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Eu gostaria muito que você pudesse acessar os sentires das

experiências que vivi com as crianças do CAPSi. Mas, como diz


Jorge Larrosa Bondía (2002), a experiência é algo de cada pessoa e
não pode ser reproduzida. Desse modo, insistente como eu sou,
resolvi preparar esta CAIXA DE ACONTECIMENTOS para você.
Nela há alguns dos materiais que eu usei com as crianças ao longo do
meu estágio no CAPSi. Agora você está diante da possibilidade de
construir a sua própria experiência sensorial, afetiva, criativa com
esses elementos. Você pode fazer pausas durante a leitura do trabalho,
suspender retalhos de tempo e mergulhar um pouco na fantasia, se
imaginar junto comigo e com as crianças, fazendo a vida acontecer
por meio expressão criativa dos seus afetos.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
“Eu sou um bolinho, CURSO DE GRADUAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL
Redondo e fofinho,
De creme recheado,
No forno eu fui assado.
Rolando e cantando HERÁCLITO CARDOSO DE OLIVEIRA
Eu cheguei até aqui!”
ERA UMA VEZ:
a contação de histórias na intervenção terapêutica ocupacional
num CAPS Infanto-juvenil

Orientadora: Profª. Drª. Marília Meyer Bregalda


Co-orientadora: Profª. Drª. Carolina Couto da Mata

João Pessoa-PB
Outubro de 2023

Você pode usar este material para fazer anotações, observações e


sugestões no trabalho.

“Conversamos um pouco sobre “O “[...] passei a pensar em outros


recursos, narrativas e possibilidades
caso do bolinho” e suas personagens,
de atividades por meio da contação
depois ofereci uma massinha de de histórias (jogos de faz-de-contas,
modelar para as crianças e perguntei pinturas, desenhos, modelagem em
o que elas gostariam de fazer a partir argila, teatro de bonecos) que
pudessem promover o diálogo, a
daquele momento.” brincadeira e o brincar, a interação
1 entre os sujeitos, a produção de
E você, o que deseja fazer com essa vida.”
massinha?
Surgiu alguma ideia?
CADERNO DE DESENHO

“O envolvimento com essa história “O caminho foi se fazendo também de etapas:


primeiro uma aproximação com a história, com os
foi tão positivo que era possível ouvir personagens, com o cenário imaginado. “E a história
as meninas e meninos cantarolando a termina e vem o depois. É para desenhar? É para
cantar? É para recontar? É para responder o que se
música da história do bolinho nos quer perguntar? E não pode ser só para calar e
corredores do CAPSi ou sussurrando perdurar o que é de se encantar?” (SISTO, 2001,
p.95).”
a canção enquanto faziam um
desenho, uma colagem, uma pintura, Nada é obrigatório, mas há aqui algumas
possibilidades. Aproveita!
um jogo.”

Tinta guache, lápis de cor, giz de cera...

“Assim, utilizando objetos e brinquedos que encontrei


na sala de atendimento e uma caixa, iniciei a Esse foi um dos cheiros da
contação de histórias com um breve relaxamento, nossa experiência!
exercícios de respiração, usei um pouco de óleo
essencial de lavanda no ambiente, diminuí a
luminosidade da sala para criar um ambiente mais
aconchegante, organizei as cadeiras em círculo, de
modo que conseguíssemos ficar próximos,
confortáveis e pudéssemos nos ouvir, nos ver.”

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