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3 APOSTAS

PARA 2024

Atualização em: janeiro/2024


INTRODUÇÃO

Talvez a melhor palavra para categorizar o ano de 2023 no mercado cripto seja
“cicatrização” — diante da inesgotável sequência de notícias ruins em 2022.

Apesar de termos sentido um marasmo em relação ao mercado cripto durante boa parte
do ano, quando olhamos para trás vemos que houve, de fato, uma melhora gradual em
diversas frentes. A economia mundial está se ajustando positivamente, a narrativa de
investimentos se fortaleceu — e continua se fortalecendo — ao redor do BTC, e muitos
protocolos cripto tiveram ou estão planejando atualizações importantes que visam
assentar o terreno para a próxima onda de adoção do mercado.

O ano de 2024 virá com um enorme potencial, com o possível ETF do BTC e do ETH
sendo aprovado nos EUA logo em janeiro, bem como o grande investimento em
infraestrutura, puxando uma possível retomada do mercado.

Por isso, é importante estarmos preparados nos posicionando em ativos que capturam
esta nova etapa do mercado.

Para fazer esta escolha, desenvolvemos a premissa de escolher uma aposta de alto
risco, uma de médio risco e uma de baixo risco — diversificando nossa exposição e
nossas teses em narrativas e setores diferentes, como se estivéssemos montando um
portfólio com esses ativos.

Sem mais delongas, vamos ao que interessa!

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Lido Finance (LDO)

Nossa primeira aposta, sendo a de baixo risco, é a Lido Finance. O racional desta
escolha é por ela ser a melhor forma de se expor ao ecossistema da Ethereum. Assim,
se o ecossistema da Ethereum crescer, a Lido certamente se beneficiará disso por
oferecer a estrutura base do protocolo, que é o Staking.

O Staking da Ethereum cresceu muito ao longo de 2023, como podemos observar no


gráfico abaixo:

Este crescimento deve continuar, pois como podemos observar no próximo gráfico, o
Staking ratio — a porcentagem de tokens nativos da rede travados para assegurar a
blockchain — da Ethereum ainda está abaixo de outras plataformas de contratos
inteligentes que se baseiam no consenso Proof-of-Stake.

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Acreditamos que o ponto de equilíbrio do Staking ratio da Ethereum seja acima dos
40%, e que este número deve ser alcançado ao longo de 2024 — ou seja, há muito
espaço de crescimento para a Lido.

Além diso, a Lido possui vantagens competitivas muito fortes e já é dominante no setor
de Staking da Ethereum, com mais de 30% de participação de mercado.

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Diferentemente de uma solução de segunda camada, por exemplo, que possui uma
dinâmica competitiva muito forte entre Optimism (OP), Arbitrum (ARB) e Polygon (MATIC),
a Lido está num oceano azul em termos de competição.

Sendo assim, se o ecossistema da Ethereum crescer ao longo do ano — e temos uma


tese forte de que isso deva acontecer —, entendemos que a Lido possui a melhor
assimetria de risco e é a melhor forma de estar exposto a este crescimento. Isso tanto
devido à questão da dominância de mercado quanto porque à medida que ela cresce, é
gerada muita receita:

Hoje, a Lido já é um dos protocolos mais geradores de receita no mercado de cripto, por
cobrar taxas em cima de uma quantidade muito grande de capital travado e isso tende a
crescer ainda mais — causando efeitos positivos para o token, caso seja destravado o
mecanismo de distribuição de dividendos.

Assim, a escolha mais óbvia e mais segura para 2024, um ativo que possui capitalização
de mercado muito grande e com exposição global crescimento do ecossistema cripto é
a Lido Finance (LDO), nossa aposta de baixo risco.

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IMMUTABLE (IMX)

Nossa tese de médio risco também é um protocolo de infraestrutura, porém com uma
narrativa diferente em um setor diferente: o de jogos em blockchain. Ao longo de 2021 e
2022, vimos um nível muito grande de investimento neste setor — isso depois de ter
passado o hype de Axie Infinity e de metaverso.

Assim, a tese de jogos de blockchain foi exposta ao mundo e foram muito bem
capitalizados. Entretanto, o ciclo de desenvolvimento de jogos não é finalizado do dia
para a noite: ele leva de cerca de 2 a 3 anos. Desta forma, jogos que captaram
investimentos em 2021 e 2022 estão começando a ser lançados agora.

Com isso, teremos um ciclo de lançamento de jogos muito mais robusto e saudável do
que o hype que vimos anteriormente, com jogos muito bem desenvolvidos, bem
financiados e muito focados na questão da jogabilidade — diferente do ponzenomics e
do foco no modelo econômico visto em 2020 e 2021.

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Esperamos que, em 2024, bons jogos atraiam muitos usuários, gerando muita receita e
fortalecendo a tese no setor. Para capturar esta geração de valor, acreditamos que a
Immutable seja o projeto melhor posicionado. Temos alguns motivos para isso.

Primeiramente, a Immutable se posiciona como protocolo de infraestrutura, então eles


possuem mecanismos que possibilitam a construção de jogos na plataforma da
Immutable — algo que consideramos bastante interessante, já que permite com que eles
tenham um portfólio bem diversificado de produtos.

Além disso, hoje a Immutable possui o maior ecossistema de jogos em cripto — mais de
220 jogos estão sendo construídos utilizando as ferramentas da Immutable.

Isso se dá pelo fato do produto ser muito interessante e também pela alta capitalização
do protocolo: hoje, a Immutable possui mais de US$ 500 milhões em tesouraria —
certamente a maior tesouraria do setor de jogos.

Outro ponto importante é que recentemente foi feita uma parceria da Immutable com a
Merit Circle, a maior DAO de jogos do mercado cripto. Ainda vemos muito espaço de
crescimento para o projeto, pois dos jogos que estão sendo construídos lá dentro,
poucos já estão operacionais.

Com tudo isso, é muito improvável que não vejamos grandes jogos sendo construídos e
emplacando títulos de sucesso no ecossistema da Immutable (IMX), que é nossa aposta
de médio risco para 2024.

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dYdX (DYDX)

Para nossa aposta de alto risco, vamos sair do ecossistema da Ethereum e também das
infraestruturas: será uma aposta de aplicação com uma capitalização de mercado mais
baixa.

A dYdX é a maior corretora on-chain de derivativos, e nossa escolha se deve ao fato do


protocolo ter uma junção muito forte de fogo e gasolina.

Primeiramente porque a penetração de derivativos descentralizados comparados aos


centralizados é muito pequena: menos de 2% do volume, ou seja, altamente
subpenetrado e com um potencial grande de crescimento nos próximos anos.

Dentro deste mercado, a dYdX tem uma dominância muito grande e vantagens
competitivas muito claros, principalmente por ter começado primeiro. Hoje em dia, ela
representa mais de 75% de todo o volume — é o claro líder deste mercado.

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Isso faz com que mesmo com essa penetração de mercado de menos de 2%, a dYdX já
seja a aplicação que mais gera receita em cripto — algo muito relevante, principalmente
considerando que o volume nem se compara com o negociado em corretoras
centralizadas.

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E mesmo ela figurando entre as 5 maiores geradoras de receita de todo o mercado
cripto, o token dYdX não entra nem nos 100 maiores em termos de capitalização de
mercado.

Ou seja, há uma assimetria de valor muito grande que pode ser capturada, pois a
precificação do token não parece conversar com o nível de base de usuários, geração
de receitas e potencial crescimento do protocolo.

Para além desta tese setorial, a dYdX também possui catalisadores internos muito fortes
— daí a junção de fogo e gasolina.

Recentemente, foi lançada a versão 4 do protocolo, a dYdX Chain que seria uma
blockchain própria dentro do ecossistema da Cosmos — um movimento muito
interessante em termos de UX e pode proporcionar um salto muito grande à dYdX em
termos de produto.

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Com isso, veio uma mudança significativa no tokenomics: o token DYDX será utilizado
para Staking dentro desta rede. Ou seja, toda a receita gerada pela dYdX será
direcionada para os usuários que fazem Staking do token.

Esta decisão pode fazer com que a inflação do DYDX nos próximos anos seja negativa —
em outras palavras, ter mais tokens entrando em Staking do que sendo impressos. O
que, essencialmente, quebra uma contratese muito forte no investimento no protocolo,
que é a crítica em relação à inflação.

Vemos, então, uma junção de catalisadores internos e externos que podem fazer com
que a dYdX tenha um 2024 muito positivo e é nossa aposta de alto risco.

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DISCLAIMER

O estudo, feito internamente, foi baseado em informações disponíveis ao público, consideradas


confiáveis na data de publicação deste relatório. Reiteramos que as opiniões e estimativas
apresentadas aqui são passíveis de mudanças e alterações — nos reservamos ao direito de
estarmos errados.

Este relatório não representa oferta de negociação de valores mobiliários, produtos de


investimento ou gestão, ou ainda outros instrumentos financeiros. Nossas análises, informações
e estratégias de investimento possuem apenas um caráter informativo, a fim de difundir o
conhecimento sobre o mercado dos criptoativos.

Qualquer investimento em renda variável pode causar perda parcial ou total do capital utilizado.
Por isso, o destinatário deste relatório deve sempre desenvolver suas próprias análises e
estratégias de investimento. Além disso, quaisquer decisões de investimento devem partir do
perfil de risco do investidor.
CONHEÇA O TIME DE ANÁLISE DA MERCURIUS CRYPTO

Nicole Haddad

Bacharel em Ciências Econômicas, adquiriu 5 anos de experiência no mercado


financeiro. Passou por uma consultoria financeira de risco, pelo Itaú Unibanco,
trabalhou com análise de empresas do segmento de varejo e tecnologia na
SulAmérica Investimentos e na Pipeline Tech M&A. Entusiasta de cripto desde
2015, usa o aprendizado do mercado financeiro tradicional para fazer suas
análises de criptoativos na Mercurius Crypto desde 2021.

Carlos Henrique

Estudante da FEA-USP, iniciou sua trajetória profissional no mercado financeiro


por meio da análise fundamentalista de empresas listadas na bolsa de valores,
na Prometheus Asset Management Jr. Interessado pelo mercado cripto desde
meados de 2015, se juntou ao time de análise de criptoativos da Mercurius em
2021, ampliando seus conhecimentos técnicos e dinâmicos sobre o mercado.

Caio Ortega

Estudante do CECS-UFABC, possui uma trajetória profissional diversa,


acumulando experiências no auxílio à tomada de decisão, confeccionando
relatórios, planilhas e mapas, além de aplicativos e bancos de dados com
ferramentas low-code e softwares livres. Moderador da comunidade da
Mercurius desde 2021, atualmente atua no Suporte PRO e compõe o time de
análise da Research.
CONHEÇA O TIME DE ANÁLISE DA MERCURIUS GESTORA

Gabriel Bearlz

Em 2018, entrou na FEA-USP no curso de Ciências Econômicas. Teve uma


trajetória profissional no mercado financeiro tradicional, atuando com análise
de crédito na casa de Wealth Management Lakewood e na Gestora de
Recursos NAVI Capital. Foi convidado pelos fundadores da Mercurius a
compor o time e entrar como sócio na empresa em 2020, trazendo sua
expertise do mercado financeiro.

Igor Costa

Nascido e criado no Espírito Santo, estudou eletromecânica no ensino médio,


onde teve o primeiro contato com o mundo da tecnologia. Entrou no curso de
Engenharia Naval na USP em 2017 e fez parte da Empresa Jr. onde realizou
projetos de eletrônica e automação. Em 2021, descobriu o mundo cripto
através da mineração de ETH e, em seguida, conheceu a Mercurius, onde
compõe o time de análise de ativos.

Guilherme Assis

Natural de Belo Horizonte - MG, cursa Sistemas de Informação e Ciências


Econômicas. Já trabalhou como engenheiro de sistemas e com banco de
dados na Sankhya, empresa de ERP. Teve seu primeiro contato com cripto em
2016 e em fevereiro de 2022 se tornou assinante da Mercurius PRO. Integrou
o Suporte PRO e atualmente é analista fundamentalista dos protocolos cripto.

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