Você está na página 1de 82

1

Expediente

JOÃO AZEVEDO LINS FILHO


Governador do Estado da Paraíba

LUCAS RIBEIRO NOVAIS DE ARAÚJO


Vice-Governador do Estado da Paraíba

ANTONIO ROBERTO DE ARAÚJO SOUZA


Secretário de Estado da Educação

MARIA ELIZABETE DE ARAÚJO


Secretária Executiva de Gestão Pedagógica

POLLYANNA MARIA LORETO MEIRA


Secretária Executiva de Adm. de Suprimentos e Logística

ERIVONALDO ALVES DA SILVA


Secretário Executivo de Cooperação com os Municípios

2
Equipe Técnica
WENNIA RAFAELLY SOUZA FIGUEIREDO
Gerência Executiva de Educação das Escolas Cidadãs
Integrais

TÚLIO CARLOS SILVA ANTUNES


Gerência Executiva de Educação das Escolas Cidadãs
Técnicas

VALMIR HERBERT BARBOSA GOMES


Gerência Executiva de Desenvolvimento Escolar,
Acompanhamento e Apoio à Gestão para Resultados de
Aprendizagem

AUDILÉIA GONÇALO DA SILVA


Gerência Executiva de Gestão Pedagógica e
Desenvolvimento Curricular da Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Médio

VANUZA CAVALCANTI FERNANDES


Gerência Executiva de Educação Especial, Diversidade,
Inclusão, Direitos Humanos, Povos Indígenas, Quilombolas
e Comunidades Tradicionais

CÉLIA VARELA BEZERRA


Gerência Executiva de Educação de Jovens e Adultos e
Educação para Pessoas Privadas de Liberdade

SILVÂNIA DA SILVA SANTOS


Gerência Executiva de Acompanhamento aos Sistemas
de Ensino da Educação Básica e aos Programas e
Projetos Educacionais

SÍLVIA PATRÍCIA SOUZA VIANA


Gerência Executiva de Desenvolvimento e Protagonismo
Estudantil

MARIA TATIANY LEITE ANDRADE


Gerência Executiva de Formação e Desenvolvimento dos
Profissionais da Educação

3
Coordenadora da Ação

SHIRLEY MONTEIRO CAVALCANTE

Revisão Textual

LUANNA VAZ AMARO FÉLIX

Capa, Projeto Gráfico e Diagramação

ABIMAEL DA SILVA FELIX


ANNA MARY J LIMA
ARTURO ANTONY SOARES FERREIRA
BOSOERG PEREIRA DA SILVA
JOSEFA FAUSTINO DA SILVA FELIZARDO
JOSÉ GLAUBER SALDANHA MAIA
JOSÉ XAVIER DA COSTA NETO
PAULO ALDEMIR DELFINO LOPES

Elaboradores

ALEXANDRE ANTÔNIO LOURENÇO


ANA FLÁVIA DOS SANTOS SILVA
ASSISIVÂNIA DANTAS DE SOUSA
CICERO LOPES FERNANDES
JOSÉ ALVES FIGUEIREDO
LUIZ CORDEIRO DE LIMA NETO
LUMA RAISSA DA SILVA
MARCILANE DE OLIVEIRA ANDRADE
MARIA APARECIDA DA SILVA
MARIA GILVANEIDE LOPES DE SOUZA
MOISÉS ARCANJO TARGINO JÚNIOR
NEUCIVÂNIA MOREIRA DA SILVA
RITA DE CÁCIA DE MOURA
RITA NOGUEIRA DA SILVA
ROBÉRIA LUIZA PONTES SILVA
ROSIMARY RAMOS DE OLIVEIRA MASCARANHAS
SERINALDA DE SOUSA

4
Sumário

TEXTO DE APRESENTAÇÃO DO 1º BIMESTRE 7

ORIENTAÇÕES GERAIS AO/À PROFESSOR/A 9

SAIBA MAIS: REFERÊNCIAS PARA APROFUNDAMENTO 10

Aulas 1 e 2 - Nossos Sonhos e Histórias de vida 12

Aulas 3 e 4 - Como eu me vejo? 25

Aulas 5 e 6 - Explorando os lugares da minha existência 35

Aulas 7 e 8 - De onde eu venho? 45

Aulas 9 e 10 - Explorando o Sentido da Vida 52

Aulas 11 e 12 - Eu e meus talentos no palco da vida 61

Aulas 13 e 14 - Valores: O que tenho de melhor e o que


preciso melhorar 68

Aulas 15 e 16 - Projeto 79

5
Projeto de Vida
1º Bimestre - 1ª Série

6
TEXTO DE
APRESENTAÇÃO DO 1º
BIMESTRE

Reconstruir a trajetória da vida com base em uma visão


cuidadosamente moldada no futuro é fundamental para todos/
as nós. Para aqueles/as que constroem uma imagem positiva,
expansiva e projetada para o futuro têm maiores chances de
transformar esses sonhos em realidade. Em contrapartida, os/as
que apenas sonham, sem conseguir projetar com clareza seus
objetivos para os anos vindouros, podem se ver limitados/as em
suas realizações.

O que distingue essas pessoas, acima de tudo, é que


aquelas que possuem uma visão estão comprometidas, orien-
tadas e realizam ações concretas para alcançar seus objetivos.
Tudo o que contribui para avançar em direção à visão faz senti-
do. É essencial aprender a projetar sonhos e ambições no futuro,
traduzindo-os em objetivos, metas e prazos para sua realização.
Além disso, é necessário aplicar uma boa dose de cuidado, de-
terminação e obstinação pessoal.

A existência é um caminho gradual, lógico e reflexivo, es-


sencial para dar significado às nossas vidas. Ela representa a pró-
pria jornada de autoconhecimento, na qual atribuímos sentido
e propósito à nossa existência no mundo. Isso ocorre tanto em
relação a nós mesmos quanto aos outros com quem nos relacio-
namos, bem como aos compromissos que assumimos em busca
dos nossos sonhos.

A construção de um Projeto de Vida é uma jornada que


se estende ao longo de toda a existência. Ela tem início no au-
toconhecimento e se direciona a um ponto futuro desejado. No
entanto, o Projeto de Vida não é um destino final, mas sim um
processo contínuo de autorrealização.

7
Nesse contexto, no primeiro bimestre, serão ministradas
aulas com foco no desenvolvimento do autoconhecimento do/a
estudante. Esse processo leva o/a discente a reconhecer suas
próprias forças e limitações, bem como cultivar autoconfiança e
autodeterminação, elementos essenciais para formar um indiví-
duo autodisciplinado e autorregulado.

As temáticas trabalhadas serão: Quem sou eu?; Espelho,


espelho meu... como me vejo?; Que lugar eu ocupo?; De onde
eu venho?; Minhas fontes de significado e sentido da vida; Eu e
os meus talentos no palco da vida; Minhas virtudes e aquilo que
não é, mas que eu posso melhorar.

As aulas foram cuidadosamente planejadas para criar


um ambiente educacional que apoie o/a estudante no desen-
volvimento de habilidades essenciais, como o planejamento e a
execução. Essas habilidades são fundamentais para transformar
ambições em projetos significativos. Além disso, os temas abor-
dados estimulam o autoconhecimento e competências sociais e
produtivas, preparando o/a estudante para uma aprendizagem
contínua ao longo da vida.

Alexandre Antônio Lourenço

Serinalda de Sousa

8
ORIENTAÇÕES GERAIS
AO/À PROFESSOR/A

Estimado/a professor/a, antes de começar cada encontro,


é essencial criar o planejamento. Antecipe-se às atividades pro-
postas, bem como às referências para aprofundamento, e prepa-
re os materiais necessários para a execução das atividades.

Antes de iniciar as propostas de atividades, esteja aten-


to/a a algumas recomendações:

1 - Organize com antecedência, o local onde as atividades serão


realizadas;

2 - Escolha os materiais que serão utilizados na aula;

3 - Atente-se para o tempo estimado para cada atividade;

4 - Considere as especificidades de cada turma, o ritmo de apren-


dizagem e o contexto social no qual estão inseridos.

Também é importante que o/a professor/a procure ler


materiais de apoio, buscar referências, fazer pesquisas teóricas
e práticas, buscar atividades em sites, blogs e experiências de
sucesso compartilhadas por outros/as professores/as.

Portanto, tenha em mente a importância de adaptar as


atividades de acordo com o projeto de vida dos/as estudantes.
Faça as adequações e ajustes sempre que necessário, envolven-
do ativamente os/as protagonistas em ações que sejam signifi-
cativas para suas vidas. O objetivo maior é desenvolver compe-
tências e habilidades socioemocionais, preparando-os/as para a
convivência na sociedade e a realização de seus sonhos.

9
SAIBA MAIS:
REFERÊNCIAS PARA
APROFUNDAMENTO

Figura 1

GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional. São Paulo: Objetiva, 1996.

Figura 2

Imagem 2

10 FREDRICKSON, Barbara L. Positividade. São Paulo: Rocco, 2009.


Figura 3

CORDEIRO, Maíra. Psicologia positiva e Educação: Manual teórico-prático para


desenvolver bem-estar na educação. 2. Ed. João Pessoa: Oiticica, 2023.

11
Aulas 1 e 2 - Nossos
Sonhos e Histórias de
vida

Temática: Autoconhecimento e
Autocuidado

Figura 01

Fonte: Comfreak/Pixabay.

12
COMPETÊNCIAS DA BNCC

• 1. Conhecimento: valorizar e utilizar os conhecimentos


historicamente construídos sobre o mundo físico, social,
cultural e digital para entender e explicar a realidade, con-
tinuar aprendendo e colaborar para a construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva.

• 4. Comunicação: utilizar diferentes linguagens – verbal


(oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, vi-
sual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das lin-
guagens artística, matemática e científica, para se expressar
e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos
em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.

• 6. Trabalho e projeto de vida: valorizar a diversidade de


saberes e vivências culturais e apropriar-se de conheci-
mentos e experiências que lhe possibilitem entender as
relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas
alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de
vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e res-
ponsabilidade.

• 8. Autoconhecimento e autocuidado: conhecer-se, apre-


ciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compre-
endendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade
para lidar com elas

• 9. Empatia e cooperação: exercitar a empatia, o diálogo, a


resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar
e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos,
com acolhimento e valorização da diversidade de indivídu-
os e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas
e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

HABILIDADES DA BNCC

• (EM13LGG101) - Compreender e analisar processos de

13
produção e circulação de discursos, nas diferentes lingua-
gens, para fazer escolhas fundamentadas em função de in-
teresses pessoais e coletivos.
• (EM13LGG301) - Participar de processos de produção in-
dividual e colaborativa em diferentes linguagens (artísti-
cas, corporais e verbais), levando em conta seus funciona-
mentos, para produzir sentidos em diferentes contextos.

• (EM13MAT101) - Interpretar situações econômicas, so-


ciais e das Ciências da Natureza que envolvem a variação
de duas grandezas, pela análise dos gráficos das funções
representadas e das taxas de variação com ou sem apoio
de tecnologias digitais

• (EM13CNT207) - Identificar e analisar vulnerabilidades


vinculadas aos desafios contemporâneos aos quais as
juventudes estão expostas, considerando as dimensões
física, psicoemocional e social, a fim de desenvolver e di-
vulgar ações de prevenção e de promoção da saúde e do
bem-estar

• (EM13CNT305) - Investigar e discutir o uso indevido de co-


nhecimentos das Ciências da Natureza na justificativa de pro-
cessos de discriminação, segregação e privação de direitos
individuais e coletivos para promover a equidade e o respeito
à diversidade.

• (EM13CHS101) - Analisar e comparar diferentes fontes e nar-


rativas expressas em diversas linguagens, com vistas à com-
preensão e à crítica de ideias filosóficas e processos e eventos
históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, am-
bientais e culturais.

• (EM13CHS502) - Analisar situações da vida cotidiana (estilos


de vida, valores, condutas etc.), desnaturalizando e proble-
matizando formas de desigualdade e preconceito, e propor
ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e
o respeito às diferenças e às escolhas individuais.

TEMPO: 100 MINUTOS

OBJETIVOS:

• Promover o diálogo através de uma conversa amigável e

14
fluída para que se sintam acolhidos/as, respeitados/as e
importantes nesse primeiro contato com o componente
curricular de Projeto de Vida;
• Refletir sobre os sonhos e a construção do Projeto de Vida
para o futuro;

• Identificar, por meio da história de vida dos/as estudantes,


aspectos relevantes para a construção do Projeto de Vida.

Orientação ao/à professor/a

Estimado/a professor/a, é chegada a hora de iniciarmos


uma grande jornada com os/as nossos/as estudantes que aca-
baram de adentrar ao Ensino Médio, e com isso, novas vivências,
aprendizados e rotinas passarão a fazer parte do seu cotidiano.
Para essa etapa de ensino, teremos o Componente Curricular de
Projeto de Vida, que compreende a Parte Diversificada do currí-
culo.

Para iniciarmos os nossos encontros, sugerimos a reali-


zação de uma aula direcionada para apresentações, tanto do/
da professor/a como dos/das estudantes e, principalmente, do
componente de Projeto de Vida. Portanto, sugerimos que realize
uma apresentação inicial contando um breve relato sobre a sua
trajetória de vida, em seguida, peça para que os/as estudantes
também se apresentem de forma breve. Finalize esse momento
introdutório com uma explanação sobre Projeto de Vida e a rela-
ção que ele tem com os seus sonhos.

Mencione que todos/as devemos ter um projeto de vida,


e que ele nos leva a refletir sobre o que e quem almejamos ser
no futuro, e para isso é necessário planejar ações concretas. Nes-
se processo, algumas aprendizagens são importantes e auxiliam
o/a estudante a perceber o caminho que querem trilhar. Trata-se
de um planejamento coletivo, que deve contar com o suporte
da escola, dos/das professores/as, da família e do/a próprio/a es-
tudante. Portanto, o projeto de vida nunca termina, ele vai além
da sala de aula e da escola e é um projeto para vida toda. Em
seguida, sugerimos a realização de um momento de acolhida,
seguido de duas atividades que serão detalhadas a seguir.

15
Acolhimento

Estimado/a professor/a, Em seu primeiro contato com


a turma, inicie a aula dando um bom dia bem fervoroso, e se
apresente para todos/as. Em seguida, inicie um diálogo falan-
do sobre o sonho e a sua importância para a sociedade. Depois
desse momento, peça para que os/as estudantes se apresentem
e, posteriormente, faça as seguintes perguntas: De que cidade
você é? Você gosta de estudar? Quais componentes curriculares
gosta mais? O que você quer ser quando crescer? Pensa numa
faculdade? Qual curso?

Depois que todos/as tiverem respondido essas pergun-


tas, o/a professor/a pode se apresentar também e contar um
pouco da sua história de vida, falando sobre algum momento
de superação, desafio, conquistas, curiosidades, situações diver-
tidas. Esse compartilhamento é capaz de nos conectar com o
outro, além de incentivar a valorização da nossa própria história
de vida, que na maioria das vezes é regada a muitos obstáculos
e desafios.

Para esse momento, pode se inspirar na jornada do herói.


O herói é uma pessoa comum que é retirada do seu contexto
para salvar alguém, para salvar o mundo, para salvar a sua pró-
pria família ou a si mesmo, mas para conseguir essa salvação ele
passa por muitos obstáculos e desafios, mas no final ele supera
as dificuldades.

Professor/a, fale da importância que cada estudante tem


e que cada um/a possui uma história, e que essa história deve
ser valorizada. Para isso, observe abaixo outra sugestão de dinâ-
mica que pode ser usada no acolhimento.

DINÂMICA TAGS

Na dinâmica com Tags, cada aluno/a deve criar um “cra-


chá”, em que, além do nome, deve marcar algumas informações
sobre sua personalidade. As sugestões são:

• No centro, nome e sobrenome do/a aluno/a;

• No canto superior esquerdo, quatro coisas que gosta de


fazer;

16
• No canto inferior esquerdo, quatro filmes favoritos;

• No canto superior direito, quatro cantores ou bandas fa-


voritos;
• No canto inferior direito, quatro palavras que descrevem
sua personalidade.

Observação: o número e o tipo das informações pode ser per-


sonalizado de acordo com o interesse do/a professor/a.

Quando todos/as finalizarem o preenchimento do crachá,


peça para que circulem pela sala e encontrem companheiros/
as que tenham características em comum. Essa dinâmica é uma
chance de fazer com que os/as estudantes estreitem os laços e
conheçam os/as colegas de turma que apresentem interesses
semelhantes antes de começar as atividades escolares.

Atividade 1: Nuvem dos Sonhos

Em seguida, o/a professor/a deverá distribuir 2 pedaços


de papéis recortados em formato de nuvens para que cada estu-
dante escreva um sonho, desejo ou objetivo. Em um dos papéis
deve colocar algo relacionado ao pessoal e no outro algo rela-
cionado ao profissional.

Enquanto os/as estudantes realizam essa atividade, o/a


professor/a deve desenhar no quadro branco uma grande nu-
vem para que os/as estudantes colem seus sonhos, desejos ou
objetivos pessoais. E uma nuvem menor deve ser desenhada
dentro ou ao lado da grande nuvem, para que os/as estudantes
colem os seus sonhos, desejos, objetivos profissionais. Quando
todos/as tiverem realizado essa atividade, pergunte aos/às estu-
dantes se eles/as compreenderam a dinâmica.

Reflita com eles/as sobre a importância de termos sonhos,


desejos e objetivos traçados na nossa vida, explique que uma
das grandes pretensões do projeto de vida é descobrir qual o
nosso sonho, e se já tivermos um bem traçado, devemos buscar
aprimorá-lo para que, ao final do Ensino Médio, possamos tri-
lhar de maneira mais efetiva tudo aquilo que almejamos para o
nosso futuro. Lembrando sempre que os nossos sonhos, desejos
e objetivos pessoais estão acima dos profissionais, mas que de-

17
vem estar vinculados. E, o mais importante é que nós estejamos
bem e felizes com as nossas escolhas, e cientes de que podemos
mudá-las no decorrer das nossas vidas.
Atividade 2: Minha história de vida -
Autobiografia

HORA DA ESCRITA

Peça aos/às estudantes que escrevam uma carta falando


sobre quem são, bem como sobre dificuldades, situações desa-
gradáveis, situações positivas, sentimentos, curiosidades, ale-
grias, qualidades, defeitos, aspirações para o futuro.

Converse com os/as estudantes sobre esse momento, en-


fatizando que é de suma importância que todos/as participem
dessa atividade, pois o/a professor/a realizará a leitura dessas
cartas em outro momento (mas sem partilhar com os/as demais
estudantes), e isso possibilitará que o/a professor/a conheça de
forma mais íntima cada um/uma e possa, com isso, estabelecer
vínculos mais efetivos com todos/as. Além do que, essa dinâ-
mica possibilitará que os encontros e atividades futuras sejam
mais direcionadas à realidade da turma.

Enquanto os/as estudantes realizam essa atividade, colo-


que uma playlist com músicas diversas e deixe o momento mais
prazeroso e aconchegante.

Essas cartas devem ser recolhidas pelo/a professor/a e


guardadas em uma caixa para que sejam entregues ao final do
ano letivo.

HORA DA LEITURA

Uma dica de leitura para complementar esse encontro é


o texto “ Não adianta reclamar” de Samer Agi.

Há um ditado em inglês que diz: to be old and wise, you


must first be young and stupid.

Erramos. Eu, você, o mundo. Você olha para 10 anos atrás


e diz: eu faria diferente... eu não faria isso... eu seria muito mais…
Julgamo-nos. Condenamo-nos. Só que a sentença é, na maioria
das vezes, injusta. Por quê? Porque o eu de hoje que decide não

18
é o eu de ontem que decidiu. O ser atual carrega as lições dos
erros passados. O ser passado não tinha as lições na bagagem.

Daí extraímos um conselho fundamental: não seja tão


duro com a sua história. Você não era quem você é. E isso muda
tudo.

Alguns tipos de pessoas me entediam. Especialmente, as


que chamo de pessoas-Louvre ou, em linguagem menos elitiza-
da, gente-museu. São pessoas que vivem no ontem e que, quer
para o bem ou para o mal, fazem do passado garagem e esta-
cionam a vida por lá. Só que o mundo não para. E quem decide
parar, inevitavelmente, fica para trás (intelectualmente, espiritu-
almente, emocionalmente e fisicamente). Acredite: neste exato
momento, há bilionários de 2026 vivendo o fracasso de suas
empresas. Há ministros do STJ de 2040 chorando a reprovação
no concurso. Há mães de três filhos em 2021 angustiadas com a
dificuldade de engravidar.

Mas há também frustrados de 2026, 2040 e 2021 vivendo


a tragédia do ontem e permitindo a derrota do amanhã.

Há, basicamente, dois grupos. E o ser humano é livre para


integrar qualquer deles.

Você pode ter 30, 50 ou 70 anos. O que você não pode é


se julgar idoso/a ao progresso. Como disse Abilio Diniz, na Bra-
zil Conference: “para ser velho, você tem que ter idade. Para ser
jovem, qualquer idade serve”. Por fim, quando sua mente vier
culpar seu passado, responda diretamente: “não adianta recla-
mar”. Adianta reprogramar. Recalcular a rota. Mudar o caminho.
E se ela lhe falar da distância, seja mais claro ainda: “eu escolhi
ser jovem”.

Esse texto fala da importância de seguirmos o nosso des-


tino, de não ficarmos presos às decisões e escolhas que fizemos
ou não, que o mais importante é que saibamos valorizar a nossa
vida ( nossa história de vida), pois tudo que fazemos tem um
propósito e que na maioria das vezes depende do momento e
da maturidade que temos naquele exato momento. Nossa idade
e nossas escolhas passadas não possuem o poder de minerva
para decidir o nosso presente e o nosso futuro, nós enquanto
seres humanos, dotados de conhecimento, maturidade, visão de

19
mundo, vivências e flexibilidade, é que devemos traçar os nossos
sonhos e objetivos, e entender que eles podem e devem mudar
ao longo do caminho dessa jornada brilhante que chamamos de
vida.
Materiais necessários:

• Papel A4;

• canetas/lápis;

• caixa de som;

• smartphone.

Avaliação e reflexão final

A avaliação ocorrerá durante todo o encontro, o/a pro-


fessor/a deverá observar a participação e o engajamento dos/as
estudantes ao longo das atividades propostas. E como produ-
to final do encontro, o/a professor/a deve recolher e guardar as
cartas que foram escritas para que sejam lidas e sirvam de base
para estruturação dos encontros seguintes. Além disso, os mo-
mentos de reflexão serão de grande importância nesse momen-
to avaliativo, pois servirão para identificar os/as estudantes que
se sentiram mais abertos para o diálogo ao longo do encontro.

Importante que o/a professor/a seja um observador atento a


todas as falas e expressões dos/as estudantes.

20
Referências para aprofundamento

AGI, Samer. #focanatoga. 200 crônicas reflexivas e motiva-


cionais de leitura diária. 2ª ed. Ed. juspodvm. Disponível em:
https://juspodivmdigital.com.br/cdn/arquivos/jus1353_previa-
-do-livro.pdf. Acesso em: 14 fev. 2024

BENEDETTI, Thais. Como fazer uma dinâmica de acolhimento


para a volta às aulas. Disponível em: https://tutormundi.com/
blog/dinamicas-de-acolhimento-online/. Acesso em: 15 fev.
2024

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curri-


cular. Brasília: MEC, 2018.

PROFESSOR PROJETO DE VIDA. Dinâmica do sonho. Disponível


em: https://www.youtube.com/watch?v=u1IRIGxVLs0. ( 14 min
49). Acesso em: 9 fev. 2024.

SÃO PAULO (ESTADO) SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Projeto de


vida: Ensino Médio; Caderno do Professor. Coordenação, Valéria
de Souza; textos, Isa Maria Ferreira da Rosa Guará, Maria Eliza-
beth Seidi Machado. São Paulo : SE, 2014.

VIEIRA, Dimitri. Jornada do Herói: as 12 etapas de Christopher


Vogler e Joseph Campbell para contar uma história impecável.
Disponível em: https://rockcontent.com/br/talent-blog/jorna-
da-do-heroi/. Acesso em: 15 fev. 2024

21
DINÂMICA DOS SONHOS

Figura 02

Fonte: Autoria Propria

Figura 03

22
Fonte: Autoria Propria
MINHA HISTÓRIA DE VIDA

AUTOBIOGRAFIA

NOME:
SÉRIE TURMA

23
DINÂMICA TAGS

imagem 6

24
Aulas 3 e 4 - Como eu
me vejo?

Temática: Identidade

Figura 1

Fonte: Autoria própria

COMPETÊNCIAS DA BNCC

1 - Conhecimento: Valorizar e utilizar os conhecimentos sobre o


mundo físico, social, cultural e digital.

4 - Comunicação: Utilizar conhecimentos das linguagens verbal


(oral e escrita) e/ ou verbo-visual (como Libras), corporal, mul-
timodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital
para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir senti-
dos que levem ao entendimento mútuo.

25
8 - Autoconhecimento e Autocuidado: Conhecer-se, compre-
ender-se na diversidade humana e apreciar-se.

9 - Empatia e cooperação: Exercitar a empatia, o diálogo, a re-


solução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e pro-
movendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização
da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de ori-
gem, etnia, gênero, orientação sexual, idade, habilidade/neces-
sidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reco-
nhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual deve se
comprometer.

HABILIDADES DA BNCC

• (EM13LGG102) - Analisar visões de mundo, conflitos de


interesse, preconceitos e ideologias presentes nos discur-
sos veiculados nas diferentes mídias como forma de am-
pliar suas possibilidades de explicação e interpretação crí-
tica da realidade.

• (EM13LGG201) - Utilizar adequadamente as diversas lin-


guagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes con-
textos, valorizando-as como fenômeno social, cultural, his-
tórico, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de
uso.

• (EM13LGG303) - Debater questões polêmicas de relevân-


cia social, analisando diferentes argumentos e opiniões
manifestados, para negociar e sustentar posições, formu-
lar propostas, e intervir e tomar decisões democratica-
mente sustentadas, que levem em conta o bem comum
e os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional e global.

• (EM13LGG502) - Analisar criticamente preconceitos, es-


tereótipos e relações de poder subjacentes às práticas e
discursos verbais e imagéticos na apreciação e produção
das práticas da cultura corporal de movimento.

• (EM13LP06) - Analisar efeitos de sentido decorrentes de


usos expressivos da linguagem, da escolha de determina-
das palavras ou expressões e da ordenação, combinação e
contraposição de palavras, dentre outros, para ampliar as

26
possibilidades de construção de sentidos e de uso crítico
da língua.

• (EM13LP19) Compartilhar gostos, interesses, práticas cultu-


rais, temas/ problemas/questões que despertam maior inte-
resse ou preocupação, respeitando e valorizando diferenças,
como forma de identificar afinidades e interesses comuns,
como também de organizar e/ou participar de grupos, clubes,
oficinas e afins.

TEMPO: 100 MINUTOS

OBJETIVOS:

• Promover o conhecimento sobre si próprio.

• Perceber-se através da visão do outro.

• Refletir e valorizar-se a partir da imagem que criamos de


nós mesmos.

• Construir e valorar positivamente os conceitos acerca de si


próprio.

Orientação ao/à professor/a

Estimado/a professor/a, a temática trabalhada nesta aula


é identidade, explorando a pergunta “Como eu me vejo?”. Orien-
tamos que sejam feitas a preparação e leitura prévia do material
para uma melhor condução e desenvolvimento das atividades
propostas.

No acolhimento, sugerimos a dinâmica “Através do meu


olhar, eu vejo em você…” que visa promover a reflexão sobre
suas próprias qualidades através do olhar do outro e a compre-
ensão de que nossos pontos fortes e frágeis devem nos servir
como impulso e oportunidade de crescimento pessoal. Na ativi-
dade 1, propomos uma prática que intitulamos de “De quem es-
tou falando?”, esta ação coletiva proverá a percepção individual e
coletiva de si mesmo e ainda motivará uma reflexão sobre auto-
estima e a sua relação direta com o nosso processo de evolução,
maturidade e autoconhecimento, deixamos um texto de apoio
para embasar o direcionamento. Na atividade 2, indicamos uma
roda de conversa a partir do vídeo, “O que você mudaria no seu
corpo?”, este momento é propício para afirmar que não devemos

27
perder a nossa identidade por conta de opiniões externas e re-
flitam sobre a temática abordada. Para o fechamento desta aula,
solicite que os/as estudantes alimentem seu portfólio reflexivo
escrevendo e/ou anexando todos os produtos deste encontro.
Acolhimento - Através do meu olhar, eu
vejo em você…

Tempo previsto: 15 minutos

Estimado/a professor/a, inicie este momento de aco-


lhimento dando as boas-vindas e fazendo a retomada da aula
anterior. É necessário fazer a conexão das temáticas abordadas
para um bom desenvolvimento da metodologia do componen-
te curricular Projeto de Vida. Em seguida, entregue para cada
estudante uma silhueta de boneco feito em papel ofício (mode-
lo disponível a seguir). Caso não seja possível fazer a produção
desse material, pode-se utilizar um pedaço de papel ofício. Dis-
ponibilize, também, fita adesiva e peça para cada um/uma colar
nas suas costas.

Dê as orientações necessárias para a realização desta


ação, explique que cada um/uma deverá se movimentar pela
sala e escrever para o/a colega as características/qualidades que
percebe/reconhece nele/a. Durante o momento, se possível, re-
produza uma música ambiente para proporcionar uma sensa-
ção agradável e harmônica. Professor/a, se for viável, participe
da dinâmica, pois é importante a integração com a turma. Ao
perceber que todos/as conseguiram realizar o comando, peça
que formem um círculo, retirem o papel das suas costas e leiam
o que está escrito.

Após a leitura individual, faça alguns questionamentos:

1. As características/qualidades que você recebeu condizem


com a visão que você tem sobre si mesmo?

2. Alguma das características/qualidades recebidas te surpreen-


deu? Por quê?

3. É fácil reconhecer suas próprias características/qualidades?

Professor/a, pergunte se algum dos/as estudantes quer


fazer algum relato sobre a experiência vivenciada a partir desta
atividade. Esta dinâmica nos possibilita perceber que nem sem-

28
pre estamos atentos/as ao que somos, as qualidades que temos
e ao nosso potencial, por isso, é importante realizar o exercício
diário de olhar para nós mesmos com carinho, reconhecer nos-
sos pontos fortes e valorizá-los e nossos pontos fracos para me-
lhorarmos a cada dia, esse movimento nos fortalece e faz com
que nos conheçamos e percebamos que somos únicos/as, tra-
zemos características ímpares e, ao mesmo tempo, somos diver-
sos/as, e isso nos enriquece e nos complementa.

Figura 2

Materiais Necessários

• Papel ofício;

• Fita adesiva;

• Impressora;

• Tesoura;

• Lápis;

• Caixa de som.

29
Atividade 1: De quem estou falando?

Tempo Previsto: 40 minutos

Estimado/a professor/a, para a realização da atividade,


cada estudante deverá receber uma ficha (modelo disponível
a seguir). O/A estudante perceberá que a ficha conterá a foto
(se possível) e o nome de algum/a colega da turma. Professor/a,
entregue as fichas de forma aleatória de modo que nenhum/a
estudante pegue a sua própria ficha e oriente-os/as a não mos-
trar para os/as demais. Na sequência, peça que cada um/uma
preencha a ficha com as informações solicitadas referentes às
características físicas, intelectuais e de personalidade de um/
uma dos/as colegas de turma, oriente-os/as dizendo que esse
momento é importante e que precisa de atenção, observação
e percepção aguçada. Após a conclusão dessa etapa, cada es-
tudante irá falar as características que atribuiu ao/à colega, sem
revelar o nome e os demais irão tentar descobrir, a partir da des-
crição feita, quem é a pessoa a que se refere. Ao descobrir de
quem se está falando, o/a estudante que descreveu deve entre-
gar a ficha e cumprimentar o/a colega. À medida que a dinâmica
for acontecendo, é importante fazer as mediações necessárias,
sempre conduzindo a reflexão de maneira que compreendam
que a nossa percepção sobre nós mesmos pode ser parecida
com a das outras pessoas, mas também pode ser diferente, isso
tem ligação com a nossa autoestima. Ter algumas inseguranças
é normal, mas não devemos permitir que isso nos impeça de
realizar nossos projetos e de sermos felizes. Temos muito mais
características positivas em nós mesmos do que imaginamos,
precisamos sempre pensar sobre quem somos e como nos en-
xergamos, a nossa formação de identidade é um processo de
reflexão e observação que andam lado a lado.

Para finalizar esta atividade, faça uma breve fala sobre au-
toestima e a sua relação com o nosso processo de evolução, matu-
ridade e autoconhecimento.

Materiais necessários

30
• Papel ofício,

• impressora,

• lápis.
Texto de apoio ao/à professor/a: O que é autoestima?

“Autoestima é a estima que uma pessoa tem por si mes-


ma. É comum vermos pessoas associando o conceito a aspectos
estéticos e, embora de alguma forma isso envolva a aparência,
autoestima vai muito além disso. Se amar é mais do que se achar
bonito, significa se gostar por inteiro, se sentir capaz, inteligente,
ter orgulho de ser quem é.

Vale ressaltar que autoestima é diferente de autossufici-


ência, de se achar superior aos demais, simplesmente porque se
trata de uma questão pessoal, interna, que nada tem a ver com
os outros. Além do mais, ter autoestima não significa fechar os
olhos para os pontos que precisa desenvolver e sim reconhecê-
-los sem se achar inferior por conta disso.

Existem pessoas que acham que quem tem autoestima


elevada fecha os olhos para o que precisa melhorar e isso não é
verdade, pois o efeito é totalmente o contrário. É exatamente o
fato de um indivíduo se amar que irá estimulá-lo a evoluir cada
vez mais, porque é isso o que o amor faz, ele transforma, empo-
dera, promove a evolução”.

Disponível em: https://www.ibccoaching.com.br/portal/


qualidade-de-vida/autoestima-o-que-e-e-qual-a-sua-impor-
tancia/.

31
32
Atividade 2: Roda de conversa

Tempo previsto: 35 minutos

Estimado/a professor/a, para a realização da atividade, a


sala deve estar, de preferência, organizada em círculo. A ação se
dará a partir do vídeo “O que você mudaria no seu corpo?”. Su-
gerimos que o vídeo seja exibido e, após sua reprodução, solicite
que os/as estudantes debatam e falem sobre suas percepções,
vivências e opiniões sobre o tema em foco. Algumas questões
podem nortear este momento:

E você, se pudesse mudar algo, o que mudaria no seu cor-


po?

Você já quis mudar por conta da opinião de outras pesso-


as ou pelos padrões estabelecidos pela sociedade?

De 0 a 10, qual o seu nível de aceitação para consigo mes-


mo?

Em sua opinião o que deve ser priorizado/valorizado em


uma pessoa, a estética ou o intelecto/valores?

A tecnologia, redes sociais e as IAs exercem alguma in-


fluência sobre as pessoas em relação a aceitação da sua própria
imagem?

É importante evidenciar que antes de mudar algo este-


ticamente, devemos mudar a forma de pensar, mudar os pen-
samentos negativos que se tem sobre si. Modificar algo para
se sentir melhor e/ou mais feliz não faz sentido quando se está
bem consigo mesmo.

”O que você mudaria no seu corpo?” Disponível em: ht-


tps://www.youtube.com/watch?v=-Zrn78KeqLI. Acesso em: 05
fev. 2024.

Materiais necessários:

33
• TV;

• Notebook;

• Internet.
Avaliação e reflexão final

Tempo previsto: 10 minutos

Estimado/a professor/a, peça aos/às estudantes que ali-


mentem seu portfólio reflexivo. Escrevam ou anexem todos os
produtos deste encontro ao seu portfólio.

• Documentem as atividades e reflexões desta aula e refli-


tam sobre como influenciaram sua compreensão sobre si
mesmo.

• Avalie a possibilidade de realizar conexões significativas


entre as atividades, os objetivos desta aula e suas vivên-
cias pessoais.

Referências para aprofundamento

BRIGGS,D. C. A autoestima do seu filho. Trad. Walternsir Dutra;


revisão da tradução Silvia Giurlani. 3. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2002.

ICE. Aulas de Projeto de Vida: 1o e 2o Anos do Ensino Médio.


[s.l.] Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE),
[s.d.].

MARQUES, J. R. Autoestima - O que é e qual a sua importân-


cia? Portal.(7 dez.2020) Disponívelem: https://www.ibccoa-
ching.com.br/portal/qualidade-de-vida/autoestima-o-que-e-
-e-qual-a-sua-importancia/. Acesso em: 13 fev. 2024.

SCHALCH, C. O que você mudaria no seu corpo?. YouTube, 21


de jan. de 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/wa-
tch?v=-Zrn78KeqLI. Acesso em: 13 fev. 2024.

34
Aulas 5 e 6 -
Explorando os lugares
da minha existência

Temática: Identidade

Figura 1

Fonte: Autoria própria

COMPETÊNCIAS DA BNCC

9. Empatia e cooperação: Exercitar a empatia, o diálogo, a re-


solução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e pro-
movendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com aco-
lhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, suas identidades, suas culturas e suas po-
tencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

35
10. Responsabilidade e cidadania: Agir pessoal e coletivamen-
te com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em princípios éti-
cos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

HABILIDADES DA BNCC

• (EM13LP19) - Compartilhar gostos, interesses, práticas


culturais, temas/problemas/questões que despertam
maior interesse ou preocupação, respeitando e valorizan-
do diferenças, como forma de identificar afinidades e inte-
resses comuns, como também de organizar e/ou partici-
par de grupos, clubes, oficinas e afins.

• (EM13CHS106) - Utilizar as linguagens cartográficas,


gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e tec-
nologias digitais de informação e comunicação de forma
crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar
e difundir informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pes-
soal e coletiva.

TEMPO: 100 MINUTOS

OBJETIVOS:

Promover a reflexão sobre a importância dos lugares na


construção da identidade individual, incentivando os/as estu-
dantes a explorarem e compreenderem como os ambientes in-
fluenciam suas experiências e memórias.

Estimular a empatia e a compreensão intercultural, in-


centivando os/a estudantes a compartilharem suas histórias e
a ouvirem as experiências dos/as colegas, promovendo um am-
biente de respeito e valorização da diversidade de lugares e vi-
vências.

Orientação ao/à professor/a

Estimado/a professor/a, neste encontro, faça reflexões


junto aos/às estudantes sobre “lugar/es”, que transcendem as
fronteiras do puramente físico, estendendo-se para além de

36
uma paisagem repleta de elementos visíveis e referências pe-
culiares. Ele se manifesta como um campo cultural, intrinse-
camente entrelaçado às experiências vividas que conectam o
homem não apenas ao ambiente, mas também às pessoas que
compartilham desse espaço. Nessa interação, surgem sentimen-
tos profundos de identidade e pertencimento, transformando o
simples local físico em um epicentro de significados subjetivos.

A formação desse vínculo afetivo não é unilateral; é uma


relação recíproca entre o indivíduo e o seu entorno. O ambiente
também influencia a identidade do sujeito, proporcionando-lhe
elementos que desencadeiam reflexões sobre sua própria exis-
tência. O lugar, assim, assume um papel ativo na construção da
subjetividade, agindo como um espelho que reflete e molda a
autoimagem do indivíduo.

Os sentimentos de identidade e pertencimento desper-


tados por esse elo afetivo são fundamentais para a saúde emo-
cional e social do ser humano. O lugar torna-se um refúgio, uma
base sólida a partir da qual o indivíduo pode explorar o mundo
e enfrentar desafios. Ao sentir-se parte integrante de um am-
biente, o ser humano experimenta uma sensação de segurança
e conexão, elementos cruciais para o florescimento de uma co-
munidade coesa.

Traga os/as estudantes para esse universo de forma criati-


va e envolvente por meio das atividades sugeridas neste encon-
tro.

Acolhimento Dinâmica: Conhecendo minha origem

Tempo estimado: 15 minutos

Estimado/a professor/a, essa dinâmica promove a integra-


ção entre os/as estudantes, incentivando a troca de experiências
sobre suas origens, preferências e saudades. Cria um ambiente
descontraído para promover a troca de experiências, conheci-
mento mútuo e fortalecimento dos laços entre os/as estudantes.

Orientações: Antes de iniciar a dinâmica, distribua cartões ou


pedaços de papel em branco e canetas para todos/as os/as es-
tudantes.

Peça para que cada estudante escreva brevemente sobre

37
sua origem, mencionando de onde vieram, o que mais gostam
deste lugar e do que mais sentem saudade.

Coloque uma música suave (a seu critério) enquanto os/


as estudantes escrevem.

Após a escrita, peça que formem duplas. Cada dupla terá


dois minutos para compartilhar as informações que escreveram
(sua origem, o que mais gostam deste lugar e o que mais sen-
tem saudade).

Incentive a escuta ativa, para que todos/as os/as estu-


dantes tenham a oportunidade de compartilhar e ouvir. Caso o
número de estudantes seja grande, escolha apenas alguns/al-
gumas para representar a turma, lembrando que eles/as podem
e devem se conhecer melhor durante o ano letivo.

Encerre a dinâmica com uma breve reflexão em grupo,


destacando as descobertas interessantes, semelhanças e dife-
renças entre as origens dos/das estudantes. Peça que os/as es-
tudantes guardem ou colem seu papelzinho no caderno.

Materiais necessários:

• Cartões ou papel colorido;

• Cartolina;

• Canetas ou lápis;

• Música suave

Atividade 1: Vilarejo

Tempo estimado: 40 minutos

Professor/a, faça exibição do vídeo do grupo tribalista


com a música Vilarejo (link disponível a seguir). Peça silêncio
aos/às estudantes e peça que acompanhem a letra da música
para depois fazerem as reflexões (se preferir, pesquise no goo-
gle a letra da música e imprima). As analogias devem ser en-
tregues impressas aos/às estudantes, mesmo que se repitam, o
que importa é, que cada pessoa fique com um recorte de papel
impresso. Os/as estudantes devem responder se concordam,
discordam e complementam (escrita livre).

38
Você pode fazer outras analogias (caso ache pertinente)
sobre a música destacando a ideia de descobrir a própria identi-
dade e contribuição única em meio à complexidade do mundo.
Importante observar as diversas cenas e palavras que aparecem
na letra da música e no vídeo.

Materiais necessários:

• vídeo (Vilarejo);

• Data show ou tv;

• Caixa de som;

• Impressões das analogias para cada estudante;

• Caneta.

Analogias sobre “Qual é o meu lugar no mundo?

Estudante 01: Quebra-Cabeças Universal: Cada pessoa é


uma peça única, contribuindo para formar o grande quebra-
-cabeças da humanidade. Encontrar o seu lugar seria desco-
brir onde você se encaixa melhor para completar esse mosai-
co complexo.

Concorda:

Discorda:

Complementa:

Estudante 02: Orquestra da Vida: Imagine a vida como uma


orquestra. Cada um de nós tem um instrumento e uma me-
lodia única. Descobrir o seu lugar seria encontrar a harmonia
certa para contribuir para a sinfonia da existência.

Concorda:

Discorda:

39
Complementa:
Estudante 03 - Jardim Diversificado: O mundo é um vasto
jardim com uma diversidade incrível de flores. Descobrir o seu
lugar seria entender a sua espécie, cor e fragrância, contri-
buindo para a beleza geral desse jardim variado.

Concorda:

Discorda:

Complementa:

Estudante 04 - Puzzle Geográfico: Comparando a vida a


um mapa global, encontrar o seu lugar seria como localizar
a coordenada que representa a sua singularidade em meio a
todas as outras.

Concorda:

Discorda:

Complementa:

Estudante 05 - Rede Social da Natureza: Assim como os ani-


mais em uma cadeia alimentar ou uma rede de interações na
natureza, cada ser humano ocupa um nicho específico. Des-
cobrir o seu lugar seria compreender como você se conecta e
influencia essa rede social complexa.

Concorda:

Discorda:

Complementa:

40
Estudante 06 - História de Livro Interativo: Pode-se ver a
vida como um livro gigante, e cada um tem a oportunidade
de escrever suas próprias páginas. Descobrir o seu lugar seria
entender a trama na qual você se encaixa e como você contri-
bui para o enredo geral.

Concorda:

Discorda:

Complementa:

Estudante 07 - Estação de Trem da Vida: A vida é como uma


grande estação de trem, com pessoas chegando e partindo.
Encontrar o seu lugar seria descobrir a plataforma certa onde
você pode embarcar e desembarcar, conectando-se com ou-
tros passageiros ao longo do caminho.

Concorda:

Discorda:

Complementa:

Referências para aprofundamento

Vilarejo - Tribalistas Ao Vivo. Disponível em: https://www.you-


tube.com/watch?v=fWIhhlVhODo. Acesso em: 12 fev 2024.

41
Atividade 2: Explorando lugares da minha
existência

Tempo estimado: 30 minutos

Professor/a, apresente o tema “Explorando os lugares


da minha existência” e explique a importância de refletir sobre
como os lugares moldam a identidade individual.

Explique a atividade “Mapeando Minha Existência”, mo-


mento este em que os/as estudantes possam criar um mapa
simbólico representando lugares significativos em suas vidas.

Destaque a importância de usar símbolos, cores e pala-


vras-chave para expressar emoções e lembranças associadas a
cada local.

Formação de Grupos: Divida a turma em grupos pequenos,


preferencialmente de 3 a 5 estudantes por grupo.

Entrega de Materiais: Forneça folhas em branco, canetas colo-


ridas e outros materiais de desenho para cada grupo.

Tempo de Execução: Estabeleça um tempo para a criação dos


mapas, garantindo que os grupos tenham tempo suficiente
para refletir e expressar suas ideias visualmente.

Discussão em Grupo: Após a criação dos mapas, instrua os


grupos a participarem de uma discussão em grupo. Utilize as
perguntas sugeridas para orientar a conversa e incentive a par-
ticipação de todos os membros do grupo (a seguir).

Compartilhamento em Sala: Dê a oportunidade para alguns


grupos compartilharem seus mapas e as experiências discuti-
das durante a atividade com toda a classe.

Discussão Geral: Facilite uma discussão mais ampla, incenti-


vando os/as estudantes a fazerem conexões entre as diferentes
experiências compartilhadas pelos grupos.

42
Faça uma breve conclusão destacando as principais des-
cobertas e promovendo a importância da compreensão inter-
cultural e da valorização da diversidade.
Ofereça feedback positivo sobre a participação e criativi-
dade dos/as estudantes, incentivando a continuidade das refle-
xões sobre a importância dos lugares na construção da identi-
dade.

Explorando as ideias em grupos:

1. Qais foram os lugares que escolheram representar em seus


mapas e por que esses locais são importantes para vocês?

2. Como esses lugares contribuíram para a formação da sua


identidade e para as memórias que vocês têm hoje?

3. Vocês identificaram algum padrão ou semelhança nos lu-


gares escolhidos pelos membros do grupo? Como isso re-
flete na compreensão coletiva dos lugares de existência?

4. Como a expressão visual (cores, símbolos) no mapa ajudou


a transmitir as emoções e significados associados a cada
lugar?

5. Vocês perceberam alguma diferença cultural na forma


como cada pessoa aborda a importância dos lugares em
suas vidas? Como isso enriquece nossa compreensão da
diversidade de experiências?

Materiais necessários:

• Quadro branco;

• Tiras de papel impressas com as orientações por grupo;

43
• Papel A4, canetas, jornais e livros usados;

• Mapas e cartolina.
Avaliação e reflexão final

Tempo estimado: 10 minutos

Estimado/a professor/a, peça aos/às estudantes que ali-


mentem seu portfólio reflexivo. Escrevam ou anexem todos os
produtos deste encontro ao seu portfólio.

Documentem as atividades e reflexões desta aula e refli-


tam sobre como influenciaram sua compreensão sobre si mes-
mo.

Avalie a possibilidade de realizar conexões significativas


entre as atividades, os objetivos desta aula e suas vivências pes-
soais.

Referências para aprofundamento

Geografia e o Conceito de Lugar. Disponível em: https://


www.youtube.com/watch?v=d1cRZhbF1OA. Acesso em: 13
fev. 2024.

ICE. Aulas de Projeto de Vida: 1o e 2o Anos do Ensino Médio.


[s.l.] Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE),
[s.d.].

MUNDO IRREAL. Lugares que Não Parecem Reais. Disponível


em: https://www.youtube.com/watch?v=RTjIQEnoCQ0. Acesso
em: 12 fev. 2024.

Vilarejo - Tribalistas Ao Vivo. Disponível em: https://www.you-


tube.com/watch?v=fWIhhlVhODo. Acesso em: 12 fev. 2024.

Vídeo - Youtube. Quem não é migrante? Disponível em: ht-


tps://www.youtube.com/watch?v=TgfOl1dpwo0. Acesso em:
10 fev. 2024.

44
Aulas 7 e 8 - De onde
eu venho?
Temática: Identidade

Figura 1

Fonte: Autoria própria

COMPETÊNCIAS DA BNCC

1 - Conhecimento - Valorizar e utilizar os conhecimentos histori-


camente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para
entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenômenos e
processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos,
tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma
sociedade solidária.

4 - Comunicação - Utilizar conhecimentos das linguagens verbal


(oral e escrita) e/ ou verbo-visual (como Libras), corporal, mul-
timodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital
para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir senti-

45
dos que levem ao entendimento mútuo.

8 - Autoconhecimento e autocuidado - Conhecer-se, apreciar-


-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para li-
dar com elas e com a pressão do grupo.

9 - Empatia e cooperação - Exercitar a empatia, o diálogo, a


resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e
promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valoriza-
ção da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus sabe-
res, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos
de origem, etnia, gênero, orientação sexual, idade, habilidade/
necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza,
reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual
deve se comprometer.

HABILIDADES DA BNCC

• (EM13LP19) - Compartilhar gostos, interesses, práticas


culturais, temas/problemas/questões que despertam
maior interesse ou preocupação, respeitando e valorizan-
do diferenças, como forma de identificar afinidades e inte-
resses comuns, como também de organizar e/ou partici-
par de grupos, clubes, oficinas e afins.

• (EM13LGG103) - Analisar o funcionamento das lingua-


gens, para interpretar e produzir criticamente discursos
em textos de diversas semioses (visuais, verbais, sonoras,
gestuais).

• (EM13MAT104) - Interpretar taxas e índices de natureza


socioeconômica (índice de desenvolvimento humano, ta-
xas de inflação, entre outros), investigando os processos
de cálculo desses números, para analisar criticamente a re-
alidade e produzir argumentos.

• (EM13CHS206) - Analisar a ocupação humana e a produ-


ção do espaço em diferentes tempos, aplicando os prin-
cípios de localização, distribuição, ordem, extensão, cone-
xão, arranjos, casualidade, entre outros que contribuem
para o raciocínio geográfico.

TEMPO: 100 MINUTOS

46
OBJETIVOS:

• Conhecer a realidade na qual está inserido/a e relacionar-


-se no contexto familiar e social;

• Refletir sobre a influência da herança familiar na formação


da identidade e do próprio futuro;

• Apoiar e valorizar a identidade e o sentimento de pertenci-


mento de cada estudante às suas famílias.

Orientação ao/à professor/a

Estimado/a professor/a, não há como falar de identidade


sem falar em origem. A origem é o ponto de partida, o princípio
de qualquer fato ocorrido. Também se refere à naturalidade, ao
lugar onde as pessoas nascem, fazendo referência à ascendên-
cia, aos antepassados e às gerações que nos antecederam.

Nesse sentido, não há como projetar para onde eu vou


sem antes compreender de onde eu venho. Por isso, o intuito
dessa aula é promover esse autoconhecimento nos/as estu-
dantes e propiciar a integração em suas relações sociais e afe-
tivas. Memória e Identidade são conceitos que andam juntos.
Cada indivíduo deve se perceber enquanto Ser e compreender
seu papel na sua família. Mas antes disso, precisa pertencer à
esta família. O sentimento de pertencimento é essencial para a
construção da sua identidade e da compreensão de sua origem
(Quem é e de onde vem).

Como proposta de Acolhimento, sugerimos a confecção


de um cartaz intitulado: A Família é a nossa raiz. Como você ca-
racteriza a sua? O objetivo é perceber, de forma descontraída,
como os/as estudantes consideram e/ou compreendem suas fa-
mílias, a partir de palavras que expressam características (sejam
estas positivas ou negativas).i

Na sequência, temos a primeira atividade intitulada: Você


conhece suas origens? que será dividida em três etapas para a
construção das Árvores Genealógicas de cada estudante. Pro-
fessor/a, faz-se necessário uma breve explanação de como se
articula e se desenvolve uma árvore genealógica, caso alguém
tenha dúvidas. Aproveite esse espaço para explicar também as

47
etapas 2 e 3 desta atividade, conforme descrita no campo espe-
cífico.

Como segunda proposta de atividade, sendo esta inti-


tulada: De onde eu venho e para onde eu quero ir? haverá a
exibição de um vídeo sobre a temática da família que induzirá
você e os/as estudantes a refletirem sobre nossos papéis no seio
familiar. Em seguida, eles/as preencherão uma tabela que trata
a respeito do “Legado”. Em uma das colunas, cada estudante lis-
tará o que herdou de sua família, e na outra, o que gostaria de
manter e aquilo que gostaria de mudar. Faça uma breve con-
textualização sobre o conceito de legado para que eles/as pos-
sam compreender o intuito da atividade, refletindo juntamente
com toda a turma que não é necessário negar ou anular suas
histórias (ainda que tragam suas dores), mas que podem aco-
lher, transformar e ressignificá-las em histórias extraordinárias.
Caso sintam-se à vontade, os/as estudantes poderão socializar
suas produções.

Por fim, cada um/a terá os minutos finais da aula dispo-


níveis para o preenchimento dos seus Portfólios, nos quais po-
derão anexar tais produções, além claro, de suas reflexões e per-
cepções a respeito de suas origens e projeções de futuro para a
concretização dos seus Projetos de Vida.

Acolhimento - A Família é a nossa raiz. Como você caracte-


riza a sua?

Tempo estimado: 10 minutos

Professor/a, neste momento inicial da aula, você pode-


rá expor um cartaz intitulado: “A Família é a nossa raiz. Como
você caracteriza a sua?” e solicitar dos/as estudantes que insi-
ram palavras representativas de características da sua família.

O ideal é que essas “características” tenham sido pré-


-selecionadas e trazidas para essa aula, em forma de recortes,
para que os/as estudantes colem no cartaz. Algumas sugestões
como: “Feliz”, “Triste”, “Animada”, “Engraçada”, “Barulhenta”,
“Tímida”, “Unida”, “Desunida”, “Grande”, “Pequena” etc. podem
ser utilizadas para o desenvolvimento dessa atividade.

O objetivo dessa dinâmica é analisar a percepção que

48
cada estudante tem da sua família, a partir das características
expressas por eles/as e como elas impactam no seio familiar, e
principalmente, na construção de seus projetos de vida.
Observação: Caso a escola não disponha, nesse momento, dos
materiais didáticos para execução dessa atividade, o/a profes-
sor/a, poderá utilizar a lousa.

Atividade 1: Você conhece suas origens?

Tempo estimado: 45 minutos

Professor/a, essa atividade será dividida em três momen-


tos:

• No primeiro momento, os/as estudantes irão confeccionar


a “Árvore Genealógica” da sua família.

• No segundo momento, cada um/a listará: Valores, Princí-


pios, Crenças, Costumes, Culturas etc. que representam sua
família e ainda, traços familiares que os/as façam se sentir
pertencentes à ela.

• No terceiro momento, os/as estudantes poderão (caso sin-


tam-se à vontade) socializar para toda a turma, as Árvores
Genealógicas de suas respectivas famílias.

Materiais necessários:

• Folha A4;

• Lápis grafite;

• Borracha;

• Lápis de pintar.

Atividade 2: De onde eu venho e para onde


eu quero ir?

49
Tempo estimado: 30 minutos

Professor/a, ainda no tocante ao papel e a importância


da família em nossa vida, inicie essa segunda atividade com a
exibição do vídeo disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=j_KT_c22fiU. Será um momento, no qual, cada estu-
dante poderá refletir sobre sua trajetória. Lembrar de onde veio
(e pensar sobre quais fatores foram essenciais na construção de
sua identidade) e projetar o seu futuro, mais precisamente, para
onde quer ir ou chegar (e o que é essencial manter ou retirar da
sua caminhada).

Outro ponto que pode ser discutido a respeito do vídeo,


compete à indagação de como nos encontramos no seio da
nossa família atualmente: próximos ou distantes? O que temos
priorizado? Será que temos distribuído bem o nosso tempo?
Passado mais tempo ao lado de quem amamos ou nas “redes
sociais”, por exemplo? Questões como essas que façam com que
cada um/a reflita sobre a “Base” que deve estar solidificada para
apoiá-los/las no alcance de seus objetivos.

Em seguida, escreva na lousa uma tabela dividida em


duas colunas que tratam sobre “Legado”. E peça aos/às estudan-
tes para as preencherem de acordo com suas memórias afetivas
e seus sentimentos de pertencimento às suas famílias.

A seguir, uma sugestão de tabela que pode ser utilizada


nesta atividade:

Figura 2

Fonte: Autoria Própria.

50
Do lado esquerdo, os/as estudantes poderão listar o le-
gado herdado da sua família. E do lado direito, aquilo que eles/
as gostariam de manter e aquilo que gostariam de transformar.
Ao final da atividade, caso sintam-se à vontade, poderão
socializar perante toda a turma.

Materiais necessários:

• TV, Notebook;

• Caderno;

• Caneta e/ou lápis.

Avaliação e reflexão final

Tempo estimado: 15 minutos

Nesse momento, professor/a, reflita juntamente com


eles/as sobre tudo o que foi discutido neste encontro. Em se-
guida, peça aos/às estudantes para preencherem seus Portfó-
lios. Sugira a inserção dos materiais produzidos durante a aula,
além das percepções de cada um/a, a respeito de suas origens
e dos seus sentimentos de pertencimento em relação às suas
famílias.

Referências para aprofundamento

Da, E. (2014, January 3). Significado de Origem. Enciclopédia


Significados, 2014. Disponível em: https://www.significados.
com.br/origem/. Acesso em: 13 fev. 2024.

ICE. Aulas de Projeto de Vida: 1o e 2o Anos do Ensino Médio.


[s.l.] Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), [s.d.].

Liberty, T. V. Só veja este video quem ama sua familia prepa-


re-se para chorar. Youtube, 2014. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=j_KT_c22fiU. Acesso em: 13 fev. 2024.

PEREIRA, P. W. De onde eu vim? Quem sou eu? Projeto de


Vida. Youtube, 2022. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=BmzgB3FZ2Pg. Acesso em: 13 fev. 2024.

51
WAGNER, A. Como se perpetua a família? A transmissão dos
modelos familiares. Edipucrs, 2005.
Aulas 9 e 10 -
Explorando o Sentido
da Vida
Figura 1

Fonte: Autoria própria

COMPETÊNCIAS DA BNCC

1 - Conhecimento - Valorizar e utilizar os conhecimentos his-


toricamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural
para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenô-
menos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos,
científicos, tecnológicos e naturais), colaborando para a cons-
trução de uma sociedade solidária.

2 - Pensamento científico - Exercitar a curiosidade intelectual


e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investi-
gação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e

52
resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com
base nos conhecimentos das diferentes áreas.

4 - Comunicação - Utilizar conhecimentos das linguagens


verbal (oral e escrita) e/ ou verbo-visual (como Libras), corpo-
ral, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e
digital para expressar-se e partilhar informações, experiências,
ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produ-
zir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

6 - Autogestão - Valorizar a diversidade de saberes e vivências


culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que
lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do tra-
balho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao
seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crí-
tica e responsabilidade.

9 - Empatia e cooperação - Exercitar a empatia, o diálogo, a re-


solução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e pro-
movendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com aco-
lhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza.

10 - Autonomia - Agir pessoal e coletivamente com autonomia,


responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, to-
mando decisões com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.

HABILIDADES DA BNCC

• (EM13LP20) - Compartilhar gostos, interesses, práticas cul-


turais, temas/ problemas/questões que despertam maior
interesse ou preocupação, respeitando e valorizando dife-
renças, como forma de identificar afinidades e interesses
comuns, como também de organizar e/ou participar de
grupos, clubes, oficinas e afins.

• (EM13CHS503) - Identificar diversas formas de violência


(física, simbólica, psicológica etc.), suas principais vítimas,
suas causas sociais, psicológicas e afetivas, seus significa-
dos e usos políticos, sociais e culturais, discutindo e ava-

53
liando mecanismos para combatê-las, com base em argu-
mentos éticos.

TEMPO: 100 MINUTOS


OBJETIVOS:

• Fomentar uma reflexão profunda sobre o sentido da vida.

• Estimular o diálogo e a troca de ideias entre os/as estudan-


tes, promovendo uma compreensão mais rica e plural do
tema.

• Promover uma expressão criativa que representa a cone-


xão entre o sentido da vida, especialmente na dimensão
transcendental (MYTHUS), e os projetos pessoais dos/as
estudantes.

Orientação ao/à professor/a

Estimado/a professor/a, a aula “O Sentido da Vida” foi


planejada para estimular uma reflexão profunda sobre o signi-
ficado da existência, proporcionando um ambiente propício ao
diálogo e à expressão criativa dos/das estudantes. A atividade é
estruturada em três partes: Acolhimento, World Café, e Avalia-
ção e Reflexão Final.

Inicie a aula compartilhando o vídeo “O Sentido da Vida”.


Distribua post-its e canetas aos/às estudantes, incentivando-os/
as a expressar, por meio de desenhos ou palavras, o que o sen-
tido da vida representa para cada um/a. Crie um mural coletivo
na sala, fomentando a troca de significados por trás das repre-
sentações.

Para a Atividade 1: World Café - Conexões Pessoais com


o Sentido da Vida, divida a turma em grupos heterogêneos e
introduza a proposta de explorar o sentido da vida através de
diferentes formas de expressão, sugerindo a música “Ilusão (Cra-
colândia)”. Utilize a dinâmica do World Café, com três rodadas de
discussões em diferentes estações, cada uma guiada por uma
pergunta específica. Encoraje a diversidade de perspectivas e
anote os insights de cada grupo.

Reúna a turma para uma discussão plenária, na qual cada


grupo compartilha os principais insights. Incentive a troca de

54
ideias e a construção de uma visão mais abrangente sobre o
sentido da vida, considerando as diferentes perspectivas explo-
radas durante o World Café.
Finalize destacando a importância da reflexão coletiva e
da diversidade de visões na compreensão do sentido da vida.
Proponha a criação de um portfólio reflexivo, no qual os/as es-
tudantes poderão sintetizar suas reflexões sobre o tema, conec-
tando-as aos seus projetos de vida.

Acolhimento (20 min)

Passo a passo:

• Inicie a aula apresentando o vídeo “O Sentido da Vida”, dis-


ponível por meio do link: https://www.youtube.com/wat-
ch?v=mczr240MGdA.

• Distribua post-its ou pedaços de papel em branco e cane-


tas coloridas para cada estudante.

• Peça que desenhem ou escrevam algo que represente o


que para eles/as é o sentido da vida.

• Fomente um ambiente leve e descontraído.

• Promova a criação de um grande mural ou mosaico cole-


tivo na sala.

• Cada estudante adiciona sua representação do sentido da


vida ao mural.

• Durante esse processo, encoraje-os/as a compartilhar bre-


vemente o significado por trás de suas representações.

• Utilize a analogia do mosaico para ilustrar a ideia de que


cada perspectiva contribui para a riqueza do entendimen-

55
to coletivo sobre o sentido da vida.

Observação: Certifique-se de criar um ambiente inclusivo e


respeitoso, onde os/as estudantes se sintam à vontade para ex-
pressar suas visões pessoais sobre o tema.

Materiais necessários: post-its ou pedaços de papel em


branco; canetas coloridas; cartolina ou papel grande para o mo-
saico.

Atividade 1: World Café - Conexões Pesso-


ais com o Sentido da Vida (60 min)

Figura 2

Fonte: Autoria própria

Passo a Passo:

1°. Divisão da turma em grupos:

• Separe a turma em grupos heterogêneos, considerando a


diversidade cultural e em habilidades e interesses.

• Distribua os/as estudantes nesses grupos previamente de-


finidos.

56
• Nomeie um/a membro de cada grupo como o/a “anfi-
trião/ã”, que será responsável por fazer anotações durante
as rodadas.
• As questões são apresentadas a cada rodada, e os grupos
terão um tempo de 5 a 7 minutos para expressar cada situ-
ação em cartazes, da forma que acharem pertinente.

2°. Instruções Iniciais:

• Inicie a atividade enfatizando a proposta de explorar o sen-


tido da vida partindo de formas de expressão, como músi-
ca, vídeo, texto ou outras ferramentas que o/a professor/a
considere relevante e que faça sentido para a realidade
do/a estudante. Nossa sugestão é a música “Ilusão (Cra-
colândia)”.

• Cada grupo deve receber materiais de escrita como flip


charts, folhas de A3, entre outros, canetas e post-its.

• Explique o formato do World Café, destacando a importân-


cia da diversidade de perspectivas.

3°. Instruções para os grupos:

• Explique brevemente o formato do World Café, uma técni-


ca que favorece diálogos abertos e conexões de ideias.

• Divida a sessão em três rodadas de discussão, cada uma


guiada por perguntas específicas.

• A pergunta deve ser apresentada e estimado um tempo


para resposta (que deve ser respeitado, independente dos
grupos terem respondido completamente ou não as per-
guntas).

• Os/As anfitriões/ãs permanecem nas mesas enquanto os/


as outros/as participantes circulam entre elas.

• Os/As estudantes fazem um rodízio visitando e ouvindo as


percepções dos demais grupos, deixando suas contribui-
ções em post-its.

• Cada rodada deve durar entre 10 a 15 minutos.

57
4°. Rodadas do World Café (sugestões de perguntas):

Estação 1: Quem Sou Eu?


• Pergunta: “Quem são os personagens? Quais característi-
cas moldam a visão de vida de cada um?”

• Discussão por um período determinado, que deve ser ade-


quado conforme o tamanho da turma. É necessário que
todas as mesas sejam visitadas a cada rodada.

• Anfitrião/ã registra as principais ideias.

Estação 2: O Que Posso Vir a Ser?

• Pergunta: “Quais são as possibilidades de crescimento para


cada personagem, caso seus projetos de vida, com base
em seus talentos, fossem concretizados?”

• Discussão e anotações.

Estação 3: Reflexão sobre o Caminho a Seguir:

• Pergunta: “Como o caminho de cada personagem destaca


a necessidade de cultivar princípios, desenvolver conheci-
mento e receber apoio?”

• Discussão e registro.

5°. Sessão Plenária:

• Ao final das rodadas, reúna a turma para uma discussão


plenária de 10 minutos.

• Cada grupo compartilha os principais insights e reflexões


coletadas durante as rodadas do World Café.

• Incentive a troca de ideias e a construção de uma visão


mais abrangente sobre o sentido da vida, considerando as
diferentes perspectivas exploradas.

6°. Considerações Finais:

Finalize a atividade destacando a importância da refle-


xão coletiva e da diversidade de visões para compreendermos

58
o sentido da vida.

Observação: Certifique-se de ajustar o tempo de cada rodada


de acordo com o número de grupos envolvidos, mantendo o
fluxo adequado para que todos/as participem integralmente da
atividade. O número de membros também pode ser ajustado/
ampliado para que possa ter uma melhor gestão de tempo.

Materiais necessários:

• Flip charts, folhas de A3, ou outro tipo de papel; canetas;


post-its.

Avaliação e reflexão final (20 min)

Figura 3

Fonte: Autoria própria

• Portfólio Reflexivo - Em Busca do Sentido da Vida:

• Reserve alguns minutos para que cada estudante reflita in-


dividualmente sobre a experiência.

• Explique aos/às estudantes que eles/elas agora terão a


oportunidade de expressar suas reflexões sobre o senti-

59
do da vida, concentrando-se na dimensão transcendental
(MYTHUS).

• Destaque a importância de conectar essas reflexões aos


seus próprios projetos de vida.

• Peça aos/às estudantes que criem um portfólio reflexivo.


Incentive-os/as a incluir uma síntese de suas reflexões so-
bre o sentido da vida em um portfólio reflexivo.

• Podem destacar insights, aprendizados e possíveis ajustes


em seus projetos de vida.

• Avalie a capacidade de fazer conexões significativas entre


as atividades e o tema central.

Referências para aprofundamento

EDUCAR E’ ARTE. Metodologia World Café. YouTube, 20 jun.


2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=UVz-
-UHYtKZE. Acesso em: 14 fev. 2024.

GOMES, D.; DINIZ, R.; COUTO, T.; BENITO, A.; N’TCHAMA, D. A


Dinâmica do World Café. [s.l: s.n.]. Disponível em: https://edis-
ciplinas.usp.br/pluginfile.php/3116723/mod_resource/con-
tent/1/world-cafc3a9.pdf. Acesso em: 14 fev. 2024.

ICE. Aulas de Projeto de Vida: 1o e 2o Anos do Ensino Mé-


dio. [s.l.] Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE),
[s.d.].

TRAFICANDO INFORMAÇÃO. Eduardo Marinho. O sentido da


vida. YouTube, abr. 2020. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=mczr240MGdA. Acesso em: 14 fev. 2024.

60
Aulas 11 e 12 - Eu e
meus talentos no
palco da vida
Figura 1

Fonte: https://profwagnerbueno.files.wordpress.com/2012/06/palco-da-vida-fer-
nando-pessoa.jpg

COMPETÊNCIAS DA BNCC

4 - Comunicação: Utilizar conhecimentos das linguagens verbal


(oral e escrita) e/ ou verbo-visual (como Libras), corporal, mul-
timodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital
para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias
e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao entendimento mútuo.

6 - Trabalho e Projeto de Vida: Valorizar a diversidade de sa-


beres e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e
experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias
do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da

61
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.

8 - Autoconhecimento e Autocuidado: Conhecer-se, apreciar-


-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se
na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos
outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

HABILIDADES DA BNCC

• (EM13LGG301) - Participar de processos de produção in-


dividual e colaborativa em diferentes linguagens (artísti-
cas, corporais e verbais), levando em conta seus funciona-
mentos, para produzir sentidos em diferentes contextos.

• (EM13MAT101) - Interpretar situações econômicas, so-


ciais e das Ciências da Natureza que envolvem a variação
de duas grandezas, pela análise dos gráficos das funções
representadas e das taxas de variação com ou sem apoio
de tecnologias digitais.

TEMPO: 100 MINUTOS

OBJETIVOS:

• Refletir as habilidades natas e as adquiridas ao longo da


vida;

• Construir consciência dos talentos pessoais;

• Ampliar oportunidades de crescimento e desenvolvimen-


to de competências.

Orientação ao/à professor/a

Estimado/a professor/a, nesta aula, propomos para o


acolhimento a música “O que é, o que é?”, de Gonzaguinha,
para introduzir a temática que será abordada. Na atividade 1,
sugerimos a leitura do texto “A Teoria das Inteligências Múlti-
plas”, desenvolvida pelo psicólogo Howard Gardner, para apre-
sentação dos múltiplos talentos, habilidades e inteligências que
podemos desenvolver ao longo da vida. Na atividade 2, será
a prática e reconhecimento das inteligências apresentadas na
aula 1. Um teste, objetivando reconhecer com o que os/as estu-

62
dantes são mais familiarizados e quais não possuem afinidade.
E por fim, para avaliação e reflexão final, trazemos uma sugestão
de aprofundamento do que os/as estudantes se reconhecem e
como utilizam essas habilidades no dia a dia.
Acolhimento

Tempo estimado: 20 minutos

Professor/a, para iniciar esta aula, propomos que repro-


duza a música “O que é, o que é?”, de Gonzaguinha, para o aco-
lhimento, disponibilizada no link logo abaixo. O ideal é que seja
reproduzido o vídeo na TV ou Datashow e que os/as estudantes
acompanhem a letra também. Após ouvi-la, inicie uma reflexão
questionando-os/as: quais impressões que tiveram da canção?
Sobre o que ela nos faz refletir? Algum trecho que chamou sua
atenção? Qual relação da música com a temática desta aula?

Após as discussões com os/as estudantes, complemente


com uma fala abordando sobre a música: “A letra ressalta a im-
portância da saúde e da sorte, e rejeita a morte em favor de uma
existência plena e desejada. ‘O Que É, o Que É?’ é uma celebração
da vida em sua totalidade, reconhecendo suas dores e delícias,
e incentivando cada um a cantar, viver e ser feliz sem reservas.”
(LETRAS, [s.d.]). Isso corresponde com reconhecer o que somos
e quais possibilidades que temos para nos sentirmos realizados
e felizes.

Letra, vídeo e significado da música “O que é, o que é?”,


de Gonzaguinha. Disponível em: https://www.letras.mus.br/
gonzaguinha/463845/. Acesso em: 05 fev. 2024.

Materiais necessários:

• Data show/TV, notebook e/ou caixinha de som.

Atividade 1: Quem é mais inteligente e/ou


talentoso?

Tempo estimado: 30 minutos

Professor/a, nesta atividade dê ênfase na apresentação


dos múltiplos talentos, habilidades e inteligências que podemos

63
desenvolver ao longo da vida, fazendo com que seus/suas estu-
dantes conheçam mais sobre. Para isso, trazemos a Teoria das
Inteligências Múltiplas criada pelo psicólogo Howard Gardner,
que causou grande impacto na área educacional, isso por que “o
estudo era baseado na análise de como o cérebro capta e pro-
cessa as informações. Entre as conclusões de sua teoria, a prin-
cipal é a de que nenhum tipo de inteligência é superior a outro,
e que cada pessoa pode identificar suas aptidões e limitações
em áreas diferentes do conhecimento, para aprimorá-las ou su-
pri-las.” (EDUCA+BRASIL, 2022). Gardner definiu as inteligências
múltiplas em nove tipos dispostos na imagem a seguir:

Figura 2

Fonte: https://www.sbdc.com.br/apredizagem-empresarial-criativa/teoria-das-in-
teligencias-multiplas-e-a-inovacao.

Cada uma dessas inteligências possui suas especificida-


des. Deixaremos o link a seguir para aprofundamento e expli-
cação de cada uma delas para que os/as estudantes tomem
conhecimento, entendendo sua diversidade e que nenhuma
inteligência é superior ou inferior a outra, cada uma possui sua
importância e relevância na vida pessoal e social.

64
Texto para aprofundamento: “9 tipos de inteligência:
quais são as características de cada um?”. Disponível em: https://
www.educamaisbrasil.com.br/educacao/dicas/9-tipos-de-inte-
ligencia-quais-sao-as-caracteristicas-de-cada-um. Acesso em:
04 fev. 2024.

Materiais necessários:

• TV;

• Data show ou material impresso.

Atividade 2: Quais inteligências/talentos


possuo?

Tempo estimado: 30 minutos

Após conhecer os nove tipos de inteligências, agora é


hora de reconhecer quais os/as estudantes são mais familiariza-
dos e quais não possuem afinidade. Com essa consciência, cons-
truímos um quadro abaixo para que os/as estudantes reflitam
e pensem sobre elas, e depois preencham de acordo com seus
talentos/habilidades.

Figura 3

65
Fonte: imagem própria criada no Canva.

Professor/a, há outra opção para realizar essa atividade de


forma digital pelo site IDRlabs, caso seja possível o acesso à in-
ternet pelos/as estudantes. Lá, terá um questionário com algu-
mas perguntas em que os/as estudantes responderão e ao final
mostrará o resultado automaticamente com as porcentagens
de cada inteligência, como exposto nas imagens abaixo.

Figura 4

Fonte: https://www.idrlabs.com/pt/inteligencias-multiplas/teste.php.

Link de acesso ao teste de inteligências múltiplas digital:


https://www.idrlabs.com/pt/inteligencias-multiplas/teste.php.

Materiais necessários:

66
• TV;

• Data show;
• Internet e/ou material impresso.

Avaliação e reflexão final

Tempo estimado: 20 minutos

Para esta reflexão final, indicamos que os/as estudantes


selecionem as principais inteligências que mais se reconhece-
ram e descrevê-las como se destacam em cada uma dessas inte-
ligências, exemplificando-as com ações e atitudes que fazem na
sua rotina diária.

Referências para aprofundamento

EDUCA+BRASIL. 9 tipos de inteligência: quais são as caracte-


rísticas de cada um? Disponível em: https://www.educamais-
brasil.com.br/educacao/dicas/9-tipos-de-inteligencia-quais-
-sao-as-caracteristicas-de-cada-um. Acesso em: 09 fev. 2024.

ICE. Aulas de Projeto de Vida: 1o e 2o Anos do Ensino Médio.


[s.l.] Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), [s.d.].

IDRLABS. Teste de Inteligências Múltiplas. Disponível em:


https://www.idrlabs.com/pt/inteligencias-multiplas/teste.php.
Acesso em: 09 fev. 2024.

67
Aulas 13 e 14 - Valores:
O que tenho de melhor
e o que preciso
melhorar
Figura 1

Fonte: Autoria própria

COMPETÊNCIAS DA BNCC

1. Conhecimento - Valorizar e utilizar os conhecimentos histo-


ricamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e
digital para entender e explicar a realidade, continuar apren-
dendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.

2. Pensamento científico, crítico e criativo - Analisar situa-


ções-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico

68
e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando proce-
dimentos e linguagens próprios das Ciências da Natureza, para
propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/
ou globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públi-
cos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mí-
dias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC)

4. Comunicação - Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral


ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística,
matemática e científica, para se expressar e partilhar informa-
ções, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos
e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

9. Empatia e cooperação -Exercitar a empatia, o diálogo, a re-


solução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e pro-
movendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com aco-
lhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza.

5. Cultura digital - Compreender, utilizar e criar tecnologias di-


gitais de informação e comunicação de forma crítica, significa-
tiva, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protago-
nismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

7. Argumentação - Contextualizar, analisar e avaliar criticamen-


te as relações das sociedades com a natureza e seus impactos
econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de so-
luções que respeitem e promovam a consciência e a ética socio-
ambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional,
nacional e global.

8. Autoconhecimento e autocuidado - Conhecer-se, apreciar-


-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se
na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos
outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

10. Autonomia - Agir pessoal e coletivamente com autonomia,


responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, to-
mando decisões com base em princípios éticos, democráticos,

69
inclusivos, sustentáveis e solidários.
HABILIDADES DA BNCC

• (EM13LGG101) - Compreender e analisar processos de


produção e circulação de discursos, nas diferentes lingua-
gens, para fazer escolhas fundamentadas em função de
interesses pessoais e coletivos.

• (EM13LGG104) - Utilizar as diferentes linguagens, levan-


do em conta seus funcionamentos, para a compreensão
e produção de textos e discursos em diversos campos de
atuação social.

• (EM13LGG201) - Utilizar adequadamente as diversas lin-


guagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes con-
textos, valorizando-as como fenômeno social, cultural, his-
tórico, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de
uso.

• (EM13LGG204) - Negociar sentidos e produzir entendi-


mento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas, corpo-
rais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em
princípios e valores de equidade assentados na democra-
cia e nos Direitos Humanos.

• (EM13LGG304) - Mapear e criar, por meio de práticas de


linguagem, possibilidades de atuação social, política, ar-
tística e cultural para enfrentar desafios contemporâneos,
discutindo seus princípios e objetivos de maneira crítica,
criativa, solidária e ética.

• (EM13LGG403) - Fazer uso do inglês como língua do mun-


do global, levando em conta a multiplicidade e variedade
de usos, usuários e funções dessa língua no mundo con-
temporâneo.

• (EM13LGG502) - Analisar criticamente preconceitos, es-


tereótipos e relações de poder subjacentes às práticas e
discursos verbais e imagéticos na apreciação e produção
das práticas da cultura corporal de movimento.

70
• (M13LGG701) - Explorar tecnologias digitais da informa-
ção e comunicação (TDIC), compreendendo seus prin-
cípios e funcionalidades, e mobilizá-las de modo ético,
responsável e adequado a práticas de linguagem em dife-
rentes contextos

• (EM13MAT409) - Interpretar e comparar conjuntos de da-


dos estatísticos por meio de diferentes diagramas e gráfi-
cos, como o histograma, o de caixa (box-plot), o de ramos
e folhas, reconhecendo os mais eficientes para sua análise

• (EM13MAT511) - Reconhecer a existência de diferentes


tipos de espaços amostrais, discretos ou não, de eventos
equiprováveis ou não, e investigar as implicações no cálcu-
lo de probabilidades.

• (EM13CNT104) - Avaliar potenciais prejuízos de diferentes


materiais e produtos à saúde e ao ambiente, considerando
sua composição, toxicidade e reatividade, como também
o nível de exposição a eles, posicionando-se criticamente
e propondo soluções individuais e/ou coletivas para o uso
adequado desses materiais e produtos

• (EM13CNT207) - Identificar e analisar vulnerabilidades vin-


culadas aos desafios contemporâneos aos quais as juven-
tudes estão expostas, considerando as dimensões física,
psicoemocional e social, a fim de desenvolver e divulgar
ações de prevenção e de promoção da saúde e do bem-
-estar.

• (EM13CNT303) - Interpretar textos de divulgação científica


que tratem de temáticas das Ciências da Natureza, dispo-
níveis em diferentes mídias, considerando a apresentação
dos dados, a consistência dos argumentos e a coerência
das conclusões, visando construir estratégias de seleção de
fontes confiáveis de informações

• (EM13CNT305) - Investigar e discutir o uso indevido de co-


nhecimentos das Ciências da Natureza na justificativa de
processos de discriminação, segregação e privação de di-
reitos individuais e coletivos para promover a equidade e o
respeito à diversidade

• (EM13CHS103) - Elaborar hipóteses, selecionar evidências

71
e compor argumentos relativos a processos políticos, eco-
nômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos,
com base na sistematização de dados e informações de
natureza qualitativa e quantitativa (expressões artísticas,
textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos,
gráficos, mapas, tabelas etc.)

• (EM13CHS104) - Analisar objetos da cultura material e


imaterial como suporte de conhecimentos, valores, cren-
ças e práticas que singularizam diferentes sociedades in-
seridas no tempo e no espaço

• (EM13CHS205) - Analisar a produção de diferentes territo-


rialidades em suas dimensões culturais, econômicas, am-
bientais, políticas e sociais, no Brasil e no mundo contem-
porâneo, com destaque para as culturas juvenis

• (EM13CHS303) - Debater e avaliar o papel da indústria


cultural e das culturas de massa no estímulo ao consumis-
mo, seus impactos econômicos e socioambientais, com
vistas a uma percepção crítica das necessidades criadas
pelo consumo

• (EM13CHS401) - Identificar e analisar as relações entre su-


jeitos, grupos e classes sociais diante das transformações
técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas
de trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços e
contextos.

• (EM13CHS501) - Compreender e analisar os fundamentos


da ética em diferentes culturas, identificando processos
que contribuem para a formação de sujeitos éticos que
valorizem a liberdade, a autonomia e o poder de decisão
(vontade)

• (EM13CHS502) - Analisar situações da vida cotidiana (es-


tilos de vida, valores, condutas etc.), desnaturalizando e
problematizando formas de desigualdade e preconceito,
e propor ações que promovam os Direitos Humanos, a so-
lidariedade e o respeito às diferenças e às escolhas indivi-
duais.

TEMPO: 100 MINUTOS

72
OBJETIVOS:

• Reforçar a importância dos valores na construção do cará-


ter e na convivência em sociedade;
• Reconhecer os valores como parte constituinte da própria
identidade;

• Promover a reflexão sobre valores pessoais e coletivos, in-


centivando a comunicação e a compreensão mútua;

• Desenvolver a compreensão e a importância dos valores


éticos e morais, promovendo a reflexão sobre atitudes po-
sitivas no ambiente escolar e na vida cotidiana.

Orientação ao/à professor/a

Estimado/a Professor/a, para o acolhimento, você preci-


sará selecionar uma música que remeta à reflexão sobre a temá-
tica Valores. E, se possível, sempre trabalhe a entrega da letra da
música para a leitura e compreensão.

Para a atividade 1, você precisará de cartolina ou uma fo-


lha de papel 40g para confeccionar a Árvore dos valores e preci-
sará visitar o Plano de Ação da escola para enumerar seus valores
e trabalhar com a turma, além de voltar sua explicação para os
valores pessoais, socioculturais, materiais, espirituais e morais.
Nessa atividade, cada estudante apresentará um valor para dis-
por na Árvore dos Valores e explicará o porquê de sua indicação.

Preparação para a Atividade 2: Escreva em cartões dife-


rentes situações do cotidiano que envolvem escolhas éticas e
morais. Exemplos: ajudar um colega com dificuldades, respei-
tar a opinião do outro, recusar-se a participar de fofocas, entre
outros. (Professor/a, você pode construir previamente, antes do
início da aula ou optar por construir com situações indicadas pe-
los próprios estudantes no momento da aula, no início antes da
atividade).

Acolhimento

Tempo estimado: 10 minutos

73
Estimado/a professor/a, receba sua turma ao som de uma
música que exerça sobre os/as estudantes a reflexão sobre o
sentido na música, que nesse caso temos a intencionalidade de
contemplar a temática de Valores: O que tenho de melhor e no
que preciso melhorar. Se possível, distribua a letra para reflexão
coletiva da mensagem transmitida.

Sugestão de músicas e letras para trabalhar: (Professor/a,


lembre-se que você tem plena liberdade de escolher o repertório
que melhor represente sua turma).

Atividade 1: Árvore dos Valores

Tempo estimado: 30 minutos

Estimado/a Professor/a,

Inicialmente explique aos/às estudantes que vocês reali-


zarão uma atividade prática para expressar e compartilhar seus
valores. Aproveite e prepare a turma para uma escuta ativa e
destaque a importância de respeitar as opiniões de cada um e
de reconhecer a diversidade de valores existentes.

Em um segundo momento, solicite que, em conjunto


construam a árvore dos valores (escolha uma parede da sala
de aula ou o próprio quadro) e cole o papel grande (cartolina ou
papel 40g) no quadro ou em uma parede visível para todos/as e
desenhe o contorno de uma árvore sem as folhas.

Agora, com o desenho traçado, explique que a árvore


representará os valores que são essenciais para a turma (Pro-
fessor/a, caso deseje, você pode trabalhar os valores da Escola
como um todo, pois, nesse caso, são os valores que sustentam
o processo de ensino-aprendizagem não apenas da turma, mas
de toda a escola. Além disso, são os valores que baseiam todo o
sistema educacional de nosso Estado).

Após a construção dos valores que sustentam o modelo


escolar e/ou da turma, distribua adesivos ou post-its e canetas
coloridas para cada aluno/a e solicite que eles/as identifiquem
seus valores individuais. (Não se esqueça, professor/a, de está
inserido/a nessa construção. Quais são os princípios que susten-
tam sua prática docente? E quais são seus valores pessoais?).

74
Peça que escrevam um valor pessoal que consideram
importante em suas vidas em seus adesivos e os/as incentive a
criatividade na escolha das cores e na escrita. Agora, convide os/
as estudantes a colocarem seus adesivos na árvore, explicando
brevemente por que escolheram aquele valor.

Este é um momento para expressarem suas opiniões e


conhecerem os valores dos/das colegas. Divida a turma em pe-
quenos grupos e promova uma breve discussão sobre os valores
escolhidos e pergunte se há valores em comum e como eles po-
dem ser aplicados no ambiente escolar.

E para concluir, promova a reflexão sobre valores pessoais


e coletivos, incentivando a comunicação e a compreensão mú-
tua sempre enfatizando a importância de respeitar e compreen-
der os valores uns dos outros.

Materiais necessários:

• Papel grande (flip chart ou cartolina);

• canetas coloridas e adesivos ou post-its.

Atividade 2: Caça aos valores

Tempo estimado: 40 minutos

Estimado/a Professor/a,

Inicie a atividade explicando as regras do jogo aos/às es-


tudantes. Cada um/a deles/as receberá um cartão no início do
jogo (esse cartão já foi previamente preparado ou pode ser cons-
truído coletivamente com a turma). Na verdade, os/as estudan-
tes precisarão encontrar e refletir sobre situações que envolvem
valores éticos. Aproveite e também distribua canetas, adesivos
ou marcadores coloridos para os/as participantes, pois eles/as
irão precisar mais adiante.

Na verdade, os/as estudantes farão uma Caça aos Valores


e deverão circular pela sala ou área externa e encontrar outros/
as colegas para trocar seus cartões. Ao se encontrarem, devem
compartilhar a situação do cartão com o/a colega e discutir a
importância dos valores presentes na situação. Após a discus-

75
são, ambos devem marcar os cartões um do outro com adesivos
ou marcadores coloridos (Lembrem-se de que os cartões foram
trocados e os valores das duas situações foram discutidos entre
eles/as e registrados nos cartões). A troca entre cartões pode
acontecer mais de uma vez, caso haja tempo para mais intera-
ções.

Após um período determinado, que pode variar entre 5


e 10 minutos, os/as participantes devem parar e refletir sobre
as situações discutidas. Cada estudante irá compartilhar uma
situação que discutiu com um/a colega e destacar os valores
presentes. Nesse caso, incentive a discussão em grupo para
compartilhar diferentes perspectivas e, para encerrar o jogo,
reunindo os/as estudantes e promovendo uma breve discussão
sobre as experiências vividas durante a “Caça aos Valores”, desta-
que a importância dos valores éticos e morais no convívio social
e no ambiente escolar.

Professor/a, certifique-se de criar situações variadas que


envolvam diferentes aspectos dos valores éticos e morais.

Materiais necessários

• Cartões com situações do cotidiano (impressos ou escritos


em papéis);

• Canetas;

• Adesivos ou marcadores coloridos

• Espaço amplo.

Avaliação e reflexão final

Tempo estimado: 10 minutos

Estimado/a professor/a,

Finalmente estamos chegando aos últimos passos de


nossa caminhada sobre o entendimento sobre valores: o que
tenho de melhor e o que precisa ser melhorado, além dos
valores socioculturais, materiais, espirituais e morais que nos

76
torna o ser humano que somos. Na turma, conseguimos perce-
ber estudantes que se sensibilizaram com alguns valores e que
pontuaram o que tem de melhor e o que precisam melhorar,
individualmente e para com o coletivo. Sendo assim, nessa tri-
lha do conhecimento, reflita sobre os aprendizados colhidos por
você como profissional como também pelos/as estudantes, re-
fletindo sobre:

Na escola como um todo, quais valores realmente conse-


guimos seguir/cumprir? Eu como profissional, quais valores car-
rego comigo? E como amigo/a, esposo/a, filho/a, pai/mãe, quais
valores ensino/compartilho com meu coletivo?

Solicite aos/às estudantes que reflitam, ou seja, realizem


uma autoavaliação sobre quais valores eles/elas carregam para
si e para com os outros e registrem essas observações. Como já
mencionado nos encontros anteriores, faz-se necessário, profes-
sor/a, que os/as estudantes se apropriem das competências e
habilidades trabalhadas em cada temática estudada. Portanto, a
avaliação pode ocorrer a partir da observação, anotações, veri-
ficação da participação, interação e comprometimento dos/das
estudantes em realizarem as atividades dentre outras alternati-
vas estabelecidas anteriormente com a turma.

Referências para aprofundamento

ALENCAR, H. M. et al. Educação em valores morais: juízos de


profissionais no contexto escolar. Psicologia Escolar e Educa-
cional, v. 18, n. 2, p. 255-264, 2014.

BRASIL. Lei Nº 13.663, de 14 de maio de 2018. Altera o art.


12 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir a
promoção de medidas de conscientização, de prevenção e de
combate a todos os tipos de violência e a promoção da cultura
de paz entre as incumbências dos estabelecimentos de ensino.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2018/lei/L13663.htm.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curri-


cular. Brasília: MEC, 2018.

77
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Ética e cidadania: cons-
truindo valores na escola e na sociedade. Brasília: Ministério da
Educação, 2007.
COSTA, F. J. DA . et al. Valores pessoais e gestão socioambiental:
um estudo com estudantes de administração. RAM. Revista de
Administração Mackenzie, v. 14, n. 3, p. 183-208, maio, 2013.

COUTO, L. L. M.; ALENCAR, H. M. Furto no contexto escolar: juízos


de professoras sobre práticas docentes no ensino fundamental.
Revista de Educação PucCampinas, v. 24, n. 1, p. 35-53, 2019.

ICE. Aulas de Projeto de Vida: 1o e 2o Anos do Ensino Médio.


[s.l.] Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), [s.d.].

LA TAILLE, Y. A escola e os valores: a ação do professor. In: LA


TAILLE, Y.; JUSTO, J. S.; PEDRO-SILVA, N (Org.). Indisciplina, dis-
ciplina: ética, moral e ação do professor. 5. ed. Porto Alegre: Me-
diação, 2013, p. 5-28.

PERES, J. F. P.; SIMÃO, M. J. P.; NASELLO, A. G.. Espiritualidade, re-


ligiosidade e psicoterapia. Archives of Clinical Psychiatry, São
Paulo, v. 34, p. 136-145, 2007.

SÃO PAULO (ESTADO) SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Projeto de


vida: Ensino Médio; Caderno do Professor. Coordenação Valéria
de Souza; textos Isa Maria Ferreira da Rosa Guará, Maria Elizabe-
th Seidi Machado. São Paulo: SE, 2014.

78
Aulas 15 e 16 - Projeto

Figura 1

Fonte: Imagem produzida por IA.

Estimado/a professor/a,

Este encontro é destinado a preparação de algum projeto


ou experiência com a turma. A proposta é que você, professor/a,
juntamente com os/as estudantes, construam alguma atividade
em que possam vivenciar as experiências trabalhadas neste bi-
mestre.

Este projeto deve ser construído de forma coletiva e a


partir do projeto de vida dos/as estudantes, de modo que eles/
as possam escolher, decidir e executar as ações que julgarem ne-
cessárias para seu desenvolvimento.

Para tanto, o/a professor/a deve levar e colher sugestões


e mediar a construção do projeto, utilizando as metodologias

79
baseadas em times/equipes. Além disso, o projeto pode - e é in-
teressante que seja - interdisciplinar, envolvendo outros/as do-
centes e também toda a comunidade escolar.
Entre as ideias, podem ser sugeridas:

• Portfólios individuais e coletivos;

• Produções audiovisuais;

• Campanhas educativas;

• Campanhas sociais;

• Eventos escolares (sarau, gincana, peças teatrais, exposi-


ção de trabalhos etc.);

• Palestras e microcursos;

• Intervenções sociais na comunidade;

• Ações de compaixão e gentileza.

É fundamental a participação protagonista dos/as estu-


dantes durante todo o processo: desde a concepção da ideia, ao
planejamento e execução. É importante, ainda, que o projeto
esteja em consonância com as temáticas trabalhadas no bimes-
tre e ligadas ao projeto de vida e contexto social em que vivem
os/as estudantes.

Sugerimos, por fim, o registro de todas as atividades e


ações para compartilharmos no Diário de Boas Práticas em Pro-
jeto de Vida da Rede Estadual de Educação da Paraíba e sociali-
zação dos resultados, a fim de construir uma rede de conexões
entre os/as docentes e os/as discentes deste componente cur-
ricular.

Estimado/a professor/a,

Este encontro tem como função finalizar o bimestre e


acompanhar as atividades sugeridas. Para isso, neste encontro,
você, professor/a, pode fazer uso de alguma estratégia, conside-
rando a realidade da sua escola e da sua turma.

80
Algumas atividades podem ser abordadas, como:

• Revisão das temáticas do bimestre;


• Roda de conversa reflexiva;

• Atividade de leitura;

• Atividade de socialização;

• Atividade extra ou dinâmica;

• Atividade fora da sala de aula;

• Ação preparada e conduzida pelos/as estudantes;

Este encontro deve ser utilizado para ajustar o calendá-


rio e marcar a finalização do bimestre. Por esse motivo, deve ser
adaptado considerando o contexto escolar.

Figura 2

Fonte: Imagem produzida por IA.

81
82

Você também pode gostar