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AULA:

- De Martinica, foi político.


- O texto dividiu o tempo. Usa como paralelo a postura dos brancos (ex. Judeus) diante do nazismo
e
Anotações

Prefácio Mario de Andrade


- O autor dirigia-se aos intelectuais burgueses e também aos militantes da revolta nacionalista.
- Primeira edição em 1055, segunda em 1955
- Momento em que a inteligência européia julgava ser a única a compreender os homens, a cultura e
a sociedade, entra o discurso de Cesaire pulveriza essa falácia, revelando o racismo por trás das
boas intenções colonizantes;

- Para ele, a essência do colonialismo apresenta 2 aspectos:

• regime de exploração desenfreada de massas humanas por via da violência


• Reforma moderna de pilhagem ?

- Ninguém ousou replicar o artigo, mas incluiu o na lista de racistas reversos ou romantico com
relação à Africa passada.
- O artigo serviu de motor para os militantes dos países colonizados
- Cesaire aprofunda o direito à iniciativa histórica dos povos, direito à personalidade (luta popular
de libertação nacional, que seria a reconquista de sua personalidade histórica pela destruição da
dminação imperialista a que esteve sujeito) Assinado: Mario de Andrade, 1976) p.11

Aimé Cesaire:

“Uma civilização que trapaceia com os seus princípios é uma civilização moribunda”

• - A civilização europeia/ocidental é incapaz de resolver 2 problemas que criou: a do


proletariado e o colonial
• Os colonizadores mentem, logo são fracos.
• Civilizações em contato é excelente, e a Europa foi a encruzilhada, receptáculo que pode
redistribuir energia. Mas ela se (a colonização) colocou em contato? Essa era a melhor
maneira?
• Da colonização à civilização, a distância é infinita (p.16)
• O colonizador é descivilizado e degradado ao admitir os horrores da colonização. Dessa
arrogância racial encorajada se instaura um veneno nas veias da europa que leva ao
alsevajamento. p.17
• O nazismo chega, e europeus, antes de serem suas vítimas, foram seus cúmplices, o
cultivaram com outros povos não europeus.
• O que não se perdoa em Hitler não é o crime em si mas em ter aplicado aos brancos a
humilhação que os brancos aplicaram nos povos africanos, àrabes, Indianos, índigenas
• No fim do capitalismo, desejoso de sobreviver, há Hitler. No fim do humanismo formal, e da
renúncia filosófica, há Hitler. p.19
• O humanismo ocidental quer transformar a desigualdade em Lei, não suprimi-la. Ética
burguesa francesa: guerra do direito contra a força
• “Pela boca de todos que julgavam e julgam lícito aplicar aos povos extra-europeus e em
benefício de nações mais fortes e melhor equipadas, uma espécie de expropriação por
motivo de utilidade pública – era já Hitler que falava! (p.21) (Vide que Hitler fez
exatamente isso com os judeus)
• “Onde eu quero chegar? Que ninguém coloniza inocentemente.
• Isso é interessante. As pessoas olham pro passado de escravidão e dizem que os tempos
eram outros (anacronia), que não podemos cometer anacronia, que um velho racista deve ser
deixado em paz. Aceitar tal argumento só é possível da perspectiva branca. Porque se lhes
acontece o que eles causaram, identificam imediatamente que a relação está violenta e
opressiva. E se já havia gente lutando contra a escravidão, é que já havia perspectiva de que
ela estava errada. Ou os negros se consideravam naturalmente escravizáveis?

Aimé Cesaire diz que ninguém coloniza inocentemente.


Que liberdade é dada aos velhos para serem racistas?
Escutei frequentemente durante meu tempo em SC, onde os avôs e avôs de famílias extensas
expressam racismo catarinenses defenderem que de nada adiantava problematizar o racismo dos
velhos e das velhas. É um povo que, de modo geral, acham que são da raça alemã, no sentido
biológico.
Haverá uma inocência no racismo provocado pela terceira idade?Eles deixavam de lado, fingiam
que não escutavam. Os filhos e netos têm condescendÊncia sob o argumento de que, afinal, quando
esses velhos foram criados, os tempos eram outros, então um discurso antiracista não lhes entraria
na cabeça e só causaria discórdia. Ora, é diferente dos racistas mais jovens em quê mesmo?.
O que a idade tem a ver com isso?
EU me darei, quando velha, a licença poética de peidar sem pudores, de pedir favores alhures.
Tive um sonho em que um velho que conseguia
Os velhos tÊm tempo pra pensar. Nâo vamos lhes negar o direito à educação, À informação, ao desenvolvimento enquanto seres humanos.
Precisamos levar a velhice À sério. Velhice não é sinônimo de burrice, nem de inocÊncia, muito pelo contrário.
Não podemos deixá-los sair dessa vida sem a importante experiência humana que é a indignação e o amor para com o pŕoximo diferente. Morrer
amando e respeitando somente os iguais revela uma vida vulgar, indigna.
• Falaram-me de progresso. .. Eu falo de extraordinárias possibilidades suprimidas. (p.25)
• Eram sociedades comunitárias. Não de todos para alguns. Eram sociedades não só pré-
capitalistas, como dizem, mas também anticapitalista. […] Elas eram um fato. Não tinham a
mínima pretensão de ser uma idéia.
• Ele diz não pregar o regresso (um profeta do regresso ao passado antieuropeu). Ele sabe que
isso não é possível. Visa declarar que a Europa tem contas a prestar perante a comunidade
humana pela a maior pilha de cadáveres da história.
• O progresso não se dá nas colônias por causa da Europa. Prova é que Hj em dia os indígenas
da Africa e Àsia pedem escolas e a Europa recusa. O homem africano pede portos e estradas
e a europa regateia. O colonizado quer avançar e o colonizador retém.
• Não dá mais pra fazer monólogos – O outro é errado, eu sou o civilizado. Não importa quem
seja eu, não importa quem seja o outro.
• Dos historiadores e romancistas da civilização (é tudo o mesmo). Rsrsrs (p.41) falsa
objetividade, quando vai falar sobre como o racismo, o colonialismo opera em cada área do
conhecimento
• O pensamento bantu é essencialmente ontológico

- Conceição Lima – poetiza de São Tomé: e gravou a visão do demônio no quintal. (colonização dos
Ingleses, a partir de 1948, se intensifica, começando os primeiros genocídio em 1953, até o
processo de independencia em 73, expansão rural, trabalhadores vão desaparecendo das fazendas)

Stuart Hall – Da diáspora

- Não existe o pós colonial. Ainda somos colonias. Há uma dependência econômica pra nossa
sobrevivência. O pós colonial é um reforço do colonial, onde o poder é exercito por outro grupo
com resquício dos portugueses. Começa a criar conflitos internos isso que faz parte do rpocesso de
colonização.
- Por isso, pós colonial existe cronologicamente (tem liberdade pós colonial Brasil, 1722). No
sentido epistemológico, há vários aspectos de dependencia criada com os colonizadores.
- Livro infantil -
Descolonial (nega a colonização, como se reiniciasse) Decolonial é afirmar a necessidade de atuar
na realidade colonial, combatê-la.
- Ver o anticolonial -

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