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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação À Distância (IED) - Tete

Trabalho-II

Abordagem da Importância dos Processos Cognitivos na Construção do Conhecimento

Manuela Manuel Lampene, 708212509

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Cadeira: Psicologia de Geral

1º Ano 2022

Tete, Maio, 2022


Classificação
Categorias Indicadores Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico (expressão
Conteúdo 2.0
escrita cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Recomendações de melhoria:

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Índice

1.Introdução ...................................................................................................................... 3

1.1.Objectivos ................................................................................................................... 5

1.1.1.Objectivo Geral .................................................................................................... 5

1.1.2.Objectivos Específicos...................................................................................... 5

1.2.Metodologias do Trabalho .......................................................................................... 5

2. Importância dos processos cognitivos na construção do conhecimento ....................... 6

2.1.Conceito básico ....................................................................................................... 6

2.1.1.Cognitivos ......................................................................................................... 6

2.1.2.Processos cognitivos ................................................................................................ 7

2.1.3. Competência cognitiva ............................................................................................ 8

2.1.4.Cognitiva e sua importância no processo ensino-aprendizagem .......................... 8

2.2.Perspectiva Psicolinguística ...................................................................................... 10

3.Conclusão ..................................................................................................................... 12

4.Referência Bibliográficas ............................................................................................. 13

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1.Introdução

A Psicologia adquire status de ciência no alvorecer da modernidade e busca a partir desse


momento histórico compreender as manifestações da alma ou psique, inerentes à vida mental
e emocional do ser humano, esta ciência representa um vasto campo de saberes a ser
explorado, abrangendo, especificamente, o desenvolvimento humano nos seus aspectos motor,
afectivo e cognitivo. As possibilidades do uso potencial de recursos cognitivos como
memorização, compreensão e reflexão, no processo ensino-aprendizagem, vê-se de maneira
interligada a componentes próprios de construção de competências cognitivas como
comparação e associação de conhecimento.

Apresente abordagem apresenta na tela da importância dos processos cognitivos na


construção do conhecimento, a psicologia para alcançar o status de ciência precisou romper
com suas raízes e utilizar métodos bem sucedidos nas ciências físicas e biológicas, a
psicologia cognitiva surgiu no fim da década de 1950 como oposição ao comportamentalismo
predominante no momento em que o Piaget e Vigotsky na década de 1960 o revolucionaram o
panorama científico com suas teorias sobre o desenvolvimento e a aprendizagem cognitiva
ainda relevante na actualidade interesse na cognição e nas habilidades cognitivas cresceu
exponencialmente.

A Psicologia tem como um de seus objectos de estudo a aprendizagem humana, ou seja, os


diversos factores que levam os “seres racionais” a apresentarem um comportamento que antes
não apresentavam.

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1.1.Objectivos

A seguir são apresentados os objectivos que permearão o desenvolvimento deste trabalho.

1.1.1.Objectivo Geral

 Compreender a diferença entre os vários ramos da Psicologia e suas aplicações.

1.1.2.Objectivos Específicos

 Conhecer os fundamentos da Psicologia;


 Impulsionar as ideias sobre o mundo psicológico;
 Identificar os princípios da teoria cognitivos na construção do conhecimento;
 Identificar os princípios da teoria de cognitivos na construção do conhecimento;
 Distinguir o objecto de estudo da teoria comportamentalista e de campo;
 Aplicar a ideia da teoria cognitivos na construção do conhecimento.

1.2.Metodologias do Trabalho

Para a concretização dos objectivos traçados foram desenvolvidas várias actividades que
descrevemos de forma sintética. A presente pesquisa possui carácter exploratório e é de
delineamento qualitativo. Neste sentido o presente trabalho apresenta a seguinte estrutura
temática, desenvolvimento em que resolveu-se com mais detalhes as questões ligados ao
tema, consideração final e por fim a bibliografia usada na elaboração do presente trabalho.
No âmbito geral, o presente trabalho esta estruturado em quatro (IV) fases, na fase apresenta
introdução, onde se aborda o panorama geral do trabalho, da qual se faz uma breve
apresentação dos objetivos em estudo, na segunda fase disserta a revisão da literatura,
consistindo assim a busca de informações ligadas à abordagem em estudo; na terceira
apresentam-se as conclusões e finalmente a quarta fase dá as referências bibliográficas.

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2. Importância dos processos cognitivos na construção do conhecimento

Em conformidade com Vygotsky (1991), advoga que a psicologia cognitiva surgiu no fim da
década de 1950 como oposição ao comportamentalismo predominante no momento. Piaget e
Vigotsky no início da década de 1960 o revolucionaram o panorama científico com suas
teorias sobre o desenvolvimento e a aprendizagem cognitiva ainda relevante na actualidade
interesse na cognição e nas habilidades cognitivas cresceu exponencialmente.

A aprendizagem é um processo cognitivo através do qual novas informações são adicionadas


ao conhecimento de um indivíduo, ou seja, um processo que resulta no conhecimento sendo
adquirido e um dos principais pontos de ligação entre a cognição e a aprendizagem é a
motivação.

2.1.Conceito básico

De acordo com Davidoff (2001), sustenta que o termo psicologia tem origem em duas
palavras gregas: psyché (alma) + logos (razão). De tal modo, a psicologia seria o estudo da
alma e essa alma ou espírito era concebida como a parte imaterial do ser humano e abarca o
pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e
percepção.

Para Wundt, o objecto de estudo da Psicologia era a experiência consciente imediata e


valendo-se da introspecção controlada.

2.1.1.Cognitivos

Na linha de raciocínio de Rego (1995),exorta que o termo cognitivo vem da raiz


latina cognoscere, que significa “conhecer”. Quando falamos de cognição, geralmente
fazemos referência a tudo o que está relacionado com o conhecimento e em outras palavras, a
acumulação de informações que adquirimos através da aprendizagem ou experiência.

De acordo com Moreira e Masini (1982,p.15), conceptualiza cognição é a capacidade de


processar informações através da percepção estímulos que recebemos através dos diferentes
sentidos, conhecimentos adquiridos através da experiência e nossas características pessoais,
que nos permitem integrar todas essas informações para avaliar e interpretar nosso mundo.
Em outras palavras, a cognição é a habilidade que temos para assimilar e processar as
informações que recebemos de diferentes fontes percepção, experiência e crenças.

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Cognição permite proporcionar um conhecimento psicológico e neuroanatômico para esses
estudos, que são importantes para compreender os processos mentais e como eles influenciam
nosso comportamento e emoções.

2.1.2.Processos cognitivos

As diferentes funções cognitivas desempenham um papel nesses processos: percepção,


atenção, memória, raciocínio e cada uma dessas funções cognitivas funcionam em conjunto
para integrar os novos conhecimentos e criar uma interpretação do mundo que nos rodeia.

a) A Percepção como processo cognitivo

A percepção cognitiva nos permite organizar e entender o mundo através de estímulos que
recebemos dos diferentes sentidos como a vista, a audição, o gosto, o cheiro e o tato estímulo
que percebe inconscientemente nossa posição no espaço e determina a orientação espacial e a
intercepção a percepção dos órgãos no corpo.

b) Atenção como processo cognitivo

O processo cognitivo que nos permite concentrar em um estímulo ou actividade para


processá-los mais profundamente depois. A atenção é uma função cognitiva fundamental para
o desenvolvimento de situações quotidianas, a percepção precisamos da atenção para focar em
um estímulo que nossos sentidos não alcançam à aprendizagem e processos complexos de
raciocínio.

c) A Memória como processo cognitivo

Em conformidade com Moreira e Masini (1982,p.15),ponderam que a memória é a função


cognitiva que nos permite codificar, armazenar e recuperar informações do passado. É um
processo básico para a aprendizagem, pois é o que nos permite criar um sentido de identidade.

d) O Pensamento como um processo cognitivo

O pensamento é fundamental para todos os processos cognitivos nos permite integrar todas as
informações recebidas e as relações estabelecidas entre os acontecimentos e conhecimentos.
Para isso, ele usa o raciocínio, a síntese e a resolução de problemas funções executivas.

e) A Linguagem como processo cognitivo

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De acordo com Moreira e Masini (1982,p.15), ressaltam que a linguagem é a habilidade para
expressar os pensamentos e sentimentos através da palavra falada. É uma ferramenta que
usamos para comunicar, organizar e transmitir informações que temos sobre nós mesmos e o
mundo. A linguagem e o pensamento se desenvolvem em conjunto e estão estreitamente
relacionadas.

f) A Aprendizagem como processo cognitivo

A aprendizagem é o processo cognitivo que usamos para incorporar novas informações a


nosso conhecimento prévio. A aprendizagem inclui elementos tão diversos como os
comportamentos ou hábitos, tais como escovar os dentes ou aprender a andar, e como realizar
essas acções através da socialização. Piaget se manifestaram sobre a aprendizagem cognitiva
como processo de informação, entrando em nosso sistema cognitivo e alterando (Moreira e
Masini, 1982, p. 15).

Os processos cognitivos podem ocorrer de forma natural ou artificial, consciente ou


inconsciente, mas geralmente são rápidos e funcionam constantemente sem a gente perceber.

2.1.3. Competência cognitiva

Em conformidade com Ramos e Pagotti (2008,p.24), ponderam que a competência cognitiva


é um dos factores ressaltados no mundo académico, e implica memorizar, comparar, associar,
classificar, interpretar, hipotetizar, julgar, enfim, compreender os fenómenos; o professor, na
medida em que prepara os alunos para o mundo académico, deveria estimular essa
competência.

2.1.4.Cognitiva e sua importância no processo ensino-aprendizagem

No entender de Bigge (1977), aborda níveis fundamentais de recursos cognitivos no processo


ensino-aprendizagem:

 Memorização;
 Compreensão;
 Reflexão.

Os objectivos de ensino as metas de aprendizagem e o modelo de avaliação escolar deverão


ter correlação com esses níveis de processos cognitivos para uma formação escolar que

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explore todo o potencial desses recursos para a aquisição ou construção de conhecimento, e
para uma formação crítica sobre a realidade e sobre esse conhecimento construído.

I. Memorização

De acordo com Bigge (1977), enaltece que o nível memorização, esteve por muito tempo
associado ao comportamentalismo que o definiu como capacidade das faculdades mentais
para reter conteúdos ou armazenar informações, alimentada por uma lógica educacional de
que a modificação do comportamento do aluno em situações de aprendizagem fortalecida pela
associação entre um estímulo e uma resposta adequada e devidamente observável ou medida
objectivamente, eram os objectivos da instrução.

II. Compreensão

Para Bigge (1977), focaliza que a compreensão combina dois processos complementares que
usam de maneira produtiva ideias gerais a fatos que as sustentem: perceber a relação entre
particulares e generalizações e ver o uso instrumental das coisas. Esse autor oferece o seguinte
exemplo para explicar compreensão.

III. Reflexão

Na linha de pensamento de Bigge (1977),advoga que o pensamento reflexivo é um nível


cognitivo mais elaborado que a compreensão, mesmo que dela se sirva como fonte de
princípios gerais utilizáveis em situações-problema, com o diferencial de que esses princípios
poderão ser, também, alvo de análise e revisão se apresentaram-se como convencionais
demais para resolver um problema não convencional um processo de ensino em nível de
reflexão.

O papel central no desenvolvimento cognitivo da criança e é por meio dela que as crianças se
tornam mais capazes de realizar acções e desenvolver projectos no seu contexto social.
Vygotsky (1991) pontua que um fator importante dessa flexibilidade da criança em utilizar a
fala para desenvolver suas tarefas é que ela é capaz de ignorar a linha directa entre o agente o
objectivo, envolvendo-se em vários actos preliminares, utilizando métodos instrumentais.

A comunicação está intrinsecamente ligada à história da humanidade e à construção dos


processos culturais, ou seja, as particularidades de cada cultura se deram através dos
processos de comunicação e perpetuação dos signos e símbolos dessa sociedade.

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A relação entre o uso de instrumentos e a fala afecta várias funções psicológicas, em
particular a percepção, as operações sensório-motor as e a atenção, cada uma das quais é parte
de um sistema dinâmico de comportamento. Pesquisas experimentais do desenvolvimento
indicam que as conexões e relações entre funções constituem sistemas que se modificam, ao
longo do desenvolvimento da criança, tão radicalmente quanto as próprias funções individuais
(Vygotsky, 1991, p. 24).

Para Vygotsky (1991),enfatiza que a utilização de signos conduz as pessoas a uma estrutura
específica do comportamento destacada do desenvolvimento biológico, criando novas formas
de processos psicológicos intrínsecos na cultura, o que nos auxilia a perceber uma nova
concepção sobre o processo de desenvolvimento psicológico humano, embasado na mediação
através dos signos.

O conhecimento, a linguagem e a construção social da criança ocorrem de forma mediada


através da linguagem, da cultura e da internalização dos signos (como a escrita), que atuam no
processo de desenvolvimento cognitivo infantil, bem como na evolução dos seus processos de
construção de memória, sem deixar de lado os factores biológicos dos seres humanos.

Para os gestaltistas, entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se
o processo de percepção. O que o indivíduo percebe e como percebe são dados importantes
para a compreensão do comportamento humano.

2.2.Perspectiva Psicolinguística

No alicerce de Lope (2008), frisa que para existir um consenso relativamente à possibilidade
de organização dos processos cognitivos inerentes à função leitora. A mais referida sugere
dois processos: processos de nível inferior, implicados na descodificação e processos de nível
superior implicados na compreensão

Como enaltece Bock (2002), o estudo da percepção é de extrema importância porque o


comportamento das pessoas são baseadas na interpretação que fazem da realidade e não na
realidade em si. Por este motivo, a percepção do mundo é diferente para cada um de nós, cada
pessoa percebe um objecto ou uma situação de acordo com os aspectos que têm especial
importância para si própria.

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Os experimentos com a percepção levaram os teóricos da Gestalt ao questionamento de um
princípio implícito na teoria behaviorista que há relação de causa e efeito entre o estímulo e a
resposta porque, para os gestaltistas, entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do
indivíduo, encontra-se o processo de percepção. Os processos cognitivos podem ocorrer de
forma natural ou artificial, consciente ou inconsciente, mas geralmente são rápidos e
funcionam constantemente sem a gente perceber.

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3.Conclusão

Diante do exposto permite concluir que cognitivismo surge como uma resposta a demandas da
Psicologia que se pretendia e ainda se pretende científica, deixando inegáveis contribuições à
Psicologia. Não obstante, ficamos claro que na teoria cognitiva os componentes mentais
próprios da competência cognitiva como: memorizar, comparar, associar, classificar,
interpretar, hipotetizar e julgar e esses componentes auxiliam enormemente no acto de
compreensão, mas também continuam seus efeitos no ato de reflexão, uma vez que vemos o
pensamento reflexivo apesar dele não ser similar ao pensamento por compreensão como um
desdobramento dos resultados do domínio de conceitos, o processo de percepção ocorre de
acordo com os seguintes princípios, a princípio da proximidade, princípio da semelhança,
princípio do fechamento, princípio da continuidade, princípio da pregnância e princípio da
unificação.

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4.Referência Bibliográficas

1. Braço, A. Domingos (2013). Psicologia de Desenvolvimento. Universidade Católica


de Moçambique;
2. Davidoff, Linda (2001). Introdução à Psicologia. 3 ed. São Paulo;
3. Moreira, M. A. (1999). Teorias da aprendizagem. São Paulo;
4. Piaget, J. (1990). Epistemologia Genética. São Paulo;
5. Rego, T. C. Vigotsky (1995). uma perspectiva histórico-cultural da educação. 8. ed.
Petrópolis;
6. Rego, T. Vygotsky (1995). uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis;
7. Silva, T. T. (1996).Identidades terminais: as transformações na política da pedagogia e
na pedagogia da política. Petrópolis;
8. Souza, Laruse (2009). Psicologia Geral. São Cristóvão: Universidade Federal de
Sergipe;
9. Vygotsky, Lev (1991). A formação Social da Mente. São Paulo.

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