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QUEM É VOÇE?

Texto: João 1: 19-31

Introdução – Nos últimos domingos, vimos que o


foco do apostolo João ao escreve seu evangelho era
mostrar que Jesus é, e sempre será Deus. Vimos também
que João inicia mostrando que o Verbo (Palavra), já
existia desde a eternidade passada, e Ele foi o criador de
todas as coisas. Tudo que existe e habita veio a existir
por intermédio Dele. João nos mostra que esse Verbo se tornou humano e habitou
(tabernáculou) no meio do povo; revelando a graça a verdade e a gloria de Deus. João
apresenta esse Verbo como o Senhor Jesus Cristo.
Vimos, nos últimos domingos que João apresenta o Senhor Jesus como a luz que
ilumina todos os homens, e essa luz traz vida e conhecimento a mente do homem a
respeito da pessoa de Deus. Vimos também que todo aquele que conhece o Salvador
não somente tem vida através do novo nascimento como também passa a ser filho de
Deus.
Vimos nos últimos domingos que o apostolo João apartir do versículo 15 do
capitulo primeiro vai nos apresentar três razoes porque todo homem deve crer em
Cristo. (1) Jesus é superior a todos os homens – isto é, Jesus Cristo é superior não só ao
próprio João Batista, como também superior a todos os profetas que já existiram. E
Jesus é superior a todos os homens por que Ele é eterno. (2) Jesus é uma pessoa singular
– isto é, Jesus é único; não existe e não haverá ninguém igual a Jesus Cristo. Todos
precisam de Jesus. Pois Ele e a luz de todos os homens. (3) Jesus é uma pessoa sublime
– E porque Jesus é sublime? Porque Ele é “a expressão exata do ser de Deus” (Hb 1.3);
nele “habita em corpo humano toda a plenitude de Deus”. (Cl 2.9). Jesus é sublime
porque se revelou de uma maneira totalmente única – pela sua encarnação.
Amados, todo o evangelho de João, inclusive o testemunho de João Batista tem
como proposito evidenciar que Jesus Cristo é o Messias anunciado pelos profetas, isto é,
tanto o apostolo João como João Batista tinham como intuito de afirmar: Que Jesus era
o Cristo! Porém, não é assim que muitos que se dizem cristãos fazem nos dias atuais.
Pois, o que está no auge nos dias atuais é falar bem de si mesmo, as pessoas de hoje dão
ênfase aos títulos que elas têm, aos cargos que ocupam, elas não se apresentam como
servo do Senhor.
Para as pessoas da época atual o importante é estar em uma posição de destaque,
no ponto mais alto. A coisa mais difícil que vemos nos dias atuais é vermos alguém se
identificando como cristão, como filho de Deus e servo de Jesus Cristo. Diferentemente
das pessoas da nossa época João Batista demonstrou grande conhecimento de si mesmo.
Ele sabia quem ele era, onde estava e para que veio, João Batista sabia que ele era
apenas um precursor do Verdadeiro. João Batista colocou-se como o servo que veio
para pregar o arrependimento, a fim de preparar os corações para receber o Messias. Ele
também foi interrogado sobre a sua identidade, assim como nós somos nos dias atuais.
Quantos de nós, mesmo aqueles com anos de crentes nas costas, sabem quem
somos e para que existimos? Quantos de nós nos colocamos no nosso lugar de pecador?
João foi perguntado quem ele era pelos seus inquisidores, mas essa pergunta ainda
ressoa nos dias atuais – e pensando nisto eu te pergunto: “Quem é você? ”

Nossas ações e nossas palavras respondem quem nós somos!


Hoje à noite quero lhe apresentar três passos para podemos saber quem
realmente nós somos. E o primeiro destes passos é....

I. Devemos saber nossa identidade (v. 19-23)


a. João sabia quem ele não era.
1. Os judeus se perturbaram com as mensagens de João Batista - Por esta
razão tiveram dúvida se João Batista era o Messias esperado. Por esta razão
foram enviados alguns sacerdotes e levitas para descobrirem quem era João
Batista. Essa referência aos judeus é usada também em outras passagens
bíblicas quando se trata das autoridades religiosas de Jerusalém. As autoridades
religiosas queriam entender o que estava acontecendo, pois João Batista estava
atraindo a atenção de numerosa população nas margens orientais do rio Jordão,
em Betânia (v. 28)
2. Ao ser perguntado quem era, João determinou-se a dizer quem ele não era
- Ele não era o Cristo nem o Elias nem o Profeta. Que significado há para nós
nestas respostas negativas de João Batista? Ele estava dizendo que, para ser
feliz, não precisava receber o tipo de glória que só pertence a Deus (Não sou o
Cristo!); nem se passar por quem ele não era (Não sou o Elias!); e muito
menos se gabar de algo que ele não tinha ou que não lhe pertencia (Não sou o
Profeta!).
3. João confessou e não negou - Ao fazer todas essas negações, João Batista está
nos ensinando que a identidade do verdadeiro cristão não deve ser construída
com glórias ou elogios que não lhes pertencem, nem com afirmações de algo
que nós não são ou não possuímos. Se João não é o Messias, logo não é a luz
esperada. João soube colocar-se em seu lugar. Ele rejeitou não só o título
messiânico, como também qualquer vinculação a outro importante profeta do
passado.
b. João sabia quem ele era.
1. Depois de dizer quem não era João se dispôs a dizer quem ele era - João era
alguém que não precisava aparecer (Eu sou uma voz!); João era alguém que
não dependia dos aplausos dos outros; isto é, João não precisava está debaixo
dos holofotes. João Batista era alguém que vivia para servir os outros.
(Anunciando a vinda do Senhor!).
2. João Batista limitou-se a confirmar somente o que as profecias diziam a
respeito dele (Is 40.3). Este é um grande exemplo que devemos seguir. João
não acrescentou nada nas profecias do VT, pois a mesma apresenta João
Batista como aquele que seria o precursor de Jesus Cristo.
3. João Batista sabia muito bem que toda honra deveria ser dada somente
a Cristo - João Batista não se enxergava como profeta e sim apenas como
um servo do Deus altíssimo, embora após a sua prisão e morte o Senhor
Jesus confirmou que João Batista era profeta ou o ultimo profeta a profetizar
a vinda do Messias (Lc 16.16)
Aplicação: O verdadeiro cristão é aquele que, de um lado, sabe quem ele não é e, de
outro, sabe quem ele realmente é. Assim era João Batista; ele tinha uma opinião correta
sobre si mesmo, sabia quem ele era e quem ele não era; ele pensava corretamente acerca
de si mesmo, conforme Paulo declarou (Rm 12.3)

Vimos, aqui que o primeiro passo para sabemos quem realmente somos. (1)
DEVEMOS SABER NOSSA IDENTIDADE. Agora vamos apresentar um segundo
passo para sabemos quem realmente somos que é ...

II. Temos que ter uma visão correta sobre Jesus Cristo. (v.24-28)
a. Quando conhecemos a Jesus nos pomos no nosso lugar.
1. A primeira coisa a se observar é que o que há para se aprender sobre Jesus
precisa vir a nós como revelação de Deus através da Palavra iluminada pelo
Espírito — Então em hipótese nenhuma, o que conhecemos de Cristo pode ser
resultado do que nós achamos, preferimos, imaginamos ou idealizamos, mas do
que a Palavra de Deus, mediante o testemunho do Espírito Santo, revela tudo
sobre Jesus.
2. João Batista conhecia muito bem o que as Escrituras diziam sobre o Senhor
Jesus, e isto podemos ver nas declarações do próprio João Batista. Pois
observem o que ele diz sobre o Senhor Jesus: Jesus é santo (v. 27), gracioso (v.
29), substituto, perdoador e salvador (v. 29), poderoso ou soberano (v. 30),
eterno (v. 30) e transformador de vidas (v. 33).
3. Pense nas implicações que essa visão sobre Jesus traz para as nossas vidas. Por
exemplo: somos indignos pecadores, precisamos que Deus nos ame primeiro e
que venha ao nosso encontro; carecemos do Espírito que nos regenera;
necessitamos de justificação diante do Deus justo; também de santificação
diante de um Deus santo; precisamos de perdão e de transformação... tudo isso,
e muito mais, Deus, em Cristo, pelo poder do Espírito Santo, nos proporciona.
Essa visão transforma radicalmente a nossa vida — a forma como nos vemos
(pecadores em transformação) e como devemos ver os outros (pecadores que
também precisam de transformação).
b. João testifica a respeito de Cristo
1. João Batista tinha todos os motivos para se orgulhar, ele podia se envaidecer e
até mesmo se cobrir de toda honra de ser um “profeta”. Porém, o que nos
chama a atenção era a visão que ele tinha de si mesmo, pois ele se via como
nada mais que ninguém. As pessoas reconheciam a importância de João
Batista, muitos o respeitavam como profeta vindo de Deus. Mas note que ao
ser perguntado sobre o motivo dele aplicar aquele batismo sendo que ele
dissera que não era o Cristo, ele exalta ao Senhor dizendo que ele mesmo não
era digno de desatar as sandálias do Mestre.
2. Olhe que coisa gloriosa, mesmo que João Batista fosse alguém importante para
aquelas pessoas, ele não quis receber tal reconhecimento, mas ao contrário,
com humildade apontou para aquele que exerceria um ministério melhor e
eterno, um ministério superior ao do próprio João Batista. (Jesus)
3. Os fariseus constituíam uma seita muito influente com quase seis mil membros.
Além de serem exímios intérpretes da Lei em Israel, eles também eram
extremamente zelosos quanto aos costumes e às tradições. Nem todos os
fariseus eram como os que foram descritos por João (Jo 5.20), porém, de
maneira geral, esses líderes religiosos não aceitaram o Messias.
4. Realizar o ritual do batismo era o mesmo que assumir uma posição de
autoridade. Os fariseus questionaram João Batista quanto à autoridade que ele
possuía para realizar tal ato religioso: Por que batizas [...] se tu não és o
Cristo, nem Elias, nem o profeta? As autoridades judaicas achavam que eram
os únicos detentores do direito de legitimar pregadores religiosos. A autoridade
de João, contudo, havia sido dada por Deus. Ele conhecia muito bem Sua
missão (Jo 1.26) e a realizou no espírito e na virtude de Elias (Lc 1.17).

Aplicação: Devemos aprender a importância da humildade, todos nós temos um


ministério na igreja do Senhor. Devemos executar nosso ministério sabendo que ele
apenas aponta para um ministério muito maior, o de Cristo Jesus, que veio salvar
pecadores.

Vimos, até aqui dois passos para sabemos quem realmente somos. (1)
DEVEMOS SABER A NOSSA INDETIDADE. (2) TEMOS QUE TER UMA
VISÃO CORETA SOBRE JESUS. Agora vamos apresentar o terceiro passo para
sabemos quem realmente somos que é ...

III. Devemos entender que Jesus é aquele que tira nosso pecado (v.29)
a. Porque João chama Jesus de o cordeiro de Deus.
1. Para entendermos corretamente o porquê de Jesus ser chamado de “o Cordeiro
de Deus”, precisamos nos atentar a alguns detalhes. É preciso saber que os
cordeiros eram parte importante dos sacrifícios do Antigo Testamento. Antes
mesmo de Deus dar a Moisés as instruções oficiais acerca da religião judaica
no Sinai, a figura do cordeiro já aparece como parte do ritual religioso. (Gn
22.13) Deus providenciou um cordeiro para substituir o filho do patriarca como
sacrifício.
2. Na véspera da saída do povo de Israel do Egito, Deus deu instruções sobre
a instituição da Páscoa Judaica. Nessa ocasião um cordeiro deveria ser sacrificado
e seu sangue aspergido nos umbrais das portas dos israelitas. Assim, o anjo da
morte passaria por cima da casa dos hebreus quando fosse visitar a terra do
Egito e matar seus primogênitos (Êxodo 12).
3. A partir daquele momento, a Páscoa passou a ser uma das mais importantes
festividades judaicas. Ela continuou sendo celebrada anualmente pelo povo de
Israel. O cordeiro pascal deveria ser sem defeitos. Além disso, nenhum de seus
ossos poderia ser quebrado (Êxodo 12:5,46; Números 9:12).
4. Além do cordeiro sacrificado na Páscoa, os cordeiros também eram imolados
na oferta diária. Isso significa que havia o sacrifício de cordeiros para a
expiação do pecado do povo todos os dias (Números 28:4).
b. Jesus é o cordeiro que tira os nossos pecados
1. É importante entender que a frase “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo” não significa um tipo de universalismo. A ideia de que Cristo tirou o
pecado do mundo inteiro, e por isso todos serão salvos no final, é estranha ao
texto bíblico.
2. Apesar de haver poder suficiente em seu sacrifício para tal coisa,
definitivamente não é isso que a Bíblia ensina. Na verdade, no próprio
Evangelho de João existem várias referências que refutam essa ideia (João
1:12,13; 10:11,27,28; 17:9; 11:50-52).
3. Portanto, quando João Batista apresenta Cristo como o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo, ele não está afirmando que o mundo inteiro terá seu
pecado expiado pelo Cordeiro de Deus. Ele simplesmente está dizendo que o
Filho Deus não veio para tirar o pecado de uma nação em particular, como por
exemplo, os judeus.
4. Em Cristo, não há mais qualquer distinção. A porta da salvação está aberta em
todas as direções. O Cordeiro de Deus veio tirar o pecado de seres humanos
que estão espalhados por todo o mundo, a fim de reuni-los como filhos de Deus
num só povo (João 11:51,52).
5. É por isso que Jesus é o Cordeiro de Deus que possui o Livro da Vida
(Apocalipse 13:8). Nesse livro está registrado o nome de todos aqueles que o
Cordeiro resgatou com seu próprio sangue. Por outro lado, a ira de Deus será
derramada sobre aqueles que não forem achados escritos nesse livro. A justiça
Divina exige a punição do pecado!

Vimos, três passos para sabemos quem realmente somos. (1) DEVEMOS
SABER A NOSSA INDETIDADE. (2) TEMOS QUE TER UMA VISÃO CORETA
SOBRE JESUS. (3) DEVEMOS ENTENDER QUE JESUS É AQUELE QUE
TIRA NOSSO PECADO. Agora vamos apresentar o terceiro passo para sabemos
quem realmente somos que é ...

Conclusão

João Batista deu o seu testemunho a respeito de Cristo porque ele entendeu que
Jesus é superior em posição e honra. João Batista entendeu que Cristo é superior a ele
mesmo porque Jesus já existia antes dele mesmo. João entendeu que ele era apenas um
servo e como servo ele não tinha do que se gloriar. Que nós possamos ser como João
Batista e sempre nos colocar em posição de servo, deixando a gloria e a honra para o
nosso senhor Jesus Cristo.

 Sermão ministrado no dia 18/03/2018 no culto de Edificação da IBREVA.

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