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Guia de Clareamento Dental
Guia de Clareamento Dental
DE CLAREAMENTO DENTAL
Por Paulo Vinícius Soares
atuam como canais de comunicação com a dentina. Mais especificamente, tais trincas, estão intimamente relacionadas ao
estilo de vida do paciente, ansiedade, estresse, bruxismo do sono e em vigília (presente em 73% da população), doença
do refluxo gastro esofágico (49% dos pacientes que possuem DRGE, não sabem que possuem) e baixa qualidade de sono.
Logo a análise de trincas dentais é fundamental no diagnóstico pré clareamento (Figura 1). O selamento das trincas em
esmalte e dentina exposta é realizado pré clareamento com o protocolo descrito abaixo.
Mecanismo Físico
Profilaxia e inserção Mecanismo Químico
Laser de baixa Glutaraldeído Verniz Fluoretado
do fio afastador Nitrato de Potássio
potência
Etapa fundamental para o sucesso e 2 pontos em cada dente Aplicar gentilmente, com fio Aplicar gentilmente, com fio Aplicar gentilmente, sem fio
longevidade do tratamento. (1 ponto cervical e outro ponto no afastador inserido no sulco gengival, afastador inserido no sulco gengival, afastador, aguardar 2 minutos.
Consepsis Scrub, Ultrapak #000 ápice radicular), durante 5 a 10 minutos. Depois durante 30s. Depois remover Remover excessos.
1 Joule por ponto. remover excessos, lavar e secar. excessos, lavar e secar. Enamelast
Laser UltraEZ Gluma
Aplicar sobre dentina exposta hipersensível e esmalte vulnerável. Protocolo recomendado para casos clínicos de
hipersensibilidade dentinária e controle de permeabilidade de esmalte e dentina pré-clareamento dental.
Nota 2.
Outro fator importante para a sensibilidade pós-operatória vinculada ao clareamento dental, é a redução do pH do gel clareador, pois um
gel bastante ácido aumenta os fatores de permeabilidade e risco de sensibilidade. Deve-se preferir géis clareadores com pH neutro, como o
Opalescence Boost, que apresenta o maior pH do mercado. 3
No entanto, existe um outro fator com relação a dieta: ingerir bebidas ácidas e corrosivas durante o clareamento.
Estudos clínicos atuais demonstraram que o hábito de consumo de bebidas ácidas não influenciam no resultado estético
final do procedimento, mas aumenta significativamente o risco de sensibilidade pós operatória. Pelo fato de aumentar
a permeabilidade e rugosidade da superfície do esmalte, sendo essa rugosidade que favorece a impregnação extrínseca
da substância que possui corante. Logo, não deve-se preocupar com o corante, mas, sim, com a acidez dos alimentos.
Recomenda-se o controle deste hábito pré clareamento e durante a etapa clareadora.4-6
CLAREAMENTO DENTAL A LASER -
FATO OU FAKE?
Inicialmente, deve-se compreender que existem diferentes tipos de fontes de luz, com espectros diferentes, o LED, luz
violeta e o LASER; contudo não há evidência científica de melhoras nos resultados estéticos utilizando estas fontes de luz
durante o clareamento.4-6 A associação do laser de baixa potência pode reduzir a sensibilidade pós clareamento dental.7
1 Tixotropia para escoamento ideal na cobertura da superfície dental, evitando escorrer para áreas
não desejáveis, por exemplo, extravasamento da moldeira.
2 Coloração bem definida para o clareamento supervisionado pelo profissional, colaborando na
análise de escoamento do produto.
3 PH neutro. Evite utilizar géis clareadores com PH ácido.
4 Facilidade de aplicação e controle de permeabilidade.
5 Versatilidade de composição e concentrações permitindo individualização de protocolos.
Protocolo Recomendado
Recomenda-se o uso da técnica associada: Clareamento supervisionado pelo profissional (“clareamento profissional”)
e o Clareamento supervisionado pelo paciente (“clareamento caseiro”). O protocolo clínico para clareamento dental
recomendado está descrito abaixo.
Aplicar de acordo com as orientações Utilizar o clareador de acordo com o Aplicar de acordo com as orientações Varia de acordo com a necessidade
do fabricante. perfil do paciente. do fabricante *Facultativa de cada caso.
Opalescence Boost Opalescence PF ou Opalescence GO Opalescence Boost Opalescence PF ou Opalescence GO
O número de sessões clínicas e semanas no clareamento supervisionado varia de acordo com a demanda do paciente e
nível de escurecimento dental. O protocolo de clareamento deve ser individualizado. Este citado acima é uma sugestão,
podendo sofrer alterações de acordo com cada caso.
Referências:
1. Soares PV, Grippo JO. Lesões cervicais não cariosas e hipersensibilidade dentinária cervical: etiologia, diagnóstico e tratamento. 1. ed. São Paulo: Quintessence; 2017.
2. Soares PV, Machado AC and cols., Hipersensibilidade Dentinária: Guia Clínico. Ed Santos Pub, IK Publishing, São Paulo, 2019.
3. Soares PV, Reis BR. Efeito da acidez do gel clareador. Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, v. 15, n. 1, p. 18-20, jan./mar. 2019
4. Palo RM et al. Quantification of Peroxide Ion Passage in Dentin, Enamel, and Cementum After Internal Bleaching With Hydrogen Peroxide. Oper Dent, 2012, 37.
5. Geus JL et al. At-home vs In-office Bleaching: A Systematic Review and Meta-analysis. Oper Dent. 2016,41.
6. Matis BA et al. White Diet: Is It Necessary During Tooth Whitening? Oper Dent. 2015,43.
7. Aranha AC. Lasers na prática clínica diária – Guia Clínico. Ed Santos, 2021.