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VIVÊNCIAS:

Vivência I:
Comece preparando um ambiente tranquilo para a sua meditação, longe
de muitas interferências externas, arejado, limpo e que permita que você regule
a luminosidade. Procure usar roupa confortável que lhe dê mobilidade, bem
como se for ouvir música, que esta seja suave e em volume baixo.
Deixe o ambiente em meia luz, coloque a música e sente-se
confortavelmente.
Relaxe os músculos e passe a respirar tranquilamente de forma circular.
A respiração circular consiste em inspirar o ar de modo que tórax e abdômen
fiquem cheios de ar, depois expire todo o ar que puder, sem dar pausa entre
um movimento e outro. Faça isso lentamente e logo se sentira em um estado
de transe leve.
Transporte-se agora para a sua infância e identifique quais os cheiros
que o rodeavam e qual a sensação referente a cada um desses aromas.
Quais os cheiros que vêm primeiro a mente? Qual a sensação relativa a
eles; é boa ou ruim? Lembra alguém ou situação em especial?
Veja-se agora na adolescência. Quais os cheiros que você identificou na
infância e permanecem agradáveis neste período?
Quais os cheiros que te desagradavam neste período? Por quê?
Quais de todos os cheiros que você identificou no período da infância e
adolescência que permanecem agradáveis e a que tipo de sensação eles
remetem?

Vivência II
Transcreva a vivência em detalhes.

Vivência III
Compre ramas de ervas secas e separe-as em vasilhas de vidro: Pétalas
de rosas – referente aos aromas de flores
Ramas de alecrim – referente aos aromas de folhas Canela e cravo –
referente aos aromas de madeira Casca da laranja – referente aos aromas
cítricos.
Com os olhos vendados pegue cada um dos potes e sinta o aroma
tentando identificá- los e fixá-los.
Escrevam no caderno as sensações e percepções. Ex: Qual aroma
identificou primeiro?

Vivência IV

Compre os óleos essenciais básicos e comece a uni-los em uma


caixinha que será a sua caixa de aromaterapia.
Os óleos são: lavanda, laranja, alecrim e cedro.

AS FASES DE INTERPRETAÇÃO DE UM AROMA

A identificação e interpretação do aroma passam basicamente por três


fases:

Recepção: o óleo essencial libera notas de cabeça; as mais voláteis. Se


não fossem voláteis, não daria para aspirá-las. A molécula também deve ser
hidrossolúvel, ou pelo menos parcialmente solúvel em água. As moléculas
voláteis entram pelas narinas, são aquecidas, umidificadas e captadas pelos
receptores no Eptélio Olfativo, que fica dentro da cabeça a altura das
sobrancelhas.

Transmissão: Não são as moléculas que carregam o cheiro que vão


para o cérebro. Na realidade, essas moléculas odoríferas, acabam sendo
eliminadas após sofrerem modificações químicas. O que vai para o cérebro é a
informação contida no cheiro.
A terceira e última fase é responsável pela identificação. O rinencéfalo é
responsável pela recepção, condução e integração das sensações olfatórias.
Ele é constituído de todas as estruturas relacionadas diretamente com a
olfação.

Bulbo olfativo: é nessa pequena estrutura sólida e ovóide onde ocorre a


identificação do cheiro. Essa estrutura consegue distinguir-se o odor de
queimado é de uma folha de papel ou de uma folha de árvore; mesmo que não
estejamos olhando.

Sistema Límbico

O Sistema Límbico atua no controle de nossas atividades emocionais e


comportamentais, assim como nos impulsos motivacionais.
Em 1978, o neurologista francês Paul Broca observou que na superfície
medial do cérebro dos mamíferos, logo abaixo do córtex, existe uma região
constituída por núcleos de células cinzentas (neurônios). A qual ele deu o
nome de lobo límbico (que traduz a idéia de círculo, anel), uma vez que ela
forma uma espécie de borda ao redor do tronco encefálico. Esse conjunto de
estruturas, mais tarde denominado sistema límbico, surgiu com a emergência
dos mamíferos inferiores. É ele quem comanda certos comportamentos
necessários à sobrevivência de todos os mamíferos.

As Estruturas Cerebrais na formação das Emoções

Algumas partes mais importantes do sistema límbico:

Amígdala

Essa é uma estrutura que fica dentro do cérebrodentro do sistema


límbico. A amígdala participa de aspectos fundamentais do comportamento
social. É a amígdala que nos da a sensação de prazer, de dor, nos faz alegre
ou nos faz sofrer. Ela é como se fosse a sede de nossas emoções.
A destruição experimental das amídalas (são duas, uma para cada um
dos hemisférios cerebrais) faz com que o animal se torne dócil, sexualmente
indiscriminativo, afetivamente descaracterizado e indiferente às situações de
risco. O estímulo elétrico dessas estruturas provoca crises de violenta
agressividade. Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre outras coisas, com
que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda
de fora, como à visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo,
mas não sabe se gosta ou desgosta da pessoa em questão.
Localizada na profundidade de cada lobo temporal anterior. Ela funciona
de modo íntimo com o hipotálamo. É o centro identificador de perigo, gerando
medo e ansiedade e colocando o animal em situação de alerta, apontando-se
para fugir ou lutar.

Hipocampo

O Hipocampo é a estrutura envolvida com os fenômenos da memória de


longa duração. Quando ambos os hipocampos (direito e esquerdo) são
destruídos, nada mais é gravado na memória.
Um hipocampo intacto possibilita ao animal comparar as condições de
uma ameaça atual com experiências passadas similares, permitindo-lhe, assim,
escolher qual a melhor opção a ser tomada para garantir sua preservação.

Tálamo

O Tálamo é um centro de organização cerebral; como uma encruzilhada


de diversas vias neuronais onde estas podem se influenciar mutuamente antes
de serem redistribuidas. As suas ligações mais abundantes são, de longe, com
o Córtex.
A principal função do Tálamo é servir de estação de reorganização dos
estímulos vindos da periferia e do tronco cerebral e também de alguns vindos
de centros superiores. Lá fazem sinapse com os axônios dos neurônios
situados nesses locais, e daí partem novos axônios que vão efetuar ligações
em nível de outros centros superiores, principalmente o Córtex. Quase todos os
sinais ascendentes que vão para o Córtex fazem sinapse nos núcleos do
Tálamo onde são reorganizados e/ou controlados, exceptuando o sentido do
olfato.
Hipotálamo

É a parte mais importante do sistema límbico. Além de seu papel no


controle do comportamento, o hipotálamo também controla várias condições
internas do corpo, como a temperatura, o impulso para comer e beber, etc.
Essas funções internas são em conjunto denominadas funções vegetativas do
encéfalo e seu controle está relacionado com o comportamento. O hipotálamo
mantém vias de comunicação com todos os níveis do sistema límbico.
Desempenha, ainda, um papel nas emoções. Especificamente, as partes
laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção
mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e a tendência ao riso
(gargalhada) incontrolável. De modo geral, contudo, a participação do
hipotálamo é menor na gênese do que na expressão (manifestações
sintomáticas) dos estados emocionais. Quando os sintomas físicos da emoção
aparecem, a ameaça que produzem, retorna, via hipotálamo, aos centros
límbicos e destes, aos núcleos pré- frontais, aumentando por um mecanismo
de feedback negativo, a ansiedade, podendo até gerar um estado de pânico. O
Conhecimento desse fenômeno tem importante sentido prático dos pontos de
vista clínico e terapêutico.

Giro Cingulado

Situado na face medial do cérebro entre o sulco cingulado e o corpo


caloso, que é um feixe nervoso que liga os 2 hemisférios cerebrais.
Há ainda muito por conhecer a respeito desse giro, mas sabe-se que a
sua porção frontal coordena odores e visões com memórias agradáveis de
emoções anteriores. Esta região participa ainda, da reação emocional à dor e
da regulação do comportamento agressivo. A ablação do giro cingulado
(cingulectomia) em animais selvagens domestica-os totalmente. A simples
secção de um feixe desse giro (cingulomia), interrompendo a comunicação
neural do circuito de Papez, reduz o nível de depressão e de ansiedade pré-
existentes.
Tronco Cerebral

Região responsável pelas reações emocionais.


Na verdade, nos vertebrados inferiores, como os répteis e anfíbios, é
responsável pelas respostas reflexas.
As estruturas envolvidas são a formação reticular e o lócus cérulus, uma
massa concentrada de neurônios secretores de nor-epinefrina. É importante
assinalar que, até mesmo em humanos, essas primitivas estruturas continuam
participando não só dos mecanismos de alerta, vitais para a sobrevivência,
mas também da manutenção do ciclo vigília-sono.

Área Tegmental Ventral

Grupo de neurônios localizados em uma parte do tronco cerebral que


secreta dopamina. A descarga espontânea ou a estimulação elétrica dos
neurônios da região dopaminérgica mesolímbica produzem sensações de
prazer, algumas delas similares ao orgasmo. Indivíduos que apresentam por
defeito genético a redução no número de receptores das células neurais dessa
área tornam-se incapazes de se sentirem recompensados pelas satisfações
comuns da vida e buscam alternativas "prazerosas" atípicas e nocivas, como
por exemplo, alcoolismo, consumo de drogas, jogo desenfreado ou
desenvolvem compulsão pela ingestão de alimentos doces.

Septo

Situado à frente do tálamo, por cima do hipotálamo. A estimulação de


diferentes partes desse septo pode causar muitos efeitos comportamentais
distintos.
Anteriormente ao tálamo, situa-se a área septal, onde estão localizados
os centros do orgasmo (quatro para mulher e um para o homem). Certamente
por isto, esta região se relaciona com as sensações de prazer, normalmente
aquelas associadas às experiências sexuais.

Área Pré-Frontal

Não faz parte do circuito límbico tradicional, mas suas intensas


conexões com o tálamo, amígdala e outras estruturas subcorticais, explicam o
importante papel que desempenha na expressão dos estados afetivos.
Quando o córtex pré-frontal é lesado, o indivíduo perde o senso de suas
responsabilidades sociais, bem como a capacidade de concentração e de
abstração. Em alguns casos, a pessoa conquanto mantendo intactas a
consciência e algumas funções cognitivas, como a linguagem, já não consegue
resolver problemas; mesmo os mais elementares. Quando se praticava a
lobotomia pré-frontal, para tratamento de certos distúrbios psiquiátricos, os
pacientes entravam em estado de "tamponamento afetivo", não mais
evidenciando quaisquer sinais de alegria, tristeza, esperança ou desesperança.
Em suas palavras ou atitudes não mais se vislumbravam quaisquer resquícios
de afetividade. Existe uma tendência universal para só considerar como afeto
(e seus derivados, afetividade, afeição, etc.) as impressões positivas.
Com o desenvolvimento da linguagem, nomes foram atribuídos a essas
e a outras sensações, permitindo sua delimitação e explicitação a outros
membros do grupo. Porém, até hoje, dada a existência de um componente
subjetivo importante, difícil de ser comunicado, não existe uniformidade quanto
à melhor terminologia a ser empregada para designar essas sensações. Assim
é que se utilizam, de maneira imprecisa e intercambiável, quase como
sinônimos, os termos afeto, emoção e sentimento.
Entretanto, assim pensamos, a cada uma dessas palavras deve ser
atribuída uma definição precisa, em respeito à etimologia e às diferentes
reações físicas e mentais que produzem. Afeto (do Latim affectus, significando
afligir, abalar, atingir) é definido por Aurélio como sendo "um conjunto de
fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos
ou paixões, acompanhadas sempre da impressão de prazer, dor, de satisfação,
insatisfação, agrado, desagrado, alegria ou tristeza". Curiosamente, existe uma
tendência universal para só considerar como afeto (e seus derivados,
afetividade, afeição, etc.) as impressões positivas.
Assim, ao se dizer "sinto afeto por fulana" estou manifestando amor ou
carinho; nunca raiva ou medo. Já em relação às emoções e sentimentos, o uso
se aplica nos dois sentidos: "ela tem bons sentimentos; eu tenho sentido
emoções desagradáveis”. Emoções (do Latim emovere, significando
movimentar, deslocar) é como sua própria etimologia sugere: reações
manifestas frente àquelas condições afetivas que, pela sua intensidade,
mobilizam-nos para algum tipo de ação.
Confrontando a opinião de vários autores, podemos dizer que as
emoções se caracterizam por uma súbita ruptura do equilíbrio afetivo. Quase
sempre são episódios de curta duração, com repercussões concomitantes ou
consecutivas, leves ou intensas, sobre diversos órgãos, criando um bloqueio
parcial ou total da capacidade de raciocinar com lógica. Isto pode levar a
pessoa atingida a um alto grau de descontrole psíquico e comportamental. Por
contraste, os sentimentos são tidos como estados afetivos mais duráveis,
causadores de vivências menos intensas, com menor repercussão sobre as
funções orgânicas e menor interferência com a razão e o comportamento.
Exemplificando: amor, medo e ódio são sentimentos; paixão; pavor e cólera (ou
ira) são emoções.
Existem ainda, duas condições bem caracterizadas que, de certa forma,
estão inseridas no contexto da vida afetiva, posto que, dependendo da
intensidade dos afetos, elas podem resultar destes e, às vezes, com eles se
confundirem. Estamos nos referindo aos distúrbios do humor, representados
pelas depressões e euforias maníacas e a diminuição do estado de
relaxamento mental com reação de alerta, representada pela ansiedade.
Ao longo dos séculos, filósofos, médicos e psicólogos estudaram os
fenômenos da vida afetiva, questionando sua origem, seu papel sobre a vida
psíquica, sua ação favorecedora ou prejudicial à adaptação, seus
concomitantes fisiológicos e seu substrato neuroendócrino. As manifestações
afetivas teriam como causa última, a capacidade da matéria viva de responder
a estímulos sobre ela incidentes. Existem duas teorias clássicas e antagônicas
sobre a questão. A primeira, defendida, por Darwin e seus seguidores, prega
que as reações afetivas seriam padrões inatos destinados a orientar o
comportamento, com a finalidade de adaptar o ser ao Meio Ambiente e, assim,
assegurar-lhe a sobrevivência e a da sua espécie.
Os distúrbios orgânicos que podem acompanhar o processo seriam
apenas uma conseqüência de natureza fisiológica. Em oposição, outros, como
William James, afirmam que diante de um determinado estímulo, real ou
imaginado, o organismo reagiria com uma série de alterações
neurovegetativas, musculares e viscerais. A percepção de tais alterações
originaria estados afetivos correspondente. Existe uma terceira posição, mais
moderna, que propõe soluções de compromisso entre as duas teorias
clássicas. É o caso de Lehmann, o qual afirma que o afeto é um fenômeno
complexo, que se inicia por um processo central, a partir de uma causa interna
ou externa. Ele se manifesta como uma alteração do "eu" e pode desencadear
movimentos reflexos faciais e variadas alterações orgânicas.
À medida que os sintomas corporais aumentam de intensidade, o afeto
torna-se mais mobilizador e se define como uma emoção. Esta idéia encontra
sustentação na clínica, no tratamento de pacientes com fobias de desempenho,
os quais, diante de situações que temem (falar em público, por exemplo),
apresentam palpitações, suores, dificuldade de respirar, etc. Alguns óleos
essenciais como: sândalo, alfazema, tangerina, cipreste, ylang-ylang, ajudam
no bloqueio dos fenômenos neurovegetativos, “esvaziam” a ansiedade,
permitindo maior controle da fobia.

OS ÓLEOS ESSENCIAIS

Os óleos essenciais são substâncias complexas e voláteis extraídos de


folhas, flores, frutos, madeira, cascas e raízes de ervas e árvores. Eles são
compostos químicos naturais, porém, mais seguros do que as drogas
farmacêuticas, mas de ação mais lenta, pelo que são mais recomendados
como forma de tratamentos preventivo ou complementar. Os óleos essências
têm cheiro e qualidade única, sua composição pode variar de acordo com a
região de cultivo, o clima, a idade do terreno, o procedimento da colheita e o
método de extração.
A imagem que nos vem quando pensamos em óleo, é de algo pesado,
que não se evapora, que vem de óleo de cozinha; mas este não é o caso dos
óleos essências. As plantas frescas são de 75 a 100 vezes mais concentradas
do que as plantas secas e representam uma função importante em sua
bioquímica, agindo como reguladoras e mensageiras, protegendo assim contra
ataques de fungos, parasitas e doenças, além de exercer um papel
fundamental na fertilização, polinização e adaptação ambiental. Por ter uma
complexidade química, o valor terapêutico dos óleos essências é inegável, ao
contrário dos produtos quimicamente sintéticos, que atuam de um modo
relativo ao composto químico ativo.
Os principais grupos químicos que constituem os óleos essências e o
uso aromático:

Na saga química, temos três protagonistas principais: o Átomo de


Carbono, de Hidrogênio e de Oxigênio.

Os óleos essências pertencem a uma das três classes de compostos


químicos:

1- Os Terpenos
2- Derivados Terpênicos
3- Compostos derivados de Fenilpropano.

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