Miniteste Teoria Geral Do Direito Civil

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2.

º Mini Teste – Laboral


17/06/2020

Grupo I – Questões de escolha múltipla – 10 valores

I.1- 6 valores
Escolha a opção que considera estar CORRECTA: a escolha pela opção correta vale 1 valor; a resposta
errada retira -0,10; a não resposta não é desvalorizada.

1) Os atos praticados pelo maior acompanhado nos termos da Lei n.º 49/2018, de 14/08 e da
Convenção de Nova York de 13/12/2006,
a) são anuláveis nos termos do artigo 287.º do Código Civil, começando o prazo para a ação de
anulação a correr a partir do registo da sentença;
b) são nulos, começando o prazo para a ação de nulidade a correr a partir do registo da ação de
acompanhamento;
c) são nulos, quando não observem as medidas de acompanhamento decretadas ou a decretar;
d) são anuláveis, quando não observem as medidas de acompanhamento decretadas ou a decretar
e quando praticados após o registo do acompanhamento;
e) são sempre válidos;
f) são anuláveis, quando praticados depois de anunciado o início do processo, mas apenas após a
decisão final e caso se mostrem prejudiciais ao acompanhado.

2) O substrato é um dos elementos constitutivos das pessoas coletivas que corresponde ao conjunto
de elementos anteriores ao nascimento da personalidade jurídica de uma pessoa coletiva, sendo
composto por vários sub elementos, como por exemplo,
a) o elemento pessoal ou patrimonial, o elemento teleológico, o elemento da legitimidade e o
elemento relativo à personalidade jurídica;
b) o elemento pessoal ou individual e o elemento racional que corresponde à razão pela qual a
pessoa coletiva se constituiu;
c) o elemento intencional, o elemento volitivo, o elemento teleológico, o elemento organização e o
elemento do substrato pessoal ou patrimonial;
d) o elemento do reconhecimento, enquanto elemento formal da pessoa coletiva e o elemento
pessoal ou patrimonial enquanto elementos de caracterização;
e) o elemento intencional, o elemento teleológico, o elemento pessoal ou patrimonial, o elemento
da vontade e o elemento da organização;
f) o elemento da vontade que se manifesta no âmbito da autonomia privada das partes e o
elemento do reconhecimento pessoal.

3) Atente na seguinte situação, "Aurélio contratou a empresa "Tijolo.aqui" para uns trabalhos de
pintura. Para tal, a "Tijolo,aqui" enviou o seu melhor trabalhador na área, Belchior, para realizar os
trabalhos encomendados por Aurélio. No dia da realização da obra, Belchior incomodado com
situações da sua vida pessoal não prestou um bom serviço tendo causado prejuízos avultados a
Aurélio". Está aqui presente:
a) uma situação em que Aurélio pode pedir uma indemnização ao Belchior para cobrir os danos
ocorridos pela defeituosa prestação do trabalho no âmbito da responsabilidade civil extracontratual
por factos lícitos;
b) uma situação de responsabilidade extracontratual das pessoas coletivas, no âmbito do artigo
165.º do Código Civil, em que Belchior será responsabilizado civilmente pelos danos causados a
Aurélio, tendo posteriormente que prestar contas à empresa "Tijolo,aqui";
c) uma situação de responsabilidade extracontratual por factos ilícitos das pessoas coletivas, pelos
trabalhos defeituosos cometidos por Belchior, sendo que no âmbito do artigo 500.º do Código Civil
verificando-se os requisitos ali preenchidos a empresa "Tijolo, aqui" será obrigada a indemnizar
Aurélio;
d) uma situação de responsabilidade civil extracontratual, objetiva ou pelo risco, das pessoas
coletivas, em que, estando verificados certos requisitos, a empresa "Tijolo,aqui" é obrigada a
indemnizar Aurélio pelos danos emergentes, e eventuais lucros cessantes, tendo depois direito de
regresso sobre Belchior;
e) uma situação de responsabilidade civil contratual das pessoas coletivas, pois Belchior no exercício
das suas funções para com a empresa "Tijolo,aqui" cumpriu defeituosamente o seu contrato de
prestação de serviços com Aurélio;
f) uma situação de responsabilidade civil contratual das pessoas coletivas, nos termos do artigo
165.º do Código Civil, pois as pessoas coletivas respondem civilmente pelos atos ou omissões dos
seus representantes, agentes ou mandatários.
4) Suponha que "António entra com o seu veículo num parque de estacionamento, sujeito ao
pagamento à saída do mesmo". Nesta situação estamos perante,
a) uma declaração negocial de António, expressa e tácita que revela a vontade deste de fazer um
convite a contratar;
b) uma proposta contratual de António, tácita, que só se torna válida com o pagamento do preço na
saída;
c) um convite a contratar por parte do parque de estacionamento que se torna válido no momento
em que António entra com o seu veículo e retira o ticket para aceder;
d) um convite a contratar de António que se torna numa proposta contratual do parque de
estacionamento quando levanta a barreira e dá a entrada àquele;
e) uma declaração de vontade tácita de António, pois deduz-se pelo comportamento de António ao
entrar no parque que pretende contratar;
f) uma declaração de vontade expressa de António que se torna válida e eficaz pelo facto de se
aproximar-se da barreira para entrar no parque de estacionamento, o que só por si constitui um
comportamento concludente que demonstra a sua vontade de entrar.

5. A declaração negocial consiste num comportamento do sujeito jurídico, apto a exteriorizar a sua
vontade, constituído por vários elementos, nomeadamente, internos e externos, tornando-se
perfeita,
a) quando o destinatário da proposta, ou seja, o declarante, declara aceitar a oferta que lhe foi feita,
nos termos da teoria da aceitação;
b) quando o proponente tomou conhecimento efetivo da aceitação, adotando-se, assim, a doutrina
do reconhecimento;
c) quando, estando em causa uma declaração receptícea, ou seja, declaração cuja validade se basta
com a manifestação da vontade do autor da declaração, chega ao conhecimento do declaratário;
d) quando, o declaratário tomou conhecimento efetivo e eficaz da aceitação, nos termos da teoria
da percepção;
e) quando o destinatário do convite a contratar se considera em condições de conhecer
efetivamente o conteúdo da declaração do proponente;
f) quando, estando presente uma declaração receptícea, esta chega ao poder e é conhecida
efetivamente pelo declaratário.
6. Um contrato unilateral consiste,
a) Num negócio jurídico constituído por uma declaração de vontade que gera obrigações para uma
parte;
b) Num negócio jurídico comutativo constituído por uma ou mais declarações de vontade
equivalentes entre si;
c) Num negócio jurídico constituído por duas ou mais declarações de vontade convergentes, com
vista a um resultado unitário, de que é exemplo o testamento;
d) Num negócio jurídico constituído por duas ou mais declarações de vontade convergentes, com
vista a um resultado unitário e de que é exemplo a doação;
e) Num negócio jurídico sinalagmático porque há correspetividade entre as prestações;
f) Num negócio jurídico constituído por duas ou mais declarações de vontade, que geram
obrigações apenas para uma das partes.

I.2- 4 valores
Escolha a opção que considera estar ERRADA: a escolha pela opção errada vale 1 valor; a resposta
errada retira -0.25; a não resposta não é desvalorizada.

1. A estrutura de um negócio jurídico é composta, nomeadamente, pela vontade e, quando esta falte

a) há uma divergência entre a vontade e a declaração;

b) há uma divergência entre a vontade real e a vontade declarada;

c) há uma divergência entre a vontade real e a vontade declarada em que o elemento volitivo não
corresponde à declaração negocial emitida;

d) há uma divergência entre a vontade e a declaração em que a vontade real se encontra mal
esclarecida;

e) há uma divergência entre a vontade e a declaração em que a vontade real não corresponde à
vontade declarada.

2. Considerando a seguinte situação, “Maria intentou, em 06 de janeiro de 2019, ação de


responsabilidade civil extracontratual contra Bento em virtude de este a ter atropelado na passagem
de ano de 2017”. Assim,
a) Bento foi citado para a ação em 15/01/2019, suspendendo-se aí a prescrição;
b) Em abril de 2019 autora e réu apaixonaram-se e casaram, suspendendo-se a prescrição;
c) Em agosto de 2019, o réu abandona o lar, sem que daí incorra qualquer impulso processual;
d) Em março de 2019, Maria numa tentativa de conquistar Bento, fez um contrato de prestação de
serviços domésticos com este, suspendendo-se a prescrição;
e) Em março de 2019, suspende-se a prescrição, deixando de correr este prazo.

3. Imagine a seguinte situação, Um vendedor de móveis ao apresentar uma estante a uns clientes que
entraram na sua loja de decoração, refere-se à madeira de que é feito aquele móvel como sendo um
material de qualidade suprema, uma madeira perfumada e certificada pela União Europeia e que
mais ninguém nas redondezas a comercializa. Supondo, que aquelas “qualidades” apresentadas não
são verdadeiras:
a) estamos perante um vício da vontade;
b) estamos perante uma falta de liberdade exterior;
c) estamos perante um dolo inocente;
d) estamos perante um erro qualificado da parte do declarante;
e) estamos perante uma situação de dolo ilícito.

4. Imagine a seguinte situação, Acácio pretende doar o seu automóvel de coleção ao seu neto
Felisberto. Contudo, informa Felisberto que só o fará se ele cumprir o seu desejo de ser médico
dentista” Assim,
a) estamos perante uma condição suspensiva;
b) estamos perante atos que impõe uma limitação à liberdade do sujeito jurídico;
c) estamos perante uma condição própria e ilícita;
d) estamos perante uma situação que não produz qualquer ilicitude ou nulidade;
e) estamos perante uma condição suspensiva ilícita.

Grupo II – 1,5 valores


Reportando-se ao instituto das pessoas coletivas, analise o princípio implícito no n.º 1 do art. 160.º do
Código Civil. Ilustre-o com uma situação prática.

Grupo III – 1,5 valores


Comente a seguinte afirmação, justificando sempre a sua posição:
a) “A anulabilidade é insanável pelo decurso do tempo”

Grupo IV – 1 valor (0,50 x 0,50 valores)


Distinga e exemplifique, isoladamente, cada uma das seguintes situações:
a) " erro-obstáculo e erro vício";
b) " elementos acidentais e elementos naturais do negócio jurídico"

Grupo V - 6 valores (2,5 x 1 x 2,5 valores)


Em Maio de 2017, Agostinho vendeu a Pascoal, por escrito particular, uma quinta que possuía em
Guimarães, ocultando uma doação, relativa ao mesmo imóvel, celebrada num Cartório Notarial da
cidade de Braga. Em Agosto de 2017, Pascoal vendeu a referida quinta a Horácio, que até tinha
conhecimento do acordo simulatório.

a) Suponha que em Fevereiro de 2018, Agostinho se arrependeu e pretende reaver a quinta de


Guimarães, invocando para o efeito a simulação. Será bem sucedido? 2,5 valores

b) Afinal, Horácio só veio a ter conhecimento do acordo simulatório entre Agostinho e Pascoal, em
Janeiro de 2019. Nestas circunstâncias, a resposta seria a mesma que a anterior? 1 valor

c) Suponha ainda que Agostinho só doou a quinta de Guimarães a Pascoal porque este tinha em seu
poder cartas confidenciais endereçadas pelo primeiro ao pai de Pascoal nas quais aquele
confidenciava ter sido cúmplice de um crime de homicídio há uns anos atrás, perpetrado naquela
quinta, onde, aliás, o cadáver da vítima se encontrava enterrado.
No dia de Natal de 2019, Agostinho, ganhou coragem e foi entregar-se à GNR de Guimarães. Esta
sua atitude poderá ajudá-lo ou não, a reaver a quinta de Guimarães? 2,5 valores

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