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Modulo VI Aula 2 Impugnacao A Sentenca de Liquidacao
Modulo VI Aula 2 Impugnacao A Sentenca de Liquidacao
Aula II
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1 - COMENTÁRIOS INICIAIS
Após a homologação da conta, o Juiz abre prazo para que as partes (reclamante e
reclamado) verifiquem se os cálculos apresentados estão corretos ou não. Se corretos,
cabe à parte apenas concordar com os valores consignados nos referidos cálculos. Por
outro lado, se estiverem incorretos, a parte deverá apresentar suas razões, contestando,
de forma pormenorizada, cada item ou parcela incorreta contida nos cálculos, apontado
quais são as diferenças cometidas pelo perito contador ou pela parte contrária.
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2 – Fase de Execução – Apresentação e Homologação dos Cálculos e
Liquidação
Cada item deferido deverá ser liquidado através de uma conta, ou seja, cada verba
deferida em favor do reclamante deverá ser quantificada monetariamente.
Assim que o Réu efetuar a garantia do juízo, terá 05 (cinco) dias para conferir a conta, e,
se necessário, caso constate incorreções, poderá apresentar embargos à execução
requerendo ao Juiz a retificação dos cálculos. O reclamante tem o mesmo prazo para
apresentar sua manifestação (impugnação à sentença de liquidação).
Existe uma exceção para uma possível correção na conta, é quando ocorre o chamado
“Erro Material”. Nesse caso a conta poderá ser corrigida a qualquer tempo. O “Erro
Material” é aquele erro que é evidente, aquele que está claramente estampado nos
cálculos e não deixa a menor sombra de dúvida que deverá ser corrigido. Cita-se, como
exemplo, uma verba calculada na planilha principal cujo valor foi “x” e no resumo geral
consta “y”, ou seja, houve evidente equivoco na transcrição do valor para o resumo
geral. Este tipo de “erro” poderá ser corrigido de ofício pelo Juiz, bastando apenas uma
manifestação simples da parte.
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3 – Impugnação à Sentença de Liquidação
Quando um cálculo apresentado nos autos é homologado pelo Juiz, este intima a
empresa para que faça a garantia do juízo em dinheiro ou ofereça bens à penhora.
Após a garantia do Juízo, nos termos do art. 884 da CLT, o Autor tem prazo de 05
(cinco) dias para contestar a conta, caso entenda que a mesma está incorreta, através de
uma peça processual denominada de “Impugnação à Sentença de Liquidação”, nos
termos do art. 884 da CLT”.
Na sequência dos nossos estudos vamos procurar demonstrar a melhor técnica para que
as diferenças possam ser efetivamente apontadas ao Juiz, de maneira que este
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determine, através da “Decisão de Impugnação à Sentença de Liquidação”, a retificação
dos cálculos.
A primeira dúvida que surge com relação ao apontamento das diferenças diz respeito à
apresentação da matéria ao advogado, ou seja, de que forma o Perito Assistente deverá
enviar os apontamentos para o advogado do reclamante.
Se a escolha for pelo parecer técnico, o Perito Assistente deverá informar no documento
todos os dados do caso: número do processo, vara do trabalho, nome do reclamante,
nome do reclamado, e indicar que o parecer trata de “Impugnação aos Cálculos
Homologados”. Em seguida deverá apontar de forma técnica, item a item, verba a
verba, quais são as diferenças encontradas de forma bem explícita, clara,
pormenorizada, e, ainda, quantificando as incorreções. Deverá, ainda, enviar um novo
cálculo demonstrando quais são os valores reconhecidos pelo reclamante. O cálculo
contendo as correções deverá ser apresentado junto com a impugnação.
Assim que o advogado receber o parecer técnico, deverá copiar todos os apontamentos
consignados no laudo do Perito Assistente para a peça de Impugnação à Sentença de
Liquidação, devidamente formatada, para posterior envio ao Juiz.
Se a escolha for pela peça processual pronta, há que se dar especial atenção à forma de
apresentação da peça. Neste caso, o advogado apenas deverá assinar o trabalho e
protocolizar na vara do trabalho correspondente (ou via sistema), juntamente com os
novos cálculos realizados.
A melhor técnica é realizar o trabalho já com a peça processual, uma vez que as
matérias que apontam as incorreções nos cálculos homologados são de conhecimento
técnico do Perito Assistente. Se houver a necessidade de qualquer intervenção do
advogado, este poderá complementar a impugnação proposta ou efetuar correções no
texto da peça processual. Para a apresentação direta da peça processual, recomenda-se a
utilização de uma linguagem adequada, ajustada à linguagem técnica jurídica.
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4 – Quando Impugnar uma Conta de Liquidação
Essa é a primeira pergunta que se faz com relação a impugnação da conta homologada.
Embora o art. 884 da CLT não deixe claro qual é a data de início para a contagem dos
05 (cinco) dias, na prática a data tem início a partir da data em que o Juízo foi garantido
pelo Réu.
O prazo para apresentação da peça de impugnação deve ser controlado pelo advogado
do Reclamante. O Perito Assistente deve ter em mente que, embora o prazo seja de 05
(cinco) dias, na prática esse prazo acaba sendo bem menor, 02 (dois) ou 03 (três) dias
em média, apenas. Quando o Perito Assistente aceita o trabalho, deve estar ciente que
será o responsável pelo prazo a partir de então, respondendo por perdas e danos, caso
existam incorreções nos cálculos e não apresente o trabalho até o vencimento do prazo
definido nos autos.
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Ao elaborar a conta, por uma questão lógica, o Perito Assistente deverá adotar todos os
critérios, parâmetros e interpretação lógica e jurídica que tragam o melhor resultado a
favor do seu cliente, no caso, o reclamante, lembrando que todas as diferenças
apontadas devem ser fundamentadas na impugnação proposta, sob pena de multa por
“litigância de má fé”. Significa dizer, que a matéria deve ter fundamento lógico e
técnico, não podendo ser inventada ou criada a seu bel-prazer.
Com relação ao montante total (valor total apresentado no resumo geral), três são as
possibilidades que podem ocorrer no confronto dos cálculos (Perito Assistente x
Cálculos Homologados):
Com relação ao valor de cada verba, o confronto dos valores deve ser realizado de
forma individual. Existindo diferenças as mesmas devem ser apontadas por meio da
impugnação à sentença de liquidação.
Por uma consequência lógica, o novo cálculo será maior do que o cálculo homologado,
pois todas as parcelas têm o mesmo resultado, com exceção de uma, cujo valor é maior
e deverá ser impugnada. É claro que o valor da parcela tem que ser expressivo a tal
ponto que justifique esse tipo de procedimento. Se isso ocorrer, o Perito Assistente do
Reclamante sempre deverá impugnar o cálculo da parcela, tomando o cuidado de
manter as demais parcelas com o mesmo valor contido nos cálculos apresentados nos
autos.
Esse procedimento parece ser impróprio, mas não é. Veja, o Perito contratado tem que
defender os interesses do Reclamante. Se uma parcela apenas estiver incorreta nos
cálculos conferidos, esta deverá ser corrigida.
O Perito do Reclamante ao confrontar o total dos cálculos, verificou que havia uma
substancial diferença a maior em favor do seu cliente, e, por achar que os cálculos eram
bem favoráveis, não contestou a única verba calculada a menor nos cálculos
homologados nos autos, cuja diferença redundava em R$ 5.000,00 (cinco mil reais). O
total geral encontrado no cálculo do reclamante foi de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais)
e o total apresentado nos cálculos homologados foi de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil
reais). O reclamado, por outro lado, contratou um Perito Assistente que embargou a
conta, apontando todas as incorreções nos cálculos homologados tendo êxito em sua
manifestação. O total da conta ficou em R$ 55.000,00 (cinquenta e cinco mil reais),
após os embargos propostos pelo reclamado.
- O Perito do Réu, por outro lado, tem o dever de apontar as diferenças em favor do seu
cliente. Deve fazer isso através de uma peça processual denominada de embargos à
execução. Ao impugnar a conta homologada nos autos, o perito assistente do reclamante
deverá abordar todas as matérias de interesse do seu cliente, tão-somente. Na
apresentação dos cálculos, deverá apontar os novos valores das verbas impugnadas,
mantendo inalterados os demais valores da conta pericial homologada. Não cabe ao
Perito do Reclamante efetuar qualquer correção em favor do Réu. Não é sua função e
não foi contratado para isso. É seu dever defender o interesse do seu cliente, no caso, o
Reclamante.
1º quando abrir o prazo para que o Reclamante faça a conferência dos cálculos
homologados pelo Juízo;
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2º quando, após a conferência dos cálculos homologados, ficar evidente a incorreção
dos mesmos;
3º quando, após a conferência dos cálculos, ficar evidente que o critério técnico ou a
tese adotada nos cálculos homologados, não são favoráveis. Neste caso não há erro na
conta e sim aplicação de critério ou tese desfavorável. A impugnação deverá apontar a
nova tese ou critério mais favorável à parte, cabendo ao Juiz definir a questão.
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5 – Porque Impugnar uma Conta de Liquidação
A análise deve ser minuciosa e o Perito Assistente deverá verificar com atenção os
seguintes pontos:
Portanto, a resposta para o tópico é simples, ou seja, sempre que o Perito Assistente
constatar qualquer incorreção nos valores consignados nos cálculos homologados, e
que, obviamente, tragam prejuízo ao seu cliente, deverá apontar de forma técnica essas
diferenças, atentando para todos os detalhes, parâmetros e determinações contidas nos
autos.
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6 – Como Impugnar uma Conta de Liquidação
As parcelas incorretas devem ser separadas por título. Exemplo: 1. Diferenças Salariais;
2. Horas Extras; 3. Adicional Noturno; 4. Adicional de Periculosidade; e assim por
diante.
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objetivo inicial, que é o de chamar a atenção do julgador para a incorreção da conta, não
deixando margem para outro tipo de interpretação.
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7 – Exemplos de Peças de Impugnação à Sentença de Liquidação
Com isso, você já tem um dos atalhos do caminho das pedras. De preferência envie a
peça pronta ao advogado, para que ele analise e assine. Ele poderá efetuar as alterações
ou incrementos que achar necessário.
Sugerimos que você leia e analise com atenção os textos que apontam as diferenças. São
textos claros e objetivos, que demonstram exatamente quais são as diferenças
apontadas.
As manifestações a seguir são divididas por itens, indicando o título da verba a ser
impugnada. Os textos sempre iniciam de forma a chamar a atenção do juiz para uma
possível incorreção da conta apresentada nos autos. No corpo do texto ocorre a
descrição e o detalhamento das diferenças de forma que o juiz compreenda que os
cálculos estão incorretos. Por último, para cada item o réu requer a reforma ou
retificação dos cálculos.
São técnicas que devem ser adotadas para que a peça processual atinja o seu objetivo,
que, no caso, é a reforma ou retificação dos cálculos homologados, apresentados nos
autos.
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7.1. Exemplo I – Peça de Impugnação à Sentença de Liquidação
AUTOS RT Nº
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Ocorre que, para o período que vai desde a prescrição
até julho/2001, a apuração das horas extras deve ser efetuada com base na
quantidade média encontrada entre as horas extras apuradas nos demais meses do
período imprescrito.
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Das Horas Extras – Abatimentos de Valores Pagos
REQUERIMENTO FINAL
Nestes termos,
pede deferimento.
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7.2. Exemplo II – Peça de Impugnação à Sentença de Liquidação
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prévio indenizado, férias proporcionais, 13° salário e FGTS do
mês da rescisão, mais multa de 40%.”
Pela reforma.
REQUERIMENTO
Nestes Termos
Pede Deferimento
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7.3. Exemplo III – Peça de Impugnação à Sentença de Liquidação
Pela reforma.
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Em razão do exposto, resultam prejudicados os cálculos
apresentados a título de FGTS pela não inclusão das parcelas reflexas das
horas extras (sobre: dsr´s, aviso prévio, 13º salários, férias, terço de férias).
Pela reforma.
REQUERIMENTO
Nestes Termos
Pede Deferimento
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7.4. Exemplo IV – Peça de Impugnação à Sentença de Liquidação
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“Expert” não considerou os valores reflexos a título de DSR, inerentes ao
salário “Por Fora”.
Pela reforma.
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Isto posto, requer-se a retificação dos cálculos
elaborados pelo Auxiliar do Juízo a título de diferenças salariais, devendo para
tanto o mesmo, tomar como base de cálculo os valores consignados nos
cálculos ora apresentados em anexo pelo autor.
Acolha-se.
REQUERIMENTO
Nestes Termos
Pede Deferimento
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7.5. Exemplo V – Peça de Impugnação à Sentença de Liquidação
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Da forma como apresentado pela “EXPERT” nas
planilhas de fls. ..., os DSR’s reflexos das horas extras não foram calculados.
Pela reforma.
REQUERIMENTO
Nestes Termos
Pede Deferimento
PARECER TÉCNICO
Após análise dos cálculos apresentados pelo Sr. Perito nos autos, concluímos pela
existência de algumas distorções.
Att.
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Os cálculos homologados incorrem em equívoco quanto à apuração das horas extras
deferidas, no tocante à aplicação média de horas extras devidas, senão vejamos:
Ocorre que, para o período que vai desde a prescrição até julho/2001, a apuração das
horas extras deve ser efetuada com base na quantidade média encontrada entre as horas
extras apuradas nos demais meses do período imprescrito.
A média correta de horas extras a ser aplicada aos cálculos resulta em 22,86 horas, com
base nas horas extras efetivamente apuradas nos meses cujos cartões pontos forma
juntados aos autos, cumprindo-se exatamente o que restou determinado na sentença. A
média deve ser utilizada para efeito de cálculo dos meses cujos cartões não contam nos
autos.
Veja-se que, seguindo o cartão ponto de mês de março de 2000, como determinado, a
correta quantidade para a apuração das horas extras nos termos do comando decisório, é
de 22,86 e não o zeramento do número de horas como apontam os cálculos
homologados.
O mesmo ocorre na apuração das horas extras relativas à violação do artigo 71 da CLT,
onde os cálculos homologados apresentam quantidade zerada de horas intervalares,
reduzindo substancialmente a execução em face do critério adotado para efeito de
cálculo, motivo pelo qual, não devem prevalecer os cálculos homologados.
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Das Horas Extras – Abatimentos de Valores Pagos
Os cálculos apresentados pelo Sr. Perito resultam totalmente equivocados com relação ao
abatimento de valores pagos a título de horas suplementares.
Ocorre que, em momento algum dos autos houve determinação expressa para que os
valores consignados nos documentos colacionados aos autos fossem abatidos dos
cálculos.
Observa-se, entretanto, que nos quadros de fls. ...., o Sr. Contador efetuou o abatimento de
diversos valores, prejudicando totalmente a conta apresentada nos autos.
Cabe destacar, que a r. decisão imposta nos autos, não determinou de forma expressa o
abatimento dos valores pagos a título de horas extras, e, deste modo, todos os valores
abatidos e considerados nos cálculos do Perito devem ser excluídos do cálculo das horas
extras.
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8.2. Exemplo II - Parecer Técnico
PARECER TÉCNICO
Segue abaixo matéria para interpormos Impugnação aos cálculos homologados pelo Juiz
nos autos.
Att.
De acordo com o que efetivamente restou determinado nos autos, restou deferido em
favor do reclamante os reflexos das horas suplementares, senão vejamos:
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Como visto no texto sentencial transcrito acima, resultam devidos os reflexos das horas
extras sobre: aviso prévio, 13º salário, férias, terço de férias, FGTS e multa de 40% do
FGTS.
Assim, os cálculos periciais merecem reforma, devendo para tanto, o auxiliar do Juízo
efetuar os reflexos das horas extras sobre: aviso prévio, férias, terço de férias, 13°
salário e multa de 40% do FGTS.
Pela reforma.
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9 – Considerações Finais
Como visto, os cálculos homologados pelo Juiz merecem uma atenção especial por
parte do perito assistente que atua pelo réu, pois, é muito comum encontrar os mais
diversos tipos de diferenças nos referidos cálculos, algumas em razão de erro material,
outras em função de critério adotado, e ainda, temos aquelas que são decorrentes de
interpretação distorcida das decisões contidas nos autos.
Cabe destacar, ainda, que a manifestação deverá fazer referência a todas as possíveis
incorreções, visto que, mesmo que o juiz não acolha algum item dos embargos, será
possível abordar novamente a matéria em sede de agravo de petição, para apreciação de
uma das turmas do Tribunal Regional. Por uma questão óbvia, se uma determinada
matéria não foi ventilada nos embargos à execução, não poderá mais ser contestada nos
autos, tornando-se incontroversa a questão.
Junto à peça de embargos à execução devem ser juntados os cálculos do réu contendo
todos os valores que o mesmo entende como devidos nos autos. O total apresentado
pelo réu se tornará incontroverso e já poderá ser liberado ao reclamante, pois, o que se
estará discutindo a partir da apresentação da conta, são as diferenças apontadas na
manifestação de embargos.
Uma vez apresentados os embargos à execução, resta ao réu esperar pela decisão do
juiz, que irá analisar a manifestação, acolhendo ou não as diferenças apontadas. Da
decisão, caberá ou não, agravo de petição junto ao Tribunal Regional.
Recomendamos que o aluno reveja os cases do Módulo II, relativos aos “Estudos de
Casos”, onde ocorre a aplicação prática da matéria ora estudada. A partir do “case IV”
os cálculos são apresentados nos autos e homologados pelo Juiz que em seguida, abre
prazo para que as partes tenham a oportunidade de verificar se a conta está correta ou
não, impugnando ou embargando os cálculos, quando constatada alguma incorreção. É a
aplicação da teoria e da técnica ao caso prático.
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