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PARTE 5 •

AVALIAÇÃO
Módulo 8 – A Cultura da Gare FICHA DE AVALIAÇÃO 10

1. Observe a Figura 1, leia o Texto A e responda às questões seguintes.

TEXTO A
O ecletismo da arquitetura do Palácio revela a in-
tenção de fazer dele como que um catálogo das for-
mas neomedievalizantes e exóticas disponíveis na
altura. Do neogótico ao neomourisco, passando por
sugestões indianas e pelo inevitável manuelino, tudo
ali aparece segundo um esquema de fascinante
bricolage. O padrão nacionalista do manuelino iria
dominar as intervenções do arquiteto e do encomen-
dador. Se a remodelação começou pelo conventinho
com a construção da Torre do Relógio – que
imitava a Torre de Belém –, as referências
manuelinas vão
alargar-se depois ao corpo palaciano […].
Fig. 1 Palácio da Pena, D. Fernando II e Barão Ludwig von
Eschwege, Sintra, 1838-1868/1885. Paulo Pereira, «O revivalismo: a arquitetura do desejo». In
Paulo Pereira (dir.), História da Arte Portuguesa, Vol. III.
Lisboa: Círculo de Leitores, 1995, p. 359.

1.1 Evidencie quatro aspetos que constituem o pano de fundo político, social e cultural da
manifestação do Romantismo na Europa, com reflexos em Portugal.

1.2 O Palácio da Pena constitui um baluarte do Romantismo em Portugal porque


A. aplica os conceitos de racionalismo e funcionalismo na procura de soluções
arquitetónicas.
B. concretiza uma forte carga simbólica patente nas linhas austeras e nas formas
robustas.
C. apresenta um dos mais sofisticados sentidos revivalistas e historicistas da época.
D. é uma expressão de arte urbana por excelência.

1.3 Refira quatro aspetos que refletem o espírito romântico na arquitetura do Palácio da
Pena.

1.4 Explicite quatro características do Romantismo patentes na arquitetura do Palácio da


Pena.

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2. Observe a Figura 2, leia o Texto B e responda às questões seguintes.

Fig. 2 Enterro em Ornans, Gustave Courbet, Museu d’Orsay, Paris, França, 1850.

TEXTO B
Courbet, chefe da escola realista, por fidelidade à sua terra natal, descobriu-se um dia socialista porque
o seu amigo Proudhon o persuadiu disso, após ter visto o quadro dos Canteiros. Mas, no fundo, nunca
houve pintor menos ideológico, mais soberbamente material, do que este alegre natural de Franco
Condado. O seu Enterro em Ornans, onde colocou em torno de uma cova toda a sua aldeia natal,
cinquenta retratos de pessoas em pé, desde a sua família até aos meninos do coro, fez com que o
acusassem de ofender o belo e de ser ímpio.
Luc Benoist, História da Pintura.
Mem-Martins: Pub. Europa-América, 1973, p. 98.

2.1 Evidencie quatro aspetos do contexto histórico, social e cultural que esteve na base do
surgimento do realismo oitocentista.

2.2 Evidencie quatro características formais, temáticas e plásticas do Realismo, patentes na


obra da Figura 2.

2.3 Indique, no quadro de características, as que se referem ao Realismo na pintura.


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QUADRO DE CARACTERÍSTICAS
A. Prática de pintura ao «ar livre».
E. Desenho objetivo e rigoroso.
B. Prevalência do caráter bidimensional das
F. Cenas de trabalho exprimindo as condições duras
composições.
de trabalho.
C. Tratamento naturalista das formas e do espaço.
G. Composições seguindo traçados racionais
D. Recurso a cores intensas aplicadas a cheio e em
e geométricos.
formas planas.
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H. Inclusão dos assuntos em cenários arquitetónicos.

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SOLUÇÕES PARTE 5 •
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FICHA DE AVALIAÇÃO 10 | Págs. 65-66


1.1 (1) Afirmação do liberalismo na Europa, expandindo-se a partir
do processo revolucionário subsequente à Revolução Francesa e
ao período napoleónico. (2) Valorização do indivíduo e da
Natureza, consistente com o pensamento iluminista. (3)
Preferência pelo ecletismo das referências culturais e artísticas,
bem como das culturas exóticas. (4) Prevalência do revivalismo
arquitetónico, evidenciado no restauro e na reinvenção.
1.2 Opção C.
1.3 (1) O projeto do Palácio foi concebido pelo Barão Ludwig von
Eschwege, arquiteto amador e conhecedor dos empreendimentos
românticos nos castelos da Baviera, com intervenção direta de D.
Fernando II, um romântico por natureza. (2) O programa
decorativo do Palácio inspira-se num diversificado ecletismo
iconográfico nacional. (3) A obra traduz-se numa profusa
combinação de estilos, por entre evocações góticas, manuelinas e
mouriscas. (4) O invulgar movimento de volumes, a dinâmica
articulação de espaços e a animada conjugação de cores
enquadram-se na eloquência da linguagem romântica.
1.4 (1) Afirmação do ecletismo e do historicismo arquitetónicos.
(2) Valorização de uma arquitetura cenográfica que desperta
sensações e motiva estados de espírito exaltados e sublimes. (3)
Referências a culturas exóticas, como a árabe e as do Oriente. (4)
Inspiração em elementos decorativos que remetem para
monumentos significativos da História de Portugal.
2.1 (1) Abandono do subjetivismo, do sentimentalismo e do
idealismo do Romantismo. (2) Relação do Realismo com o espírito
científico e tecnológico da época. (3) Vínculo à teoria da «Questão
Social», de Proudhon, comprometida com as questões sociais
contemporâneas e com o conceito socialista de «arte útil». (4)
Eclosão de tumultos sociais e de revoltas operárias em Paris, em
1848.
2.2 (1) Cena de quotidiano representando pessoas simples,
comuns e anónimas. (2) Entendimento da pintura como um
processo interpretativo da realidade física e social. (3)
Representação realista e objetiva da Natureza e da realidade
observável. (4) Reação contra a pintura académica, refletindo na
pintura uma abordagem política e ideológica na abordagem do
tema.
2.3 Características A, C, E e F.

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