para se referir a Jesus seria o
correto. No entanto, os estudos sobre a etimologia do termo e sua evolução desde o hebraico
mostram como ocorreram as alterações do nome próprio.
Na verdade, Yeshua é uma forma abreviada de Yehoshua, nome hebraico que foi traduzido para o
Português como Josué. "Yeoshua" significa "o Eterno salva". Em determinada história bíblica, a
figura de Josué surge como o sucessor de Moisés na missão de conduzir o povo de Israel à terra
de Canaã.
O nome que se refere a Jesus, o Salvador, aparece escrito na Bíblia ora como Yeshua, ora como
Yehoshua.
Nas traduções do Antigo Testamento da Bíblia para o Grego, foi feita a transliteração dos nomes
“Yeshua” e “Yehoshua” para o nome único “Iesous”, que foi traduzido para o Latim como "Iesus" e
para o Português como "Jesus".
Yeshua Hamashia é uma expressão em aramaico que significa "Jesus Cristo, o Messias".
Existem várias músicas da autoria de vários artistas e bandas que são dedicadas a Jesus e
contêm a palavra Yeshua.
O que é Yeshua Hamashia:
Yeshua Hamashia significa Jesus Cristo, o Messias.
É um termo em aramaico, que era a língua falada por Jesus que deu origem a diversos idiomas
falados até hoje. Os judeus, principalmente em Israel, ainda utilizam bastante a palavra. É
possível encontrá-la no Novo Testamento porém, com uma ortografia diferente: Yeshu ha Notzri.
Yeshua Hamashia também pode ser escrito em hebraico, que é a língua sagrada dos judeus, a
grafia é exatamente a mesma do aramaico. O nome Yeshua é escrito também como Yehoshua,
traduzido em português para Josué. Yeshua Hamashia também pode ser escrito como Yeshua
Meshiach.
A afirmação de que Yeshua é realmente o nome original de Jesus tem sido muito debatida, pois
era muito utilizada nas civilizações antigas, incluindo os gregos. Existem registros históricos não
bíblicos que provam que Jesus vivia em Israel, e falava aramaico.
Yahweh: definição, origem e história
Revisão por André Jácomo da Silva

Teólogo
Yahweh é o nome em hebraico do Deus bíblico do antigo Reino de Israel. Seu nome é
composto por quatro consoantes hebraicas (YHWH, conhecido como Tetragrammaton), que o
profeta Moisés teria revelado ao seu povo.

Tetragrammaton de Yahweh
A origem e história do nome Yahweh
Após o exílio na Babilônia no século VI a.C., e especialmente a partir do século III a.C., ao
retornar para a "terra prometida" (durante o império persa), os judeus desenvolveram um forte
temor ao pecado de idolatria.
A partir desse período, as sinagogas emergiram com a tradição farisaica e a transmissão dos
ensinos da Lei. Nessa época surgiu a popular interpretação do mandamento "Não tomarás em
vão o nome de YHWH".
Assim, o termo "Elohim", que significa Deus, começou a substituir Yahweh, a fim de demonstrar a
soberania universal do Deus de Israel sobre todos os outros.
Ao mesmo tempo, o nome divino era considerado sagrado demais para ser pronunciado. Por esse
motivo, foi substituído vocalmente no ritual da sinagoga pela palavra hebraica Adonai ("Meu
Senhor"), traduzida como Kyrios ("Senhor") na Septuaginta - a versão grega das Escrituras
Hebraicas.
Os massoretas, escribas judeus, que do século VI ao século X trabalharam para reproduzir o texto
original da Bíblia Hebraica, substituíram as vogais do nome YHWH pelos sinais vogais das
palavras hebraicas Adonai ou Elohim.
Os estudiosos cristãos de língua latina substituíram o Y (que não existe em latim) por um I ou um
J. Assim, o tetragrammaton se tornou o nome latino Jeová (JeHoWaH).
Veja também: Javé, Jeová e Adonai.
O nome do Deus bíblico
Em Êxodo 3:13-15, Moisés pergunta a Deus qual é Seu nome e sua resposta é: "Eu Sou o que
Sou". Deus também lhe diz que deve apresentá-lo aos israelitas como YHWH (que se parece com
a expressão "Eu Sou" em hebraico).
Após o livro de Êxodo, no livro de Samuel, Deus é conhecido pelo nome de "Yahweh Teva-ot" ou
"Ele traz as hostes à existência". As hostes possivelmente se referem à corte celestial ou a Israel.
O nome pessoal de Deus era provavelmente conhecido antes da época de Moisés. O nome da
mãe de Moisés, por exemplo, era Joquebede (Yokheved), uma palavra baseada no nome de
Javé.
Assim, a tribo de Levi, à qual Moisés pertencia, provavelmente conhecia o nome Yahweh, que
originalmente poderia ter sido uma forma abreviada, como Yo, Yah ou Yahu.
Significado de Adonai
O que é Adonai:
Adonai é um termo com origem no hebreu que significa "meu Senhor". Este era o nome de Deus
usado no antigo testamento em vez do nome divino de Javé (Yahweh), uma vez que este, por
respeito, não se devia pronunciar.
Adonai reflete a superioridade de Deus, substituindo o Tetragrama YHWH, ou Javé. Assim,
sempre que o tetragrama surgia em um texto bíblico, ele era lido como "Adonai". Muitas vezes o
tetragrama é substituído pela palavra hebraica HaShem, que significa "O Nome".
De acordo com a tradição judaica, a palavra Adonai, tendo em conta que se refere a Deus,
também não deve ser usada sem consideração, nem deve ser usada em lugares impróprios,
como instalações sanitárias.
A palavra Adonai é muitas vezes usada em expressões que se referem a características de Deus.
Por exemplo: Shalom Adonai é uma expressão que significa "a paz do Senhor". Trata-se de uma
saudação que menciona a paz, como quem diz "a paz de Deus esteja com você". A resposta a
essa saudação deve ser "Adonai Shalom".
A expressão "Adonai Kadesh" está relacionada com a Santidade de Deus, e significa "O Senhor é
Santo".
Muitas músicas cristãs de louvor e adoração utilizam a palavra adonai como uma forma de
reverência e respeito a Deus. Um exemplo é a música "Adonai, Aba Pai", da cantora Aline Barros.
Significado de Shalom Adonai
Shalom Adonai é uma expressão do hebraico que significa "a paz do Senhor". É composta por
duas palavras "Shalom" que significa "paz" e "Adonai" que significa "meu Senhor".
Shalom Adonai, que significa a paz do Senhor, quando dita como um cumprimento, deve ser
respondida ao contrário, ou seja, Adonai Shalom.
Em várias passagens do Antigo Testamento a palavra Shalom é pronunciada como um
cumprimento entre os pastores. Os judeus usam a palavra Shalom como uma saudação e
também como uma despedida. É como o nosso cumprimento de olá, bom dia, adeus, etc.
A palavra shalom transmite o desejo de paz, harmonia, bem estar e prosperidade para aqueles
que se cumprimentam.
A segunda palavra, Adonai, significa "meu senhor". Era o nome usado no Antigo Testamento,
quando se fazia referência a Deus, em vez do nome divino de Javé (Jahweh), uma vez que, por
respeito, esse não podia se pronunciado.
Significado de Shalom
Shalom é uma palavra de origem hebraica e significa literalmente “paz”, na tradução para o
português.
Este é um termo bastante utilizado entre os judeus, principalmente, como uma forma de
saudação ou despedida. Em termos de comparação, o shalom pode ser usado da mesma forma
que o “olá”, “bom dia” ou “adeus”, por exemplo.
A palavra shalom representa um desejo de saúde, harmonia e paz para aquele ou aqueles a
quem é dirigido o cumprimento.
Shalom na Bíblia
Em diversas passagens bíblicas é encontrada a palavra shalom com o significado de paz e desejo
de bem-estar entre as pessoas ou nações.
Por exemplo: "Shalom Aleichem", uma saudação frequentemente utilizada por Jesus, que significa
"a paz esteja convosco". "Shalom Aleichem" é também o nome de um cântico entoado em
celebrações do Shabbat.
Shabbat significa "sábado". Este é considerado o dia de descanso semanal no judaísmo, inicia
com o pôr-do-sol de sexta-feira e termina após o pôr-do-sol de sábado. Neste dia é utilizada a
expressão "Shabbat Shalom" como saudação entre os judeus.
Significado de Shabat Shalom
Shabat Shalom ou Shabbat Shalom é uma expressão hebraica utilizada pelos judeus como
uma saudação durante o Shabbat (o 7º dia da semana, correspondente ao sábado).
Literalmente, Shabat Shalom significa “Sábado de Paz”, mas também pode ser interpretado
como “paz no seu descanso semanal”.
Costuma ser usado entre os judeus durante o período do Shabbat, que começa ao pôr-do-sol de
sexta-feira e termina no pôr-do-sol de sábado.
Segundo a Bíblia, o shabbat (sábado) é considerado o “dia do descanso”, sendo dedicado
exclusivamente ao equilíbrio da harmonia das famílias com Deus.
Todas as obrigações profissionais e financeiras devem ser evitadas durante o shabbat.
Atualmente os judeus e muitos cristãos "guardam o sábado", o que significa que não trabalham e
dedicam o dia para Deus.
O termo shalom é bastante comum em cumprimentos e saudações hebraicas, significando
literalmente “paz”. Curiosamente, esta palavra hebraica se originou a partir do árabe salaam, que
também possui o mesmo significado: “paz”.
Saiba mais sobre o significado de Shalom.
O Shabat Shalom pode ser dito tanto como uma saudação ou despedida, mas apenas durante o
período do Shabbat.
Comparativamente, o Shabat Shalom corresponderia ao “olá”, “bom dia” ou “adeus”, seguido de
um desejo de boa saúde e felicidade para o indivíduo e toda a sua família.
Significado de Aba Pai
O que é Aba Pai:
Aba Pai é uma expressão bíblica derivada do termo com origem no aramaico “ábba” que
significa “o pai” ou “meu pai”.
A expressão “Aba, Pai” foi utilizada por Jesus Cristo no momento de sua morte quando suplicava
a Deus, chamando-o de Pai, conforme descreve o Evangelho de S. Marcos, 14:36:
“E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis,
afasta de mim este cálice,
não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres”.
O termo “ábba” ou “aba” é bastante corriqueiro em diversas línguas semíticas para se referir ao
indivíduo que é o genitor de alguém, ou seja, o pai.
Para algumas religiões (entre elas o cristianismo), a palavra aba é utilizada para se referir à figura
paterna sagrada: Deus ou Jesus Cristo.
Atualmente, principalmente no mundo ocidental, a expressão “Aba, Pai” é utilizada como título de
diferentes canções, interpretadas pelos cantores brasileiros de música gospel.
Veja também quais são os significados de Adonai, Yeshua, Shalom Adonai e Leão de Judá.
Leão de Judá: significado do versículo bíblico
Leão de Judá é uma expressão bíblica que serve como metáfora para representar a figura
de Jesus Cristo, o Messias prometido nas Escrituras Sagradas do cristianismo e judaísmo.
A expressão Leão de Judá não chega a aparecer na bíblia, existe apenas uma referência no livro
do Apocalipse, versículo 5:5:
"Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de
Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos”.
Leão de Judá surgiu a partir da tribo de Judá, uma das 12 tribos de Israel, que levou o nome do
quarto filho de Jacó. Judá é referido na bíblia como um dos filhos de Jacó que recebeu uma
bênção especial de Deus, que atingiria também todos os seus descendentes.
De acordo com a árvore genealógica descrita na bíblia, José, marido de Maria e pai terrestre de
Jesus Cristo, é descendente direto da tribo de Judá. Assim sendo, Jesus também pode ser
considerado descendente da família de Judá e do rei Davi.
O termo "leão" foi utilizado pela primeira vez no livro do Gênesis, quando Jacó faz as profecias
para cada uma das tribos de seus filhos:
"Judá é leãozinho; da presa subiste, filho meu. Encurva-se e deita-se como leão e como leoa;
quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que
venha Siló; e a ele obedecerão os povos” (Gênesis 49.9-10).
Segundo a interpretação bíblica dos versículos, o Leão de Judá seria o Messias salvador, que
governaria e unificaria todas as nações sob o nome de Deus.
Genericamente, a figura do "leão" é compreendida como "o rei", "o poder" ou "o que governa
sobre os outros".
Atualmente, a expressão "Leão de Judá" é utilizada principalmente pela doutrina religiosa dos
Rastafari (Leão de Judah) e entre os evangélicos.
Muitas músicas, bandas e congregações religiosas são batizadas com este nome, que simboliza
todo o poder e força de Jesus Cristo como "rei dos descendentes de Judá", que são atualmente
conhecidos como judeus.
Significado de Hosana nas Alturas
O que significa Hosana nas Alturas:
Hosana nas alturas é um termo proveniente tanto do latim, como do hebraico, e significa “Salva-
nos, te imploramos”, ou “te imploro”. Hosana nas alturas é uma oração a Deus, e significa:
“Salva-nos agora, ó Tu que habitas nas maiores alturas”.
Esta expressão é bastante popular no Cristianismo e no Judaísmo e existem várias músicas
criadas com essa expressão.
O termo surgiu em um momento da história, que é contado na Bíblia. Ocorreu quando uma
multidão esperava que Jesus fosse um rei terreno, e a recepção que lhe deram lembrava a
entronização de Salomão ou a ascensão de Jeú ao trono de Israel.
Conforme a Bíblia, mais concretamente em Mateus 21:8, as pessoas imediatamente pegaram os
seus mantos e os estenderam sobre os degraus. Jesus não tinha a intenção de se tornar em um
rei terreno, mas pelo contrário, ele se humilhou a si mesmo e foi obediente até à morte na cruz.
A multidão gritava “Hosana”, como que repetindo as palavras do Salmo 118.25: "Salva-nos,
SENHOR"! Nós imploramos. Não demoraria muito e a multidão, instigada pelos agitadores
plantados ali pelos inimigos de Jesus, gritaria: “Crucifica-o”.
Em inglês, a expressão Hosana nas alturas é traduzida por "Hosanna in the highest".
Significado de Yeshua Hamashia
O que é Yeshua Hamashia:
Yeshua Hamashia significa Jesus Cristo, o Messias.
É um termo em aramaico, que era a língua falada por Jesus que deu origem a diversos idiomas
falados até hoje. Os judeus, principalmente em Israel, ainda utilizam bastante a palavra. É
possível encontrá-la no Novo Testamento porém, com uma ortografia diferente: Yeshu ha Notzri.
Yeshua Hamashia também pode ser escrito em hebraico, que é a língua sagrada dos judeus, a
grafia é exatamente a mesma do aramaico. O nome Yeshua é escrito também como Yehoshua,
traduzido em português para Josué. Yeshua Hamashia também pode ser escrito como Yeshua
Meshiach.
A afirmação de que Yeshua é realmente o nome original de Jesus tem sido muito debatida, pois
era muito utilizada nas civilizações antigas, incluindo os gregos. Existem registros históricos não
bíblicos que provam que Jesus vivia em Israel, e falava aramaico.
O que significa Yeshua? Veja o sentido verdadeiro da palavra religiosa Yeshua é termo
relacionado à religião; saiba o que significa Imagem: Shutterstock Mariana Matos Colaboração
para o UOL 24/09/2021 04h00 Sempre que escutamos uma palavra diferente, ficamos curiosos
para saber o que ela significa e de onde veio, ainda mais quando falamos de palavras de línguas
e que não estão tão presentes no nosso cotidiano. Uma coisa é ouvir alguém dizer "God" (Deus,
na tradução do inglês para o português), mas outra é ouvir pessoas citando Yeshua. Você já leu e
ouviu alguém dizer essa palavra? Yeshua é considerada uma palavra de origem hebraica e é
formada por quatro letras. Essa língua su... - Veja mais em
https://educacao.uol.com.br/noticias/2021/09/24/significado-de-yeshua-saiba-o-que-significa-a-
palavra.htm?cmpid=copiaecola
De onde vem ‘Cristo’ em Jesus Cristo?
por Ragnar
01/11/2018
2 comentários
Eu por vezes pergunto às pessoas qual era o sobrenome de Jesus. Geralmente elas respondem:
“Acho que o sobrenome dele era ‘Cristo’, mas não tenho certeza”. Então eu pergunto: “Se for
assim, quando Jesus era um garotinho, o José Cristo e a Maria Cristo levavam o pequeno Jesus
Cristo ao mercado?” Ouvindo desta forma, eles percebem que ‘Cristo’ não é o sobrenome de
Jesus. Então, o que ‘Cristo’ significa? De onde vem este nome? Qual o significado do termo? É
isto o que explorarei neste artigo.
Tradução vs. Transliteração
Primeiro precisamos saber algumas coisas básicas sobre tradução. Os tradutores às vezes
escolhem traduzir pelo som semelhante no lugar do significado, em especial para nomes e títulos.
Esta ação é conhecida por transliteração. Para a Bíblia, os tradutores precisaram escolher se suas
palavras (em especial nomes e títulos) ficariam melhores na língua traduzida através da tradução
(por significado) ou através da transliteração (pelo som). Não existe uma regra especifica.
A Septuaginta
A Bíblia foi primeiramente traduzida em 250 A.C. quando o Antigo Testamento hebraico foi
traduzido para o grego. Esta tradução é a Septuaginta (ou LXX) e ela ainda é utilizada hoje em
dia. Uma vez que o Novo Testamento foi escrito 300 anos mais tarde em grego, seus escritores
citavam a Septuaginta grega em vez de o Antigo Testamento hebraico.
Tradução & Transliteração na Septuaginta
A figura abaixo mostra como isto afeta as Bíblias contemporâneas:

Isto mostra a tradução a partir do original para a Bíblia moderna dos dias de hoje
O Antigo Testamento foi escrito em hebraico – quadrante #1. As setas de 1 a #2 mostram sua
tradução para o quadrante grego em 250 A.C. O Antigo Testamento estava agora em duas
línguas – hebraico e grego. O Novo Testamento foi escrito em grego, então ele começou no
quadrante #2. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento estavam disponíveis em grego – a
língua universal há 2000 anos.
Na parte abaixo (#3) temos uma língua moderna como o português. Geralmente, o Antigo
Testamento é traduzido a partir do hebraico original (indo do #1 para o #3) e o Novo Testamento a
partir do grego (#2 -> #3).
A origem de ‘Cristo’
Agora seguimos a mesma sequência, mas focando na palavra ‘Cristo’ que aparece nos Novos
Testamentos em português.

De onde ‘Cristo’ vem na Bíblia


A palavra hebraica no Antigo Testamento era ‘mashiyach’ que o dicionário hebraico define como
uma pessoa ‘ungida ou consagrada’. Reis hebreus eram ungidos (cerimonialmente esfregados
com óleo) antes que se tornassem reis, consequentemente, eles eram os ungidos ou mashiyach.
O Antigo Testamento também profetizou acerca de um mashiyach especifico. Para a Septuaginta,
seus tradutores escolheram uma palavra em grego com um significado semelhante – Χριστός
(cujo som se parece como Christos), que vinha de chrio, que significa esfregar cerimonialmente
com óleo. Portanto, Christos foi traduzido por significado (e não transliterado por som) a partir do
termo hebraico original ‘mashiyach’ na Septuaginta grega. Os escritores neotestamentários
continuaram a utilizar a palavra Christos ‘ em seus escritos para identificar Jesus como
o mashiyach.
Na Bíblia em português, o termo hebraico Mashiyach do Antigo Testamento é comumente
traduzido como ‘o ungido’ e as vezes transliterado como o ‘Messias’. O termo Christos do Novo
Testamento é transliterado como ‘Cristo’. A palavra ‘Cristo’ é muito especifica, derivada por
tradução a partir do hebraico para o grego, e então transliteração do grego para o português.
Porque não vemos prontamente a palavra ‘Cristo’ no Antigo Testamento de hoje esta relação com
o Antigo Testamento é difícil de ser vista. Mas a partir desta analise nós sabemos que na Bíblia o
termo ‘Cristo’=’Messias’=’O Ungido’ e que este termo era um titulo específico.
O Cristo antecipado no primeiro século
Abaixo está a reação do Rei Herodes quando os sábios do Oriente vieram procurando pelo ‘reis
dos judeus’, uma parte bastante conhecida há história do natal. Observe, o artigo ‘o’ precede
Cristo, ainda que ele não esteja se referindo especificamente à Jesus.
Quando o rei Herodes ouviu isto, ele ficou perturbado, e toda Jerusalém com ele. Quando ele
convocou topos os lideres dos sacerdotes e professores da lei, ele lhes perguntou onde o Cristo
haveria de nascer. (Mateus 2:3-4)
A ideia de ‘o Cristo’ era conhecimento comum entre Herodes e seus conselheiros religiosos –
mesmo antes de Jesus ter nascido – e o termo é utilizado aqui sem se referir especificamente à
Jesus. Isto porque ‘Cristo’ vem do Antigo Testamento grego, que era comumente lido por judeus
do primeiro século. ‘Cristo’ era (e ainda é) um titulo, não um nome. O titulo estava em existência
centenas de anos antes do cristianismo.
Profecias veterotestamentárias de ‘O Cristo’
Na verdade, ‘Cristo’ é um titulo profético já nos Salmos, escritos por Davi cerca de 1000 A.C. –
bem antes do nascimento de Jesus.
Os reis da terra tomam posição (…) contra o Senhor e contra o seu ungido (…) o Senhor põe-se
a rir e caçoa deles (…) dizendo: “Eu mesmo estabeleci o meu rei em Sião, no meu santo monte”.
Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: “Tu és meu filho; eu hoje te gerei”. (Salmos 2:2-7)
O Salmo 2 na Septuaginta seria lido da seguinte maneira (estou colocando com o
Cristo transliterado para que você possa ‘ver’ o titulo de Cristo como um leitor da Septuaginta
podia)
Os reis da terra tomam posição (…) contra o Senhor e contra o seu Cristo (…) o Senhor põe-se a
rir e caçoa deles …. (Salmos 2)
Você agora pode ‘ver’ Cristo nesta passagem como um leitor do primeiro século podia ver. Mas os
Salmos continuam com mais referencias a este Cristo que estava por vir. Eu coloco a passagem
lado a lado com um ‘Cristo’ transliterado para que você possa ver o título.
Salmos 132- Do hebraico Salmos 132 – Da Septuaginta

Senhor, (…)10 Por amor a teu servo Davi, não rejeites o Senhor, (…)10 Por amor a teu servo Davi, não r
teu ungido.11 O Senhor fez um juramento a Davi, um teu Cristo.11 O Senhor fez um juramento a D
julgamento firme que ele não revogará: “Colocarei um de julgamento firme que ele não revogará: “Colocar
seus descendentes em teu trono — … 17 “Ali farei seus descendentes em teu trono — … 17 “
renascer o poder de Davi e farei brilhar a luz do meu renascer o poder de Davi e farei brilhar a luz
ungido ”. Cristo ”.
O Salmo 132 fala no tempo verbal futuro (“… farei renascer o poder de Davi…”) como tantas
muitas passagens por todo o Antigo Testamento. Não é que o Novo Testamento pega algumas
ideias do Antigo Testamento e as ‘fazem’ se encaixar em Jesus. Os judeus sempre estiveram
esperando pelo seu Messias (ou Cristo). O fato de que eles estão esperando ou buscando a vinda
do Messias tem tudo a ver com as profecias que falam do futuro no Antigo Testamento.
As profecias do Antigo Testamento: Específicas como um sistema de uma fechadura
O fato de o Antigo Testamento especificamente predizer o futuro o transforma em literatura
incomum. É como uma fechadura de uma porta. Uma fechadura tem um determinado modelo de
forma que somente uma ‘chave’ especifica que combina com a fechadura pode abri-la. Da mesma
maneira, o Antigo Testamento é como uma fechadura. Nós vimos isto nas postagens sobre o
sacrifício de Abraão, o início de Adão, e a Páscoa de Moisés. O Salmo 132 acrescenta a
exigência de que ‘o Cristo’ viria da descendência de Davi. Eis aqui uma pergunta que vale a pena
ser feita: Jesus é a chave que destrava as profecias?
Eu Sou Quem Eu Sou”? O real significado do nome de Deus em Êxodo
By Dr. Michael LeFebvre on February 18, 2022
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Quando o povo de Israel foi escravizado no Egito, clamou a Deus por libertação. Então Deus
respondeu ao clamor deles, usando a expressão “Eu sou quem sou” (Êx 3:14) para se apresentar
como seu libertador. Em português, isso soa como uma afirmação filosófica sobre a existência de
Deus. Em hebraico, a passagem usa o verbo ehyeh (uma forma da palavra hayah), normalmente
traduzido como “eu sou” ou “eu serei”. Essa tradução é, na maioria das situações, adequada. Mas
para o significado do nome de Deus em Êxodo 3 e em vários outros lugares da
Bíblia, hayah carrega o peso adicional de representar o próprio Deus: Yahweh, “Eu sou”. Em tais
contextos, é importante uma atenção mais cuidadosa à nuance desse verbo.
De fato, os hebreus, definhando sob os chicotes de seus opressores, não precisavam saber
simplesmente que Deus existe. Eles precisavam saber que ele estava presente com eles. E é
precisamente isso que Deus anunciou a Moisés e memorizou em seu nome Yahweh, conforme
definido pelo verbo ehyeh .
O Significado do Nome de Deus na Sarça Ardente
Deus explicou o significado de seu nome Yahweh (muitas vezes representado nas Bíblias em
inglês como “Senhor” em letras minúsculas, e às vezes vocalizado como “Jeová” ou por sua raiz
consonantal “YHWH”) enquanto comissionava Moisés na sarça ardente. Ele instruiu o profeta,
Diga isso ao povo de Israel: “Eu sou (ehyeh) me enviou a você”. . . . Diga isto ao povo de Israel:
“O Senhor (Yahweh) , o Deus de seus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de
Jacó, me enviou a vocês”. Este é o meu nome para sempre, e assim serei lembrado por todas as
gerações. (Êxodo 3:14-15)
Deus explicou o significado de Yahweh colocando-o em paralelo com o termo hebraico de som
semelhante “Eu sou” (ehyeh, da raiz hayah) . Yahweh é o nome pessoal de Deus, tão intimamente
identificado com seu ser que muitos judeus ortodoxos se recusam a pronunciá-lo, dizendo em vez
disso HaShem (“o nome”) ou Adonai (“Senhor”), para guardar a santidade desse nome.
Estudiosos debatem se a palavra Yahweh realmente deriva do verbo hayah . Mesmo que a
palavra Yahweh não seja derivada de hayah, soa semelhante. E os autores bíblicos muitas vezes
empregavam frases parecidas com sons para indicar os significados dos nomes (por exemplo, Gn
25:25, 30). Neste caso, o significado do nome de Deus Yahweh é explicado com o som
semelhante a ehyeh , um verbo hebraico geralmente traduzido como “eu sou” ou “eu serei”. Mas o
uso de verbos como hayah/ehyeh em hebraico difere ligeiramente, mas significativamente, da
maneira como os verbos são usados na maioria das línguas ocidentais.
Interpretando errado ‘eu sou’
A confusão surge sobre o significado do nome de Deus traduzido como “eu sou” e o relacionado
“Yahweh” quando lemos esses termos através das lentes ocidentais. Em inglês, por exemplo, ser
verbos como “am”, “is” e “are” expressam equivalência ou existência.
Na afirmação “eu sou aluno”, o verbo “sou” indica a equivalência do sujeito “eu” e o predicado
“aluno” (eu = aluno). Chamamos esse uso de “verbo de ligação”. Mas quando um verbo ser é
usado sem um predicado, como nas declarações “ele é” ou “ela será”, o verbo indica apenas a
existência do sujeito. Em muitas línguas como o inglês, a frase “eu sou” indica a existência do
falante. Leia desta forma, a declaração do Senhor “Eu sou” é uma declaração: “Eu existo”.
Com base em tais leituras, Yahweh tem sido comumente interpretado como uma declaração
da auto-existência ou asseidade de Deus , termos que os teólogos usam para indicar que Deus
não teve começo e não depende para a existência contínua de nada além de seu próprio eu. O
teólogo holandês Herman Bavinck representa esse entendimento generalizado quando afirma:
“Deus é independente, todo-suficiente em si mesmo e a única fonte de toda existência e
vida. Yhwh é o nome que descreve essa essência e identidade mais claramente. . . . Seu nome é
‘ser’”. 1
Esta interpretação existencial do nome de Deus não é nova. Ele remonta pelo menos ao século III
aC, quando o Pentateuco foi traduzido para o grego. Nessa tradução (a Septuaginta), Êxodo 3:14-
15 foi traduzido: “Deus falou a Moisés, dizendo: ‘Eu sou o ser-um (ego eimi ho on). ‘ . . . Diga aos
filhos de Israel: ‘O ser-um (ho on) me enviou a vocês.’” Dessa maneira, a explicação de Deus
sobre seu nome foi interpretada como uma declaração de auto-existência. Ao longo dos séculos,
os comentaristas adotaram amplamente essa leitura do nome divino.
Certamente é consistente com outras descrições bíblicas de Deus chamá-lo de “auto-
existente”. Diz-se que Deus é eterno (Sl 90:2), não tendo causa anterior (Is 43:10-11) e sem
necessidade de sustento fora de si mesmo (Jo 5:26). Portanto, é apropriado chamá-lo de “auto-
existente”. Mas a auto-existência provavelmente não é o objetivo da frase “eu sou” (ehyeh) ou o
nome Yahweh no hebraico bíblico .
Presente com seu povo
No hebraico bíblico, o verbo ser hayah transmite não apenas existência, mas existência
manifesta. Indica a aparência, presença ou posição de uma coisa. Afirmar: “Havia (yehiy, uma
forma de hayah) luz” (Gn 1:3) é anunciar a manifestação, não apenas a existência, da luz. Dizer:
“O Senhor lançou um grande vento sobre o mar, e houve (yehiy) uma forte tempestade” (Jonas
1:4) é anunciar o aparecimento de uma tempestade como resultado do vento de Deus.
O verbo hebraico sendo hayah/ehyeh, explica Sigmund Mowinckel, “não é o grego abstrato
[ einai, ‘ser’], a mera existência per se. Para o hebraico ‘ser’ não significa apenas existir. . ., mas
ser ativo, expressar-se no ser ativo”. 2
Em nome Yahweh, Deus se fez conhecido como um ser presente – presente com e para seu
povo. E onde quer que a presença de Deus seja invocada, esse anúncio está repleto da certeza
de sua atenção, seu cuidado, seu poder e sua graça. Talvez uma paráfrase útil das palavras de
Deus na sarça ardente seja: “Diga ao povo de Israel: ‘Estou presente me enviou a vocês’”. Deus
enviou Moisés ao povo no Egito com esse anúncio maravilhoso. E os eventos subsequentes do
êxodo seriam uma lição objetiva para todas as gerações de que Deus é Yahweh, presente com
seu povo em todos os seus sofrimentos (cf., Êx 5:2; 7:17; 8:22-23; 12:51; 13). :21; 33:14-19;
40:34-38; também Num 6:23-27; Sl 113:1-9).
Deus tem muitos títulos nas Escrituras, como “Pai”, “Todo-Poderoso”, “Rei” e “Salvador”. Cada um
de seus títulos revela outro de seus muitos papéis ou atributos. Mas “Yahweh” é mais do que um
título. Seu significado é claramente importante para nossa compreensão do Deus da
Bíblia. Mostra-nos não apenas que Deus existe, mas também que está perto do seu povo em
amor.
Cristo não é o sobrenome de Jesus

Jesus Cristo, Jesus, o Cristo ou ainda Cristo Jesus, é comum ouvirmos todas essas referencias a
Jesus, ouvimos também Jesus de Nazaré e talvez outras, mas, interessa-nos por ora nos
concentrarmos em Jesus Cristo, pois, muitas vezes somos levados a pensar que Cristo seja
simplesmente o sobrenome de Jesus, mas não o é.
“Cristo” provém do grego khristós, que significa “ungido” que por sua vez tem origem na língua
hebraica mashîah que em português é Messias. Tal termo provém de Israel onde a unção com
óleo servia como um sinal para expressar o recebimento de encargo da parte de Deus. Era
costume derramar óleo sobre a cabeça dos reis no momento em que tomavam posse: 1Sm 10,1;
2Sm 2,4; 5,3 e também dos sacerdotes: Ex 30, 30; 40, 13; Lv 8,12. Há também a unção no
sentido metafórico cf. Is 61,1 e Lc 4,18: “O Espírito de Deus é derramado”. Jesus fora ungido no
sentido simbólico também no batismo (cf. Mc 1,9-11).
Retornando ao termo “Cristo” é dessa palavra que provém o termo cristão, cujo significado mais
correto é: aquela pessoa que crê que Jesus é o Cristo. Para muitas pessoas a ligação entre Cristo
e Cristão não é óbvia quanto parece. Talvez porque a palavra cristão seja utilizada de modo muito
vasto? O fato é que para muitos ser cristão é: ter fé, fazer o bem, ajudar as pessoas, é bem
verdade que ser cristão tem tudo a ver com isso, mas, tais práticas não são exclusivas de cristãos,
um budista, hinduísta pode fazer o bem, ajudar as pessoas. Cristão, portanto, é todo aquele que
acredita em Jesus de Nazaré como sendo o Cristo (isto é, o Messias).
Cristão é um adjetivo, cujo emprego conhecido pela primeira vez foi em Antioquia “…os discípulos
foram pela primeira vez chamados Cristãos” (cf. At 11,26). Por vários séculos o termo cristão se
referia apenas aos seguidores da religião católica, mas, sobretudo a partir de 1500 d.C. com a
reforma protestante, são inúmeras as religiões que também aceitam Jesus como o Cristo,
Messias, o Filho de Deus e salvador, logo, apesar das diferenças internas são religiões cristãs
como o é a religião, a Igreja católica.
Ser cristão vai além de pertencer a uma das religiões cristãs. Não há como ser verdadeiro cristão
se não se está ligado a Jesus, aquele judeu que nasceu há mais de dois mil anos. Seus pais eram
Maria e José. Ele viveu em um povoado da Galileia, chamado Nazaré, situado no norte da terra de
Israel, tal terra era conhecida como Palestina que na época que Jesus viveu, estava sob o jugo do
Império Romano.
A principal fonte que temos para conhecermos quem foi, como agiu e o que anunciou Jesus são
os escritos do Novo Testamento da Bíblia, especialmente os quatro evangelhos, porém, os
evangelhos não são uma biografia, nem uma reportagem detalhada sobre Jesus, os evangelistas
narram gestos, palavras e sinais referentes a Jesus com um objetivo bem específico: “Jesus
realizou diante de seus discípulos muitos outros sinais, estes foram escritos para que creiais
que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome ” (Jo
20, 30-31).
É POSSÍVEL UM SER HUMANO VER A DEUS?
É possível um ser humano ver a Deus?

No livro do Êxodo no capítulo 3 encontramos a narrativa da vocação de Moisés. Segundo o relado


Moisés chegou ao monte de Deus, o Horeb e lá apareceu-lhe o anjo do Senhor numa chama de
fogo, no meio de uma sarça. Moisés notou que a sarça estava em chamas, mas não se consumia.
Pensou: “Vou me aproximar para admirar esta visão maravilhosa: como é que a sarça não para de
queimar?”. Vendo o Senhor que Moisés se aproximava para observar, Deus o chamou do meio da
sarça: “Moisés! Moisés! Ele respondeu: “Aqui estou! Deus lhe disse: “Não te aproximes daqui! Tira
as tuas sandálias porque o lugar onde estás é chão sagrado”. E acrescentou: “Eu sou o Deus de
teu pai, o Deus de Abrãao, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó”. Moisés cobriu o rosto, pois temia
olhar para Deus.
A narrativa acima não deve ser lida como sendo um fato histórico ao pé da letra. O que significa
que a verdade e o ensinamento pretendido pelo autor não está nos detalhes, mas, na verdade de
fé. Na época o povo tinha medo de aproximar-se de Deus, tal medo era tão grande que sequer o
nome de Deus poderia ser pronunciado. YHWH é uma palavra abstrata. Chamavam a Deus
de Adonai que significa Senhor. A concepção de Deus como sendo distante e inacessível ao ser
humano perpassa toda a mentalidade do Antigo Testamento.
No Evangelho de João 1,18 lemos: “Ninguém jamais viu a Deus; o Unigênito, que é Deus e está
no seio do Pai, esse o deu a conhecer”. Tal afirmação logo no início do Evangelho de João é
muito significativa, pois, em primeiro lugar retoma o que lembrávamos acima, ou seja, que Deus
nunca fora visto por ninguém. Mas, a grande novidade é que, o mesmo versículo afirma que o
Unigênito, o filho único de Deus, que é Deus, ele está no seio do Pai, e ele nos deu a
oportunidade de conhecer, portanto, ver a Deus.
É o mesmo Evangelho de João (Jo 1,14) que afirma que em Jesus, a Palavra faz se carne, isto é,
torna-se humano, vem a nossa condição e desse modo nos possibilita o acesso a Deus. Sem
deixar de ser Deus, Jesus torna-se totalmente humano. Desde o primeiro versículo o Evangelho
de João apresenta a narrativa de Jesus-Carne, que é a Palavra de Deus. De modo que quando
Jesus fala é Deus quem fala. O Evangelho de João é teológico por excelência, pois nele Deus:
(Theós) fala: (logos). Ao longo dos relatos dos sinais e obras de Jesus é que o evangelista
demonstra em que sentido ele é Deus. O objetivo, portanto, de todo o Evangelho de João é
conduzir o leitor à opção de crer que aquele homem que viveu na palestina nas primeiras décadas
da nossa era, que aquele homem é muito mais que um grande profeta, ele é o próprio Deus. O
Evangelho quer com isso, não apenas apresentar uma história comovente, mas, uma história que
convida o leitor a fazer parte dela de forma ativa, traduzindo os valores de Jesus na sua própria
vida, é isso que significa ter fé. O objetivo dos demais evangelhos é o mesmo, conduto, cada um
transmite a fé e busca nos revelar Deus por meio de Jesus a seu modo.
Pe. José Abel de Sousa, SJ
COMO DEFINIR UM JUDEU?

Como definir um judeu?

*No Projeto de Vida da Pastoral Universitária da Puc-Rio neste segundo semestre de 2014
estamos trabalhando com Direitos Humanos com a temática da intolerância racial e religiosa. Ora,
a questão judaica não poderia ser deixada fora da pauta, uma das tantas indagações que se
apresentam é sobre quem é um judeu? Tal pergunta tem engendrado muita discussão através dos
séculos. Devem os judeus ser compreendidos como uma comunidade social, religiosa, nacional
ou étnica (cultural)? A resposta dada pela tradição judaica, a halaca, foi que uma pessoa que
nasceu de mãe judia ou que se tenha convertido a religião judaica é um judeu, portanto, para ser
judeu teria que ter descendência, consanguinidade ou pertencimento religioso. Tal definição não
gozou de unanimidade, ela foi posta em xeque no contexto do Holocausto impetrado pelos
nazistas, ocasião em que muita gente de descendência judaica, mas, que não era judeu segundo
a definição da halaca, acima mencionada, foi assassinada, tal Holocausto evidenciou questões
acerca da inclusão e exclusão da comunidade judaica.
A suprema corte do Estado de Israel decidiu que um apóstata do judaísmo não pode reivindicar
cidadania automática como judeu sob a Lei do Retorno. Mais recentemente, o movimento norte
americano da Reforma Judaica tentou redefinir o termo JUDEU para incluir, além de convertidos à
religião, qualquer pessoa cuja descendência judaica possa ser comprovada, seja essa por via
materna, seja paterna, mas, mesmo nessa última tentativa de definição permanecem as
exigências de se que pratique o judaísmo e se identifique como judeu.
A questão da identidade judaica é um caso único, pois, perpassa nacionalidade, civilização,
consanguinidade, cultura e religiosidade.
Judeu
A palavra: “Judeu” provém da língua hebraica na qual: yehudi (fem. Yehudit= Judite). No grego:
ioudaios e mais próximo do português, no latim: judaeus. O termo foi empregado pela primeira vez
para se referir aos cidadãos pertencentes ao reino sul ou Judá (cf. 2Rs 16,6). Antes disso apenas
os homens membros da tribo de Judá eram referidos como is yehuda, cujo significado é: “homens
de Judá”. Nos anos de 597 e 587/586 a.C. (não nos esqueçamos de que a contagem ai é
regressiva até chegar ao ano O da era cristã). Nesses anos houve o exílio das classes mais altas
de Judá para a região sob o domínio da Babilônia. Muitos judeus fugiram para o Egito, dentre
esses estava o profeta Jeremias. Esse foi o início da Diáspora que é o fenômeno da dispersão
judaica por todo o globo até os dias atuais.
Após o exílio na Babilônia o termo “judeu” passou a ser usado para se referir a todos os descentes
desse grupo étnico ou religioso ou, simplesmente; identificados com ele, sem exigência da
pertença racial ou de nacionalidade. Um exemplo encontra-se no livro de Ester 2,5: Mardoqueu é
identificado tanto como judeu quanto como membro da tribo de Benjamim. Dessa maneira, o
termo “judeu” começou a corresponder à outra designação bem anterior que é “israelita” (da qual
falaremos no próximo escrito).
No ano de 538 a.C. sob o reinado do rei Ciro da Pérsia, os judeus puderam retornar do exílio. Os
que quiseram retornar estabeleceram-se na província persa Yehud, que acabou por se tornar a
província romana da Judéia, conservando esse nome até ser suprimida pelos romanos por
ocasião das revoltas de 66-73 e 132-135 d.C.
No N.T., “judeu” é um termo complexo, pois pode designar tanto Jesus com seus seguidores,
como também alguns de seus adversários. A rivalidade entre cristianismo e judaísmo teve raiz nas
menções negativas dos judeus no N.T., bem como também similaridade de som com o nome de
Judas, o traidor. Tudo isso, favoreceu que no mundo cristão judeu passasse ser uma palavra
pejorativa, pois, teriam sido eles, os responsáveis pela crucifixão de Jesus. A questão, no entanto,
não pode ser simplificada, pois, se é verdade que houve sim judeus atuando de maneira injusta
contra Jesus, tratava-se apenas, de lideranças, membros do Sinédrio que estavam unidos a
lideres romanos, como Pilatos. Não nos esqueçamos de que o próprio Jesus de Nazaré, enquanto
filho de Deus encarnado, foi um judeu, circuncidado no oitavo dia, conforme mandava a lei.

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