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RESUMO DE CONTEÚDO

TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

1. Origens na fábrica da Western Eletric Company,


situada em Chigago e produzia equipamentos
1.1 - A necessidade de se humanizar e e componentes telefônicos .Foram
democratizar a Administração, libertando-a selecionadas e convidadas 6 moças de nível
dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria médio - nem novatas, nem peritas - para
Clássica constituírem o grupo experimental; cinco
1.2 - O desenvolvimento das chamadas moças montavam os relés enquanto a sexta
ciências humanas, principalmente a psicologia fornecia as peças necessárias para manter o
e a sociologia, bem como a sua crescente trabalho contínuo.O grupo experimental era
influência intelectual e suas primeiras separado do restante do departamento (onde
tentativas de aplicação à organização estava o grupo controle).
industrial. A pesquisa feita sobre o grupo
1.3 - As conclusões da Experiência de experimental foi dividida em doze períodos
Hawthorne. experimentais, para se observar quais as
condições mais satisfatórias de rendimento.
2. A Experiência de Háwthorne
1° período: foi registrada a produção de cada
Em 1923, Mayo conduzira uma operária no seu local original de serviço 2.400
pesquisa em uma indústria têxtil próxima a peças semanais por moça;
Filadélfia. Essa indústria tinha problemas de
produção, uma rotação de pessoal anual em 2° período: isolou-se o grupo experimental
torno de 250% e havia tentado inutilmente mantendo-se as normas e condições de
vários esquemas de incentivo. trabalho e mediu-se o ritmo de produção;

Primeira Fase da Experiência de Hawthorne 3° período: faz-se uma modificação no


sistema de pagamento. No grupo de controle
Dois grupos de operários que faziam havia o pagamento por tarefas em grupo.
o mesmo trabalho, em condições idênticas, Separou-se o pagamento das moças do grupo
foram escolhidos para a experiência: um experimental, como o grupo era pequeno
grupo de observação trabalhou sob verificou-se que elas perceberam que seus
intensidade de luz variável, enquanto o grupo esforços individuais repercutiam diretamente
de controle trabalhou sob intensidade de luz no seu salário. Verificou-se aumento de
constante. Pretendia-se conhecer o efeito da produção.
iluminação sobre o rendimento dos operários.
Todavia, os observadores não encontraram 4° período: Introduziu-se um intervalo de 5
uma relação direta entre ambas as variáveis. minutos de descanso manhã e tarde.
Verificaram desapontados, a existência de Verificou-se aumento de produção.
outras variáveis, difíceis de serem isoladas.
Um dos fatores descobertos foi o fator 5° período: amplia-se os intervalos para 10
psicológico: os operários reagiam à minutos manhã e tarde. Aumenta a produção.
experiência de acordo com as suas
suposições pessoais, ou seja, eles se 6° período: Três intervalos de 5 minutos, as
julgavam na obrigação de produzir mais moças queixaram-se de quebra no ritmo de
quando a intensidade de iluminação trabalho. Estacionou a produção.
aumentava e, o contrário, quando diminuía.
Esse fato foi comprovado, trocando-se as 7° período: Intervalos de 10 minutos manhã e
lâmpadas por outras da mesma potência, tarde, mais lanche leve. Aumento de
fazendo-se crer aos operários que a produção.
intensidade variava. Verificou-se um nível de 8° período: Idem ao anterior o G. E. passou a
rendimento proporcional à intensidade de luz trabalhar até as 16:30hs. Acentuado aumento
sob a qual os operários supunham trabalhar. de produção.
Comprovou-se a preponderância do fator
psicológico sobre o fisiológico. 9° período: Idem ao anterior, o G. E. passou a
trabalhar até as 16:00hs. Produção
Segunda fase da Experiência de Hawthorne estacionou.

A segunda fase da Experiência de


Hawthorne começou em 1927 e foi aplicado
2
10° período: Idem ao 7°, o G.E. voltou a mesmo irracionais do comportamento humano
trabalhar até as 17:00hs. Produção aumentou passam a merecer a atenção necessária pelos
bastante. teóricos das Relações Humanas.

11° período: Estabeleceu-se semana de 5 Terceira Fase de Háwthorne


dias. Produção aumentou.
Após os primeiros resultados da
12° período: Idem ao n° 3, tirando-se todos os segunda fase da experiência de Háwthorne,
benefícios, verificou-se uma produção jamais verificou-se que no grupo de controle as
vista - 3 000 unidades semanais por moça. moças consideravam humilhante e
constrangedor a supervisão vigilante. Assim o
Conclusões da Experiência de Hawthorne estudo deixou de verificar as condições físicas
de trabalho (seu objetivo inicial) e passou a se
a) O nível de produção é resultante da fixar nas relações humanas. Para isso,
integração social. - Quanto mais integrado estabeleceu-se o "Programa de Entrevistas"
socialmente no grupo tanto maior a disposição que visava conhecer as opiniões e sugestões
de produzir. Ao contrário do que pregava a dos operários através da realização de um
Teoria Clássica, o nível de produção não era roteiro de entrevista, logo em seguida
determinado pela capacidade física ou transformado em uma entrevista não diretiva,
fisiológica do empregado, mas pelas normas possibilitando a expressão espontânea dos
sociais e expectativas que o envolvem. operários.

b) Comportamento Social dos Empregados Quarta Fase da Experiência de Háwthorne


- O comportamento do indivíduo se apóia
totalmente no grupo. O grupo estabelece e até Essa quarta fase permitiu o estudo
impõe a quota de produção de seus membros. das relações entre a organização informal dos
empregados e a organização formal da
c) As Recompensas e Sansões Sociais - Os fábrica. Em 1932, a experiência de Háwthorne
empregados que produziam muito acima ou foi encerrada por motivos financeiros.
muito abaixo da norma socialmente
determinada, perderam a afeição e o respeito
dos colegas enquanto trabalhadores da sala 3. Funções Básicas da Organização
de montagens. Cada grupo social desenvolve Industrial
crenças e expectativas com relação à
Administração: essas crenças e expectativas - A organização industrial tem duas
reais ou imaginárias - influi não somente nas funções principais : produzir bens ou serviços
atitudes, como também nas normas e padrões (função econômica que busca o equilíbrio
de comportamento que o grupo define como (externo) e distribuir satisfações entre os seus
aceitáveis. participantes (função social que busca o
equilíbrio interno da organização).
d) Grupos Informais - A empresa passou a A organização industrial é formada
ser visualizada como uma organização social por uma organização técnica (prédios,
composta de diversos grupos sociais máquinas, equipamentos produtos ou serviços
informais, cuja estrutura nem sempre coincide produzidos, matérias primas, etc) e de uma
com a organização formal da empresa. Os organização humana.
grupos informais constituem a organização
humana.

e) As Relações Humanas - Cada indivíduo é


uma personalidade altamente diferenciada
que influi no comportamento e atitudes dos
outros como quem mantém contatos e é, por
outro lado, igualmente bastante influenciado
pelos outros

f) A Importância do Conteúdo do Cargo -


Trabalhos simples e repetitivos tendem a se
tornar maçantes e monótonos afetando
negativamente as atitudes do trabalhador e
reduzindo sua eficiência.

g) Ênfase nos Aspectos Emocionais - Os


elementos emocionais não planejados e
Função econômica: Organização técnica: Equilíbrio
Produzir bens e serviços Máquinas; matéria externo
prima; produtos
produzidos
Organização
Industrial

Função social: dar Organização Humana: Equilíbrio


satisfações aos Pessoas que constituem interno
seus participantes a organização

figura 1 - As funções básicas da organização para Roethlisberger e Dickson

4 - COMPARAÇÃO ENTRE TEORIA CLÁSSICA E TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

TEORIA CLÁSSICA TEORIA DAS R. HUMANAS


Trata a organização como máquina Como grupo de pessoas
Enfatiza as tarefas ou a tecnologia As pessoas
Inspirada em sistema de engenharia Sistemas de psicologia
Especialização e competência técnica Confiança e abertura
Acentuada divisão do trabalho Ênfase nas Relações Humanas
Confiança nas regras e regulamentos Confiança nas pessoas
Clara separação entre linha-staff Dinâmica grupal e interpessoal

REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6. ed. Rio de Janeiro:


Campus, 2000.

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ANOTAÇÕES:

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