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1-Na antiguidade, um caso clássico que ilustra a gravidade dos problemas sanitários da época foi o

surgimento da peste bubônica em Roma em 150 d.C. Disserte sobre os motivos que levaram grandes
cidades ao colapso ambiental e social na Antiguidade e na Idade Média.

Desde as mais simples atividades humanas até as mais complexas, o lixo é produzido. Das partes não
aproveitáveis dos alimentos aos dejetos humanos, a coleta e destinação do lixo é uma questão séria que afeta
a civilização humana desde os seus primórdios. Na antiguidade, muitas cidades tiveram que ser abandonadas
devido às precárias condições de higiene geradas pela forma inadequada de destinação dos resíduos. Foi
assim que o homem aprendeu que a água suja e o acúmulo de lixo disseminam doenças, sendo necessário
desenvolver algumas técnicas para obter água limpa e livrar-se dos resíduos.
Antes de ruir, o Império Romano contava com um sistema de latrinas públicas com água corrente. A
disseminação delas era necessária não só para quem não as possuísse em casa, mas igualmente para os locais
de festividade e concentração pública. Dessa forma, Roma contava com um avanço sanitário muito
importante. Porém, a sua queda levou consigo muitos desses avanços, pois não houve a conservação dos
sistemas de canais de distribuição e escoamento, trazendo consequências graves para a saúde da população.
As novas regiões que foram surgindo, provocando o aumento rápido no número de cidades devido o êxodo
rural, preocupava-se apenas com a exploração intensiva e extensiva da terra. Entre os séculos XII e XIV, a
economia medieval vivenciou uma época de ascensão mediante a ampliação da oferta de gêneros agrícolas e
o desenvolvimento das cidades. A dinâmica que antes ordenava a Europa despontava para outras
possibilidades que incluíam o aquecimento das atividades comerciais, o afrouxamento das relações servis em
algumas regiões, a monetarização da economia e a consolidação de uma nova classe social pela burguesia.
Porém, um grave problema despontava nessas novas regiões: o eminente crescimento demográfico,
que passou a comprometer as condições mínimas de higiene e conforto, uma vez que essas cidades não
possuíam estruturas para abrigar toda a população de forma adequada, resultando na construção de moradias
muito próximas umas das outras. Os detritos oriundos das atividades humanas eram despejados nas estreitas
ruas, contaminando todo o ambiente, inclusive os rios, dos quais faziam a captação para uso próprio. Tal
prática causou a proliferação em massa de doenças como cólera, lepra e tifo em um período de grandes
epidemias. Na época, a peste negra, também chamada de peste bubônica, transmitida através da pulga de
ratos, infectou metade da população e dizimou cerca de 1/3 da população europeia em pouco tempo. Além
de causar tantas mortes, essa doença também foi responsável por um grande declínio populacional.
A morte de tanta gente acabou provocando um enorme desordenamento ao processo produtivo
daquela época. As atividades comerciais retraíram, bem como as propriedades feudais desaceleraram a sua
capacidade de produção. Temendo a escassez de alimento, que de fato aconteceu, vários nobres dificultaram
ao máximo a saída dos servos de suas propriedades. Nesse contexto de escassez e enrijecimento, as tensões
entre servos e nobres logo se evidenciaram, fazendo surgir os levantes organizados pela classe menos
favorecida. Essa instabilidade demonstrou que os antigos hábitos e instituições que definiam a ordem feudal
não mais se manteriam incólumes. Por tal razão, as últimas décadas do período medieval foram marcadas
por guerras, centralização do poder político e reorganização das atividades econômicas.
2-No Brasil, as questões ambientais começaram a ser tratadas com maior seriedade somente a partir
da década de 70. Em virtude de algumas ações e critérios estabelecidos, os problemas ambientais
diminuíram razoavelmente, se comparado a dez ou vinte anos atrás. No entanto, muitos problemas,
como o desmatamento e exploração desenfreada dos recursos naturais ainda persistem. Dentre as
soluções encontradas, podem ser citadas a criação de secretarias, órgãos fiscalizadores e de pesquisa,
assim como ministérios. De acordo com o exposto, cite e explique a função de pelo menos três
instituições colegiadas no âmbito de Brasil, e que são consultivas e deliberativas com relação às
questões ambientais.

Dentre os órgãos e autarquias responsáveis pelo gerenciamento ambiental no Brasil, podem ser
destacadas:
 Ministério do Meio Ambiente (MMA): autoridade máxima deliberativa e vinculada à Presidência
da República, o MMA foi criado em novembro de 1992, tendo como missão promover a adoção de
princípios e estratégias para o conhecimento, a proteção e a recuperação do meio ambiente, o uso
sustentável dos recursos naturais, a valorização dos serviços ambientais e a inserção do
desenvolvimento sustentável na formulação e na implementação de políticas públicas, de forma
transversal e compartilhada, participativa e democrática, em todos os níveis e instâncias de governo e
sociedade. Suas áreas de são: política nacional do meio ambiente e dos recursos hídricos; política de
preservação, conservação e utilização sustentável de ecossistemas, e biodiversidade e florestas;
proposição de estratégias, mecanismos e instrumentos econômicos e sociais para a melhoria da
qualidade ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais; políticas para a integração do meio
ambiente e produção; políticas e programas ambientais para a Amazônia Legal; zoneamento
ecológico-econômico. Este órgão desenvolve suas atividades por meio de políticas públicas e
programas e conta com o apoio de entidades vinculadas, como o IBAMA e o ICMBio, que atuam na
conservação da biodiversidade e na proteção da flora e da fauna brasileiras. É de responsabilidade do
MMA conhecer, proteger e recuperar o meio ambiente dentro do território brasileiro. A preservação
do meio ambiente no Brasil é regulamentada pela Política Nacional do Meio Ambiente (Lei
6.938/1981), que foi criada para preservar e melhorar a qualidade ambiental. Segundo essa lei, o
meio ambiente é patrimônio público e deve ser protegido, pois seu uso é coletivo. Isso quer dizer que,
cabe ao Estado brasileiro preservar as riquezas naturais e garantir que as pessoas possam usufruir da
natureza, tanto as gerações presentes quanto às futuras.
 Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (IBAMA): responsável pela fiscalização do
cumprimento das normas ambientais. O Ibama coloca-se hoje como uma instituição de excelência
para o cumprimento de seus objetivos institucionais relativos ao licenciamento ambiental, ao controle
da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, monitoramento e
controle ambiental. Tem como principais atribuições: Exercer o poder de polícia ambiental; Executar
ações das políticas nacionais de meio ambiente, referentes às atribuições federais, relativas ao
licenciamento ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos
naturais e à fiscalização, monitoramento e controle ambiental, observadas as diretrizes emanadas do
Ministério do Meio Ambiente; Executar as ações supletivas de competência da União, de
conformidade com a legislação ambiental vigente.
 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio): voltado mais ao
gerenciamento das Unidades de Conservação. Faz pesquisas e a gestão dessas áreas e também dos
seus recursos. Cabe ao Instituto executar as ações do Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(UC), podendo propor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar as UCs instituídas pela
União. Cabe a ele ainda fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e
conservação da biodiversidade e exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das Unidades
de Conservação federais.

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