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Silvio Romero e Manoel Bomfim Atual
Silvio Romero e Manoel Bomfim Atual
SILVIO ROMERO
ROMERO
Breve Biografia
• Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero, nasceu
em Lagarto, município de Sergipe, em 1851, e faleceu
no Rio de Janeiro em 1914. Em 1863, partiu para a
corte, a fim de fazer os preparatórios no Ateneu
Fluminense, e em 1868, matriculou-se na Faculd ade de
Direito do Recife. Conclui o curso de bacharel em
direito em 1873. Iniciou sua atividade intelectual no
jornalismo e na crítica literária no primeiro ano do
curso. Em um primeiro momento advoga o positivismo
de Comte, embora mais tarde veio a se afastar das
idéias deste para se aproximar da perspectiva
evolucionista de Herbert Spencer .
Questões
• Um povo branco ou mestiço?
• Cultura ou barbárie?
MANOEL BOMFIM
1868- 1932
Biografia
O seu pai, quase analfabeto, desprovido de certidão de nascimento, Paulino José adotou
o nome de Paulino José do Bomfim, como referência à sua cidade natal, Bom Fim do
Carira. O vaqueiro se casou com a viúva de um comerciante português e foi morar em
Aracaju, onde se tornou um próspero comerciante, além de ser proprietário de um
Engenho Bomfim. O casal teve 13 filhos, dentre eles, Manoel José Bomfim, nascido em
Aracaju, em 08 de agosto de 1868. Como demais pensadores do seu tempo (Silvio
Romero, José Lins do Rego), Bomfim trabalhou no engenho da sua família, dos 12 aos
17 anos, onde conviveu com escravos e seus descendentes. Mais tarde algumas dessas
pessoas tornaram-se inspiração de personagens do seu livro didático Através do Brasil.
Bomfim foi estudar medicina em Salvador em 1886, onde conheceu o jornalista Alcindo
Guanabara. No entanto, ele se transfere para o Rio e através de Guanabara conhece as
redações de jornais e Olavo Bilac. Completou o curso de medicina, mas devido a morte
da sua filha causada pelo tifo, e de não admitir o fracasso em salvá-la, ele abandona a
medicina. Passou a se dedicar à educação e escrever obras de psicologia, escrevendo
várias obras e revistas. Em 1902 publica a obra Compêndio de Zoologia Geral e recebe
uma bolsa do governo brasileiro para estudar psicologia experimental em Paris. Lá em
Paris, um jornal parisiense solicita ao autor um artigo sobre a América Latina. Sendo que
é desse artigo que Bomfim começa a escrever a América Latina: males de origem.
A Europa e a América
Latina
I- A OPINIÃO CORRENTE SOBRE A AL
Uma opinião profundamente, absolutamente arraigada no animo
dos governos, sociólogos e economistas europeus. Como
variantes a essas sentenças, eles se limitam a ditar, de tempos em
tempos, uns tantos conselhos axiomáticos; mas o ditam da ponta
dos lábios, no tom em que o mestre-escola repete ao aluno
indisciplinado e relapso: se você me ouvisse, se não fosse um
malandro, faria isto, mais isto e isto, mas você não presta pra
nada! Nunca fará nada! Nunca saberá nada! Nunca será nada. (38)
• A condenação do povo latino americano
tinha uma dupla causa: a causa afetiva,
interesseira, visando a conquista do
território; e uma causa intelectual, que
decorre do desconhecimento da realidade
latino-americana, de sua história, do seu
passado colonial.
CONSEQÜÊNCIAS DA MALEVOLÊNCIA
EUROPÉIA
• Cultura livresca.
Não se lembram de que, ao condenar o
nacional – elemento povo – como incapaz
e inaproveitável, eles se condenam a si
mesmos, porque, em suma, o povo não se
dirige por si, não se fez por si, não ter sido
dirigido, governado, educados pelas
classes dominantes; eles é que o fizeram,
e, se não presta, a culpa é de quem não
soube educar. (Bomfim)
O progresso há de ser da própria sociedade, no
seu todo, isto só se obtém pela educação e
cultura.