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Volei Adaptado Sentado

Thais de Masceno
Zilá Gomes de Moraes Flores

VOLEI ADAPTADO SENTADO

RESUMO

O vôlei adaptado sentado é uma modalidade esportiva inclusiva e modificada do vôlei


tradicional, desenvolvida especialmente para pessoas com deficiência física. Neste esporte,
os atletas competem sentados em uma quadra adaptada, utilizando técnicas e estratégias
específicas para movimentar a bola e pontuar.
O objetivo do jogo é o mesmo do vôlei convencional: passar a bola por cima da rede e fazer
pontos, porém, os jogadores estão sentados no chão. Esta adaptação permite que pessoas
com diferentes habilidades e limitações possam participar ativamente do esporte,
promovendo a inclusão e a integração. Além disso, o vôlei adaptado sentado proporciona
benefícios físicos, como o desenvolvimento da força, flexibilidade e coordenação, bem como
benefícios sociais e emocionais, como o trabalho em equipe, a autoconfiança e a superação
de desafios.

Voleibol adaptado, voleibol sentado, esporte paralímpico, pessoa com


Palavras-chave: deficiência.

1. INTRODUÇÃO

O vôlei adaptado sentado é uma modalidade esportiva que proporciona inclusão,


diversão e superação para pessoas com mobilidade reduzida. Neste esporte, jogado por
atletas em cadeiras de rodas, a técnica e a estratégia se unem para criar um ambiente
competitivo e emocionante. Além disso, o vôlei adaptado sentado promove o trabalho em
equipe, a cooperação e a socialização, permitindo que os participantes desenvolvam
habilidades físicas e mentais.
Neste documento, iremos explorar mais sobre o vôlei adaptado sentado, seus
princípios, benefícios e como você pode começar a se envolver. Prepare-se
para mergulhar nesse mundo incrível e transformador do esporte adaptado!
Os benefícios do vôlei adaptado sentado vão muito além da prática esportiva,
contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, autoestima e inclusão
social dos praticantes. Este esporte desafia os limites e preconceitos,
incentivando a todos a se envolver.

1Thais de Masceno
2Zilá Gomes de Moraes Flores
3 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (FLC36175 BEF) – Prática do Módulo I – 13/11/2023

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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O voleibol sentado adaptado oferece inúmeros benefícios para pessoas com deficiência.
Este desporto inclusivo pode ser ensinado a pessoas com e sem
deficiência, promovendo a inclusão e o respeito. Para aqueles
com deficiências relacionadas à locomoção, o voleibol sentado
oferece uma oportunidade de participar de um esporte divertido
e emocionante. Além dos benefícios físicos do exercício, jogar
vôlei sentado também pode contribuir para melhorar a saúde
mental, a autoestima e as conexões sociais.
As regras básicas e os equipamentos utilizados no voleibol sentado adaptado são
semelhantes aos do voleibol tradicional. O objetivo do jogo é
fazer a bola cair no campo adversário, com algumas diferenças
como a altura da rede e o tamanho da quadra. Os jogadores
sentam-se no chão, com a bola sendo passada com as mãos,
braços ou qualquer outra parte do corpo. A utilização de uma
quadra menor e uma rede mais baixa permite uma jogabilidade
mais rápida e ralis mais intensos. O esporte pode ser praticado
em ambientes fechados ou ao ar livre, com uma bola um pouco
mais leve e macia que o vôlei tradicional.

No artigo de Souza, Silva e Moreira (2016), os autores localizaram a produção científica online
brasileira sobre todos os esportes paralímpicos, onde criaram categorias que agrupassem os
temas identificados sobre o esporte adaptado, sendo eles: Treinamento, Iniciação Esportiva e
Categorias de Base, Saúde, Aspectos Educacionais, Administração, Financiamento e Políticas
Públicas, Lazer, Regras e Arbitragem, Técnicos e treinadores, Aspectos sociais.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
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O vôlei adaptado sentado é uma modalidade esportiva que surgiu com o objetivo de
proporcionar a prática do voleibol para pessoas com deficiência física. Nesse esporte, as regras
são adaptadas para que os jogadores possam competir de maneira igualitária, utilizando cadeiras
de rodas durante a partida.

-Para jogar vôlei adaptado sentado, são formadas equipes compostas por seis jogadores em
cada lado da quadra. O objetivo do jogo é passar a bola por cima da rede e fazer com que ela
toque o chão do campo adversário, pontuando assim para a equipe.

-Durante a partida, os jogadores utilizam apenas as mãos para tocar na bola, não sendo
permitido o uso dos pés. Além disso, é importante que a cadeira de rodas esteja sempre em
contato com o chão.

No vôlei adaptado, pessoas de ambos os sexos que tenham alguma limitação física ou
relacionada ao movimento podem competir. Cada time conta com seis jogadores, separados por
uma rede de altura ajustada e em uma quadra de dimensões reduzidas em comparação à versão
olímpica. Os sets são disputados até 25 pontos, enquanto o tie-break é decidido em 15 pontos. A
equipe que conseguir vencer três sets primeiro é declarada vencedora da partida.

As dimensões da quadra são 10m de extensão por 6m de largura. A altura da rede é de


1,15m para os homens e 1,05m para as mulheres. Os jogadores podem bloquear o saque, desde
que mantenham contato com o chão o tempo todo, exceto durante deslocamentos. No Brasil, a
CBVD é responsável pela organização do esporte.

A equipe do Brasil fez sua primeira participação nos Jogos Paralímpicos em Pequim 2008,
com o time masculino terminando em sexto lugar na competição. Em Londres 2012, o país
competiu com times masculino e feminino e ambos ficaram em quinto lugar. O destaque veio
mesmo em 2016, no Rio, quando a equipe feminina conquistou a medalha de bronze, feito que se
repetiu em Tóquio 2020.

De acordo com o grau de impacto nas funções na modalidade ocasionado pela sua deficiência, os
atletas são divididos em dois grupos: VS1 e VS2.

Na classe VS1 estão os atletas com deficiências mais severas e que têm maior impacto nas funções
essenciais do vôlei sentado. Ex: amputados de perna.

Na classe VS2 estão os atletas com deficiências mais leves e com menor interferência nas funções
em quadra. Ex: amputação de parte do pé, amputação bilateral de polegar.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Embora o vôlei adaptado sentado seja uma modalidade esportiva relativamente nova, tem
crescido significativamente nos últimos anos. Segundo dados do Comitê Paralímpico
Internacional, o número de atletas de vôlei adaptado sentado em todo o mundo aumentou de
1.200 em 2004 para 1.500 em 2019 e no ano de hoje aproximadamente 2.500 atletas.

3000

2500

2000

1500

1000

500

0
2004 2019 2024

Quantidade de atletas

A tabela apresenta a quantidade de atletas que participam da modalidade.


Podemos perceber que nos três anos só veio aumentando a quantidade de atletas;
E consequentemente cada vez mais aparecerá mais atletas que gostam de praticar o devida
modalidade esportiva.
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5. CONCLUSÃO
As características do voleibol sentado são determinadas principalmente pelo
tipo de deficiência. Jogadores com deficiência mínima são responsáveis pelas ações
de ataque e maior desempenho por ação, enquanto os amputados são responsáveis
por ações mais próximas da rede, como bloqueio e pontos de bloqueio. Os resultados
sugerem ainda que o tipo de amputação influencia a direção do deslocamento.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Helmorany Nunes de. Avaliação do Equilíbrio Estático e Dinâmico em Jogadores de Vôlei
Sentado com Amputação Transfemoral Unilateral Adaptados à Prótese Convencional. 2014.

37f. Monografia (Graduação) - Universidade de Brasília, Graduação em Fisioterapia, Faculdade de Ceilândia.


Brasília, 2014. BEYER, Hugo Otto. Inclusão e avaliação na escola de alunos com necessidades educacionais
especiais. 2. ed. Porto Alegre: Editora Mediação, 2006.

BLASO, Brunna Giannetti. Educação Física Adaptada Para Alunos Paraplégicos Inclusão no Meio escolar.
2016.

23 f. TCC (Graduação) - Curso de Educação Física, Centro Universitário Geraldo di Biase, Barra do Piraí,
2016.

BORGMANN, Tiago; PENA, Luís Gustavo de Souza; ALMEIDA, José Júlio Gavião de. O Ensino do
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Motora Adaptada, Campinas, v. 17, n. 2, p.9-16, maio 2016.

CUNHA, Leonardo Miglinas. O Esporte Adaptado Como Conteúdo Nas Aulas De Educação Física. 2013.

176 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Educação Física, Centro de Educação Física e Desportos da
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GONÇALVES, Liana Souza Vasconcelos. A família e o portador de transtorno mental: estabelecendo um


vínculo para a reinserção à sociedade. 2010.

28 f. Monografia (Especialização) - Curso de Atenção Básica em Saúde da Família, Universidade Federal de


Minas Gerais, Manhuaçu, 2010.

HAIACHI, Marcelo de Castro et al. Indicadores de desempenho no Voleibol Sentado. Rev. Educ. Fís/UEM,
Maringá, v. 25, n. 3, p.335-343, set. 2014.

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