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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PROJETO GEOMÉTRICO DE ESTRADAS <ENGENHARIA CIVIL >

PROJETO GEOMÉTRICO DE ESTRADAS

Enthony Camilo
Evelin Maximovitz
Giovane Stimer Konig
Maria Fernanda Rocha
Mariana Piaceski Borges
Pablo de Mello

Guarapuava – PR
2023
Enthony Camilo, Evelin Maximovitz, Giovane Stimer Konig, Maria Fernanda Rocha,
Mariana Piaceski Borges e Pablo de Mello.

Projeto Geométrico de Estradas

Trabalho apresentado para a disciplina de projeto


geométrico de estradas, como parte do requisito
de obtenção de nota do curso de graduação em
engenharia civil.

Professor
Paulo Henrique Carvalho Mello

Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR


Projeto Geométrico de Estradas

Guarapuava-PR
2023
RESUMO

Desenvolveu-se este trabalho com o cunho de advir um projeto de uma estrada que
compunha classe correspondente 2, tendo sido efetuada com aproximadamente
31km totais com execução completa das curvas, a mesma foi realizada no estado do
Mato Grosso, tendo como principal motivação à aplicação prática dos
conhecimentos teóricos, analisando primordialmente mapas, relevo, curvas de nível,
subsequentemente elaborando um projeto à partir dos programas, Autocad e Civil
3D, seguindo as normas correspondentes e o DENIT, tendo como realização
decorrente os cálculos gerais para o desenvolvimento do projeto, sendo, curvas,
tangentes, espirais, complementos desejáveis e justificativas do executado para que
o projeto apresente validação.

Palavras-chave: Estradas, Curva, Tangente, Espiral, Raio.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Reta 1 ........................................................................................................2

Figura 2 – Reta 2 ........................................................................................................3

Figura 3 – Reta 3 ........................................................................................................3

Figura 4 – Reta 4 ........................................................................................................4

Figura 5 – Reta 5 ........................................................................................................4

Figura 6 – Reta 6 ........................................................................................................5

Figura 7 – Reta 7 ........................................................................................................5

Figura 8 – Reta 8 ........................................................................................................6

Figura 9 – Reta 9 ........................................................................................................6

Figura 10 – Reta 10 ....................................................................................................7

Figura 11 – Reta 11 ....................................................................................................7

Figura 12 – Reta 12 ....................................................................................................8

Figura 13 – Reta 13 ....................................................................................................8

Figura 14 – Reta 14 ....................................................................................................9

Figura 15 – Reta 15 ....................................................................................................9

Figura 16 – Exemplo do perfil do terreno ..................................................................10

Figura 17 – Representação da seção transversal da tangente ................................10

Figura 18 - Representação da seção transversal da espiral .....................................11

Figura 19 – Representação da seção transversal da curva de elevação


máxima.......................................................................................................................11

Figura 20 – Traçado da estrada ................................................................................14

Figura 21 – Erro encontrado no Perfil do terreno ......................................................14


LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Valores de espirais obtidos.....................................................................13

Quadro 2 – Valores de elevações de curva...............................................................16


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná;

DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes;

Km – Quilômetros;
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO OU DEFINIÇÃO DO PROBLEMA............................................................. 1

1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................................... 1

1.2.1 Objetivo geral .................................................................................................................. 1

1.2.2 Objetivos específicos ....................................................................................................... 1

2 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ................................................................ 2

2.1 JUSTIFICATIVA E CARACTERÍSTICAS DO TRAÇADO.................................................................. 2

2.2 APRESENTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PERFIL DO TERRENO .......................................... 9

2.3 CRIAÇÃO DO CORTE DA SEÇÃO TRANSVERSAL DA TANGENTE ............................................. 10

2.4 CRIAÇÃO DO CORTE DA SEÇÃO TRANSVERSAL DA ESPIRAL ................................................. 10

2.5 CRIAÇÃO DO CORTE DA SEÇÃO TRANSVERSAL DA CURVA ................................................... 11

3 RESULTADOS ...................................................................................................12

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................17

5 REFERÊNCIAS ..................................................................................................18
1

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO OU DEFINIÇÃO DO PROBLEMA


Visando a criação de uma estrada no estado do Mato grosso, que interligue
cidades de pequeno-médio porte, facilitando a locomoção de residentes das cidades
locais, unindo pontos com uma menor distância entre eles, criando mobilidade,
acessibilidade e promovendo a evolução e expansão das cidades para os
referentes, desenvolvendo um projeto de estrada em escala de qualificação 2,
visando uma durabilidade e qualidade relativamente satisfatórias, compatíveis com a
escala escolhida, ligando dois pontos escolhidos, observando em parâmetros gerais
onde será realizada a rodovia através do mapa e curvas de nível, avaliando desta
forma uma possível realização efetiva da mesma.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral


investigar e analisar o terreno e local escolhido para execução, cumprir a
realização completa da estrada, beneficiar moradores da região que circundam a
rodovia, unindo de forma mais concisa os destinos escolhidos, criando mobilidade
no uso diário da estrada efetuada, representar por meio de projeto plotado o esboço
e esquema realizado através dos programas, Autocad e Civil 3D, apresentar
memorial de cálculo e tabelas, compondo os resultados.

1.2.2 Objetivos específicos


averiguar e estudar o terreno indicado, realizar a quilometragem mínima
necessária solicitada previamente de 20km, em conformidade com isto, este projeto
corresponde à aproximadamente 31km, não exceder a quilometragem máxima
subsequente de retas, sendo essas 2km, calcular curvas, tangentes, espirais,
raios, especificações desejadas e inclinações de superelevação, representar por
meio de dados todos os resultados obtidos através dos cálculos antecedentes, para
validar uma possível construção a partir do projeto.
2

2 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

2.1 JUSTIFICATIVA E CARACTERÍSTICAS DO TRAÇADO


O início da rota se justifica por uma possível interligação com a BR-160 nas
proximidades do distrito de Anhanduí, no estado do Mato Grosso. O ponto de início
escolhido se mostra interessante pela facilidade de prolongamento, facilitando o
acesso ao distrito, além de contar com fator topográficos excelentes, como um
terreno plano e de fácil acesso. Esse caminho facilitaria e muito o escoamento da
produção agrícola e pecuária, pois nota-se que na região num raio de vários km, não
apresenta uma estrada asfaltada, ajudando assim a economia local, pois permite o
acesso a qualquer veículo, não dependendo das condições do clima. O próximo
ponto de prolongação seria para a MS-040, ao sentido de Santa Terezinha distrito
de Anhanduí, onde como foi supracitado, existe uma carência de um meio rodoviário
de fácil uso e de qualidade, tais fatores tornam fácil a decisão do traçado, pois
ajudam a economia dos municípios, além de facilitar o deslocamento de seus
moradores, onde vão poder transitar independente do clima, garantindo um caminho
seguro em momentos de crise ou emergência.
A primeira reta foi traçada de forma a minimizar o corte de curvas de nível,
mas mantendo o melhor possível a direção correta. Além disso, foi usado o
comprimento de espiral ideal para o raio adotado, que sendo de 600 metros, e o
valor da espiral sendo de 120 metros, junto com grau de curvatura baixo. Esses
valores visaram um maior conforto e segurança para o motorista, além de evitar um
trecho longo em linha reta que poderia diminuir a atenção dele, com a extensão da
reta sendo de 1,846 km.
Figura 1 – Reta 1

Fonte: Autor (2023)


3

A segunda reta apresenta um valor de comprimento 1,824 km, onde a sua


orientação começa a seguir ainda mais para direção Leste, com o ponto de
intersecção com a próxima tangente alinhado de acordo com as imagens de satélite
e das curvas de nível. Sobre a curva, os valores adotados para o raio são de 750
metros e contando com os valores ideias de espiral de 96 metros, para garantir o
conforto do motorista, além de não gerar uma curva acentuada.
Figura 2 – Reta 2

Fonte: Autor (2023)


Dando continuidade a terceira reta contém um comprimento 1,999 km,
sendo um comprimento relativamente grande, porém abaixo dos 2km estabelecidos
como máximo nesse projeto para a segurança dos motoristas, sua direção tende ao
Leste, sendo necessário o corte de curvas de nível, mas da melhor forma possível,
com a passagem por um trecho de pouco desnível. Mostrando ser inevitável o corte
de curvas de nível, a fim de passar entre uma massa de água e uma residência,
evitando problemas tanto de infraestrutura pela construção de uma ponte e
realocação dos possíveis moradores da residência. A curva contida ao fim da
terceira reta mostra o objetivo de seguir ao Leste, com grau de curva mais alto aos
demais, mas com um valor de raio de 600 metros, e o valor das espirais sendo de
120 metros.
Figura 3 – Reta 3

Fonte: Autor (2023)


4

Com a quarta reta, contendo um comprimento de 1,159 km, visando não


trabalhar com grandes valores em todos os casos, garantindo uma boa atenção do
motorista, mas permitindo bons pontos de ultrapassagem de forma segura, e com
uma boa visibilidade, além de sua direção sendo motivada pelo aproveitamento, daa
travessia já feita por córrego, diminuindo os custos de um ponto de estudo para
travessia desse córrego. A curva contida no fim dessa reta, tem uma direção de
saída nordeste, evitando trechos com grandes diferenças de elevação, o valor
adotado de raio sendo de 600 metros e fazendo o uso dos valores ótimos de
espirais, sendo 120 metros.
Figura 4 – Reta 4

Fonte: Autor (2023)


A quinta reta contém um comprimento de 1,325 km, com poucos cortes a
curvas de nível, visando sempre seguir de maneira natural, num trecho sem
nenhuma peculiaridade e nem grandes obstáculos. Com os valores de raio e de
espirais da curva, sendo de 600 metros e de 120 metros para as espirais, nota-se
que o terreno nos permite adotar os valores ótimos de espirais, por ser em sua maior
parte plano. A direção de saída visando ser cada vez mais no sentido Leste.
Figura 5 – Reta 5

Fonte: Autor (2023)


5

A sexta reta contém um comprimento de 1,5 km, num trecho amplo e plano,
sem necessidades especiais, com poucos cortes de curva de nível e elevação
constante. O valor adotado para o comprimento da reta, possibilitou evitar uma
intersecção das tangentes num trecho de alta elevação, gerando uma curva suave
com raio de 450 metros e que possibilitou o uso dos valores de espirais ótimos para
esse raio, sendo de 160 metros para cada espiral.
Figura 6 – Reta 6

Fonte: Autor (2023)


Para a sétima reta, contendo um comprimento de 1,613 km, foi necessário
o corte de curvas de nível para superar uma elevação, visando a permanência no
sentido primordial, onde não seria viável o contorno. A curva contida ao fim dessa
reta, contém um raio de 500 metros, com espirais utilizando os valores ótimos para o
raio em questão de 144 metros, gerando uma curva leve e com boa visibilidade para
a segurança do motorista.
Figura 7 – Reta 7

Fonte: Autor (2023)


6

A oitava reta contém um comprimento de 1,132 km, com um comprimento


menor aos demais, pois se localiza em um vale e assim não se faz interessante uma
grande dimensão, o trecho em questão gera a necessidade de travessia de um
pequeno córrego. A curva compreendida no fim da reta, tem o valor de raio adotado
de 800 metros, pelo grande grau de curvatura, utilizado os valores ótimos de
espirais para esse raio, com os valores de 90 metros, onde se alinham diretamente
com as curvas de nível. Esse raio traz um conforto para o motorista, pois alivia uma
curva possivelmente “fechada”.
Figura 8 – Reta 8

Fonte: Autor (2023)


A nona reta contém uma dimensão de 1,175 km, não apresenta nenhuma
grande diferença, segue o sentido correto com pouca alteração nas curvas de nível,
num trecho plano. A curva contida ao fim da reta contém um raio de 600 metros, por
ser um trecho sem irregularidades foi adotado o valor ideal para as espirais para o
raio em questão, sendo 120 metros de comprimento para cada espiral.
Figura 9 – Reta 9

Fonte: Autor (2023)


A décima reta contém um comprimento de 1,561 km, apresenta um único
obstáculo sendo um ponto possivelmente alagado, entretanto sendo cruzado no
7

melhor ponto, onde seria necessário transpor uma pequena área. Com a curva
contida no fim da reta, com um raio de 450 metros, onde foi possível adotar o valor
de espirais ótimos pelo terreno em questão, valores esses de 160 metros para cada
espiral.
Figura 10 – Reta 10

Fonte: Autor (2023)


A décima primeira reta contém um comprimento de 1,343 km, onde seu
sentido conteve um pequeno desvio, por conta de uma massa de água, a qual iria
inviabilizar a passagem da rodovia sem elevar os custos, além do cuidado com o
uso de grandes comprimentos em retas. A curva contida no fim da reta pode conter
um raio menor por conta de seu baixo grau de inclinação, com um raio de 400
metros, sendo possível utilizar os valores ótimos para as espirais, onde cada uma
tem um comprimento de 180 metros, valores estes proporcionais ao raio utilizado.
Figura 11 – Reta 11

Fonte: Autor (2023)


8

A décima segunda reta contém um comprimento de 1,460 km, não


apresenta algo fora do padrão, apenas necessita atravessar algumas curvas de
nível a fim de seguir no sentido correto. A curva ao fim da reta apresenta um raio de
400 metros, e tendo as espirais ótimas para o caso em questão, com valores de 180
metro para cada.
Figura 12 – Reta 12

Fonte: Autor (2023)


Para a décima terceira reta, contendo um comprimento de 1,462 km, temos
o cruzamento da massa de água contornada anteriormente, porém agora é
necessário transpor uma área externamente inferior, sendo um ponto de travessia
estratégico comparado aos demais, visando manter o curso a Leste. Ao fim da reta
temos uma curva, contendo um raio de 450 metros, com um sentido nordeste,
contendo os dois valores de espirais ótimos, com 160 metros cada.
Figura 13 – Reta 13

Fonte: Autor (2023)


A décima quarta reta contém um comprimento de 1.497 km, e não
apresenta nenhuma singularidade, pois permite seguir as curvas de nível do terreno,
9

além de proporcionar uma curva leve ao seu fim, com um raio de 600 metros, e
permitindo o uso de valores ótimos para as espirais, sendo de 120 metros cada.
Figura 14 – Reta 14

Fonte: Autor (2023)


A última reta contém um valor de 1.856 km, onde teria seu prolongamento a
fim de concluir seu objetivo e conectar o distrito de Anhanduí a MS-040.

Figura 15 – Reta 15

Fonte: Autor (2023)

2.2 APRESENTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PERFIL DO TERRENO


A apresentação e desenvolvimento do perfil do terreno utiliza-se como base
vídeos sobre a aplicação das funções do civil 3D, tais passos destacam o
desenvolvimento da área escolhida e os relevos provenientes do mapa.

Posteriormente ao perfil do terreno, é analisado e discutido o melhor


traçado para a estrada sobre os relevos do local escolhido, tal traçado é
desenvolvido pensando no movimento de terra que necessitaria ser realizado, aterro
ou terraplenagem. considerando esses fatores foi optado por desenvolver um
traçado que equivale o número de cortes e o de aterro, para que tal característica
não influencie no desenvolvimento da via, que possa gerar um custo maior e maior
atraso na obra.
10

Figura 16 – Exemplo do perfil do terreno

Fonte: Autor (2023)

2.3 CRIAÇÃO DO CORTE DA SEÇÃO TRANSVERSAL DA TANGENTE


A seção transversal apresenta os seguintes elementos: Pista de rolamento
(com inclinação), acostamento e canteiro central para divisão dos dois sentidos da
rodovia. As larguras das pistas de rolamento e dos acostamentos são, 3,60 m e 2,50
m, respectivamente.

Para as inclinações, baseado no manual de projeto geométrico de rodovias


do DNER – 1999, foram utilizadas as medidas de inclinações padrão para uma pista
simples apresentada na forma de caimento simples, com o objetivo de proporcionar
o escoamento das águas pluviais para fora da rodovia. Com isso, foi utilizado o valor
de inclinação de 2% para todos os trechos de tangente figura 17.

Figura 17 – Representação da seção transversal da tangente.

Fonte: Autor (2023)

2.4 CRIAÇÃO DO CORTE DA SEÇÃO TRANSVERSAL DA ESPIRAL


A seção transversal para o trecho em espiral, ou seja, transição entre os
trechos de tangente e trechos em curva, foi baseada no manual de projeto
geométrico de rodovias do DNER – 1999 e, também, no material disponibilizado
pelo professor em sala. Com isso os valores de inclinação das pistas de rolamento
11

são de 2% e 0%, como mostrado na figura 18. Os valores das larguras das pistas de
rolamento e acostamentos são mantidos idênticos aos trechos de tangente.

Figura 18 – Representação da seção transversal da espiral

Fonte: Autor (2023)

2.5 CRIAÇÃO DO CORTE DA SEÇÃO TRANSVERSAL DA CURVA


Nos trechos de curvas circulares, a elevação foi adotada utilizando a
elevação máxima de uma via de classe 2 plana, que é 8%. Isso se deve ao fato de
que curvas circulares necessitam uma elevação maior para “combater” a força
centrífuga que a curva impõe no automóvel. Porém, a elevação adotada varia
conforme o raio da curvatura, sendo que é recomendado pelo DNER usar o valor
máximo de elevação somente quando se tem um raio igual ou próximo do mínimo
permitido pela via, o que acontece no projeto em questão figura 19. Como algumas
curvas do projeto tem coincidência de raio, ou raios de valores próximos, foi
generalizada, quando possível, a elevação adotada para a curva, pois teriam valores
muito próximos. O raio mínimo da via em questão é de 394m, com isso foi adotado o
valor de elevação através da relação fornecida pelo DNER.

Figura 19 – Representação da seção transversal da curva de elevação máxima

Fonte: Autor (2023)


12

3 RESULTADOS
3.1 COMPRIMENTO DA TRANSIÇÃO

Em um projeto de estrada, definir o comprimento de transição é


fundamental para garantir a segurança e o conforto durante a transição entre uma
curva e uma tangente. O comprimento de transição é determinado levando-se em
consideração a velocidade de projeto da estrada, o raio da curva e a superelevação
da via.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) fornece


recomendações e critérios para determinar o comprimento de transição em projetos
de estradas, levando em consideração a estabilidade dos veículos em curvas e as
características da estrada.

No projeto, foi utilizada a espiral como curva de transição. Para a obtenção


dos valores de espiral em cada reta, foi empregado o comprimento desejável,
seguindo a equação abaixo:

𝟎, 𝟎𝟕𝟐 . 𝑽𝒑³ (1)


𝑳𝑺 𝒅𝒆𝒔 =
𝑹𝒄

Onde:

• 𝐿𝑠 – Comprimento desejável;
• 𝑉𝑝 – Velocidade do projeto;
• 𝑅𝑐 – Raio de curvatura;

Considerando que a topografia seja plana, a velocidade do projeto adotada


foi de 100km/h, correspondendo à classe II de projeto.

Utilizando a equação (1), para o raio de 600 metros a espiral


correspondente é:

0,072 . 100³
𝐿𝑆 𝑑𝑒𝑠 =
100

𝐿𝑆 𝑑𝑒𝑠 = 120𝑚

Para o raio de 750 metros:

0,072 . 100³
𝐿𝑆 𝑑𝑒𝑠 =
750
13

𝐿𝑆 𝑑𝑒𝑠 = 96𝑚

Para o raio de 450 metros:

0,072 . 100³
𝐿𝑆 𝑑𝑒𝑠 =
450

𝐿𝑆 𝑑𝑒𝑠 = 160𝑚

Para o raio de 500 metros:

0,072 . 100³
𝐿𝑆 𝑑𝑒𝑠 =
500

𝐿𝑆 𝑑𝑒𝑠 = 144𝑚

Para o raio de 800 metros:

0,072 . 100³
𝐿𝑆 𝑑𝑒𝑠 =
800

𝐿𝑆 𝑑𝑒𝑠 = 90𝑚

E, por fim, para o raio de 400 metros:

0,072 . 100³
𝐿𝑆 𝑑𝑒𝑠 =
400

𝐿𝑆 𝑑𝑒𝑠 = 180𝑚

Em geral, curvas com raios menores necessitam de comprimentos de


transição maiores.

A tabela abaixo apresenta os resultados encontrados:

Quadro 1 – Valores de espirais obtidos


Retas Comprimento (km) Vp (km/h) Rc (m) Ls (m)
1ª 1,846 100 600 120
2ª 1,824 100 750 96
3ª 1,999 100 600 120
4ª 1,159 100 600 120
5ª 1,325 100 600 120
6ª 1,5 100 450 160
7ª 1,613 100 500 144
8ª 1,132 100 800 90
9ª 1,175 100 600 120
10ª 1,561 100 450 160
11ª 1,343 100 400 180
12ª 1,46 100 400 180
13ª 1,462 100 450 160
14ª 1,497 100 600 120
Fonte: Autor (2023)
14

Portanto, após determinar os valores de raios e o comprimento desejável,


forma-se a reta da estrada.

Figura 20 – Traçado da estrada

Fonte: Autor (2023)

3.2 PERFIL DO TERRENO

O desenvolvimento do perfil do terreno levando o traçado da estrada em


consideração apresentou alguns erros, sendo, porém, todos provenientes do valor
de K, o qual o sistema do civil 3D não permitia alteração. Portanto, é
desconsiderado para os demais passos do projeto.

Figura 21 – Erro encontrado no Perfil do terreno

Fonte: Autor (2023)

3.3 SEÇÃO TRANSVERSAL DA CURVA

A seção transversal da curva descreve a forma e as características da pista


em uma curva. É projetada para garantir a segurança e o conforto durante a
passagem pela curva, levando em consideração fatores como a velocidade de
projeto, o tipo de via, o volume de tráfego e as condições topográficas.
15

Critérios e recomendações para definir a seção transversal da curva são


fornecidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
através de normas e técnicas, não se abstendo da velocidade de projeto, o tipo de
via, volume de tráfego relevantes para a segurança e eficiência da estrada.

Utiliza-se, então, a seguinte equação para encontrar os valores das


elevações das curvas no projeto:

𝟐𝑹𝒎í𝒏 𝑹𝒎í𝒏 (2)


𝒆𝑹 = 𝒆𝒎á𝒙 . ( − 𝟐)
𝑹 𝑹

Onde:

• 𝑒𝑅 – Elevação adotada;
• 𝑒𝑚á𝑥 – Valor máximo de elevação permitido pela via;
• 𝑅𝑚í𝑛 – Valor mínimo de raio aceitável para a via;
• 𝑅– Valor de raio que varia conforme a curva;

Tendo que o valor máximo de elevação permitido pela via (𝑒𝑚á𝑥 ) é 8% e o


valor mínimo de raio aceitável para a via (𝑅𝑚í𝑛 ) é de 394m. Atendendo a esses
valores, para o raio de 600 metros:

2 . 394 394
𝑒𝑅 = 8 . ( − )
600 6002

𝑒𝑅 = 7,1%

Para o raio de 750 metros:

2 . 394 394
𝑒𝑅 = 8 . ( − )
750 7502

𝑒𝑅 = 6,2%

Para o raio de 450 metros:


2 . 394 394
𝑒𝑅 = 8 . ( − )
450 4502

𝑒𝑅 = 7,9%

Para o raio de 500 metros:

2 . 394 394
𝑒𝑅 = 8 . ( − )
500 5002
16

𝑒𝑅 = 7,6%

Para o raio de 800 metros:

2 . 394 394
𝑒𝑅 = 8 . ( − )
800 8002

𝑒𝑅 = 5,9%

E, por fim, para o raio de 400 metros:

2 . 394 394
𝑒𝑅 = 8 . ( − )
400 4002

𝑒𝑅 = 8,0%

A quadro a seguir contempla os resultados obtidos:

Quadro 2 – Valores de elevações de curva


Curva Raio (m) e (%)
1 600 7,1
2 750 6,2
3 600 7,1
4 600 7,1
5 600 7,1
6 450 7,9
7 500 7,6
8 800 5,9
9 600 7,1
10 450 7,9
11 400 8,0
12 400 8,0
13 450 7,9
14 600 7,1
Fonte: Autor (2023)
17

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
4.1 CONCLUSÃO

Portanto, o projeto de uma estrada de aproximadamente 31km no estado


do Mato Grosso foi desenvolvido com êxito, fundamentado em conhecimentos
teóricos e analisando informações como mapas, relevo e curvas de nível. O projeto
foi elaborado utilizando programas como AutoCAD e Civil 3D, em conformidade com
as normas correspondentes e as diretrizes do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DENIT).

A execução integral das curvas, tangentes, espirais e aprestos necessários


foi realizada, levando em consideração os cálculos descritos envolvidos no
desenvolvimento do projeto. Assegurando, assim, que o projeto seja validado e
atenda aos requisitos técnicos e regulamentares estabelecidos.

A teoria, aplicada na prática, neste projeto, demonstra a capacidade de


converter informações geográficas em uma solução executável de engenharia.
Atendendo a aspectos como topografia, curvas de nível e normas técnicas, os
responsáveis pelo projeto garantiram a construção de uma estrada segura e
eficiente.

Portanto, conclui-se a aplicação satisfatória dos conhecimentos teóricos e


técnicos para a elaboração de um projeto geométrico de estrada de classe
correspondente 2, certificando que o trabalho realizado atingiu os objetivos
propostos.
18

5 REFERÊNCIAS

DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem). Manual de Projeto


Geométrico de Rodovias Rurais. Rio de Janeiro: DNER, 1999.

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