Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho Sociologia Família
Trabalho Sociologia Família
Introdução:
Ao longo da história, o conceito de família tem evoluído como resposta às mudanças sociais,
culturais e políticas. Tradicionalmente vista como uma unidade composta pelo pai, mãe e filhos, a
família assumiu uma variedade de formas ao longo do tempo, refletindo a diversidade e
complexidade da sociedade contemporânea. Neste trabalho, exploraremos o conceito de família,
destacando os seus diferentes tipos e estruturas, desde a família nuclear até formas mais
contemporâneas, como famílias monoparentais, recompostas e homossexuais. Ao examinar essas
diversas configurações familiares, procuramos compreender como estas refletem as mudanças nos
valores, normas e relações sociais ao longo do tempo.
Rita:
1. Capa e Índice
Sofia:
Designa-se por família um grupo de indivíduos que se relacionam entre si, por laços que
podem ser de sangue, de casamento ou de adoção, que formam uma unidade económica e cujos
membros adultos são responsáveis pela criação das crianças. Como há uma grande diversidade de
família, devemos falar em famílias (no plural) e não em família.
Rita:
A família pode ser no que toca à sua dimensão ou número de membros, pode ser:
Família nuclear: constituída por dois adultos que vivem juntos no mesmo agregado com os seus
filhos biológicos e/ou adotados.
Família extensa: inclui parentes próximos além de um casal e dos seus filhos, que ou vivem na
mesma casa ou vivem numa relação contínua e estrita com os outros.
Família monoparental: Composta pelo pai ou pela mãe, que podem estar na condição de solteiros,
separados, divorciados ou viúvos, e pelos seus filhos biológicos e/ou adotados.
Família recomposta: é aquela em que pelo menos um dos adultos que tem um filho do matrimónio
anterior, podendo viver no seu seio do agregado familiar ou próximo.
Sofia:
Família homossexual: é constituída por dois adultos no mesmo sexo que podem ter adotado
crianças, uma vez que a lei já lhes dá esse direito.
União de facto: respeita duas pessoas que vivam maritalmente, mas que não oficializaram a sua
união pelo casamento.
3. Indicadores sociodemográficos e familiares
Rita:
A família era geralmente definida pela estrutura nuclear composta pelo pai, mãe e filhos,
seguindo padrões patriarcais onde o pai era a autoridade, o chefe da família, enquanto a mãe era
responsável pelos cuidados domésticos e pela educação dos filhos. De relembrar que às mulheres
estava ainda vedado o acesso a algumas carreiras, como a magistratura e a política, e profissões,
como, por exemplo, a de enfermeira, implicavam limitações dos seus direitos, como o próprio direito
de casar. Nos manuais escolares podia ler-se: “Na família, o chefe é o pai; na escola, o chefe é o
mestre; na igreja, o chefe é o padre; na Nação, o chefe é o governo”.
Sofia:
Para o Estado o único modelo de família aceite era aquele que resultava do casamento, onde
eram celebrados na igreja Católica e deveriam ser vitalícios. As relações familiares eram fortemente
influenciadas pela religião e pela moralidade tradicional. E, uma vez casados catolicamente, o
casamento seria indissolúvel.
O casamento deixou de ser visto como uma união indissolúvel ou um compromisso que teria
de ser mantido para sempre. O divórcio, proibido em Portugal até 1974, passou a ser preferível às
situações de infelicidade e violência vividas em muitos casamentos. Passando a ser entendido como
um alicerce da união, amor e felicidade entre duas pessoas e não como uma obrigação.
A figura do pai, enquanto chefe de família que possuía toda a autoridade no seio da família,
alterou-se mediante a aquisição de direitos de igualdade pelas mulheres e a sua entrada massiva no
mercado de trabalho, trazendo uma igualdade de papéis familiares entre homem e mulher.
Rita:
Hoje em dia, as famílias podem assumir diversas formas, incluindo famílias monoparentais;
famílias recompostas; famílias adotivas; e famílias homossexuais. Os modos de vida familiares atuais
são, portanto, marcados pelo valor da igualdade entre heterossexuais e homossexuais.
A coabitação já não é encarada como uma opção moralmente reprovável na maioria dos meios
sociais.
6. Entrevista
Sofia- Olá, bom dia! Nós somos alunas da Escola Secundária Camilo Castelo Branco e no
âmbito da disciplina de sociologia, foi-nos solicitado a realização de uma entrevista. A entrevista
tem como tema a família antes, e após o 25 de Abril. Gostaria de nos ajudar e responder a umas
pequenas questões, por favor? Permite que seja gravada tanto a sua cara como a voz? Isto vai só
vai aparecer em turma.
Vóvó- Bom dia meninas, eu posso responder mas não queria, por razões de privacidade,
que a minha cara aparecesse, mas a voz sim claro.
1. Como descreveria o papel tradicional dos membros da família antes do 25 de abril? Havia
uma clara divisão de papéis entre homens e mulheres?
Resposta: Antes do 25 de abril, era tudo muito tradicional. Os homens trabalhavam fora e as
mulheres ficavam em casa a tratar das coisas da casa e dos filhos.
2. Como era a estrutura familiar típica na sua região naquela época?
Resposta: Na minha terra, as famílias eram todas mais ou menos iguais. O pai a trabalhar, a mãe em
casa e os filhos a estudar ou a ajudar nas tarefas.
Resposta: O 25 de abril mexeu com tudo, até nas famílias. As conversas à volta da mesa mudaram,
começaram a discutir-se mais coisas, especialmente sobre igualdade e liberdade.
4. Antes do 25 de abril, havia uma pressão social para seguir um modelo específico de família,
como casamento e filhos?
Resposta: Ah, antes do 25 de abril, havia uma pressão danada para seguir o modelo tradicional de
família, sim. Era como se fosse a única opção que a sociedade aceitava sem fazer muitas perguntas,
sabes? Casamento, filhos, essa era a norma, e quem fugisse muito disso, às vezes, acabava olhado de
lado. Era um tempo diferente, não como hoje, onde as coisas são mais abertas e aceitam-se mais
formas de viver a vida.
5. Houve mudanças na autoridade nas famílias após o 25 de abril? Em caso afirmativo, quais
foram essas mudanças?
Resposta: Depois do 25 de abril, os papéis dentro de casa também mudaram um bocado. O pai já
não era o dono absoluto, havia mais respeito pelos outros membros da família.
6. Como foram afetados os relacionamentos entre diferentes gerações nas famílias após o 25
de abril?
Resposta: As relações entre gerações melhoraram. Os mais velhos começaram a ouvir mais os mais
novos, e estes sentiram-se mais à vontade para dizer o que pensavam.
7. Houve um aumento na liberdade individual nas famílias após a Revolução dos Cravos?
Resposta: Depois da revolução, sentíamos que podíamos ser mais nós próprios dentro de casa. As
regras antigas foram-se suavizando e havia mais espaço para sermos quem éramos.
8. Qual foi a reação das famílias à ideia de igualdade de género e direitos das mulheres após o
25 de abril?
Resposta: A ideia de que homens e mulheres deviam ter os mesmos direitos foi bem aceite na minha
família. Mas nem toda a gente pensava assim na altura.
9. Você notou mudanças nos valores familiares e na forma como as famílias eram estruturadas
após a Revolução dos Cravos?
Resposta: As famílias mudaram, sim. Havia mais abertura para discutir temas antes tabu, como
política e liberdade. Os valores democráticos começaram a ganhar terreno lá em casa.
10. Como a abertura política e social após o 25 de abril afetou as relações familiares em termos
de comunicação e expressão de opiniões?
Resposta: As famílias mudaram, sim. Havia mais abertura para discutir temas antes tabu, como
política e liberdade. Os valores democráticos começaram a ganhar terreno lá em casa.
11. Que impacto teve a melhoria das condições económicas e sociais após o 25 de abril nas
famílias?
Resposta: Com a melhoria das condições de vida, as famílias respiraram um bocado de alívio. Havia
mais oportunidades de trabalho e acesso a coisas que antes eram um luxo.
Sofia:
7. Conclusão