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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


LICENCIATURA EM ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA

O papel dos textos no desenvolvimento da pessoa e na aula de língua portuguesa

Estudante: Olímpio Adriano Uaiene


Código: 41200095

Maxixe, Abril de 2021

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

O papel dos textos no desenvolvimento da pessoa e na aula de língua portuguesa

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de língua portuguesa do ISCED.

Tutor: Mestre Fernando Chicumule

Estudante: Olímpio Adriano Uaiene


Código: 41200095

Maxixe, Abril de 2021

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Índice
Introdução ........................................................................................................................ 4
Metodologia…………………………………………………………………………….. 4
Tipo de pesquisa................................................................................................................4
Pesquisa bibliográfica .......................................................................................................4
Contribuição .................................................................................................................... 5
Contextualização .... ........................................................................................................ 5
Discussão conceptual……………. .................................................................................. 6
Leitura............................................................................................................................... 6
Texto................................................................................................................................. 7
O papel dos textos no desenvolvimento da língua portuguesa ...........................................8
O papel dos textos no desenvolvimento da pessoa ........................................................... 9
Conclusão ………………………………………………………………………………10
Referências bibliográficas ………………………………………………………….…..11

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Introdução
A leitura é um dos mais significativos e relevantes fatores para qualquer atividade
científica tal como é a que constitui o processo de ensino-aprendizagem do Português,
pois, é através da leitura que facilmente compreendemos as matérias em aprendizagem e
melhoramos o nosso desempenho em qualquer atividade que estivermos envolvidos.
Ademais, o indivíduo que lê está contribuindo para o enriquecimento pessoal e para a sua
compreensão do mundo. Paralelamente, o desenvolvimento económico, social e cultural
de uma nação depende em grande parte do grau de instrução de seu povo e, nesse caso,
destaca-se o papel da leitura.
Na ausência da leitura, as dificuldades em atingirmos as nossas metas, em certo
processo ou atividade, serão maiores, pois poderemos realizar certa atividade com muitos
erros ou mesmo não chegarmos a realizar por falta do conhecimento. Relativamente a
aprendizagem de uma língua, a familiarização com a leitura é fundamental, razão pela
qual a nossa pesquisa intitula-se no papel dos textos no desenvolvimento da pessoa e na
aula de língua portuguesa.

Metodologias
De acordo com GIL (2007: 31), método ou metodologia, é um procedimento ou
caminho para alcançar um determinado fim.

Tipo de pesquisa
Para GIL (2003:57) “Pode desenvolvimento do se definir pesquisa como o
processo formal e sistémico de método científico, que tem como objetivo descobrir
respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”.

Pesquisa bibliográfica
Para MARCONI & LAKATOS (2001:48), este tipo de pesquisa tem como
finalidade colocar o pesquisador em contacto direto com o que já foi dito, escrito sobre
o tema ou ainda que esteja relacionado, sendo que esta abrange toda bibliografia já
tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins,
jornais, revistas, livros, pesquisas etc. O que foi importante para a pesquisa, ajudando
com suporte científico sobre a temática em muitos âmbitos do saber.

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Contribuição
A leitura ocupa um lugar de destaque na formação de cada cidadão bem como de
um povo, pois revela-se como uma das vias no processo de construção do conhecimento,
como fonte de informação e formação cultural. Assim, ao enveredarmos esta pesquisa
esperamos contribuir com um debate académico que vise despertar a sociedade sobre a
necessidade de se formar leitores capazes de intervir nas diferentes esferas sociais e
contribuir para o desenvolvimento do país, apelando para a intervenção de toda a
sociedade. Ademais, esperamos dar um contributo em termos de estratégias a adotar para
despertar o gosto pela leitura nos alunos de modo a garantir o sucesso destes no processo
de ensino-aprendizagem da língua portuguesa e não só. Para a escola, esperamos
contribuir pela estratégias de promoção da leitura.

Contextualização
Tal como é do conhecimento de todos, todo o ser humano, nas suas condições
normais, nasce e cresce num ambiente comunicativo, onde neste caso, de forma
espontânea, aprende a se comunicar pela língua do seu meio vivente, o que geralmente
tem se chamado de “língua materna”. Neste caso, ocorre uma aquisição que foi por
Chomsky chamada competência inata, ou simplesmente através da vocação para a
linguagem com que to do o ser humano nasce.
Ao iniciar o percurso escolar, a criança já se comunica, isto é, fala a sua língua,
compreende enunciados orais, de acordo com o meio sociocultural, então, na escola
irá estabelecer um contacto com outras variantes linguísticas, eventualmente diferentes
daquela que conhece, sendo uma delas e a principal, o português padrão, devendo em
simultâneo, aprender aprende as suas normas através da fala, da leitura e da escrita.
Para a aquisição destas habilidades (fala, da leitura e da escrita), a criança precisa
de ser submetida a um processo de ensino aprendizagem, onde há uma intencionalidade
de ensinar novas coisas `a criança, num percurso que delineia de forma gradual com
vista a transformação e desenvolvimento cognitivo direcionado ao saber ser, estar e fazer.
O salto cognitivo que a aprendizagem da expressão oral, da leitura e
posteriormente da escrita, é fundamental para o desenvolvimento simultâneo do ser
humano e da língua portuguesa. É através da fala que a criança desenvolve o seu
vocabulário linguístico, durante os intervalos com colegas ou amigos, na sala de aula
ao interpretar imagens, descrever paisagens; portanto, esse crescimento oral expressivo,
permite moldar a língua (órgão do humano) para facilmente pronunciar adequadamente

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novos vocábulos da língua portuguesa e, assim sendo, isso lhe permitira por outro lado,
dominar a leitura de qualquer expressa.
No entanto, existem lugares institucionais que têm por responsabilidade essa
tarefa de produzir conhecimento sobre a língua (COROA, que 2016). É o caso dos
professores de Língua Portuguesa, que, em alguma etapa do seu trabalho, procuram
motivar a criança para o gosto de leitura e produção textual.

Discussão conceptual
Leitura
Segundo REIS e LOPES (2002: 220) Leitura é operação pela qual se faz surgir
um sentido num texto, num decurso de um certo tipo de abordagem, com ajuda de um
certo número de conceitos, em função da escolha de um certo nível em que o texto deve
ser percorrido.
Portanto, leitura é arte ou ato de guiar o indivíduo a desenvolver o seu espírito
crítico. Através da leitura podemos ampliar e aprofundar conhecimentos sobre
determinado campo cultural ou científico, aumentar o nosso vocabulário pessoal e por
consequência comunicarmos nossas ideias de forma mais eficiente. A escola é o local
onde o aluno deve adquirir as competências comunicativas, nela deve aprender a ler,
escrever e falar com fluências devidas, tendo em vista que o poder de comunicar-se bem
é fundamental para o seu sucesso e da sociedade em geral, pois quanto melhor se
expressar menos equívocos causará nos alocutários.
Goodman (1971) define a leitura como "um processo psicolinguístico através do
qual o leitor, um utente da língua, reconstrói, o melhor que pode, uma mensagem
codificada por um escritor com uma determinada disposição gráfica..."
No entender de SOUZA e CAVÉQUIA (1996), ler e escrever devem ser considerados
dois atos inseparáveis, pois a prática da leitura favorece a escrita, ou seja, quem tem o
hábito de ler textos diversos tem mais condições de refletir sobre ideias e formular suas
opiniões.
Escrever é uma prática que depende da prática de ler. A leitura e a escrita se
complementam numa relação de interdependência. Uma necessita da outra, apoia-se na
outra. Um escritor precisa ler para observar e absorver o que foi lido, assim como precisa
ler para se enriquecer culturalmente. Não há um bom escritor que não seja um leitor voraz
com fome de informação e de formação e precisa ler bons textos para escrever bons
textos. Um bom escritor é sempre bom leitor, pois, ele deve não só escrever os textos,

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deve seguidamente lê-los diversas vezes com intuito de identificar os erros que cometeu
e corrigi-los sempre que os detetar, isso é possível fazendo valer os conhecimentos que
ele tenha adquirido de textos de outros escritores.
A leitura no contexto escolar deve ser encarada como arte ou ato de guiar o
indivíduo para o desenvolvimento da personalidade, porque tudo quanto o homem lê é
por ele recriado. Assim, a leitura ultrapassa largamente o conceito relativamente restrito
da descodificação de um texto escrito e abarca toda a mensagem dirigida a um receptor.

Texto
Como se sabe, um texto não é qualquer conjunto de palavras ou frases, e muito
menos resultado da sua aglutinação ou ainda da soma de frases ou de outros textos, mas
sim um projeto de dizer, constituído numa dada situação comunicativa, para alguém,
com certa finalidade e certo modo (Koch & Elias, 2006).
Com base nos Parâmetros, entendemos o texto como uma sequência verbal, completa
e una, constituída por relações estabelecidas via elementos de coesão e coerência. Em
síntese, é mais do que um aglomerado de frases ou enunciados, consiste em “uma unidade
significativa global” (PCNs, 1998, p. 21). Nessa perspetiva, definimos texto como uma
materialidade linguística de variada extensão, que constitui um todo organizado de sentido,
quer dizer seja coerente e adequado à comunicação (tanto oral quanto escrita) a qual se propõe,
em determinada situação social. Trata-se de uma produção verbal que exerce adequadamente
sua funcionalidade comunicativa.
Para Koch (2003, p. 31), o texto consiste em uma manifestação verbal, constituída de
elementos linguísticos de diversas ordens, selecionados e dispostos de acordo com as
virtualidades que cada língua põe à disposição dos falantes no curso de uma atividade
verbal, de modo a facultar aos interatantes não apenas a produção de sentidos, como a
de fundear a própria interação como prática sociocultural.
Seguindo essa esteira teórica, Marcuschi (2002, p. 24) define o texto como “uma
identidade concreta realizada materialmente e corporificada em algum gênero textual”.
Percebemos que o texto, ao circular socialmente, sob uma enorme gama de gêneros
textuais, pode ser desde um enunciado como “Fogo!”, “Rápido!”, uma poesia, uma
crônica, uma bula de remédio, uma receita culinária, um cardápio de restaurante, um
email, uma reportagem, um editorial, um estatuto, uma dissertação de Mestrado, uma charge,
uma história em quadrinhos, uma piada, um bilhete, um manual de instrução, um cardápio,
uma resenha, até um romance de vários volumes.

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O papel dos textos no desenvolvimento da Língua Portuguesa
Como se sabe, um texto não é qual quer conjunto de palavras ou frases, e muito menos
resultado da sua aglutinação ou ainda da soma de frases ou de outros textos, mas sim um
projeto de dizer, constituído numa dada situação comunicativa, para alguém, com certa
finalidade e certo modo (Koch & Elias, 2006).
Na verdade, desenvolvimento da competência linguística, não só depende do domínio
da chamada “norma do português padrão”, que para o nosso caso, é o Português Europeu
(PE), todavia, o aluno precisa saber a língua em vários domínios de comunicação.
Tal como se pode perceber, a comunicação e a capacidade discursiva do aprendente
devem ser o foco principal das aulas de língua portuguesa, independentemente do nível ou
da classe de ensino. Essa comunicação, geralmente, deve ser assegurada pelo estudo de
textos variados, considerando que a sua exploração irá ajudar o aluno a usar diversas
expressões, neste caso, usando a língua. Esta tarefa de leitura e análise textual, permite para
o desenvolvimento linguístico e intelectual do indivíduo.
O texto tem um papel crucial no ensino da língua portuguesa, tal como confirma um
estudo recentemente levado acabo por alguns estudiosos linguísticos no Brasil, Estratégias de
leitura. Texto e Ensino (Pauliukomis & Santos, org. 2006).
O ensino de língua portuguesa, centrado basicamente em normas gramaticais, tem se
apresentado ineficaz para que o sujeito do aprendizado faça o uso da língua nas suas diversas
situações quotidianas. Neste sentido, o entendimento da escola é de que o aluno só vai aprender
a língua portuguesa a partir do seu ingresso na vida escolar, pois é nesse espaço que ele toma
contacto mais efetivo com o sistema linguístico.
Tudo indica que o cuidado a ter com um texto é essencial e mostra que esse tipo
de atividade pode ser trabalhada de forma permanente, que cada um dos seus passos permite a
curiosidade e inicia a produção escrita do seu próprio texto. Mas também permite o
desenvolvimento da habilidade comunicativa através da interpretação textual, após a cada leitura
que o aprendente efetua. É ainda neste processo que o aluno, descobre e usa novos vocábulos,
desenvolve a capacidade intelectual para o uso dos sinónimos e antónimos, usa o dicionário para
descobrir novos termos ou expressões linguísticas, adicionando cada vez mais o seu vocabulário.

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O papel dos textos no desenvolvimento da pessoa
A produção e o estudo textual permitem o desenvolvimento da linguagem. É esta linguagem
que tem efeito na formação subjetiva e no desenvolvimento cognitivo, orientando se para o próprio
sujeito.
A interpretação textual, leva com que um indivíduo desenvolva mais as três habilidades
do saber: saber ser, estar e fazer. Estas habilidades se encontram em extrema ligação com o
sistema psicológico e físico, visto que não é possível produzir um texto escrito sem que as
habilidades físicas estejam em condições de o fazer, do mesmo leito que, par a elaborar um texto,
precisamos reunir todas as ideias necessárias para uma melhor organização frásica.
Como é óbvio a linguagem intervém na formação e no funcionamento de todos os processos
psíquicos, pois ela está ligada ao pensamento humano. A linguagem e o pensamento em uma
cumplicidade, sendo que, a primeira é um sistema de signos mediadores de toda a acção humana,
logo, ela dá forma assegura a existência da segunda.
De acordo com Vygotsky, (1993) encontramos essa unidade, que reflete a união entre
pensamento e linguagem, na forma mais simples, no significado da palavra (…) é a unidade de
ambos processos que não admite mais decomposição e acerca da qual não se pode dizer o que
representa: um fenómeno da linguagem ou do pensamento”.
Neste sentido, percebe se que o referido significado é inerente `a palavra , como resultado
de uma análise linguística, que evolui de forma simultânea com o desenvolvimento psíquico
do indivíduo. Ainda na mesma perspetiva, Tunes (1995), acrescenta que “ a condição da palavra
para formação de conceitos constitui o desenvolvimento do pensamento verbal, coexistindo de
diversas formas sem progressão linear”.
Está muito claro que, as atividades de estudo textual planificadas pelo professor para a
sala de aula, incentivam o prazer pela leitura e escrita textual, o que, quando passa para um hábito
individual e natural, faz com que o mesmo indivíduo seja mais dedicado e participativo em
todas as aulas, chegando até a nascer a vocação de autoria de obras. Por isso, é muito importante
que o aluno seja sempre habituado a ler e escrever diferentes materiais. É nesta perspetiva que,
oliveira, afirma que:
os estudos mais recentes apontam para uma nova metodologia de ensino que enfatizam as
reais necessidades de se ter a escrita como prática constante. A solicitação de produções com
objetivos evidentes fazem o aluno perceber a utilidade desse exercício e que, portanto, o seu
trabalho tem um objetivo (OLIVEIRA, 2004, P.2).

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Chegamos `a conclusão de que, uma boa prática de leitura e escrita do texto, particularmente em
sala de aula, desenvolve a expressividade para que o aluno possa interagir e desenvolver sua
competência discursiva.

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Conclusão
O estudo do presente tema “O papel dos textos no desenvolvimento da pessoa e
na Língua Portuguesa”, permitiu nos perceber a grandeza e valiosa dimensão que se poder
ter, seja para o desenvolvimento cognitivo, como da personalidade.
Aliado a isto, percebeu se que, uma boa prática de leitura de e escrita do texto,
particularmente em sala de aula, desenvolve a expressividade para que o aluno possa
interagir e desenvolver sua competência discursiva, desenvolvendo, pois, a sua
competência linguística.
Também empolga nos partilhar que ao longo da realização deste trabalho, ficou
claro que o desenvolvimento linguístico está intrinsecamente ligado as competências
discursivas de que um texto dispõe, através dos seus signos, e, por conseguinte, estas
permitem a formação da personalidade

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Referências bibliográficas
COROA, M. L. L.(2016). O texto dissertativo-argumentativo. Em: GARCEZ, L. H. do
C.; CORREA, V. R (orgs.). Textos dissertativos-argumentativos: subsídios para
qualificação de avaliadores. Brasília: Cebraspe.
GIL, António. (1999). Como Elaborar Projeto de Pesquisa. (3ª edição), São Paulo. Atlas.
MARCONI, Maria Andrade & LAKATOS, Eva Maria. (2003). Fundamentos de
Metodologias Cientifica. (5ª ed.), São Paulo, Atlas S.A.
OLIVEIRA, Camila Mota; FERREIRA, Lucas Pazoline da Silva. Géneros textuais e
ensino de língua: um panorama de perspetiva de Charles Bazerman no Brasil.
Disponível
em:http://ojs.c3sl.ufpr.br/index.php/letras/article/viewFile/1906/13041.Acesso
em: 03 de Abril de 2021
PAULIUKONIS, Maria Aparecida Lino & SANTOS, Leonor Werneck (2006).
Estratégias de leitura. Texto e Ensino. rio de Janeiro: Lucerna.
REIS, Carlos. (1981). Técnicas de Análise Textual. (3ªed.) Coimbra, Livraria Almedina.
REIS, Carlos e LOPES, Ana Cristina M. (2002). Dicionário de Narratologia. (7ª ed.),
Porto, Almedina.
SANT’ANNA, Célia Regina Antunes. Reescrita, um caminho para a produção autónoma
de textos. Disponível em: http://www.alemdaletras.org.br/biblioteca/material-
formadoras/Reescrita-um-caminho-para-a-producao-de-textos.pdf Acesso em 03
de Abril de 2021.
TUNES, E. (1995). Os conceitos científicos e o desenvolvimento do pensamento verbal.
In: cadernos CEDES.
VYGOTSKY. (1993). Obras escogidas III incuye Pensamiento y lenguage. Conferencias
sobre psicologia. Madri: Visor.

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