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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAVIP WYDEN

MEDICINA VETERINÁRIA

ESPOROTRICOSE

ZOONOSE E SAÚDE PÚBLICA

CARUARU

2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAVIP WYDEN

MEDICINA VETERINÁRIA

ESPOROTRICOSE

ZOONOSE E SAÚDE PÚBLICA

Revisão de Literatura entregue para obtenção de


nota complementar da disciplina de Zoonose e
Saúde Pública.

Discentes: Andrey Fillipe França Sousa; Karem


Yonara de França da Silva; Laryssa Giovanna
Ramos Souza; Maurício Barbosa da Silva Júnior;
Mylena Santos Amaral de Melo.

Orientador: Prof. Dr. Francisco Feliciano da Silva


Júnior.

CARUARU

2023
Sumário
Esporotricose ..................................................................................................................... 4
INTRODUÇÃO E EPIDEMIOLOGIA ................................................................................ 4
TRANSMISSÃO ............................................................................................................... 4
SINTOMAS....................................................................................................................... 4
PREVENÇÃO ................................................................................................................... 4
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 5
Esporotricose
MELO, MYLENA.S.A., SOUZA, LARYSSA.G.R., SILVA JÚNIOR, MAURÍCIO.B., SOUSA,
ANDREY. F. F., SILVA, KAREM.Y.F.

INTRODUÇÃO E EPIDEMIOLOGIA
A esporotricose é uma micose, de caráter zoonótico, causada pelo complexo de
fungos do gênero Sporothrix, os quais são termodimórficos e saprófitos, tendo alta
adaptabilidade no meio ambiente e estando presentes em solos, matérias orgânicas em
decomposição, plantas, espinhos etc. A doença é de maior ocorrência em regiões de clima
tropical e subtropical. Contudo, é relatada em todos os continentes e há registro de regiões
endêmicas, com diversos casos relatados por toda América Latina, sendo considerada a
micose subcutânea mais importante nesta região. Apesar da maior ocorrência em felinos,
a doença também afeta outras espécies como os cães, equinos, bovinos e os seres
humanos. A enfermidade tem tido extrema importância no estado de Pernambuco, pois
desde o ano de 2016 os casos têm aumentado consideravelmente e por este motivo, foi
adicionada a lista de agravos de notificação compulsória do estado (BRIZENO, et al., 2020;
REZNIK, 2022).
TRANSMISSÃO

A transmissão da doença se dá principalmente através de arranhaduras e


mordeduras de animais infectados, pois a inoculação do fungo na pele ocorre durante o ato
traumático. A enfermidade já foi considerada uma doença ocupacional, em que os
acometidos a contraiam ao entrar em contato com solo e plantas contaminados. Atualmente
a maior parte dos casos de esporotricose relatados em humanos tem o felino doméstico
como fonte de infecção, pois a doença é bastante disseminada entre a população felina,
devido aos seus hábitos naturais de arranhar, escalar em árvores, cavar etc.
(GONÇALVES, et al., 2019; CONGRESSO BRASILEIRO INTERDISCIPLINAR EM
CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 2021).

SINTOMAS
Em seres humanos, lesões cutâneas são encontradas, ocorrendo geralmente nas
mãos, braços e face. Nódulos subcutâneos também são de comum ocorrência e podem
ulcerar, formando feridas de cicatrização lenta.
Alguns pacientes apresentam sintomas sistêmicos, como febre, mal-estar generalizado e
disfunções respiratórias, especialmente em casos mais graves. Nos animais. os sinais mais
frequentes são as lesões cutâneas, que se iniciam como pequenas feridas ou nódulos na
pele e evoluem para úlceras e abscessos com secreção serossanguinolenta.
Em alguns casos, podem ser observados claudicação, inchaços articulares,
linfadenomegalia e, embora raros, sintomas respiratórios e conjuntivais também podem
ocorrer (ROCHA, 2021; ROSSATO, 2017).
PREVENÇÃO
A principal medida de prevenção consiste em evitar o contato direto com fungo.
Veterinários e o público em geral devem ter cuidado ao lidar com gatos, especialmente
aqueles que aparentam estar infectados. As pessoas podem contrair a enfermidade por
meio de animais infectados, mesmo que estes não os arranhem ou mordam. Deve-se limitar
o contato entre gatos domésticos e selvagens e é importante utilizar luvas e roupas de
mangas longas em atividades que envolvam o manuseio de solo e plantas, bem como o
uso de calçados adequados. Além disto, animais com suspeita da doença não devem ser
abandonados e recomenda-se a incineração dos corpos dos infectados, afim minimizar a
contaminação do meio ambiente (PERNAMBUCO, 2021; CDC, 2020).
REFERÊNCIAS
BRIZENO, Mayza Costa; SILVA, Eliete Cavalcanti da; BASSOLI, Ariene Cristina Dias
Guimarães. O PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA DA ESPOROTRICOSE FELINA NO
ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL: uma revisão narrativa / the public health problem
of feline sporotrichosis in the state of pernambuco, brazil. Brazilian Journal Of
Development, [S.L.], v. 6, n. 12, p. 93845-93855, 2020. Brazilian Journal of Development.
http://dx.doi.org/10.34117/bjdv6n12-011.
CDC. Sporotrhix brasiliensis. 2020. Disponível
em: https://www.cdc.gov/fungal/port/sporotrichosis/brasiliensis.html.
CONGRESSO BRASILEIRO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 2., 2021,
S.L. ESPOROTRICOSE NO CONTEXTO DA SAÚDE ÚNICA. Online: Anais, 2021. 6 p.
GONÇALVES, Juliana; GREMIÃO, Isabella; KÖLLING, Gabrielle; DUVAL, Andressa;
RIBEIRO, Paulo. ESPOROTRICOSE, O GATO E A COMUNIDADE. Enciclopédia
Biosfera, [S.L.], v. 16, n. 29, p. 769-787, 30 jun. 2019. Centro Científico Conhecer.
http://dx.doi.org/10.18677/encibio_2019a62.
PERNAMBUCO, Vigilância em Saúde de. Boletim Epidemiológico Esporotricose
Animal | Nº 01/2021. 2021. Disponível
em: https://www.cievspe.com/_files/ugd/3293a8_e18537b8c56f46f180e437d6b3956cd5.p
df.
REZNIK, Alec Utida. Esporotricose felina. 2022. 21 f. Tese (Doutorado) - Curso de
Medicina Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade “Júlio
de Mesquita Filho”, Botucatu, 2022. Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/239203/reznik_au_tcc_bot.pdf?sequen
ce=6&isAllowed=y.
ROCHA, A.N.S. Aspectos clínicos e citológicos de esporotricose conjuntival primária
em felinos domésticos. 2021. 41 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Medicina
Veterinária, Programa de Pós-Graduação em Medicina, Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Recife, 2021.

ROSSATO, L. Sporothrix braziliensis: aspectos imunológicos e virulência. 2017. 138


f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciências Farmacêuticas, Área de Fisiopatologia,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.

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