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Resumo PE
Resumo PE
3º ano, 1º semestre
Pioneiros
William James
John Dewey
Uma força muito impulsionadora no campo da aplicação prática da psicologia. “Um dado
organismo num dado meio”. O seu pensamento genético, funcional e social, influencia as
escolas públicas dos EUA durante as 1ªs décadas do Séc. XX: “Um dado organismo num dado
meio”.
Início do Séc. XX
• Realizam-se 1ºs estudos sobre as diferenças individuais no laboratório de Wundt.
• Construção dos primeiros testes mentais e aplicação dos resultados à educação (ex.,
Binet-Simon criam a Escala Métrica da Inteligência - 1905)
• Introdução do método global para a aprendizagem da leitura.
• S. Hall realiza os 1ºs estudos na área da Ψ da criança.
• Claparède (1873-1940) defende que para educar melhor é preciso conhecer melhor a
criança à ---> Ψ Funcional.
• Funda o Instituto J-J Rousseau onde mais tarde trabalharam Piaget, Rey e Inhelder.
• É o precursor da Escola Nova: uma pedagogia ativa, onde os interesses e a participação
dos alunos devem ser estimulados pelo professor.
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Psicologia da Educação
3º ano, 1º semestre
Taxonomia de Bloom
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Condicionamento Clássico
• É um tipo de aprendizagem em que um
organismo aprende a ligar-se, ou a
associar-se a estímulos.
• Um estímulo neutro (tal como a visão
de uma pessoa) torna-se associado a
um estímulo significativo (como a
alimentação) e adquire a capacidade de
suscitar uma resposta semelhante.
• Ivan Pavlov (1927) - Para compreender
plenamente a sua teoria clássica
precisamos de compreender dois tipos
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Psicologia da Educação
3º ano, 1º semestre
de estímulos e dois tipos de respostas: estímulo não condicionado (UCS), resposta não
condicionada (UCR), estímulo condicionado (CS), e resposta condicionada (CR).
Generalização
• A generalização envolve a tendência para um novo estímulo, semelhante ao estímulo
condicionado original, de produzir uma resposta semelhante.
Ex: Um aluno é criticado por ter tido um fraco desempenho num teste de Biologia.
Quando começa a preparar-se para um teste de Física-Química, também fica muito
nervoso, porque estas duas disciplinas estão intimamente relacionadas nas ciências.
• Assim, a ansiedade do aluno generaliza-se da realização de um teste numa disciplina
até à realização de um teste noutra.
Discriminação e Extinção
• A discriminação no condicionamento clássico ocorre quando o organismo responde a
certos estímulos, mas não a outros.
• O aluno pode fazer testes em diferentes disciplinas e não ficar tão nervosa (ex., Inglês
ou História) porque são áreas temáticas muito diferentes.
• A extinção no condicionamento clássico envolve o enfraquecimento do acondicionado
resposta (CR) na ausência do estímulo incondicionado (UCS).
• Da mesma forma, se o aluno que fica nervoso enquanto faz testes de biologia e áreas
relacionadas, começa a obter bons resultados nos testes, a sua ansiedade irá
desvanecer-se.
Dessensibilização Sistemática
• Ansiedade e stress associados a eventos negativos podem ser eliminados por
condicionamento clássico.
• A dessensibilização sistemática é um método baseado no condicionamento clássico
que reduz a ansiedade ao conseguir que o indivíduo associe um relaxamento
profundo, com visualizações sucessivas, cada vez que se encontrar perante situações
geradoras de ansiedade.
Condicionamento Operante
• O condicionamento operante (também denominado de condicionamento
instrumental) é uma forma de aprendizagem em que as consequências do
comportamento produzem alterações na probabilidade em que o comportamento irá
ocorrer.
• Skinner (1938) - As consequências - recompensas e punições - estão dependentes do
comportamento do organismo.
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Reforço e Punição
• Reforço (recompensa) - Uma consequência que aumenta a probabilidade de
ocorrência de um comportamento.
• Punição - Uma consequência que diminui a probabilidade de um comportamento
ocorrer.
• Reforço positivo - princípio de que a frequência de uma resposta aumenta quando
é seguida por um estímulo gratificante.
• Reforço negativo - princípio de que a frequência de uma resposta aumenta porque
um estímulo aversivo (desagradável) é removido.
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Caso Prático
O João é um aluno do 7º ano que está com muitas dificuldades na Matemática. O Professor
António resolveu sentar-se com ele e explorar o que estava a acontecer. Percebeu que o João
já havia sentido dificuldades no 2º ciclo e agora o seu insucesso está ainda pior.
Algumas estratégias...
• Analisar os antecedentes do comportamento (aprender a ler/discriminar as situações).
• Providenciar instruções eficazes (EID), devem ser concisas, claras e específicas,
comunicar o resultado esperado.
• Sugestões/pistas: providenciar um estímulo antecedente antes de um comportamento
específico ocorrer. Após o desempenho correto, o professor pode reforçar.
• Incitar (Prompting): ocorre depois do fornecimento de uma pista (2ª pista). Uma forma
de incorporar dicas e sugestões é fornecer aos alunos uma lista de verificação ou folha
de lembrete.
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Outras estratégias...
• Contratos de contingências (o que se espera que realize).
• Reforços por fichas:
1. para motivar os alunos que estão completamente desinteressados e não
responderam a outras abordagens;
2. para incentivar os alunos que falharam consistentemente nos seus progressos
académicos;
3. lidar com uma turma que está fora de controlo.
• Grupos de consequências: reforçar a turma com base no comportamento adequado de
um grupo de alunos. Jogo do bom comportamento – dividir turma em equipas e
definir objetivo a atingir.
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A Aprendizagem
• O conceito e variáveis relacionadas.
• As teorias comportamentalistas e cognitivistas.
• O papel das interacções sociais
• As relações entre aprendizagem e desenvolvimento.
• • Influência relativa do comportamento, conhecimento e aptidões do pensamento,
advindas através da experiência (Santrock, 2018).
• Esta mudança poderá ser intencional ou não deliberada, para melhor ou pior, correta
ou incorretamente, consciente ou inconscientemente (Mayer, 2011; Schunk, 2012;
Woofolk, 2016).
• Esta mudança, para ser considerada aprendizagem, terá de advir da experiência ou
seja, da interação entre a pessoa e o seu ambiente (Woofolk, 2016).
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• Factores Motivacionais
a) Intrínsecos
b) Extrínsecos
Para que a informação que entra na memória a curto prazo possa ser consolidada e
transferida para a memória longo termo são importantes as seguintes estratégias:
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• Hábitos de Estudo
a) Objetivos realistas, planeados detalhadamente
b) Recompensas (tomar um café, fazer pequenos intervalos)
c) Periodicidade
d) Estratégias (partir do geral para o particular; leitura de todo o material e depois
estudo cuidadoso por capítulos)
e) Organização de materiais (apontamentos, sublinhados, esquemas, resumos)
f) Revisão (ao longo do ensino da matéria e não estudar só na ultima semana
Cognitivista
• O conhecimento é aprendido
• As mudanças no conhecimento possibilitam mudanças no comportamento
• Acreditam que o reforço é importante: - Fonte de feedback sobre o que poderá
acontecer se os comportamentos forem repetidos (fonte de informação)
• As pessoas:
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Teorias Comportamentalistas
• Os objectivos de aprendizagem devem ser divididos em pequenas tarefas e reforçadas
uma a uma.
• Os operantes (conjunto de comportamentos) devem ser reforçados de modo a
incrementar a probabilidade da sua ocorrência futura. Neste processo é fundamental o
emprego apropriado das grelhas de reforço.
• A tarefa principal do professor é fazer emergir o comportamento apropriado utilizando
muitos estímulos de controlo.
• O professor deve definir previamente as respostas ou comportamentos desejados.
• “Os professores são arquitectos e construtores do comportamento do aluno”
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Abordagens Cognitivistas
Qual a diferença entre as abordagens cognitivistas e as comportamentalistas?
Diferem relativamente ao que é aprendido. Para ambas, o reforço é importante, mas por
diferentes razões.
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• Informação verbal
• Habilidades intelectuais
• Estratégias cognitivas
• Atitudes
• Habilidades motoras
Pressupostos básicos:
1. A necessidade de partir de objetivos claramente formulados
2. A necessidade de estabelecer uma ordem, uma sequência ordenada no ensino,
destinada a potenciar a consecução desses objetivos.
3. A necessidade de proporcionar algumas condições para a aprendizagem, que se
ajustem à natureza dos objetivos, tendo em conta:
• Características do aluno
• Domínio de capacidades subordinadas/prérequisitos do que vai ser aprendido
• Tipo ou modalidade de aprendizagem implicada
• Produtos ou resultados concretos que se pretendem
• Características da situação de aprendizagem
• Transferência
Ao mesmo tempo concede grande importância aos processos mentais ou encobertos que
subjazem a esta mudança comportamental
À medida que os alunos têm mais experiências, ditos acontecimentos tendem mais
frequentemente a serem proporcionados por eles próprios, em vez de geridos por agentes
externos.
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A observação desta conduta é o que autoriza a dizer que a informação foi processada e,
definitivamente, a afirmar que houve uma aprendizagem.
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Planear o Ensino
Definir os objetivos com rigor e detalhe:
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Exemplo: No início das suas atividades de trabalho, um aluno tem objetivos definidos como a
aquisição de conhecimentos, concretizar tarefas e ter uma boa avaliação final. Durante estas
atividades, o aluno observa, julga e reage às suas perceções de progresso face aos objetivos
inicialmente delineados.
Atenção: Existe uma seleção àquilo que prestamos atenção, e essa seleção é feita em função
das características do modelo
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Reforço vicariante ou indireto: Quando vemos que a outra pessoa obtém uma recompensa ao
realizar uma determinada ação
Quanto ao Ensino
Existem 4 aplicações a ter em conta da aprendizagem por observação:
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Autoeficácia
Expectativa de Eficácia: Crenças sobre o desempenho efectivo do comportamento necessário
para produzir um resultado
(Ex.: “Consigo praticar de forma suficientemente árdua para ganhar o próximo torneio de
ténis”)
Para tal é importante que sejam criadas oportunidades ao sujeito para que desenvolva as suas
competências.
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As expectativas, por si só, não permitem prever um desempenho adequado, sendo necessárias
as capacidades requeridas. Nas situações em que o sujeito possui as competências requeridas,
mas possui uma baixa expectativa de auto-eficácia, revela baixo empenho.
“[É] qualquer fator interno que inicia, dirige e sustém uma determinada conduta até atingir o
objetivo” (Oliveira & Oliveira, 1996)
É um processo que determina a conduta e que influi conjuntamente com outros processos
psicológicos (inteligência, aptidões e capacidades) na aprendizagem e no rendimento dos
sujeitos.
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A Motivação
Motivação extrínseca:
a) Tarefas rotineiras
b) Memorização por repetição
Motivação intrínseca:
Teorias
Aluno
• Fatores afetivos
• Fatores de personalidade
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• Fatores cognitivos
Professor
• A sua orientação
• As suas expetativas
• O seu sentido de eficácia
• O uso adequado das recompensas
Os pares
A estrutura da aula
• Aberta e flexível
Fontes de Autoeficácia
a) Realizações comportamentais: Experiências pessoais de competência adquiridas no
confronto com situações, que aumentam com o sucesso e diminuem com o fracasso.
c) Persuasão verbal: Informação sugerida por outra pessoa significativa, de que o próprio
é capaz de lidar de forma bem sucedida com a situação.
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Segundo Atkinson (1966) os sujeitos com elevado nível de sucesso distinguem-se pelas
seguintes características:
• Responsabilizam-se pelos resultados obtidos pelo seu esforço e vêem-se como pessoas
hábeis.
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Gerir a Ansiedade
• As diferentes estratégias podem ser importantes em diferentes momentos e ajustam-
se a diferentes pessoas e situações (Zeidner, 1995, 1998).
O papel do professor
• Possibilitar que os alunos estabeleçam de forma realista as metas e os objetivos a
conseguir.
• Fracasso à causa instável – controlável => crer que pode modificar o resultado.
Motivação e Afeto
• As competências sociais e emocionais e a autorregulação são críticas, tanto para o
nível académico como para o desenvolvimento pessoal.
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Autorregulação Sociomocional
• Processo através do qual crianças e adultos compreendem e gerem as suas emoções,
estabelecem e alcançam metas, sentem e mostram empatia pelos outros e
estabelecem, mantêm relações positivas, e realizam tomadas de decisão responsáveis.
• Para ilustrar essas estratégias importantes, o Collaborative for Academic, Social, and
Emotional Learning (CASEL) lista cinco habilidades e competências sociais e emocionais
fundamentais
Conflito
• É o resultado de divergências de interesses , objetivos e/ou opiniões entre pessoas ou
grupos.
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• O conflito deverá ser abordado de forma construtiva, num processo que resulte em
aprendizagem para uma convivência respeitosa e pacífica.
Visão Atual
• Os conflitos podem promover ideias inovadoras, uma vez que o desacordo aberto
pode proporcionar uma maior exploração de sentimentos, de valores, atitudes e
pontos de vista, favorecendo a expressão individual e a busca de melhores decisões.
Tipos de Conflitos
Conflitos Intrapessoais
a) Conflito Atração-Atração
A pessoa encontra-se perante dois objetivos ou situações atraentes e ao escolher uma,
terá que renunciar a outra, uma vez que as duas alternativas não podem ser realizadas
simultaneamente. É o conflito mais simples, em que teoricamente o indivíduo se
aproximará daquela que julgar estar mais perto, ou mais fácil de atingir.
b) Conflito Repulsão-Repulsão
A pessoa está colocada entre duas alternativas desagradáveis e tem dificuldade em
escapar, simultaneamente, das duas. Se não optar, implica automaticamente que
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qualquer das opções se imponha. Este tipo de conflito está relacionado com os valores
pessoais e com os comportamentos de que o indivíduo exige e teme de si mesmo.
Teoricamente este tipo de conflito é menos fácil de resolver do que o anterior.
c) Conflito Atração-Repulsão
A pessoa encontra-se perante dois aspetos da mesma situação e qualquer decisão que
tome terá vantagens e desvantagens. Este é dos conflitos mais comuns
Conflitos Interpessoais
a) Diferenças Individuais
As diferenças de idades, sexos, atitudes, crenças, valores e experiências contribuem
para que as pessoas vejam e interpretem as situações de múltiplas maneiras, criando
divergências de pontos de vista. Em casos onde se destaque a diferença individual as
situações de conflitos são inevitáveis
b) Limitações de Recursos
Nenhuma organização, grupo ou família possui todos os recursos de que necessita. Os
recursos financeiros, técnicos e humanos são limitados e por isso mesmo quando
distribuídos promovem a competição. Sempre que se resolve fazer uma partilha
equitativa surgem as divergências, por não se consegue agradar a todos de igual
forma.
c) Diferenciação de Papéis
Dificuldade em aceitar e respeitar os papéis desempenhados por cada pessoa em
determinadas situações.
Sintomas do Conflito
• Mau relacionamento entre grupos;
• Fuga ao contacto social;
• Vocabulário “nós” e “eles”;
• Olhar para o relógio;
• “Moral” em baixo;
• Discussões;
• Tensão “no ar”;
• Problemas entre pessoas;
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Expressões de um conflito
Os que têm origem em comportamentos não intencionais e inconscientes
Gestão de Conflitos
• “Ser capaz de constatar a existência do conflito é apenas parte do problema. Tem de
saber também a que ponto o conflito é grave e ser capaz de o gerir devidamente”
(Fraga, 1993, p. 69).
• Existem vários estilos de comportamentos com que uma pessoa ou grupo pode lidar
com o conflito. Estes estilos denominam-se de estratégias básicas para gerir uma
situação em que as partes consideram os seus interesses como incompatíveis
b) Desativar
• Parar ou suspender o conflito de forma a que os ânimos se acalmem;
• É uma forma de ganhar tempo;
• As pessoas tentam encontrar pontos de acordo nos pontos menores do
conflito, evitando assim os problemas maiores, de forma a obter mais
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• Envolver-se no confronto
a) Deve haver disponibilidade de ambas as partes para a resolução conjunta do
problema/conflito.
b) É fundamental que cada uma das partes diga concretamente o que a outra fez e
em que medida isso a afetou e o que gostaria que a outra parte fizesse para
resolver a situação.
• Escutar
a) As pessoas envolvidas no conflito devem escutar-se mutuamente;
b) Prestar atenção não só ao conteúdo da mensagem de cada uma das partes, mas
também aos sentimentos, às emoções nelas implicadas, assim como à linguagem
não-verbal e ao contexto em que a mensagem é dita.
• Resolver o problema/situação
a) As pessoas devem-se encorajar mutuamente no sentido de compreenderem as
implicações positivas de cada uma das soluções e expor todas as críticas e dúvidas
sugeridas por cada uma delas.
b) Após este período de apresentação das soluções, sua discussão e análise, há que
escolher uma delas, a que melhor satisfaça os interesses e as necessidades de
todos os implicados no conflito.
Do conflito à mediação
• Vivemos numa sociedade em constante mudança, este fator gera certos conflitos
entre pessoas.
• O problema surge apenas quando os indivíduos não são capazes de resolver entre si os
conflitos que vão aparecendo. Quando não se consegue evoluir no sentido de resolver
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Mediação de Conflitos
Mediação
• Torrego (2003) define mediação como “um método de resolução de conflitos em que
duas partes em confronto recorrem, voluntariamente, a uma terceira pessoa
imparcial, o mediador, a fim de chegarem a um acordo satisfatório” (p. 5).
O Papel do Mediador
• O mediador assume um papel de facilitador da comunicação para contribuir para o
êxito do processo de mediação.
• Não julga.
• Propõe procedimentos criativos na busca de soluções, mas não as soluções, pois isso é
encargo dos protagonistas em litígio.
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As Funções do Mediador
• Diminuir as hostilidades
• Melhorar a comunicação
• Aumentar a compreensão do conflito
• Redefinir o conflito
• Renovar as relações interpessoais
• Fomentar o pensamento criativo
• Desenvolver a cooperação para a obtenção de consenso
Conflito
• Reduz hostilidades;
• Procura soluções;
• Contempla objetivos a curto e a longo prazo;
• Ajuda a estabelecer limites;
• Permite a circulação de verdades múltiplas;
• Evita o fabrico de vencedores e vencidos;
• Vincula-se ao contexto.
Pessoas
• Promove a diversidade;
• Respeita a privacidade;
• Coloca a pessoa no centro;
• Responsabiliza os participantes,
• Promove a construção de grupo e de comunidade,
• Fortalece frente às adversidades, ajuda a pensar com autonomia;
• Confia nas potencialidades de todas as pessoas e desenvolve-as;
• Estimula a reconciliação;
• Reconstrói vínculos e estabelece novos laços.
Escuta Ativa
• A escuta ativa é uma das competências que contribui para uma comunicação de
qualidade e eficaz.
• A escuta ativa serve para compreender as duas partes implicadas e criar empatia.
• Fachada (2012) diz-nos que a escuta ativa implica a capacidade para relacionar a nova
informação com o que já é conhecido, a capacidade de compreensão, a capacidade de
análise e de síntese, bem como a capacidade de seleção e de informação.
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• Em geral, as pessoas são mais tentadas a defender o seu ponto de vista do que a
escutar os argumentos e os pontos de vista das outras pessoas.
• Atenção
a) Linguagem verbal
b) Linguagem não verbal
• Escuta ativa:
a) Expressar atenção: olhar, sorrir e dar sinais
b) Parafrasear
c) Questionar
d) Sintetizar
e) Feedback (dar opinião, responder, etc.)
Comunicação
Falar para o outro
• Concentrar-se no passado
• Discutir sobre o certo e o errado
• Procurar culpados
• Tirar vantagens
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• Concentrar-se no futuro
• Enfrentar o problema
• Esclarecer os interesses
• Criar opções
• São os alunos que, com a ajuda de um colega mediador, são orientados para resolver o
seu problema
• Mas quando as situações envolvem um ato criminal (e.g., roubo, possuir substâncias
psicoativas ou ter praticado um ato violento), não podem ser encaminhadas para este
processo de mediação.
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• É um bom comunicador.
SOCS
Conflitos
Inerente aos relacionamentos:
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Objetivos: mensuráveis
Posições
Nos discursos:
Interesses
Motivações internas
• As preocupações
• Os temores
• Os desejos
• As expectativas
Mediador
• Imparcialidade
• Neutralidade-Isenção
• Confidencialidade
• Empatia
• Auto-observação
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Mediados
• Informar abertamente
• Escutar atentamente
• Respeitar
• Estabelecer claramente
• As necessidades
• Criar opções
• Assumir responsabilidades
Mediação é
• Não adversarial
• Cooperativa
• Trabalha com pessoas
• Não impositiva
• Didáctica (capacita)
• Autocomposição
• Boa fé
• Respeito
Pré-Mediação
Objetivos:
• Depor adversidade
• Enfatizar cooperação
• Inserir respeito como modelo de relacionamento
• Procurar confiança das partes no procedimento
• Responsabilizar as partes pelo resultado
• Apresentação do procedimento
• Avaliação conveniência
Abertura da Mediação
• Apresentação
• Boas-vindas
a) agradecimento
• Esclarecimento regras:
a) Informação procedimento
b) Atuação do mediador
c) Responsabilidades dos mediados
• Dúvidas
• Convite a falar / escutar
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Escuta Ativa
• Sem pensamentos “parasitas”
• Sem associação a outros casos
• Sem concluir
• Sem pré-julgar
• Sem antecipar
• Respeitando: tempos – modos
• Atendendo ao que se diz e como se diz
• O que quer dizer com isso – que expressa
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