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SISTEMA URINÁRIO

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Namir Moreira
URINÁLISE
Urinálise

• Exame físico
• Exame químico
• Sedimentoscopia
Métodos de coleta
• Urina recolhida do chão:
▫ Amostra não indicada para urinálise / cultura
▫ Usar ou não?
Métodos de coleta
• Micção natural/compressão vesical: A
amostra é freqüentemente contaminada com
células, bactérias e outros debris localizados no
trato genital, pele e pêlos. Coletar o jato
intermediário da micção em frasco próprio. Esta
amostra serve para urinálise, mas não para
avaliação de bacteriúria. Não é indicada para
cultura e antibiograma.
Métodos de coleta

• Cateterismo: Amostras, destinadas a cultura e


antibiograma, devem ser acondicionadas em
recipientes estéreis. Evitar contaminação
iatrogênica da amostra com substâncias
lubrificantes, hemácias (danos à uretra) e/ou
bactérias (manter a anti-sepsia).
Métodos de coleta
• Cistocentese: técnica mais adequada para
animais de pequeno porte, sendo a amostra
obtida ideal para cultura e antibiograma, pois
não há contaminação bacteriana. A
contaminação iatrogênica com hemácias é
mínima.
Enviando amostra ao laboratório
• Tempo.....

• refrigeração
EXAME FÍSICO

• Cor
• Aspecto
• Odor?
• Densidade
COR
Amarelo ou Ambar
Coloração anormal
Azul – presença de azul de metileno, infecção por Pseudomonas

Esverdeada – produtos da degradação da hemoglobina (biliverdina)

Alaranjada – alta concentração da urina, aumento da biliverdina

Vermelha – hematúria, hemoglobinúria, Intoxicação por Warfarin,


fenotiazidas, mioglobinúria

Marrom – metahemoglobina, melanina, sulfonamidas, mercúrio

Amarelo Escuro – pigmentos biliares / alimentação/


medicamentos/ concentração ( restrição hídrica)

Branco – cristais de Fosfato


Aspecto
Odor

• Cuidado ao cheirar líquidos biológicos.


• Se o odor for muito forte a ponto de ser percebido
deverá ser anotado.
Densidade
Densidade
• Relação entre solutos e solvente na urina
• Quanto mais concentrada maior a
densidade e vice e versa.
Densidade
Deve ser interpretada associando-se o grau de
hidratação e ingestão hídrica do paciente/
AZOTEMIA

▫ 1. Cão: (1.025 – 1.040)

▫ 2. Gato: 1.035 (1.040-1.060)

▫ 3. Grandes animais: (1.015-1.030)


Isostenúria

• CÃO

1008 – 1012

• GATO
1035 desconfiar
A elevação da densidade urinária
está, geralmente, associada à
oligúria
• Fase oligúria da IRA
• Desidratações
• Febre
• Edema
• Choque

• Mas o gato...........
período pós-prandial etc....
Urinálise
Densidade: avaliar fluxo urinário
Felinos
•DTUIF D normal ou > 1060

• Oligúria + D entre 1014 e 1035 = IR suspeita

• Oligúria + D entre 1007 e 1013 = IR oligúrica


O gato “aprendeu” a
concentrar a urina
O gato é um animal do deserto

Carnívoro verdadeiro, com


todas as suas adaptações
para tal metabolismo
Gatos

O fato de concentrarem a urina


visando manutenção de água corporal
os predispõem a intoxicação por
substancias potencialmente tóxicas
solúveis em água
Eles concentram a urina e se tornam
especialmente sensíveis a drogas que são
mais tóxicas em animais que precisem
concentrar a urina.

Cães e humanos desidratados também


se tornam mais sensíveis a drogas
hidrossolúveis.
A elevação da densidade urinária
está, geralmente, associada à
oligúria
• Fase oligúria da DRA
• Nefropatia
• obesidade
• Desidratações
• Febre
• Edema
• Choque
• Politraumatismo
• Pós cirurgia
Diminuição da densidade urinária

Alcoolismo (HUMANO)
Anemia falciforme
Fase inicial e final da DRC
Pielonefrite
Densidade
• Nos estados de poliúria, com
exceção da Diabetes mellitus, a
densidade urinária está
diminuída.
pH

Variações fisiológicas:

• pH alcalino
• pH ácido
pH
• pH muito ácido pode indicar infecções
• Em cistites o pH poderá ser alcalino devido a
desdobramento do nitrogênio.
EXAME QUÍMICO
Exame Físico-Químico: Consensos e
Controvérsias

ExameQuímico:
• Fitas Reagentes –Uso adequado:
• Treinamento de pessoal/ Uso de POPS
• Seguir as orientações do fabricante
• Tempo requerido para leitura difere a cada teste
• Conhecimento da sensibilidade e especificidade
Exame químico

• Proteína
• Glicose
• Corpos cetônicos
• Sangue / Hemoglobina
• Pigmentos biliares
• Nitritos
• Urobilinogênio
• Leucócitos
TIRAS DE URINA
QUÍMICA SECA
Tiras de urina
Leitura:
Proteínas
Urinálise - Proteinúria:
• Primeiro sinal de lesão renal
• Nao esquecer das causas pré e pós
renais
Proteínas
A proteinúria pode ser classificada como pré-
renal, renal ou pós-renal.
Proteinúria pré renal
É o primeiro sinal de transtorno renal,
entretanto, ela pode aparecer em
causas não renais como no estresse, na
febre, no exercício muscular intenso...
Proteinúria renal
• Síndrome nefrótica e nefrítica,
• glomerulonefrite,
• amiloidose,
• diabetes mellitus
Proteinúria pós renal

• Tumores da bexiga e da pelve renal

• Hemorragia ou inflamação dos


ureteres, vesícula urinária ou uretra

• Sem hipoalbuminemia.
Glicose:

• Avaliação de Diabetes Mellitus, e distúrbios de


reabsorção tubular.
• Discrepâncias entre resultados sanguíneos e urina
• Falso-negativos: Densidade, refrigeração, cetonas
• Falsos-positivos: Agentes oxidantes,Vit. C
• Tempo de formação da urina, lesões tubulares
Corpos cetônicos
Avaliação de Diabetes Mellitus (cetoacidose), jejum
prolongado.

Fita positiva sem diabetes: Dieta rica em proteínas e


pobre em CHO dieta cetogênica, medicações

Fita negativa em pacientes com aparente cetoacidose:


Lembrar a volatilidade dos corpos cetônicos, o exame
deve ser realizado o mais rápido possível
Hemoglobina / SANGUE?
• Hematúria

• Hemoglobinúria
SANGUE?

Fita positiva e sedimento negativo: Lise, peroxidases


microbianas, agentes oxidantes, mioglobina, hemoglobina

Fita negativa e sedimento positivo: Ácido ascórbico, oxalato,


leveduras, captopril, densidade, hipocromia
Bilirrubina
Formação da bilirrubina

Hemocaterese
Bilirrubina
Heme SMF

Globina
Formação da bilirrubina

SMF Fígado
Hemocaterese
Bilirrubina
+ Ácido glucurônico
Bilirrubina

Bilirrubina
Colédoco
+
Albumina
Formação da bilirrubina

SMF

Hemocaterese Fígado

Bilirrubina
Bilirrubina + Ácido glucurônico

Bilirrubina
+
Albumina Rins
Bilirrubinúria

SMF

Hemocaterese Fígado

Bilirrubina
Bilirrubina + Ácido glucurônico

Bilirrubina
+
Albumina Rins
Nitrito

Avaliação de processos infecciosos do trato urinário (ITU) . ???


LEUCOCITOS
Avaliação de processos infecciosos e inflamatórios do trato
urinário (ITU). Pode ocorrer com ou sem bacteriuria

Fita positiva e sedimento negativo:Urinas alcalinas e diluidas,


provocando lise dos leucócitos,medicações.

Fita negativa e sedimento positivo: Leucócitos granulócitos?


Glicose, proteinas e densidade elevados
SEDIMENTOSCOPIA
Sedimentoscopia
• Orgânicos

▫ Células descamativas
▫ Eritrócitos
▫ Leucócitos
▫ Cilindros
▫ Espermatozóides
▫ Parasitos
Sedimentoscopia

•Inorgânicos

▫ Cristais
CÉLULAS
EPITELIAIS

PELVE RENAL
TRANSIÇÃO

RENAIS TUBULARES
ESCAMOSA
CÉLULA EPITELIAL
ESCAMOSA
CÉLULAS
EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO
CÉLULAS
PELVE RENAL
CÉLULAS
EPITELIAIS NEOPLÁSICAS
células epiteliais
Eritrócitos

Espermatozóides
Eritrócitos

Leucócitos/piócitos
Piócitos
Cilindro
Cilindro hialino
hialino
CILINDROS CELULARES

Misto
Epitelial
Eritrocitário
Cilindro céreo
CRISTAIS
Cristais
• Presentes em pacientes
clinicamente sadios

• Podem indicar anormalidades


▫ Urolitíases (!?)
▫ Desordens metabólicas
Fatores que afetam a cristalúria
• Concentração da urina
• Período pós prandial
• pH urinário
• Excreção de agentes terapêuticos
• Temperatura
Cristais
de
Apareciment
o
Normal
Cristais de
Aparecimento
Anormal
Fosfatos amorfos
Fosfato triplo
Fosfato triplo
CRISTAIS FOSFATOAMORFO
Cristais de Fosfato
Amoníaco Magnesiano
Carbonato de calcio
CRISTAIS
COLESTEROL
CRISTAIS BILIRRUBINA
CRISTAIS
COLESTEROL
Cristais de Carbonato de
Cálcio
Biurato de amônio
Cristais de Tirosina
Ácido úrico
Oxalato de calcio - Dihidratado
Gotículas de gordura

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