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Trabalh de Psicologia
Trabalh de Psicologia
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4
2. DESENVOLVIMENTO .............................................................................................................. 5
3. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 14
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1. INTRODUÇÃO
A metodologia adoptada para este trabalho está fundamentada em uma abordagem qualitativa, de
carácter descritivo e do tipo bibliográfico, isto é, foi realizado com base nas referências
bibliográficas.
O trabalho, está estruturado em três capítulos. O primeiro capítulo, contempla a parte introdutória
onde inclui os objectivos e a metodologia; o segundo capítulo, corresponde o desenvolvimento
onde são apresentados os diferentes conceitos e analisado o conteúdo relacionado ao tema; as
principais conclusões e referências bibliográficas estão apresentadas no terceiro e último capítulo.
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2. DESENVOLVIMENTO
Segundo Piaget (1973, p.67), Psicologia é a área da ciência que estuda a mente e
o comportamento humano e as suas interacções com o ambiente físico e social. A palavra
provém dos termos gregos psico (alma) e logía (estudo).
Do ponto de vista etimológico, isto é, do surgimento da palavra “psicologia”, ela vem do grego
“psyche” que significa alma, sopro ou espírito e da palavra “logo” que significa razão,
conhecimento, ou estudo. Estas duas palavras deram origem àquilo que nós designamos de
psicologia (Davidoff, 2001, p.94).
Por comportamento se entende aqui como sendo todos os actos observáveis no indivíduo ou no
animal incluindo a linguagem e por actividade mental entende-se todo o desencadeamento de
processos mentais tais como: a atenção, a percepção, a memória, o pensamento e outros.
Cada ciência diferencia-se da outra pelas particularidades do objecto de estudo. Assim, por
exemplo, a biologia tem por objecto de estudo os seres vivos (plantas, animais incluindo o
próprio homem), a geografia estuda a terra. (Davidoff, 2001, p.67).
No caso da psicologia, a questão da definição do seu objecto de estudo torna-se muito difícil
quando comparado com outras ciências e a compreensão do seu objecto de estudo depende da
forma como as pessoas que estão ocupadas com esta ciência concebem o mundo.
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A dificuldade na delimitação do objecto de estudo da psicologia reside no facto de que desde há
muito tempo os fenómenos que se relacionam com a inteligência humana sempre foram
considerados fenómenos particulares.
Estas três atitudes são tomadas com relação a natureza da própria mente ou seja como a psique é
vista e quanto à sua actividade.
A atitude ingénua baseia-se nas opiniões e crenças para compreender os fenómenos. Por
exemplo a crença de que a vida das pessoas é governada pelos espíritos dos nossos antepassados.
Essa crença faz com que as pessoas acreditem por exemplo que as almas dos mortos vagueiam
por entre os lugares escuros ou suspeitos e aparecem perante os nossos olhos em forma de fogo,
vento, vozes, etc., atormentando os vivos. Para acalmar os ânimos desses espíritos deve-se
praticar rituais próprios como por exemplo uma missa onde são evocados todos os espíritos dos
mortos (Mwamwenda, 2004, p.53).
Nesses rituais também se sacrificam animais e se derramam bebidas e realizam-se preces pedindo
tudo que é de bom para a vida e afastando o mal. A nossa cultura em geral está carregada de
crenças deste tipo. Esta forma de estar permite o indivíduo relacionar-se com o mundo e com os
fenómenos da natureza construindo a sua percepção sentimentos etc., em relação a eles. Neste
sentido o objecto da psicologia é o conhecimento intuitivo das pessoas. As vezes dizemos aquela
pessoa foi apossado por espíritos. Ela comporta-se assim porque tem espíritos.
A outra atitude que se pode tomar em relação ao objecto de estudo da psicologia é a atitude
artística. A atitude artística baseia-se na intuição e na representação. Os objectos da natureza
são vistos como tendo vida (Mwamwenda, 2004, p.53).
O artista Maconde que esculpe uma madeira da vida ao seu objecto. O pintor que pinta um
quadro também dá vida ao seu quadro. Fala com ele atribui acções a esse mesmo quadro.
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Aqui a psicologia tem como objecto analisar como as pessoas interpretam os fenómenos da
natureza tomando como base o facto de que os diversos objectos que circundam o homem podem
se lhes atribuir um sentido próprio.
A atitude científica baseia-se na reflexão e na investigação duma forma objectiva dos fenómenos
psicológicos usando a experimentação para colectar dados a serem analisados posteriormente. No
nosso caso devemos tomar uma atitude científica para compreender os fenómenos psicológicos.
(Mwamwenda, 2004, p.55).
Descrever
Uma das primeiras metas da psicologia é simplesmente para descrever o comportamento (Cruz &
Fonseca, 2002, p.73).
Explicar
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que contribuem para o desenvolvimento, personalidade, comportamento social e problemas de
saúde mental?
Ao longo da história da psicologia, muitas teorias surgiram para ajudar a explicar vários aspectos
do comportamento humano. Alguns exemplos de tais abordagens, incluindo condicionamento
clássico e teorias de fixação. Algumas teorias concentram em apenas um pequeno aspecto do
comportamento humano (conhecido como mini-teorias), enquanto outros servem como teorias
destinadas a explicar toda a psicologia humana. (Cruz & Fonseca, 2002, p.74).
Prever
A predição também pode permitir que psicólogos façam suposições sobre o comportamento
humano, sem necessariamente compreender os mecanismos subjacentes aos fenómenos.
Mudar
Finalmente, e talvez mais importante, a psicologia se esforça para mudar, influenciar ou controlar
o comportamento para realizar mudanças construtivas e duradouras na vida das pessoas (Cruz &
Fonseca, 2002, p.43).
Como aprendemos acima, os quatro principais objectivos da psicologia são: descrever, explicar,
prever e mudar o comportamento.
Em muitos aspectos, estes objectivos são semelhantes aos tipos de coisas que a pessoa
provavelmente faz todos os dias e como você interage com os outros.
Ao lidar com uma criança, por exemplo, que podemos fazer perguntas como "O que ele está
fazendo?" (Descrevendo), "Por que ele está fazendo isso?" (Explicando), "O que aconteceria se
eu responder desta forma?" (Previsão), e "O que eu posso fazer para levá-lo a parar de fazer
isso?" (Mudando).
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2.4. Psicologia como ciência da alma
A premissa de que a psicologia era o estudo da alma dominou todo o período que antecede o
estabelecimento da psicologia como ciência (Moreira, 2006, p.21).
Estamos a falar concretamente do período que vai até meados do século XIX. A convicção de que
o objecto da psicologia era a alma relaciona-se com a visão dos povos primitivos na qual havia
falta de distinção clara entre o corpo e a alma. Esta visão baseou-se fundamentalmente na
interpretação materialista primitiva (diferente do materialismo científico) dos fenómenos da vida
consciente tais como o sono, a morte e o desmaio (Moreira, 2006, p.23).
Os sonhos eram tidos como impressões da alma que deixavam o corpo durante o sono. A alma
era vista portanto como “sósia” do homem quer dizer, as necessidades de sobrevivência desta
eram as mesmas que as do homem.
No período seguinte, observou-se uma abordagem baseada no princípio da alma dando ênfase à
sua essência, estrutura e sua relação com o corpo.
Dos que mais se evidenciaram nestas concepções se destacam Platão (428/427-347 a.C.), com a
sua divisão da alma em três partes (alma intelecto, alma coragem, e alma sensual ou
concupiscência), Aristóteles (384-322 a.C.) que apoiando-se nas ideias de Platão seu mestre
introduz a ideia do estudo da alma usando métodos experimentais (observação) para descrever as
manifestações da alma. (Gerrig & Zimbardo, 2005, p.57).
As descobertas na medicina feitas por Herofilo Eresistatus (III a.C.) trouxeram novas abordagens
em torno do objecto de estudo da psicologia (Gerrig & Zimbardo, 2005, p.57).
Com a descoberta dos nervos e a distinção destes dos ligamentos e dos tendões permitiu o
conhecimento entre as funções psíquicas (sensações e movimentos) e o cérebro.
Por isso, considerava-se que as almas dos mortos constituíam as mesmas comunidades que as dos
vivos.
Alguns materialistas primitivos defensores deste ponto de vista foram Tales (VII-VI, a.C.),
Anaxímenes (V a.C.), Heráclito (VI-V a.C.). Estes materialistas primitivos, comparavam a alma
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com as três formas primitivas do mundo (água, ar e fogo). Desta forma, a alma era vista como um
órgão material que dá vida ao corpo e, por isso, guiado por um princípio material.
No século XVIII, surge uma nova época do desenvolvimento marcada pelo crescimento dos
estudos biológicos e psicológicos. Com estes desenvolvimentos a ideia da união entre corpo e
alma entrou em colapso dando lugar a ideia de que o corpo era uma máquina que se organiza de
acordo com os princípios da técnica e que para o seu funcionamento não precisava da alma.
(Calligaris, 2000, p.73).
Com o desenvolvimento da física, a psicologia encontra um suporte para o seu objecto de estudo.
Foi a partir da física (Weber e Fechner) que nasceu a psicologia como ciência. Segundo Cruz &
Fonseca, 2002). Os investigadores que utilizam o método científico fizeram com que a
experimentação se estendesse dos fenómenos exteriores aos processos mentais, de modo a que
estes fossem entendidos não como magia ou especulação intelectual, mas sim como
acontecimentos susceptíveis de serem medidos e avaliados.
A psicologia ganha cada vez mais corpo como ciência e não poderá nunca mais voltar à
psicologia introspectiva e à abstracção.
A Psicologia como ciência tem sua origem na primeira metade do século XIX, a partir dos
trabalhos dos grandes cientistas como o anatomista Ernest Weber, o fisiólogo Herman Von
Helmholtz, os psicólogos Wilhelm Wundt, John Watson, Jean Piaget e psicofisiologista I. Pavlov
outros (Vigotski, 1998, p.83)
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As pesquisas do século XIX procuraram formular teorias para explicar como os órgãos dos
sentidos captam as informações (cores, luzes, sons etc.) descobrindo também a determinação
exacta da quantidade de diferença que um ser humano é capaz de distinguir quando lhe pedem
para fazer a distinção entre dois pesos diferentes.
Foi precisamente John Watson que revolucionou o objecto de estudo da Psicologia. Ele advogou
a utilização de métodos objectivos como a observação, método experimental e testes para o
estudo do comportamento. Quanto ao objecto Watson defendia que a psicologia estudasse apenas
os comportamentos observáveis como respostas a estímulos externos e não o aspecto interior
subjectivo (Vigotski, 1998, p.90).
Em geral, o adulto ou a criança mais experiente fornece ajuda directa à criança, orientando-a e
mostrando-lhe como proceder através de gestos e instruções verbais, em situações interactivas.
Na interacção adulto-criança, gradativamente, a fala social trazida pelo adulto vai sendo
incorporada pela criança e o seu comportamento passa a ser, então, orientado por uma fala
interna, que planeja a sua acção. Nesse momento, a fala está fundida com o pensamento da
criança, está integrada às suas operações intelectuais.
Aspecto intelectual – é a capacidade de pensamento, raciocínio. Ex.: A criança de 2 anos que usa
um cabo de vassoura para puxar um brinquedo que está em baixo de um móvel.
Aspecto social – é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras
pessoas. Ex.: Quando em um grupo há uma criança que permanece sozinha.
Não é possível encontrar um exemplo “puro”, porque todos estes aspectos relacionam-se
permanentemente.
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Neste período, o que de mais importante acontece é o aparecimento da linguagem. Como
decorrência do aparecimento da linguagem, o desenvolvimento do pensamento se acelera. Neste
período, a maturação neurofisiológica completa-se, permitindo o desenvolvimento de novas
habilidades, como a coordenação motora fina – pegar pequenos objectos com as pontas dos
dedos, segurar o lápis correctamente e conseguir fazer os delicados movimentos exigidos pela
escrita segundo Piaget (1973, p.28).
Nessa idade a criança está pronta para iniciar um processo de aprendizagem sistemática. A
criança adquire uma autonomia crescente em relação ao adulto, passando a organizar seus
próprios valores morais. A grupalização com o sexo oposto diminui. A criança, que no início do
período ainda considerava bastante as opiniões e as ideias dos adultos, no final passa a enfrentá-
los.
É capaz de lidar com conceitos como liberdade, justiça, etc. É capaz de tirar conclusões de puras
hipóteses. O alvo de sua reflexão é a sociedade, sempre analisada como possível de ser reformada
e transformada. No aspecto afectivo, o adolescente vive conflitos.
A personalidade começa a se formar no final da infância, entre 8 a 12 anos. Na idade adulta não
surge nenhuma nova estrutura mental, e o indivíduo caminha então para um aumento gradual do
desenvolvimento cognitivo.
A Psicologia busca a compreensão acerca de como o ser humano cria a sua história, e o papel
do psicólogo é utilizar essa ciência para conduzir uma pessoa à autodescoberta, à compreensão
sobre as suas dificuldades e a forma com que se relaciona com o seu “mundo interior e exterior
(Piaget, (1973, p.78).
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3. CONCLUSÃO
Chegado ao fim deste trabalho, concluiu-se que a palavra psicologia significava estudo ou
conhecimento da alma. Ao longo do tempo, a palavra psicologia foi tendo vários significados de
acordo com o período e concepções doutrinárias da época. Assim sendo, as definições da
psicologia foram várias, algumas das quais tinham um carácter eminentemente subjectivo. Por
exemplo, alguns entendidos definiam a psicologia como sendo ciência da mente, da consciência,
e da experiência consciente.
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3.1. Referências bibliográficas
Cruz, V. & Fonseca, V. (2002). Educação Cognitiva e Aprendizagem. Porto: Porto Editora.
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