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Aborto - e - Suas - Consequencias Atualizado
Aborto - e - Suas - Consequencias Atualizado
Aborto - e - Suas - Consequencias Atualizado
Discentes:
Alexia Jose Simbi
Dércio Da Michaela Mahando
Dorteia Romeu
Mustafa Manuel
Nelson Manuel Rui
Silvia Elias Caetano
Docentes:
Dr. Dércio Constantino
MSc. Piedade Mussiviha
Discentes:
Dorteia Romeu
Mustafa Manuel
Objetivos: ................................................................................................................................ 1
Metodologia ............................................................................................................................ 1
Conclusão ................................................................................................................................... 6
Bearak (2017), O aborto é um tema complexo e controverso que desperta intensos debates em
diversos setores da sociedade. A discussão em torno do aborto envolve questões éticas, morais,
religiosas, sociais e de saúde pública, tornando-se um tema de grande relevância para a
compreensão da dinâmica social e das políticas públicas.
A importância de estudar o aborto e suas consequências reside no impacto profundo que essa
prática pode ter na vida das mulheres, das famílias e da sociedade como um todo. É fundamental
compreender os motivos que levam as mulheres a considerar o aborto, bem como as
consequências físicas, psicológicas, sociais e culturais dessa decisão.
Além disso, o estudo do aborto também é essencial para a formulação de políticas públicas mais
eficazes no campo da saúde reprodutiva, visando garantir o acesso a métodos contraceptivos
seguros, informação adequada e apoio às mulheres que enfrentam gravidezes indesejadas.
Objetivos:
Gerais
Específicos
Metodologia
1
Conceito de Aborto
O aborto é a interrupção da gravidez antes que o feto possa sobreviver fora do útero, seja por
meios naturais (aborto espontâneo) ou induzidos (aborto provocado). O aborto provocado pode
ser realizado de forma legal em alguns países, quando realizado por profissionais de saúde
qualificados e em condições adequadas, ou de forma ilegal, quando realizado em condições
precárias e sem assistência médica adequada. (WHO, 2012).
Tipos de Aborto
ACOD (2019), diz que existem três principais tipos de aborto:
1. Aborto Espontâneo
Aborto seguro
Ao longo deste kit de ferramentas, usamos o termo aborto seguro para referir a
gravidezes que são interrompidas usando um método reconhecido como seguro pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso inclui abortos que são realizados com a
assistência de um(a) profissional de saúde formado(a) – numa unidade sanitária limpa
e bem equipada – usando técnicas modernas apropriadas descritas acima, seja D&E ou
AM. Isso também inclui abortos auto-induzidos usando o regime correcto de
medicamentos de AM, de acordo com os parâmetros de elegibilidade correctos.
Portanto, os serviços de aborto seguro podem ser obtidos numa unidade sanitária a partir
de provedores formados e cuidadosos, bem como através de informações precisas sobre
o uso de comprimidos para o efeito fora de uma unidade sanitária.
2. Aborto Induzido
É aquele realizado de forma deliberada, seja por motivos médicos, sociais ou pessoais,
e pode ser classificado em:
2
Aborto Medicamentoso: Feito através do uso de medicamentos, como o misoprostol e
o mifepristone, para induzir a expulsão do embrião ou feto.usa medicamentos para
provocar o esvaziamento do conteúdo do útero. Existem duas opções de medicamentos
que podem ser usados: uma combinação de mifepristona e misoprostol; ou misoprostol
isolado. Os comprimidos causam cólicas e sangramento, como no caso de um aborto
espontâneo. É um procedimento muito eficaz e tem um baixo risco de complicações.
Complicações resultantes de AM ou aspiração intra-uterina são raras, mas podem
incluir sangramento intenso e infecção. Se isso ocorrer, a pessoa deve procurar ajuda
numa unidade sanitária imediatamente, (ACOD, 2019).
Aborto Cirúrgico: Envolve procedimentos realizados por um profissional de saúde para
remover o embrião ou feto do útero. Pode incluir a aspiração a vácuo (ASPI) e a
dilatação e curetagem (D&C).
3. Aborto clandestino
Os tipos de aborto clandestinos podem variar de acordo com o contexto cultural e social de cada
região, mas alguns métodos são comuns em muitos lugares onde o aborto é ilegal ou altamente
restrito. Exemplos:
Aborto por métodos inseguros: Este tipo de aborto é frequentemente realizado com o uso de
objetos pontiagudos ou não esterilizados para introduzir no útero, na tentativa de interromper a
gravidez. Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre aborto inseguro mostra
que métodos como a introdução de objetos no útero representam uma parte significativa dos
casos de aborto inseguro em todo o mundo (OMS, 2011).
Situações que podem levar a um aborto inseguro:
3
Aborto por ingestão de substâncias tóxicas: Mulheres podem ingerir substâncias nocivas,
como produtos químicos domésticos ou medicamentos não aprovados, na esperança de
induzir o aborto. Um estudo realizado pela Guttmacher Institute estimou que cerca de 8%
dos abortos inseguros em países onde o aborto é restrito são realizados com o uso de
substâncias tóxicas (Sedgh et al., 2016).
Aborto por automedicação: Mulheres podem tentar induzir o aborto usando
medicamentos sem prescrição médica, cuja eficácia e segurança não são garantidas. A
automedicação para aborto é comum em muitos países onde o aborto é ilegal ou
altamente restrito, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS,
2011).
Aborto por métodos tradicionais : Alguns métodos tradicionais, baseados em crenças
culturais ou folclóricas, podem ser perigosos e ineficazes. (Cok et al., 2017).
Consequencias do aborto
Consequências do aborto inseguro
Quando as pessoas não têm acesso ao aborto seguro ou quando outras barreiras, como o
estigma, atrapalham, elas podem buscar opções inseguras. Abortos inseguros podem ter
consequências, incluindo: Morte, Lesão e Criminalização.
Consequências físicas do aborto
As consequências físicas do aborto podem variar dependendo do método utilizado e das
condições em que é realizado. Alguns estudos indicam que o aborto seguro, realizado por
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profissionais de saúde qualificados e em condições adequadas, geralmente não apresenta
complicações graves. No entanto, o aborto inseguro, realizado em condições precárias e sem
assistência médica adequada, pode estar associado a complicações físicas, tais como
hemorragia, infecção, lesões nos órgãos reprodutivos e até mesmo a morte. (Moler et al., 2014).
Consequências psicológicas
As consequências psicológicas do aborto podem variar de mulher para mulher e são
influenciadas por diversos fatores, como o contexto social, cultural, emocional e a experiência
individual. Alguns estudos sugerem que algumas mulheres podem experimentar sentimentos de
arrependimento, tristeza, culpa ou ansiedade após o aborto, enquanto outras não relatam
efeitos negativos significativos em sua saúde mental. (Charles et al., 2008).
Consequências sociais e culturais do aborto
As consequências sociais e culturais do aborto podem variar significativamente dependendo do
contexto cultural, político e social de cada país. Em muitas sociedades, o aborto ainda é um
tema tabu e é cercado por estigmas e preconceitos. Para Norris (2011), Algumas das
consequências sociais e culturais do aborto incluem:
Estigma Social: Mulheres que optam pelo aborto podem enfrentar estigma social e
discriminação, sendo julgadas por sua decisão.
Pressão Familiar
Impacto na Relação com o Parceiro: O aborto pode ter um impacto significativo na
relação entre a mulher e seu parceiro, podendo levar a conflitos e tensões no
relacionamento.
Questões Éticas e Religiosas: O aborto muitas vezes levanta questões éticas e
religiosas complexas, especialmente em sociedades onde o aborto é considerado
moralmente errado.
Alternativas para não realização do aborto
Segundo Bearak (2017), diz o seguinte:
Existem diversas alternativas para que não aconteça o aborto, que visam prevenir a gravidez
indesejada e oferecer suporte às mulheres que enfrentam dificuldades durante a gestação.
Algumas alternativas incluem:
1. Educação sexual: Programas de educação sexual que fornecem informações precisas
sobre contracepção, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e
relacionamentos saudáveis podem ajudar a prevenir gravidezes não planejadas.
2. Acesso à contracepção: Garantir o acesso fácil e acessível a métodos contraceptivos
eficazes pode reduzir significativamente o número de gravidezes não planejadas e,
consequentemente, a necessidade de aborto.
3. Aconselhamento e apoio às mulheres grávidas: Oferecer aconselhamento e apoio
emocional, financeiro e prático às mulheres grávidas pode ajudá-las a levar a
gravidez a termo, mesmo em situações difíceis.
4. Adoção: Para mulheres que não desejam ou não podem criar um filho, a adoção é
uma alternativa que permite que a criança seja criada por uma família que deseja ter
um filho.
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Conclusão
Para OMS (2011), Foi destacado que o aborto pode ser realizado de forma segura e legal em
alguns países, em condições adequadas e com assistência médica qualificada, o que contribui
para a redução dos riscos à saúde da mulher. No entanto, em contextos onde o aborto é ilegal
ou altamente restrito, as mulheres recorrem a métodos clandestinos e inseguros, aumentando os
riscos de complicações e morte.
Além disso, foram apresentadas alternativas ao aborto, como a educação sexual abrangente, o
acesso à contracepção, o apoio às mulheres grávidas e a adoção, que podem ajudar a prevenir
gravidezes não planejadas e oferecer suporte às mulheres que enfrentam dificuldades durante a
gestação.
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Referências Bibliográficas
Bearak, J. M., Burke, K. L., Jones, R. K. (2017). Disparities and change over time in distance
women would need to travel to have na abortion in the USA: a spatial analysis. BMJ
Open.
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Gravidez. Recuperado em: http://www.wlsa.org.mz/wp-content/uploads/2014/02/Lei-
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Norris, A., Bessett, D., Steinberg, J. R., Kavanaugh, M. L., De Zordo, S., & Becker, D. (2011).
Abortion stigma: a reconceptualization of constituents, causes, and consequences.
Women’s Health Issues.
Say, L., Chou, D., Gemmill, A., Tuncalp, O., Moller, A. B., Daniels, J., … & Alkema, L. (2014).
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Charles, V. E., Polis, C. B., Sridhara, S. K., & Blum, R. W. (2008). Abortion and long-term
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Gerdts, C., Dobkin, L., Foster, D. G., & Schwarz, E. B. (2016). Side effects, physical health
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pregnancy. Women’s Health Issues.
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