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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


CURSO BACHAREL EM ZOOTECNIA – AGO32

DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL EM CAFÉ

BOAVISTA–RR
2023
Sarah Rebeca Sales Ribeiro

DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL EM CAFÉ

Trabalho de pesquisa apresentado a


Universidade Federal de Roraima – UFRR
campus Cauamé, como requisito para obtenção
de nota na disciplina de Fisiologia Vegetal,
avaliado pelo professor Doutor Leandro Torres.

BOA VISTA – RR
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 4
2. DISCUSSÃO .............................................................................................................................................. 5
3. CONCLUSÃO.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
4. REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................... 12
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1. INTRODUÇÃO

Embora constituam 9% do peso da massa seca total, os nutrientes minerais são componentes
essenciais de moléculas orgânicas e de estruturas de membranas, estão envolvidos em ativação
enzimática, controle osmótico, transporte de elétrons, sistema tampão do protoplasma, controle da
permeabilidade das membranas, além de outros processos. Ao lado de fatores como luz, água e CO2
constituem os materiais que a planta utiliza para a produção de triose-fosfato, primeiro açúcar
sintetizado pela fotossíntese. Este açúcar é utilizado como substrato em várias rotas metabólicas na
planta, como, por exemplo, na biossíntese de lipídeos, proteínas e carboidratos (BUCHANAN;
GRUISSEN; JONES, 2000).
Posteriormente, esses compostos são utilizados no processo respiratório, com a formação de
esqueletos carbonados que, por sua vez, são mobilizados para as regiões de crescimento e
desenvolvimento da planta. Para crescerem e se desenvolverem, as plantas necessitam dos elementos
químicos: C, H, O, N, P, K, Ca, Mg, S, Fe, Zn, Mn, B, Cu, Mo, Cl e Ni. Todos estes elementos provêm
do solo, com exceção do N, C, H e O, que são adquiridos do ar, do solo e da água.
As alterações no metabolismo das plantas e consequentes prejuízos na produção e na qualidade
do café. Os macronutrientes são os nutrientes que são demandados em maior quantidade pela planta
do cafeeiro. São eles: Nitrogênio (N); Fósforo (P); Potássio (K); Cálcio (Ca); Magnésio (Mg); Enxofre
(S). Os micronutrientes, demandados em menor quantidade, são: Cobre (Cu); Boro (B); Manganês
(Mn); Zinco (Zn); Ferro (Fe).
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2. DISCUSSÃO

A discussão da pesquisa será voltada a análise nutricional do café plantado na Universidade Federal
de Roraima, Campus Cauamé. Desenvolvido em parceria com a Embrapa Roraima e executada pelos
grupos de estudo GETEA e CEAC. O café em questão se trata da Robusta Amazônico e cruzamento
de Conilon e Robusta Amazônico.

Figura 1: Café da UFRR

Fonte: Sarah Rebeca

Ao estudar as plantas notou-se que uma das primeiras deficiências apresentadas é a do Nitrogênio.
O nitrogênio (N) está presente em diversos compostos, como purinas e alcaloides, aminoácidos,
enzimas, vitaminas, hormônios, ácidos nucléicos, nucleotídeos e na molécula de clorofila
(MARSCHNER, 1995; BUCHANAN; GRUISSEN, JONES, 2000; TAIZ; ZEIGER, 2002). Sua
deficiência manifesta-se inicialmente nas áreas entre as nervuras das folhas mais velhas, as quais
apresentam-se com uma tonalidade verde-clara e manchas irregulares. Com a evolução dos sintomas,
as folhas adquirem uma coloração amarelada.
Uma comparação feita entre cafés com deficiência em N e o da faculdade, mostra que os sintomas
do café plantado na Universidade, é o mesmo apresentado em fotos de artigos sobre deficiência de N
no café, tendo amarelamento das folhas mais velhas e preservação das mais novas.
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Figura 2: Folhas amareladas indicando ausência de N

Fonte: Sarah Rebeca Fonte: Nutrição do cafeeiro Conilon

O segundo nutriente em falta, trata-se do Potássio. Além do seu importante papel na síntese de
proteína e regulação do potencial osmótico das células, o potássio (K) é também ativador de várias
enzimas envolvidas na respiração e fotossíntese (MARSCHNER, 1995; BUCHANAN; GRUISSEN;
JONES, 2000; TAIZ; ZEIGER, 2002). O seu papel na biossíntese de amido, através da ativação da
sintase do amido, é fundamental na obtenção de altos “índices de colheita”. Durante a formação dos
frutos, há um decréscimo no teor de amido dos ramos e das folhas, sendo tanto mais intenso quanto
maior a produção, podendo esgotar-se antes do amadurecimento dos frutos. A correlação entre o teor
de amido e a produção mostra a importância do K na fisiologia do cafeeiro (RENA; CARVALHO,
2003). Um dos efeitos metabólicos de sua deficiência é a acumulação nos tecidos de carboidratos
solúveis e de açúcares redutores (CARVAJAL, 1984). O sintoma de deficiência é caracterizado pela
necrose ou escurecimento das bordas das folhas mais velhas.
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Figura 4: Bordas das folhas muito escuras, e amareladas

Fonte: Sarah Rebeca Fonte: Agriconline

Uma das principais funções do enxofre (S) nas plantas é ser constituinte dos aminoácidos
cisteína e metionina, essenciais à biossíntese de proteínas e à atividade de certas enzimas. É
componente de inúmeras coenzimas e grupos prostéticos, essenciais ao ciclo de Krebs, além de ser
constituinte de várias moléculas envolvidas na transferência de elétrons e estrutura das membranas
celulares (MARSCHNER, 1995; BUCHANAN; GRUISSEN; JONES, 2000; TAIZ; ZEIGER, 2002).
Os sintomas de deficiências se iniciam entre as nervuras das folhas mais jovens, que se tornam
cloróticas.
As folhas novas passaram a apresentar também sintomas, nos quais na ausência de nitrogênio
não apresentaram.
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Figura 6:Folhas mais novas apresentando deficiência de S

Fonte: Sarah Rebeca Figura 7: Deficiência de S


Fonte: : Nutrição do cafeeiro Conilon

O zinco (Zn) participa como cofator estrutural, funcional ou regulatório de várias enzimas, dentre
elas a anidrase carbônica, a Cu-Zn-superóxido dismutase, a RNA polimerase e a maioria das
desidrogenases. Afeta o metabolismo de carboidratos, controlando a atividade de certas enzimas
chaves deste processo. É essencial para a manutenção da integridade estrutural das membranas e da
biossíntese do ácido indolilacético (AIA) (MARSCHNER, 1995; BUCHANAN; GRUISSEN;
JONES, 2000; TAIZ; ZEIGER, 2002). O sintoma de deficiência é caracterizado pelo encurtamento
dos internódios, com a presença de folhas pequenas e estreitas.
A deficiência de zinco faz com que as folhas em formação se tornem retorcidas, estreitas e de
aspecto coriáceo e quebradiça. A coloração fica amarela entre as nervuras, e podem aparecer saliências
no limbo foliar. O Zinco, é um dos nutrientes que aparece em folhas novas.
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Figura 8: Folhas em formação retorcidas e estreitas

Fonte: Sarah Rebeca

Os sintomas de deficiência muitas vezes são específicos para cada tipo de nutriente, mas alguns
podem ser comuns. Os sintomas normalmente são relacionados ao papel do nutriente na planta e à sua
mobilidade entre partes velhas e jovens da planta.
Por exemplo, a deficiência de nutrientes necessários para a formação da clorofila irá causar uma
coloração verde menos intensa ou um amarelecimento das folhas (Caso do Nitrogênio). Isso é
conhecido como clorose.
Da mesma forma, a deficiência de um nutriente necessário para a formação de parede celular na
planta irá causar folhas pequenas e encarquilhadas. Além disso, nota-se que nutrientes que são mais
móveis na planta são facilmente realocados para partes mais jovens. Isso causa sintomas de deficiência
em folhas mais velhas (Deficiência do Potássio).
De outro modo, nutrientes que são pouco móveis na planta ficarão retidos em folhas velhas. Como
consequência, seus sintomas serão mais observados em folhas novas (Deficiência de Zinco e Enxofre
no café da Universidade).
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Figura 9: Quando Demonstrativo, deficiência nutricional em café.

Fonte: Aegro Negócios Rurais


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3. CONCLUSÃO
A nutrição é um dos pontos mais facilmente controláveis que definem a produção. Entender e
mapear os nutrientes das plantas de café pode aumentar a produção e evitar perdas.
O uso de análises de solo e foliar é fundamental, principalmente para evitar a fertilização em
excesso. Um cálculo cuidadoso da adubação e a verificação do aparecimento de sintomas de
deficiência de nutrientes são práticas que devem ser adotadas constantemente.
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4.REFERÊNCIAS

BRAGRANÇA., M., Scheilla; PREZOTTI., C., Luiz; LANI., A., José. Café Conilon. Vitória, ES:
Incaper, 2017.
COCATO, Larissa. Deficiências nutricionais do cafeeiro: veja os principais sintomas. Reagro.
Disponível em: https://rehagro.com.br/blog/sintomas-de-deficiencias-nutricionais-em-cafeeiro/.
Acesso em: 07 de setembro de 2023
PENNACCHI., P., João. Veja como identificar e resolver a deficiência nutricional do cafeeiro.
Aegro. Disponível em: https://blog.aegro.com.br/deficiencia-nutricional-do-cafeeiro/. Acesso em: 07
de setembro de 2023.

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