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Atividade Propaganda
Atividade Propaganda
Outro viés que se remete às mensagens podem ter caráter Apelativo - Poder/ Razão/ Emoção.
Nesse caso utiliza-se discursos que vão ao encontro de interesses e emoções do receptor,
apelando para mecanismos de persuasão que sejam fortes e convincentes o suficiente para
fazer o destinatário acreditar naquilo que se objetiva com a mensagem dirigida. Há a utilização
atrativa e intencional de imagens, cores, gestos, expressões corporais, dentre outros, podendo
incluir ambientes sugestivos com o propósito de garantir o convencimento do leitor. Esse tipo
de técnica é comumente utilizada na publicidade, já que traz artifícios para o convite ao
consumismo e fortifica a imagem da marca. Segundo Agostinho (2013, p.34) as emoções são
essenciais nas propagandas e comercias tendo em vista que elas”são umas das principais
motivações do consumo hedónico…” O uso da publicidade emocional traz associações
psicológicas para o receptor, transformando a sua mente e aproximando da marca, causando
sentimento de afeição e intimidade com a mesma. Por isso, a utilização dos recursos que
induzem sensações positivas fazem parte das estratégias das empresas mais bem conceituadas
no mercado.
A mensagem mostra ainda os tipos de persuasão relacionadas ao Ethos, Logos e Pathos que
são os três modos de persuasão usados para apelar o observador e discutir os significados
literais e inferenciais no texto. De acordo com Aristóteles (1926), os modos de persuasão
contribuem para explicar como ocorre a persuasão na retórica. Entende-se que o Ethos tem
uma “variação de credibilidade ou confiabilidade, mas referia-se também a elementos de um
discurso que refletiam no caráter particular do falante ou do autor do discurso e o Logos é o
discurso demonstrado com alguma variação de “lógica ou raciocínio, mas menciona - se ao
conteúdo real de um enunciado e como ele foi organizado e o Pathos é uma “variação do apelo
emocional”, referindo assim aos elementos de um discurso que agradava a sensibilidade do
público. Apresentamos ainda o Telos para explicar o propósito ou a atitude particular de um
discurso. Para tanto, faz-se necessário entender as situações retóricas apresentadas no texto,
colocando ênfase, para só assim conseguir identificá-lo claramente. E ainda temos o Kairos que
é um elemento do discurso, embora pouco conhecido em relação ao demais, mas é relevante
para identificar o ambiente, tempo e o lugar específico onde ocorrem o discurso, contribuindo
assim, de forma clara para a identificação do cenário. No universo da publicidade, o logos se
torna essencial para a formação dos discursos, onde são extraídos os preceitos de
racionalidade e lógica, garantindo maior credibilidade na apresentação das mensagens. Essa
razoabilidade argumentativa permite que a interação com o consumidor seja mais clara e
confiável já que se trata de uma demonstração verdadeira ou aparente. No tocante ao Ethos,
este se reproduz ao caráter moral do orador, onde pode ser demonstrada uma mensagem
bastante atraente, mas polêmica por ser abstraída de representações socioculturais próprias
E em relação ao Pathos nos comerciais, proporciona uma comunicação mais eficaz, pois a partir
do conhecimento do público alvo, busca-se transmitir o que sensibiliza o interlocutor,
impactando-o através de seus discursos e fazendo uso das mensagens multimodais a fim de
alcançar melhores resultados para a empresa. O pathos se remete não somente à emoção, mas
a paixão, obsessão, dentre outros sentimentos, sendo imprescindível a ocorrência de textos
multimodais para dar mais ênfase a essas provocações humana
Alguns elementos da linguagem verbal oral da propaganda veiculada pelo rádio devem ser
objeto de observação pelos alunos: fluência, ritmo e entonação da fala; a escolha criteriosa das
palavras em número não excessivo; detecção das principais palavras que podem vir
acompanhadas de outros recursos sonoros – tais como melodia, ruídos, marcação rítmica
executada por algum instrumento etc. Depois da análise desses recursos sonoros, uma vez feita
a escolha do que deve ser o objeto da propaganda, os alunos devem produzir por escrito o
texto que será veiculado oralmente. Chamar a atenção de todos para os elementos que não
podem ser esquecidos: • O quê? – O objeto da propaganda. • Para que serve? – A finalidade. •
Para quem? – O público-alvo. • Definição do slogan. Importante salientar o uso do modo
imperativo nos verbos que fazem parte dos textos de grande parte das campanhas
publicitárias, como: “Doe”, “ Seja”, “Faça”, “Use”, entre outros. .
Deixe sua vida mais fácil. Use CardBom. Pode-se definir propaganda como “a manipulação
planejada da comunicação visando, pela persuasão, promover comportamentos em benefício
do anunciante que a utiliza” (Rafael Sampaio, 1999, p. 24). Ainda de acordo com Rafael
Sampaio, a língua inglesa usa o termo “propaganda” para designar “propaganda de caráter
político, religioso ou ideológico, que tem como objetivo disseminar idéias dessa natureza”
(1999, p. 25). Isto é, ambas as acepções do termo “propaganda” concordam em que a
propaganda é uma forma de comunicação destinada à propagação de idéias e
comportamentos. E esta definição é reforçada pela própria origem do termo “propaganda”.
Contudo, apesar de a propaganda parecer um fenômeno recente, típico do século XX, trata-se
de uma atividade muito antiga. A própria origem do termo “propaganda” é antiga: o termo
“propaganda” deriva do latim “propagare”, que significa “propagar”. E foi justamente para
“propagar a fé” que A Igreja Católica instituiu, em 1622, a Congregatio de Propaganda Fide
(Congregação para a Propagação da Fé), “origem, aliás, da palavra ‘propaganda’” (Rafael
Sampaio, 1999, p. 20).
A marca “é mais do que um produto. Para a função do produto, a marca adiciona sentimento.
Para a performance do produto, a marca adiciona personalidade. Para o valor do produto, a
marca adiciona exclusividade.” (Sampaio, 1999, p. 237
Isto é, o “corpo” de uma empresa (qualidade, preço e distribuição de seus produtos e serviços)
é quase igual ao dos concorrentes, de forma que o seu maior potencial de diferenciação está
na sua “alma” (sua marca). E uma marca é criada, desenvolvida, expandida, mantida e até
mesmo reciclada pela propaganda, como já foi citado anteriormente. “Um consumidor (...) tem
um cérebro e um coração. E a marca age sobre os dois (...)” (Sampaio, 1999, p. 237). Afinal, a
marca se baseia na propaganda, que “age sobre os consumidores (...) tanto de forma lógica e
racional como subjetiva e emocional” (Sampaio, 1999, p. 38).
Não importa qual seja a forma do layout, os objetos “dispostos na peça precisam ter um grau
de importância, seja ele simétrico ou assimétrico.” (César, 2000, p. 157) Assim, o equilíbrio de
um anúncio é definido não pela simetria ou pela assimetria, mas sim pela maneira como um
elemento visual ou textual se sobressai em relação a outro, dando destaque àquilo que
realmente tem mais importância, diferenciando os elementos entre si.
Outra coisa que se deve observar sobre equilíbrio e contraste é que um problema muito sério é
a falta de contraste: fazer uma peça gráfica com muitos elementos, e deixar tudo com o mesmo
peso visual. Todos os elementos são grandes e chamativos, pois todos são considerados
igualmente importantes. No intuito de valorizar todos os elementos gráficos da peça, todos
ficam desvalorizados. De que adianta destacar um elemento, elevando o seu peso visual, se
todos os outros estão igualmente destacados, com um peso visual igualmente alto? “Quando
tudo tem o mesmo peso visual numa peça gráfica, o leitor não sabe o que olhar primeiro. Não
há o contraste entre as coisas. E direção de arte bem feita é direção de arte com contrastes.”
(César, 2000, p. 158)
Também podemos citar Vicente Gil, que desconstrói a leitura sem desconstruir a legibilidade.
Vicente trabalha o texto como se fosse imagem, tirando o leitor do conforto da leitura
tradicional. Por mais que os textos sejam reestruturados dentro de uma visão única, a
mensagem principal é preservada. O leitor é levado a ler. E o que realmente interessa é lido.
(César, 2000, p. 178)
3.3.1. Anúncio da Bohemia O primeiro exemplo mostrado aqui é um anúncio da Bohemia (fig.
1), que tem duas finalidades: a primeira é fazer o relançamento definitivo do produto (a cerveja
Bohemia Confraria, cuja receita é inspirada na receita dos monges católicos), que antes fora
lançado apenas como edição limitada; e a segunda é reforçar a identidade da cerveja como
uma tradição dos monges medievais. Para cumprir a primeira finalidade do anúncio (relançar a
cerveja como edição definitiva), o texto principal diz: “Pode começar a pagar suas promessas.
Bohemia Confraria voltou para ficar.” E, para cumprir a segunda finalidade do anúncio (reforçar
a identidade da cerveja como uma tradição dos monges medievais), quase toda a peça parece
ser uma autêntica tapeçaria medieval. Até mesmo o texto principal foi bordado na própria
tapeçaria. O fundo inteiro é uma imagem muito semelhante à própria Tapeçaria de Bayeux
(figura 2), feita no século XII. Excetuando-se a imagem do produto, mostrado dentro da sua
embalagem e servido uma taça, todos os elementos principais (tanto textuais quanto visuais)
do anúncio fazem parte da própria tapeçaria.
) O que você entendeu? b) O que chama a atenção na propaganda? c) A quem você acha que é
direcionada essa propaganda? d) Onde você percebe traços de humor na propaganda? e) Que
produto foi divulgado na propaganda? f) Qual é a marca do produto? g) Qual foi o objetivo da
propaganda? h) Quais são as qualidades do produto? i) Você gostou da propaganda? Por quê?
j) Você acha que esta propaganda tem estratégias para convencer o consumidor a adquirir o
produto? Quais são elas? k) Escreva sobre os recursos que o autor utilizou para atrair o público
leitor. l) Que tipo de público esta propaganda pode atingir? m) Na propaganda o que mais
chamou sua atenção? n) Que inversão ocorreu neste anúncio? o) Identifique efeito de ironia ou
humor no anúncio.
Por fim, observado os devidos cuidados e tendo o conhecimento de que, uma vez
praticada a propaganda comparativa de forma mentirosa as devidas ações judiciais
seriam impostas, é de extrema importância contratar os serviços de uma agência de
comunicação com um profissional especializado para fazer esse tipo de publicidade, a
fim de evitar futuras dores de cabeça.