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Coleção Diplomata - Francês - Mariana Lima
Coleção Diplomata - Francês - Mariana Lima
Lima, Mariana
Dúvidas?
Acesse www.editorasaraiva.com.br/direito
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou
forma sem a prévia autorização da Editora Saraiva.
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido
pelo artigo 184 do Código Penal.
Sumário
Agradecimento
Prefácio
Apresentação
1 - Introduction
1. COMO É A PROVA DE FRANCÊS NO CONCURSO DE ADMISSÃO À
CARREIRA DIPLOMÁTICA?
2. QUAL É O PESO DA PROVA DE FRANCÊS NO CONCURSO?
3. A PROVA OBJETIVA É MAIS FÁCIL QUE A DISCURSIVA?
4. COMO DEVO ESTUDAR?
5. COMO NÃO ESTUDAR IDIOMAS PARA O CACD
2 - Notions de Grammaire
1. LES GROUPES VERBAUX
a. Les verbes du premier groupe
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. Les verbes du deuxième groupe
c. Les verbes du troisième groupe
COMO ISSO CAI NA PROVA?
d. Cas spéciaux
COMO ISSO CAI NA PROVA?
COMO ISSO CAI NA PROVA?
2. LES VALEURS DES MODES VERBAUX: L’INDICATIF, LE SUBJONCTIF,
LE CONDITIONNEL, L’IMPÉRATIF
a. L’indicatif
b. Le subjonctif
COMO ISSO CAI NA PROVA?
c. Le conditionnel
d. L’impératif
3. LES VALEURS TEMPORELLES ET ASPECTUELLES DE LA
CONJUGAISON VERBALE
4. LE PARTICIPE: FONCTIONS VERBALES ET ADJECTIVALES
a. Le participe passé
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. Le participe présent
c. Le gérondif
COMO ISSO CAI NA PROVA?
5. LES QUATRE TEMPS SIMPLES DE L’INDICATIF
a. Le présent de l’indicatif
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. L’imparfait
COMO ISSO CAI NA PROVA?
c. Le passé simple
d. Le futur simple
COMO ISSO CAI NA PROVA?
6. LES TEMPS COMPOSÉS DE L’INDICATIF
a. L’emploi des auxiliaires ÊTRE ET AVOIR
b. Conjugaison des temps composés de l’indicatif
c. Le passé composé
d. Le plus-que-parfait
COMO ISSO CAI NA PROVA?
e. Le futur antérieur
f. Le passé antérieur
7. LA MISE EN RAPPORT DES TEMPS VERBAUX: PRÉSENT DE
L’INDICATIF, PASSÉ SIMPLE, PASSÉ COMPOSÉ, IMPARFAIT
a. Les fonctions des temps verbaux: chronologique, reférentielle, historique,
narrative, intemporelle
b. La mise en rapport des trois passés: passé simple, passé composé, imparfait
8. LES QUATRE TEMPS DU SUBJONCTIF
a. Le subjonctif présent
b. Le subjonctif passé
c. L’imparfait du subjonctif
d. Le plus-que-parfait du subjonctif
COMO ISSO CAI NA PROVA?
9. LE CONDITIONNEL
a. Emploi du conditionnel
b. Conjugaison
COMO ISSO CAI NA PROVA?
COMO ISSO CAI NA PROVA?
10. L’IMPÉRATIF
a. L’impératif présent
b. L’impératif passé
COMO ISSO CAI NA PROVA?
11. LES ADVERBES
a. Les formes de l’adverbe
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. Les types d’adverbes
COMO ISSO CAI NA PROVA?
c. Les adverbes d’opinion
COMO ISSO CAI NA PROVA?
d. Les adverbes de négation
COMO ISSO CAI NA PROVA?
e. Les adverbes de restriction
COMO ISSO CAI NA PROVA?
f. Les adverbes qui exigent l’inversion
12. LES ARTICLES
COMO ISSO CAI NA PROVA?
13. LES PRONOMS
a. Les pronoms personnels
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. Les pronoms démonstratifs
COMO ISSO CAI NA PROVA?
c. Les pronoms possessifs
d. Les pronoms relatifs: QUI, QUE, QUOI, DONT, OÙ
COMO ISSO CAI NA PROVA?
COMO ISSO CAI NA PROVA?
COMO ISSO CAI NA PROVA?
e. EN et Y9
COMO ISSO CAI NA PROVA?
14. LES ADJECTIFS
a. La position des adjectifs
COMO ISSO CAI NA PROVA?
15. LE COMPARATIF
COMO ISSO CAI NA PROVA?
16. LE SUPERLATIF
a. Le superlatif absolu
b. Le superlatif relatif de supériorité
c. Le superlatif relatif d’infériorité
COMO ISSO CAI NA PROVA?
3 - Notions de Vocabulaire
a. Le répertoire de verbes
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. Petit répertoire d’adjectifs qualificatifs
COMO ISSO CAI NA PROVA?
c. Figures de style issues de la mythologie gréco-romaine10
COMO ISSO CAI NA PROVA?
d. Expressions pour enrichir votre style11-12
e. Les liens logiques
4 - Comprendre et Interpréter
1. Comprendre
COMO ISSO CAI NA PROVA?
2. Interpréter
COMO ISSO CAI NA PROVA?
a. Les limites de l’interprétation: s’en tenir à ce que dit le texte
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. L’interprétation profonde et les enjeux du texte
COMO ISSO CAI NA PROVA?
c. L’interprétation symbolique et les questions formulées à partir de figures de style
COMO ISSO CAI NA PROVA?
3. Comprendre/interpréter: un rapport dialectique
5 - Les Techniques pour L’écriture
1. ÉCRIRE UN PARAGRAPHE14
a. Introduction: qu’est-ce qu’un paragraphe?
b. Quels sont les defauts courants des paragraphes?
c. Les structures-type les plus courantes
2. LA PARAPHRASE
COMMENT FAIRE UNE BONNE PARAPHRASE?
a. Introduire la paraphrase
b. Remplacer certains mots (noms, adjectifs, verbes, adverbes, etc.) par des
synonymes:
c. Modifier la structure des phrases
d. Changer les parties du discours
6 - L’épreuve Vrai/Faux:
I. L’ÉPREUVE VRAI/FAUX
1. Les types de questions
2. Épreuves commentées
Textes I et II - pour les questions 26 à 28
Texte III - pour les questions 29 à 31
Texte IV - pour les questions 32 à 34
Texte V - pour les questions 35 à 37
Texte VI - pour les questions 38 à 40
Texte VII - pour les questions 41 à 44
Texte VIII - pour les questions 45 à 47
Texte IX - pour les questions 48 à 50
3. EXERCICES
7 - L’épreuve de 2003 à 2013
I. L’ÉPREUVE ÉCRITE
1. Les types de questions
2. Les critères de correction
3. Épreuves commentées
4. Exercices
Références Bibliographiques
AUTORA
Mariana Lima Professora de francês e inglês para o Concurso de Admissão à
Carreira Diplomática (CACD) desde 2012, além de oferecer orientação pedagógica
aos candidatos. Formada em Francês pela Alliance Française/Université de Nancy
II. Doutora pela Catholic University of America (Washington, DC). Mestra pela
New School University (New York, NY). Recebeu bolsa integral da CAPES para os
dois cursos, por meio de processo seletivo nacional. Começou a lecionar francês aos
quinze anos de idade na Alliance Française de João Pessoa-PB, após cursar o ensino
médio em Grenoble (França). Tem vasta experiência com ensino de idiomas e
tradução literária e técnica.
E-mail: marianalima0607@gmail.com
A toda a minha família, avós, irmãs e irmãos, sobrinhos e sobrinhas, tias e tios,
primas, cunhadas e cunhados, queridos de perto ou de longe.
Aos mestres Maurice Van Der Woensel, Marie-Claude Grandguillot e René Marché.
A todos aqueles que acreditaram no meu trabalho quando comecei a dar aulas para o
CACD.
Hoje, percebo que o primeiro passo para a carreira diplomática havia sido dado em
um momento anterior, quando comecei meus estudos de preparação para o
concurso. A preparação para a carreira diplomática exige o desenvolvimento da
capacidade de analisar politicamente a combinação de diferentes fatores da
sociedade. Essa capacidade pode ser adquirida pela leitura atenta de diferentes
pensadores e exposição a diferentes manifestações artísticas, o que requer uma
caminhada de constantes descobertas.
É interessante notar que essa caminhada para dentro é o início de uma carreira feita
para fora, em contato com o mundo. Os diplomatas são os emissários que também
contam para o mundo o que é o Brasil e o que é ser brasileiro. A aprovação no
concurso do Instituto Rio Branco não é, portanto, o primeiro passo da carreira. É o
momento em que a caminhada para dentro do Brasil se completou e passa a ser uma
viagem para fora, para relatar ao mundo o que nós somos e o que pensamos.
Devo confessar que a minha caminhada foi bem difícil. Quando comecei a me
preparar para o concurso, poucas cidades brasileiras tinham estruturas que guiassem
os estudos dos candidatos para o concurso. Apesar de ter certeza de que nunca
nenhuma leitura é inútil, estou certo de que a imensidão de pensadores e artistas que
conformam o pensamento brasileiro é difícil de ser abordada no momento de
preparação para o concurso. Lembro-me de que sempre busquei obras que me
guiassem os estudos, mas não tive a sorte de naquele momento haver publicações
neste sentido.
Foi com muita alegria que recebi o convite para escrever sobre minha experiência
pessoal como jovem diplomata brasileiro em uma coleção que ajudará na caminhada
preparatória dos futuros diplomatas. Esta coleção ajudará meus futuros colegas a
seguir por caminhos mais rápidos e seguros para encontrar o sentido da brasilidade e
a essência do Brasil. Congratulo-me com a Editora Saraiva, com os autores e com o
organizador da coleção, Fabiano Távora, pela brilhante iniciativa e pelo excelente
trabalho.
Aos meus futuros colegas diplomatas, desejo boa sorte nessa caminhada. Espero que
se aventurem a descobrir cada sabor deste vasto banquete que é a brasilidade e que
se permitam vivenciar cada nota da sinfonia que é o Brasil. Espero também que
possamos um dia sentar para tomar um café e conversar sobre o que vimos e, juntos,
contar aos nossos amigos de outros países o que é o Brasil.
Romero Maia
Os livros foram escritos com base nos editais e nas questões dos últimos 13 anos.
Uma análise quantitativa e qualitativa do que foi abordado em prova foi realizada
detalhadamente. Cada autor tinha a missão de construir uma obra que o aluno
pudesse ler, estudar e ter como alicerce de sua preparação. Sabemos, e somos claros,
que nenhum livro consegue abordar todo o conteúdo programático do IRBr, mas,
nesta coleção, o candidato encontrará a melhor base disponível e pública para os
seus estudos.2
Portanto, apresentamos aos candidatos do IRBr, além de uma coleção que apresenta
um conteúdo teórico muito rico, bastante pesquisado, uma verdadeira e forte
estratégia para enfrentar o concurso mais difícil do Brasil. Seguindo esses passos,
acreditamos, seguramente, que você poderá ser um DIPLOMATA.
Fabiano Távora
2 Os textos publicados nesta obra, bem como as informações fornecidas nas tabelas
de incidência e nos seus respectivos gráficos, são de responsabilidade exclusiva dos
autores e do coordenador da Coleção. A finalidade desta obra é publicar teoria e
questões relevantes para os candidatos ao concurso de Diplomata, cabendo à Editora
respeitar a liberdade de pensamento e manifestação de cada autor.
Introduction:
ÉVOLUTION DE L’ÉPREUVE DE
FRANÇAIS POUR LE CONCOURS
D’ADMISSION À LA CARRIÈRE
DIPLOMATIQUE
1. COMO É A PROVA DE FRANCÊS NO CONCURSO DE
ADMISSÃO À CARREIRA DIPLOMÁTICA?
Desde 2003 a prova de francês no Concurso de Admissão à Carreira Diplomática
(CACD) tem evoluído continuamente por meio de mudanças periódicas, quer no
rigor da correção, quer nos textos escolhidos, quer no modelo de prova. Todavia, ao
fio das mudanças, o programa geral de língua francesa1 permanece como referência,
embora não conste explicitamente no edital. Essa constante norteia o trabalho dos
professores e facilita a preparação dos candidatos, sujeita a mudanças no concurso
no contexto de preparação de longo prazo.
Dito isso, o nível do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas2 mais
compatível com as provas de 2015 e 2014 quanto à compreensão e interpretação de
textos seria o de Utilizador proficiente (C1):
MODELO DE
PERÍODO CARACTERÍSTICAS
PROVA
O gráfico evidencia que, em contexto de competição cada vez mais acirrada, notas
baixas em inglês, francês e espanhol podem custar a classificação dentro do número
de vagas ofertadas, ainda que o desempenho do(a) candidato(a) tenha sido excelente
nas demais matérias. Para quem busca trunfos na competição por uma vaga, é
indispensável reconhecer a importância dos idiomas na preparação para o CACD.
3. A PROVA OBJETIVA É MAIS FÁCIL QUE
A DISCURSIVA?
A prova objetiva avalia as competências que levam menos tempo para ser adquiridas
pelo falante não nativo: leitura, compreensão de textos, conhecimento das regras
gramaticais. Por esse motivo, a prova objetiva é mais justa, mas não
necessariamente mais fácil em todos os aspectos. Como de costume, apenas os
candidatos mais competitivos tiveram alto desempenho em francês e espanhol em
2015 e 2014. Além disso, as provas objetivas são de caráter eliminatório, o que
comprova que a banca examinadora valoriza o desempenho em francês e espanhol e
não adotou o novo modelo motivada pela intenção de reduzir a dificuldade da prova.
• Prova objetiva
• Prova discursiva
• Apenas uma alternativa correta • Várias respostas são possíveis para cada
pergunta
• Variedade de textos, épocas e estilos;
até nove textos por prova • Um a dois textos por prova
• Adquirir confiança a cada sessão de estudo deve estar dentre seus principais
objetivos.
Cada sessão de estudo conta; fixe um objetivo e cumpra-o. Pode ser fazer uma boa
revisão de um tópico de gramática específico, acompanhada de exercícios de
fixação; responder questões de simulado e preparar um gabarito comentado antes da
correção do professor; analisar um texto em profundidade, observando forma,
estrutura, vocabulário, estilo. O que importa é concluir o programa determinado
para aquele período de tempo, com a certeza de que você treinou uma capacidade ou
adquiriu um conhecimento de modo a poder mobilizar e aplicar o que você estudou
à resolução de questões de prova.
• Não deixe de estudar francês porque o tempo disponível parece curto. Se você
tiver apenas meia hora, escolha um objetivo apropriado para uma sessão de estudo
mais breve. O que importa é manter a regularidade, indispensável para a
sedimentação dos resultados. Se você usar bem o seu tempo, sentirá, no final da
sessão, que concluiu uma tarefa e aprendeu algo que vai servir na hora da prova. A
autoconfiança indispensável para o alto desempenho é construída ao longo da
preparação, a cada sessão de estudo produtivo e focado.
• Ainda que você domine muito bem os idiomas, é essencial que você se prepare
para manter a serenidade e a concentração sob o desgaste emocional e a intensa
pressão do momento de prestar a prova. Como em todas as matérias do CACD, é
fundamental ter em mente que o domínio das competências exigidas pela prova será
cobrado em situações que podem afetar o desempenho do(a) candidato(a). Nessas
condições, o hábito de traduzir é particularmente prejudicial. Algumas questões são
formuladas com base em falsos cognatos e erros comuns de tradução, fraquezas que
todos os examinadores conhecem bem.
Falar pode até ajudar, mas a prova de francês exige domínio da norma culta. A
compreensão de textos literários, acadêmicos e filosóficos de vários períodos,
registros e estilos não se compara com as competências necessárias à comunicação
oral.
Além dos gabaritos comentados das provas de 2014 e 2015, este livro tem um
capítulo inteiro de exercícios, em maioria inéditos, para aplicação e revisão de
tópicos de gramática, vocabulário e interpretação de textos por meio da resolução de
questões segundo o modelo das provas objetivas do CACD.
• BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA:
• EXERCÍCIOS GRATUITOS
• Les nouveaux verbes de la langue française sont conçus sur le modèle du premier
groupe: cliquer, zapper, photographier, télécharger, numériser, etc.
CHANTER
QUESTION 49.1, 2015: À la ligne 45 «furent» est le passé simple du verbe aller.
Réponse: FAUX - «furent» est le passé simple du verbe être à la troisième personne
du pluriel.
QUESTION 34.4, 2014: «fut» (R.16) est le verbe «aller» au passé simple de
l’indicatif.
Réponse: FAUX - «fut» est le passé simple du verbe être à la troisième personne du
singulier.
• Verbes réguliers.
FINIR
• Il faut bien connaître les verbes irréguliers les plus fréquents en langue française:
être, avoir, faire, dire, pouvoir, aller, voir, savoir, venir, falloir, devoir, croire,
prendre, connaître, permettre, etc.
Quelques exemples:
Quelques exemples:
Quelques exemples:
• Participe passé: pris, prise; pris, prises/peint, peinte; peints, peintes/résolu, résolue;
résolus, résolues
COMO ISSO CAI NA PROVA?
Réponse: FAUX - «Voulu» est le participe passé du verbe vouloir; «valu» est le
participe passé du verbe valoir.
d. Cas spéciaux
i. Conjugaison à deux formes Certains verbes peuvent se conjuguer de deux formes
différentes, comme par exemple:
je peux je puis
il peut il peut
il s’assoit il s’assied
je paie je paye
il paie il paye
ii. Verbes défectifs Certains verbes sont appellés défectifs parce qu’ils ne possèdent
pas toutes les formes verbales. Ces verbes ne peuvent pas se conjuguer à toutes les
personnes du singulier et du pluriel ou à tous les temps: • Verbes pronominaux
commençant par «entre»: s’entraider, s’entredéchirer, s’entredétruire,
s’entredévorer, s’entreregarder, s’entretuer...
iii. Verbes impersonnels Certains verbes expriment une action ou état qu’on ne peut
pas attribuer à une personne. Ils ne se conjuguent qu’à la troisième personne du
singulier, IL (sujet apparent ou grammatical), qui ne désigne pas un être ou une
chose dans ces cas.
À l’exception de l’impératif, tous les modes et temps peuvent être employés dans
une construction impersonnelle.
Ex.: Il fallait t’inscrire pour participer au concours → au contraire de t’, sujet réel
qui désigne une personne (toi), il, sujet apparent, ne désigne personne; le pronom
sujet sert uniquement à conjuguer le verbe.
Ex.: Il faisait froid ce jour-là → il, sujet apparent ≠ Il faisait du pain → il, sujet réel
qui désigne la personne qui faisait du pain.
Réponse: FAUX - «Le sport a toute sa place dans la bataille pour l’image, la
popularité et l’attractivité. Il ne s’agit pas seulement de se mettre en ordre de
bataille». → il, sujet apparent dans «Il s’agit», verbe impersonnel.
2. Formada a base, expanda seu repertório e monte uma tabela para facilitar a
consulta e o uso.
• REFERÊNCIAS:
• Verbes formant le «noyau” de la langue, pages 46-49; • Liste de verbes, pages 141-
169; Dicionário Larousse: http://larousse.fr/
Le Figaro - Liste des verbes les plus fréquents en langue française:
http://leconjugueur.lefigaro.fr/frlistedeverbe.php
2. LES VALEURS DES MODES VERBAUX:
L’INDICATIF, LE SUBJONCTIF, LE
CONDITIONNEL, L’IMPÉRATIF
Conhecer a gama de expressão dos modos verbais em lígua francesa é condição sine
qua non para perceber as variadas nuances na maneira de apresentar e de perceber
ações, fatos e acontecimentos em língua francesa. Essas nuances estão presentes em
todos os tipos de textos: narrativos, descritivos, dissertativos, expositivos e
injuntivos; acadêmicos e jornalísticos; especialmente, em textos literários.
• REFERÊNCIAS RECOMENDADAS:
Les modes verbaux expriment des nuances dans la manière de percevoir et présenter
les actions et les faits indiqués par les verbes.
La maîtrise de la mise en rapport des modes verbaux, en plus de celle des temps, est
fondamentale pour bien saisir la richesse et la complexité des nuances obtenues
grâce aux propriétés grammaticales de l’utilisation des verbes.
• Il comporte quatre temps simples et quatre temps composés. Leur étude sera
l’objet d’une section de ce livre.
b. Le subjonctif
Le subjonctif s’emploie avec des verbes exprimant l’envie, le souhait, le désir,
l’émotion, l’obligation, le doute ou l’incertitude.
• Pour identifier le subjonctif, attention à la conjonction que: «pour que ses enfants
souffrants s’endorment».
c. Le conditionnel
Le conditionnel est un mode utilisé pour exprimer un souhait, une hypothèse ou,
comme son nom l’indique, un fait ou une action soumis à une condition.
• Parce qu’il a des valeurs temporelles (antériorité; futur du passé) aussi bien que
des valeurs modales (condition, potentiel, irréel, souhait, regret, politesse), certaines
grammaires le classent comme un temps de l’indicatif.
d. L’impératif
• Le mode impératif est utilisé pour exprimer un ordre, une invitation, une
sollicitation, un conseil ou une interdiction.
L’étude des temps verbaux doit inclure la connaissance de leurs valeurs aspectuelles,
en plus des valeurs temporelles. En effet, la conjugaison verbale ne se limite pas à
situer l’action ou le fait dans le temps. Elle donne également des informations sur la
manière dont se déroule l’action ou le fait exprimé par le verbe: c’est ce qu’on appelle
la valeur aspectuelle du temps.
Au-délà des répères concernant le moment (passé, présent, futur), les valeurs
aspectuelles donnent des informations précises sur le mode de manifestation de
l’action ou évènement exprimé par le verbe. L’aspect est essentiel pour comprendre la
différence entre, par exemple, les différents temps du passé qui font a priori référence
au même moment temporel (passé simple, imparfait, passé composé). Si plusieurs
«temps» verbaux existent pour exprimer le même moment temporel, c’est bien pour
représenter la variété de modes de manifestation des faits ou des actions exprimés par
le verbe.
Deux faits peuvent avoir lieu au même moment, mais se dérouler de manières
différentes:
Le passé simple (en bleu foncé) exprime une action passée complètement achevée,
dont la durée est clairement définie (on en connaît le début et la fin).
L’imparfait (en bleu clair) exprime une action passée en cours de déroulement à un
moment qui n’est pas clairement défini (on n’en connaît pas le moment précis du
début et de la fin).
a. Le participe passé
Le participe passé peut être forme verbale, dans les temps composés, ou adjectif
qualificatif.
i. La fonction verbale Le participe passé est employé dans sa fonction verbale soit
dans les temps composés, associé aux auxiliaires avoir ou être, soit dans la
formation de la voix passive.
• Temps composés: • Une féroce guerre civile a éclaté fin 2013 au Soudan du Sud
(auxiliaire avoir) → Le participe passé est invariable.
• Les villageois sont partis de la campagne (auxiliaire être) → Le participe passé
s’accorde en genre et en nombre avec le nom auquel il se rapporte.
• La maison est bien illuminée le soir. Les exercices corrigés sont très utiles.
Comparez: • Ces gens sont pressés de nous voir. (participe passé) • Ce sont des gens
pressés qui sont venus nous voir. (adjectif) ATTENTION: Si le participe passé est
précédé d’un complément d’objet direct (COD), il s’accorde en genre et en nombre
avec le COD qui le précède. Le COD est placé devant le participe passé si: c’est un
pronom relatif: J’ai fait quelques propositions que la direction a acceptées. (le
pronom relatif COD que précède le participe acceptées).
QUESTION 35.3, CACD 2015: Dans «nous les avons choyés, revendiqués» (R.10)
l’accord des participes passés se fait avec «nous».
Réponse: FAUX - Dans «nous les avons choyés, revendiqués» (R.10) l’accord des
participes passés se fait avec «nos défauts».
• Le participe passé des verbes conjugués avec l’auxiliaire avoir est invariable si
aucun complément d’objet direct (COD) ne le précède.
Toutefois, si le participe est précédé d’un COD (repris par un pronom personnel ou
par un pronom relatif), il s’accorde en genre et en nombre avec le COD qui le
précède.
• Nous avons choyé nos défauts → aucun complément d’objet direct ne précède le
participe choyé, invariable dans ce cas.
• Au lieu de corriger nos défauts, nous les avons choyés → le pronom personnel les
précède le participe choyés.
• Les défauts que nous avons choyés → le pronom relatif que précède le participe
choyés.
QUESTION 36.1, CACD 2014: Dans: «La concurrence qui s’est dessinée entre les
pays a suscité leur intervention bénéfique.» (R.17 et 18), le participe passé
«suscité» n’est accordé ni avec le sujet, ni avec le complément d’objet direct.
QUESTION 36.2, CACD 2014: Dans: «À la faveur de la crise, leur utilité a été
redécouverte» (R.14), le «e» final de redécouverte marque l’accord du participe
passé avec «utilité».
QUESTION 36.3, CACD 2014: Dans: «Les peuples les ont choisis» (R.1 et 2), le
«s» de choisis marque l’accord du participe passé avec le sujet: «les peuples».
Réponse: FAUX - Le participe passé des verbes conjugués avec l’auxiliaire avoir
est invariable si aucun complément d’objet direct (COD) ne le précède. Toutefois,
si le participe est précédé d’un COD (repris par un pronom personnel ou par un
pronom relatif), il s’accorde en genre et en nombre avec le COD qui le précède.
• Les peuples ont choisi les États → aucun complément d’objet direct ne précède le
participe choisi, invariable dans ce cas.
• Au lieu de rejeter les États, le peuples les ont choisis → le pronom personnel les
précède le participe choisis.
• Les États que les peuples ont choisis → le pronom relatif que précède le participe
choisis.
QUESTION 36.4, CACD 2014: Dans: «Les États étaient devenus» (R.12 et 13), le
«s» de devenir marque l’accord du participe passé avec le sujet: «les États».
b. Le participe présent
La forme en -ant peut être participe présent (verbe), adjectif verbal ou gérondif.
i. La fonction verbale La forme en -ant est participe présent quand: • Elle est
précédée de la négation «ne»: Il étudie très minutieusement, ne négligeant aucun
détail.
• Elle a u• complément d’objet direct: Ex.: J’ai trouvé cette délégatio• convainquant
les récalcitrants → la délégation convainc les récalcitrants: verbe.
• En général, lorsque l’adverbe qui le modifie est placé après: Les sujets d’épreuve
changeant souvent, il faut se méfier des formules toutes faites.
ii. La fonction adjectivale La forme verbale en -ant est adjectif verbal et varie en
nombre et en genre, quand: • elle est attribut: Il est différent. Elle est différente. Ils
sont exigents. Elles sont influentes.
• Dans les exemples suivants l’adjectif est la première forme:
confluent/s/e/es confluant
affluent/s/e/es affluant
convergent/s/e/es convergeant
différent/s/e/es différant
excellent/s/e/es excellant
divergent/s/e/es divergeant
équivalent/s/e/es équivalant
négligent/s/e/es négligeant
violent/s/e/es violant
influent/s/e/es influant
communicant/s/e/es communiquant
convaincant/s/e/es convainquant
suffocant/s/e/es suffoquant
provocant/s/e/es provoquant
navigant/s/e/es naviguant
délégant/s/e/es déléguant
fatigant/s/e/es fatiguant
intrigant/s/e/es intriguant
précédent/s/e/es précédant
émergent/s/e/es émergeant
précédent/s/e/es précédant
c. Le gérondif
Le gérondif est invariable; il est formé par le participe présent précédé de la
prépostion en.
Le gérondif peut exprimer: • La cause: En révisant bien ses cours, il a réussi son
examen.
QUESTION 43.3, 2015: L’extrait «On m’eût fort étonné en disant que» (R.7)
pourrait être remplacé, sans changer le sens de la phrase, par on m’aurait fort
étonné si on m’avait dit que.
• La première phrase est formée par le conditionnel passé deuxième forme («On
m’eût fort étonné») accompagné du gérondif («en disant que»).
Le participe présent est formé par le verbe accompagné du suffixe «-ant» et peut
être adjectif, gérondif et verbe.
Réponse: FAUX - Dans «les pratiques sociales et scientifiques allant dans le sens
du développement durable et viable se multiplient», le participe présent du verbe
aller est utilisé dans sa fonction verbale.
• Le participe présent est invariable; il est suivi d’un complément ou d’un adverbe.
a. Le présent de l’indicatif
i. Conjugaison des verbes réguliers
Les auxiliaires
ÊTRE AVOIR
je suis j’ai
tu es tu as
il est il a
La terre est ronde. L’Afrique est un continent. Le portugais est la langue officielle du
Brésil.
Le gouvernement organise tous les ans une conférence sociale. Le Brésil est un pays
démocratique.
QUESTION 44.1, CACD 2014: Dans «si l’on supprime», (R.4), le verbe supprimer
est au présent de l’indicatif.
b. L’imparfait
i. Conjugaison des verbes réguliers Les terminaisons de l’imparfait de l’indicatif
sont les mêmes pour tous les verbes réguliers.
Les auxiliaires
ÊTRE AVOIR
J’étais J’avais
Tu étais Tu avais
Il était Il avait
• L’action est inachevée, donc imparfaite (au contraire du passé défini= passé
simple).
c. Le passé simple
i. Conjugaison
Les auxiliaires
ÊTRE AVOIR
Je fus J’eus
tu fus tu eus
Il fut Il eut
• Valeur aspectuelle: Le passé simple donne une vision globale de l’action dans le
passé.
Dans le récit, le passé simple est utilisé avec l’imparfait pour faire ressortir les
évènements et actions en ordre chronologique sur un arrière-plan temporel: Elle
avança. Ses pas marquèrent la neige. Elle aperçut la route qu’elle cherchait.
d. Le futur simple
i. Conjugaison des verbes réguliers
Attention: Si le verbe à l’infinitif termine en -eler ou -eter, soit la consonne doit être
doublée soit il faut ajuoter un accent. Si le verbe à l’infinitif termine en -yer, alors le
y devient i.
• Quelques verbes irréguliers au futur: être, avoir, devoir, savoir, faire, mourir,
pouvoir, tenir, savoir, valoir, voir, venir.
Les auxiliaires
ÊTRE AVOIR
je serai j'aurai
tu seras tu auras
il sera il aura
Il sera sans doute difficile de travailler à Rio de Janeiro pendant les jeux
olympiques.
COMO ISSO CAI NA PROVA?
QUESTION 31.3, 2015: «Amine choisira» (R.26) signifie que Amine changera de
pays.
Réponse: FAUX - «Amine choisira» (R.26) signifie que Amine décidera entre ses
deux nationalités lors de son service militaire. L’emploi du futur de l’indicatif veut
dire que la décision n’avait pas encore été prise au moment dont il est question dans
le texte.
6. LES TEMPS COMPOSÉS DE
L’INDICATIF
a. L’emploi des auxiliaires ÊTRE ET AVOIR
L’auxiliaire avoir s’emploie vec la majorité des verbes dans les temps composés.
Ex.: Les 70 000 réfugiés sont rentrés selon le Haut-Commissariat aux réfugiés.
• L’auxiliaire être est aussi employé avec les verbes pronominaux: Ex.: Je me suis
perdue dans mon quartier.
Ex.: Les 70 000 réfugiés ne sont pas rentrés selon le Haut-Commissariat aux
réfugiés.
• Dans le cas d’un verbe pronominal, la négation ne...pas se place avant le pronom
et après l’auxiliaire: Ex.: Je ne me suis pas perdue dans mon quartier.
• En règle générale, le participe passé ne s’accorde pas lorsqu’il est employé avec
l’auxiliaire avoir.
• Attention: Le participe passé s’accorde en genre et en nombre avec le complément
d’objet direct (COD) qui le précède.
• Ils ont suivi les conseils qu’elle leur avait donnés.→ qu’ est COD et reprend
l’antécedent conseils.
• Les livres qu’elle a achetés ont coûté cher.→ qu’ est COD et reprend l’antécedent
livres.
• Le passé composé et le futur antérieur sont utilisés plus souvent dans le langage
courant que le plus-que-parfait et le passé antérieur, employés dans le récit pour
marquer l’antériorité.
SIMPLES → COMPOSÉS
imparfait → plus-que-parfait
Aux. présent + Aux. imparfait + Aux. futur simple + Aux. passé Simple +
participe passé participe passé participe passé participe passé
J’ai mangé/Je J’avais J’aurai mangé/Je serai J’eus mangé/Je suis
suis parti mangé/J’étais parti parti
parti
Tu as mangé/Tu Tu auras mangé/Tu Tu eus mangé/Tu fus
es parti Tu avais seras parti parti
mangé/Tu étais
Elle a parti Elle aura mangé/Elle Elle eut mangé/Elle
mangé/Elle est sera partie Nous fut partie Nous eûmes
partie Elle avait aurons mangé/Nous mangé/Nous fûmes
mangé/Elle était serons partis partis
Nous avons partie
mangé/Nous Vous aurez Vous eûtes
sommes partis Nous avions mangé/Vous serez mangé/Vous fûtes
mangé/Nous partis partis
Vous avez étions partis
mangé/Vous êtes Elles auront Elles eurent
partis Vous aviez mangé/Elles seront mangé/Elles furent
mangé/Vous étiez parties parties
Elles ont partis
mangé/Elles sont
parties Elles avaient
mangé/Elles
étaient parties
c. Le passé composé
i. Emploi du passé composé
J’ai voulu ce matin te rapporter des roses; Mais j’en avais tant pris dans mes
ceintures closes Que les noeuds trop serrés n’ont pu les contenir.
Les noeuds ont éclaté. Les roses envolées Dans le vent, à la mer s’en sont toutes
allées.
• Tout comme le présent, le passé composé peut évoquer une vérité générale. Il
évoque alors un état permanent, un fait incontestable, une vérité reconnue ou use
situation récurrente. Le verbe est alors généralement accompagné d’un adverbe de
temps comme jamais, souvent ou toujours.
Ex.: En Grande-Bretagne, même les gauches les plus extrêmes n’ont jamais été pro-
-soviétiques.
• Le passé composé peut aussi être employé avec une valeur d’antériorité dans les
phrases hypothétiques. Il évoque alors un fait ou action dans un futur hypothéthique
qui précède un autre fait, exprimé au futur simple de l’indicatif ou au conditionnel
présent. Le passé composé est alors précédé de la conjonction si.
Ex.: Si tu n’as pas fini ta classe à la fin de la soirée, je t’attendrai.
Ex.: Renata a commencé à travailler pour son employeur en 2008 (le moment où
elle a commencé à travailler est un événement complètement achevé).
Céline est allée à la bibliothèque tous les weekends pour étudier (elle y est allée
plusieurs fois).
d. Le plus-que-parfait
i. Valeurs temporelles
Il est également possible d’établir l’antériorité par rapport au moment présent par le
moyen de l’utilisation du plus-que-parfait de l’indicatif. Dans le prochain exemple,
on voit clairement l’antériorité de l’action de recevoir les rapports avant de pouvoir
les lire:
Ex.: S’ils avaient voulu semer la zizanie dans la région, les rebelles n’auraient pas
accepté de négocier (en fait, ils ont accepté de négocier; donc, ils ne veulent pas
semer la zizanie dans la région).
COMO ISSO CAI NA PROVA?
QUESTION 31.2, 2015: Dans: «Si on avait coulé», le verbe couler est au plus-que-
parfait de l’indicatif.
«Si on avait coulé le développement durable dans une définition unique et idéale
(...), on aurait alors enfermé son potentiel social innovateur» → Le développement
durable n’a pas été coulé dans une définition unique et idéale; son potentiel social
innovateur n’a donc pas été enfermé.
e. Le futur antérieur
i. Valeurs temporelles Comme son nom l’indique, le futur antérieur est un temps du
futur qui exprime l’antériorité par rapport à un autre moment du futur dans le récit.
• Valeur de «passé du futur»: le futur antérieur exprime une action ou fait qui sera
achevé dans le futur avant un autre fait ou action également dans le futur, considéré
comme terminé dans le contexte du discours.
• Cette valeur temporelle permet la projection d’un fait ou d’une action accomplie à
un moment donné dans le futur.
Ex.: Le traducteur n’est pas arrivé. Son vol aura été en retard.
f. Le passé antérieur
Valeurs temporelles et aspectuelles Valeur de «passé du passé»: le passé antérieur
exprime une action ou un fait antérieur par rapport à une autre action au passé
simple. Il permet donc d’inverser l’ordre chronologique dans le récit.
• Le passé antérieur exprime un fait antérieur par rapport à une autre action au passé
simple: Ex.: Quand ils eurent fini de parler, ils se serrèrent les mains.
• Le passé antérieur peut aussi exprimer un fait passé achevé et précisé par un
adverbe de temps tel que vite, bientôt, etc.: Ex.: Il eut vite fait son choix.
7. LA MISE EN RAPPORT DES TEMPS
VERBAUX: PRÉSENT DE L’INDICATIF,
PASSÉ SIMPLE, PASSÉ COMPOSÉ,
IMPARFAIT
Além de situar ações, eventos, fatos e estados no tempo, os tempos verbais também
servem para expressar aspectos relacionados à maneira como a ação ocorre. Os
aspectos verbais podem enfatizar o começo (sentido incoativo), o desenvolvimento
(sentido cursivo) ou a conclusão de ações, eventos, fatos ou estados (sentido
conclusivo).
A coordenação dos tempos verbais deve ser o objetivo principal do estudo dos
tempos e modos da conjugação francesa, fundamental para os candidatos ao CACD.
Esse aprendizado não é intuitivo, contudo; além disso, o hábito de traduzir pode
confundir o candidato. Recorrer a um professor experiente pode ser útil para
desenvolver a sensibilidade para nuances de expressão e efeitos de estilo criados por
meio da coordenação dos tempos verbais em língua francesa.
Exemple: «(...) une période allant de 1780, début de l’Ère des révolutions, à 1914,
date à laquelle éclate une Première Guerre mondiale (...)».
• Valeur temporelle du passé simple: il situe un procès dans le passé révolu, sans lien
avec le moment de l’énonciation (hier, jadis, en 1848...)6.
• Passé simple × passé composé: Le passé simple est utilisé pour décrire les
évènements, actions ou états complètement terminés dans le passé lointain. Le passé
composé est utilisé pour décrire les évènements, actions ou états dans le passé récent
ou dont l’influence se fait sentir dans le présent. Á l’oral, le passé composé a
remplacé le passé simple. Par contre, à l’écrit, il faut bien distinguer les fonctions
des deux temps pour plus de clarté et de précision.
• Passé simple et ordre chronologique: Le passé simple est souvent utilisé pour
évoquer des actions multiples en succession chronologique. Il n’est pas nécessaire
de préciser l’ordre chronologique à l’aide d’un complément.
Exemple: «les modes d’action des hommes et des femmes s’ajustèrent les uns par
rapport aux autres, puis commencèrent à acquérir des traits communs partout dans le
monde» (même sans l’emploi de l’adverbe puis, la succession d’actions indiquées
par le passé simple exprime l’ordre chronologique).
8. LES QUATRE TEMPS DU SUBJONCTIF
Le subjonctif est le mode de l’expression du sentiment, du doute et de l’opinion:
c’est donc le mode de la subjectivité. Le subjonctif est très utile pour argumenter et
pour soutenir son point de vue dans les réponses aux questions du type «d’après
vous». Il suffit de maîtriser l’emploi de la troisième personne du singulier au présent
du subjonctif pour l’épreuve écrite; il est cependant nécessaire de connaître tous les
temps du subjonctif pour bien comprendre et interpréter des textes littéraires.
Des quatre temps du subjonctif, seuls le présent et le passé sont utilisés à l’oral.
L’imparfait et le plus-que-parfait du subjonctif sont d’ usage littéraire; ils ne
s’utilisent qu’à l’écrit à la troisième personne. Dans sa construction, on ajoute la
conjonction «que» ou «qu’» devant le verbe; les verbes au subjonctif se retrouvent
donc dans une proposition subordonnée.
a. Le subjonctif présent
b. Le subjonctif passé
ATTENTION: Le participe passé s’accorde avec le pronom sujet dans les
constructions avec l’auxiliaire être.
que que
ayons fini soyons venus
nous nous
que que
ayez fini soyez venus
vous vous
c. L’imparfait du subjonctif
que nous
que vous
qu’ils
Personne Ouvrir Pouvoir Venir
que je
que tu
ouvr - i - ss - e ouvr - i - ss - p - u - ss - e p - u - ss - v - in - ss - e v - in -
qu’il es ouvr - î - t ouvr - i - ss - i es p - û - t p - u - ss - i ss - es v - în - t v - in
- ons ouvr - i - ss - i - ez - ons p - u - ss - i - ez - ss - i - ons v - in - ss
que nous
ouvr - i - ss - ent p - u - ss - ent - i - ez v - in - ss - ent
que vous
qu’ils
d. Le plus-que-parfait du subjonctif
que que
eussions fini fussions venus
nous nous
que que
eussiez fini fussiez venus
vous vous
• soit avec des verbes d’expression de l’opinion: croire, penser, affirmer, être sûr,
compter, s’imaginer, trouver, deviner, supposer, deviner, s’attendre à ce que...
• Le doute: Il est improbable que vous retrouviez vos amis dans la foule.
ii. Valeus aspectuelles: la certitude altérée Les expressions impersonnelles qui créent
des nuances de la certitude (plus certai• moins certain) sont suivies du subjonctif.
Il semble que MAIS ≠ Il me semble que + Indicatif; Il paraît que + Indicatif, Il est
invraisemblable que,
Il est peu probable que MAIS ≠ Il est probable que + indicatif Il est surprenant que
Interrogatio• Est-ce que tu crois qu’il sait Interrogation Crois-tu qu’il sache la
la vérité?/Crois-tu qu’il sait la vérité? vérité?
Négatio• Je crois qu’il ne sait pas la Négation Je ne crois pas qu’il sache la
vérité. vérité
COMO ISSO CAI NA PROVA?
QUESTION 29.4, 2015: Au lieu de «sans qu’on m’eût regardé», (R.28) on pourrait
dire aujourd’hui sans qu’on me regarde.
Réponse: VRAI - Dans «qu’ on m’ eût regardé» le verbe regarder est conjugué au
conditionnel passé deuxième forme.
• Pour identifier le subjonctif, attention à la conjonction que: «pour que ses enfants
souffrants s’endorment».
a. Emploi du conditionnel
Le conditionnel est caractérisé comme un futur hypothétique; il permet de formuler
un avenir possible sous certaines condidions, mais qui n’est pas certain. Le
conditionnel a des valeurs temporelles et modales.
Pour l’épreuve écrite, seul le conditionnel présent est indispensable. Il est cependant
important de connaître les deux formes du conditionnel passé pour la
compréhension et l’interprétation de textes littéraires.
b. Conjugaison
i. Le conditionnel présent Le conditionnel présent est formé par le radical du futur
simple avec les terminaisons de l’imparfait. Le conditionnel présente donc toutes les
irrégularités et les exceptions du futur.
Pronoms premier groupe: raconter deuxième groupe: finir troisième groupe: partir
Pronoms premier groupe: raconter deuxième groupe: finir Troisième groupe: partir
QUESTION 29.4, CACD 2015: Au lieu de «sans qu’on m’eût regardé», (R.28) on
pourrait dire aujourd’hui sans qu’on me regarde.
Réponse: VRAI - Dans «qu’ on m’ eût regardé» le verbe regarder est conjugué au
conditionnel passé deuxième forme.
QUESTION 43.3, CACD 2015: L’extrait «On m’eût fort étonné en disant que»
(R.7) pourrait être remplacé, sans changer le sens de la phrase, par on m’aurait fort
étonné si on m’avait dit que.
• La première phrase est formée par le conditionnel passé deuxième forme («On
m’eût fort étonné») accompagné du gérondif («en disant que»).
• Le gérondif est invariable; il est formé par le participe présent (disant) précédé de
la prépostion en. Dans l’extrait, le gérondif exprime la cause de l’étonnement. Il
peut donc être remplacé par si on m’avait dit que sans changer le sens de la phrase.
• Potentiel: la condition n’est pas présente au moment de l’énonciation, mais elle est
considérée comme une possibilité réalisable, quoique hypothétique.
Ex.: Des nouvelles sanctions contre le pays feraient plus de mal que de bien.
QUESTION 44.1, CACD 2014: Dans «si l’on supprime», (R.4), le verbe supprimer
est au présent de l’indicatif.
Semons l’homme et qu’il soit peuple! semons la France, Et qu’elle soit Humanité!»
Vivez! - La joie est vite absente; Et les plus sombres d’entre nous
aie fini
ayons fini
ayez fini
sois venu(e)
soyons venu(e)s
soyez venu(e)s
QUESTION 43.1, CACD 2015: Dans «n’y songez plus» (R.41) le verbe est à
l’impératif.
Un adverbe est un mot invariable qui complète le sens d’un verbe, d’un adjectif ou
d’un autre adverbe.
CAS PARTICULIERS
• Adjectifs employés comme adverbes: bas, bon, cher, clair, dur, faux, ferme, fort,
haut, lourd, mauvais, meilleur.
Ex.: Cet instrument sonne faux, mais il ne coûte pas cher. Ils vont couper court à
leur discussion. L’air de la campagne sent bon.
COMO ISSO CAI NA PROVA?
QUESTION 35.2, 2015: Dans «Cela fait bien longtemps» (R.4), le mot «bien»
signifie très.
QUESTION 50.3, 2015: À la ligne 29 «Lors» pourrait être remplacé par Lorsque
sans rien changer à la phrase.
Réponse: FAUX - Dans le texte, le mot «Lors» est utilisé dans l’adverbe lors
de(du).
• Lorsque n’est pas un adverbe, mais une conjonction qui exprime la simultanéité,
la concomitance dans le temps et pourrait être remplacée par quand.
QUESTION 46.1, 2014: «Partout» (R.14) est un adverbe de lieu signifiant: dans
tous les endroits.
QUESTION 27.3, 2014: «Avez-vous jamais cherché» pourrait être remplacé, sans
changer le sens du texte par: avez-vous déjà cherché.
Réponse: VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître les sens de
l’adverbe jamais: • Sans négation, jamais indique un temps quelconque, dans le
passé ou le futur, et est un synonyme de déjà (en anglais: Have you ever...?).
• Avec la négatio• ne, jamais veut dire en aucun temps (en anglais: never).
QUESTION 43.1, 2014: «d’ailleurs» (R.3) est mis ici pour d’autre part.
• En registre soutenu, d’autre part s’utilise dans la séquence d’une part… d’autre
part, qui introduit deux éléments en opposition.
ADVERBES DE NÉGATION
ne...pas/ne… pas du tout ne… nullement
QUESTION 28.4, 2015: Dans la phrase: «où je n’étais point connu» (R. 19 et 20),
on peut remplacer «point» par plus, sans changer le sens de la phrase.
Réponse: FAUX - On ne peut pas remplacer «point» par plus sans changer le sens
de la phrase.
• «où je n’étais point connu» veut dire «où je n’étais pas connu du tout»
• «où je n’étais plus connu» veut dire «où je n’étais pas connu, mais je l’avais été
antérieurement»
i. Le «ne» explétif
Le mot ne est explétif quand il n’a pas de valeur sémantique. Il s’utilise surtout en
langue soutenue.
Ex.: Elle quitta son pays avant que la guerre ne commence = Elle quitta son pays
avant que la guerre commence.
Il faut empêcher que cette nouvelle ne soit publiée aujourd’hui = Il faut empêcher
que cette nouvelle soit publiée aujourd’hui.
Ex.: Ces réunions n’ont lieu qu’en fin de semaine → seulement en fin de semaine
Ces réunions n’ont pas lieu qu’en fin de semaine → non seulement en fin de
semaine
• Ne...guère/ne...plus...guère
L’expression ne… guère est restrictive; elle indique une très petite quantité, une
faible intensité et équivaut à ne...pas beaucoup.
Ex.: «Je n’ai guère changé. J’aime à présent mettre les pieds dans les miroirs, agiter
mes bras derrière les meubles, enfermer mon coeur dans la soupière...» Marcel
BÉALU, Jeux, Journal d’un mort, 1946 → Je n’ai presque pas changé.
Elle n’a plus guère de temps libre → Elle n’a presque plus de temps libre.
COMO ISSO CAI NA PROVA?
QUESTION 46.1, 2015: A la ligne 43 on pourrait changer le mot «guère» par peu
sans changer le sens de la phrase.
Réponse: FAUX - Lola affirme justement le contraire: «Il n’y a que les fous et les
lâches qui refusent la guerre quand leur Patrie est en danger…».
QUESTION 29.1, 2014: A Piracicaba, le développement durable n’a pas été traité
que sous l’aspect environnemental et social.
Réponse: VRAI - Item jugé particulièrement difficile par les candidats lors de
l’épreuve de 2014.
Forme affirmative: A Piracicaba, le développement durable n’a été traité que sous
l’aspect environnemental et social = le développement durable a été traité
seulement sous l’aspect environnemental et social
• Adverbes, page 60
• Aussi est adverbe lorsque le mot veut dire également, en outre ou de plus. Dans
ces cas, il ne s’écrit pas en début de phrase.
• Aussi est conjonction lorsque le mot veut dire c’est pourquoi (pour introduire une
explication) ou en conséquence (pour introduire une conclusion).
ii. Expressions avec les adverbes et locutions adverbiales qui exigent l’inversion
Ainsi peut-on
dire/affirmer/soutenir que...
Ainsi est-il
nécessaire/indispensable de +
De cette manière, verbe à l’infinitif Ainsi est-il
Ainsi (sans virgule)
pour conclure possible/impossible de + verbe à
l’infinitif Ex.: Ainsi est-il
possible de satisfaire à des
normes énergétiques de plus en
plus rigoureuses.
Peut-être faut-il
chercher/trouver...
Possiblement, Ex.: Peut être faut-il trouver des
Peut-être
probablement solutions intermédiaires Peut-
être faut-il chercher la vérité
entre les deux extrêmes.
12. LES ARTICLES
i. L’article indéfini et l’article défini L’article est le déterminant spécifique du nom.
Il permet de savoir se le nom est masculin ou féminin, singulier ou pluriel, car il
s’accorde en genre et en nombre. Il existe trois types d’articles: Les articles indéfinis
(un, une, des), les articles définis (le, la, les, l’ + les contractés: du, des, au, aux) et
les articles partitifs (des, du, de la).
• L’article indéfini: Un, une, des. Il s’emploie devant des êtres ou des objets qui
peuvent être comptés (1, 2, 3, 4...) et qui ne sont pas encore identifiés ou connus par
l’auteur du texte.
• L’article défini: Le, la, les, l’ (devant une voyelle ou h muet). Il s’emploie devant
un être ou un objet qui a déjà été mentionné explicitement dans le texte.
Ex.: Min Kush est une ville (première mention: article indéfini) perdue dans les
montagnes kirghizes. Aujourd’hui «ville fantôme» de 3 000 habitants, la ville (on
sait déjà de quelle ville on parle: article défini) était un point clé de l’extraction
d’uranium dans la région.
L’article l’ à valeur euphonique est plus fréquent en registre soutenu. Son utilisation
avant on n’est pas obligatoire, mais elle rend la prononciation plus agréable et plus
facile. L’article l’ à valeur euphonique sert à: • éviter deux voyelles à la suite → on
précédé par si, et, ou, où.
«Il fait roi l’esclave/Et peut damner les saints/L’honnête ou le sage/Et l’o• n’y peut
rien» - Et l’on n’y peut rien, Jean-Jacques Goldman.
Ex.: Il est plus facile de se battre lorsque l’on suit ses principes (mieux que
lorsqu’on suit).
Quoique l’on en dise, la diplomatie est une carrière très convoitée (mieux que
Quoiqu’on en dise).
• L’article est plus fréquent encore si le mot qui suit on commence lui-même par le
son «con».
Ex.: Puisque l’on compare deux situations différentes… (mieux que puisqu’on
compare).
QUESTION 35.4, 2015: Dans «qui l’ont inventée» (R. 2 et 3), «l’» a une valeur
euphonique.
Cependant, dans l’extrait, «l’» est placé devant ont, l’auxiliaire avoir à la troisième
personne du pluriel.
Dans ce cas, l’ est un pronom personnel COD; son emploi est obligatoire.
QUESTION 44.4, 2014: Dans «si l’on supprime» (R.4), le «l’» a une valeur
euphonique.
iii. Le partitif • L’article partitif: Du (de le), de l’ (devant une voyelle ou h muet), de
la, des (de+ les, de+las). Il s’emploie pour indiquer les quantités non comptables
(êtres ou des choses qui ne peuvent être comptés): DU soja → Un soja, deux sojas,
trois sojas; DU minerai de fer → Un minerai de fer, deux minerais de fer Ex.: Le
Brésil exporte du minerai de fer, des textiles et de la viande de poulet.
Ils espèrent de l’appui à leur pays qui reste menacé. → Ils n’espèrent pas d’appui à
leur pays qui reste menacé.
É importante conhecer muito bem as funções dos diversos tipos de pronomes para
conseguir identificá-las em contextos e aplicações variados. A banca pode formular
o item tanto com base em regras literais de gramática, de fácil reconhecimento,
como em questões de interpretação de texto que dependam do entendimento de
referências mais complexas. Em caso de dúvida, os exercícios recomendados podem
ajudar a fazer uma revisão rápida e eficiente.
http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-francais-
30563.php http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-
francais-43222.php Pronoms personnels COD (Complément d’Objet Direct):
http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-francais-
3348.php http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-
francais-62144.php Pronoms personnels COD ou COI (Complément d’Objet
Indirect): http://www.lefrancaispourtous.com/ex_pronoms_pers.htm
http://fis.ucalgary.ca/Elohka/COD_COI.htm
SUJETS COMPLÉMENTS
i. Les pronoms toniques Les pronoms toniques moi, toi, lui/elle, nous, vous,
eux/elles s’utilisent, entre autres usages: • Pour renforcer un nom ou un pronom:
Ex.: Toi, tu devrais te concentrer davantage. Eux, ils préfèrent étudier à la
bibliothèque.
Ex.: Vincent, lui, c’est un solitaire. «Madame Bovary, c’est moi» (phrase attribuée à
Gustave Flaubert).
• Après une préposition: Ex.: Ce livre est pour vous. Elle me parle souvent de lui. Je
voudrais rester ici avec toi. Ils ne sont plus chez eux à cette heure.
• Dans les réponses avec aussi/non plus: Ex.: «Je ne fume pas.» «Moi non
plus»./«Elle veut devenir diplomate.» «Lui aussi».
COMO ISSO CAI NA PROVA?
Réponse: ANNULÉ - Le jury a décidé d’annuler cet item parce qu’il l y a deux
pronoms «lui» à la ligne 20; le deuxième «lui» est un pronom tonique.
Les pronoms toniques renforcent un nom ou un pronom. Ils sont utilisés • avec et,
oui, si, non, pas; aussi, non plus.
Il est possible que l’examinateur ait espéré que le deuxième pronom «lui» («pour
lui») serait après le retour à la ligne dans le cahier d’ épreuve et que le seul premier
pronom «lui» à la ligne 20 serait celui qui n’est pas tonique («lui importent peu»).
QUESTION 27.2, CACD 2014: «Je ne veux rien avoir à faire avec eux, avec elle»
signifie que le personnage n’accepte aucun lien avec la guerre.
Réponse: VRAI - Dans l’extrait, le pronom elle reprend la guerre et le pronom eux
reprend tous les hommes qu’elle contient.
«Je la refuse tout net (la guerre), avec tous les hommes qu’elle contient, je ne veux
rien avoir à faire avec eux (tous les hommes qu’elle contient), avec elle (la
guerre)».
SINGULIER PLURIEL
Réponse: VRAI - À la ligne 7 le pronom «celui» remplace le nom «but»: «Son seul
but, ainsi que celui (le but) des autres habitants, est de conserver intact leur monde
et leurs manières de vivre».
QUESTION 39.3, CACD 2015: Le pronom «ceux-ci» (R.15) remplace les fruits
que la nature a produits.
Réponse: FAUX - Le pronom «ceux-ci» (R.15) remplace les fruits que nous avons
altérés par notre artifice.
singulier pluriel
QUESTÃO 37.4, 2014: Dans «Ce sont bien les États qui ont sauvé du naufrage les
grandes banques…», le pronom relatif «qui» est le sujet du verbe sauver.
Réponse: VRAI - Le pronom relatif qui a une fonction sujet et ne s’élide jamais
avant voyelle ou h muet.
• Attention à ne pas confondre qui et que: le pronom relatif que a une fonction
complément et s’élide avant voyelle ou h muet.
ii. QUE: généralement complément d’objet direct (COD) Ex.: La négociation est un
succès. + Je croyais la négociatio• (COD) impossible.
QUE: conjonction (du latin QUE: pronom relatif (latin quem, accusatif de
classique quia, le fait que) qui, lequel)
Le Brésil est un si beau pays que • Ex.: La cause au nom de laquelle il a combattu
les touristes ne veulent plus est de plus en plus vitale.
rentrer chez eux.
• On n ‘emploie pas «qui» précédé d’une
préposition s’il s’agit d’un animal ou d’une
chose. (Dans ce cas, il faut impérativement
• le deuxième terme dans une employer les pronoms relatifs composés.)
comparaison: Le CACD est plus
difficile que d’autres concours de
la fonction publique.
iii. QUOI, souvent précédé d’une préposition, est neutre Ex.: Il ne sait pas de quoi
elle parle. Il y a peu de choses sur quoi nous sommes d’accord.
e. EN et Y9
Les pronoms personnels complément de nom EN et Y remplacent, en règle générale,
des termes introduits par les prépositions DE ou À.
• EN remplace: • DE + complément indirect de verbe tel que parler de, rêver de,
avoir peur de.
• un nom précédé d’un article indéfini (un, une, des) ou d’un partitif (du, de la, de l’)
• un nom précédé d’un mot ou expression qui indique la quantité (qui doit être
répété en fin de phrase - voir exemples).
• Y remplace: • À + complément indirect de verbe tel que penser à, rêver à, tenir à...
DE → EN À→Y
Je rêvais d’un autre J’en rêvais. Je rêvais de vivre dans Je rêvais d’y vivre.
monde. un autre monde.
Elle parle tout le Elle e• parle tout Elle pense tout le Elle y pense tout le
temps de ses études. le temps. temps à ses études. temps.
Je sors très tard du Je vais au cours tous J’y vais tous les
J’en sors très tard.
cours. les samedis. samedis.
La piscine est
Elle en est Il peut voir son reflet Il y peut voir son
remplie d’eau
remplie. sur l’eau de la piscine. reflet.
thermale chauffée.
Elle a préparé
Elle en a préparé Elle reste chez elle Elle y reste pendant
plusieurs costumes
plusieurs. pendant le carnaval. le carnaval.
pour le carnaval.
Réponse: VRAI - Le mot «en» peut représenter «un nom, un pronom, un adverbe,
une proposition précédée de la préposition de», selon la définition du dictionnaire
Larousse. Le mot propositio• veut dire «Unité syntaxique élémentaire construite
autour d’un verbe» (en portugais, oração).
• REFERÊNCIA: Table des adjectifs qui changent de sens selon leur place:
http://monsu.desiderio.free.fr/atelier/adjsens.html
• Le petit chat adorable → ce chat est toujours adorable et on le distingue des autres
chats par cette caractéristique.
• Les adjectifs qui changent de sens: Les adjectifs courts, d’une ou de deux syllabes,
peuvent se placer avant ou après le nom; ils en modifient profondément le sens s’ils
expriment des notions de • taille ou poids (grand, petit, gros, maigre, mince, léger,
lourd...); • apparence (beau, joli, laid, fin, galant...); • âge (jeune, vieux, nouveau...);
• vérité (certain, pur, clair, vrai, juste, franc...); • identité (même, propre, seul, autre,
quelconque...); • qualité ou défaut moral (noble, sacré, curieux, brave, triste, pur,
tendre, digne, cruel, méchant...).
Cette règle permet de créer des jeux de mots comme «un homme grand qui n’est pas
un grand homme»; «Un propre travail n’est pas forcément un travail propre».
L’adjectif antéposé devient alors subjectif, emphatique, doté d’un sens figuré.
• Il peut y avoir opposition entre des domaines de référence.
Ex.: «un pur esprit» se rapporte à des qualités intellectuelles; «un esprit pur»
concerne la morale, la religion.
«une pleine journée»: une journée entière, toute une journée; «une journée pleine»:
une journée remplie d’activités.
Ex.: Un triste sire; Il y a belle lurette (il y a bien longtemps) une sage-femme (en
portugais, parteira) ≠ une femme sage (sans trait d’union).
On a aussi des termes qui opposent deux réalités objectives: un jeune homme et un
homme jeune.
ATTENTION: Ce ne sont pas tous les adjectifs, mais seulement certains qui
changent de sens selon qu’ils soient placés avant ou après le nom auquel ils se
rapportent.
COMO ISSO CAI NA PROVA?
QUESTION 47.1, 2014: «dans une étroite et indissoluble unité» (R.12 et 13), peut
être remplacé, sans changer le sens du texte, par: dans une unité étroite et
indissoluble.
Réponse: VRAI - La position des adjectifs étroite et indissoluble peut être changée
sans modifier le sens de la phrase, car ils n’appartiennent pas aux catégories
d’adjectifs qui changent de sens selon leur placement (taille, poids, apparence, âge,
vérité, identité, qualité ou défaut moral).
15. LE COMPARATIF
Observez:
C’est beaucoup plus que ce qui s’est passé dans la France au lendemain de la
seconde guerre mondiale.
aussi grand
ADJECTIF moins grand que plus grand que
que
ADVERBE aussi vite que moins lentement que plus lentement que
exporte
VERBE exporte moins que exporte plus que
autant que
Davantage ne peut pas être suivi d’un adjectif ou d’un adverbe: Il faut écrire plus
rapide que et plus rapidement que, et non davantage rapide que; davantage
rapidement que.
COMO ISSO CAI NA PROVA?
QUESTION 46.2, 2015: L’extrait «maître aussi jaloux qu’absolu» (R. 33 et 34)
signifie plus jaloux qu’absolu.
Réponse: FAUX - Dans l’extrait «maître aussi jaloux qu’absolu», l’adverbe aussi
indique une relation d’égalité entre «jaloux» et «absolu».
a. Le superlatif absolu
Il est formé d’un adverbe exprimant un degré très élevé (très, fort, bien,
extrêmement, etc.) et d’un adjectif.
• le plus + adjectif: «de tous» implicite La majorité considère que le procédé le plus
indiqué serait la négociation de bonne foi.
• le moins + adjectif: «de tous» implicite Ex.: Ce type de réacteur produira l’énergie
électrique la moins chère (de toutes).
COMO ISSO CAI NA PROVA?
QUESTION 42.3, 2014: C’est la première fois que Zola met en scène un
personnage aussi doux que celui de Gervaise.
Réponse: VRAI - L’utilisation du superlatif confirme que Zola n’avait jamais mis
en scène un personnage aussi doux que celui de Gervaise: «Gervaise est la plus
sympathique et la plus tendre des figures que j’ai encore créées; elle reste bonne
jusqu’au bout».
Notions de Vocabulaire
A maneira mais prática e rápida de estudar vocabulário para o CACD é por meio de
fichamentos em complemento à rotina de leitura de textos diversificados.
http://www.larousse.fr/dictionnaires/francais http://www.larousse.fr/dictionnaires/bilingues
http://www.larousse.fr/encyclopedie 2. Manual FUNAG: referência para gramática e
vocabulário: http://funag.gov.br/loja/download/1011-Manual_do_Candidato_-_Frances.pdf
3. Exercícios de apoio:
http://www.francaisfacile.com/exercices/
http://savoirs.rfi.fr/fr/apprendre-enseigner/langue-francaise/journal-en-francaisfacile 6.
Resumos de notícias:
http://les-yeux-du-monde.fr/
a. Le répertoire de verbes
Voici le travail le plus important, efficace et facile pour améliorer votre style et votre
connaissance des verbes en langue française. Oui, cela prendra un peu de votre temps, mais
les bénéfices sont immédiats et remarquables.
• Voir Manuel FUNAG, pp. 141-169; • Suggestion: Entre vingt et quarante verbes pour
commencer; • Notez que les synonymes et contraires dépendent du contexte, pour la
plupart des cas.
il, elle
résoudra -
ils, elles deviner, résoudre le
résout/ a/ont résoudront/il, déchiffrer, problème de
résoudre résolvant compliquer
résolu elle démêler, la liquidité
résolvent
résoudrait - trouver internationale
ils, elles
résoudraient
il, elle
spécifiera - Sans
ils, elles spécifier
spécifie/ a/ont spécifieront indiquer, aucun titre,
spécifier spécifiant généraliser
spécifié il, elle préciser comptant
spécifient
spécifierait- qu’ils se
ils, elles reconnaissent
spécifieraient
QUESTION 26.2, CACD 2015: Rica s’étonne et s’amuse des réactions des
Parisiens à son égard, mais ne s’en offusque pas.
Réponse: VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe
s’offusquer: Être choqué, vexé.
Oui, Rica s’étonne et s’amuse des réactions des Parisiens à son égard, mais
«l’attention et l’estime publique» lui font plaisir et ne le vexent pas.
QUESTION 34.1, CACD 2015: Les auteurs soutiennent que le «French bashing» a
eu un effet positif sur les Français en les poussant à pallier à leurs défauts.
Réponse: ANNULÉ - Pallier est un verbe transitif direct, qui veut dire résoudre
plus ou moins bien. Le jury a annulé l’item en raison de la construction fautive
pallier à.
• Selon le texte, «au lieu de corriger nos défauts, [les Français les ont]choyés,
revendiqués presque avec fierté». Il serait donc faux d’affirmer que les auteurs
soutiennent que le «French bashing» a eu un effet positif sur les Français en les
poussant à pallier leurs défauts.
QUESTION 34.4, CACD 2015: Les auteurs de cet article affirment que le
phénomène du «French bashing» s’est immédiatement diffusé dans le monde et
l’expression a très vite été adoptée en France.
Réponse: FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe
passif être cantonné, qui veut dire s’isoler dans un lieu, être confiné.
Réponse: FAUX - Le verbe évoquer est utilisé à la ligne 3 dans le sens de Faire
songer à quelque chose; Faire naître chez quelqu’un la représentation mentale de
quelque chose jusque-là inconnu.
Réponse: VRAI - Les verbes esquisser et ébaucher veulent dire tracer le plan d’une
œuvre à grands traits, en donner un premier aperçu, décrire sans approfondir.
QUESTION 44.1, CACD 2015: Dans le texte, Diderot louvoie entre critiques et
acceptation de l’autorité royale et du pouvoir divin afin de protéger ses écrits et lui-
même.
QUESTION 48.2, CACD 2015: A travers son écriture Mia Couto raconte des
histoires pour alléger les souffrances du monde.
Réponse: VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe
alléger, qui veut dire rendre plus léger; plus spécifiquement, dans le contexte,
atténuer la douleur de quelqu’un, la rendre moins pénible.
• Dans les mots de Mia Couto: «J’écris pour endormir un monde qui me paraît
souffrant. Et ainsi j’invente des histoires.»
QUESTION 50.2, CACD 2015: À la ligne 24 «En songeant» pourrait être remplacé
par En pensant sans changer le sens de phrase.
Réponse: VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe
«songer», qui veut dire réfléchir, avoir à l’esprit, se souvenir de ou évoquer, selon
le contexte. Dans l’extrait, «En songeant» pourrait être remplacé par En pensant
sans changer le sens de phrase.
• Le meilleur répertoire est celui acquis au fil des lectures de chacun, fondé sur le
goût personnel; aucune liste toute prête ne saurait le remplacer. D’ailleurs, dans les
conditions éprouvantes du CACD, il est toujours plus facile de se souvenir des mots
qu’on connaît bien et qu’on préfère.
• Veillez à choisir l’adjectif le plus précis ou le plus expressif possible, selon le
contexte; choisir un mot donné parce qu’il serait plus «chic» ou «sophistiqué» peut
s’avérer un mauvais calcul, si ce mot est déplacé dans la situation ou dans votre
style personnel.
Impropre, inadéquat
Adéquat (adéquate),
CONFORMITÉ (inadéquate), incorrect
convenable, correct (correcte)
(incorrecte)
Excellent (excellente),
QUALITÉ supérieur (supérieure), Déplorable, lamentable
formidable
Exigu (exiguë),
DIMENSIONS Vaste, étendu (étendue), immense réduit (réduite),
minuscule
Remarquable, distingué (distinguée);
QUALITÉ Piètre, médiocre
prestigieux (prestigieuse)
Dépourvu de
(dépourvue de),
RICHE EN Plein de (pleine de), rempli de (remplie infertile
RESSOURCES de), abondant en (abondante en), fertile
• Pauvre en
ressources, etc.
QUESTION 27.4, CACD 2015: Le mot «curieux» (R.17) signifie: qui est désireux
d’apprendre quelque chose.
QUESTION 43.2, CACD 2014: L’adjectif «effrayante» (R.14) veut dire mortelle.
• L’adjectif mortelle veut dire qui est susceptible de mourir ou qui cause la mort.
Réponse: FAUX - Dans le contexte, l’adjectif «mobile» signifie qui est animé d’un
mouvement constant, qui passe rapidement d’une expression à l’autre, qui est plein
de vivacité.
QUESTION 47.2, CACD 2014: «amoindris» (R.18), peut être remplacé, sans
changer le sens du texte, par: affaiblis.
QUESTION 47.3, CACD 2014: «méconnus» (R.19), peut être remplacé, sans
changer le sens du texte, par: inconnus.
Réponse: FAUX - Alors que méconnu veut dire qui est connu, mais n’est pas
apprécié selon son mérite, inconnu veut dire que l’on ne connaît pas, dont on ignore
l’identité.
• Origine: Ariane était une princesse mortelle. Séduite par Thésée, elle risqua sa vie
pour l’aider à s’échapper vivant du labyrinthe du Minotaure: elle lui fournit un fil
qu’il dévide derrière lui afin de retrouver son chemin. «Perdre le fil»: ne plus savoir
la suite, ne plus savoir où on en est (d’un récit, de ses idées…) Le tonneau des
Danaïdes: un travail absurde et sans fin.
• Origine: Les Danaïdes sont les cinquante filles du roi Danaos. Un aute roi fit venir
ses cinquante neveux pour épouser les filles de Danaos contre sa volonté. Celui-ci
accepta, mais fit promettre à ses filles de tuer leurs époux pendant la nuit. Toutes
obéirent, sauf Hypermnestre, qui refusa de tuer Lyncée. Plus tard, Lyncée tua les 49
soeurs d’Hypermnestre pour venger ses frères. Aux enfers, les Danaïdes reçurent
une punition qui consistait à remplir d’eau un tonneau percé pour toute l’éternité.
• Origine: Procuste avait deux lits: un grand et un petit. Il forçait les voyageurs qu’il
capturait à s’étendre sur un des deux lits (les grands sur le petit et les petits sur le
grand). Il coupait les membres qui dépassaient du lit et étirait ceux qui étaient trop
petits. Malheureusement pour lui, Thésée en se rendant à Athènes, fit subir à
Procuste son propre supplice.
Une victoire à la Pyrrhus: une victoire qui a coûté très cher à son vainqueur, à tel
point qu’il en souffre les conséquences aussi durement que son adversaire vaincu.
• Origine: Dans l’Iliade, Homère relate l’histoire de Cassandre, qui avait reçu
d’Apollon le don de la prophétie. Comme elle refusa les avances amoureuses du
dieu, ce dernier fit en sorte que personne ne fit confiance aux prédictions de
Cassandre. Exemple contemporain: Blog Cassandra, economist.com.
Le supplice de Tantale: être tout près d’obtenir quelque chose et finalement en être
empêché.
• Origine: Tantale, roi de Lydie et fils préféré de Zeus, était le seul mortel autorisé à
boire le nectar et l’ambroisie à la table des dieux de l’Olympe. Pour sa
désobéissance aux dieux, il fut condamné à subir éternellement la faim et la soif
dans les Enfers. Chaque fois qu’il tentait de manger ou de boire, la nourriture ou la
boisson disparaissaient. En anglais, ce sens est mis en evidence par le verbe
tantalize - to tease or torment by presenting something desirable to the view but
continually keeping it out of reach.
COMO ISSO CAI NA PROVA?
QUESTION 17, CACD 2011: À votre avis, pourquoi l’Europe est-elle considérée
comme un ‹‹cheval de Troie›› (R.18-19) par les extrémistes européens?
• L’expression apparaît dans le texte pour exprimer les invectives des extrêmes
droites européennes, qui soutiennent que l’intégration rend l’Europe vulnérable
face à la mondialisation et à l’immigration (L.14-19).
• Avoir la haute main sur quelque chose, jouir de la principale autorité dans un
domaine donné.
Ex.: Il est le vrai «seigneur des drones», l’homme qui a la haute main sur les
assassinats ciblés.
• Avoir la main lourde, verser en trop grande quantité; frapper, punir durement.
Ex.: Les tribunaux ont également eu la main lourde avec la presse indépendante.
• (Avoir) les mains libres ou (avoir) les mains liées, avoir ou ne pas avoir de liberté
d’action.
Ex.: L’administration lui a laissé les mains libres pour exproprier à bas prix.
Le président avait les mains liées par l’accord conclu un an plus tôt avec le FMI.
• Il est temps de, le moment est venu de faire telle chose, cela devient urgent.
Ex.: Les plus vieux sont venus dire que de leur temps c’était pire.
• Après coup, une fois la chose faite, l’événement s’étant déjà produit.
Ex.: Beaucoup assurent que la vie est, à coup sûr, anormalement difficile au Sud
pour les réfugiés.
Avoir, prendre le pas sur, avoir, prendre la prééminence sur quelqu’un, la priorité sur
quelque chose.
Faire les cent pas, aller et venir pour tromper son attente.
Faux pas, fait de mal poser le pied et de trébucher; faute, écart, erreur de conduite,
imprudence, maladresse.
Il n’y a qu’un pas (de ceci à cela), il n’y a qu’une courte distance; il n’y a qu’une
faible différence.
Marcher sur les pas de quelqu’un, suivre de près ses traces; l’imiter, suivre son
exemple.
Mettre quelqu’un au pas, le plier à une discipline.
ATTENTION: Le français utilise pour le plus souvent pour introduire le but, mais
parfois aussi la cause, alors que le portugais distingue «por» (cause) et «para» (but).
Ex. : La guerre du Vietnam s’est achevée parce que les Vietnamiens ont vaincu
l’armée américaine.
Pour donner plus de poids à la cause, on emploie car plutôt que parce que.
Ex. : Les étudiants cherchent à s’entraider car le soutien mutuel est très important
dans la préparation à long terme.
La cause neutre ou négative s’exprime par à cause de, en raison de, étant donné: Ex.
: Les loyers sont hors de prix à cause de la spéculation immobilière.
La cause négative (absence, manque) s’exprime par faute de: Ex.: Les progrès de la
lutte contre les épidémies sont lents, faute de financement.
La cause positive s’exprime par grâce à: Ex.: La jeune fille a réussi le concours
grâce à sa discipline.
Insistance sur la cause : en tête de phrase: comme, étant donné que, vu que, en effet
comme (+ indicatif) Ex. : Comme l’épreuve est difficile, il faut se préparer
soigneusement.
étant donné que, vu que (+ indicatif) dans les textes explicatifs Ex. : Étant donné
que la Russie a annexé la Crimée, l’OTAN ne sera pas désaffectée.
Sous prétexte d’éviter la faillite de Chypre, la petite île méditerranéenne est soumise
à la thérapie de choc qui a été infligée à la Grèce.
Cause justification: Puisque n’est pas substituable à car et à parce que dans la
majorité des cas.
Puisque introduit, non pas une cause, mais une justificatio• (un argument destiné à
justifier une conclusion).
En plus, Puisque (+ subordonnée) peut être placé en tête de phrase, ce qui n’est pas
possible avec car.
Ex. : Le risque d’implosion sociale est grand en Guinée puisque la fracture sociale
est patente.
Puisque la fracture sociale est patente, le risque d’implosion sociale est grand en
Guinée.
Le choix des modes et temps verbaux employés pour exprimer l’hypothèse lui
confère son aspect réel ou imaginaire, qui dépend de la réalisation de la condition
nécessaire. L’emploi du présent de l’indicatif rapproche le fait ou l’explication de la
réalité, alors que l’emploi du conditionnel passé ou du plus-que-parfait exprime une
hypothèse qui ne s’est pas réalisée, car la condition ne s’est pas vérifiée.
1. Si, quand + présent de l’indicatif + présent de l’indicatif: Ex.: Quand les récoltes
sont mauvaises, les prix des denrées agricoles baissent.
→ Parfois les récoltes sont mauvaises, et les prix baissent en conséquence: fait réel.
→ Il est possible, mais pas certain, que la négociation avance: fait possible →
...mais je sais que la négociation n’avancera pas: fait irréel • L’hypothèse passée:
C’est l’«irréel du passé», car la condition ne s’est pas réalisée dans le passé, qui ne
peut être changé.
• L’hypothèse improbable: Le fait n’est pas impossible, ce qui ne veut pas dire que
la réalisation de la condition soit probable.
6. dans l’hypothèse où, dans le cas où, si jamais, si par hasard, si seulement, des fois
que + imparfait + conditionnel dans la principale: Ex.: Si par hasard des vastes
gisements de pétrole étaient découverts au Paraguay, ce pays ferait fortune.
9. soit que… soit que, ou que… ou que; + subjonctif Ex.: Votre enfant aura droit à la
nationalité brésilienne, soit qu’il naisse aux États-Unis, soit qu’il naisse au Brésil.
En plus de la compréhension littérale, limitée au sens des mots du texte, il faut aussi
être capable de faire des inférences, de percevoir les aspects implicites d’un texte,
aussi bien que de situer le texte dans son contexte
historique/politique/idéologique/esthétique, etc.
Cette compréhension fine est fondamentale aussi bien pour réussir les tests vrai/faux
que pour l’épreuve écrite.
COMO ISSO CAI NA PROVA?
QUESTION 26.3, CACD 2015: Rica sourit parce que les Parisiens le trouvent
«Persan» alors qu’ils n’avaient jamais vu de Persan auparavant.
Puisque le texte affirme que ces gens «n’étaient presque jamais sortis de leur
chambre», dans le contexte du début du XVIIIe siècle, il est possible d’inférer
qu’ils n’avaient jamais vu de Persan auparavant.
Il serait possible d’inférer, selon le texte, qu’Amine est un garçon qui aurait la
chance de choisir entre la France et l’Algérie lors de son service militaire.
L’interprétation permet d’explorer une pluralité de sens possibles dans les cas où le
texte ouvre des choix, invite le lecteur à élaborer des hypothèses de compréhension.
Chaque lecteur doit alors prendre parti sur ce que dit le texte; dans l’épreuve écrite,
l’examinateur vous le demande franchement dans les questions du type d’après
vous.
COMO ISSO CAI NA PROVA?
Réponse: VRAI - Il est possible d’ inférer, d’après le contexte, que les enfants de
couples mixtes partagent des similitudes physiques et une culture similaire qui leur
sont évidentes.
QUESTION 38.2, CACD 2014: Dans le 4ème paragraphe, l’auteur met en avant
l’avènement du soft power.
Réponse: VRAI - Dans le 4ème paragraphe, l’auteur affirme que Laurent Fabius «a
bien compris d’un point de vue rationnel qu’à l’heure du soft power le sport a toute
sa place dans le rayonnement d’un pays».
QUESTION 15, CACD 2013: Dans quel domaine le Brésil peut-il, selon vous,
accroître son rayonnement?
Tout candidat bien préparé aura une réponse toute prête à cette question «sur le
bout de la langue», pour ainsi dire; cependant, il est vivement recommandé de
toujours tenir en compte les idées du texte. Dans ce cas, l’auteur vise à définir la
notion de puissance au XIXe siècle en faisant appel à certains concepts:
3. Le soft power;
5. L’apparition du cyber-pouvoir.
a. Les limites de l’interprétation: s’en tenir à ce que dit le
texte
L’interprétation est une possible voie de compréhension entre plusieurs, au choix du
lecteur. Il y a des questions C/E où on vous demande la compréhension littérale; il
n’y a alors qu’une seule lecture possible, il n’y a pas plusieurs hypothèses
d’interprétation. Pour l’épreuve écrite, c’est souvent la démarche à suivre dans le
cas des questions du type d’après le texte, qui exigent de la précision et de la rigueur
dans la réponse.
COMO ISSO CAI NA PROVA?
QUESTION 30.2, CACD 2015: Dans cet extrait, Nina Bouraoui parle de la douleur
que lui cause la séparation de ses parents.
• le doute intérieur («Se penser en deux parties. À qui je ressemble le plus? Qui a
gagné sur moi? Sur ma voix? Sur mon visage? Sur mon corps qui avance? La
France ou l’Algérie?»).
QUESTION 33.2, CACD 2014: Amin Maalouf dit ici que l’Europe a maintenant
trouvé son identité.
Réponse: FAUX - Bien au contraire: «l’Europe a perdu ses repères. Qui devrait-elle
rassembler encore, et dans quel but? Qui devrait-elle exclure, et pour quelle
raison?» Aujourd’hui plus que par le passé, elle s’interroge sur son identité, ses
frontières, ses institutions futures, sa place dans le monde, sans être sûre des
réponses.
QUESTION 11, CACD 2012: Selon Hannes Swoboda, quels sont les quatre
évènements récents qui laissent présager d’un changement dans la gestion de la
crise économique au sein de l’Union européenne?
QUESTION 45.2, CACD 2015: A travers ces propos Diderot condamne également
l’esclavage.
Réponse: VRAI - Pour répondre à cette question, il faudrait connaître la théorie (ou
le mythe) du «bon sauvage» dans l’œuvre de Rousseau et savoir que Rousseau
appartient à une génération postérieure à celle de Montaigne.
• Dans son Discours sur l’origine et les fondements de l’inégalité parmi les
hommes (1755), Rousseau présente l’état de nature comme un état idyllique, un âge
d’or corrompu par la civilisation.
• Puisque Rousseau fait écho à la thèse de Montaigne, qui date du XVIe siècle, il
est possible d’inférer que cet extrait a pu constituer le germe de la théorie du «bon
sauvage» chère à Rousseau.
Réponse: VRAI - Il est possible d’inférer, selon le texte, qu’à l’époque de la chute
du mur de Berlin, on croyait que les frontières entre pays disparaîtraient: (L. 5-10)
«la démocratie allait désormais se répandre de proche en proche, croyions-nous,
jusqu’à couvrir l’ensemble de la planète; les barrières entre les diverses contrées du
globe allaient s’ouvrir, et la circulation des hommes, des marchandises, des images
et des idées allait se développer sans entraves».
QUESTION 37.1, CACD 2015: L’expression «casser du sucre sur notre dos», (R.
14 et 15), signifie dans le texte que les médias étrangers essaient d’adoucir un peu
les Français mécontents du «French bashing».
Réponse: FAUX - Au contraire; l’expression «casser du sucre sur notre dos», qui
appartient au registre familier, veut dire nous calomnier, dire du mal de nous en
notre absence.
QUESTION 37.2, CACD 2015: L’expression «avoir le moral dans les chaussettes»
à la ligne 21 signifie être déprimé.
Réponse: VRAI - Dans le registre familier, «avoir le moral à zéro/au plus bas/au
fond des chaussettes/dans les chaussettes» veut dire être extrêmement découragé,
abattu, déprimé.
QUESTION 40.1, CACD 2015: Les mots «Brésil» et «grésiller» évoquent pour
l’auteur les braises d’un foyer à l’origine du mot «Brésil».
Pour répondre à cette question, il faudrait connaître le sens du verbe «grésiller», qui
veut dire crépiter, c’est-à dire produire le son (crépitement) d’un feu en braise. Il
faudrait aussi savoir que le mot foyer veut dire place où l’on fait le feu et que le
mot cassolette veut dire encensoir, vase brûle-parfum.
• Cette association évoquait des odeurs d’encens brûlé («une odeur de cassolette»,
«équivoque du parfum») et le son de braises qui crépitent («grésiller») dans
l’imagination de Lévi-Strauss.
• Il est donc possible d’inférer que les mots «Brésil» et «grésiller» évoquent pour
l’auteur les braises d’un foyer losqu’il affirme qu’il «pense d’abord au Brésil
comme à un parfum brûlé».
QUESTION 48.4, CACD 2014: Ounsi el-Hajj et Joseph Harb ont récemment quitté
le Liban pour des raisons politiques.
Réponse: FAUX - Dans le contexte, l’expression tirer leur révérence et le verbe
partir sont des euphémismes pour la mort.
«Ounsi el-Hajj et Joseph Harb ont tiré leur révérence. Pourquoi sont-ils partis avant
l’heure?»
QUESTION 8, CACD 2007: Expliquez deux des raisons qui permettent à Bertrand
Le Gendre, l’auteur du texte, de comparer une inscription dans la Constitution à
une inscription dans du marbre.
Réponse: Selon le Larousse, inscrit dans le marbre veut dire établi de façon sûre et
définitive. L’expression laisse entendre que l’abolition de la peine de mort en
France n’est pas encore irrévocable, interprétation confirmée par le titre de l’article:
«La seconde mort de la peine de mort».
QUESTION 10, CACD 2007: Expliquez le sens symbolique du titre de l’article [La
seconde mort de la peine de mort].
Pour aller plus loin dans interprétation, il faut également saisir la différence entre
seconde et deuxième. Selon le Larousse, l’on doit employer deuxième dans une
énumération de plus de deux éléments, second(e) lorsque l’énumération s’arrête à
deux.
Le texte nous fait savoir que la peine de mort avait été abolie en 1981 (L. 4-10).
Cependant, à l’époque, l’abolition de la peine de mort n’était soutenue que par une
minorité des Français (L. 15-19). «La seconde mort de la peine de mort» s’inscrit
dans le contexte de l’année 2007, tout à fait différent (L. 48-55).
Le titre La seconde mort de la peine de mort veut donc dire que l’auteur espère que,
grâce à l’évolution historique, éthique et politique de la société française, la peine
de mort sera enfin abolie une fois pour toutes.
QUESTION 7, CACD 2008: Expliquez le sens de la phrase: «Le mur murant Paris
rend Paris murmurant» (L.27).
Réponse: Pour bien expliquer cette phrase, un peu de grammaire et un peu de
poésie.
Le participe présent joue le rôle de verbe dans le mur murant Paris (=le mur qui
mure Paris); dans ce cas, il est invariable.
On a bien compris que le mur qui mure Paris fait murmurer Paris; cependant, pour
que l’interprétation soit complète, il faut prendre en compte la résonance suggestive
de la phrase. Cet effet sonore et rhythmique est une allitération. Cet effet très
courant en poésie et en prose s’obtient par la «répétition des consonnes initiales ou
intérieures dans une suite de mots pour obtenir un effet d’harmonie, de pittoresque
ou de surprise» selon la définition du Larousse. La combinaison des consonnes m
et r et des voyelles nasales a• et e• évoque la sensation de chuchotements
indistincts.
QUESTION 8, CACD 2008: «Faites le mur, pas la guerre» (L.97). Sur le modèle
de quel slogan célèbre cette expression a-t-elle été inventée? Pourquoi ce modèle
est-il particulièrement adéquat ici? Expliquez le jeu de mots fait par l’auteur en
tenant compte du sens de l’expression «faire le mur».
Le modèle de «faites le mur, pas la guerre» est «faites l’amour, pas la guerre»,
traduction en français du slogan antiguerre de la contre-culture des années 1960
aux États-Unis, «make love, not war».
Faire le mur veut dire sortir sans permission en escaladant un mur et, par extension,
«quitter la caserne, l’établissement scolaire, le domicile sans permission et en
général sans passer par la porte» comme, par exemple, dans le cas d’adolescents
qui veulent sortir le soir sans que leurs parents le sachent.
L’expression «faites le mur, pas la guerre» est employée par l’auteur comme un
appel à la rencontre de l’Autre et à la liberté. La phrase évoque aussi le plaisir
procuré par la convivialité, bien comme le refus «du mur qui divise, oppose,
agresse» (L.93-94), «de la crainte» des autres peuples et «du repli» sur sa propre
culture (L.68).
QUESTION 17, CACD 2011: À votre avis, pourquoi l’Europe est-elle considérée
comme un ‹‹cheval de Troie›› (R.18-19) par les extrémistes européens?
L’expression apparaît dans le texte pour exprimer les invectives des extrêmes
droites européennes, qui soutiennent que l’intégration rend l’Europe vulnérable
face à la mondialisation et à l’immigration (L.14-19): «Le Front National pour la
France, les Vrais Finlandais, ou les autres partis extrémistes européens n’ont pas
cessé d’enregistrer des succès depuis le tournant du siècle. Quelles sont leurs
recettes? Des réponses simplistes à des problèmes complexes, un rejet de
l’immigration responsable selon eux du chômage croissant et enfin un
euroscepticisme violent: l’Europe est en effet accusée d’être le ‹cheval de Troie› de
la mondialisation et incapable d’apporter des solutions.»
Deux attitudes de lecteur différentes: Pour mettre l’accent sur la différence entre les
deux, il faut examiner les rapports entre le texte et son lecteur.
• Comprendre, c’est expliciter le sens du texte, c’est examiner ce que dit le texte.
• Interpréter c’est prendre parti sur ce que dit le texte, c’est réagir au sens du texte.
Les Techniques pour L’écriture
1. ÉCRIRE UN PARAGRAPHE14
Obs.: Dans le cas de l’épreuve, on n’a de l’espace que pour un mini paragraphe;
dans une dissertation scolaire, un paragraphe compte de dix à quinze lignes environ.
• Un paragraphe doit avoir une idée-clef, une idée dominante: soit un résumé de la
pensée de l’auteur, soit un message au lecteur.
Exemple: «Depuis une trentaine d’années, un peu partout en Europe, les extrêmes
droites ont le vent en poupe. Si quelques partis imprègnent leurs diatribes de
références néonazies, la plupart cherchent la respectabilité et envahissent le terrain
social. Se présentant comme le dernier recours et comme un rempart contre une
supposée islamisation de la société, ils poussent à une recomposition des droites»15.
• Cette forme est fréquemment utilisée dans les exposés de recherche scientifique. Il
faut d’abord présenter la démonstration soutenue par des exemples avant de
conclure en énonçant la théorie.
• Dans la presse, c’est la forme du reportage qui décrit d’abord une ambiance, un
contexte, la complexité de l’ensemble Exemple: Alors que la bande à Messi joue sa
demi-finale de coupe du monde demain soir, un autre événement vient faire la une
en Argentine: l’inculpation pour corruption du numéro deux du gouvernement. C’est
la première fois qu’un vice-président argentin est inculpé alors qu’il est encore en
activité. Cristina Kirchner pourrait voir sa réputation ternie avec cette histoire qui
risque de lui mettre des bâtons dans les roues pour les prochaines élections de 2015.
La stratégie à adopter par Mme Kirchner est donc délicate.
http://les-yeux-du-monde.fr/actualite/amerique/19030-le-gouvernement-argentin-
fragilise
2. LA PARAPHRASE
La paraphrase consiste à reprendre dans ses propres mots les idées d’un auteur; elle
est donc indispensable pour répondre aux questions du type d’après le texte.
Toutefois, la paraphrase ne se limite pas à remplacer les mots du texte original par
des synonymes. Il faut vraiment réécrire le passage, c’est-à-dire changer la structure
des phrases en plus des mots.
Son utilisation est importante, car elle montre qu’on a vraiment compris ce que
l’auteur a voulu dire sans avoir recours à la copie, pénalisée par le jury. De plus, elle
permet de mettre en valeur le style d’écriture du candidat, ainsi que sa capacité
d’argumentation et de synthèse. Il ne faut cependant pas en abuser: la «paraphrase
vide» est à éviter, c’est-à dire la réécriture pure et simple, sans aucune trace de
commentaire, analyse ou autre contribution du candidat.
COMMENT FAIRE UNE BONNE
PARAPHRASE?
a. Introduire la paraphrase
On peut introduire sa paraphrase avec une formule qui indique quel auteur on
paraphrase, comme selon l’auteur ou d’après le texte. Attentio• seulement à ne pas
en abuser: Il faut à tout prix éviter de commencer toutes les réponses de l’épreuve
de la même manière.
b. Vocabulaire
c. Compréhension de texte
Características da prova:
10 que moi. Je souriais quelquefois d’entendre des gens qui n’étaient presque jamais
sortis de leur chambre, qui disaient
entre eux: «Il faut avouer qu’il a l’air bien persan.» Chose
34 Chalval 1712.
26. A la lumière du texte I, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
1. Ce passage met en relief qu’il existe un préjugé négatif contre les Persans.
2. Rica s’étonne et s’amuse des réactions des Parisiens à son égard, mais ne s’en
offusque pas.
3. Rica sourit parce que les Parisiens le trouvent «Persan» alors qu’ils n’avaient
jamais vu de Persan auparavant.
4. Rica a décidé de s’habiller à l’européenne pour éviter d’attirer l’attention sur lui.
Réponse: E C C E
1. FAUX - Au contraire, les préjugés envers les Persans sont positifs, c’est pourquoi
les Parisiens sont si curieux à l’égard de Rica: • «Lorsque j’arrivai, je fus regardé
comme si j’avais été envoyé du ciel: vieillards, hommes, femmes, enfants, tous
voulaient me voir».
Oui, Rica s’étonne et s’amuse des réactions des Parisiens à son égard, mais
«l’attention et l’estime publique» lui font plaisir et ne le vexent pas.
3. VRAI - La référence est le passage «Je souriais quelquefois d’entendre des gens
qui n’étaient presque jamais sortis de leur chambre, qui disaient entre eux: ‹Il faut
avouer qu’il a l’air bien persan›».
• Puisque le texte affirme que ces gens «n’étaient presque jamais sortis de leur
chambre», dans le contexte du début du XVIIIe siècle, il est possible d’inférer qu’ils
n’avaient jamais vu de Persan auparavant.
4. FAUX - En fait, Rica a décidé de s’habiller à l’européenne pour «voir s’il resterait
encore, dans ma physionomie, quelque chose d’admirable», c’est-à-dire pour
vérifier si les Parisiens seraient toujours curieux à son égard.
• Il est d’ailleurs très déçu lorsqu’il n’attire plus l’attention: «J’eus sujet de me
plaindre de mon tailleur, qui m’avait fait perdre, en un instant, l’attention et l’estime
publique; car j’entrai tout à coup dans un néant affreux».
27. En vous basant sur le texte I, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).
1. Des «vieillards» (R.3) sont des personnes laides, qui ont de vilains traits.
4. Le mot «curieux» (R.17) signifie: qui est désireux d’apprendre quelque chose.
Réponse: E C C E
1. FAUX - Des «vieillards» sont des personnes âgées. Certes, le mot peut être
employé de manière péjorative, mais dans le contexte, il n’a pas de connotation
négative; il met en valeur le contraste entre les éléments d’une énumération.
28. Jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E) en ce qui concerne le texte
I.
3. À la ligne 17 «quoique» peut être remplacé par bien que sans changer le sens de
la phrase.
4. Dans la phrase: «où je n’étais point connu» (R. 19 et 20), on peut remplacer
«point» par plus, sans changer le sens de la phrase.
Réponse: C C C E
1. VRAI - Le mot «en» peut représenter «un nom, un pronom, un adverbe, une
proposition précédée de la préposition de», selon la définition du dictionnaire
Larousse. Le mot propositio• veut dire «Unité syntaxique élémentaire construite
autour d’un verbe» (en portugais, oração).
3. VRAI - Quoique et bien que sont des conjoctions de subordination qui expriment
la concession.
L’expression «quoique j’aie très bonne opinion de moi» peut être remplacée par
bien que j’aie très bonne opinio• de moi sans commettre de faute ni changer le sens
de la phrase.
4. FAUX - Les adverbes de négation et de restriction sont parmi les sujets préférés
des examinateurs (voir aussi la question 47.1 et 47.4).
On ne peut pas remplacer «point» par plus sans changer le sens de la phrase.
• «où je n’étais point connu» veut dire «où je n’étais pas connu du tout»
• «où je n’étais plus connu» veut dire «où je n’étais pas connu, mais je l’avais été
antérieurement»
29. D’après le texte I, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
1. Au lieu de «quoique j’aie très bonne opinion de moi» (R. 17 et 18), on pourrait
écrire aujourd’hui quoique j’ai très bonne opinion de moi.
2. Le mot «car» (R.26) peut être remplacé par puisque, sans changer le sens de la
phrase.
3. L’expression «tout à coup» (R. 26 et 27) peut être remplacée par soudain sans
changer le sens de la phrase.
4. Au lieu de «sans qu’on m’eût regardé», (R.28) on pourrait dire aujourd’hui sans
qu’on me regarde.
Réponse: E E C C
1. FAUX - Bien que le texte date de 1712, cela ne change rien à la règle d’emploi de
quoique.
• Quoique en un seul mot (bien que, encore que) ≠ Quoi que en deux mots (quelle
que soit la chose que).
2. FAUX - Dans la majorité des cas, selon les règles de la grammaire française,
puisque ne peut pas remplacer car. Bien que les deux mots soient très proches, il y a
des nuances de sens et des différences dans leur emploi.
«J’eus sujet de me plaindre de mon tailleur, qui m’avait fait perdre, en un instant,
l’attention et l’estime publique; car j’entrai tout à coup dans un néant affreux» →
Rica fait connaître au lecteur un fait nouveau (il entra dans un néant affreux) qui l’a
supris.
Or, le fait de ne plus attirer l’attention habillé à l’européenne a été une surprise pour
Rica. Dans cette construction, le raisonnement est donc inversé par rapport à la la
logique du texte.
reconnaissons.
mur contre les autres. Les autres. Leurs lèvres. Leurs yeux qui
l’Algérie?
regards? Être française, c’est être sans mon père, sans sa force,
sans ses yeux, sans sa main qui conduit. Être algérienne, c’est
25 être sans ma mère, sans son visage, sans sa voix, sans ses mains
entravée.
1-La honte!
Nina Bouraoui. Garçon manqué. 2000.
30. Jugez, à la lumière du texte II, si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
2. Dans cet extrait, Nina Bouraoui parle de la douleur que lui cause la séparation de
ses parents.
2. FAUX - Il n’y a pas de référence à une séparation des parents de l’écrivaine dans
le texte, c’est elle qui se sent séparée d’eux («Elle a le sourire de Maryvonne.» «Elle
a les gestes de Rachid.» Être séparée toujours de l’un et de l’autre). Nina Boraoui
parle de la douleur que lui cause «porter une identité de fracture»: • le jugement
extérieur («Les Français ne comprennent pas. Je construis un mur contre les autres.
Les autres.»).
• le doute intérieur («Se penser en deux parties. À qui je ressemble le plus? Qui a
gagné sur moi? Sur ma voix? Sur mon visage? Sur mon corps qui avance? La
France ou l’Algérie?»).
Il serait possible d’inférer, selon le texte, qu’Amine est un garçon qui aurait la
chance de choisir entre la France et l’Algérie lors de son service militaire.
31. D’après le texte II, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
Réponse: E C E C
1. FAUX - Dans certains contextes, la préposition «contre» peut donner l’idée de
proximité: La mère ravie serrait son enfant contre son cœur. N’appuyez pas votre
chaise contre le mur.
Toutefois, ce n’est pas le cas dans l’extrait, où la préposition «contre» donne l’idée
d’opposition: «Je construis un mur contre les autres».
3. FAUX - «Amine choisira» (R.26) signifie que Amine décidera entre ses deux
nationalités lors de son service militaire. L’emploi du futur de l’indicatif veut dire
que la décision n’avait pas encore été prise au moment dont il est question dans le
texte.
4. VRAI - Il est possible d’ inférer, d’après le contexte, que les enfants de couples
mixtes partagent des similitudes physiques et une culture similaire qui leur sont
évidentes.
7 Son seul but, ainsi que celui des autres habitants, est de
16 leur victoire.
Florence Dupont. «Le village qui résiste». In: Astérix chez les philosophes, 2015
(adapté).
32. D’après le texte III, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
1. Les signes de «gauloiserie» dont parle le texte peuvent aussi être qualifiés de
préjugés.
3. D’après le texte, la série Astérix est plutôt le reflet d’une résistance au temps que
celle aux Romains.
4. Selon le texte, les Gaulois d’Astérix n’ont qu’une ambition: ne rien changer à leur
mode de vie.
Réponse: E E C C
2. FAUX - Puisque leur société a la guerre pour but, il n’est pas possible d’affirmer
que les Gaulois d’Astérix se battent sans démontrer de réelle envie de vaincre,
même s’ils n’attendent rien de leur victoire: «Ils combattent régulièrement les
Romains, sans paix possible, forment ‹une société pour la guerre›». «Une poignée
de vaincus ponctuellement vainqueurs qui n’attendent rien de leur victoire.».
4. VRAI - La résistance du village d’Astérix est plutôt culturelle que militaire: «La
résistance d’Astérix ne consistera pas à chasser l’occupant puisque son village n’est
pas occupé. Son seul but, ainsi que celui des autres habitants, est de conserver intact
leur monde et leurs manières de vivre».
33. Selon le texte III, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
1. L’utilisation du futur simple à la forme négative pour les verbes entrer à la ligne 4
et consister à la ligne 5 montre que l’auteur ne croit pas à la conquête du village par
les romains.
3. L’expression «ainsi que» (R.7) peut être remplacé, sans changer le sens de la
phrase, par après que.
Réponse: C E X C (o item 33.3 foi anulado pela banca examinadora com a seguinte
justificativa: a grafia incorreta do termo «remplacé» prejudicou o julgamento
objetivo do item) 1. VRAI - Le futur simple à la forme négative pour les verbes
entrer à la ligne 4 et consister à la ligne 5 est utilisé pour sa valeur stylistique
comme futur historique ou de perspective. Cet effet de style s’appelle anticipation et
permet d’ annoncer à l’avance un évènement qui ne s’est pas encore produit.
• Son seul but, ainsi que celui des autres habitants → Son seul but, et aussi celui des
autres habitants • L’expression «après que» exprime la posteriorité à la suite d’ un
un fait considére comme accompli et introduit une subordonnée dont le verbe doit
être mis à l’indicatif.
4. VRAI - À la ligne 7 le pronom «celui» remplace le nom «but»: «Son seul but,
ainsi que celui (le but) des autres habitants, est de conserver intact leur monde et
leurs manières de vivre».
Texte IV (248 mots)
est vrai que nous les avons bien aidés. Car rares sont les
sucre sur notre dos. Les occasions n’ont pas manqué ces
34. D’après le texte IV, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
1. Les auteurs soutiennent que le «French bashing» a eu un effet positif sur les
Français en les poussant à pallier à leurs défauts.
3. Les auteurs affirment que les Français eux-mêmes sont en partie responsables des
moqueries à leur égard.
4. Les auteurs de cet article affirment que le phénomène du «French bashing» s’est
immédiatement diffusé dans le monde et l’expression a très vite été adoptée en
France.
Réponse X C C E (o item 34.1 foi anulado pela banca examinadora com a segunte
justificativa: A grafia incorreta do termo «pallier à» prejudicou o julgamento
objetivo do item.) 1. ANNULÉ - Pallier est un verbe transitif direct, qui veut dire
résoudre plus ou moins bien. Le jury a annulé l’item en raison de la construction
fautive pallier à.
• Selon le texte, «au lieu de corriger nos défauts, [les Français les ont]choyés,
revendiqués presque avec fierté». Il serait donc faux d’affirmer que les auteurs
soutiennent que le «French bashing» a eu un effet positif sur les Français en les
poussant à pallier leurs défauts.
2. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du mot brocarder,
qui veut dire se moquer de, tourner en dérision (voir question 36.4. En effet, selon
les auteurs, le phénomène du «French bashing» est déjà ancien: «Cela fait bien
longtemps que nos voisins nous brocardent».
3. VRAI - Oui, les auteurs affirment que les Français eux-mêmes sont en partie
responsables des moqueries à leur égard: «Mais, au lieu de corriger nos défauts,
nous les avons choyés, revendiqués presque avec fierté. Sûrs de notre supériorité
morale, culturelle et intellectuelle, nous n’hésitons pas à les lancer à la face du
monde entier, comme pour le défier».
4. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe passif
être cantonné, qui veut dire s’isoler dans un lieu, être confiné.
• Selon les auteurs, le phénomène du «French bashing» ne s’est pas immédiatement
diffusé dans le monde: «D’abord cantonnée aux médias anglo-saxons, qui l’ont
inventée».
35. Selon le texte IV, jugez si les items grammaticaux suivants sont vrais (C) ou
faux (E).
2. Dans «Cela fait bien longtemps» (R.4), le mot «bien» signifie très.
3. Dans «nous les avons choyés, revendiqués» (R.10) l’accord des participes passés
se fait avec «nous».
4. Dans «qui l’ont inventée» (R. 2. et 3), «l’» a une valeur euphonique.
Réponse: E C E E
3. FAUX - Dans «nous les avons choyés, revendiqués» (R.10) l’accord des
participes passés se fait avec «nos défauts».
• Le participe passé des verbes conjugués avec l’auxiliaire avoir est invariable si
aucun complément d’objet direct (COD) ne le précède.
Toutefois, si le participe est précédé d’un COD (repris par un pronom personnel ou
par un pronom relatif), il s’accorde en genre et en nombre avec le COD qui le
précède.
• Nous avons choyé nos défauts → aucun complément d’objet direct ne précède le
participe choyé, invariable dans ce cas • Au lieu de corriger nos défauts, nous les
avons choyés → le pronom personnel les précède le participe choyés • Les défauts
que nous avons choyés → le pronom relatif que précède le participe choyés 4.
FAUX - Les consonnes à valeur euphonique rendent la prononciation plus agréable
et plus facile. Plus fréquente dans l’usage soutenu que dans le registre courant, la
présence facultative de l’article l’ a une valeur euphonique devant on.
Cependant, dans l’extrait, «l’» est placé devant ont, l’auxiliaire avoir à la troisième
personne du pluriel.
Dans ce cas, l’ est un pronom personnel COD; son emploi est obligatoire.
36. Jugez si les items suivants, relatifs au texte IV, sont vrais (C) ou faux (E).
1. L’expression «au lieu de» (R.9) pourrait être remplacé, sans changer le sens de la
phrase, par à la place de.
3. L’expression «s’en prendre aux» (R.1) signifie se croire supérieur à ce que l’on
est.
Selon la définition du dictionnaire Larousse, l’expression «au lieu de» veut dire à la
place de.
2. VRAI - La question reprend les termes des deux définitions du mot dans le
dictionnaire Larousse.
• l’art de s’en prendre aux Français → l’art de critiquer les Français • L’expression
«se prendre pour» signifie se croire tel, de façon présomptueuse • Il se prend pour
un champion → Il se croit un champion (sans en être un) 4. VRAI - Pour répondre à
cette question, il fallait connaître le sens du mot brocarder, qui veut dire se moquer
de, tourner en dérision (voir question 34.2).
37. Jugez si les items suivants, relatifs au texte IV, sont vrais (C) ou faux (E).
1. L’expression «casser du sucre sur notre dos», (R. 14 et 15), signifie dans le texte
que les médias étrangers essaient d’adoucir un peu les Français mécontents du
«French bashing».
Réponse: E C E E
1. FAUX - Au contraire; l’expression «casser du sucre sur notre dos», qui appartient
au registre familier, veut dire nous calomnier, dire du mal de nous en notre absence.
2. VRAI - Dans le registre familier, «avoir le moral à zéro/au plus bas/au fond des
chaussettes/dans les chaussettes» veut dire être extrêmement découragé, abattu,
déprimé.
4. FAUX - Les auteurs utilisent l’expression «du coup» à la ligne 13 pour souligner
que le «malin plaisir» éprouvé par la presse étrangère à critiquer les Français est la
conséquence de l’attitude de ceux-ci («sûrs de notre supériorité morale, culturelle et
intellectuelle, nous n’hésitons pas à les lancer à la face du monde entier, comme
pour le défier».).
• L’expression «du coup» appartient au registre familier et veut dire dans ces
conditions, par ce fait même, en conséquence.
19 4. Régime politique.
5. Usage.
Montaigne «Chacun appelle barbarie ce qui n’est pas de son usage», Des cannibales,
I. 31.
38. En vous basant sur le texte V, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).
2. Montaigne nous fait part de ses réflexions à la suite d’un voyage qu’il a effectué
aux Antilles.
3. Dans cet extrait, Montaigne fait l’apologie des habitudes et du mode de vie
français de l’époque.
Réponse: C E E C
3. FAUX - Dans cet extrait, Montaigne critique les habitudes et le mode de vie
français de l’époque:
• «il semble que nous n’avons autre mire de la vérité et de la raison que l’exemple et
idée des opinions et usances du pays où nous sommes».
• Dans son Discours sur l’origine et les fondements de l’inégalité parmi les hommes
(1755), Rousseau présente l’état de nature comme un état idyllique, un âge d’or
corrompu par la civilisation.
• Puisque Rousseau fait écho à la thèse de Montaigne, qui date du XVIe siècle, il est
possible d’inférer que cet extrait a pu constituer le germe de la théorie du «bon
sauvage» chère à Rousseau.
39. Jugez à la lumière du texte V, si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
4. On peut remplacer «je trouve» (R.1) par je pense, sans changer le sens de la
phrase.
Réponse: E C E C
1. FAUX - Dans l’extrait, le mot «propos» a le sens de discours, paroles.
3. FAUX - Le pronom «ceux-ci» (R.15) remplace les fruits que nous avons altérés
par notre artifice.
4. VRAI - Dans le contexte, il est possible de remplacer «je trouve» (R.1) par je
pense, sans changer le sens de la phrase.
dans ma pensée un sens plus riche et plus naïf que son contenu
34 lustres qu’ils ont tous disparus. Oh, c’est là une page bien
40. À la lumière du texte VI, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
1. Les mots «Brésil» et «grésiller» évoquent pour l’auteur les braises d’un foyer à
l’origine du mot «Brésil».
3. Avant qu’on lui propose son premier poste au Brésil, Lévi-Strauss s’était déjà
largement renseigné sur la région.
Réponse: C E E E
Pour répondre à cette question, il faudrait connaître le sens du verbe «grésiller», qui
veut dire crépiter, c’est-à dire produire le son (crépitement) d’un feu en braise. Il
faudrait aussi savoir que le mot foyer veut dire place où l’on fait le feu et que le mot
cassolette veut dire encensoir, vase brûle-parfum.
• Cette association évoquait des odeurs d’encens brûlé («une odeur de cassolette»,
«équivoque du parfum») et le son de braises qui crépitent («grésiller») dans
l’imagination de Lévi-Strauss.
• Il est donc possible d’inférer que les mots «Brésil» et «grésiller» évoquent pour
l’auteur les braises d’un foyer losqu’il affirme qu’il «pense d’abord au Brésil
comme à un parfum brûlé».
2. FAUX - Au contraire; pour Lévi-Strauss, sa découverte du Brésil et la
compréhension qu’il en a retirée sont le fruit d’expériences guidées par la sensibilité
et l’intuition.
• «Moins qu’un parcours, l’exploration est une fouille: une scène fugitive, un coin
de paysage, une réflexion saisie au vol, permettent seuls de comprendre et
d’interpréter des horizons autrement stériles».
3. FAUX - Avant qu’on lui propose son premier poste au Brésil, Lévi-Strauss ne
portait aucun intérêt à la région: «Le Brésil et l’Amérique du Sud ne signifiaient rien
pour moi».
41. Jugez, en vous référant au texte VI, si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).
4. L’expression «une fouille» (R.26) est l’action de chercher avec soin dans un lieu.
Réponse: E E C C
1. FAUX - Le mot «exploration» veut dire action d’explorer une contrée, un lieu;
découverte; examen approfondi d’une question.
Le mot «exploitation» veut dire action d’assurer la production d’une matière, d’un
produit; action de tirer un profit abusif de quelqu’un ou de quelque chose.
2. FAUX - Le verbe évoquer est utilisé à la ligne 3 dans le sens de Faire songer à
quelque chose; Faire naître chez quelqu’un la représentation mentale de quelque
chose jusque-là inconnu.
42. Selon le texte VI, jugez si les items ci-après sont vrais (C) ou faux (E).
1. L’expression «saisie au vol» (R. 27 et 28) est utilisée par Lévi-Strauss pour mettre
en relief l’aspect subtil de sa compréhension du Brésil.
2. L’auteur utilise le mot «coin» (R.27) pour exprimer son admiration envers les
paysages brésiliens.
4. L’expression «Je n’étais pas à même de» (R.25) pourrait être remplacée, sans
changer le sens de la phrase, par je me refusais à.
Réponse: C E E E
2. FAUX - Dans «un coin de paysage», le mot coin a une connotation neutre et veut
simplement dire petite partie d’un espace quelconque; endroit, lieu plus ou moins
déterminés.
4. FAUX - L’expression «Je n’étais pas à même de» veut dire je ne pouvais pas, je
n’étais pas en position de.
43. D’après le texte VI, jugez si les items grammaticaux suivants sont vrais (C) ou
faux (E).
3. L’extrait «On m’eût fort étonné en disant que» (R.7) pourrait être remplacé, sans
changer le sens de la phrase, par on m’aurait fort étonné si on m’avait dit que.
n’y songez plus, vous n’en trouverez plus un seul → n’y songez plus, vous ne
trouverez plus un seul [de ces Indiens]
• La première phrase est formée par le conditionnel passé deuxième forme («On
m’eût fort étonné») accompagné du gérondif («en disant que»).
• Le conditionnel passé deuxième forme («On m’eût fort étonné», identique au plus-
que--parfait du subjonctif) est une variante littéraire et soutenue de la première
forme du conditionnel passé, rarement utilisée. Le conditionnel passé première
forme («on m’aurait fort étonné») est plus fréquent en français courant.
• Le gérondif est invariable; il est formé par le participe présent (disant) précédé de
la prépostion en. Dans l’extrait, le gérondif exprimela cause de l’étonnement. Il peut
donc être remplacé par si on m’avait dit que sans changer le sens de la phrase.
• Voir aussi les questions 29.4 (conditionnel passé première forme) et 43.4 (participe
présent).
Le participe présent est formé par le verbe accompagné du suffixe «-ant» et peut
être adjectif, gérondif et verbe.
contrat fait ou supposé entre eux et celui à qui ils ont déféré
13 l’autorité.
19 justice que l’autre qui le leur avait imposé. La même loi qui a
qui seul il appartient tout entier. C’est Dieu dont le pouvoir est
sur eux; et cette autorité est bornée par les lois de la nature et
44. A la lumière du texte VII, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
Réponse: C C E C
• Pour Diderot, le besoin de protéger ses écrits et lui-même demande une certaine
prudence. Cela explique que les passages suivants se trouvent dans le mêma texte: •
«Aucun homme n’a reçu de la nature le droit de commander aux autres».
• «Fléchir le genou devant un homme ou devant une image n’est qu’une cérémonie
extérieure, dont le vrai Dieu qui demande le cœur et l’esprit ne se soucie guère, et
qu’il abandonne à l’institution des hommes».
• «si, par le plus grand des malheurs, la famille entière régnante venait à s’éteindre».
• (L. 36-40) «[Dieu] permet pour le bien commun et le maintien de la société que les
hommes établissent entre eux un ordre de subordination, qu’ils obéissent à l’un
d’eux; mais il veut que ce soit par raison et avec mesure, et non pas aveuglément et
sans réserve, afin que la créature ne s’arroge pas les droits du créateur».
• (L. 66-68) «en France si, par le plus grand des malheurs, la famille entière
régnante venait à s’éteindre jusque dans ses moindres rejetons[,] alors le spectre et
la couronne retourneraient à la nation».
3. FAUX - Le «contrat de soumission» dont il est question dans le texte n’est pas un
document juridique, mais une idée théorique qui represente le consentement
unanime indispensable à la vie en société.
4. VRAI - L’idée de tyrannie rendue légitime par le consentement est présente dans
le passage «Quelquefois l’autorité qui s’établit par la violence change de nature;
c’est lorsqu’elle continue et se maintient du consentement exprès de ceux qu’on a
soumis (...); et celui qui se l’était arrogé devenant alors prince cesse d’être tyran».
45. Jugez si les items ci-dessous, selon les arguments développés dans le texte VII,
sont vrais (C) ou faux (E).
4. Diderot souscrit au faste des rites religieux et royaux car requis par la volonté de
Dieu.
Réponse: C C E E
• «la nation est en droit de maintenir envers et contre tout le contrat qu’elle a fait;
(...) et quand il n’a plus lieu, elle rentre dans le droit et dans la pleine liberté d’en
passer un nouveau avec qui et comme il lui plaît. C’est ce qui arriverait en France si,
par le plus grand des malheurs, la famille entière régnante venait à s’éteindre jusque
dans ses moindres rejetons: alors le sceptre et la couronne retourneraient à la
nation».
• «La puissance qui vient du consentement des peuples suppose nécessairement des
conditions qui en rendent l’usage légitime utile à la société, avantageux à la
république, et qui la fixent et la restreignent entre des limites; car l’homme ne peut
ni ne doit se donner entièrement et sans réserve à un autre homme».
3. FAUX - Diderot défend l’usage de la raison et du bon sens dans l’obéissance du
peuple aussi en ce qui concerne l’autorité de Dieu ou celle des princes: • «[Dieu]
permet pour le bien commun et le maintien de la société que les hommes établissent
entre eux un ordre de subordination, qu’ils obéissent à l’un d’eux; mais il veut que
ce soit par raison et avec mesure, et non pas aveuglément et sans réserve, afin que la
créature [le prince] ne s’arroge pas les droits du créateur [Dieu]. Toute autre
soumission est le véritable crime d’idolâtrie».
4. FAUX - Le faste des rites religieux et royaux n’est pas requis par la volonté de
Dieu, mais par celle des hommes, selon Diderot:
• «Fléchir le genou devant un homme ou devant une image n’est qu’une cérémonie
extérieure, dont le vrai Dieu qui demande le cœur et l’esprit ne se soucie guère, et
qu’il abandonne à l’institution des hommes pour en faire, comme il leur conviendra,
des marques d’un culte civil et politique, ou d’un culte de religion».
46. Jugez les items ci-dessous en répondant vrai (C) ou faux (E) aux questions
suivantes concernant le texte VII.
1. À la ligne 43, on pourrait changer le mot «guère» par peu sans changer le sens de
la phrase.
2. L’extrait «maître aussi jaloux qu’absolu» (R. 33 et 34) signifie plus jaloux
qu’absolu.
3. À la ligne 38 «non pas» est une double négation qui revient donc à une
affirmation.
4. À la ligne 35, on pourrait changer le mot «point» par pas sans changer le sens de
la phrase.
Réponse: C E E C
1. VRAI - Les adverbes de négation et de restriction sont parmi les sujets préférés
des examinateurs (voir aussi les questions 28.4 et 47.4).
3. FAUX - «Non pas» n’est pas une double négation et ne revient pas à une
affirmation. Au contraire, l’expression est utilisée à la ligne 38 pour renforcer la
négation dans une opposition (par raison et avec mesure aveuglément et sans
réserve): • «il veut que ce soit par raison et avec mesure, et non pas aveuglément et
sans réserve»
47. En ce qui concerne le texte VII, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).
1. À la ligne 63, «quand il n’a plus lieu» fait référence au moment où le contrat
entre la nation et le prince n’existe plus pour une raison quelconque.
2. La phrase «Le prince tient de ses sujets mêmes l’autorité qu’il a sur eux» (R. 55
et 56) signifie que le prince est le garant de l’autorité qu’il exerce sur ces sujets.
3. Le mot «partout» (R.61) fait ici référence à tous les États du monde.
Réponse: C E C C
1. VRAI - À la ligne 63, dans «quand il n’a plus lieu», il reprend «le contrat qu’elle
a fait» (L. 61).
2. FAUX - Au contraire, la phrase «Le prince tient de ses sujets mêmes l’autorité
qu’il a sur eux» (R. 55 et 56) signifie que l’autorité que le prince exerce sur ces
sujets lui est attribuée par eux.
3. VRAI - Le mot «partout» fait ici référence à «les différents États», à la même
ligne.
qu’il tape une lettre sur son clavier, cet écrivain a le don de
histoires».(...)
48. Jugez, pour le texte VIII, si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
2. A travers son écriture Mia Couto raconte des histoires pour alléger les souffrances
du monde.
3. Mia Couto se décrit comme une personne pleine de contradictions, appartenant à
une petite minorité blanche africaine.
4. Le portugais est devenu langue officielle au Mozambique pour faire écho aux
propos de l’écrivain algérien Kateb Yacine.
Réponse: E C C E
2. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe alléger,
qui veut dire rendre plus léger; plus spécifiquement, dans le contexte, atténuer la
douleur de quelqu’un, la rendre moins pénible.
• Dans les mots de Mia Couto: «J’écris pour endormir un monde qui me paraît
souffrant. Et ainsi j’invente des histoires.»
3. VRAI - L’item 48.3 résume le passage dans lequel Mia Couto énumère ses
«contradictions productrices de sens» personnelles: «Je suis un Blanc qui est
africain; un athée non pratiquant; un poète qui écrit en prose; un homme qui a un
nom de femme; un scientifique qui a peu de certitudes sur la science; un écrivain en
terre d’oralité.».
49. En ce qui concerne le texte VIII, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou
faux (E).
• Pour identifier le subjonctif, attention à la conjonction que: «pour que ses enfants
souffrants s’endorment».
4. ANNULÉ - Le jury a décidé d’annuler cet item parce qu’il l y a deux pronoms
«lui» à la ligne 20; le deuxième «lui» est un pronom tonique.
• avec et, ou; oui, si, non, pas; aussi, non plus.
Il est possible que l’examinateur ait espéré que le deuxième pronom «lui» («pour
lui») serait après le retour à la ligne dans le cahier d’ épreuve et que le seul premier
pronom «lui» à la ligne 20 serait celui qui n’est pas tonique («lui importent peu»).
50. Pour le texte VIII, jugez si les items sont vrais (C) ou faux (E).
1. À la ligne 18 «quasiment» pourrait être remplacé par presque sans changer le sens
de la phrase.
2. À la ligne 24 «En songeant» pourrait être remplacé par En pensant sans changer
le sens de phrase.
3. À la ligne 29 «Lors» pourrait être remplacé par Lorsque sans rien changer à la
phrase.
3. FAUX - Dans le texte, le mot «Lors» est utilisé dans l’adverbe lors de(du).
• Lorsque n’est pas un adverbe, mais une conjonction qui exprime la simultanéité, la
concomitance dans le temps et pourrait être remplacée par quand.
• «au terme de» veut dire à la fin d’une période délimitée, à un moment précis; •
vers la fin de veut dire a peu près à la fin d’une période délimitée.
b. CACD 2014
Características da prova:
10 l’absurde docilité des foules qui a rendu et rend encore les guerres possibles…
Sacrifice isolé? Tant pis… Si ceux qui ont
Roger Martin du Gard. «L’été 1914», dans Les Thibault. 1936. In: Français 3ème.
p.175. Ed. Hatier 1999.
1 - Oui, tout à fait lâche Lola, je refuse la guerre et tout ce qu’il y a dedans… Je ne
la déplore pas moi… Je ne me
4 refuse tout net, avec tous les hommes qu’elle contient, je ne veux rien avoir à faire
avec eux, avec elle. Seraient-ils neuf
10 Ferdinand! Il n’y a que les fous et les lâches qui refusent la guerre quand leur
Patrie est en danger…
13 survivent les fous et les lâches! Vous souvenez-vous d’un seul nom par exemple,
Lola, d’un de ces soldats tués pendant la
Louis-Ferdinand Céline. Voyage au bout de la nuit. 1932. In: Français 3ème. p. 173.
Ed. Hatier 1999.
26. En vous référant au texte I, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
1. L’expression «ne court pas les rues» (R.14) veut dire ne pas descendre dans les
rues pour manifester.
Réponse: E C C C
2. VRAI - Un poteau d’exécution est une pièce de charpente où l’on attache celui
que l’on va fusiller. L’expression envoyer quelqu’un au poteau veut dire le faire
exécuter (Au poteau! → à mort!).
3. VRAI - L’expression «avoir du cran» vient de l’argot (gíria) des soldats français
de la Première Guerre mondiale. Elle s’origine probablement du cran d’arrêt, c’est-
à-dire du mecanisme à ressort de certaines armes, et veut dire avoir du courage, de
l’audace, de la bravoure.
• Alors que cran veut dire courage, le verbe crâner veut dire fanfaronner, faire le
brave, affecter du courage.
4. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe revenir
sur quelque chose, qui veut dire, dans le contexte, parler à nouveau d’un sujet dont il
a été question antérieurement.
27. En vous basant sur le texte II, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).
1. Dans: «C’est eux qui ont tort» (R.6 et 7), l’expression avoir tort signifie beaucoup
souffrir.
2. «Je ne veux rien avoir à faire avec eux, avec elle» signifie que le personnage
n’accepte aucun lien avec la guerre.
3. «Avez-vous jamais cherché» pourrait être remplacé, sans changer le sens du texte
par: avez-vous déjà cherché.
Réponse: E C C E
2. VRAI - Dans l’extrait, le pronom elle reprend la guerre et le pronom eux reprend
tous les hommes qu’elle contient.
«Je la refuse tout net (la guerre), avec tous les hommes qu’elle contient, je ne veux
rien avoir à faire avec eux (tous les hommes qu’elle contient), avec elle (la guerre)».
3. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître les sens de l’adverbe
jamais: • Sans négation, jamais indique un temps quelconque, dans le passé ou le
futur, et est un synonyme de déjà (en anglais: Have you ever...?).
• Avec la négatio• ne, jamais veut dire en aucun temps (en anglais: never).
28. A la lumière des textes I et II, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).
1. Selon le personnage du texte I, c’est la faiblesse de caractère des peuples qui a
permis et permet encore les guerres.
2. Les deux personnages qui refusent la guerre le font en raison d’un même
sentiment.
3. Ces deux personnages, bien que conscients d’être des exceptions au sein de la
société, persistent dans leur refus.
4. Selon le personnage de Lola, lorsque la Patrie est en danger, même les fous et les
lâches sont prêts à la défendre.
Réponse: C E C E
1. VRAI - Selon le personnage du texte I (L. 9-11), «C’est l’absurde docilité des
foules qui a rendu et rend encore les guerres possibles…».
2. FAUX - Certes, les deux personnages refusent la guerre, mais le font en raison de
sentiments différents: Texte I: [ la guerre est] une entreprise que je considère comme
un crime. Comme une trahison de la vérité, de la justice, de la solidarité humaine…
Texte II: Oui, tout à fait lâche Lola, je refuse la guerre et tout ce qu’il y a dedans…
[...] c’est eux qui ont tort, Lola et c’est moi qui ai raison, parce que je suis seul à
savoir ce que je veux: je ne veux plus mourir.
3. VRAI - Les deux personnages s’opposent à la guerre, bien que conscients d’être
des exceptions au sein de la société.
Texte I: … Si ceux qui ont le cran de dire «non» doivent être peu nombreux, qu’y
puis-je? C’est peut-être simplement parce que … «Il hésita:» parce qu’une
certaine… force d’âme ne court pas les rues…
Texte II: Je la refuse tout net, avec tous les hommes qu’elle contient, je ne veux rien
avoir à faire avec eux, avec elle. Seraient-ils neuf cent quatre-vingt-quinze millions
et moi tout seul, c’est eux qui ont tort, Lola et c’est moi qui ai raison...
4. FAUX - Lola affirme justement le contraire: «Il n’y a que les fous et les lâches
qui refusent la guerre quand leur Patrie est en danger…».
Piracicaba et l’Agenda 21
société civile.
29. D’après le texte III, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
1. A Piracicaba, le développement durable n’a pas été traité que sous l’aspect
environnemental et social.
2. Le cas de Piracicaba montre bien qu’une fois que le plan d’action pour
l’établissement d’un territoire durable suivant les normes de l’agenda 21 de Rio a
été établi, il faut s’y tenir.
1. VRAI - Item jugé particulièrement difficile par les candidats lors de l’épreuve de
2014.
Forme négative: A Piracicaba, le développement durable n’a pas été traité que sous
l’aspect environnemental et social = le développement durable n’a pas été traité
seulement sous l’aspect environnemental et social.
Forme affirmative: A Piracicaba, le développement durable n’a été traité que sous
l’aspect environnemental et social = le développement durable a été traité seulement
sous l’aspect environnemental et social.
2. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe s’en
tenir à quelque chose, qui veut dire ne rien faire de plus, ne pas aller au-delà.
L. 24-28: Depuis 2001, l’A21L de Piracicaba a revu son plan d’action deux fois.
Cette évolution illustre pourquoi les territoires durables restent en devenir. «C’est un
chantier, une construction, un apprentissage individuel et collectif en continu, croit
Christiane Gagnon.
4. FAUX - Pour répondre à cette question, il faudrait savoir que l’expression cas
d’école veut dire cas exemplaire (en anglais, textbook case).
L’auteur affirme que la municipalité brésilienne Piracicaba est un cas d’école parce
qu’elle s’est dotée d’un Agenda 21 local en 1999. Il n’y a aucune mention dans
l’extrait de la mise en oeuvre des principes de l’agenda 21 dans l’école.
30. En vous basant sur le texte III, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).
1. «notamment» (R.21) veut dire surtout.
2. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître les sens du verbe
décliner.
31. En ce qui concerne les aspects grammaticaux du texte III, jugez si les items
suivants sont vrais (C) ou faux (E).
Réponse: E C E E
• Le participe présent est invariable; il est suivi d’un complément ou d’un adverbe.
«Si on avait coulé le développement durable dans une définition unique et idéale
(...), on aurait alors enfermé son potentiel social innovateur» → Le développement
durable n’a pas été coulé dans une définition unique et idéale; son potentiel social
innovateur n’a donc pas été enfermé.
4. VRAI - Attention à l’accent du verbe tolérer, qui varie selon la conjugaison: soit
grave (je tolère), soit aigu (nous tolérons).
Texte IV - pour les questions 32 à 34
Texte IV (267 mots)
1 […] A la chute du mur de Berlin, un vent d’espoir avait soufflé sur le monde. La
fin de la confrontation entre
4 cataclysme nucléaire qui était suspendue au-dessus de nos têtes depuis une
quarantaine d’années; la démocratie allait
7 jusqu’à couvrir l’ensemble de la planète; les barrières entre les diverses contrées
du globe allaient s’ouvrir, et la circulation
13 on était déboussolé.
16 soviétique fut un triomphe. Entre les deux voies que l’on proposait aux peuples
du continent, l’une s’était révélée
19 anciens pays de l’Est sont venus frapper à la porte de l’Union; ceux qui n’y ont
pas été accueillis en rêvent encore.
22 alors que tant de peuples s’avançaient vers elle, fascinés, éblouis, comme si elle
était le paradis sur terre, l’Europe a
32. Pour le texte IV, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E) selon
l’auteur.
3. Après la chute du mur de Berlin la démocratie s’est répandue dans toute l’Europe.
4. A l’époque de la chute du mur de Berlin, on croyait que les frontières entre pays
disparaîtraient.
Réponse: C C E C
1. VRAI - Selon le texte, l’option soviétique n’était plus possible (L. 16-18): «Entre
les deux voies que l’on proposait aux peuples du continent, l’une s’était révélée
bouchée».
33. En fonction des affirmations de l’auteur dans le texte IV, jugez si les items
suivants sont vrais (C) ou faux (E).
1. L’Europe a conscience de son devoir d’absorber tous les anciens pays de l’Est.
2. Amin Maalouf dit ici que l’Europe a maintenant trouvé son identité.
3. Juste après la chute du mur de Berlin, les pays européens étaient désorientés.
3. ANNULÉ - Il se peut que l’item ait été annulé parce qu’il est possible d’inférer,
selon le texte, que les pays européens se sont désorientés peu à peu, et non pas juste
après la fin de l’Union soviétique: «Mais plus on avançait, plus on était
déboussolé».
• Les pays européens n’étaient donc pas déconcertés immédiatement après la chute
du mur de Berlin; ils le sont devenus au fur et à mesure que l’Europe avançait.
34. Jugez si les items suivants, relatifs au texte IV, sont vrais (C) ou faux (E).
Réponse: C C E E
• Aller au passé simple de l’indicatif: elle alla; • Être au passé simple de l’indicatif:
elle fut.
Texte V - pour les questions 35 à 37
Texte V (208 mots)
1 Les Etats reviennent dans le monde. Les peuples les ont choisis pour être l’arme
de la défense de leurs intérêts, ainsi
4 mondialisation. Cette dernière rencontre aujourd’hui une force nouvelle des Etats
qui exprime un autre progrès des nations.
7 leur responsabilité dans le déclenchement des guerres entre les peuples. Ils avaient
critiqué le poids de leur réglementation qui
Ce sont bien les Etats qui ont sauvé du naufrage les grandes
16 banques et les institutions financières, puis ont tenté de relancer les économies.
La concurrence qui s’est dessinée entre
19 s’est imposée au monde. Les Etats sont redevenus l’instrument sur lequel les
nations pouvaient à nouveau compter pour
Michel Guénaire. Le retour des États. p. 11-12. Ed. Grasset, 2013 (extrait).
35. A la lumière du texte V, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
1. L’auteur fait part de ses craintes sur un retour excessif du rôle de l’État sur la
scène internationale.
2. L’auteur avance qu’après une période où les peuples ont dénigré les États, ceux-ci
ont maintenant reconquis la faveur des hommes.
3. Selon l’auteur, c’est grâce à la crise que les États ont repris leur place dans le
monde contemporain.
Réponse: E C C C
2. VRAI - Selon l’auteur, «Les Etats sont redevenus l’instrument sur lequel les
nations pouvaient à nouveau compter».
4. VRAI - L’auteur met en relief cette nouvelle forme de résistance de la part des
Etats au début du texte: «Les Etats reviennent dans le monde. Les peuples les ont
choisis pour être l’arme de la défense de leurs intérêts, ainsi que celle d’une rupture
par rapport à la voie de la mondialisation. Cette dernière rencontre aujourd’hui une
force nouvelle des Etats qui exprime un autre progrès des nations».
36. Jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E) en vous référant au texte V.
1. Dans: «La concurrence qui s’est dessinée entre les pays a suscité leur intervention
bénéfique» (R.17 et 18), le participe passé «suscité» n’est accordé ni avec le sujet,
ni avec le complément d’objet direct.
2. Dans: «A la faveur de la crise, leur utilité a été redécouverte» (R.14), le «e» final
de redécouverte marque l’accord du participe passé avec «utilité».
3. Dans: «Les peuples les ont choisis» (R.1. et 2), le «s» de choisis marque l’accord
du participe passé avec le sujet: «les peuples».
4. Dans: «Les États étaient devenus» (R.12. et 13), le «s» de devenir marque
l’accord du participe passé avec le sujet: «les États».
Réponse: C C E C
Pour répondre à cette question, il faut connaître en détail les règles d’accord du
participe passé.
3. FAUX - Le participe passé des verbes conjugués avec l’auxiliaire avoir est
invariable si aucun complément d’objet direct (COD) ne le précède. Toutefois, si le
participe est précédé d’un COD (repris par un pronom personnel ou par un pronom
relatif), il s’accorde en genre et en nombre avec le COD qui le précède.
• Les peuples ont choisi les États → aucun complément d’objet direct ne précède le
participe choisi, invariable dans ce cas.
• Au lieu de rejeter les États, le peuples les ont choisis → le pronom personnel les
précède le participe choisis.
• Les États que les peuples ont choisis → le pronom relatif que précède le participe
choisis.
37. En considérant le texte V, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
4. Dans «Ce sont bien les États qui ont sauvé du naufrage les grandes banques…»,
le pronom relatif «qui» est le sujet du verbe sauver.
Réponse: E E E C
1. FAUX - Dans le contexte, la conjonction «comme» exprime la cause.
3. FAUX - L’extrait a pour thème les Etats. Dans «l’emprise bureaucratique des
Etats avait limité la création de la richesse des nations. Leur légitimité était
contestée», le pronom leur reprend les Etats [dont l’emprise bureaucratique avait
limité la création de la richesse des nations.]
• Attention, le texte distingue Etats et nations: «une force nouvelle des Etats qui
exprime un autre progrès des nations».
4. VRAI - Le pronom relatif qui a une fonction sujet et ne s’élide jamais avant
voyelle ou h muet.
• Attention à ne pas confondre qui et que: le pronom relatif que a une fonction
complément et s’élide avant voyelle ou h muet.
Texte VI - pour les questions 38 à 40
Texte VI (448 mots)
13 mettre en avant ses écrivains, ses philosophes, ses artistes, ses scientifiques, etc.
Elle répugne à le faire pour les sportifs.
19 comparer la place relative qui lui est accordée dans les médias généralistes
maintenant et il y a une génération.
25 pays.
38 des stades aux capacités illimitées, le sport est devenu un élément de puissance
des États. Des démonstrations de force
positives qui permettent de conquérir non pas des territoires, 41 mais des cœurs et
des esprits. Le sport c’est plus que du sport, et il est heureux que cela soit pris en
compte par le ministre des Affaires étrangères.
38. En vous référant au texte VI, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).
3. L’auteur affirme que la puissance véhiculée par le sport bénéficie d’une image
positive justement de par son origine.
4. Les élites dirigeantes ont toujours démontré un vif intérêt pour le sport au
détriment de la culture et de la science.
Réponse: C C C E
2. VRAI - Dans le 4ème paragraphe, l’auteur affirme que Laurent Fabius «a bien
compris d’un point de vue rationnel qu’à l’heure du soft power le sport a toute sa
place dans le rayonnement d’un pays».
39. Jugez si les items suivants se référant au texte VI sont vrais (C) ou faux (E).
1. Le mot «sociétal» (R.9) se rapporte aux divers aspects de la vie sociale des
individus, en ce qu’ils constituent une société organisée.
2. Une «marotte» (R.21) est un animal pouvant être considéré comme un symbole
ou un fétiche.
4. «enjeux» (R.32) peut être remplacé par avantages, sans changer le sens de la
phrase.
2. FAUX - Dans le texte, le sport est une marotte personnelle pour Laurent Fabius.
Le mot «marotte» veut bien dire, dans le contexte, manie, idée fixe, goût
obsessionnel pour quelque chose.
40. En ce qui concerne les aspects grammaticaux, du texte VI, jugez si les items
suivants sont vrais (C) ou faux (E).
Réponse: C C E C
1. VRAI - «Faux ami» bien connu des étudiants de français, le mot «pourtant» est
synonyme de mais, cependant, toutefois, et n’a pas le même sens que portanto en
portugais.
3. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître les verbes impersonnels,
qui se conjuguent uniquement à la troisième personne du singulier.
4. VRAI - Les présentatifs sont une catégorie de mots qui présentent un être ou une
chose, souvent pour les mettre en valeur.
• Le présentatif «c’est que» est utilisé dans des procédés emphatiques. (voir aussi la
question 50.1).
Texte VII - pour les questions 41 à 44
Texte VII (216 mots)
1 «Est-ce que Gervaise et Coupeau sont des fainéants et des ivrognes? En aucune
façon. Ils deviennent des fainéants
et des ivrognes, ce qui est une tout autre affaire. Cela d’ailleurs
4 est le roman lui-même; si l’on supprime leur chute, le roman n’existe plus, et je ne
pourrais l’écrire. Mais, de grâce, qu’on
13 créées; elle reste bonne jusqu’au bout. Coupeau lui-même, dans l’effrayante
maladie qui s’empare peu à peu de lui, garde
16 plus.
19 Elle est fille d’alcoolisés, elle subit la fatalité de la misère et du vice. Je dirai
encore: consultez les statistiques et vous verrez
si j’ai menti.»
Emile Zola. Lettre au directeur du «bien public».1877. In: Littérature 1ère, p.355.
Ed. Hatier.
41. Jugez si les items suivants, concernant le texte VII, sont vrais (C) ou faux (E).
3. Dans cet extrait ressort le fait que le travail représentait une valeur importante de
la société dans laquelle Zola évoluait.
Réponse: C E C C
1. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du mot plaidoyer,
qui veut dire discours ou écrit en faveur de quelqu’un, d’une idée, ou contre une
doctrine, une institution.
4. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe parfaire,
qui veut dire mener quelque chose à son complet développement.
• Le texte confirme que Nana joue ce rôle dans l’œuvre de Zola (L. 16-19): Quant à
Nana, elle est un produit. J’ai voulu mon drame complet. Il fallait une enfant perdue
dans le ménage).
42. En vous référant au texte VII, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).
1. Nana ne parvient pas, elle non plus, à surmonter les difficultés de sa famille.
3. C’est la première fois que Zola met en scène un personnage aussi doux que celui
de Gervaise.
1. VRAI - Tout comme ses parents («Elle est fille d’alcoolisés»), Nana subit
l’influence négative du «milieu et [de] l’alcool,(...) les deux grands
désorganisateurs, en dehors de la volonté des personnages («elle subit la fatalité de
la misère et du vice»).
3. VRAI - L’utilisation du superlatif confirme que Zola n’avait jamais mis en scène
un personnage aussi doux que celui de Gervaise:» Gervaise est la plus sympathique
et la plus tendre des figures que j’ai encore créées; elle reste bonne jusqu’au bout».
4. VRAI - Aux lignes 15 et 16, l’auteur affirme que ses pesonnages «sont des
patients, rien de plus.»
43. Jugez les items ci-dessous en répondant vrai (C) ou faux (E) aux affirmations
suivantes, concernant le texte VII.
Réponse: E E E E
• En registre soutenu, d’autre part s’utilise dans la séquence d’une part… d’autre
part, qui introduit deux éléments en opposition.
• L’adjectif mortelle veut dire qui est susceptible de mourir, qui cause la mort.
3. FAUX - Le mot ménage a bien le sens de couple, famille, unité domestique.
Cependant, dans l’extrait «Puis la déchéance arrive, et j’en ai ménagé chaque
étape», le verbe ménager veut dire que Zola a décrit chaque étape de la déchéance
des personnages avec mesure, de manière à obtenir un effet dramatique calculé.
• La locution «grâce à» est un connecteur qui exprime la cause positive, qui a des
conséquences favorables.
44. Jugez si les items grammaticaux, concernant le texte VII, sont vrais (C) ou faux
(E).
1. Dans «si l’on supprime», (R.4), le verbe supprimer est au présent de l’indicatif.
2. Dans: «qu’on me lise avec attention» (R.5 et 6), le verbe lire est au subjonctif
présent.
Réponse: C C E C
4. VRAI - L’article l’ à valeur euphonique est plus fréquent en registre soutenu. Son
utilisation avant on n’est pas obligatoire, mais elle rend la prononciation plus
agréable et plus facile. L’article l’ à valeur euphonique sert à: • éviter deux voyelles
à la suite → on suivi de et, ou, où.
1 Voici les vérités qui sont, selon moi, la base de toute démocratie et en particulier
de la grande démocratie française:
4 la presse sont trois choses identiques, ou, pour mieux dire, c’est la même chose
sous trois noms différents; à elles trois, elles
nation elle-même. Ces trois faits, ces trois principes liés d’une
45. Jugez, selon les arguments développés dans le texte VIII par Victor Hugo, si les
items ci-dessous sont vrais (C) ou faux (E).
1. Les trois vérités énoncées par l’auteur sont si puissantes que l’on peut toujours
parler de démocratie même lorsque l’une d’entre elles est bafouée.
3. Dès qu’un régime porte l’étiquette de monarchie, il n’est plus possible que la
République soit.
Réponse: E C E C
1. FAUX - Les trois vérités énoncées par l’auteur sont «trois principes liés d’une
solidarité essentielle» qui «se confondent dans une étroite et indissoluble unité». On
ne peut donc pas parler de démocratie lorsque l’une d’entre elles est bafouée.
3. FAUX - Les trois vérités énoncées par l’auteur sont si puissantes que «Partout où
ces trois principes, souveraineté du peuple, suffrage universel, liberté de la presse,
existent dans leur plénitude et dans leur toute-puissance, la République existe,
même sous le mot monarchie».
46. Jugez si les items suivants, se référant aux mots et expressions du texte VIII,
sont vrais (C) ou faux (E).
1. «Partout» (R.14) est un adverbe de lieu signifiant: dans tous les endroits.
Réponse: C E E E
1. VRAI - La question reprend les termes de la première définition du mot dans le
dictionnaire Larousse.
3. FAUX - Dans le contexte, l’adjectif «mobile» signifie qui est animé d’un
mouvement constant, qui passe rapidement d’une expression à l’autre, qui est plein
de vivacité.
47. Jugez si les items suivants, concernant le texte VIII, sont vrais (C) ou faux (E).
1. «dans une étroite et indissoluble unité» (R.12 et 13), peut être remplacé, sans
changer le sens du texte, par: dans une unité étroite et indissoluble.
2. «amoindris» (R.18), peut être remplacé, sans changer le sens du texte, par:
affaiblis.
3. «méconnus» (R.19), peut être remplacé, sans changer le sens du texte, par:
inconnus.
4. «éclairant» (R.12), peut être remplacé, sans changer le sens du texte, par:
ternissant.
Réponse: C C E E
1. VRAI - La position des adjectifs étroite et indissoluble peut être changée sans
modifier le sens de la phrase, car ils n’appartiennent pas aux catégories d’adjectifs
qui changent de sens selon leur placement (taille, poids, apparence, âge, vérité,
identité, qualité ou défaut moral).
3. FAUX - Alors que méconnu veut dire qui est connu, mais n’est pas apprécié selon
son mérite, inconnu veut dire que l’on ne connaît pas, dont on ignore l’identité.
4. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe ternir,
qui veut dire obscurcir, (faire) perdre son brillant, son éclat; (faire) perdre de sa
valeur, de son prestige.
Texte IX - pour les questions 48 à 50
Texte IX (300 mots)
1 A quelques jours d’intervalle, deux de nos plus grands poètes d’expression arabe,
Ounsi el-Hajj et Joseph Harb, ont
4 -ce par dégoût d’un monde où la poésie est devenue «secondaire», où les poètes,
au lieu d’être des guides et des
16 mortes peut ne se retrouver que dans un chant. La puissance que ce siècle met au
service du laboratoire (et des armes,
19 poésie. Et nous entendons par poésie tout ce qui est élévation de l’âme servie par
l’harmonie du langage. Il y a des jours où,
22 sans elle, la nature serait sans voix. Les gouvernements sans horizons et sans
allégresse ne savent plus son bienfait. S’ils se
1. Michel Chiha nous exhorte à utiliser une partie de notre puissance actuelle pour
servir la poésie.
2. Selon Michel Chiha les gouvernements tirent profit des vertus de la poésie.
4. Ounsi el-Hajj et Joseph Harb ont récemment quitté le Liban pour des raisons
politiques.
Réponse: C E E E
1. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe exhorter,
qui veut dire persuader, engager, inciter.
Dans le passage «La puissance que ce siècle met au service du laboratoire (et des
armes, devrait-on ajouter!), il faut en mettre une part au service de la poésie» (L. 16-
19), Michel Chiha nous exhorte à utiliser une partie de notre puissance actuelle pour
servir la poésie.
• (L. 22-25) «Les gouvernements sans horizons et sans allégresse ne savent plus son
bienfait. S’ils se servaient mieux d’elle, ils auraient moins de soucis et de plaintes».
3. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du mot défiance,
qui veut dire méfiance, crainte d’être trompé, manque de confiance. En fait,
Alexandre Najjar déplore que les poètes ne soient plus «des guides et des
visionnaires» comme à l’époque de Victor Hugo.
4. FAUX - Dans le contexte, l’expression tirer leur révérence et le verbe partir sont
des euphémismes pour la mort.
• «Ounsi el-Hajj et Joseph Harb ont tiré leur révérence. Pourquoi sont-ils partis
avant l’heure?»
49. Jugez si les items suivants, concernant texte IX, sont vrais (C) ou faux (E).
3. «S’ils se servaient mieux d’elle, ils auraient moins de soucis et de plaintes.» (R.23
à 25) a un sens différent de: Ils auraient moins de soucis et de plaintes, s’ils se
servaient mieux d’elle.
Réponse: C E E E
Les phrases «S’ils se servaient mieux d’elle, ils auraient moins de soucis et de
plaintes» et «Ils auraient moins de soucis et de plaintes, s’ils se servaient mieux
d’elle» ont le même sens.
• La seule nuance est que la proposition en tête de phrase attire davantage l’attention
du lecteur.
50. Jugez si les items suivants, concernant les aspects grammaticaux du texte IX,
sont vrais (C) ou faux (E).
Réponse: C C C C
1. VRAI - Remplacer «est-ce» par est-ce que c’est est un procédé emphatique qui ne
change pas le sens de la phrase.
La formule que c’est est utilisée pour mettre en valeur le terme de la phrase qui la
suit (voir aussi la question 40.4).
• Est-ce que c’est par dégoût d’un monde où la poésie est devenue «secondaire» →
mise en valeur du mot dégoût.
Por essa razão, recomendo que você não «pule» os trechos do texto que não sejam
necessários para responder questões específicas. Só é possível resolver a prova no
tempo se o(a) candidato(a) for capaz de ler e interpretar diversos textos extensos
(até cerca de 700 palavras, na prova de 2015) com rapidez e precisão, competência
que se adquire com treino contínuo da leitura de excertos de textos jornalísticos,
históricos, filosóficos, literários e acadêmicos. A leitura dos trechos selecionados é
parte fundamental do treino proposto nesta seção do livro, para que o(a)
candidato(a) adquira familiaridade não apenas com estilos, mas também com
vocabulário relacionado às matérias do CACD e temas de cultura e civilização que
podem ser úteis para a prova.
a. Exercices de vocabulaire
rigueur.
1. (ESAF - AFRTA 2005 - adaptada) D’après le texte «Des baisses d’impôt sous
contrainte», ce que la Commission de Bruxelles a condamné à la France est:
Réponse: C E E C
2. (ESAF - AFRTA 2005) Selon le texte «Des baisses d’impôt sous contrainte»,
Paris a refusé ce que la Commission voulait parce que:
Réponse: C E C E
1. VRAI - L’item reprend les termes du passage «Paris [le gouvernement] a refusé,
craignant d’étouffer un redémarrage de l’économie très lent».
réduction.
de l’OMC.
3. (ESAF - AFRTA 2005 - adaptada) D’après le texte «Un accord sur les droits de
douane agricoles débloque les négociations» la prochaine étape de l’Union
européenne sera:
Réponse: E C C E
1. FAUX - Selon le texte, «La prochaine étape pour l’Union européenne est de faire
avancer les négociations sur les produits industriels». Or, freiner veut dire le
contraire de faire avancer.
• H aspiré: La lettre «h» ne se prononce jamais en français. On dit que le «h» est
«aspiré» s’il se trouve au début d’un mot qui empêche la liaison ou l’élision. Ils sont
indiqués par un astérisque (*) dans les bons dictionnaires.
• H muet: La majorité des «h» en début de mots s’appellent les «h muets» et n’ont
aucun effet sur la prononciation.
4. FAUX - Le verbe piétiner veut dire ne faire aucun progrès, stagner, c’est-à-dire le
contraire de faire avancer.
esclaves.
2. L’expression «la main d’œuvre servile» (R.20) est équivalente à l’ensemble des
travailleurs esclaves.
3. L’expression «la traite des esclaves» (R.5) est utilisée pour désigner le commerce
des esclaves.
4. Les expressions «mettre un terme à» (R.5) et «en finir avec» (R.26-27) sont
synonymes et signifient supprimer.
Réponse: C C C C
1. VRAI - Le verbe octroyer veut dire accorder quelque chose à quelqu’un, le lui
concéder (d’un supérieur à un subordonné ou comme une faveur).
4. VRAI - Les deux expressions sont équivalentes et ont le même sens du verbe
supprimer.
Dans ce bouillonnement créatif, le jazz, l’art, la photographie, la mode et, bien sûr,
la littérature furent plus que des expressions privilégiées pour raconter les multiples
vies de l’homme noir, de véritables armes au service de la reconquête d’une identité.
Celle de Claude McKay est multiple, clochard céleste, journaliste militant,
bourlingueur marxiste - il résida en URSS dans les années 30, où il rencontra
Trotski lors de la 4e Internationale communiste -, chroniqueur de la rue. C’est de
tout cela qu’est fait son verbe vagabond. Celui de Home To Harlem, qui lui vaut, en
1928, le Harmon Gold Award Of Literature, et celui de Banjo, en 1929, où il dépeint
le Marseille cosmopolite où il vécut.
Banjo - du surnom de son héros, un docker noir qui, dans les bas-fonds de la ville,
s’évertue à monter un groupe de jazz -, croque un Marseille qui n’existe plus, un
quartier interlope, la Fosse, situé entre le Vieux-Port et la Joliette, que l’occupant
nazi rasera en 1943 pour purifier le «cloaque» du «chancre de l’Europe». Car ce
quartier réservé, à l’image du French Quarter de La Nouvelle-Orléans, est depuis
1865 le lieu de tous les plaisirs, de tous les dangers et de l’amarrage, dans les années
20, de cette «infernale musique noire qui rythme tous les bruits», comme l’écrira le
romancier marseillais André Suarès. «Bars à passe en toile de fond, cafés de quartier
qui émettent le son d’un «fox-trot populaire» provenant de pianos mécaniques çà et
là dans «Boody Lane» qui semble proclamer au monde entier que la chose la plus
merveilleuse était le bordel.»
Claude McKay n’a pas son pareil pour dire la bouillonnante ville-monde, ce «petit
Harlem», où vivent, aiment et meurent voyous provençaux, bandits corses et
italiens, dockers africains, marins, filles de joie et artistes du monde entier. Son
écriture visionnaire, chaloupée et enivrante, construite, avec ses solos, comme un air
de jazz, assène, près de quatre-vingt-dix ans plus tard, des questionnements toujours
actuels. Ceux de la citoyenneté et du vivre-ensemble. Sa lecture ne s’en révèle que
plus indispensable.
http://www.marianne.net/banjo-ce-marseille-noir-jazzy-oublie-100236809.html
6.
1. Dans «Celle de Claude McKay est multiple, clochard céleste, journaliste militant,
bourlingueur marxiste» (paragraphe 2), l’énumération est utilisée pour mettre
l’accent sur le caractère aventureux aussi bien qu’engagé de la vie de Claude
McKay.
4. Dans «le jazz, l’art, la photographie, la mode et, bien sûr, la littérature furent plus
que des expressions privilégiées pour raconter les multiples vies de l’homme noir»,
l’expression furent plus que des pourrait être remplacée par furent davantage que
des sans commettre de faute ni changer le sens de la phrase.
Réponse: C C E C
4. VRAI - L’adverbe DAVANTAGE indique une plus grande quantité, un plus haut
degré, un temps plus long, etc.: Il faut étudier davantage pour réussir l’épreuve.
ATTENTION: L’adverbe DAVANTAGE ne peut modifier qu’un verbe: elle me plaît
davantage; il a aidé son fils, mais il a fait davantage pour sa fille.
• Davantage que: introduit une comparaison. Registre littéraire. «Le jazz, l’art, la
photographie, la mode et, bien sûr, la littérature furent davantage que des
expressions privilégiées pour raconter les multiples vies de l’homme noir.»
La bande de Gaza est à genoux après trois guerres en six ans et un blocus israélien
de huit ans.
Quelque 100.000 Palestiniens se retrouvent sans abri dans cette bande de territoire
exigu et surpeuplé, où 45% de la population active était au chômage avant même
cette guerre, dernier avatar d’une crise israélo-palestinienne qui dure depuis près de
sept décennies. L’Autorité palestinienne a présenté un projet de reconstruction de
Gaza de 76 pages, pour un montant de quatre milliards de dollars dont la plus
grande partie est affectée à la construction de logements.
Le PIB de l’enclave devrait s’effondrer de 20% au cours des neuf premiers mois de
2014 par rapport à 2013. Mais, si le besoin d’argent est énorme, les motifs de
réticence sont considérables. La conférence pourrait produire un montant de
promesses élevé, mais «un certain pessimisme est de rigueur, les gens en ont assez
de payer sans horizon politique», affirmait récemment un diplomate sous couvert
d’anonymat.
Les Etats-Unis sont les seuls pour le moment à avoir pris un engagement pour verser
400 millions de dollars sur un an avec l’ajout de 212 millions annoncé par M. Kerry.
Mais l’Europe et les pays arabes devraient aussi promettre des sommes importantes.
Une grande partie de la communauté internationale espère pouvoir miser à terme sur
une plus grande stabilité politique à Gaza avec la réconciliation récente entre
l’Autorité palestinienne, dominée par le parti nationaliste Fatah de Mahmoud Abbas,
et le Hamas, qui contrôle l’enclave mais est considéré comme un mouvement
terroriste par Israël, les Etats-Unis et certains pays européens.
Le gouvernement d’union palestinien s’est réuni dans la bande de Gaza jeudi pour la
première fois depuis sa formation en juin, après des années de déchirements entre
Hamas et Fatah. Il s’agit d’envoyer aux donateurs un message clair: l’argent destiné
à la reconstruction sera bien utilisé par une autorité composée de personnalités
indépendantes.
http://tempsreel.nouvelobs.com/topnews/20141012.AFP8095/le-caire-les-donateurs-
au-chevet-de-gaza-qui-reste-une-poudriere.html
7.
1. L’emploi de l’imparfait dans «La communauté internationale tentait au Caire de
rassembler quatre milliards de dollars» fait croire que, au moment où le texte a été
écrit, l’action n’avait pas été achevée.
2. Dans «un montant de quatre milliards de dollars dont la plus grande partie est
affectée à la construction de logements», le mot affecter veut dire toucher, atteindre,
concerner quelqu’un ou quelque chose, en parlant de quelque chose de pénible:
Épidémie qui affecte toute une population.
4. La structure «Mais, si le besoin d’argent est énorme, les motifs de réticence sont
considérables» exprime la condition.
Réponse: C E C E
2. FAUX - Il y a plusieurs définitions du verbe affecter, dont celle qui vient du latin
affectare, avec influence de affectus, sentiment, et qui veut dire toucher, atteindre,
concerner en parlant de quelque chose de fâcheux.
Cependant, dans l’extrait ci-dessus, affecter vient du latin latin affectare, assigner,
sans influence de affectus, sentiment, et veut dire destiner quelque chose à un usage
particulier.
Dévoré à l’étranger, Caliban et la Sorcière paraît enfin en français, dix ans après sa
première publication en anglais. Selon Silvia Federici, entre le XVIe et le XVIIIe
siècle, trois éléments fondent le nouvel ordre économique: la privatisation des terres
villageoises autrefois collectives, la colonisation du Nouveau Monde et... la chasse
aux sorcières. Les clôtures éliminent l’accès universel à des biens de base: le bois, le
pâturage, les herbes thérapeutiques. Dépendant davantage de ces biens communs
pour leur subsistance, leur autonomie et leur sociabilité, les femmes sont les
premières à pâtir de leur disparition. Si les hommes pauvres partent travailler à la
ville, elles restent seules. Elles rejoignent les rangs des vagabonds, empruntent ou
chapardent. Accusées de pacte avec le diable, de vols nocturnes ou encore de
meurtres d’enfants, deux cent mille d’entre elles sont victimes de procès en
sorcellerie sur une durée de trois siècles, selon l’historienne Anne L. Barstow.
http://www.monde-diplomatique.fr/2014/09/DESQUESNES/50775
8.
1. «Autrefois» a le sens de jadis ou anta• dans le premier paragraphe.
2. Les femmes se livrent à la mendicité, mais ne s’emparent toutefois pas des biens
d’autrui.
1. VRAI - Autrefois veut dire dans le passé et est un synonme de jadis et antan.
3. VRAI - Le livre paraît d’abord en anglais; or, le mot «clôtures» fait référence à la
privatisation des terres communales en Angleterre (en anglais, enclosures). De plus,
Federici éclaire la condition de toutes les femmes à ce moment de basculement.
Les empires du XXe siècle sont aussi les produits d’effrayantes certitudes
idéologiques: colonisateurs convaincus de transformer des peuples-enfants en
nations adultes; Union soviétique promettant le paradis à tous les prolétaires;
Allemagne nazie et Japon impérial sûrs de permettre aux meilleurs de diriger la
planète; Amérique elle aussi persuadée d’être le phare de l’humanité. Pour le
moment, les hommes sont plus ou moins guéris de ces délires. Mais est-ce parce
qu’ils sont devenus sages ou parce que l’humanité ne connaît plus temporairement
qu’un seul modèle idéologique, celui de l’Occident? Le temps des aventures
impériales serait donc clos, au moins provisoirement.
Est-il sûr, pour autant, que les bons vieux empires appartiennent à jamais au passé?
Peut--être! Toute la Terre est partagée, et la société des États tient à la stabilité des
frontières: en 1990, l’agression du Koweit par l’Irak a fait l’objet d’une
condamnation quasi unanime. Mais les vieux réflexes impériaux ne réapparaîtront-
ils pas si survient une crise économique et politique profonde, les «petits» se
cherchant un protecteur et les «grands» retrouvant leur instinct d’être maîtres d’un
espace qui ne soit qu’à eux?
9.
1. Dans le dernier paragraphe, l’expression «toute la Terre» pourrait être remplacée
par «toute la terre» sans changer le sens de la phrase.
2. Dans l’expression «les vieux réflexes impériaux» le mot réflexes est synonyme de
reflets.
4. Dans le dernier paragraphe, l expression «un espace qui ne soit qu’à eux» pourrait
être remplacée par «un espace qui n’appartienne à personne d’autre» sans changer le
sens de la phrase.
Réponse: E E E C
2. FAUX - Reflet: Image plus ou moins nette que renvoie une surface réfléchissante
(miroir, vitre...)
≠Réflexe: Réaction très rapide, plus rapide que la pensée: Un réflexe de défense.
≠Trouver son compte à quelque chose: trouver son avantage à quelque chose
Réédité sous une forme souvent tronquée, ce document tend à faire d’Olympe de
Gouges une icône internationale du féminisme. Cependant, cette renommée,
qu’ignore encore largement l’Hexagone, reste partielle. Quand elle est connue, la fin
tragique de la seconde guillotinée de l’histoire de France (Marie-Antoinette l’a
devancée de peu) a éclipsé les autres titres de gloire d’une femme au destin
transgressif: fille non reconnue d’un père aristocrate et de la belle épouse d’un
boucher de Montauban, Occitane montée à Paris après un veuvage précoce,
romancière autobiographe et écrivaine de théâtre malmenée, cette antiesclavagiste
notoire fut une pamphlétaire novatrice qui sut répandre ses idées par des affiches et
par voie de presse: abolir la traite négrière, réformer l’impôt et la Constitution,
sauver la tête des monarques, donner à toutes et à tous le droit au divorce et à
l’éducation, etc.
De ses multiples combats, on a surtout retenu ses attaques frontales en faveur des
femmes. Puisque «la femme naît libre et demeure égale à l’homme en droits»
(Déclaration, article I), «la loi doit être l’expression de la volonté générale; toutes
les citoyennes et tous les citoyens doivent concourir personnellement, ou par leurs
représentants, à sa formation; elle doit être la même pour tous: toutes les citoyennes
et tous les citoyens étant égaux à ses yeux, doivent être également admissibles à
toutes les dignités, places et emplois publics, selon leurs capacités, et sans autres
distinctions que celles de leurs vertus et de leurs talents» (art. VI).
Réponse: C C E E
Le 5 juillet 1962, après huit ans d’une guerre à laquelle on a longtemps refusé ce
nom, qui a fait trois cent mille victimes et mobilisé quelque deux millions de soldats
français, le peuple algérien accède à l’indépendance.
La France et l’Algérie n’ont pas fait que se mener une guerre violente, de 1954 à
1962. Pendant plus d’un siècle, selon le mot du ministre de l’intérieur en 1954, le
jeune François Mitterrand, «l’Algérie, c’est la France» - avec ce que cela implique
de traces et de mémoire partagée. Quelques soubresauts de notre vie politique se
sont d’ailleurs chargés de nous le rappeler. Le 16 janvier 2005, paraissait l’appel
d’un collectif militant baptisé «Les Indigènes de la République» dénonçant une
prétendue rémanence du fait colonial dans la France contemporaine; un mois plus
tard, l’évocation d’un «rôle positif» de la colonisation française de l’Afrique du
Nord, dans la loi du 23 février 2005, provoquait une polémique avant que l’article
portant mention de cette appréciation soit abrogé un an plus tard.
Cette ébauche de «débat colonial» a certes levé un coin de voile sur le siècle de
présence française en Algérie mais, de part et d’autre de la Méditerranée, le souvenir
de la guerre, de ses scandales ou de ses déchirures a persisté à maintenir dans
l’ombre la réalité de ce destin commun. Et pourtant, depuis une quinzaine d’années,
toute une génération de jeunes chercheurs français, mais aussi britanniques ou
américains, s’est emparée, sous l’impulsion des études postcoloniales, de cet espace
franco-algérien au point de pouvoir aujourd’hui prétendre déjouer les pièges du
manichéisme et du relativisme.
http://www.lemonde.fr/livres/article/2012/08/30/histoire-quand-l-algerie-etait-la-
france_1753077_3260.html
11.
1. Dans le contexte, ébauche équivaut à esquisse.
3. Dans «toute une génération de jeunes chercheurs français, mais aussi britanniques
ou américains», toute une génération équivaut à toute la génération.
4. La phrase «La France et l’Algérie n’ont pas fait que se mener une guerre
violente» veut dire que La France et l’Algérie ne se sont pas seulement affrontées
dans une guerre violente.
Réponse: C E E C
1. VRAI - En tant que termes techniques de dessin et peinture, les mots ne sont pas
équivalents; cependant, dans le sens figuré, ils ont le même sens (en portugais:
esboço).
4. VRAI - Dans la phrase «La France et l’Algérie n’ont pas fait que se mener une
guerre violente», ne...PAS...que est la négation de l’adverbe de restriction ne...que.
La monnaie n’était donc pas un simple signe arbitraire comme aujourd’hui, elle
correspondait à un produit réel, un métal utilisé dans l’artisanat et dans l’industrie -
cela avait toujours été le cas, et on pensait que c’était indispensable à la confiance
des gens dans le système monétaire. Cette parité en métal précieux était très stable
aussi: en France, elle ne changea absolument pas en un siècle (un franc valait
0,32258 grammes d’or). Les pièces, qui étaient d’or ou d’argent sauf les plus petites,
représentaient près des trois quarts de la monnaie en circulation en 1914. La
monnaie fiduciaire (celle qui reposait sur la «confiance», fides en latin, c’est-à-dire
celle qui ne consistait pas en pièces d’or et d’argent), qui est aujourd’hui la seule, ne
jouait alors qu’un rôle effacé: les billets étaient rares (et représentaient des sommes
très élevées - en France le plus petit valait 50 F, soit dix jours du salaire d’un ouvrier
bien payé); on ne les aimait guère, notamment en France où l’on avait de fort
mauvais souvenirs des assignats révolutionnaires, cette monnaie de papier gagée sur
les biens nationaux, qui très vite avait perdu toute valeur parce que le gouvernement
en avait imprimé beaucoup trop. Les chèques (monnaie scripturale - elle vaut ce
qu’on écrit dessus -, inventée en Grande-Bretagne vers 1830, légale en France
depuis le second Empire) étaient encore peu utilisés, sauf dans les pays anglo-
saxons; seuls les plus riches y recouraient.
1. Dans cela avait toujours été le cas, le pronom démonstratif cela reprend elle[la
monnaie] correspondait à un produit réel, un métal utilisé dans l’artisanat et dans
l’industrie.
2. L’expression on ne les aimait guère pourrait être remplacée, sans faire de faute ni
changer le sens de la phrase, par on ne les aimait point.
3. Dans Les pièces, qui étaient d’or ou d’argent sauf les plus petites, le mot sauf a le
sens de hormis.
4. Dans cela faisait un bon siècle qu’il avait très peu évolué, l’adjectif bo• est
employé pour désigner la stabilité économique de la période em question.
Réponse: C E C E
1. VRAI - Dans cela avait toujours été le cas, le pronom démonstratif cela reprend
elle[la monnaie] correspondait à un produit réel, un métal utilisé dans l’artisanat et
dans l’industrie.
NE… GUÈRE/NE PLUS… GUÈRE indique une quantité minime ou une fréquence
faible; peu, pas très, pas beaucoup, pas souvent
4. FAUX - Dans cela faisait un bon siècle qu’il avait très peu évolué, l’adjectif bon
est employé pour désigner un siècle entier.
C’est alors que se produisit une chose totalement inattendue, que nous n’aurions
jamais crue possible. Par une nuit de tempête, une pluie violente s’abattit sur les
tranchées. Trempées et transies, les sentinelles, en plein vent, tentaient vainement de
rallumer leurs pipes éteintes. L’eau ruisselait en gargouillant le long des parois des
tranchées, jusqu’au fond de la semelle, l’un après l’autre les remparts de sac de
sable, les traverses s’écroulaient comme des masses en une bouillie visqueuse.
Couverts de boue, comme des bandes de rats chassés de leurs trous, les occupants
s’extirpaient des abris où l’eau ne cessait de monter. Lorsque le matin se mit à
poindre, lent et triste sous des voiles de pluie, nous découvrîmes qu’un véritable
déluge s’était déversé sur nous. Pétrifiés et muets, nous nous blottissions sur les
derniers ressauts qui commençaient eux-mêmes à s’effriter. Depuis longtemps le
dernier juron s’était tu, très mauvais signe. Que faire? Nous étions perdus. Les fusils
encroûtés de boue. Impossible de rester sur place, et se montrer au-dessus du sol
était la mort certaine. Nous le savions d’expérience mille fois répétée.
Tout à coup, un appel nous parvint de l’autre bord. Au-delà des barbelés surgirent
des silhouettes en longues capotes jaunes, se détachant à peine sur le fond du désert
glaiseux. Des Anglais, qui ne pouvaient pas plus que nous se maintenir dans leurs
tranchées. Ce fut comme une délivrance, car nous étions à bout de forces. Nous
marchâmes à leur rencontre.
Mais cette joie fut de courte durée, brisée nette par l’entrée en jeu brutale d’une
mitrailleuse en batterie sur une colline proche.
13.
1. Dans «Nous marchâmes à leur rencontre», le verbe marcher est au passé simple,
qui indique l’antériorité.
2. Le mot foirail évoque surtout l’ambiance bon enfant entre les adversaires, mais
aussi les échanges («on échangeait des boutons d’uniformes, de l’eau de vie et du
whisky») dont il est question dans le texte.
3. Dans «Pétrifiés et muets, nous nous blottissions sur les derniers ressauts qui
commençaient eux-mêmes à s’effriter», blottir veut dire se presser avec tendresse
les uns contre les autres.
Réponse: E C E C
1. FAUX - Marcher est bien au passé simple, mais ce temps simple de l’indicatif
n’indique pas l’antériorité; bien au contraire, il s’emploie pour décrire les
évènements passés dans l’ordre chronologique.
• Fête foraine ayant une périodicité régulière: (en portugais, parque de diversões).
• Familier. Endroit où tout est en désordre, où l’on fait du bruit (en portugais,
bagunça).
Cependant, ce verbe n’a pas ce sens dans le contexte. Le verbe dans l’extrait est se
blottir, qui veut dire se replier, être replié sur soi-même de manière à occuper le
moins de place possible.
4. VRAI - Les expressions «brisée nette» et coupée court veulent dire brusquement
interrompue.
Pourtant je n’ai pas rêvé. Je me surprends quelquefois à dire cette phrase dans la
rue, comme si j’entendais la voix d’un autre. Une voix blanche. Des noms me
reviennent à l’esprit, certains visages, certains détails. Plus personne avec qui en
parler. Il doit bien se trouver deux ou trois témoins encore vivants. Mais ils ont sans
doute tout oublié. Et puis, on finit par se demander s’il y a eu vraiment des témoins.
Non, je n’ai pas rêvé. La preuve, c’est qu’il me reste un carnet noir rempli de notes.
Dans ce brouillard, j’ai besoin de mots précis et je consulte le dictionnaire. Note:
Courte indication que l’on écrit pour se rappeler quelque chose. Sur les pages du
carnet se succèdent des noms, des numéros de téléphone, des dates de rendez-vous,
et aussi des textes courts qui ont peut-être quelque chose à voir avec la littérature.
Mais dans quelle catégorie les classer? journal intime? Fragments de mémoire? Et
aussi des centaines de petites annonces recopiées et qui figuraient dans des
journaux. Chiens perdus. Appartements meublés. Demandes et offres d’emploi.
Voyantes.
Parmi ces quantités de notes, certaines ont une résonance plus forte que les autres.
Surtout quand rien ne trouble le silence. Plus aucune sonnerie de téléphone depuis
longtemps. Et personne ne frappera à la porte. Ils doivent croire que je suis mort.
Vous êtes seul, attentif, comme si vous vouliez capter des signaux de morse que
vous lance, de très loin, un correspondant inconnu. Bien sûr, de nombreux signaux
sont brouillés, et vous avez beau tendre l’oreille ils se perdent pour toujours. Mais
quelques noms se détachent avec netteté dans le silence et sur la page blanche...
À quoi tenait le malaise que j’avais ressenti autrefois? Était-ce à cause de ces
quelques rues à l’ombre d’une gare et d’un cimetière? Elles me paraissaient
brusquement anodines. Leurs façades avaient changé de couleur. Beaucoup plus
claires. Rien de particulier. Une zone neutre. Était-il vraiment possible qu’un double
que j’avais laissé là continue à répéter chacun de mes anciens gestes, à suivre mes
anciens itinéraires pour l’éternité? Non, il ne restait plus rien de nous par ici. Le
temps avait fait table rase. Le quartier était neuf, assaini, comme s’il avait été
reconstruit sur l’emplacement d’un îlot insalubre. Et si la plupart des immeubles
étaient les mêmes, ils vous donnaient l’impression de vous trouver en présence d’un
chien empaillé, un chien qui avait été le vôtre et que vous aviez aimé de son vivant.
14.
1. Dans «j’étais toujours sur le quivive dans ce quartier», l’expression être sur le
quivive veut dire être de bonne humeur.
Réponse: E C C E
1. FAUX - Dans «j’étais toujours sur le quivive dans ce quartier», l’expression être
sur le quivive veut dire être alerte, faire attention à tout ce qui se passe autour de soi.
2. VRAI - Le mot «Voyantes» veut dire celles qui voient, dans le sens de diseuses de
vérité (en portugais, videntes).
«Franklin avait paru à la Cour avec le costume d’un cultivateur américain; ses
cheveux plats sans poudre, son chapeau rond, son habit de drap brun contrastaient
avec les habits pailletés, brodés, les coiffures poudrées et embaumantes des
courtisans de Versailles. Cette nouveauté charma toutes les têtes vives des femmes
françaises. On donna des fêtes élégantes au docteur Franklin, qui réunissait la
renommée d’un des plus habiles physiciens aux vertus patriotiques qui lui avaient
fait embrasser le noble rôle d’apôtre de la liberté. J’ai assisté à l’une de ces fêtes, où
la plus belle parmi trois cents femmes fut désignée pour aller poser sur la blanche
chevelure du philosophe américain une couronne de laurier et deux baisers aux
joues de ce vieillard. Jusque dans le palais de Versailles, à l’exposition des
porcelaines de Sèvres, on vendait sous les yeux du roi, le médaillon de Franklin
ayant pour légende: Eripuit caelo fulmen, sceptrumque tyrannis.» [ «Il a ravi au ciel
la foudre - allusion à l’invention du paratonnerre - et le sceptre aux tyrans»]
15.
1. Dans la phrase «Il a ravi au ciel la foudre», ravir veut dire enchanter, beaucoup
plaire à quelqu’un.
2. Dans la phrase «Franklin avait paru à la Cour», le verbe paraître est conjugué au
plus-que-parfait de l’indicatif pour exprimer un fait accompli.
3. Dans «Cette nouveauté charma toutes les têtes vives des femmes françaises»,
charmer équivaut à ensorceler.
4. Dans «la plus belle parmi trois cents femmes», parmi pourrait être remplacé par
entre sans changer le sens de la phrase.
Réponse: E C E C
1. FAUX - Le verbe ravir a dans le texte un autre sens: dans le registre littéraire, il
veut dire soustraire, prendre à quelqu’un par surprise ou par ruse ce qui lui
appartient.
3. FAUX - Le verbe charmer a dans le texte un autre sens: tenir quelqu’un sous le
charme, l’enchanter. Ex.: Sa conversation charmait les invités.
PARMI: Un ensemble dont fait partie quelque chose ou quelqu’un; dans, au nombre
de.
=ENTRE: L’ensemble au sein duquel une possibilité de choix est offerte. Ex.: Il a
fallu choisir entre plusieurs candidats.
«Vous croyez avoir prouvé que l’Alsace est de nationalité allemande parce que sa
population est de race germanique et parce que son langage est l’allemand. Mais je
m’étonne qu’un historien comme vous affecte d’ignorer que ce n’est ni la race ni la
langue qui fait la nationalité.
Ce n’est pas la race: jetez en effet les yeux sur l’Europe et vous verrez bien que les
peuples ne sont presque jamais constitués d’après leur origine primitive. Les
convenances géographiques, les intérêts politiques ou commerciaux sont ce qui a
groupé les populations et fondé les États. Chaque nation s’est ainsi peu à peu
formée, chaque patrie s’est dessinée sans qu’on se soit préoccupé de ces raisons
ethnographiques que vous voudriez mettre à la mode. Si les nations correspondaient
aux races, la Belgique serait à la France, le Portugal à l’Espagne, la Hollande à la
Prusse; en revanche, l’Écosse se détacherait de l’Angleterre, à laquelle elle est si
étroitement liée depuis un siècle et demi, la Russie et l’Autriche se diviseraient
chacune en trois ou quatre tronçons. (...)
La langue n’est pas non plus le signe caractéristique de la nationalité. On parle cinq
langues en France, et pourtant personne ne s’avise de douter de notre unité
nationale. On parle trois langues en Suisse: la Suisse en est-elle moins une seule
nation, et direz-vous qu’elle manque de patriotisme? (...) Vous vous targuez de ce
qu’on parle allemand à Strasbourg; en est-il moins vrai que c’est à Strasbourg que
l’on a chanté pour la première fois la Marseillaise?
Ce qui distingue les nations, ce n’est ni la race, ni la langue. Les hommes sentent
dans leur coeur qu’ils sont un même peuple lorsqu’ils ont une communauté d’idées,
d’intérêts, d’affections, de souvenirs et d’espérances. Voilà ce qui fait la patrie. Voilà
pourquoi les hommes veulent marcher ensemble, travailler ensemble, combattre
ensemble, vivre et mourir les uns pour les autres. La patrie, c’est ce qu’on aime. Il
se peut que l’Alsace soit allemande par la race et par le langage; mais par la
nationalité et le sentiment de la patrie elle est française. Et savez-vous ce qui l’a
rendue française? Ce n’est pas Louis XIV, c’est notre révolution de 1789. Depuis ce
moment, l’Alsace a suivi toutes nos destinées; elle a vécu notre vie. Tout ce que
nous pensions, elle le pensait; tout ce que nous sentions, elle le sentait. Elle a
partagé nos victoires et nos revers, notre gloire et nos fautes, toutes nos joies et nos
douleurs. Elle n’a rien eu de commun avec vous. La patrie, pour elle, c’est la
France. L’étranger, pour elle, c’est l’Allemagne.»
16.
1. Dans «Vous vous targuez de ce qu’on parle allemand à Strasbourg», se targuer de
équivaut à se vanter, s’ennorgueillir, pavoiser.
2. Dans «Mais je m’étonne qu’un historien comme vous affecte d’ignorer que ce
n’est ni la race ni la langue qui fait la nationalité», le subjonctif présent exprime la
surprise.
3. Dans «la Belgique serait à la France», le verbe être peut être remplacé par revenir
sans fausser les idées du texte.
4. Dans «chaque patrie s’est dessinée sans qu’on se soit préoccupé de ces raisons
ethnographiques que vous voudriez mettre à la mode», voudriez est le verbe vouloir
conjugué à l’imparfait du subjonctif à la deuxième personne du pluriel.
Réponse: C E C E
1. VRAI - Le verbe pavoiser veut dire, dans le registre familier, manifester avec
fierté, ostentation une grande joie.
3. VRAI - Le verbe revenir veut dire être destiné à quelqu’un, lui appartenir, lui
échoir légitimement.
Audience de Charles Blé Goudé devant la CPI: nouveau coup d’éclat de la justice
pénale internationale?
Avancée dès 1872 par le Suisse Gustave Moynier et concrétisée en 1945 par la
création du Tribunal de Nuremberg pour juger des horreurs commises par les
puissances de «l’Axe du mal», l’idée d’une justice internationale a été consacrée
définitivement, en 1998 par la création de la Cour pénale internationale.
Arrêté en janvier 2013 au Ghana, l’ancien chef des «Jeunes patriotes» aurait
encouragé cette milice à commettre des exactions dans le pays. A la suite de cette
audience qui s’est terminée vendredi 3 octobre, les juges ont 2 mois pour décider de
l’ouverture ou non d’un procès. Dans le cas d’une réponse positive, M. Blé Goudé
rejoindra Laurent Gbagbo sur le banc des accusés, dont la date de l’instance n’est
pas encore fixée.
Cependant, la tenue éventuelle d’un tel procès viendra étayer la thèse de détracteurs
de cette institution. En effet, si son action est largement considérée comme une
avancée considérable en matière de droits de l’Homme, des critiques s’élèvent
depuis sa création pour en soulever le manque d’indépendance. A l’heure actuelle,
plus de 70 Etats n’ont pas ratifié son statut, à l’instar de la Chine, des Etats-Unis, ou
encore d’Israël, ce qui en ferait, selon le professeur Julian Fernandez, une institution
«prisonnière de son absence de légitimité universelle».
Par ailleurs, son originalité réside dans la mise en œuvre de sanctions individuelles,
qui auraient, selon son président, M. San Hyun Song, une force dissuasive. Selon
lui,«l’important de la mission n’est pas de punir mais de prévenir». Or, la
multiplication des conflits internes et la situation internationale actuelle ne semblent
pas permettre de confirmer une diminution sensible des violations commises par des
dirigeants politiques. Mais la critique la plus clivante réside dans les zones
géographiques visées par les poursuites. Depuis sa création, son action n’a concerné
que des dirigeants africains, dont ceux du Kenya, du Soudan, de la République
centrafricaine, ou encore de l’Ouganda.
http://les-yeux-du-monde.fr/actualite/afrique-moyen-orient/19721-audience-de-
charles-ble-goude
17.
1. Dans le paragraphe 1, «avancer une idée» équivaut à faire avancer une idée.
3. Dans «son action n’a concerné que des dirigeants africains», concerner veut dire
soucier, inquiéter.
Réponse: C C E E
2. VRAI - Étayer veut dire soutenir quelque chose par des arguments, des preuves.
3. FAUX - Dans le contexte, concerner veut dire avoir un rapport direct avec
quelqu’un ou quelque chose, les toucher directement; regarder, intéresser: Ceci vous
concerne.
L’Occident, bien que ce soit souvent pour des raisons d’expansion économique, a
été curieux des autres civilisations. Il les a, trop de fois, liquidées avec mépris. (...) A
partir de la seconde moitié du XIXe siècle, l’anthropologie culturelle s’est
développée comme une tentative de guérir l’Occident du remords de ses
comparaisons avec les Autres, et particulièrement ces Autres qui étaient définis
comme sauvages, sociétés sans histoire, peuples primitifs.
La vraie leçon que l’on doit tirer de l’anthropologie culturelle est que, pour dire si
une culture est supérieure à une autre, il faut fixer des paramètres.(...) Une culture
peut être décrite d’une manière relativement objective: ces individus se comportent
ainsi, il croient aux esprits ou en une divinité unique qui est répandue dans toute la
nature, ils s’unissent en clans parentaux selon telle et telle règle, ils considèrent que
c’est beau d’avoir le nez percé (ce qui pourrait être une description de la culture de
la jeunesse occidentale) (...). Les paramètres du jugement sont autre chose, ils
dépendent de nos racines, de nos préférences, de nos usages, d’un système de
valeurs qui nous appartient. Un exemple: considérons-nous que porter la durée
moyenne de la vie de quarante ans à quatre-vingts ans soit une valeur?
Personnellement, je le crois (...): s’il en est ainsi, la médecine et la science
occidentales sont certainement supérieures à beaucoup d’autres pratiques et savoirs
médicaux. (...) Et l’on voit donc bien que, pour déterminer qu’une culture est
meilleure que l’autre, il ne suffit pas de la décrire (comme le fait l’anthropologue),
mais qu’il convient de recourir à un système de valeurs auquel nous considérons ne
pouvoir renoncer. C’est seulement dans ces conditions que nous pouvons dire que
notre culture, pour nous, est meilleure. (...)
Ne sollicitons pas l’histoire, car c’est une arme à double tranchant. (...) Les pirates
sarrasins n’y allaient pas avec le dos de la cuiller, mais les corsaires de Sa Majesté
britannique, forts de leurs lettres de marque, mettaient à feu et à sang les colonies
espagnoles dans les Caraïbes. Ben Laden et Saddam Hussein sont des ennemis
féroces de la civilisation occidentale, mais à l’intérieur de la civilisation occidentale
nous avons eu des messieurs qui s’appelaient Hitler ou Staline (...).
18.
1. Dans le contexte du dernier paragraphe, l’expression ne pas y aller avec le dos de
la cuiller pourrait être remplacée sans commettre de faute ni changer le sens de la
phrase par ne pas y aller de main morte.
3. Bien qu’ils aient perpétré des massacres, l’auteur fait preuve de respect à l’égard
de Hitler et de Staline en les traitant de messieurs.
Réponse: C E E E
1. VRAI - Oui, mais attention: l’expression ne pas y aller avec le dos de la cuiller
exprime l’intensité plutôt que la dureté. Dans le contexte, parce qu’ il est question de
violence, les deux expressions produisent le même effet.
parler, agir sans ménagement; y aller fort, exagérer, faire les choses carrément.
• Ne pas y aller de main morte, frapper rudement; agir ou parler avec dureté.
• L’expression à double tranchant veut dire qui peut avoir deux effets opposés.
Ses réussites autant que ses échecs la placent régulièrement sous les feux de la
rampe, tout comme ses méthodes controversées.
La description des sévices infligés fait froid dans le dos. On apprend d’ailleurs que
même les agents de la CIA étaient à bout et qu’il fallait les contraindre à continuer...
http://www.herodote.net/1947_2014-synthese-1981.php
19.
1. La phrase «Si le contenu du rapport suscite l’horreur et l’indignation, le fait
même qu’il soit publié (dans une version abrégée, le document total comprenant
plus de 6 000 pages) mérite d’être souligné» pourrait être correctement réecrite, sans
changer le sens de la phrase, comme suit: «Si d’une part le contenu du rapport
suscite l’horreur et l’indignation, d’autre part, le fait même qu’il soit publié (dans
une version abrégée, le document total comprenant plus de 6 000 pages) mérite
d’être souligné».
2. Dans le texte, l’expression «faire froid dans le dos» veut dire le contraire de
donner la chair de poule.
3. Dans «les tortures pratiquées par la CIA dans sa traque des terroristes depuis le 11
septembre», traque veut dire poursuite, chasse.
Réponse: C E C E
2. FAUX - Dans le texte, l’expression «faire froid dans le dos» a le même sens de
donner la chair de poule.
• Avoir, donner la chair de poule, avoir, faire avoir la peau hérissée sous l’effet du
froid, de la peur; avoir, faire peur.
3. VRAI - Le verbe traquer veut dire pourchasser, poursuivre quelqu’un qui est en
fuite pour l’arrêter.
4. FAUX Les expressions «les feux de la rampe» et à plein feu ne sont pas
équivalentes, selon les définitions du dictionnaire Larousse.
• À plein feu, de toute la violence d’une arme à feu, en tirant le plus grand nombre
de coups possible.
Ce terme technique du théâtre est souvent employé au sens figuré: «être sous les
feux de la rampe», signifie être au premier plan, être connu du grand public pendant
un temps.
Les populations qui fuient le plus sont la population syrienne qui représente presque
30% des migrants et les Erythréens plus de 17%.
La guerre civile qui s’éternise en Syrie et la forte répression qui sévit en Erythrée
ont provoqué ce phénomène de masse. Les somaliens et les soudanais sont
également concernés par ces migrations de masse.
Malgré cet «exode», la fin de l’opération «Mare Nostrum» a été annoncée par l’Etat
italien.
Cette opération a pourtant permis de sauver des plusieurs dizaines de migrants qui
ont tenté la traversée de la Méditerranée. L’Italie a suspendu cette opération qui
avait été mise en place après le drame de Lampedusa, en Octobre 2013.
Près de 80% des arrivées de migrants se font pourtant en Italie et à Malte depuis les
côtes libyennes.
Le Haut Commissariat des Nations unies pour les réfugiés (UNHCR ou HCR dans
l’espace francophone), basé à Genève, a émis des recommandations mettant en
avant le respect du droit à l’asile. La HCR a en effet pointé du doigt la politique
migratoire des Etats de l’Europe Occidentale qui se concentrent sur le maintien du
flux d’étrangers en provenance d’Afrique du Nord.
La Méditerranée est donc devenue la route la plus dangereuse pour ceux qui fuient
la guerre. L’ONU précise que le Golf du Bengale dans le sud-Est asiatique et la mer
des Caraïbes sont aussi des passages dangereux même s’ils sont moins exposés que
la Méditerranée.
La Méditerrannée reste donc un passage obligé pour les migrants qui souhaitent
souvent rejoindre Lampedusa, souvent encore considérée comme la porte de
l’Europe. Ni Mare Nostrum que l’Italie a décidé d’arrêter, ni l’agence Frontex créé
par les pays européens n’ont réussi à endiguer ce flux.
http://les-yeux-du-monde.fr/actualite/afrique-moyen-orient/20953-la-mediterranee-
une-traversee
20.
1. L’expression «mettre en exergue» veut dire, dans le texte, intensifier les mesures
prises.
3. Dans «3400 migrants auraient perdu la vie en un an», la forme verbale «auraient»
exprime la condition.
4. Le Haut Commissariat des Nations unies pour les réfugiés a fait ressortir le biais
discriminatoire de la politique migratoire des Etats de l’Europe Occidentale.
Réponse: E E E C
2. FAUX - Le verbe endiguer veut dire contenir un cours d’eau par des digues (en
portugais, diques). Synonymes: brider, enrayer, étouffer, stopper, bloquer...
3. FAUX - Non; dans cet exemple, la forme verbale «auraient», au conditionnel,
exprime soit la prudence journalistique, soit le doute et veut dire que ce chiffre n’est
pas confirmé.
4. VRAI - Le Haut Commissariat des Nations unies pour les réfugiés (UNHCR ou
HCR dans l’espace francophone), basé à Genève, a émis des recommandations
mettant en avant le respect du droit à l’asile. La HCR a en effet pointé du doigt la
politique migratoire des Etats de l’Europe Occidentale qui se concentrent sur le
maintien du flux d’étrangers en provenance d’Afrique du Nord.
Les «fonds vautours» et les effets planétaires d’une décision de justice américaine
http://www.monde-diplomatique.fr/2014/10/WEISBROT/50852
21.
1. L’auteur compare l’évolution du cas de la dette argentine à un feuilleton à
plusieurs reprises dans le texte.
3. Dans «En fragilisant les mécanismes qui permettent aux Etats d’alléger le fardeau
de la dette», alléger veut dire grever.
4. Dans l’expression «titres originaux», le mot originaux pourrait être remplacé par
originels.
Réponse: C C E E
3. FAUX - Dans «En fragilisant les mécanismes qui permettent aux Etats d’alléger
le fardeau de la dette», alléger veut dire le contraire grever.
≠Originel = qui remonte à l’origine, qui date de l’origine. Sens originel d’un mot.
Innocence originelle.
Pour Le Monde, à chaque rentrée, certains traînent des pieds, comme le nouveau
commissaire français: «jusqu’au dernier moment, M. Moscovici a continué à courir
les studios hexagonaux de télévision et de radio (…) comme s’il était encore en
campagne ou qu’il avait du mal à dire au revoir à la France».
http://www.touteleurope.eu/actualite/revue-de-presse-nouvelle-commission-
europeenne-le-style-juncker-fait-son-effet.html
22.
1. Dans «La nouvelle Commission européenne a cette fois le pied à l’étrier»,
l’expression avoir le pied à l’étrier veut dire être bien parti.
2. Dans «à chaque rentrée, certains traînent des pieds», l’expression traînent des
pieds équivaut à s’agitent, s’affolent.
Réponse: C E E C
2. FAUX - Dans «à chaque rentrée, certains traînent des pieds», l’expression traînent
des pieds équivaut à avancent très lentement. C’est en fait le contraire de s’agitent,
s’affolent.
Après la Seconde Guerre mondiale, dans la plupart des pays de ce que l’on ne
nomme pas encore le tiers-monde, c’est la lutte anticoloniale, bien plus que la
question sociale, qui structure le débat sur les alliances politiques et qui unit
l’écrasante majorité de la population. Dans quelques cas - Vietnam et plus largement
Indochine, Chine… -, les communistes prennent la tête du mouvement anticolonial,
conférant à l’indépendance un contenu social fondé pour l’essentiel sur la réforme
agraire au profit des paysans pauvres, l’éducation et la santé. En Inde ou en
Indonésie, c’est la bourgeoisie qui dirige le mouvement de libération nationale, les
communistes demeurant une force secondaire, parfois réprimée. Ailleurs (Algérie,
Egypte etc.), des forces nationales se réclamant de la révolution et s’appuyant sur
l’armée (mais anticommunistes) s’emparent du pouvoir et entament aussi de
profondes réformes, notamment la récupération des richesses nationales et
l’extension de l’éducation et de la santé.
23.
1. Dans le quatrième paragraphe, l’expression «les communistes demeurant» peut
être remplacée par puisque les communistes restent sans changer le sens de la
phrase.
Réponse: C C E E
2. VRAI - L’expression dans un étau veut dire: très serré ou comme si quelque chose
se refermait sur quelqu’un, quelque chose: L’ennemi est pris dans un étau. Lâcher
prise veut dire abandonner ce qu’on tenait; cesser l’attaque, renoncer à une action
contre quelqu’un.
La donne: expression qui fait référence aux jeux de cartes, action de donner,
distribuer les cartes.
4. FAUX - Les mots second et deuxième ont exactement le même sens; ce qui les
distingue, c’est qu’en principe, le mot deuxième s’emploie lorsque l’énumération
comporte plus de deux éléments et que le mot second s’emploie lorsqu’elle n’en
comporte que deux. On dit Seconde Guerre mondiale plutôt que Deuxième Guerre
mondiale parce qu’on espère qu’il n’y en aura pas de troisième...
«Passage à vide»
Presque onze heures du soir. Quand il se trouvait seul chez lui, à cette heure-là, il
ressentait souvent ce qu’on appelle un «passage à vide». Alors, il allait dans un café
des environs, ouvert très tard, la nuit. La lumière vive, le brouhaha, les allées et
venues, les conversations auxquelles il avait l’illusion de participer, tout cela lui
faisait surmonter, au bout d’un moment, son passage à vide. Mais depuis quelque
temps il n’avait plus besoin de cet expédient. Il lui suffisait de regarder par la
fenêtre de son bureau l’arbre planté dans la cour de l’immeuble voisin et qui
conservait son feuillage beaucoup plus tard que les autres, jusqu’en novembre. On
lui avait dit que c’était un charme, ou un tremble, il ne savait plus. Il regrettait toutes
les années perdues au cours desquelles il n’avait pas fait assez attention aux arbres
ni aux fleurs. Lui qui ne lisait plus d’autres ouvrages que l’Histoire Naturelle de
Buffon, il se rappela brusquement un passage des Mémoires d’une philosophe
française. Celle-ci était choquée de ce qu’avait dit une femme pendant la guerre:
«Que voulez-vous, la guerre ne modifie pas mes rapports avec un brin d’herbe.»
Elle jugeait sans doute que cette femme était frivole ou indifférente. Mais pour lui,
Daragane, la phrase avait un autre sens: dans les périodes de cataclysme ou de
détresse morale, pas d’autre recours que de chercher un point fixe pour garder
l’équilibre et ne pas basculer par-dessus bord. Votre regard s’arrête sur un brin
d’herbe, un arbre, les pétales d’une fleur, comme si vous vous accrochiez à une
bouée. Ce charme - ou ce tremble - derrière la vitre de sa fenêtre le rassurait. Et bien
qu’il soit presque onze heures du soir, il était réconforté par sa présence silencieuse.
24.
1. L’auteur fait un jeux de mots avec le nom de l’ arbre dans la cour voisine, dont il
a du mal à se souvenir au juste, et les sentiments qu’il éprouve à le contempler par la
fenêtre.
2. Les métaphores et anecdotes liées à la vie végétale font référence à une forme
essentielle de vie, libre des complications entraînées par les rapports humains.
3. L’expression basculer par-dessus bord peut être comprise comme une référence à
la folie.
Réponse: C C C C
• Etre sur la corde raide: Se trouver dans une situation difficile, périlleuse.
«Les races supérieurs ont sur les races inférieures un droit qu’elles exercent et ce
droit, par une transformation particulière, est en même temps un devoir de
civilisation. Voilà, en propres termes, la thèse de M. Ferry et l’on voit le
gouvernement français exerçant son droit sur les races inférieures en allant
guerroyer contre elles et les convertissant de force aux bienfaits de la civilisation.
Races supérieures! Races inférieures! C’est bientôt dit. Pour ma part, j’en rabats
singulièrement depuis que j’ai vu des savants allemands démontrer scientifiquement
que la France devait être vaincue dans la guerre franco-allemande, parce que le
Français est d’une race inférieure à l’Allemand. Depuis ce temps, je l’avoue, j’y
regarde à deux fois avant de me retourner vers un homme et vers une civilisation et
de prononcer: homme ou civilisation inférieure!...
Je ne veux pas juger au fond la thèse qui a été apportée ici et qui n’est autre chose
que la proclamation de la puissance de la force sur le Droit. L’histoire de France
depuis la Révolution est une vivante protestation contre cette inique prétention.
C’est le génie même de la race française que d’avoir compris que le problème de la
civilisation était d’éliminer la violence des rapports des hommes entre eux dans une
même société et de tendre à éliminer la violence, pour un avenir que nous ne
connaissons pas, des rapports des nations entre elles.»
25.
1. Dans «C’est le génie même de la race française», le mot génie veut dire
personnification allégorique d’une idée abstraite.
2. L’expression «C’est bientôt dit» ne pourrait pas être remplacée par C’est vite dit
sans changer le sens de la phrase.
Réponse: E E E E
1. FAUX - Parmi les définitions du mot génie, celle qui convient le mieux dans le
contexte est Ensemble des caractères naturels qui sont essentiels à un peuple, à une
langue, à une civilisation, etc., et leur confèrent leur originalité.
2. FAUX - Les expressions «C’est bientôt dit» et C’est vite dit sont équivalentes; la
deuxième est plus familière.
• cela est bientôt dit se dit de quelque chose que l’on dit sans y réfléchir ou quelque
chose plus facile à dire qu’à faire.
4. FAUX - L’expression «en propres termes» veut dire en d’autres termes, en termes
choisis. Clémenceau ne soutient pas la thèse de Ferry: «depuis que j’ai vu des
savants allemands démontrer scientifiquement que la France devait être vaincue
dans la guerre franco-allemande, parce que le Français est d’une race inférieure à
l’Allemand (...) je l’avoue, j’y regarde à deux fois avant de me retourner vers un
homme et vers une civilisation et de prononcer: homme ou civilisation inférieure!»
Au cours des années 2000, la doctrine salafiste officielle héritée de Mohamed Ibn
Abd Al-Wahhâb (1703-1792) a été mise à mal par l’idéologie islamiste radicale et
par la propagande jihadiste d’Al-Qaïda, dont le fondateur saoudien, Oussama Ben
Laden, se réclamait également du salafisme wahhabite. De ce fait, le courant
salafiste traditionnel - toutes tendances confondues - a dû se justifier et défendre ses
convictions théologiques et son positionnement idéologique. Toutes les forces
salafistes, qu’elles soient pro - ou anti - régime, ont dû s’impliquer dans ce
processus de réflexion et de justification - fondamentalement politique - alors
qu’elles étaient jusque-là confinées dans les questions de doctrine religieuse et
d’orientation des croyances religieuses.
26.
1. Dans l’extrait Pris en tenaille entre le marteau fondamentaliste de «l’Etat
islamique» et l’enclume antioccidentale et antisioniste de la «République
islamique», deux expressions imagées du champ sémantique de la métallurgie, au
sens contrastant, sont employées dans un effet de style.
Réponse: E E C C
= Être entre l’enclume et le marteau, se trouver entre deux partis opposés, avec la
perspective d’être victime dans tous les cas
2. FAUX - Question piège: dans le registre soutenu, le mot décennies n’est pas un
synonyme de décades.
3. VRAI - Dans le contexte, processus veut dire manière que quelqu’un, un groupe,
a de se comporter en vue d’un résultat particulier.
Après quoi est venue une longue période de paix armée, la «guerre froide», de 1945
à 1989. La chute du Mur de Berlin et l’effondrement du communisme européen
marquent une nouvelle césure, avec un lointain pendant à Pékin, où l’échec des
émeutes de Tien An Men permet à Deng Xiaoping d’engager son pays dans la voie
capitaliste autoritaire.
Les attentats du 11 septembre 2001 ont chamboulé les États-Unis et ému les
téléspectateurs du monde entier mais n’ont guère affecté le cours de l’Histoire
européenne. S’il doit y avoir un nouveau tournant en Europe, c’est aujourd’hui qu’il
se dessine: retour des conflits armés (djihad, Ukraine), crise majeure dans la
gouvernance des États et de l’Union européenne, pression migratoire...
Lui succède une génération qui, se fiant aux progrès accomplis par ses
prédécesseurs, croit venue la fin de l’Histoire et l’«ère des bons sentiments»
(l’expression a été utilisée aux États-Unis pour qualifier la génération qui a succédé
à Washington). C’est Cohn-Bendit et Delors qui fondent l’Europe libertaire-libérale.
C’est aussi Disraeli et Jules Ferry qui entreprennent de convertir la planète entière à
leur «valeurs».
25/04/2015
http://www.herodote.net/L_Histoire_un_eternel_recommencement_-article-
1492.php
Réponse: C E C C
1. VRAI - Dans «un lointain pendant à Pékin», pendant (nom masculin) a le sens de
ce qui concorde avec quelque chose, est comparable à quelqu’un ou lui est
semblable.
2. FAUX - L’adjectif embellie veut bel et bien dire enjolivée, mais: EMBELLIE,
nom féminin.
• Moment plus serein dans une période agitée: Mettre à profit l’embellie
économique.
Marianne
Symbole de liberté, le bonnet phrygien était porté par les esclaves affranchis en
Grèce et à Rome. Un bonnet de ce type coiffait aussi les marins et les galériens de la
Méditerranée et aurait été repris par les révolutionnaires venus du Midi.
L’origine de l’appellation de Marianne n’est pas connue avec certitude. Prénom très
répandu au XVIIIème siècle, Marie - Anne représentait le peuple. Mais les contre-
révolutionnaires ont également appelé ainsi, par dérision, la République.
Elle inspire des oeuvres artistiques comme La Liberté guidant le peuple, par Eugène
Delacroix. Aujourd’hui, Marianne a pu prendre le visage d’actrices célèbres. Elle
figure également sur des objets de très large diffusion comme les timbres-poste. A
l’occasion des Journées européennes du Patrimoine 2007, La Présidence de la
République a mis en valeur la Haute couture en association avec le symbole
républicain de Marianne en présentant au public dans le salon Napoléon III les robes
de sept créateurs de talent sur le thème de Marianne.
http://www.elysee.fr/la-presidence/marianne/
28.
1. Le bonnet phyrgien représente la libération des esclaves parce qu’il coiffait ceux
qui parvenaient à s’évader.
2. L’appellation de Marianne a été utilisée aussi bien pour représenter le peuple que
pour se moquer de la République.
3. Il arrive que le bonnet phyrgien soit considéré trop extravagant pour des
représentations officielles de la République.
Réponse: E C E C
1. FAUX - «Le bonnet phrygien était porté par les esclaves affranchis en Grèce et à
Rome», c’est-à-dire les esclaves qui avaient reçu leur liberté de leurs maîtres.
3. FAUX - Le texte affirme que «le bonnet phrygien est parfois jugé trop séditieux».
Or, SÉDITIEUX n’est pas un synonyme d’ EXTRAVAGANT, adjectif qui veut dire
bizarre, excessif, exagéré; SÉDITIEUX veut dire rebelle, agitateur, contestataire.
4. VRAI - la conjonction ou exprime:
La porte charretière, pourtant, fermait très mal, et elle avait de telles fentes, qu’on
apercevait la route entre ses bois vermoulus. [... j Lucie et Jeanne, malgré leur
tremblement, avaient mis un oeil à une fente, désireuses de ne rien perdre du
spectacle.
- Prenez vos flacons, la sueur du peuple qui passe! murmura Négrel, qui, malgré ses
convictions républicaines, aimait à plaisanter la canaille avec les dames.
Mais son mot spirituel fut emporté dans l’ouragan des gestes et des cris. Les
femmes avaient paru, près d’un millier de femmes, aux cheveux épars, dépeignés
par la course, aux guenilles montrant la peau nue, des nudités de femelles lasses
d’enfanter des meurt-de-faim. Quelques--unes tenaient leur petit entre les bras, le
soulevaient, l’agitaient, ainsi qu’un drapeau de deuil et de vengeance. D’ autres, plus
jeunes, avec des gorges gonflées de guerrières, brandissaient des bâtons tandis que
les vieilles, affreuses, hurlaient si fort, que les cordes de leurs cous décharnés
semblaient se rompre. Et les hommes déboulèrent ensuite, deux mille furieux, des
galibots, des haveurs, des raccommodeurs, une masse compacte qui roulait d’un seul
bloc, serrée, confondue, au point qu’on ne distinguait ni les culottes déteintes, ni les
tricots de laine en loques, effacés dans la même uniformité terreuse. Les yeux
brûlaient, on voyait seulement les trous des bouches noires, chantant La
Marseillaise, dont les strophes se perdaient en un mugissement confus, accompagné
par le claquement des sabots sur la terre dure. Au-dessus des têtes, parmi le
hérissement des baffes de fer, une hache passa, portée toute droite; et cette hache
unique, qui était comme l’étendard de la bande, avait, dans le ciel clair, le profil aigu
d’un couperet de guillotine.
Et, en effet, la colère, la faim, ces deux mois de souffrance et cette débandade
enragée au travers des fosses avaient allongé en mâchoires de bêtes fauves les faces
placides des houilleurs¹ de Montsou. A ce moment, le soleil se couchait, les derniers
rayons, d’un pourpre sombre, ensanglantaient la plaine. Alors, la route sembla
charrier du sang, les femmes, les hommes continuaient à galoper, saignants comme
des bouchers en pleine tuerie.
- Oh! superbe! dirent à demi-voix Lucie et Jeanne, remuées dans leur goût d’artistes
par cette belle horreur.
29.
1. Les mots «galopa» (1er paragraphe), «mugissement» et «sabots» (3e paragraphe),
ainsi que «galoper» (4e paragraphe) font référence à la présence d’animaux de traite
parmi la foule.
2. Zola fait émerger de la foule en colère des correspondances entre l’univers des
mineurs et celui de la Révolution française.
4. Lucie et Jeanne, qui n’appartiennent pas à la même classe sociale que les
grévistes, observent la scène dès leur charrette.
Réponse: E C E E
SABOT: Chaussure faite d’une pièce de bois ou d’une semelle de bois et d’un
dessus de gros cuir.
2. VRAI - Zola établit des correspondances entre l’univers des mineurs et celui de la
Révolution dans les passages «trous des bouches noires, chantant La Marseillaise»
et «cette hache unique, qui était comme l’étendard de la bande, avait, dans le ciel
clair, le profil aigu d’un couperet de guillotine».
3. FAUX - Au contraire, Zola souligne la pauvreté des mineurs par l’emploi de
vocabulaire réaliste: «Guenilles, des meurt-de-faim, culottes déteintes, tricots de
laine en loques, la faim».
4. FAUX - Une porte charretière n’est pas la porte d’une charrette, mais une grande
porte qui ferme l’entrée d’une grange, et qui est faite en planches de bois.
30.
1. En haillons, les femmes ébouriffées font de la maternité leur bannière de lutte.
Réponse: C E C E
1. VRAI - Les femmes des mines de Monstou sont au moins aussi aguerries que les
hommes, voire encore plus: «Quelques-unes tenaient leur petit entre les bras, le
soulevaient, l’agitaient, ainsi qu’un drapeau de deuil et de vengeance».
4. FAUX - Plutôt que de contraste, il s’agit d’une comparaison, une analogie qui met
en évidence la ressemblance.
b. Exercices de grammaire
culturel commun: elles ouvrent des portes sur les pays voisins.
4. Le terme «pourtant» (R.13) est un adverbe qui introduit une conclusion de ce qui
le précède.
Réponse: C C C E
2. VRAI - les langues de France sont notre bien commun, elles (les langues de
France) contribuent à la créativité de notre pays et à son rayonnement culturel. On
en (les langues de France) dénombre plus de soixante-quinze.
de sa conscience.
Réponse: C C C C
Le 13 mars 1944, les nazis sont venus chez nous pour nous arrêter. Mon père, mon
petit frère de 12 ans, mon neveu de 14 ans et moi-même avons été priés de les
suivre.
Je croyais, naïvement, que j’allais dans un camp de travail. Je savais que ça allait
être dur, qu’on n’allait pas me demander de faire de la broderie. Pour moi, c’était les
champs ou l’usine. J’étais jeune, ça ne me faisait pas peur.
Je n’ai pas eu le temps de finir ma phrase que des officiers les avaient amenés
ailleurs. Je n’ai jamais revu ni mon père ni mon frère.
Sur le quai, on nous a demandé de nous séparer: d’un côté les hommes, de l’autre
les femmes. Les messieurs qui nous escortaient n’arrêtaient pas de répéter:
«Ne vous inquiétez pas, vous allez vous retrouver une fois au camp.»
Alors je ne m’inquiétais pas. Pourtant, je n’ai plus jamais revu mon neveu.
http://leplus.nouvelobs.com/contribution/1313086-a-19-ans-j-ai-ete-deportee-au-
camp-d-auschwitz-je-n-en-ai-pas-parle-pendant-40-ans.html
3.
1. Dans le récit de Ginette Kolinka, l’emploi du passe composé maintient les actions
et évènements narrés dans l’actualité du sujet, quoiqu’il s’agisse de faits
complètement achevés dans le passé.
4. Dans «je me souviens de la cohue qu’il y avait sur les quais», l’emploi du présent
de l’indicatif relie passé et présent par le biais du vécu à la première personne.
Réponse: C E C C
1. VRAI - En langue française, le passé simple n’est plus utilisé à l’oral, donc, dans
l’interview, Ginette Kolinka raconte ses mémoires au passé composé. Ce sont des
souvenirs douloureux qu’elle ramène au présent par ses paroles.
• Voici un exemple poignant de l’emploi du passé composé dans le récit pour créer
un lien entre passé et présent par le biais de l’expérience vécue à la première
personne (voir item 4 pour un effet encore plus intense).
français), les jeunes n’emploient pas les mêmes mots que les
ce modèle.
1. «alors que» (R.9) et «alors que» (R.12) ont le même sens et la même fonction
grammaticale.
2. La proposition «le ‹bon français› n’est qu’une variété de français» (R.9-10) utilise
la structure «ne....que» qui exprime une idée de restriction.
3. La proposition «Le discours des puristes aurait vite fait de transformer notre
langue en langue morte» (R.11-12) traduit l’expression d’une condition.
4. Dans «Cela tient au fait» (R.17), «Cela» exerce une fonction de sujet et renvoie à
la phrase précédente.
Réponse: E C C C
1. FAUX - «alors que» et «alors que» n’ ont ni le même sens ni la même fonction
grammaticale. Il faut observer la virgule:
• il faut considérer, alors, que le «bon français» n’est qu’une variété de français:,
alors, que → l’adverbe alors est isolé par deux virgules et veut dire en ce cas, dans
ces conditions.
3. VRAI - dans la proposition «le discours des puristes aurait vite fait de transformer
notre langue en langue morte», le conditionnel présent exprime la condition
implicite qui ne s’est pas réalisée: ([Si] le discours des puristes [était la norme, il]
aurait vite fait de transformer notre langue en langue morte [mais ce n’est pas le
cas].
les sciences et les arts comme on fait goûter les fruits confits.
C’est la loi.
13 Surtout aux enfants qui ont tant de fraîcheur, tant de
l’avoir flatté.
5. (CESPE - SGA PROF 2004) En considérant le texte, jugez sur le plan linguistique
et grammatical les propositions ci-dessous.
1. «C’est pourquoi» (R.8) est l’équivalent de C’est pour cette raison que.
2. Dans l’expression «faire goûter à l’enfant les sciences et les arts» (R.8-9), le
verbe «goûter» est ici utilisé dans le sens des verbes apprécier, aimer.
4. Le mot «ressort» est synonyme de mobile dans l’expression «le ressort de l’esprit
enfant» (R.18).
Réponse: C C E C
1. VRAI - l’ item reprend les termes del la définition de l’expression dans le
dictionnaire Larousse.
3. FAUX - Les formes verbales «prenne» et «se hausse» sont au subjonctif présent:
que l’enfant prenne de la peine et [qu’il]se hausse.
4. VRAI - Le mot ressort veut dire, dans le registre littéraire, force occulte qui fait
agir; force morale, énergie qui motive l’action. Dans le contexte, le mot est donc un
synonyme de mobile, qui a le sens de motif qui pousse à agir.
6.
1. La forme verbale «se sente» est au présent de l’indicatif dans l’expression «se
sente grandir» (R.23).
4. Dans la ligne 27, le verbe «flatté» est ici employé dans le sens de tromper.
Réponse: E E E C
1. FAUX - La forme verbale «se sente» est au subjonctif présent dans «il faut aussi
que l’enfant se sente grandir».
Quartier Lointain offre une lecture très plaisante. De par son dessin réaliste, on nous
donne l’impression de suivre un film; dès la fin du premier chapitre on ne souhaite
que terminer la lecture de ce très bel objet. Tout est ficelé pour qu’on soit emporté
dans les pensées d’Hiroshi. C’est plein de nostalgie, et on ne peut que se mettre à la
place de ce héros voulant changer son passé.
Cette critique a pour but d’exprimer ce qui est génial avec ce que nous offre
Tanigushi, la réflexion après-lecture. Et si on avait fait autrement, mes actions
passées auraient pu faire de moi quelqu’un d’autre, auraient pu guérir les blessures
qui me restent aujourd’hui. Tant de choses impossible à changer, le passé est ce qu’il
est et il le restera; malgré tout, rien ne nous empêche d’avoir ces envies de
renouveau, de se dire qu’on aurait peut-être souhaité prendre un embranchement
différent qui nous aurait permis de vivre autre chose.
Puis après ces pensées assez tristes, une seconde vague de réflexion arrive. Oui, on
aurait souhaité changer certains faits, mais ceux-ci font ce que nous sommes
aujourd’hui, nos expériences nous forgent et nous ont permis d’arriver où nous en
sommes, d’avoir vécu des moments de pur bonheur et d’en vivre encore.
7.
1. Si Quartier Lointain envoûte le lecteur par sa beauté visuelle, l’oeuvre n’en mène
pas moins le lecteur à l’introspection.
3. L’adjectif démonstratif ce devant le nom héros (L.4) pourrait être remplacé par
cet, puisque la lettre «h» est muette dans ce cas.
4. Le conditionnel est employé dans le titre de l’article pour créer une situation
imaginaire.
Réponse: C E E C
1. VRAI - Oui, Quartier Lointain envoûte le lecteur par sa beauté visuelle: «dès la
fin du premier chapitre on ne souhaite que terminer la lecture de ce très bel objet».
L’oeuvre mène aussi le lecteur à l’introspection: «Cette critique a pour but
d’exprimer ce qui est génial avec ce que nous offre Tanigushi, la réflexion après-
lecture».
Ex.: La Hollande, le héros, la haine, le hasard, la honte, huis clos, huit, harceler,
haranguer....
La majorité des «h» en début de mots s’appellent les «h muets» et n’ont aucun effet
sur la prononciation.
4. VRAI - Le conditionnel est employé dans le titre de l’article pour évoquer l’adage
français Avec des si, on mettrait Paris en bouteille, qui allude aux possibilités
infinies des situations imaginaires.
Le dérèglement du monde
8.
1. Le pronom «y» (L.4) fait référence à café du matin.
2. La première occurrence du pronom «qui» (L. 5) reprend leurs compatriotes ou
leurs coreligionnaires.
3. Le pronom «où», dans toutes ses six occurrences dans le deuxième paragraphe,
reprend un moment de l’Histoire.
Réponse: E E C C
Toutes les six occurrences du pronom «où» dans le deuxième paragraphe font
référence à un moment de l’Histoire.
Il faut d’emblée préciser que, lorsqu’on parle d’État défaillant, ce n’est pas
seulement l’ensemble des autorités publiques, ou en d’autres termes l’appareil
d’État, qui est en cause. Conformément à la définition internationale de l’État, il
s’agit à la fois des autorités publiques - gouvernement, administration, armée - et de
la société civile. Un État, c’est à la fois un espace défini, un groupe social donné et
un pouvoir politique indépendant qui assure, et qui assure en principe seul, la
cohésion de l’ensemble. La défaillance concerne ces divers aspects et peut provenir
de l’un ou de l’autre de ces éléments, ou des trois.
Serge SUR. Sur les «États défaillants». Revue Commentaire, n. 112, hiver
2005.http://www.diplomatie.gouv.fr/fr/IMG/pdf/0502-SUR-FR-2.pdf
9.
1. Dans l’expression «Il faut d’emblée préciser que», d’emblée veut dire cependant.
Réponse: E E E C
1. FAUX - Dans l’expression «Il faut d’emblée préciser que», d’emblée veut dire
immédiatement, dès le début.
2. FAUX - Dans «il s’agit à la fois des autorités publiques», «il» marque la troisième
personne du singulier du verbe impersonnel s’agir: Il s’agit.
3. FAUX - O• est un pronom sujet indéfini qui fait référence à des personnes dont
l’identité n’est pas connue ou précisée.
4. VRAI - L’expression veut dire, dans le contexte, revenir dans le passé par la
mémoire, la pensée.
1 Dans la Déclaration du Millénaire¹, les dirigeants politiques ont manifesté leur foi
dans la capacité de l’humanité à accomplir, dans les années à venir, des progrès
d’atteindre les objectifs convenus en 2015 au plus tard. [ …] Et ils ont décidé que
l’organisation des Nations unies devait participer plus activement aux travaux qui
détermineront notre avenir commun […]
vulnérabilité aux Etats même les plus puissants. Par ailleurs, beaucoup d’Etats
pouvoir est réparti dans le monde est une source d’instabilité […] Plus de 40 pays
ont
Pour beaucoup, les promesses que traduisent les objectifs du Millénaire demeurent
très lointaines. Plus d’un milliard de personnes vivent encore sous le seuil de misère
[…]. Le monde est, dans l’ensemble, plus riche, mais la répartition de cette richesse
est de plus en plus inégale dans chaque pays, dans chaque région et sur la planète
20 […]. Les événements de ces dernières années se sont également traduits par une
Extraits du Rapport présenté par Kofi Annan, Secrétaire général des Nations unies,
le 24 mars 2005.
10.
1. L’expression «en ce qui concerne la paix» (l. 3) pourrait être remplacée par
concernant la paix sans changer le sens de la phrase.
2. L’expression «Ils ont appelé de leurs vœux» équivaut à Ils ont préconisé.
Réponse: C E E C
1. VRAI - Dans le contexte, l’expression «en ce qui concerne la paix» pourrait être
remplacée par le participe présent dans sa fonction verbale:
2. FAUX - Préconiser veut dire conseiller, recommander vivement; voeu veut dire
souhait, vif désir de voir se réaliser quelque chose.
3. FAUX - On ne fait pas quelque chose «avec une façon», mais d’une façon.
• La façon de + laquelle → la façon dont on fait quelque chose (et non pas la «façon
avec laquelle» on fait quelque chose).
Dans le Transsibérien
Nous n’avons aucun problème pour trouver notre train et nous faisons rapidement la
découverte de notre environnement immédiat, qui sera notre petit monde durant les
trois prochains jours.
Notre wagon, de seconde classe, est administré par deux «hôtesses», les
prodvonitsas. Elles sont chargées de vérifier les billets, mais également de
l’entretien du wagon, de l’approvisionnement en eau bouillante du samovar (grande
bouilloire commune chauffée au charbon) ainsi que des conflits entre passagers.
Le train marque des arrêts fréquents. Parfois nous nous arrêtons cinq minutes, et
parfois trente. Le problème: nous n’arrivons pas à comprendre à l’avance combien
de temps le train restera en gare. Du coup on n’ose pas descendre: les trains Russes
sont toujours scrupuleusement à l’heure. Il est clair que le notre ne va pas nous
attendre si par mégarde nous nous attardons un peu trop…
A Krasnoïarsk nous traînons un peu en gare et il s’en faut de peu pour que le train ne
reparte sans nous: les marches sont déjà remontées lorsque nous nous présentons
devant la porte de wagon.
http://voyages.pixinn.net/transsiberien/index.html
11.
1. L’expression il s’en faut de peu est formée à partir du verbe s’en falloir et
exprime l’éventualité qui ne s’est pas réalisée.
Réponse: C E E C
1. VRAI - L’expression il s’en faut de peu est formée à partir du verbe pronominal
s’en falloir et exprime une éventualité qui s’est presque réalisée: Peu s’en est fallu
que je rate le train.
Faire quelque chose par mégarde veut dire la faire par inadvertance, sans le vouloir;
4. VRAI - Le pronom relatif y indique le lieu, dans le sens de à, en, dans cet endroit-
là.
Hiroshima l’inévitable
http://www.iris-france.org/62097-hiroshima-linevitable/
12.
1. Dans le dernier paragraphe, la mise en rapport des temps verbaux met en valeur
un moment passé de durée relativement brève dans un contexte d’évènements
dynamiques en cours.
3. Dans le refus de recourir à l’arme la plus puissante jamais produite aurait été
accueilli de façon très négative, le conditionnel est employé pour exprimer une
situation imaginaire.
2. FAUX - Dans si effectivement l’arme nucléaire aurait pu ne pas être utilisée, nous
avons un exemple du conditionnel irréel ou impossible, qui dénote une possibilité
qui ne s’est pas réalisée, dans le passé qui ne peut être changé.
• Ex.: On vivrait en paix si toutes les armes nucléaires étaient éliminées (mais, dans
la réalité, ces armes existent).
• l’imparfait sert à décrire le cadre dans leque se déroule l’action, à situer le récit
dans le contexte;
• le passé simple raconte les évènements et les actions qui font progresser le récit.
Il faut dire que tous les Juifs ressentaient une angoisse redoublée de la situation en
Europe. Dans les années 1920 l’Allemagne fut balayée par une vague d’hystérie
antisémite d’une violence sans précédent, dont le principal porte-parole arriva au
pouvoir en janvier 1933 - on ne mesurait pas la portée des projets de Hitler, et ce
qu’il fit à partir de janvier 1942 était littéralement impensable auparavant; mais ce
qu’il fit dans les années 1930 était largement suffisant pour affoler les juifs. En
Europe centrale fleurissaient des dictatures antisémites, certaines plus encore en
apparence que les nazis; même celles qui ne l’étaient pas au départ, comme celle de
Mussolini en Italie, finirent par le devenir. En France, une extrême-droite raciste
semblait proche de renverser la vieille République épuisée; en Belgique et aux Pays-
Bas, les choses n’allaient guère mieux; même en Grande-Bretagne et en
Scandinavie, on entendait de plus en plus la voix des antisémites. En U.R.S.S., les
Juifs qui avaient cru dans le communisme, et avaient joué un rôle majeur dans la
révolution bolchevique, commençaient à être marginalisés, voire persécutés, par
Staline (pas pour l’instant en tant que Juifs, mais souvent en tant que trotskystes).
Bref, en Europe la catastrophe était à peu près générale; ceux des Juifs qui
n’envisageaient pas d’émigrer sur le continent américain, non touché par ces
dérives, n’avaient plus d’autre espoir qu’en le sionisme. Mais, pour les Arabes, cet
espoir signifiait un désastre.
13.
1. Dans «que cette résistance s’accompagnât», le verbe accompagner à l’imparfait
du subjonctif exprime le jugement.
2. Dans le texte, «Il était bien de cette époque» veut dire À cette époque, il était bien
de.
4. Dans le texte, «les choses n’allaient guère mieux» pourrait être remplacé sans
commettre de faute ni changer le sens de la phrase par la situation ne s’améliorait
point.
Réponse: C E C C
2. FAUX - L’auteur fait allusion au fait qu’un tel comportement était acceptable,
voire normal, à l’époque dont il est question dans le texte:
La Tunisie est l’exception à cette règle quasi générale. Alors que se profilent les
élections présidentielles et législatives et après de forts soubresauts (dont les
assassinats de Chokri Belaïd et Mohamed Brahmi), la Tunisie donne l’exemple d’un
pays qui règle ses problèmes par la voie politique, et non par la force.
Certes, la situation n’est pas totalement satisfaisante, mais globalement les Tunisiens
ont choisi de renoncer à la violence armée pour régler leurs problèmes.
La Tunisie est devenue l’espoir du monde arabe. Elle ne cherche pas à exporter un
modèle, mais elle permet de donner de l’espoir aux autres nations. Il y a un autre
choix possible que celui de la dictature ou du chaos. Elle peut être présentée comme
la «start-up de la démocratie» dans le monde arabe, par son côté mobile,
expérimental et imaginatif. Bien sûr, les 161 partis politiques font de la surenchère,
bien sûr, à avoir trop espéré dans des résultats rapides de la révolution il y a eu une
déception populaire.
Certains nostalgiques de Ben Ali redressent la tête, mais c’est surtout l’héritage de
Bourguiba qui est réévalué. Bourguiba, qui avait permis à la Tunisie d’être en
avance en instituant, lors de l’indépendance le premier syndicat, la première
association féminine, la première ligue des droits de l’homme du monde arabe et du
code du statut personnel, sans parler de l’alphabétisation. La maturité de la société
tunisienne, qui lui a permis de ne pas tomber dans les ornières de violents
affrontements, est le fruit d’une tradition qui vient de plus loin que les trois
dernières années.
La révolution a été faite pour la démocratie, mais avant tout pour la dignité et la
lutte contre la corruption.
La deuxième étape de la révolution, celle qui doit s’ouvrir après les élections, doit
être économique et sociale. Le chômage est encore trop important, notamment
parmi les jeunes et les jeunes diplômés. Cela dépendra des investissements
extérieurs et du tourisme. La Tunisie souffre de la situation en Libye, qui n’est plus
l’opportunité économique qu’elle était et pourrait être.
Les touristes sont revenus, mais les Français paradoxalement dans une moindre
proportion (7 millions cette année). La proximité entre la France et la Tunisie a
conduit à une surreprésentation dans l’imaginaire collectif de ce qui n’allait pas. Les
tour-opérateurs français ont une part de responsabilité. Au lieu de montrer à leurs
clients que les sites touristiques et les plages étaient à l’abri de tous tumultes, ils ont
préféré faire pression sur leurs partenaires tunisiens pour faire baisser les prix. Rien
ne justifie qu’il n’y ait pas un retour en force des touristes français dès l’an
prochain, ce qui permettrait de consolider le processus démocratique.
14.
1. L’emploi du passé simple dans «l’immense espoir soulevé par ce qui fut qualifié
de «printemps arabe»» laisse entendre que les évènements qui ont été appelés
«printemps arabe» ne suscitent plus cet espoir.
2. Dans «les pays du Golfe sont inquiets pour leur sécurité», la préposition pour
pourrait être remplacée par de sans changer le sens de la phrase ni affecter la
correction grammaticale.
3. Dans «Rien ne justifie qu’il n’y ait pas un retour en force des touristes français
dès l’an prochain», il y a un adverbe de restriction.
4. La phrase «La révolution a été faite pour la démocratie, mais avant tout pour la
dignité et la lutte contre la corruption» a le sens de Ce sont la démocratie, la dignité
et la lutte contre la corruption qui ont fait la révolution.
Réponse: C C E E
1. VRAI - Le passé simple indique le passé révolu, achevé sans rapport avec le
présent.
Oui, mais attention: notez qu’ à titre d’exception, la Tunisie, «est devenue l’espoir
du monde arabe» (paragraphe 4);» La Tunisie est l’exception à cette règle quasi
générale» (paragraphe 2).
3. FAUX - Dans «Rien ne justifie qu’il n’y ait pas un retour en force des touristes
français dès l’an prochain», il y a un adverbe de négation.
4. FAUX - Dans la phrase «La révolution a été faite pour la démocratie, mais avant
tout pour la dignité et la lutte contre la corruption», la préposition pour exprime,
dans ce cas, le but, la finalité, la conséquence désirée: La démocratie, la dignité et la
lutte contre la corruption sont les objectifs de la révolution.
La mise en place d’un système A2/AD par la Chine vise avant tout à maintenir les
forces américaines à bonne distance du premier collier d’îles allant du Japon, aux
Philippines, en intégrant le détroit de Malacca. En effet, à l’intérieur de ce chapelet,
la Chine est particulièrement vulnérable du fait de la concentration de ses
flux/infrastructures portuaires vitaux pour l’économie chinoise en termes
d’importations d’hydrocarbures par exemple et d’exportations de biens.
http://les-yeux-du-monde.fr/actualite/asie-oceanie/19494-le-systeme-a2ad-chinois-
enjeux
15.
3. «Aéronaval» fait son pluriel en -ALS et non pas en -AUX, comme «vital». C’est
une exception à la règle du pluriel, de même que glacial, naval, fatal, cérémonial,
banal, natal, final et idéal.
Réponse: C E E C
1. VRAI - Dans la mise en rapport des temps verbaux dans le récit, l’imparfait sert à
créer un arrière-plan sur lequel se déroulent des évènements dans le passé.
• En 1996, les Etats-Unis mobilisèrent deux groupes de combat aéronaval (...) alors
que les autorités chinoises procédaient à des tirs de missiles → Deux plans d’action
simultanés: la mobilisation des deux groupes de combat aéronaval + les tirs de
missiles.
3. FAUX - Glacial et idéal font leur pluriel soit en -als, soit en -aux. Ex.: un résultat
idéal - > des résultats idéals ou des résultats idéaux.
Gwynplaine était un don fait par la providence à la tristesse des hommes. Par quelle
providence? Y a-t-il une providence Démon comme il y a une providence Dieu?
Nous posons la question sans la résoudre.
C’est en riant que Gwynplaine faisait rire. Et pourtant il ne riait pas. Sa face riait, sa
pensée non. L’espèce de visage inouï que le hasard ou une industrie bizarrement
spéciale lui avait façonné, riait tout seul. Gwynplaine ne s’en mêlait pas. Le dehors
ne dépendait pas du dedans. Ce rire qu’il n’avait point mis sur son front, sur ses
joues, sur ses sourcils, sur sa bouche, il ne pouvait l’en ôter. On lui avait à jamais
appliqué le rire sur le visage. C’était un rire automatique, et d’autant plus irrésistible
qu’il était pétrifié. Personne ne se dérobait à ce rictus. Deux convulsions de la
bouche sont communicatives, le rire et le bâillement. Par la vertu de la mystérieuse
opération probablement subie par Gwynplaine enfant, toutes les parties de son
visage contribuaient à ce rictus, toute sa physionomie y aboutissait, comme une roue
se concentre sur le moyeu2; toutes ses émotions, quelles qu’elles fussent,
augmentaient cette étrange figure de joie, disons mieux, l’aggravaient. Un
étonnement qu’il aurait eu, une souffrance qu’il aurait ressentie, une colère qui lui
serait survenue, une pitié qu’il aurait éprouvée, n’eussent fait qu’accroître cette
hilarité des muscles; s’il eût pleuré, il eût ri; et, quoi que fit Gwynplaine, quoi qu’il
voulût, quoi qu’il pensât, dès qu’il levait la tête, la foule, si la foule était là, avait
devant les yeux cette apparition, l’éclat de rire foudroyant. Qu’on se figure une tête
de Méduse gaie.
16.
1. Dans «s’il eût pleuré, il eût ri», les deux formes verbales sont au passé antérieur.
2. Dans «une pitié qu’il aurait éprouvée», éprouver veut dire mettre à l’épreuve.
4. Dans «il ne pouvait l’e• ôter», e• fait référence à «(de) son front», «(de) ses
joues», «(de) ses sourcils» et «(de) sa bouche».
Réponse: E E E C
1. FAUX - Les deux formes verbales sont au conditionnel passé, deuxième forme.
Ce temps verbal appartient au registre littéraire et s’utilise rarement de nos jours.
3. FAUX - Le verbe mêler veut bien dire mélanger, mais mêler a un sens différent
de se mêler de [quelque chose ], expression familière qui veut dire intervenir de
manière inopportune (portugais: se meter [no que não é de sua conta]).
4. VRAI - La phrase «Ce rire qu’il n’avait point mis sur son front, sur ses joues, sur
ses sourcils, sur sa bouche, il ne pouvait l’en ôter» veut dire «Il ne pouvait ôter ce
rire involontaire de son front, de ses joues, de ses sourcils et de sa bouche».
L’ébéniste Brousse:
«Je suis né à Toulouse en 1826. Je descends d’un bon patriote de 92, Nicolas
Brousse; chargé de vente des biens nationaux, il aurait pu s’enrichir sans forfaire, il
fit abnégation de tout et mourut sans fortune nous laissant un nom estimé et ses
principes républicains pour héritage. Nous le conservons religieusement. Ouvrier
menuisier ébéniste à l’âge de 18 ans, je quittais mes foyers pour faire mon tour de
France, travaillant le jour, étudiant la nuit: l’histoire, voyages, philosophie,
économie sociale et politique, faisant la propagande et prenant part à tous les
mouvements républicains qui avaient lieu là où je me trouvais. Arrivé à Paris en
1864, je m’établis deux ans après ébéniste réparateur 2, rue Joquelet. J’occupais 1 à
3 ouvriers, je les payais 50 c. par jour plus cher que le prix officiel et je leur faisais
la propagande par-dessus le marché. J’ai pratiqué l’association tant que j’ai pu. En
politique, je veux la souveraineté du Peuple la plus étendue, toutes les libertés sans
autre limite que la liberté d’autrui. Je voudrais voir établir un impôt unique sur toute
propriété ou valeur. Instruction gratuite et obligatoire. Instruction supérieure gratuite
aussi et toutes deux laïques. Je voudrais en un mot toutes les Réformes que réclame
notre mauvaise organisation sociale et politique.»
«Pour nous autres, la plaie sociale qu’il faut d’abord fermer, c’est celle des patrons,
qui exploitent l’ouvrier et s’enrichissent de ses sueurs. Plus de patrons qui
considèrent l’ouvrier comme une machine de produit. Que les travailleurs
s’associent entre eux, qu’ils mettent leur labeur en commun et ils seront heureux.
Un autre vice de la société actuelle, ce sont les riches qui ne font que bien boire et
bien s’amuser, sans prendre aucune peine. Il faut les extirper, ainsi que les prêtres et
les religieuses. Nous ne serons plus heureuses que lorsque nous n’aurons plus ni
patrons, ni riches, ni prêtres.»
17.
1. Dans «Je voudrais en un mot toutes les Réformes que réclame notre mauvaise
organisation sociale et politique», que fait référence à en un mot.
2. La phrase «Nous ne serons plus heureuses que lorsque nous n’aurons plus ni
patrons, ni riches, ni prêtres» équivaut à Nous ne serons heureuses de nouveau que
quand nous n’aurons plus ni patrons, ni riches, ni prêtres.
4. Dans «il aurait pu s’enrichir sans forfaire», forfaire veut dire commettre des
crimes.
Réponse: E C E C
1. FAUX - Dans «Je voudrais en un mot toutes les Réformes que réclame notre
mauvaise organisation sociale et politique», que fait référence au complément
d’objet toutes les Réformes.
L’ex-URSS tétanisée
La Moldavie dit craindre une répétition du scénario ukrainien sur son territoire, sa
partie orientale, la Transdniestrie, étant dominée par des minorités russe et
ukrainienne. Cette région avait fait sécession, avec le soutien de Moscou, à l’issue
d’une guerre en 1992, un an après la chute de l’URSS, mais son indépendance n’a
été reconnue par aucun pays.
Finalement, le soutien est venu du président arménien Serge Sarkissian qui a estimé
que le référendum de Crimée était «un nouvel exemple du droit d’un peuple à
l’autodétermination». Voisin de l’Arménie, l’Azerbaïdjan, embourbé avec elle dans
un conflit territorial, souhaite lui aussi rester en bons termes avec le Kremlin et s’est
fait discret. En Asie centrale, les autorités turkmènes, ouzbèkes et tadjikes ont gardé
le silence. Le Kirghizstan a attendu quatre jours avant de reconnaître jeudi, le
référendum tenu en Crimée comme une «réalité objective».
http://www.liberation.fr/monde/2014/03/20/la-douma-ratifie-le-traite-rattachant-la-
crimee-a-la-russie_988603
18.
1. La phrase «Le Kazakhstan a fait bonne figure» peut être remplacée sans
changement grammatical ni de sens par «Le Kazakhstan a fait piètre figure».
Réponse: E E C C
1. FAUX - Faire bonne figure veut dire se distinguer dans une épreuve, s’en tirer à
son avantage, être à la hauteur
≠ Faire triste, piètre figure veut dire avoir l’air sombre ou ne pas être à son avantage
dans une situation, ne pas être à la hauteur
3. VRAI - Embourber veut dire engager un véhicule dans un lieu où il s’enlise, dans
un bourbier (en portugais: atoleiro).
4. VRAI - dans «les autorités turkmènes, ouzbèkes et tadjikes ont gardé le silence»,
se garder de veut dire s’abstenir de.
Toujours s’imposa aux États la nécessité de sécuriser les routes commerciales dont
ils dépendaient. Des tribus nomades pillaient les caravanes marchandes traversant
les déserts d’Afrique et d’Asie; pirates et corsaires ne cessèrent d’écumer les routes
maritimes. Cela se produit encore aujourd’hui, notamment au large des côtes
somaliennes et dans le détroit de Malacca. Dans un registre moins dramatique, les
transports deviennent des enjeux politiques locaux, régionaux ou nationaux. Par
exemple, dans les pays développés, un nombre croissant de personnes utilisent
l’avion. Cela suppose la construction d’aéroports ou l’extension de ceux qui
existent.
Depuis 1978, le développement économique de la Chine repose largement sur la
fabrication de produits qu’elle vend au reste du monde. Elle retire de cette activité
une influence non négligeable car elle couvre désormais certains besoins (des
produits de consommation de masse à bas prix, par exemple). Mais cela la rend
également vulnérable aux autres pays: si leurs marchés se rétractent sous l’effet
d’une crise économique ou se ferment sous l’effet de réglementations (des normes
de sécurité et/ou de qualité plus strictes que celles appliquées en Chine), voire du
fait de l’insécurité du parcours emprunté, elle perd des débouchés et son activité
s’en trouve ralentie, ce qui peut affecter sa stabilité sociale, voire politique. À
l’inverse, le développement économique rapide de la Chine suscitait un courant très
important d’exportations à partir des pays industrialisés: ce pays émergent offrait
d’appréciables débouchés. Le ralentissement de sa croissance réduit ces perspectives
et nuit à l’activité de nombreuses entreprises japonaises, nord-américaines ou
européennes.
http://www.diploweb.com/10-Les-activites-de-transformation.html
19.
1. L’importance de la localisation des activités économiques transparaît dans les
enjeux des politiques d’aménagement du territoire.
Réponse: C E E C
20.
1. L’expression pirates et corsaires ne cessèrent d’écumer les routes maritimes
pourrait être remplacée par pirates et corsaires ne cessèrent jamais d’écumer les
routes maritimes sans commettre de faute ni changer le sens de la phrase.
3. Certains territoires hébergent des activités qui engendrent les convoitises et les
rivalités.
Réponse: C E C E
1. VRAI - Le sens du verbe cesser à la négative n’est pas altéré si l’on ajoute jamais
à la phrase.
EMPORTER: Prendre quelque chose avec soi; transporter quelque chose, quelqu’un
(quelque part), l’emmener.
4. FAUX - Cette définition existe, mais, dans le contexte, DÉBOUCHÉ veut dire
Marché économique considéré comme objectif de vente pour des produits.
Les pays émergents, qui se sont imposés ces dernières années sur la scène
économique internationale, sont aussi très présents dans la sphère de la coopération
pour le développement. Pour certains, il s’agit d’une réémergence (Russie, pays
d’Europe centrale et orientale nouveaux membres de l’Union européenne, Chine);
d’autres (Afrique du Sud, Inde, Brésil) sont de nouveaux venus dans le financement
international du développement. Les formes d’intervention de ces nouveaux acteurs
modifient le champ de la coopération internationale, affectant les pratiques des
donateurs membres du CAD (Comité d’aide au développement), les institutions
multilatérales mais aussi les pays et organisations de coopération régionales
bénéficiaires de ces aides au développement. Pour les bailleurs de fonds,
l’accélération des inégalités dans les pays émergents constitue la menace principale
pesant sur leur stabilité.
Les pays émergents veulent avoir une voix qui compte au sein du «concert des
nations». Ils constituent un levier de diversification partenariale pour la coopération
Sud-Sud. L’ONU est en quelque sorte, en dehors des organisations régionales et
sous-régionales, le seul endroit où ils peuvent se faire entendre au niveau mondial,
promouvoir certains thèmes et dénoncer les conséquences de certaines politiques.
C’est aussi le lieu où ils peuvent bloquer certaines avancées, sur les droits de
l’homme notamment. Le Conseil des droits de l’homme qui siège à Genève est
aujourd’hui de plus en plus polarisé et dominé par les groupes régionaux. De plus,
une certaine tendance à la remise en cause de l’universalité des droits de l’homme
s’y dessine. Certains pays émergents (notamment la Chine, l’Inde, la Corée du Sud
et le Brésil) se sont également transformés en donateurs avec parfois une éthique de
l’aide en porte-à-faux avec les principes et les pratiques de bonne «gouvernance» en
vigueur.
21.
1. Dans le passage «une éthique de l’aide en porte-à-faux avec les principes et les
pratiques de bonne ‹gouvernance› en vigueur», en porte-à-faux veut dire en fausse
donne.
Réponse: E C C E
1. FAUX - En porte à faux = au figuré: qui est dans une situation ambiguë; fausse
donne: mauvaise donne (jeu de cartes).
2. FAUX - y fait référence au Conseil des droits de l’homme qui siège à Genève.
3. VRAI - Les deux mots ont exactement le même sens dans le texte:
Les bailleurs de fond institutionnels dont les financements servent leurs agendas de
moins en moins déguisés. Ex: Justin Greening (du Department for International
Development britannique) qui annonce que la politique de DFID doit servir les
intérêts économiques du Royaume Uni.
Les fondations d’entreprises qui financent à hauteur de 3 milliards USD des projets
humanitaires dans le monde, mais pour quels desseins cachés? Redorer leur blason?
Fédérer leurs équipes autour d’un projet social? Accéder à de nouveaux marchés?
L’échec humanitaire en Syrie est un cas d’école sur lequel les humanitaires doivent
se pencher. Pourquoi n’y a-t-il plus d’humanitaires expatriés sur le sol syrien
aujourd’hui? Où est passé le feu sacré des French Doctors? Comment se fait-il
qu’on abandonne les Syriens à leur sort sans rien faire? De quoi avons-nous peur?
Du risque légal? Du non-renouvellement des polices d’assurances? Du gel des
financements? D’être accusés d’aider les terroristes dans le cas syrien? Est-ce la
déshumanisation de l’humanitaire qui nous a mis dans cette impasse?
http://www.iris-france.org/docs/kfm_docs/docs/obs_questions_humanitaires/cr-
stand-up-humanitaire-juillet2014.pdf
22.
2. Dans «des condominiums entourés de barbelés», le mot barbelés veut dire murs.
Réponse: E E C C
4. VRAI - L’expression en porte à faux veut dire, au sens figuré, qui est dans une
situation ambiguë.
Un souvenir de Solférino
C’est dans ces nombreux hôpitaux de la Lombardie que l’on pouvait voir et
apprendre à quel prix s’achète ce que les hommes appellent pompeusement la
gloire, et combien cette gloire se paie cher! La bataille de Solférino est la seule qui,
au XIXe siècle, puisse être mise en parallèle, pour l’étendue des pertes qu’elle
entraîna, avec les batailles de Borodino, de Leipzig et de Waterloo (...). Abstraction
faite du point de vue militaire et glorieux, cette bataille de Solférino était donc, aux
yeux de toute personne neutre et impartiale, un désastre pour ainsi dire Européen...
(…) Si une Société internationale de secours eût existé lors de Solférino, et si des
infirmiers volontaires s’étaient trouvés à Castiglione, quel bien inappréciable ils
eussent pu faire! Comment supposer qu’une légion d’aides actifs, zélés et courageux
auraient été inutiles sur ce champ de destruction, pendant la nuit néfaste du vendredi
au samedi, alors que des gémissements et des supplications déchirantes
s’échappaient de la poitrine de milliers de blessés, en proie aux douleurs les plus
aigües, et subissant l’inexprimable supplice de la soif!
23.
1. Dans «alors que des gémissements et des supplications déchirantes s’échappaient
de la poitrine de milliers de blessés», alors introduit l’expression d’une conséquence
et veut dire en ce cas, dans ces conditions.
4. Dans «pour l’étendue des pertes qu’elle entraîna», le verbe entraîner est à
l’imparfait du subjonctif.
Réponse: E C E E
1. FAUX - Dans le texte, alors indique le temps et veut dire à ce moment-là (dans le
passé ou dans l’avenir).
4. FAUX - Dans «pour l’étendue des pertes qu’elle entraîna», le verbe entraîner est
au passé simple. La forme à l’ imparfait du subjonctif est qu’elle entraînât (oui, avec
deux accents circonflexes!).
Pendant les guerres de l’Empire, tandis que les maris et les frères étaient en
Allemagne, les mères inquiètes avaient mis au monde une génération ardente, pâle,
nerveuse. Conçus entre deux batailles, élevés dans les collèges aux roulements de
tambours, des milliers d’enfants se regardaient entre eux d’un œil sombre, en
essayant leurs muscles chétifs. Les enfants sortirent des collèges, et ne voyant plus
ni sabres, ni cuirasses, ni fantassins, ni cavaliers, ils demandèrent à leur tour où
étaient leurs pères. Mais on leur répondit que la guerre était finie, que César était
mort. Trois éléments partageaient donc la vie qui s’offrait alors aux jeunes gens:
derrière eux un passé à jamais détruit, s’agitant encore sur ses ruines, avec tous les
fossiles des siècles de l’absolutisme; devant eux l’aurore d’un immense horizon, les
premières clartés de l’avenir; et entre ces deux mondes… quelque chose de
semblable à l’Océan qui sépare le vieux continent de la jeune Amérique, je ne sais
quoi de vague et de flottant, une mer houleuse et pleine de naufrages, traversée de
temps en temps par quelque blanche voile lointaine ou par quelque navire soufflant
une lourde vapeur; le siècle présent, en un mot, qui sépare le passé de l’avenir, qui
n’est ni l’un ni l’autre et qui ressemble à tous deux à la fois, et où l’on ne sait, à
chaque pas qu’on fait, si l’on marche sur une semence ou sur un débris. Voilà dans
quel chaos il fallut choisir alors; voilà ce qui se présentait à des enfants pleins de
force et d’audace, fils de l’empire et petits-fils de La révolution.
état: profession.
robe: magistrature.
épée: armée.
24.
1. Dans Mais on leur répondit que la guerre était finie, que César était mort,
l’imparfait est employé pour former le discours rapporté.
4. Dans ainsi Napoléon avait tout ébranlé en passant sur le monde, le plus-que-
parfait a la valeur modale de rétrospection.
Réponse: C C C C
1. VRAI - Discours direct: «La guerre est finie, César est mort» → Discours
rapporté: On leur répondit que la guerre était finie, que César était mort
Présent Imparfait
Imparfait Imparfait
Plus-que-parfait Plus-que-parfait
Après quoi est venue une longue période de paix armée, la «guerre froide», de 1945
à 1989. La chute du Mur de Berlin et l’effondrement du communisme européen
marquent une nouvelle césure, avec un lointain pendant à Pékin, où l’échec des
émeutes de Tien An Men permet à Deng Xiaoping d’engager son pays dans la voie
capitaliste autoritaire.
Les attentats du 11 septembre 2001 ont chamboulé les États-Unis et ému les
téléspectateurs du monde entier mais n’ont guère affecté le cours de l’Histoire
européenne. S’il doit y avoir un nouveau tournant en Europe, c’est aujourd’hui qu’il
se dessine: retour des conflits armés (djihad, Ukraine), crise majeure dans la
gouvernance des États et de l’Union européenne, pression migratoire...
Lui succède une génération qui, se fiant aux progrès accomplis par ses
prédécesseurs, croit venue la fin de l’Histoire et l’«ère des bons sentiments»
(l’expression a été utilisée aux États-Unis pour qualifier la génération qui a succédé
à Washington). C’est Cohn-Bendit et Delors qui fondent l’Europe libertaire-libérale.
C’est aussi Disraeli et Jules Ferry qui entreprennent de convertir la planète entière à
leur «valeurs».
25/04/2015
http://www.herodote.net/L_Histoire_un_eternel_recommencement_-article-
1492.php
1. Dans «il faut le temps de l’oubli pour oser changer de cap», l’expression changer
de cap veut dire choisir une nouvelle direction.
2. Dans «Lui succède une génération qui, se fiant aux progrès accomplis par ses
prédécesseurs, croit venue la fin de l’Histoire», lui fait référence à l’Europe
pacifique de la Sainte-Alliance.
Réponse: C E E C
1. VRAI - L’expression changer de cap veut dire choisir une nouvelle direction,
surtout en politique.
2. FAUX - Lui fait référence à celle (la génération) de Jean Monnet et de de Gaulle.
Toute la structure du texte corrobore cette chaîne de cohésion sémantique.
3. FAUX - «Ne soyons pas surpris que les grandes actions humaines aient cette
durée. C’est le cas des grandes guerres (surtout civiles): guerre des Deux-Roses
(1455-1485), guerres de religion (1561-1598), guerre de Trente Ans (1618-1648),
guerres mondiales (1914-1945), guerre d’Indochine et Vietnam (1946-1975)...
Même la guerre de Cent Ans a le bon goût de se diviser en deux périodes, 1337-
1380 et 1415-1453, entrecoupées par une «embellie» de trois décennies. C’est aussi
le cas des phases de croissance comme les «Trente Glorieuses» bien nommées
(1944-1974)».
Audience de Charles Blé Goudé devant la CPI: nouveau coup d’éclat de la justice
pénale internationale?
Avancée dès 1872 par le Suisse Gustave Moynier et concrétisée en 1945 par la
création du Tribunal de Nuremberg pour juger des horreurs commises par les
puissances de «l’Axe du mal», l’idée d’une justice internationale a été consacrée
définitivement, en 1998 par la création de la Cour pénale internationale.
Arrêté en janvier 2013 au Ghana, l’ancien chef des «Jeunes patriotes» aurait
encouragé cette milice à commettre des exactions dans le pays. A la suite de cette
audience qui s’est terminée vendredi 3 octobre, les juges ont 2 mois pour décider de
l’ouverture ou non d’un procès. Dans le cas d’une réponse positive, M. Blé Goudé
rejoindra Laurent Gbagbo sur le banc des accusés, dont la date de l’instance n’est
pas encore fixée.
Cependant, la tenue éventuelle d’un tel procès viendra étayer la thèse de détracteurs
de cette institution. En effet, si son action est largement considérée comme une
avancée considérable en matière de droits de l’Homme, des critiques s’élèvent
depuis sa création pour en soulever le manque d’indépendance. A l’heure actuelle,
plus de 70 Etats n’ont pas ratifié son statut, à l’instar de la Chine, des Etats-Unis, ou
encore d’Israël, ce qui en ferait, selon le professeur Julian Fernandez, une institution
«prisonnière de son absence de légitimité universelle».
Par ailleurs, son originalité réside dans la mise en œuvre de sanctions individuelles,
qui auraient, selon son président, M. San Hyun Song, une force dissuasive. Selon
lui, «l’important de la mission n’est pas de punir mais de prévenir». Or, la
multiplication des conflits internes et la situation internationale actuelle ne semblent
pas permettre de confirmer une diminution sensible des violations commises par des
dirigeants politiques. Mais la critique la plus clivante réside dans les zones
géographiques visées par les poursuites. Depuis sa création, son action n’a concerné
que des dirigeants africains, dont ceux du Kenya, du Soudan, de la République
centrafricaine, ou encore de l’Ouganda.
http://les-yeux-du-monde.fr/actualite/afrique-moyen-orient/19721-audience-de-
charles-ble-goude
26.
1. Le conditionnel est employé dans le texte pour exprimer tantôt le discours
indirect, tantôt la prudence journalistique.
2. La milice des «Jeunes patriotes» est accusée de meurtres, viols et actes de torture,
mais pas d’extorsion.
Réponse: C E C E
1. VRAI - Le conditionnel peut s’ employer dans les articles de la presse pour
exprimer le discours indirect et la prudence journalistique.
2. FAUX - La milice des «Jeunes patriotes» est accusée de meurtres, viols et actes
de torture, mais pas d’extorsion: «l’ancien chef des «Jeunes patriotes» aurait
encouragé cette milice à commettre des exactions dans le pays».
La Grèce est menacée de faillite et espère toucher un plan d’aide 7,2 milliards
d’euros, en sachant qu’Athènes doit rembourser plus de 9 milliards d’euros au FMI
et à la BCE, dont un peu moins de 7 milliards d’ici la fin du mois d’août 2015. En
clair, l’aide européenne servirait à rembourser les dettes contractées auprès du FMI.
Le gouvernement d’Alexis Tsipras table sur le fait que les Européens céderont et
paieront (pour des raisons politiques et géopolitiques) afin d’éviter une faillite de la
Grèce et donc un Grexit. Les banques allemandes et françaises sont les plus
exposées à un possible défaut Grec qui pousse la population hellène à opérer
d’importants retraits de liquidités en euros au cas où...
Le FMI ne veut pas accorder de moratoire à Athènes (Christine Lagarde remet son
mandat en jeu) qui n’est pas un pays pauvre comme la Somalie mais un pays riche
et développé. Les créanciers européens ne veulent pas faire de nouveaux gestes en
faveur de la Grèce sans que celle-ci ait pris au préalable de nouveaux engagements.
Les négociations portent par exemple sur le relèvement de la TVA, la fin des
préretraites, le relèvement de l’âge de la retraite... mais cela met le parti d’Alexis
Tsipras sous tension dans son pays. Les Européens veulent éviter un Grexit, mais
pas à n’importe quel prix... ils sont d’accord pour aider la Grèce à effacer une partie
de son passif, encore faut-il qu’elle soit en situation de ne pas en créer un nouveau
plus important. La Grèce a adopté une politique d’austérité, force est de constater
que celle-ci ne lui a pas permis de préparer l’avenir, c’est l’enjeu actuel des
négociations. Les Européens ne veulent pas être ad vitam aeternam ceux qui
paieront pour Athènes, la Grèce doit se réformer, améliorer la collecte de l’impôt,
mieux lutter contre l’évasion fiscale... un immense chantier. Elle doit prendre en
main son avenir, il n’est pas sûr que c’est ce que prépare l‘actuel gouvernement.
Les enjeux sont aussi de préserver une certaine cohésion sociale en Grèce... et la
démocratie
http://www.diploweb.com/6-2015-Actualite-internationale.html
2. Le titre Grexit or not, Grexit is the question... évoque la tragédie, genre littéraire
qui remonte à l’Antiquité grecque, par le biais d’une référence au célèbre passage de
Hamlet, «to be or not to be».
4. Dans Le gouvernement d’Alexis Tsipras table sur le fait que les Européens
céderont, le verbe se tabler sur le fait que pourrait être remplacé par l’expression fait
table rase du fait que, sans commettre de faute ni changer le sens du texte.
Réponse: E C E E
3. FAUX - L’expression Au cas où/dans le cas où, qui a le sens de s’il arrivait que,
dans l’hypothèse où peut s’employer par ellipse et peut donc être suivie d’un point
final en fin de phrase.
4. FAUX - Le verbe se tabler sur le fait que ne peut pas être remplacé par
l’expression fait table rase du fait que.
TABLER: Compter, se fonder sur quelque chose ou quelqu’un que l’on estime sûr.
Tabler sur un ami pour vous aider.
≠FAIRE TABLE RASE (DE QUELQUE CHOSE): détruire, rejeter ce qui a été dit,
écrit ou fait antérieurement.
28.
1. Dans force est de constater que celle-ci ne lui a pas permis de préparer l’avenir,
force est le sujet du verbe être et marque la nécessité absolue.
2. Dans un possible défaut Grec, le mot défaut pourrait être remplacé par un
possible manquement Grec ou une possible faute Grecque sans commettre de faute
ni changer le sens du texte.
3. Dans 7,2 milliards d’euros, le chiffre écrit en lettres est 7 200 000 000.
4. Dans mais pas à n’importe quel prix, l’adjectif indéfini est employé pour indiquer
la négative de l’indétermination du nom qui suit.
Réponse: C E C C
1. VRAI - Force est de + infinitif: Il faut, il est impératif de. S’emploie pour
marquer la nécessité absolue de faire quelque chose; peut s’employer avec un
pronom personnel qui désigne celui ou ceux qui sont obligés.
a. Mille est toujours invariable, mais million, milliard, etc. s’accordent toujours
(singulier/pluriel).
4. VRAI - Les adjectifs indéfinis n’importe quel, n’importe quelle, n’importe quels,
n’importe quelles expriment l’indétermination du nom qui les suit.
Dans un monde en mutation accélérée, où les défis sont globaux et les enjeux
interconnectés, l’aide publique au développement, traduction de la solidarité des
États et pivot de l’action publique en matière de développement, est insuffisante
pour répondre à l’échelle des besoins en matière de santé, d’éducation, d’adaptation
au changement climatique. La France est aux avant-postes de cette transformation.
Avec près de 8 milliards d’euros d’aide en 2014, elle reste le 4ème donateur mondial
et assume ses responsabilités sur le climat, au Sahel, en RCA ou face à Ebola.
http://www.diplomatie.gouv.fr/fr/politique-etrangere-de-la-france/aide-au-
developpement/evenements-et-actualites-sur-le-theme-du-developpement/autres-
evenements-et-actualites-2015-sur-le-theme-du-developpement/article/3e-
conference-internationale-des-nations-unies-sur-le-financement-du
29.
1. La conférence d’Addis-Abeba sera l’occasion d’énoncer les bases d’une nouvelle
façon de concevoir le développement durable.
Réponse: C E E C
4. VRAI - L’ indicatif (du latin indicativus, «qui indique, désigne») est considéré
comme le mode de l’expression de la réalité. Il s’emploie dans les phrases
énonciatives, interrogatives et exclamatives.
• Valeurs modales: Les temps verbaux de l’indicatif peuvent être employés avec des
valeurs modales (probabilité, hypothèse, atténuation). Dans ce cas, ils ne situent pas
le procès sur un axe chronologique. Le présent sert à donner un ordre, un conseil ou
à exprimer l’intention, la volonté: La politique de développement de la France
favorise un développement économique équitable et riche en emplois... Elle
promeut l’égalité entre les femmes et les hommes.
Tout d’abord, l’Etat perd son rôle de référence pour évaluer les capacités d’action
des acteurs tiers. Emancipés d’une tutelle politique exclusive, ceux-ci se définissent
par rapport à deux nouveaux référents:
l’homme et l’humanité. L’Etat est ainsi subverti par le bas et par le haut. Il e• résulte
une contestation brutale de la primauté de la logique politique par le biais de
laquelle les doctrines réalistes et stato-centrées résolvaient tous les différents
susceptibles de déboucher sur un conflit. L’intérêt général, qui ne se confondait pas
avec la sommation des intérêts particuliers, permettait en effet à la sphère publique
d’imposer en toute circonstance sa médiation. L’émancipation des acteurs tiers et
leurs capacités accrues de récuser tout contrôle politique crée donc un choc de
logiques inédit. Face à une situation particulière, la logique politique entre en conflit
avec d’autres logiques (économique, culturelle, religieuse...), sans qu’il existe une
voie privilégiée de résolution des tensions.
30.
1. On peut inférer, d’après le texte, que certains acteurs émancipés d’une allégeance
citoyenne exclusive se définissent par d’autres identités que la nationalité ou la
citoyenneté.
2. La sociologie politique, en mettant en question le rôle de l’Etat dans les relations
internationales, a ébranlé l’objet même de ces relations.
Réponse: C C E E
1. VRAI - C’est bien cette émancipation qui est à l’origine de l’idée de choc de
logiques: «L’émancipation des acteurs tiers et leurs capacités accrues de récuser tout
contrôle politique crée donc un choc de logiques inédit. Face à une situation
particulière, la logique politique entre en conflit avec d’autres logiques
(économique, culturelle, religieuse...)».
esclaves.
2. La République succède à l’Empire la même année qu’est votée la loi Áurea par le
Parlement brésilien.
3. Le Portugal, puis le Brésil devenu indépendant, promettent de renoncer à
l’esclavage pour satisfaire l’Angleterre.
Réponse: E E C C
3. VRAI - «Sous la pression des Anglais, le Portugal s’engage dès 1810 à mettre un
terme à la traite des esclaves/Quelques 13 années plus tard, en 1830, l’empereur
renouvelle la promesse d’abolir la traite en vue de s’attirer les bonnes grâces de
l’Angleterre. Le 4 septembre 1850, le Parlement brésilien réitère l’interdiction de la
traite».
ensemble.
même.
traverse.
Réponse: C C C E
2. VRAI - «... ce premier africain agrégé de grammaire, qui allait l’enseigner à des
enfants français/Président d’un nouvel Etat».
3. VRAI - S’il est une situation qui soumet aux tentations, c’est bien le pouvoir.
S’est-il fait construire des palais, pour témoigner de sa puissance? Président d’un
nouvel Etat, il s’est installé, sans aucune gêne et sans rien changer, dans la vieille
résidence que venait de quitter le Haut-commissaire de toute l’Afrique occidentale.
4. FAUX - «Beaucoup d’hommes ont, en leur jeunesse, des rêves généreux; mais
bien peu parviennent à les conserver et à les faire partager; en effet, il (Senghor)
enseigna la démocratie à son peuple et démontra qu’elle pouvait se superposer à la
palabre africaine» → Senghor est l’un de ces rares hommes qui parviennent à
conserver et à faire partager les rêves généreux de leur jeunesse.
Réponse: C E E E
2. FAUX - «Président d’un nouvel Etat, il s’est installé, sans aucune gêne et sans
rien changer, dans la vieille résidence que venait de quitter le Haut-commissaire de
toute l’Afrique occidentale» (Alors qu’il aurait pu exiger un palais présidentiel,
Senghor s’est installé dans la vieille résidence du Haut-commissaire).
4. FAUX - «Après tant d’oeuvres, alors il allait de soi que Léopold Sédar Senghor
entrât à l’Académie française, encore que de vieux préjugés se fussent mis pendant
dix ans à la traverse». La voix passive met «dans l’ombre» l’agent de l’action, mais
il est clair que les «vieux préjugés» ont retardé de dix ans l’admission de Senghor à
l’Académie française.
7 mauvais.
l’esprit tout court. Mauvais parce qu’il crée des espoirs, des
intellectuelle et civique.
19 pervertir...
quelque chose.
Réponse: C C C E
2. VRAI - L’auteur dénonce ces conséquences néfastes du diplôme dans tous les
paragraphes du texte.
5. L’auteur du texte
1. prétend que le diplôme est par nature différent des autres formes de contrôle.
3. assure que le diplôme est le seul moyen de trouver du travail et d’exercer une
activité professionnelle.
4. est d’accord avec toute évaluation des connaissances faite sous forme d’examen
ou de concours.
Réponse: E C E E
2. VRAI - «Plus les diplômes ont pris d’importance dans la vie (...), plus le
rendement de l’enseignement a été faible/Mauvais par tous les stratagèmes et les
subterfuges qu’il suggère; les recommandations, les préparations stratégiques, et, en
somme, l’emploi de tous expédients pour franchir le seuil redoutable/votre
programme (...) a pour but unique de conquérir ce diplôme par tous moyens».
«[Les résultats sont] mauvais parce qu[e le diplôme] crée des espoirs, des illusions
de droits acquis/Le diplôme donne à la société un fantôme de garantie, et aux
diplômés des fantômes de droits».
4. FAUX - Bien au contraire! «Mauvais par tous les stratagèmes et les subterfuges
qu’il suggère; les recommandations, les préparations stratégiques, et, en somme,
l’emploi de tous expédients pour franchir le seuil redoutable. C’est là, il faut
l’avouer, une étrange et détestable initiation à la vie intellectuelle et civique».
culturel commun: elles ouvrent des portes sur les pays voisins.
2. Le portugais parlé par des citoyens français est une langue menacée car elle est
enseignée comme langue étrangère dans les lycées français.
Réponse: C E E E
On entend par langues de France les langues régionales ou minoritaires (...) et qui ne
sont langue officielle d’aucun État.»
2. FAUX - «C’est pourquoi par exemple n’en font partie ni le portugais ni le chinois
(...): outre que ces langues ne sont pas menacées, elles sont régulièrement
enseignées dans le système éducatif comme langues étrangères.»
3. FAUX - «Les langues qui transcendent les frontières politiques, comme le basque,
le catalan (...)».
4. FAUX - DÉFINITION: «On entend par langues de France les langues régionales
ou minoritaires parlées traditionnellement par des citoyens français sur le territoire
de la République, et qui ne sont langue officielle d’aucun État».
ce qui ne peut servir à rien. Tout ce qui est utile est laid,
nature”.
des hommes. Le seul artiste engagé est celui qui sans rien
Discours de Suède.
7. (CESPE - UNB 2006) En accord avec les citations ci-dessus, jugez les propos
suivants.
3. Victor Hugo pense que l’art n’a pas pour but de servir une cause juste et bonne.
Réponse: E C E C
1. FAUX - Alors que Théophile Gautier croit que la beauté ne peut servir à rien, car
«tout ce qui est utile est laid», Victor Hugo pense que les esprits doivent «être
efficaces et bons», car «l’art pour l’art peut être beau, mais l’art pour le progrès est
plus beau encore».
2. VRAI - Théophile Gautier croit que «tout ce qui est utile est laid, car c’est
l’expression d’un besoin, et ceux de l’homme sont ignobles et dégoûtants».
3. FAUX - Victor Hugo suggère que l’art peut servir une «cause juste et bonne»
comme le progrès, par exemple.
4. VRAI - «La beauté ne peut servir aucun parti, elle ne sert que la douleur ou la
liberté des hommes. Le seul artiste engagé est celui qui sans rien refuser du combat
refuse de rejoindre les armées régulières».
8.
1. La dernière citation élabore une synthèse de la pensée des deux premiers auteurs
cités.
2. Dans la citation de Victor Hugo, l’expression «ne faites pas les dégoûtés» a le
sens de ne soyez pas trop exigeants.
3. Pour Camus, ce qui est essentiel c’est de concilier l’art et le combat en faveur de
la liberté des hommes.
Réponse: C C C C
1. VRAI - Oui: la synthèse entre l’art pour l’art et l’art au service d’une bonne cause
est présente dans la citation «Peut-être touchons-nous ici la grandeur de l’art, dans
cette perpétuelle tension entre la beauté et la douleur, l’amour des hommes et la
folie de la création».
2. VRAI - Faire le dégoûté veut dire être trop exigeant, faire le difficile.
3. VRAI - Oui: l’idée de combat pour la liberté est présente dans «Nous autres
écrivains ne pouvons nous évader de la misère commune et notre seule justification
est de parler, dans la mesure de nos moyens, pour ceux qui ne peuvent le faire».
Le français en Afrique
et cultures du monde.
1. le français en Afrique est utilisé par certains peuples africains à la fois comme
langue de communication et comme langue littéraire.
2. le français est devenu la langue officielle des pays africains qui faisaient autrefois
partie de l’empire colonial français.
Réponse: C C E C
3. FAUX - «le français a été, dans la plupart des cas, adapté aux réalités
locales/Dans les particularités du français africain, il faut voir le signe non
seulement d’une appropriation du français, mais aussi et surtout l’expression d’une
revendication de co-propriété».
2. D’après le texte, on peut déduire que la France a reçu neuf prix de l’Unesco le 16
novembre 2010.
Réponse: E E C E
2. FAUX - «Depuis cette date (16 novembre 2010) la France compte neuf traditions
culturelles inscrites sur la liste de l’Unesco».
http://economie.jeuneafrique.com/index.php?
option=com_content&view=article&id=23260
11.
1. L’industrie cinématographique située à Réussite, au Nigeria, est en plein essor.
3. Ahmed Araga, principal bienfaiteur d’Iroko TV, est un exemple des «privés
fortunés» dont parle le texte.
4. Le cinéma nigérian s’est fait connaître au-delà des frontières lors de la révision du
PIB national.
Réponse: E C E C
1. FAUX - Dans le texte, «Réussite» n’est pas un nom de ville, mais celui d’une
émission économique televisée sur Canal+ Afrique.
2. VRAI - Étant donné que Hollywood est une référence mondiale de la production
cinématographique, on peut certainement inférer que d’autres pays ont aussi été
dépassés.
12.
1. Analysé à la lumière de la mondialisation contemporaine, le changement
climatique est significatif.
2. Les pics de production laissent entrevoir la baisse de prix des hydrocarbures dans
le marché international.
3. Bien que la mondialisation s’exprime par la concurrence des pays par rapport aux
ressources naturelles, elle n’en correspond pas moins à une prise de conscience
universelle en ce qui concerne l’urgence d’une réponse au changement climatique.
4. La convoitise des ressources naturelles est attisée tant dans les pays développés
que dans les émergents.
Réponse: C E E C
1. VRAI - Attention au sens précis du mot SIGNIFICATIF en français, adjectif qui
veut dire qui exprime quelque chose nettement, sans ambiguïté/emblématique,
symbolique, expressif, riche de sens.
2. FAUX - Au contraire, les prix tendent à la hausse: «Il est en effet tout à fait
probable que les prix de toutes ces matières premières repartiront à la hausse à
l’horizon 2025. C’est évident pour les hydrocarbures, et plus particulièrement
encore pour le pétrole puis le gaz, en raison des pics de production prévisibles à
l’horizon 2025».
4. VRAI - «la concurrence de plus en plus vive qui s’exerce, en particulier sous
l’effet des pays émergents, entre les différentes régions et les différents pays vis-à-
vis des ressources naturelles qui sont en quantité limitée et à ce titre de plus en plus
convoitées».
13.
1. Le changement climatique se pose en symbole de l’émergence d’une conscience
collective à l’échelle planétaire à l’égard de la fragilité de l’écosystème.
4. La convoitise des ressources naturelles, qui sont insuffisantes, ne fait que croître,
d’où les pics de production de gaz et pétrole pronostiqués.
Réponse: C C E C
4. VRAI - Le texte établit ce rapport de cause et effet entre les «ressources naturelles
qui sont en quantité limitée et à ce titre de plus en plus convoitées» et «des pics de
production [de gaz et pétrole] prévisibles à l’horizon 2025, alors même que la
demande ne cesse de progresser».
La première journée de nos deux voyageurs fut assez agréable. Ils étaient
encouragés par l’idée de se voir possesseurs de plus de trésors que l’Asie, l’Europe
et l’Afrique n’en pouvaient rassembler. Candide, transporté, écrivit le nom de
Cunégonde sur les arbres. A la seconde journée deux de leurs moutons s’enfoncèrent
dans des marais; sept ou huit périrent ensuite de faim dans un désert; d’autres
tombèrent au bout de quelques jours dans des précipices. Enfin, après cent jours de
marche, il ne leur resta que deux moutons. Candide dit à Cacambo: «Mon ami, vous
voyez comme les richesses de ce monde sont périssables; il n’y a rien de solide que
la vertu et le bonheur de revoir Mlle Cunégonde. - Je l’avoue, dit Cacambo; mais il
nous reste encore deux moutons avec plus de trésors que n’en aura jamais le roi
d’Espagne, et je vois de loin une ville que je soupçonne être Surinam, appartenant
aux Hollandais. Nous sommes au bout de nos peines et au commencement de notre
félicité.»
En approchant de la ville, ils rencontrèrent un nègre étendu par terre, n’ayant plus
que la moitié de son habit, c’est-à-dire d’un caleçon de toile bleue; il manquait à ce
pauvre homme la jambe gauche et la main droite. «Eh, mon Dieu! lui dit Candide en
hollandais, que fais-tu là, mon ami, dans l’état horrible où je te vois? - J’attends mon
maître, M. Vanderdendur, le fameux négociant, répondit le nègre. - Est-ce M.
Vanderdendur, dit Candide, qui t’a traité ainsi? - Oui, monsieur, dit le nègre, c’est
l’usage. On nous donne un caleçon de toile pour tout vêtement deux fois l’année.
Quand nous travaillons aux sucreries, et que la meule nous attrape le doigt, on nous
coupe la main; quand nous voulons nous enfuir, on nous coupe la jambe: je me suis
trouvé dans les deux cas. C’est à ce prix que vous mangez du sucre en Europe.
Cependant, lorsque ma mère me vendit dix écus patagons sur la côte de Guinée, elle
me disait: «Mon cher enfant, bénis nos fétiches, adore-les toujours, ils te feront
vivre heureux, tu as l’honneur d’être esclave de nos seigneurs les blancs, et tu fais
par là la fortune de ton père et de ta mère.» Hélas! je ne sais pas si j’ai fait leur
fortune, mais ils n’ont pas fait la mienne. Les chiens, les singes et les perroquets
sont mille fois moins malheureux que nous. Les fétiches hollandais qui m’ont
converti me disent tous les dimanches que nous sommes tous enfants d’Adam,
blancs et noirs. Je ne suis pas généalogiste; mais si ces prêcheurs disent vrai, nous
sommes tous cousins issus de germains. Or vous m’avouerez qu’on ne peut pas en
user avec ses parents d’une manière plus horrible.
- Ô Pangloss! s’écria Candide, tu n’avais pas deviné cette abomination; c’en est fait,
il faudra qu’à la fin je renonce à ton optimisme. - Qu’est-ce qu’optimisme? disait
Cacambo. - Hélas! dit Candide, c’est la rage de soutenir que tout est bien quand on
est mal.» Et il versait des larmes en regardant son nègre, et en pleurant il entra dans
Surinam.
14.
1. Même si cela lui est difficile, l’esclave laisse paraître son indignation et son
intention de se révolter après ce qu’il lui est arrivé.
4. Accident de travail ou délit, peu importe, car l’esclave subit même sort.
Réponse: E E C C
2. FAUX - Même avant le choc éprouvé par Candide, le texte présente l’esclave
avec pitié (apitoiement): «ils rencontrèrent un nègre étendu par terre, n’ayant plus
que la moitié de son habit, c’est-à-dire d’un caleçon de toile bleue; il manquait à ce
pauvre homme la jambe gauche et la main droite».
15.
1. Le rôle d’endoctrinement de la religion s’en tient à éviter les révoltes des
opprimés.
2. Les jugements de Candide restent implicites, le lecteur doit tirer ses propres
opinions.
4. L’énumération des animaux permet de conclure que les esclaves sont ravalés au
rang des bêtes, aussi maltraités que celles-ci.
Réponse: E E C E
1. FAUX - S’en tient à veut dire se limite à; or, l’église ne se limite pas à éviter les
révoltes des opprimés, elle sert aussi à créer une illusion de fraternité: «Les fétiches
hollandais qui m’ont converti me disent tous les dimanches que nous sommes tous
enfants d’Adam, blancs et noirs».
3. VRAI - Il faut noter que, selon Voltaire, la religion de l’esclave est aussi complice
du système que celle de l’esclavagiste: «lorsque ma mère me vendit dix écus
patagons sur la côte de Guinée, elle me disait: Mon cher enfant, bénis nos fétiches,
adore-les toujours, ils te feront vivre heureux, tu as l’honneur d’être esclave de nos
seigneurs les blancs/Les fétiches hollandais qui m’ont converti me disent tous les
dimanches que nous sommes tous enfants d’Adam, blancs et noirs».
4. FAUX - «Les chiens, les singes et les perroquets sont mille fois moins
malheureux que nous».
Pour que la civilisation globale qui est en train de se bâtir ne soit pas une
uniformisation basée sur le mode de vie des Etats-Unis, il est essentiel que chacun y
retrouve le meilleur de sa propre culture, vivant, et non enfermé dans des musées.
Les langues sont des composantes essentielles des cultures, ainsi de l’identité. Une
différence importante avec la religion est que «l’appartenance» religieuse est
exclusive alors que la maîtrise linguistique ne l’est pas. (On peut pratiquer plusieurs
langues mais pas plusieurs religions.) On peut souhaiter séparer les croyances
religieuses de l’identitaire, mais il n’est pas souhaitable de renier l’identité
linguistique. Il faut reconnaître le besoin pour chacun d’une «langue identitaire».
Toutes les langues ne sont pas d’importance égale.
16.
1. Selon l’auteur, l’uniformité appauvrissante n’est pas une fatalité.
3. Dans «il est essentiel que chacun y retrouve le meilleur de sa propre culture», y
fait référence à mode de vie des Etats-Unis.
Réponse: C C E C
1. VRAI - Le texte propose une alternative «pour que la civilisation globale qui est
en train de se bâtir ne soit pas une uniformisation basée sur le mode de vie des
Etats-Unis», donc pour éviter l’uniformité appauvrissante.
4. VRAI - Il faut noter que la langue identitaire est um choix: «Toutes les langues ne
sont pas d’importance égale/la langue identitaire [peut être] maternelle ou apprise,
lorsqu’elle ne coïncide pas avec l’une des deux précédentes».
La Gaule proprement dite est partagée entre Rome et des tribus indépendantes
celtes, mais aussi ibères ou encore germaniques. Jules César lui-même a perçu cette
diversité: «La Gaule, dans son ensemble, est divisée en trois parties, dont l’une est
habitée par les Belges, l’autre par les Aquitains, la troisième par ceux qui dans leur
propre langue, se nomment Celtes, et, dans la nôtre, Gaulois. Tous ces peuples
diffèrent entre eux par la langue, les coutumes, les lois. Les Gaulois sont séparés des
Aquitains par le cours de la Garonne, des Belges par la Marne et la Seine. Les plus
braves de tous ces peuples sont les Belges, parce qu’ils sont les plus éloignés de la
civilisation et des mœurs raffinées de la Province, parce que les marchands vont très
rarement chez eux et n’y importent pas ce qui est propre à amollir les cœurs, parce
qu’ils sont les plus voisins des Germains qui habitent au-delà du Rhin et avec qui ils
sont continuellement en guerre».
Les 64 pays gaulois («pagus») sont très différents les uns des autres et sensibles aux
influences des pays riverains (Italie, Germanie, Espagne) et même plus lointains
(Grèce). Certains sont des chefferies héréditaires, d’autres des républiques plus ou
moins démocratiques.
Dans son ensemble, la Gaule se caractérise par une forte densité de population. On
évalue à douze millions le nombre de ses habitants, soit davantage qu’à certaines
époques du Moyen Âge. Loin d’être un pays de forêts impénétrables uniquement
peuplées de sangliers comme le laisseraient croire certaines bandes dessinées, la
Gaule est en grande partie défrichée et couverte de belles campagnes comme
l’atteste l’archéologie aérienne. Ses habitants manifestent un exceptionnel savoir-
faire dans l’agriculture et l’élevage. D’ailleurs, le potentiel agricole de la Gaule
compte pour beaucoup dans l’intérêt que lui portent les Romains. En retour, les
Gaulois portent beaucoup d’intérêt pour les ressources de leurs voisins romains.
Ainsi les archéologues ont-ils évalué à une centaine de millions le nombre
d’amphores de vin que les Gaulois auraient achetées aux Romains dans les siècles
précédant la conquête.
http://www.herodote.net/La_Gaule-synthese-426.php
17.
1. Selon César, les articles importés superflus sapent la bravoure des guerriers.
2. C’est aux Romains que l’on doit l’unité juridique des peuples gaulois, quoique
pas l’unité culturelle.
4. La diversité des peuples gaulois contraste avec les dimensions du territoire qu’ils
occupent.
Réponse: C E C E
1. VRAI - SAPER veut dire chercher à détruire quelque chose par une action
progressive et secrète. Selon César, les articles importés superflus amollissent les
guerriers: «Les plus braves de tous ces peuples sont les Belges, parce qu’ils sont les
plus éloignés de la civilisation et des mœurs raffinées de la Province, parce que les
marchands vont très rarement chez eux et n’y importent pas ce qui est propre à
amollir les cœurs».
2. FAUX - Selon le texte, il n’y avait pas d’unité juridique ou culturelle entre les
peuples gaulois: «Tous ces peuples diffèrent entre eux par la langue, les coutumes,
les lois./C’est la conquête romaine qui allait lui donner un semblant d’unité (et non
pas une véritable unité).»
4. FAUX - L’étendue du territoire occupé par les Gaulois est aussi vaste que la
diversité des peuples gaulois: «le territoire compris entre les Pyrénées, les Alpes et
le Rhin (France, Bénélux, Suisse et Rhénanie actuels) avait une unité toute fictive. Il
appartenait à l’immense domaine de peuplement celte qui s’étendait des îles
britanniques jusqu’au bassin du Danube et même jusqu’au détroit du Bosphore».
Le Deuxième Sexe
Comment les femmes auraient-elles jamais eu du génie alors que toute possibilité
d’accomplir une œuvre géniale - ou même une œuvre tout court - leur était refusée?
La vieille Europe a naguère accablé de son mépris les Américains barbares qui ne
possédaient ni artistes ni écrivains: «Laissez-nous exister avant de nous demander
de justifier notre existence», répondit en substance Jefferson. Les Noirs font les
mêmes réponses aux racistes qui leur reprochent de n’avoir produit ni un Whitman
ni un Melville. Le prolétariat français ne peut non plus opposer aucun nom à ceux
de Racine ou de Mallarmé. La femme libre est seulement en train de naître; quand
elle se sera conquise, peut-être justifiera-t-elle la prophétie de Rimbaud: «Les poètes
seront! Quand sera brisé l’infini servage de la femme, quand elle vivra pour elle et
par elle, l’homme - jusqu’ici abominable - lui ayant donné son renvoi, elle sera
poète elle aussi! La femme trouvera l’inconnu! Ses mondes d’idées différeront-ils
des nôtres? Elle trouvera des choses étranges, insondables, repoussantes,
délicieuses, nous les prendrons, nous les comprendrons». Il n’est pas sûr que ces
«mondes d’idées» soient différents de ceux des hommes puisque c’est en
s’assimilant à eux qu’elle s’affranchira; pour savoir dans quelle mesure elle
demeurera singulière, dans quelle mesure ces singularités garderont de l’importance,
il faudrait se hasarder à des anticipations bien hardies. Ce qui est certain, c’est que
jusqu’ici les possibilités de la femme ont été étouffées et perdues pour l’humanité et
qu’il est grand temps dans son intérêt et dans celui de tous qu’on lui laisse enfin
courir toutes ses chances.
18.
1. Simone de Beauvoir est certaine que parmi les femmes libérées naîtront des
artistes, et que la libération féminine n’est que question de temps.
2. La citation de Rimbaud soutient l’idée que les mondes d’idée féminins seront
complèteent indépendants par rapport à ceux des hommes.
3. La libération de la femme est nécessaire, aussi bien que bénéfique, non seulement
pour les femmes, mais aussi pour tout le genre humain.
4. Selon Simone de Beauvoir si peu de femmes sont des génies artistiques, c’est
parce qu’elles sont dominées. Pour soutenir sa thèse elle utilise trois exemples, les
Américains colonisés par les Anglais, les noirs esclaves des Etats-Unis et le
prolétariat international.
Réponse: C E C E
2. FAUX - La citation de Rimbaud soutient l’idée que la femme sera poète elle
aussi; par contre, «Il n’est pas sûr que ces «mondes d’idées» soient différents de
ceux des hommes puisque c’est en s’assimilant à eux qu’elle s’affranchira; pour
savoir dans quelle mesure elle demeurera singulière, dans quelle mesure ces
singularités garderont de l’importance, il faudrait se hasarder à des anticipations
bien hardies».
3. VRAI - «Ce qui est certain, c’est que jusqu’ici les possibilités de la femme ont été
étouffées et perdues pour l’humanité et qu’il est grand temps dans son intérêt et dans
celui de tous qu’on lui laisse enfin courir toutes ses chances».
4. FAUX - C’est le prolétariat français (et non pas le prolétariat international) qui ne
peut opposer aucun nom à ceux de Racine ou de Mallarmé.
Le dormeur du val
19.
1. La nature est omniprésente dans le poème, caractérisée comme un environnement
de vie et de bien-être qui fait appel aux cinq sens.
2. L’idée de «verdure» (vers 1) est reprise au vers 6 par «cresson bleu», au vers 7
par «l’herbe» et au vers 8 par «vert».
3. Rien dans le texte ne laisse présager la véritable situation du dormeur du val avant
la surprise macabre du dernier vers.
4. Le poète crée une chaîne de métaphores qui donnent des formes et des textures à
la lumière avec les expressions «haillons d’argent» (vers 2), «mousse de rayons»
(vers 4) et «la lumière pleut» (vers 8).
Réponse: C C E C
1. VRAI - Le poète évoque des images qui font appel aux cinq sens du lecteur:
D’argent; où le soleil (...) luit: C’est un petit val qui mousse de rayons; la lumière
pleut»
«la nuque baignant dans le frais cresson bleu, Les pieds dans les glaïeuls Les
parfums ne font pas frissonner sa narine; Il dort dans le soleil»
2. VRAI - Le mot «verdure» veut dire végétation; le mot «cresson» veut dire agrião
en portugais.
3. FAUX - Peu à peu, le poète laisse entendre que l’immobilité du soldat n’est pas
normale:
«Pâle dans son lit vert; Souriant comme/Sourirait un enfant malade; il a froid; Les
parfums ne font pas frissonner sa narine».
4. VRAI - Le poète crée une chaîne de métaphores qui donnent une matérialité à la
lumière avec les textures du tissu («haillons d’argent»), de l’écume («mousse de
rayons») et de l’eau de pluie («la lumière pleut»).
20.
1. Malgré le titre du sonnet, le jeune soldat n’est pas présenté dans un état
d’abandon total.
4. Le poème ne vise pas à évoquer une atmosphère qui fait appel aux sens du
lecteur.
Réponse: E C C E
1. FAUX - Le jeune soldat est présenté dans un état d’abandon total, dépouillé de sa
condition militaire, réduit à l’état d’un enfant incapable de se défendre:
«jeune, bouche ouverte, tête nue (...) il est étendu dans l’herbe, sous la nue (...).
Souriant comme
Sourirait un enfant malade, il fait un somme. Il dort dans le soleil, la main sur sa
poitrine/Tranquille»
2. VRAI - Le poète demande à la nature de bercer le jeune soldat comme une mère
bercerait son enfant malade.
4. FAUX - Le poème dépeint des couleurs, des textures, des sons et des odeurs.
Au reste, parce que nos Tupinambas sont fort ébahis de voir les Français et autres
des pays lointains prendre tant de peine d’aller quérir leur Arabotan, c’est-à-dire
bois de Brésil, il y eut une fois un vieillard d’entre eux qui sur cela me fit telle
demande:
«Que veut dire que vous autres Mairs et Peros, c’est-à-dire Français et Portugais,
veniez de si loin pour quérir du bois pour vous chauffer, n’y en a-t-il point en votre
pays?»
À quoi lui ayant répondu que oui et en grande quantité, mais non pas de telles sortes
que les leurs, ni même du bois de Brésil, lequel nous ne brûlions pas comme il
pensait, ainsi (comme eux-mêmes en usaient pour rougir leurs cordons de coton,
plumages et autres choses) que les nôtres l’emmenaient pour faire de la teinture, il
me répliqua soudain:
- Oui, lui dis-je, car tel riche marchand en notre pays qui a plus de frises et de draps
rouges, voire même de couteaux, ciseaux, miroirs et autres marchandises que vous
n’en avez jamais vu, un tel seul achètera tout le bois de Brésil dont plusieurs navires
s’en retournent chargés de ton pays.»
«- Vraiment, dit alors mon vieillard, à cette heure connais-je que vous autres Mairs,
c’est-à-dire Français, êtes de grand fous: car vous faut-il tant travailler à passer la
mer, sur laquelle vous endurez tant de maux, pour amasser des richesses? La terre
qui vous a nourris n’est-elle pas aussi suffisante pour les nourrir? Nous avons des
parents et des enfants, lesquels, comme tu vois, nous aimons et chérissons; mais
parce que nous nous assurons qu’après notre mort la terre qui nous a nourris les
nourrira, sans nous en soucier plus avant, nous nous reposons sur cela.»
Voilà sommairement et au vrai le discours que j’ai ouï de la propre bouche d’un
pauvre sauvage américain.
Jean de Léry, Histoire d’un voyage fait en la terre du Brésil, chapitre XVIII, 1578
(orthographe modernisée)
21.
1. Averti de la valeur marchande que les commerçants attribuent au bois précieux, le
Tupinamba est favorable à l’exploitation de cette matière première.
Réponse: E E C E
3. VRAI - Léry répond comme un professeur qui prend soin de fournir des
explications complètes et détaillées.
4. FAUX - Malgré son origine primitive, la sagesse de l’indigène est mise en valeur
dans le texte; elle ressemble à la morale naturelle et aux préceptes évangéliques en
vogue à l’époque.
Quelques mois plus tard, la ville est déclarée en faillite. Pour éviter de supprimer les
pensions de retraite de ses employés, la mairie envisage alors de vendre aux
enchères certaines peintures de l’Institut des arts, dont des œuvres de Rembrandt,
Henri Matisse ou Diego Rivera. Mais les fondations Ford, Knight et Kresge,
associées à quelques citoyens fortunés, parviennent à réunir 330 millions de dollars
pour consolider les fonds de pension des employés municipaux: la vente est évitée.
En octobre 2013, c’est au tour de l’Etat fédéral de miser sur la générosité privée
pour assurer des missions d’intérêt public. Devant l’incapacité des démocrates et des
républicains à s’accorder sur le relèvement du plafond de la dette publique,
Washington doit fermer, pendant seize jours, les services publics «non essentiels».
Afin de maintenir en activité une trentaine de garderies gérées par le ministère de la
santé, un couple de milliardaires texans fait un don de 10 millions de dollars. «Cet
argent va permettre à des milliers d’enfants de rester dans un environnement sûr et
familier. C’est une bonne nouvelle», se réjouit la journaliste Eleanor Barkhorn dans
The Atlantic.
http://www.monde-diplomatique.fr/2014/12/BREVILLE/51013
22.
1. L’État parie sur la philantropie pour subvenir aux besoins de la collectivité, ce qui
est compréhensible dans le contexte de crise économique aux États-Unis en 2013.
3. Le sacrifice des peintures de l’Institut des arts est justifié, car il s’agit du moindre
mal dans le contexte de faillite de la ville de Detroit.
Réponse: E E E E
1. FAUX - Selon le texte, la crise qui s’abat sur les États-Unis n’est certainement
pas une excuse pour que la philantropie assume le rôle qui revient à l’État.
3. FAUX - Au même titre que les fonds de pension des employés municipaux, le
patrimoine artistique est un bien collectif qu’il revient à l’État de sauvegarder.
4. FAUX - En général, peut-être, mais pas selon le texte: «Se sentant peut-être un
peu coupables des malheurs de la capitale de l’automobile, les dirigeants de
l’entreprise Ford, qui avait délocalisé de nombreuses usines, font, en décembre
2012, un don de 10 millions de dollars (8 millions d’euros) au centre
communautaire.».
Gwynplaine était un don fait par la providence à la tristesse des hommes. Par quelle
providence? Y a-t-il une providence Démon comme il y a une providence Dieu?
Nous posons la question sans la résoudre.
23.
1. Par l’expression «une tête de Méduse gaie», Victor Hugo met en valeur le malaise
qui se mêle à l’hilarité déclenchée par le visage de Gwynplaine.
3. Abruti par une vie d’exploitation de son infirmité, Gwynplaine a perdu la capacité
de s’émouvoir de son sort.
Réponse: C C E E
4. FAUX - Non; l’auteur utilise le mot «convulsion qui réduit le rire à un spasme
musculaire et à la perte du contrôle de soi. En outre, le rire des spectateurs est
inquiétant et forcé: «Personne ne se dérobait à ce rictus»; «Tout ce qu’on avait dans
l’esprit était mis en déroute, et il fallait rire.»
Ebola est certes un virus effrayant de par ses symptômes terrifiants mais sa
réapparition doit permettre une réévaluation de l’immensité des défis - anciens et
nouveaux - de santé publique en Afrique, de la façon dont la communauté
internationale y apporte des solutions à l’heure où la santé est envisagée sous le
prisme de la santé globale et est considérée comme une priorité sur le plan
économique et de la sécurité mondiale. Découvert en 1976 par Peter Piot, médecin
épidémiologiste belge qui fut par la suite un personnage de premier plan de la lutte
contre le sida (au sein des équipes de recherche au Zaïre, aujourd’hui la RDC, puis
en tant que responsable de l’Onusida de 1995 à 2008), le virus Ebola n’a pas fait
l’objet de recherches scientifiques et biomédicales soutenues, en dehors de la
surveillance épidémiologique. Les recherches médicales se sont quasiment
exclusivement tournées vers la lutte contre le VIH/sida. Aucune compagnie
pharmaceutique n’avait jugé intéressant d’investir dans la recherche sur un vaccin
ou un traitement pour un virus dont les précédentes apparitions n’avaient concerné
que quelques villages et quelques dizaines de malades et s’étaient éteintes d’elles-
mêmes.
Ces premiers épisodes étaient pourtant très graves car ils s’étaient diffusés en lien
avec des infections nosocomiales, c’est-à-dire des infections contractées à partir
d’une structure sanitaire, notamment le premier en 1976 à Yambuku (RDC ex-Zaïre)
dans une clinique prénatale. Bien qu’il n’existe ni traitement ni vaccin, les
connaissances épidémiologiques sont suffisantes pour rappeler ce facteur
particulièrement délétère aujourd’hui sur le plan de la santé publique: l’importance
des transmissions nosocomiales par le biais d’injections non stériles qui ont déjà
joué un rôle dans la transmission du VIH et des hépatites virales, en particulier en
Afrique centrale.
http://www.affaires-strategiques.info/spip.php?article9941
24.
1. Le risque porté par le virus à l’ensemble de la société mondiale s’est avéré plus
grave qu’il ne semblait au premier abord.
Réponse: C C C E
2. VRAI - Selon le dictionnaire Larousse, le mot flambée veut dire éclat soudain,
accès brutal et violent, manifestation brusque et généralement courte: Une flambée
de colère.
3. VRAI - Le texte allude au manque de confiance justifié des populations locales
dans les services de santé disponibles: «Cette crise sanitaire gravissime souligne à
quel point les structures sanitaires sont dégradées mais également à risque pour les
patients et - le plus souvent à juste titre - craintes par les populations qui ne s’y
précipitent pas».
4. FAUX - Le virus Ebola n’a pas été entièrement ignoré dû au manque d’intérêt de
l’industrie phramaceutique. «le virus Ebola n’a pas fait l’objet de recherches
scientifiques et biomédicales soutenues, en dehors de la surveillance
épidémiologique».
Par la première, le prince ou le magistrat fait des lois pour un temps ou pour
toujours, et corrige ou abroge celles qui sont faites. Par la seconde, il fait la paix ou
la guerre, envoie ou reçoit des ambassades, établit la sûreté, prévient les invasions.
Par la troisième, il punit les crimes, ou juge les différends des particuliers. On
appellera cette dernière la puissance de juger, et l’autre simplement la puissance
exécutrice de l’État.
La liberté politique dans un citoyen est cette tranquillité d’esprit qui provient de
l’opinion que chacun a de sa sûreté; et pour qu’on ait cette liberté, il faut que le
gouvernement soit tel qu’un citoyen ne puisse pas craindre un autre citoyen.
Tout serait perdu si le même homme, ou le même corps des principaux, ou des
nobles, ou du peuple, exerçaient ces trois pouvoirs: celui de faire des lois, celui
d’exécuter les résolutions publiques, et celui de juger les crimes ou les différends
des particuliers.
Dans la plupart des royaumes de l’Europe, le gouvernement est modéré, parce que
le prince, qui a les deux premiers pouvoirs, laisse à ses sujets l’exercice du
troisième. Chez les Turcs, où ces trois pouvoirs sont réunis sur la tête du sultan, il
règne un affreux despotisme.»
25.
1. L’emploi du terme «affreux despotisme» nous montre que Montesquieu s’oppose
à toute forme d’autoritarisme.
Réponse: C C C E
2. VRAI - Le verbe empiéter veut dire s’arroger des droits sur des biens, des
avantages qui appartiennent à quelqu’un d’autre. Ex.: Empiéter sur les libertés
d’autrui.
4. FAUX - Bien au contraire! Pour Montesquieu, il est bel et bien indispensable que
la liberté de chacun soit encadrée par un gouvernement et par des lois.
Le livre majeur de Donatien Alphonse François de Sade est Les Cent Vingt journées
de Sodome (1785). Il y est question du «monde parfait» d’une société totalitaire,
que le cinéaste italien Pier Paolo Pasolini, dans son film Salò (1976), a d’ailleurs
transposé en pleine débâcle de l’Italie fasciste en 1944. Imaginant un enlèvement
d’individus jeunes et vieux des deux sexes par un groupe de jouisseurs libertins, le
marquis de Sade bâtit le «monde parfait» de la production sexuelle avec pour
finalité la «jouissance absolue» (celle des libertins). Cette jouissance n’étant
finalement que le fantasme et la représentation d’une productivité record, elle-même
absolue.
L’espace de vie des héros sadiens a été construit de manière à faire disparaître tout
autre centre d’intérêt que celui imposé par les libertins. Il est donc organisé par et
pour la production «industrielle» des plaisirs sexuels, comme l’industrie organise
l’espace pour la production industrielle des biens de consommation. Sade avait
compris que le développement croissant du rendement passait par la parcellisation
des tâches, qui permet l’«organisation scientifique du travail».
Mais, plus que l’espace, le temps rationalisé est, symboliquement, la marque par
excellence du capitalisme. Chez Sade, l’organisation de la vie dans le château est
basée sur un éternel recommencement. Structuré de manière circulaire, ce temps est
périodique, un retour perpétuel à l’origine, qui ramène aux mêmes périodicités.
Chaque journée fait l’objet d’une organisation rationnelle, obsessionnelle, quasi
identique à la journée précédente, pour ne rien délaisser des «plaisirs» sexuels, afin
de ne rien laisser au hasard dans le mécanisme de production.
Quant à la rationalisation des corps, elle devient réification, chosification. Les corps
subissent une transformation imposée par les libertins. Apparition donc du corps en
tant qu’appareil de production, pour répondre à des besoins à l’occasion totalitaires,
et disparition du corps sensible. La recherche d’une jouissance sans retenue, plus
mécanique que sensuelle, pose la question de l’humanité au sein d’un processus
rationnel qui cherche à accroître sans cesse le rendement. Les Cent Vingt journées
de Sodome sont une longue marche dans un temps rationnel qui conduit à la
productivité ultime: l’amour à mort, puisque seules seize des quarante-six personnes
vont survivre aux excès de violence.
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/08/VASSORT/15004
26.
1. Les personnes dont profitent les libertins de Sade sont dépouillées de leur
personnalité et réduites à l’automatisation.
Réponse: C C E C
3. FAUX - «Les Cent Vingt journées de Sodome font apparaître trois principales
rationalisations... qui sont également à la base de l’économie politique des sociétés
capitalistes». Or, notre système économique actuel est bel et bien capitaliste!
4. VRAI - Les Cent Vingt journées de Sodome sont une longue marche dans un
temps rationnel qui conduit à la productivité ultime: l’amour à mort, puisque seules
seize des quarante-six personnes vont survivre aux excès de violence.
27.
1. La productivité n’étant qu’un rapport entre la production et le temps,
l’accélération de la vitesse de production repose sur la mise en domination des êtres.
4. La dystopie sadienne n’est qu’une métaphore sans rapport direct avec notre
société actuelle.
Réponse: C E C E
1. VRAI - «le temps rationalisé est, symboliquement, la marque par excellence du
capitalisme. Chez Sade, l’organisation de la vie dans le château... fait l’objet d’une
organisation rationnelle, obsessionnelle, quasi identique à la journée précédente,
pour ne rien délaisser des «plaisirs» sexuels, afin de ne rien laisser au hasard dans le
mécanisme de production.»
2. FAUX - Les personnes dont profitent les libertins ont été enlevées contre leur gré,
elles sont donc des victimes; voir paragraphe 1.
3. VRAI - L’espace de vie des héros sadiens a été construit de manière à faire
disparaître tout autre centre d’intérêt que celui imposé par les libertins.
4. FAUX - L’espace de vie des héros sadiens... est donc organisé par et pour la
production «industrielle» des plaisirs sexuels, comme l’industrie organise l’espace
pour la production industrielle des biens de consommation.
Le meurtre de l’Arabe
J’ai pensé que je n’avais qu’un demi-tour à faire et ce serait fini. Mais toute une
plage vibrante de soleil se pressait derrière moi. J’ai fait quelques pas vers la source.
L’Arabe n’a pas bougé. Malgré tout, il était encore assez loin. Peut-être à cause des
ombres sur son visage, il avait l’air de rire. J’ai attendu. La brûlure du soleil gagnait
mes joues et j’ai senti des gouttes de sueur s’amasser dans mes sourcils. C’était le
même soleil que le jour où j’avais enterré maman et, comme alors, le front surtout
me faisait mal et toutes ses veines battaient ensemble sous la peau. À cause de cette
brûlure que je ne pouvais plus supporter, j’ai fait un mouvement en avant. Je savais
que c’était stupide, que je ne me débarrasserais pas du soleil en me déplaçant d’un
pas. Mais j’ai fait un pas, un seul pas en avant. Et cette fois, sans se soulever,
l’Arabe a tiré son couteau qu’il m’a présenté dans le soleil. La lumière a giclé sur
l’acier et c’était comme une longue lame étincelante qui m’atteignait au front. Au
même instant, la sueur amassée dans mes sourcils a coulé d’un coup sur les
paupières et les a recouvertes d’un voile tiède et épais. Mes yeux étaient aveuglés
derrière ce rideau de larmes et de sel. Je ne sentais plus que les cymbales du soleil
sur mon front et, indistinctement, le glaive éclatant jailli du couteau toujours en face
de moi. Cette épée brûlante rongeait mes cils et fouillait mes yeux douloureux. C’est
alors que tout a vacillé. La mer a charrié un souffle épais et ardent. Il m’a semblé
que le ciel s’ouvrait sur toute son étendue pour laisser pleuvoir du feu. Tout mon
être s’est tendu et j’ai crispé ma main sur le revolver. La gâchette a cédé, j’ai touché
le ventre poli de la crosse et c’est là, dans le bruit à la fois sec et assourdissant, que
tout a commencé. J’ai secoué la sueur et le soleil. J’ai compris que j’avais détruit
l’équilibre du jour, le silence exceptionnel d’une plage où j’avais été heureux. Alors,
j’ai tiré encore quatre fois sur un corps inerte où les balles s’enfonçaient sans qu’il y
parût. Et c’était comme quatre coups brefs que je frappais sur la porte du malheur.
4. Les quatre coups de feu décrits par le personnage comme quatre coups brefs que
je frappais sur la porte du malheur sont tirés de manière instinctive, sans réfléchir,
sous l’effet d’un aveuglement du narrateur qui a des causes internes et externes.
Réponse: E C C E
1. FAUX - Au contraire: Il reconnaît son erreur depuis le début: «Je savais que
c’était stupide», puis il décide de l’assumer «J’ai compris que j’avais détruit
l’équilibre du jour, le silence exceptionnel d’une plage où j’avais été heureux. Alors,
j’ai tiré encore quatre fois sur un corps inerte où les balles s’enfonçaient sans qu’il y
parût. Et c’était comme quatre coups brefs que je frappais sur la porte du malheur».
3. VRAI - La répétition du mot: «un pas, un seul pas» signale qu’un seul pas de trop
est suffisant pour déclencher la tragédie.
Qu’est-ce qu’un jugement vrai? Nous appelons vraie l’affirmation qui concorde
avec la réalité. Mais en quoi peut consister cette concordance? Nous aimons à y voir
quelque chose comme la ressemblance du portrait au modèle: l’affirmation vraie
serait celle qui copierait la réalité. Réfléchissons-y cependant: nous verrons que
c’est seulement dans des cas rares, exceptionnels, que cette définition du vrai trouve
son application. Ce qui est réel, c’est tel ou tel fait déterminé s’accomplissant en tel
ou tel point de l’espace et du temps, c’est du singulier, c’est du changeant. Au
contraire, la plupart de nos affirmations sont générales et impliquent une certaine
stabilité de leur objet. Prenons une vérité aussi voisine que possible de l’expérience,
celle-ci par exemple: «la chaleur dilate les corps». De quoi pourrait-elle bien être la
copie? Il est possible, en un certain sens, de copier la dilatation d’un corps
déterminé à des moments déterminés, en la photographiant dans ses diverses phases.
Même, par métaphore, je puis encore dire que l’affirmation «cette barre de fer se
dilate» est la copie de ce qui se passe quand j’assiste à la dilatation de la barre de
fer. Mais une vérité qui s’applique à tous les corps, sans concerner spécialement
aucun de ceux que j’ai vus, ne copie rien, ne reproduit rien.
29.
1. Bergson utilise l’exemple d’une loi physique pour effacer la distinction entre
l’affirmation et la réalité.
2. Selon le texte, il n’est pas entièrement clair si ce sont les choses qui imposent leur
forme au langage ou si c’est, à l’inverse, le langage qui modèle la réalité.
Réponse: E C E C
1. FAUX - Au contraire: Bergson utilise l’exemple d’une loi physique pour mettre
en valeur et effacer la distinction entre l’affirmation et la réalité.
L’écrivain engagé
Pour nous, en effet, l’écrivain n’est ni Vestale, ni Ariel: il est «dans le coup», quoi
qu’il fasse, marqué, compromis, jusque dans sa plus lointaine retraite. Puisque
l’écrivain n’a aucun moyen de s’évader, nous voulons qu’il embrasse étroitement
son époque; elle est sa chance unique; elle s’est faite pour lui et il est fait pour elle.
Si, à de certaines époques, il emploie son art à forger des bibelots d’inanité sonore,
cela même est un signe: c’est qu’il y a une crise des lettres et, sans doute, de la
Société, ou bien c’est que les classes dirigeantes l’ont aiguillé sans qu’il s’en doute
vers une activité de luxe, de crainte qu’il ne s’en aille grossir les troupes
révolutionnaires. Flaubert, qui a tant pesté contre les bourgeois et qui croyait s’être
retiré à l’écart de la machine sociale, qu’est-il pour nous sinon un rentier de talent?
Et son art minutieux ne suppose-t-il pas le confort de Croisset, la sollicitude d’une
mère ou d’une nièce, un régime d’ordre, un commerce prospère, des coupons à
toucher régulièrement? On regrette l’indifférence de Balzac devant les journées de
1848, l’incompréhension apeurée de Flaubert en face de la Commune; on les
regrette pour eux: il y a là quelque chose qu’ils ont manqué pour toujours. Nous ne
voulons rien manquer de notre temps: peut-être en est-il de plus beaux, mais c’est le
nôtre; nous n’avons que cette vie à vivre, au milieu de cette guerre, de cette
révolution peut-être. L’écrivain est en situation dans son époque: chaque parole a
des retentissements. Chaque silence aussi. Je tiens Flaubert et Goncourt pour
responsables de la répression qui suivit la Commune parce qu’ils n’ont pas écrit une
ligne pour l’empêcher. Ce n’était pas leur affaire, dira-t-on. Mais le procès de Calas,
était-ce l’affaire de Voltaire? La condamnation de Dreyfus, était-ce l’affaire de
Zola? L’administration du Congo, était-ce l’affaire de Gide? Chacun de ces auteurs,
en une circonstance particulière de sa vie, a mesuré sa responsabilité d’écrivain.
L’occupation nous a appris la nôtre. Puisque nous agissons sur notre temps par notre
existence même, nous décidons que cette action sera volontaire. Encore faut-il
préciser: il n’est pas rare qu’un écrivain se soucie, pour sa modeste part, de préparer
l’avenir. Mais il y a un futur vague et conceptuel qui concerne l’humanité entière et
sur lequel nous n’avons pas de lumières: l’histoire aura-t-elle une fin? Le soleil
s’éteindra-t-il? Quelle sera la condition de l’homme dans le régime socialiste de l’an
3000? Nous laissons ces rêveries aux romanciers d’anticipation; c’est l’avenir de
notre époque qui doit faire l’objet de nos soins, un avenir limité qui s’en distingue à
peine - car une époque, comme un homme, c’est d’abord un avenir. Il est fait de ses
travaux en cours, de ses entreprises, de ses projets à plus ou moins long terme, de
ses révoltes, de ses combats, de ses espoirs: quand finira la guerre? Comment
rééquipera-t-on le pays? comment aménagera-t-on les relations internationales? que
seront les réformes sociales? les forces de la réaction triompheront-elles? y aura-t-il
une révolution et que sera-t-elle? Cet avenir nous le faisons nôtre, nous ne voulons
point en avoir d’autre.
30.
1. Quoi que l’écrivain fasse, cela est une action, un choix délibéré qui a ses
conséquences, sauf s’il se tait, s’il refuse de prendre position.
3. Un écrivain n’est ni une femme chaste qu’on n’a pas le droit de toucher, ni un
esprit qui plane au-dessus de la réalité.
4. L’avenir qui concerne l’action de l’écrivain engagé ne doit pas être l’avenir
proche de notre époque, mais l’ avenir lointain des générations futures.
Réponse: E C C E
1. FAUX - Si l’écrivain s’il se tait, s’il refuse de prendre position cela est aussi une
action qui a ses conséquences, pour Sartre: «L’écrivain est en situation dans son
époque: chaque parole a des retentissements. Chaque silence aussi».
2. VRAI - «Flaubert, qui a tant pesté contre les bourgeois et qui croyait s’être retiré
à l’écart de la machine sociale, qu’est-il pour nous sinon un rentier de talent? Et son
art minutieux ne suppose-t-il pas le confort de Croisset, la sollicitude d’une mère ou
d’une nièce, un régime d’ordre, un commerce prospère, des coupons à toucher
régulièrement?».
3. VRAI - Voilà ce que veut dire Sartre par «ni Vestale, ni Ariel».
On n’entendait plus que les piétinements de tous les souliers, avec le clapotement
des voix. La foule inoffensive se contentait de regarder. Mais, de temps à autre, un
coude trop à l’étroit enfonçait une vitre; ou bien un vase, une statuette déroulait
d’une console, par terre. Les boiseries pressées craquaient. Tous les visages étaient
rouges; la sueur en coulait à larges gouttes; Hussonnet fit cette remarque:
- «Saprelotte! comme il chaloupe! Le vaisseau de l’Etat est ballotté sur une mer
orageuse! Cancane-t-il! Cancane-t-il!»
- «Pauvre vieux!» dit Hussonnet en le voyant tomber dans le jardin, où il fut repris
vivement pour être promené ensuite jusqu’à la Bastille, et brûlé.
Alors, une joie frénétique éclata, comme si, à la place du trône, un avenir de
bonheur illimité avait paru; et le peuple, moins par vengeance que pour affirmer sa
possession, brisa, lacéra les glaces et les rideaux, les lustres, les flambeaux, les
tables, les chaises, les tabourets, tous les meubles, jusqu’à des albums de dessins,
jusqu’à des corbeilles de tapisserie. Puisqu’on était victorieux, ne fallait-il pas
s’amuser! La canaille s’affubla ironiquement de dentelles et de cachemires. Des
crépines d’or s’enroulèrent aux manches des blouses, des chapeaux à plumes
d’autruche ornaient la tête des forgerons, des rubans de la Légion d’honneur firent
des ceintures aux prostituées. Chacun satisfaisait son caprice; les uns dansaient,
d’autres buvaient. Dans la chambre de la reine, une femme lustrait ses bandeaux
avec de la pommade; derrière un paravent, deux amateurs jouaient aux cartes;
Hussonnet montra à Frédéric un individu qui fumait son brûle-gueule accoudé sur
un balcon; et le délire redoublait au tintamarre continu des porcelaines brisées et des
morceaux de cristal qui sonnaient, en rebondissant, comme des lames d’harmonica.
magot: Singe; figurine chinoise grotesque en porcelaine; sens figuré homme très
laid.
31.
1. L’incompréhension ironique de Hussonnet et Frédéric n’exclut pas la
reconnaissance de la légitimité des revendications du peuple.
2. Les métiers des citadins sont mis en valeur par la description réaliste.
Réponse: E E E E
2. FAUX - Les métiers des citadins sont décrits dans un contraste grotesque avec les
objets de luxe du palais: «des chapeaux à plumes d’autruche ornaient la tête des
forgerons, des rubans de la Légion d’honneur firent des ceintures aux prostituées».
4. FAUX - Le peuple fait piètre figure dans le tableau peint par Flaubert: «Sur le
trône, en dessous, était assis un prolétaire à barbe noire, la chemise entr’ouverte,
l’air hilare et stupide comme un magot» (dans le contexte, magot veut dire singe).
De la guerre
Tous les animaux sont perpétuellement en guerre; chaque espèce est née pour en
dévorer une autre. Il n’y a pas jusqu’aux moutons et aux colombes qui n’avalent une
quantité prodigieuse d’animaux imperceptibles. Les mâles de la même espèce se
font la guerre pour des femelles, comme Ménélas et Paris. L’air, la terre et les eaux,
sont des champs de destruction.
Il semble que Dieu ayant donné la raison aux hommes, cette raison doive les avertir
de ne pas s’avilir à imiter les animaux, surtout quand la nature ne leur a donné ni
armes pour tuer leurs semblables, ni instinct qui les porte à sucer leur sang.
Le plus déterminé des flatteurs conviendra sans peine que la guerre traîne toujours à
sa suite la peste et la famine, pour peu qu’il ait vu les hôpitaux des armées
d’Allemagne, et qu’il ait passé dans quelques villages où il se sera fait quelque
grand exploit de guerre.
C’est sans doute un très-bel art que celui qui désole les campagnes, détruit les
habitations, et fait périr, année commune, quarante mille hommes sur cent mille.
Cette invention fut d’abord cultivée par des nations assemblées pour leur bien
commun; par exemple, la diète des Grecs déclara à la diète de la Phrygie et des
peuples voisins qu’elle allait partir sur un millier de barques de pêcheurs pour aller
les exterminer si elle pouvait.
Un généalogiste prouve à un prince qu’il descend en droite ligne d’un comte dont
les parents avaient fait un pacte de famille, il y a trois ou quatre cents ans, avec une
maison dont la mémoire même ne subsiste plus. Cette maison avait des prétentions
éloignées sur une province dont le dernier possesseur est mort d’apoplexie: le prince
et son conseil voient son droit évident. Cette province, qui est à quelques centaines
de lieues de lui, a beau protester qu’elle ne le connaît pas, qu’elle n’a nulle envie
d’être gouvernée par lui; que, pour donner des lois aux gens, il faut au moins avoir
leur consentement: ces discours ne parviennent pas seulement aux oreilles du prince,
dont le droit est incontestable. Il trouve incontinent un grand nombre d’hommes qui
n’ont rien à perdre; il les habille d’un gros drap bleu à cent dix sous l’aune, borde
leurs chapeaux avec du gros fil blanc, les fait tourner à droite et à gauche, et marche
à la gloire.
Les autres princes qui entendent parler de cette équipée y prennent part, chacun
selon son pouvoir, et couvrent une petite étendue de pays de plus de meurtriers
mercenaires que Gengis-kan, Tamerlan, Bajazet, n’en traînèrent à leur suite.
32.
1. Dans le cinquième paragraphe, Voltaire affirme que la guerre est peut-être un art.
4. Le recrutement se faisant auprès d’hommes qui n ‘ont rien à perdre, les soldats se
trouvent assimilés à des bandits sans scrupules qui vendent leurs services à
quiconque veuille les employer.
Réponse: E E E C
1. FAUX - Voltaire affirme que la guerre est «sans doute un très-bel art» par
IRONIE.
2. FAUX - Cette union entre un récit et une leçon morale s’appelle un apologue.
4. VRAI - Les soldats se trouvent assimilés à des bandits sans scrupules qui vendent
leurs services à quiconque veut les employer dans les passages «les fait tourner à
droite et à gauche; meurtriers mercenaires».
C’est alors que se produisit une chose totalement inattendue, que nous n’aurions
jamais crue possible. Par une nuit de tempête, une pluie violente s’abattit sur les
tranchées. Trempées et transies, les sentinelles, en plein vent, tentaient vainement de
rallumer leurs pipes éteintes. L’eau ruisselait en gargouillant le long des parois des
tranchées, jusqu’au fond de la semelle, l’un après l’autre les remparts de sac de
sable, les traverses s’écroulaient comme des masses en une bouillie visqueuse.
Couverts de boue, comme des bandes de rats chassés de leurs trous, les occupants
s’extirpaient des abris où l’eau ne cessait de monter. Lorsque le matin se mit à
poindre, lent et triste sous des voiles de pluie, nous découvrîmes qu’un véritable
déluge s’était déversé sur nous. Pétrifiés et muets, nous nous blottissions sur les
derniers ressauts qui commençaient eux-mêmes à s’effriter. Depuis longtemps le
dernier juron s’était tu, très mauvais signe. Que faire? Nous étions perdus. Les fusils
encroûtés de boue. Impossible de rester sur place, et se montrer au-dessus du sol
était la mort certaine. Nous le savions d’expérience mille fois répétée.
Tout à coup, un appel nous parvint de l’autre bord. Au-delà des barbelés surgirent
des silhouettes en longues capotes jaunes, se détachant à peine sur le fond du désert
glaiseux. Des Anglais, qui ne pouvaient pas plus que nous se maintenir dans leurs
tranchées. Ce fut comme une délivrance, car nous étions à bout de forces. Nous
marchâmes à leur rencontre.
Mais cette joie fut de courte durée, brisée nette par l’entrée en jeu brutale d’une
mitrailleuse en batterie sur une colline proche.
33.
3. Dans le 3e paragraphe, les «foules toujours nouvelles (...) cachées dans ce terrain
si vide et si mort» contrastent vivement avec les corps qui parsèment la surface.
4. Dans «c’était du Fritz par-ci et Tommy par là», le soldat soumis «au fardeau
d’une mission» redevient l’homme de tous les jours dans une brève éclaircie de
paix.
Réponse: C E C C
2. FAUX - La pluie rendait insupportable la condition déjà pénible des soldats dans
les tranchées. Dans «Et voilà qu’une suprême et commune détresse démontrait la
simplicité de cet événement tout naturel», le terme suprême et commune détresse
doit être compris comme la pluie qui a forcé une trêve à l’improviste en inondant les
tranchées, et, par extension, comme la guerre et son cortège d’horreurs.
Pour mieux comprendre l’image de la pluie et de la brève éclaircie qui s’ensuit. Voir
l’item 4 de la question 33.
3. VRAI - Alors que les vivants se cachent dans les tranchées, ce sont les cadavres
qui couvrent la surface.
• Espace clair dans un ciel nuageux; amélioration brève entre deux averses.
Au vingtième siècle, il y aura une nation extraordinaire. Cette nation sera grande, ce
qui ne l’empêchera pas d’être libre. Elle sera illustre, riche, pensante, pacifique,
cordiale au reste de l’humanité. [...]. Une bataille entre Italiens et Allemands, entre
Anglais et Russes, entre Prussiens et Français, lui apparaîtra comme nous apparaît
une bataille entre Picards et Bourguignons. Elle considérera le gaspillage du sang
humain comme inutile. Elle n’éprouvera que médiocrement l’admiration d’un gros
chiffre d’hommes tués. Le haussement d’épaules que nous avons devant
l’inquisition, elle l’aura devant la guerre. […]La propriété, ce grand droit humain,
cette suprême liberté, cette maîtrise de l’esprit sur la matière, cette souveraineté de
l’homme interdite à la bête, loin d’être supprimée, sera démocratisée et
universalisée. Il n’y aura plus de ligatures; ni péages aux ponts, ni octrois aux villes,
ni douanes aux États, ni isthmes aux océans, ni préjugés aux âmes. Les initiatives en
éveil et en quête feront le même bruit d’ailes que les abeilles. La nation centrale
d’où ce mouvement rayonnera sur tous les continents sera parmi les autres sociétés
ce qu’est la ferme modèle parmi les métairies¹. Elle sera plus que nation, elle sera
civilisation; elle sera mieux que civilisation, elle sera famille.[...]. Unité de langue,
unité de monnaie, unité de mètre, unité de méridien, unité de code; la circulation
fiduciaire à son plus haut degré. Les quatre milliards que coûtent annuellement les
armées permanentes laissés dans la poche des citoyens; les quatre millions de jeunes
travailleurs qu’annule honorablement l’uniforme restitués au commerce, à
l’agriculture et à l’industrie; partout le fer disparu sous la forme glaive² et chaîne et
reforgé sous la forme charrue³ [...]. Partout la dignité de l’utilité de chacun sentie par
tous; l’idée de domesticité purgée de l’idée de servitude; l’égalité sortant toute
construite de l’instruction gratuite et obligatoire; l’égout remplacé par le drainage; le
châtiment remplacé par l’enseignement; la prison transfigurée en école; l’ignorance,
qui est la suprême indigence, abolie; l’homme qui ne sait pas lire aussi rare que
l’aveugle-né; le jus contra legem compris; la politique résorbée par la science, la
simplification des antagonismes produisant la simplification des événements eux-
mêmes; le côté factice des faits s’éliminant; pour loi, l’incontestable, pour unique
sénat, l’institut. Nulle part l’entrave, partout la norme. Le collège normal, l’atelier
normal, l’entrepôt normal, la boutique normale, la ferme normale, le théâtre normal,
la publicité normale, et à côté la liberté. La liberté du cœur humain respectée au
même titre que la liberté de l’esprit humain, aimer étant aussi sacré que penser. La
circulation décuplée ayant pour résultat la production et la consommation
centuplées; la multiplication de pains, de miracle, devenue réalité; les cours d’eau
endigués, ce qui empêchera les inondations, et empoissonnés, ce qui produira la vie
à bas prix; l’industrie engendrant l’industrie, les bras appelant les bras, l’œuvre faite
se ramifiant en innombrables œuvres à faire, un perpétuel recommencement sorti
d’un perpétuel achèvement, et, en tout lieu, à toute heure, sous la hache féconde du
progrès, l’admirable renaissance des têtes de l’hydre sainte du travail. [...]. Voilà
quelle sera cette nation.
Cette nation aura pour capitale Paris, et ne s’appellera point la France; elle
s’appellera l’Europe.
Elle s’appellera l’Europe au vingtième siècle, et, aux siècles suivants, plus
transfigurée encore, elle s’appellera l’Humanité.
L’Humanité, nation définitive, est dès à présent entrevue par les penseurs, ces
contemplateurs des pénombres; mais ce à quoi assiste le dix-neuvième siècle, c’est à
la formation de l’Europe.
34.
1. Dans le texte, le mot glaive symbolise la guerre et les combats.
2. Selon l’auteur, l’universalisme européen doit signer la fin des nations perçues
comme des vestiges des temps barbares.
4. Le passage «Il n’y aura plus de ligatures; ni péages aux ponts, ni octrois aux
villes, ni douanes aux États, ni isthmes aux océans, ni préjugés aux âmes» demeure
d’actualité dans la construction européenne.
Réponse: C C E C
2. VRAI - Picards et bourguignons: référence aux conflits dans des régions qui ne
reconnaissaient pas l’autorité du roi de France Louis XI (circa 1480) → vestiges des
temps barbares
«Une bataille entre Italiens et Allemands, entre Anglais et Russes, entre Prussiens et
Français, lui apparaîtra comme nous apparaît une bataille entre Picards et
Bourguignons.».
3. FAUX - L’économie libérale est un élément essentiel de l’utopie présentée dans le
texte: «Les quatre milliards que coûtent annuellement les armées permanentes
laissés dans la poche des citoyens; les quatre millions de jeunes travailleurs
qu’annule honorablement l’uniforme restitués au commerce, à l’agriculture et à
l’industrie».
4. VRAI - Le passage «Il n’y aura plus de ligatures; ni péages aux ponts, ni octrois
aux villes, ni douanes aux États, ni isthmes aux océans, ni préjugés aux âmes»
correspond à l’idéal de l’intégration europénne, dont l’espace Schengen serait un
exemple contemporain.
16
<http://www.cespe.unb.br/concursos/IRBR_15_DIPLOMACIA/arquivos/IRBR_15_
DIPLOMATA_3A_FASE_LELF_JUSTIFIVATIVAS_DE_ALTERA____O_DE_GA
BARITO.PDF>.
17 Gabarito preliminar:
<http://www.cespe.unb.br/concursos/IRBR_14_DIPLOMACIA/arquivos/Gab_Preli
minar_095IRBr14ESFR_003_03.PDF>. Gabarito definitivo:
<http://www.cespe.unb.br/concursos/IRBR_14_DIPLOMACIA/arquivos/Gab_Defi
nitivo_095IRBr14ESFR_003_03.PDF>. Acesso em: 6 fev. 2016.
L’épreuve de 2003 à 2013
I. L’ÉPREUVE ÉCRITE
OBSERVAÇÕES:
a. D’après vous
Exemplos:
Quel rôle imaginez-vous que le Brésil jouera dans le nouvel ordre mondial évoqué
par l’auteur? (2009) Dans quel domaine le Brésil peut-il, selon vous, accroître son
rayonnement? (2013) Como expressar a opinião?
OBS.: Quando o examinador pergunta a sua opinião, não se trata apenas de dizer o
que você pensa. É a sua capacidade de argumentação e análise que está sendo
solicitada.
• Quel rôle imaginez-vous que le Brésil jouera dans le nouvel ordre mondial évoqué
par l’auteur? (2009) • Dans quel domaine le Brésil peut-il, selon vous, accroître son
rayonnement? (2013) → Compétences requises: comment donner son opinion?
b. D’après le texte
• Selon Bertrand Badie, quels sont les événements qui paralysent l’Europe ces
dernières années? (2010) • Quel est, selon Hannes Swoboda, l’élément essentiel et
son corolaire social qui permettra à l’Union européenne de sortir de la crise
économique? (2012) • O que diz o autor?
Exemplos:
Selon Bertrand Badie, quels sont les événements qui paralysent l’Europe ces
derniéres années? (2010) Quel est, selon Hannes Swoboda, l’élément essentiel et
son corolaire social qui permettra à l’Union européenne de sortir de la crise
économique? (2012) Como compreender e/ou interpretar as ideias do texto?
• Donner son opinion seulement si on vous demande votre avis au sujet des idées de
l’auteur.
Exemplos:
Quels sont les événements du XXe siècle évoqués par M. Rompuy et pourquoi ont-
ils suscité un sentiment similaire à celui du «Printemps arabe» chez les Européens?
(2011) Donnez une définition complète ainsi qu’un exemple de ce que J. Nye
appelle «smart power». (2013) Como estabelecer relações entre o texto e eventos da
atualidade, períodos históricos, conceitos teóricos etc.?
• Quels sont les événements de XXe siècle évoqués par M. Rompuy et pourquoi ont-
ils suscité un sentiment similaire à celui du «Printemps arabe» chez les Européens?
(2011) • Donnez une définition complète ainsi qu’un exemple de ce que J. Nye
appelle «smart power». (2013) → Compétences requises: comment établir des
relations entre le texte et l’actualité, des événements historiques, des concepts
théoriques, etc.?
• Por que adotar como referência o programa de francês como segunda língua e não
o de francês como língua estrangeira?
Grammaire
• Groupes verbaux.
• Les auxiliaires.
• La voix passive.
• Le partitif.
• Les pronoms.
• Le féminin.
• Le pluriel.
• Les accents.
b. Compréhension de texte
Respect du sujet
Qualité de l’argumentation
• L’efficacité de l’explication.
La structure
d. Qualité du langage
• Les adjectifs.
• Les adverbes.
• Cohésion et cohérence.
• Choix de verbes.
• Constructions complexes.
• A banca avisa o(a) candidato/a que o padrão de correção passa a ser mais rigoroso
que nos anos anteriores, especialmente quanto à pertinência e coerência. A cópia do
texto é motivo de penalização. (“Les réponses totalement ou partiellement hors
sujet, recopiées ou incohérentes seront sanctionnées”).
Texte pour les questions 11 à 20
Qu’est-ce qu’une puissance au XXIe siècle? (1.158 mots) Avant de tenter d’éclairer
cette question, il convient de s’entendre sur les concepts. Celui de puissance, qui
s’applique à toute unité active et en particulier à toute unité politique, est l’un des
plus discutés dans la littérature. Il prête à beaucoup de confusion. Je commencerai
donc par préciser ma propre interprétation. Il importe de distinguer entre pouvoir et
puissance.
J’appelle pouvoir d’une unité active la capacité de mobiliser ses ressources dans des
directions déterminées, et potentiel l’ensemble des objectifs virtuellement
atteignables par cette mobilisation. La notion de puissance concerne le passage du
virtuel au réel, c’est-à-dire le passage à l’acte, à la fois discontinuité et choix. Toute
unité active dispose de ressources. Dans la littérature américaine, on parle souvent
des resources of power, sans d’ailleurs distinguer, s’agissant du mot power, entre
pouvoir, potentiel et puissance. L’Organisation qui dirige l’unité active exerce, par
définition, le pouvoir collectif. Typiquement, le Gouvernement pour un Etat. Cette
Organisation peut elle-même s’analyser comme une unité active et ainsi de suite,
comme des poupées gigognes. L’identification du potentiel est un travail qualitatif
auréolé d’incertitude, qui repose sur une analyse de l’environnement et sur une
réflexion concernant le croisement des stratégies, celles de l’unité active en
question, et celles de ses partenaires comme de ses opposants.
Sans ressources, il n’y a ni pouvoir ni potentiel. Une unité active peut disposer de
ressources sans être capable de les mobiliser dans une direction voulue. Dans les
deux cas, le problème de la puissance ne se pose pas. Naturellement, ces deux
situations extrêmes n’existent pas dans la réalité. Toute unité active dispose d’un
minimum de ressources et d’un minimum de capacité d’en faire usage. Mais on ne
doit pas négliger le troisième cas, où l’impuissance provient non pas de l’absence de
ressources ou de direction, mais d’un blocage dans une conjoncture particulière,
face au passage à l’acte. Répétons que le passage à l’acte, c’est-à-dire la transition
du virtuel au réel, est toujours une discontinuité.
J’ai défini le pouvoir comme la capacité de mobiliser des ressources dans une
direction déterminée. Cette mobilisation et cette direction sont décidées par une
Organisation qui elle-même doit souvent être analysée comme une unité active avec
sa propre Organisation et ainsi de suite. Ceci conduit à l’idée, essentielle dans les
sociétés contemporaines - et certainement de plus en plus dans les prochaines
décennies -, de ce que j’ai appelé les «usines de production des décisions”. Un
aspect important de cette question est la tendance à l’organisation du pouvoir par
ressource, et donc à une forme de séparation des pouvoirs, évidemment différente de
celle de Montesquieu. Ainsi parle-t-on couramment de la puissance économique, de
la puissance militaire ou du pouvoir culturel. Chaque pouvoir est associé à une
catégorie de ressources, mais aussi à une catégorie d’objectifs pensés comme
susceptibles d’être atteints par leur mobilisation, à la limite indépendamment des
autres ressources. La tendance au fractionnement, qui est liée à la technicité
croissante de chaque domaine, ne s’arrête évidemment pas là. En économie, on
distinguera par exemple la puissance industrielle et la puissance financière; dans les
armées, entre la puissance terrestre, navale ou aérienne. [...]
11. Quelles sont les raisons qui amènent T. de Montbrial à distinguer pouvoir et
puissance?
12. «Cette organisation peut elle-même s’analyser comme une unité active et ainsi
de suite, comme des poupées gigognes» (paragraphe 2). Expliquez dans ce contexte
l’expression «poupées gigognes».
Réponse: • Question du type «D’après le texte». Il fallait connaître le sens précis d’
un mot ou expression (dans ce cas, «poupées gigognes») non seulement pour
comprendre la question posée mais aussi pour expliquer l’emploi du terme dans le
texte.
• Il fallait éviter le piège d’évoquer longuement les matriochkas, les poupées russes,
ou de créer des métaphores sur les poupées en géneral. Dans le contexte, le mot clef
est bien gigognes, comme le démontre la note donnée par le jury à la réponse ci-
dessous, qui a obtenu le maximum de points pour le contenu (R=2): On emboîte des
poupées gigognes l’une à l’intérieur de l’autre. D’une manière similaire, l’auteur
propose que chaque «Organisation» peut être en même temps une unité active, de
sorte qu’elle contienne aussi une autre «Organisation».
14. Redéfinissez avec vos propres mots la notion de ressources humaines, telle que
l’entend T. de Montbrial.
15. Dans quel domaine le Brésil peut-il, selon vous, accroître son rayonnement?
• Voici une question que tous les candidats à la carrière diplomatique doivent être
toujors prêts à répondre. Tout candidat bien préparé sera prêt à rédiger une variation
sur ce thème, en tenant en compte les idées du texte. Il est toutefois vivement
recommandé d’éviter les clichés et les phrases toutes faites.
• soit avec des sujets d’actualité (le soft power et les grands évènements sportifs au
Brésil dans les années 2010; le cyber-pouvoir et la convocation par le Brésil d’un
sommet inédit en avril 2014 sur la gouvernance d’internet à la suite du scandale des
écoutes de la National Surveillance Agency américaine...).
16. Donnez une définition complète ainsi qu’un exemple de ce que J. Nye appelle
«smart power».
Réponse: • Question du type «D’après le texte», qui pourrait aussi être répondue
comme une question du type «Mobilisation de connaissances hors texte».
• Pour ce qui est de l’exemple, l’ auteur avance une suggestion: «Il fut un temps où
l’Union soviétique excella dans ce domaine et, de nos jours, les exemples abondent.
Je pense par exemple aux Jeux Olympiques.» Le candidat bien préparé pourrait
aisément faire appel à ses connaissances hors texte pour en fournir d’autres.
• Notez que, pour inclure la définition complète ainsi que l’exemple sollicités par le
jury dans l’espace de cinq lignes, il faut choisir une seule manière de définir ce que
J. Nye appelle «smart power» parmi les caratéristiques présentées par l’ auteur, sans
copier le texte. Cette question fait donc appel aux capacités d’ analyse et de synthèse
du candidat.
17. Pour vous, l’organisation de grands événements sportifs relève-t-elle d’un acte
de soft power prépondérant pour l’essor d’un pays?
• Attention: certes, le jury vous demande votre opinion, mais il faut toujours tenir
compte de ce que dit le texte dans votre réponse. Vous n’ êtes pas obligé d’être
d’accord avec l’ auteur, mais ignorer son opinion peut donner au jury l’impression
que vous n’ avez pas bien compris le texte.
• Argumenter, formuler des hypothèses • Juger, donner son avis, prendre parti •
Situer dans l’espace et dans le temps • Analyser, justifier, expliquer...
Réponse: • Question du type «D’après le texte», qui pourrait aussi être répondue
comme une question du type «Mobilisation de connaissances hors texte».
• Plutôt que votre opinion, on vous demande d’expliquer ce que dit le texte/ce que
veut dire le texte.
• Au cas où le candidat serait prêt à citer la séparation des pouvoirs bien différente
de celle de Montesquieu, il pourrait illustrer le contraste entre les deux formes de
séparation des pouvoirs en faisant ressortir les différences.
19. Selon T. de Montbrial, quel pouvoir a-t-il fait son apparition au cours du
XXIème siècle? Citez quelques exemples de son potentiel d’action.
• Attention à bien éviter l’effet liste dans les questions qui vous demandent de faire
une énumération.
• Alors que dans la question 16 il fallait résumer les idées du texte, dans la question
20 on vous demande d’adopter la démarche inverse, c’ est-à-dire développer une
idée avancée dans le texte.
• Um texto jornalístico com 487 palavras e um texto acadêmico com 672 palavras
serviram como referência para as dez questões da prova. A novidade foi o segundo
texto, mais denso e complexo que os habituais textos jornalísticos.
30 La mondialisation ne peut pas être arrêtée et ne doit pas s’arrêter. Mais nous
avons besoin d’une forte coopération transatlantique pour la rendre plus juste. Pas
d’une coalition rassemblant des pays prêts à intervenir dans un pays étranger sans le
soutien des Nations unies. Nous avons besoin d’une alliance transatlantique des
forces progressistes qui veulent apporter plus d’équité et de justice.
35 L’échec des politiques conservatrices en Europe, avec son lot de chômage élevé
et de montée de la xénophobie, d’un côté, et l’élection de François Hollande, de
l’autre, ouvrent la perspective d’une nouvelle alliance globale. La coopération entre
l’UE et les Etats-Unis doit en être le ciment, mais tout en invitant d’autres pays à y
participer.
11. Selon Hannes Swoboda, quels sont les quatre évènements récents qui laissent
présager d’un changement dans la gestion de la crise économique au sein de l’Union
européenne?
• Puisque la copie du texte est pénalisée par le jury, la maîtrise des techniques de la
paraphrase est indispensable pour répondre aux questions de ce type.
• Il faut toujours éviter l’«effet liste», car une énumération n’est pas un paragraphe
argumenté.
12. Quel est, selon Hannes Swoboda, l’élément essentiel et son corolaire social qui
permettra à l’Union européenne de sortir de la crise économique?
• son corolaire social: «La correction des inégalités dans la redistribution des
revenus et des richesses».
• L’élément essentiel est clairement signalé par la phrase «Il faudra avant tout
transformer la ‹‹règle d’or›› (L. 13).
• lignes 30-31: «La mondialisation ne peut pas être arrêtée et ne doit pas s’arrêter.
Mais nous avons besoin d’une forte coopération transatlantique pour la rendre plus
juste».
• lignes 32-34: «Nous avons besoin d’une alliance transatlantique des forces
progressistes qui veulent apporter plus d’équité et de justice».
• lignes 37-38: «La coopération entre l’UE et les Etats-Unis doit en être le ciment,
mais tout en invitant d’autres pays à y participer».
• Encore une fois, la maîtrise des techniques de la paraphrase est indispensable pour
répondre aux questions de ce type.
14. Selon vous, que veut dire l’auteur par: ‹‹La mondialisation ne peut pas être
arrêtée et ne doit pas s’arrêter. Mais nous avons besoin d’une forte coopération
transatlantique pour la rendre plus juste›› (R.30-31)?
• Pour répondre à ce genre de question, il est essentiel d’être capable de faire des
inférences, de percevoir les aspects implicites d’un texte, aussi bien que de situer le
texte dans son contexte (historique, politique, économique, idéologique, social,
culturel, etc.).
• Mettez en valeur votre argumentation par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation, avec une conclusion pertinente.
15. Selon vous, quel genre de coopération pourrait être envisagée entre l’Europe et
les Etats-Unis?
• Quoiqu’on vous demande votre opinion, tenir compte de ce que dit le texte est
toujours une bonne idée.
• Vous pourriez développer les idées du passage «En outre, la coopération entre les
socialistes et démocrates européens et les démocrates américains doit s’intensifier
en matière d’immigration, de droits de l’homme et de droits civiques. Nos sociétés
sont des sociétés de grande diversité. Nous ne pouvons plus les diviser entre
majorité et minorités, entre nous et eux».
Texte pour les questions de 16 à 20
Le Brésil n’est pas une contrée exotique. C’est aussi le creuset d’avant-gardes
culturelles qui rivalisent depuis la fin du XXe siècle avec l’Europe et l’Amérique du
Nord.
Cette porosité entre action savante et inspiration populaire est même une des
caractéristiques du Brésil, c’est une résultante des métissages que cette terre a
toujours connus, c’est aussi une source d’ambiguïté. (…) Le Brésil est d’abord l’une
des terres de prédilection du grand roman moderne dont l’apparition remonte aux
œuvres de Machado de Assis (1839-1908), qui construit à la fin du XIXe siècle une
somme romanesque d’une intensité exceptionnelle à la hauteur d’un Gustave
Flaubert ou d’un Oscar Wilde. On lira, toutes affaires cessantes les Mémoires de
Bras Cubas (1880) ou L’Aliéniste (1881). Avec le modernisme, qui explose au début
des années 1920, le Brésil de Oswald de Andrade et Mario de Andrade rejoint le
train des avant-gardes européennes en même temps qu’il s’interroge sur la
singularité de cette région du monde et qu’il révolutionne la langue portugaise.
Le génie d’un livre comme Macunaima (1928) de Mario de Andrade est d’avoir
installé au cœur d’un roman picaresque un ‹‹héros sans caractère››, dont on
comprend aujourd’hui qu’il préfigure le destin balloté de l’être globalisé. Le
modernisme cède place dans les années 1930 au roman régionaliste, inspiré par
l’âpreté des terres du Nordeste. Guimarães Rosa et Graciliano Ramos dominent
cette production qui ne se limite pas aux livres que Jorge Amado a consacrés au
monde fascinant et coloré de la région de Bahia.
• Au-delà des clichés européens («Le Brésil n’est pas qu’une contrée exotique,
sensuelle et tropicale»), le texte est riche en exemples du dynamisme de la culture
brésilienne: • «C’est aussi un pays de culture pleinement occidentale dont la
contribution aux formes les plus sophistiquées de la modernité rivalise avec celles
d’Europe et d’Amérique du Nord. Mais depuis toujours cette culture dialogue avec
une culture populaire qui préserve un dynamisme exceptionnel».
• «Cette porosité entre action savante et inspiration populaire est même une des
caractéristiques du Brésil, c’est une résultante des métissages que cette terre a
toujours connus, c’est aussi une source d’ambiguïté».
17. Selon l’auteur, en quoi le modernisme brésilien va dans le même sens que les
mouvements littéraires européens?
• On peut élaborer une réponse fondée sur un choix personnel parmi les arguments
du texte: • «Le Brésil n’est pas qu’une contrée exotique, sensuelle et tropicale. C’est
aussi un pays de culture pleinement occidentale dont la contribution aux formes les
plus sophistiquées de la modernité rivalise avec celles d’Europe et d’Amérique du
Nord. Mais depuis toujours cette culture dialogue avec une culture populaire qui
préserve un dynamisme exceptionnel».
• «C’est plus tard, dans les années 1960, que l’héritage de l’avant-garde moderniste
ressurgit sous la plume de Clarice Lispector, et notamment dans La passion selon
G.H., dont l’inspiration se rattache aux ouvrages de James Joyce ou de Virginia
Woolf. Avec cette Brésilienne d’origine ukrainienne triomphe le roman de
l’introspection dans des constructions vertigineuses qui ne laissent jamais
indifférent».
• On vous demande de développer une idée avancée dans le texte: «Le génie d’un
livre comme Macunaima (1928) de Mario de Andrade est d’avoir installé au cœur
d’un roman picaresque un ‹‹héros sans caractère››, dont on comprend aujourd’hui
qu’il préfigure le destin balloté de l’être globalisé».
19. De quelles formes Oswald de Andrade et Mario de Andrade influencèrent-ils la
culture brésilienne du XXe siècle?
• On peut élaborer une réponse fondée sur les arguments du texte: • «Avec le
modernisme, qui explose au début des années 1920, le Brésil de Oswald de Andrade
et Mario de Andrade rejoint le train des avant-gardes européennes en même temps
qu’il s’interroge sur la singularité de cette région du monde et qu’il révolutionne la
langue portugaise».
• La réponse devrait se baser sur les arguments du texte: • «Le Brésil n’est pas
qu’une contrée exotique, sensuelle et tropicale. C’est aussi un pays de culture
pleinement occidentale dont la contribution aux formes les plus sophistiquées de la
modernité rivalise avec celles d’Europe et d’Amérique du Nord».
• «A tous ces classiques des lettres et de sciences sociales, il faudrait ajouter une
pléiade d’auteurs contemporains, jeunes et moins jeunes qui, dans la fiction, le
théâtre ou la réflexion philosophique, font du Brésil l’interlocuteur obligé des vieux
pays de l’hémisphère Nord.»
2011
Características da prova:
• Dois textos jornalísticos, com 487 palavras e com 672 palavras, ambos do jornal
Le Monde, servem como referência para as dez questões da prova.
• A orientação geral pede que a resposta seja estruturada como um parágrafo (“un
paragraphe en français standard”) e enfatiza a penalização de cópia do texto
(“Employez vos propres mots et expressions. L’utilisation d’extraits du texte sera
pénalisée.”).
Texte pour les questions de 11 à 15
Les deux défis de l’Europe (601 mots)
1 (…) Vu d’Europe, nous sommes face à deux défis: assurer le bien-être de nos
citoyens et propager la prospérité et la stabilité dans le reste du monde, en
commençant par les pays voisins.
7 Je sais que nous vivons une période éprouvante. Certains ont perdu leur emploi,
d’autres sont confrontés à de graves difficultés; la concurrence économique
mondiale fait sentir ses effets. Et pourtant nous voyons aussi des jeunes qui créent
des entreprises, des femmes et des hommes qui prennent des initiatives, des gens qui
s’entraident. Le courage et la capacité à rebondir dont les Européens ont fait preuve
dans cette crise sont le meilleur indicateur de la force qui est la nôtre. (…)
13 Quant au deuxième défi, c’est à nos portes que se forge notre crédibilité au
niveau mondial. A l’Est et au Nord, ainsi qu’au Sud.
21 Nous devons toutefois reconnaître que, par le passé, nous n’avons pas toujours
respecté nos propres valeurs, en privilégiant plutôt l’intérêt de la stabilité régionale,
en acceptant même des régimes qui n’étaient pas démocratiques pour contrer le
risque de dictatures fanatiques. En fait, l’appel de la jeunesse arabe aux valeurs
universelles que sont la liberté et la démocratie nous a réveillés. L’Europe est
déterminée à appuyer toutes les initiatives en faveur d’une transformation
démocratique et de réformes économiques qui profiteront à la population. Nous
voulons que les pays d’Afrique du Nord et du Proche-Orient deviennent une zone de
prospérité. Le commerce et les investissements peuvent contribuer à créer un
environnement propice à la libre entreprise plutôt qu’un capitalisme corrompu. Les
jeunes, hommes et femmes, de l’Algérie au Yémen, devraient pouvoir se construire
un avenir dans leur propre pays.
41 Je suis fermement convaincu que l’Union européenne peut répondre à ces deux
défis et faire en sorte que le vieux continent, fort de son dynamisme, reste le
meilleur endroit du monde pour vivre.
11. Selon M. Rompuy, quels sont les aspects positifs de l’actuelle période de crise?
Réponse:
• On vous demande soit de citer les exemples donnés par l’auteur, soit de développer
une idée avancée dans le texte: «Le courage et la capacité à rebondir dont les
Européens ont fait preuve dans cette crise».
• Parce que la copie du texte est pénalisée par le jury, la maîtrise des techniques de
la paraphrase est indispensable pour répondre aux questions de ce type.
Réponse:
• «Nous devons toutefois reconnaître que, par le passé, nous n’avons pas toujours
respecté nos propres valeurs, en privilégiant plutôt l’intérêt de la stabilité régionale,
en acceptant même des régimes qui n’étaient pas démocratiques pour contrer le
risque de dictatures fanatiques. En fait, l’appel de la jeunesse arabe aux valeurs
universelles que sont la liberté et la démocratie nous a réveillés».
13. Selon l’auteur, sur quels domaines les Européens peuvent-ils compter pour
relever les deux défis dont parle le texte?
Réponse:
14. Que veut dire M. Rompuy par l’affirmation: ‹‹l’appel de la jeunesse arabe (...)
nous a réveillés›› (R.24-25)?
Réponse:
• Le jury vous invite à interpréter le texte, à aller au-delà de ce que dit l’auteur et à
faire référence à l’actualité: en 2011, le «Printemps arabe» a reçu ce nom parce que
les manifestations qui déferlaient sur le monde arabe semblaient annoncer
l’établissement de régimes démocratiques. A l’époque, la presse et l’académie ont
exploré l’analogie entre les mouvements populaires de la jeunesse arabe et la chute
du mur de Berlin.
Réponse:
Ceux-ci ont beau jeu d’incriminer l’Europe et l’un de ses principaux symboles,
l’euro, devenu
bouc émissaire de tous nos maux. Pourtant, compte tenu des enjeux actuels et à
venir pour nos
10 (…)
les prochains enjeux électoraux que par la nécessité de répondre aux préoccupations
des citoyens.
13 (…)
la France, les Vrais Finlandais, ou les autres partis extrémistes européens n’ont pas
cessé
16 d’enregistrer des succès depuis le tournant du siècle. Quelles sont leurs recettes?
Des réponses simplistes à des problèmes complexes, un rejet de l’immigration
responsable selon eux du chômage croissant et enfin un euroscepticisme violent:
l’Europe est en effet accusée d’être le ‹‹cheval de 19 Troie›› de la mondialisation et
incapable d’apporter des solutions. Or si l’on y regarde d’un peu plus près, il
apparaît vite que les réponses apportées par ces partis sont facilement contestables et
surtout d’un autre temps!
22 Concernant la sortie de l’euro, par exemple, au-delà des conséquences politiques
difficilement prévisibles d’un pays à l’autre, la plupart des économistes estiment que
cela serait catastrophique. (…)
français car ils sont plus pénibles, moins bien payés et ne correspondent pas aux
aspirations d’un 28 certain nombre de nos concitoyens. Par ailleurs, compte tenu de
l’effondrement démographique en Europe, l’immigration va être de plus en plus
nécessaire. A partir de 2015, l’évolution démographique
Les marges financières restreintes pour la plupart des nations européennes sont un
argument
34 de plus pour une mise en commun de nos moyens au niveau européen. C’est
notamment vrai pour les investissements en recherche et innovation qui pourraient
permettre de créer les industries du futur, porteuses de croissance et pourvoyeuses
d’emplois qualifiés qui seuls permettront de faire 37 baisser le chômage. Enfin,
concernant l’immigration, au-delà de l’argument sur la force de travail nécessaire, il
est urgent d’instaurer entre l’Europe et ses voisins du Sud une véritable politique de
mobilité et d’intégration, avec, à la clé, des visas de travail, des coopérations
universitaires, 40 l’harmonisation des formations professionnelles et des
programmes spécifiques pour les migrants à leur retour dans leur pays. C’est notre
devoir et c’est aussi la meilleure solution pour développer des relations équilibrées
et pacifiées autour de la Méditerranée.
43 Mais l’Europe doit aussi répondre aux aspirations plus immatérielles des
citoyens. L’évolution du monde et sa complexité, les bouleversements des repères
traditionnels comme la famille, le
et 25 ans pensent que le monde va mal et 71% ne font pas confiance à l’Etat!
49 Face aux nationalistes qui jouent sur ces craintes, la peur de l’autre et du
déclassement, qui prônent un repli sur soi et la fermeture des frontières, il faut oser
réaffirmer que l’Europe, c’est aussi un projet de civilisation basé sur des valeurs
fortes telles que la non-discrimination, la tolérance, la 52 justice, la solidarité et
l’égalité.
16. À votre avis, pourquoi l’Europe est-elle ‹‹en perte de vitesse ›› (R.2-3)?
Réponse:
• Pour répondre à ce genre de question, il est essentiel d’être capable de faire des
inférences, de percevoir les aspects implicites d’un texte, aussi bien que de situer le
texte dans son contexte (historique, politique, économique, idéologique, social,
culturel, etc.).
• Quoiqu’on vous demande votre opinion, tenir compte de ce que dit l’auteur est
toujours une bonne idée. Cela prouve que vous avez bien compris le texte.
• Mettez en valeur votre argumentation par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation, avec une conclusion pertinente.
Réponse:
• Pour répondre à ce genre de question, il est essentiel d’être capable d’établir des
rapports entre la question posée et l’actualité, de percevoir les aspects implicites
d’un texte, aussi bien que de situer le texte dans son contexte (historique, politique,
économique, idéologique, social, culturel, etc.).
• Quoiqu’on vous demande votre opinion, tenir compte de ce que dit l’auteur est
toujours une bonne idée. Cela prouve que vous avez bien compris le texte.
18. Qu’est-ce que le chômage et, d’après M. Houdaille, pourquoi l’immigration n’en
est-elle pas la cause et pourquoi deviendra-t-elle de plus en plus nécessaire?
Réponse:
• On vous demande de définir le mot «chômage», qui veut dire situation d’un salarié
qui, bien que apte au travail, se trouve privé d’emploi.
19. Que veut dire l’auteur par ‹‹Face aux nationalistes qui (...) prônent un repli sur
soi›› (R.49-50)?
Réponse:
• Question du type «D’après le texte» où le jury vous invite à interpréter les idées de
l’auteur.
Réponse:
(...)
33 Les marges financières restreintes pour la plupart des nations européennes sont
un argument de plus pour une mise en commun de nos moyens au niveau européen.
C’est notamment vrai pour les investissements en recherche et innovation qui
pourraient permettre de créer les industries du futur, porteuses de croissance et
pourvoyeuses d’emplois qualifiés qui seuls permettront de faire baisser le chômage.
(...) 43 Mais l’Europe doit aussi répondre aux aspirations plus immatérielles des
citoyens.
(...)
49 Face aux nationalistes qui jouent sur ces craintes, la peur de l’autre et du
déclassement, qui prônent un repli sur soi et la fermeture des frontières, il faut oser
réaffirmer que l’Europe, c’est aussi un projet de civilisation basé sur des valeurs
fortes telles que la non-discrimination, la tolérance, la justice, la solidarité et
l’égalité.
2010
Características da prova:
Un rééquilibrage historique
Ce mouvement ascendant s’accompagne d’une forte tendance vers la régionalisation
en Asie orientale - les échanges intrarégionaux ont crû de 40% du total de leurs
échanges en 1980 à 50% en 1995 et à près de 60% aujourd’hui - et d’un début de
régionalisation en Amérique du Sud (Marché Commun du Sud). En supposant que
l’actuelle crise économique mondiale ne remette pas fondamentalement en cause
cette dynamique, leur part totale du PIB mondial devrait atteindre près de 60% en
2020-2025, dont 45% pour l’Asie. Le développement économique se traduira
nécessairement par une plus grande autonomie politique.
Alors que les niveaux de vie des sociétés asiatiques, ottomane et européennes
étaient globalement comparables jusqu’en 1800, ceux-ci ont ensuite
considérablement divergé, l’expansion occidentale s’accompagnant d’une régression
puis d’une stagnation des niveaux de vie dans les régions dépendantes (le Japon
étant une exception notable en Asie; l’Argentine et l’Uruguay, en Amérique latine).
Ainsi, le produit national brut moyen par habitant des “tiersmondes” était à peine
plus élevé en 1950 qu’en 1750 (+0,6%). L’inégalité Nord-Sud diminue de façon
variable avec la décolonisation, l’autonomie politique voilant souvent la persistance
des situations de dépendance.
La mutation contemporaine met donc fin à une structure historique qui a duré. Le
polycentrisme implique non seulement une distribution internationale plus équitable
des richesses, mais aussi un bouleversement des rapports politiques: les institutions
internationales établies après la Seconde Guerre Mondiale (Organisation des
Nations Unies, Fonds Monétaire International, Banque Mondiale, sans parler du G7-
G8, transformé en G20) devront inévitablement évoluer pour refléter les nouvelles
réalités. Etant donné la multiplicité et l’ampleur des défis mondiaux, la mutation
pose à nouveau de façon urgente la question de la coopération.
1. Quels sont les trois principaux facteurs dégagés par l’auteur qui, selon lui, mènent
au bouleversement inéluctable du système international?
Réponse:
• On vous demande de citer les idées clefs données par l’auteur dans la première
partie du texte:
• Parce que la copie du texte est pénalisée par le jury, la maîtrise des techniques de
la paraphrase est indispensable pour répondre aux questions de ce type.
Réponse:
• On vous demande d’expliquer une idée avancée par l’auteur: L’inégalité Nord-
Sud, c’est--à-dire la «grande divergence» entre l’Europe et le monde extraeuropéen.
• Mettez en valeur votre explication par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation.
• Mettez en valeur votre explication par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation.
4. Quels sont les deux principaux domaines dans lesquels l’auteur prévoit un
«rééquilibrage» des relations internationales?
Réponse:
• On vous demande de citer les idées clefs données par l’auteur dans la conclusion
du texte:
• Parce que la copie du texte est pénalisée par le jury, la maîtrise des techniques de
la paraphrase est indispensable pour répondre aux questions de ce type.
5. Pourquoi l’auteur peut-il affirmer que le développement des pays émergents est
d’ordre structurel?
Réponse:
• On vous demande d’expliquer une idée avancée par l’auteur: L’étendue, l’intensité
et la persistance de cette transformation (le développement des pays émergents) ne
laissent aucun doute sur son caractère structurel.
• Vous pouvez développer les données fournies par le texte. Attention à ne pas vous
limiter à recopier des chiffres; il serait plus intéressant de les mettre en valeur par
l’analyse et la synthèse.
• Mettez en valeur votre explication par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation.
6. Quel rôle imaginez-vous que le Brésil jouera dans le nouvel ordre mondial
évoqué par l’auteur?
Réponse:
• Voici une question que tous les candidats à la carrière diplomatique doivent être
toujors prêts à répondre. Tout candidat bien préparé sera prêt à rédiger une variation
sur ce thème, en tenant en compte les idées du texte. Il est toutefois vivement
recommandé d’éviter les clichés et les phrases toutes faites.
• soit avec des principes et des traditions de la diplomatie brésilienne (la candidature
brésilienne à un siège permanent au CSNU; la multipolarité de coopération; la
construction d’un ordre mondial stable, plus juste, plus prévisible, et fondé sur les
principes du droit international...)
• soit avec des sujets d’actualité (La banque de développement des BRICS en 2014)
Réponse:
• Le jury vous invite à donner votre avis, à commenter les évènements de l’actualité
(les effets de la crise économique mondiale en 2010) et à avancer des hypothèses.
• Mettez en valeur votre argumentation par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation, avec une conclusion pertinente.
8. D’après vous, l’émergence de nouvelles zones de pouvoir est-elle forcément liée
au déclin de l’hégémonie occidentale?
Réponse:
• Le jury vous invite à donner votre avis, à argumenter et à avancer des hypothèses.
Réponse:
• Ce qui importe, c’est de bien soutenir votre opinion. Vous pouvez ne pas être
d’accord avec ce que propose l’auteur si votre argumentation est convaincante.
• Pour répondre à ce genre de question, il est essentiel d’être capable d’établir des
rapports entre la question posée et vos connaissances historiques, aussi bien que de
situer le texte dans son contexte (historique, politique, économique, idéologique,
social, culturel, etc.).
Réponse:
• N’oubliez pas que, quoiqu’on vous demande votre opinion, tenir compte de ce que
dit le texte est toujours une bonne idée.
• Vous pourriez développer des idées choisies dans les quatre derniers paragraphes
du texte:
• monde divisé entre centres dominants (pays développés) et «périphéries»
coloniales dépendantes (les «tiersmondes»).
• soit avec des sujets d’actualité (Banque de développement des BRICS inaugurée
en 2014)
2009
Características da prova:
• Uma entrevista publicada em blog do jornal lemonde.fr, com 1 175 palavras, serve
como referência para as dez questões da prova.
Bertrand Badie: L’influence est le terme qui convient. Tous les sondages qui ont été
4 administrés de par le monde indiquent que l’Europe intéresse et rassure par
l’influence qu’elle exerce beaucoup plus que par la puissance qu’elle n’a plus, en
tous les cas dans le domaine militaire. Cela étant posé, l’influence est difficile à
analyser et encore plus à 7 suivre.
16 négliger.
Elle a su acquérir aussi une sorte de leadership moral dans les domaines de l’aide au
31 Bertrand Badie: Non, je ne crois pas que l’on puisse utiliser ce terme, en tous les
cas dans son sens strict. Si la puissance se définit comme la capacité d’imposer à
l’autre sa propre volonté quels que soient les moyens utilisés, l’Europe est dans ce
domaine mal
34 placée.
Être une puissance suppose en effet une unification nationale autour d’un intérêt
affirmé et à partir de la mobilisation de moyens coercitifs qui donnent bien entendu
à
On peut même considérer que l’Union a été en avance sur ce terrain: conduite à
renoncer 43 à la puissance, elle a été amenée à inventer de facto des formes
nouvelles d’action diplomatique où, précisément, l’influence, les effets de réseau, le
rayonnement social et culturel jouent un rôle plus déterminant, sans oublier bien
entendu ses performances
C: N’y a-t-il pas contradiction pour l’UE, construite sur l’idée de dépassement de la
souveraineté nationale, à défendre le système onusien et le droit international public
en
49 général, qui sont eux basés sur un strict respect des souverainetés des Etats?
C’est vrai que le système onusien dérive d’un compromis passé en 1945 entre 52
l’intégration et le souverainisme, entre l’union de tous et la puissance des plus
grands.
Il ne faut pas négliger cette dynamique multilatérale qui s’est exprimée notamment à
58 travers l’élaboration de nouvelles conventions, la promotion d’enjeux sociaux
internationaux, la mise en place de grandes conférences thématiques internationales
et l’essor de ce que Kofi Annan appelait le “polylatéralisme”, qui permettait
d’associer au 61 système onusien des acteurs non étatiques comme les ONG, les
grandes firmes multinationales, voire l’opinion publique internationale. Le rôle de
l’Europe a été de témoigner et de pousser en ce sens, c’est peut-être là qu’on peut
retrouver ses vertus 64 autrefois novatrices.
70 D’abord parce que face à une crise mondiale, la délibération ne peut être que
mondiale, et surtout les solutions ne peuvent être l’exclusivité d’un seul ensemble
régional, aussi vaste et puissant soit-il.
Prenons garde à ce que, dans un contexte critique, la région ne devienne pas une 79
machine à fabriquer et à nourrir les nationalismes.
• Puisque la copie du texte est pénalisée par le jury, la maîtrise des techniques de la
paraphrase est indispensable pour répondre aux questions de ce type.
2. Selon Bertrand Badie, quels sont les éléments qui paralysent l’Europe de ces
dernières années?
Réponse: • Question du type «D’après le texte».
• Attention au mot clef de la question: «quels sont les éléments qui paralysent
l’Europe de ces dernières années», repris à la lettre dans le passage suivant: •
«L’Europe a su démarrer très fort dans le contexte de la post-bipolarité, elle est
dangereusement bloquée depuis quelques années par un élargissement bâclé, par les
séquelles du traumatisme irakien qui l’a profondément divisée, par sa paralysie
institutionnelle, et j’ajouterai par un vent de conservatisme (peut-être de
néoconservatisme?) qui souffle depuis quelques années».
• Puisque la copie du texte est pénalisée par le jury, la maîtrise des techniques de la
paraphrase est indispensable pour répondre aux questions de ce type.
• Elle a su acquérir aussi une sorte de leadership moral dans les domaines de l’aide
au développement et dans la promotion des biens communs de l’humanité tels qu’ils
s’inscrivent dans les logiques récentes de la mondialisation».
• Mettez en valeur votre analyse des idées de l’auteur par un paragraphe bien
structuré comme une mini dissertation, avec une conclusion pertinente.
• Vous n’ êtes pas obligé d’être d’accord avec l’ auteur, mais ignorer son opinion
peut donner au jury l’impression que vous n’ avez pas bien compris le texte.
• Mettez en valeur votre argumentation par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation, avec une conclusion pertinente.
5. D’après Bertrand Badie, pourquoi l’UE n’est-elle pas une puissance en elle-
même?
• «Être une puissance suppose en effet une unification nationale autour d’un intérêt
affirmé et à partir de la mobilisation de moyens coercitifs qui donnent bien entendu
à l’instrument militaire une prime particulière. Non seulement cette conception de la
puissance s’accorde mal à la structure plurale de l’Europe, mais on comprendra
aisément que face aux Etats-Unis, la puissance militaire européenne ne compte
pratiquement pas».
• Mettez en valeur votre analyse des idées de l’auteur par un paragraphe bien
structuré comme une mini dissertation, avec une conclusion pertinente.
• Attention à la mise en rapport des temps verbaux dans votre Réponse: on vous
demande de faire référence au passé («la décennie 1990 qui fut pour [l’Europe] une
décennie de fortune»).
• (L. 17-19) «Elle a su acquérir aussi une sorte de leadership moral dans les
domaines de l’aide au développement et dans la promotion des biens communs de
l’humanité tels qu’il s’inscrivent dans les logiques récentes de la mondialisation».
• (L. 54-64) «Observons que l’Europe, notamment durant la décennie 1990 qui fut
pour elle une décennie de fortune, appuyait tout ce qui aidait à dépasser le
souverainisme d’antan».
8. Selon Bertand Badie, quels sont les effets nocifs de la crise actuelle au sein de
l’UE?
• «Prenons garde à ce que, dans un contexte critique, la région ne devienne pas une
machine à fabriquer et à nourrir les nationalismes».
• Attention: Vous n’ êtes pas obligé d’être d’accord avec Bertrand Badie, mais dans
ce cas le jury vous demande, sans l’ombre d’un doute, de tenir en compte son
opinion.
• Veillez à bien mettre en valeur l’opinion de Bertrand Badie pour éviter de donner
au jury l’impression que vous n’ avez pas bien compris le texte.
• Argumenter, formuler des hypothèses • Juger, donner son avis, prendre parti •
Situer dans l’espace et dans le temps • Analyser, justifier, expliquer...
2008
Características da prova:
• O candidato devia optar por uma segunda língua estrangeira, que pode ser Alemão,
Árabe, Chinês (Mandarim), Espanhol, Francês, Japonês ou Russo.
Lisez attentivement le texte ci-dessous, puis suivez les consignes indiquées pour
répondre à chacune des 4 premières questions.
les échanges entre les peuples. Pourtant, un peu partout, se dressent de nouveaux
murs: à
4 nad Labem (République tchèque), etc. Sans omettre les murs virtuels du Web dont
l’accès
nécessite un code pour franchir le portail... Le mur protège moins bien qu’il ne
sépare, il y a
toujours des brèches ou des armes plus sophistiquées pour le franchir. Pourtant cela
n’empêche
7 pas sa multiplication, comme s’il s’avérait plus indestructible symboliquement
qu’il n’est vulnérable
matériellement.
10 Chine - élevée au cours des IIIe et IVe siècles avant Jésus-Christ, longue de
plusieurs milliers de
kilomètres - est visible sur les photographies prises depuis la Lune. Les historiens
s’accordent
pour dire que la plupart des villes se sont dotées de remparts et de portes gardées la
nuit afin
13 d’assurer la paix aux citadins. Le mot «mur» vient du reste du latin murus, qui
désigne
La suprématie de l’armée française permet alors à Louis XIV de bâtir des portes
monumentales sans mur (porte Saint-Martin et porte Saint-Denis), car il n’a aucune
crainte pour
22 la sûreté de la capitale. Les murs qui suivront seront principalement d’octroi (1),
dans la plupart
des villes. Ainsi, à Paris, le mur des Fermiers généraux, dont la construction est
lancée en 1784,
répond avant tout à un motif fiscal. Cette enceinte devait être équipée de portes (ou
barrières)
alors la formule populaire qui circule: «Le mur murant Paris rend Paris murmurant.»
Il est vrai
exiger, dès 1818, un mur protecteur. Ce n’est qu’en 1840, sous l’impulsion
d’Adolphe Thiers, que
31 l’édification d’une nouvelle enceinte est décidée. Elle n’empêchera pas la défaite
face aux
34 Paris, même sans ses fortifications - mais il existe une autoroute périphérique
qui, de fait,
constitue un mur infranchissable pour les piétons entre la capitale et ses banlieues -,
distingue
ce qui lui est intra-muros et extra-muros. Ainsi parle-t-on d’un mur inexistant,
invisible qui
43 Willy Brandt déclare, le jour de son installation: «Die Mauer muss weg!» («Le
Mur doit
disparaître!») Ce n’est que le 9 novembre 1989, presque trente ans plus tard, qu’il
sera
l’histoire de l’humanité.
Ce que dit le mur relève avant tout de la crainte et du repli: je m’enferme afin de
n’être pas
fossés végétalisés ou plus autoritairement de grillages, avec une seule porte gardée
par des
leurs relations par le biais d’une urbanité discriminante: ceux de mon enclave
résidentielle
en aucun cas justifier les édiles de Padoue (Démocrates de gauche) qui, le 10 août
2006, ont fait
ériger un mur d’acier de 84 mètres de long sur 3 mètres de haut, sous protection
policière, afin
64 Melilla (ville espagnole au Maroc), le 28 septembre 2005, essuient des tirs (2);
six sont tués. Un
mur de 3 200 kilomètres de béton que l’administration Bush espère réaliser entre les
Etats-Unis
67 et le Mexique, d’où viennent chaque année quatre cent mille travailleurs illégaux.
Même scénario
ici a le visage de l’Etranger, du migrant, celui qui vient «manger notre pain» et
déstabiliser
70 «notre» société.
Les Américains ont promis aux Irakiens la paix et la démocratie, mais nourrissent
surtout
les oppositions et les tensions. Ils divisent le territoire pour mieux le contrôler, du
moins
73 l’espèrent-ils. Et, à Bagdad, ils montent des murs entre des quartiers à majorité
chiite et des
qu’un «tout» n’est jamais réductible aux «parties» qui le constituent, il est toujours
au-delà et
76 intègre les entre-deux, les liants, les combinaisons hybrides, les contradictions
explicites ou
sourdes, les séparations d’une autre nature que géographique... Le mur exprime
menée à distance.
le fait d’Israël. Des colonies juives avec des remparts, des réseaux de caméras de
surveillance
qui forment un mur virtuel, et la construction d’un véritable mur à partir d’avril
2002, dénommé
fréquemment doublé par des fossés, des barbelés, et qui s’éloigne de la «ligne verte»
de 60 à
88 80 mètres. Il est prévu sur plus de 700 kilomètres. Sa présence perturbe non
seulement les
champs, des villages, des quartiers, en empêchant les flux habituels de travailleurs
palestiniens
91 vers Israël et entre localités palestiniennes, ainsi que les relations familiales.
L’image du mur est évidente: la peur d’autrui. Il s’agit bien sûr du mur à l’échelle
d’un
quartier ou d’un territoire - non du muret qui enclôt le jardin de la maison -, du mur
qui divise,
n’imagine pas non plus que le mur, n’importe quel mur, suggère la liberté, appelle
au départ, à
NOTES:
1. Octroi: droit d’entrée, impôt perçu par certaines municipalités sur les
marchandises de consommation locale.
Louis Sébastien
2 B un architecte concepteur de la rotonde de la Villette
Mercier
Claude Nicolas
4 D un ingénieur et militaire spécialiste du plan en étoile
Ledoux
(5 points)
2. Que s’est-il passé en...?
(5 points)
(5 points)
4. Notez si, selon le texte, les affirmations suivantes sont vraies (V) ou fausses (F).
Notez F ou V dans la colonne de droite marquée d’une flèche.
Des immigrés clandestins ont ouvert le feu pour tenter de franchir la clôture
3
d’enceinte de Melilla au Maroc.
Pour entrer dans un lotissement sécurisé, il faut présenter toutes les garanties
5
nécessaires.
(5 points)
Répondez à chacune des questions suivantes par des phrases complètes en français
formant un paragraphe argumenté d’environ 5 lignes, sans recopier des passages
entiers du texte mais en reformulant la pensée de l’auteur ou en exprimant la vôtre
dans vos propres mots.
5. Le texte évoque cinq murs qui ont existé ou existent sur le site de l’actuel Paris
depuis ses origines. Quels sont-ils? (5 points)
Réponse:
• Quand le jury vous demande de présenter plusieurs exemples tirés du texte, il faut
éviter l’ «effet liste» et présenter votre énumération sous la forme d’un paragraphe
en utilisant des liens logiques.
• Selon le texte, les cinq murs qui ont existé ou existent sur le site de l’actuel Paris
depuis ses origines sont:
1. [Une] «simple palissade en bois, comme en témoignent...., les découvertes
archéologiques du premier site de la future Lutèce» (Paris);
3. «le mur des Fermiers généraux, dont la construction est lancée en 1784»;
4. «une nouvelle enceinte» (muraille) «en 1840, sous l’impulsion d’Adolphe Thiers
(L’enceinte de Thiers)»;
5. «un mur inexistant, invisible»: «une autoroute périphérique qui, de fait, constitue
un mur infranchissable pour les piétons entre la capitale et ses banlieues».
Réponse:
• Encore une fois, quand le jury vous demande de présenter plusieurs exemples tirés
du texte, il faut éviter l’«effet liste» et présenter votre énumération sous la forme
d’un paragraphe.
2. [Un mur] «en pierres avec chemin de ronde et tours» avait une fonction défensive
et de surveillance (rondes de soldats, tours de garde);
3. «le mur des Fermiers généraux, dont la construction est lancée en 1784», mur
d’octroi (collection d’impôts sur les marchandises) qui répond à un motif fiscal;
4. «une nouvelle enceinte» (muraille) «en 1840, sous l’impulsion d’Adolphe Thiers
(L’enceinte de Thiers)», fortification militaire qui n’a cependant pas empêché la
défaite française lors de la guerre franco-prussienne en 1870;
5. «un mur inexistant, invisible»: «une autoroute périphérique qui, de fait, constitue
un mur infranchissable pour les piétons entre la capitale et ses banlieues», qui
«distingue ce qui lui est intra-muros et extra-muros» et sépare donc la population
des banlieues de celle de la capitale.
• Pour répondre à cette question en cinq lignes, une bonne capacité de synthèse est
indispensable.
7. Expliquez le sens de la phrase: «Le mur murant Paris rend Paris murmurant»
(L.27). (2 points)
Réponse:
• Question «d’après le texte», l’une des plus sophistiquées de l’histoire de l’épreuve.
• Le participe présent joue le rôle de verbe dans le mur murant Paris (=le mur qui
mure Paris); dans ce cas, il est invariable.
• On a bien compris que le mur qui mure Paris fait murmurer Paris; cependant, pour
que l’interprétation soit complète, il faut prendre en compte la résonance suggestive
de la phrase.
• Cet effet sonore et rhythmique est une allitération. Cet effet très courant en poésie
et en prose s’obtient par la «répétition des consonnes initiales ou intérieures dans
une suite de mots pour obtenir un effet d’harmonie, de pittoresque ou de surprise»
selon la définition du Larousse.
8. «Faites le mur, pas la guerre» (L.97). Sur le modèle de quel slogan célèbre cette
expression a-t-elle été inventée? Pourquoi ce modèle est-il particulièrement adéquat
ici? Expliquez le jeu de mot fait par l’auteur en tenant compte du sens de
l’expression «faire le mur». (3 points)
Réponse:
• Le modèle de «faites le mur, pas la guerre» est «faites l’amour, pas la guerre»,
traduction en français du slogan pacifiste de la contre-culture des années 1960 aux
États-Unis, «make love, not war», depuis devenu un mot d’ordre contre la guerre en
général.
• Il fallait aussi connaître l’expression «faire le mur», qui veut dire sortir sans
permission en escaladant un mur; quitter la caserne, l’établissement scolaire, le
domicile sans permission et en général sans passer par la porte, comme, par
exemple, dans le cas d’adolescents qui veulent sortir le soir sans que leurs parents le
sachent.
• L’expression «faites le mur, pas la guerre» est donc employée par l’auteur comme
un appel à la rencontre de l’Autre, au plaisir et à la liberté, et, par extension, le refus
«du mur qui divise, oppose, agresse» (L.93-94), «de la crainte» des autres peuples et
«du repli» sur sa propre culture (L.68).
9. On lit à la fin de ce texte la phrase suivante: «Le bâtisseur de mur est un pollueur
d’humanité» (L.95). Qu’est-ce que l’auteur cherche à exprimer par cette formule?
Partagez-vous cette opinion? Justifiez votre réponse. (5 points)
Réponse:
• On vous demande d’expliquer une formule (Le bâtisseur de mur est un pollueur
d’humanité) qui se trouve dans le denier paragraphe, une tirade sur les méfaits de la
ségrégation symbolisée par le mur:
• «L’image du mur est évidente: la peur d’autrui. Il s’agit bien sûr du mur à l’échelle
d’un quartier ou d’un territoire - non du muret qui enclôt le jardin de la maison -, du
mur qui divise oppose, agresse. Il procure une puissance illusoire et retarde la
solution des conflits, l’échange de paroles, la plus élémentaire urbanité».
• Attention à ne pas vous limiter à recopier des phrases du texte; il serait plus
intéressant de les mettre en valeur par votre analyse.
• Mettez en valeur votre explication par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation.
10. Pensez-vous, comme l’auteur, que la négociation d’une frontière ne peut jamais
être menée à distance (L.77-81)? Justifiez votre réponse. (5 points)
Réponse:
11. Selon vous, quel rôle les murs ont-ils le mieux rempli au cours des siècles
passés? Un rôle protecteur ou un rôle répressif? Et aujourd’hui? (5 points)
Réponse:
la peine capitale, se veut dorénavant aux avant-postes de cette grande cause, dont les
1981, lorsqu’elle a aboli la peine capitale, elle était la seule démocratie d’Europe
pays à y renoncer, alors que, aujourd’hui, quelque 130 Etats sont abolitionnistes de
jure ou de facto.
13 Jacques Chirac, qui veut laisser de lui l’image d’un abolitionniste convaincu, a
la dernière minute contre la peine capitale. En février 1981 encore, il était d’avis de
16 laisser les Français décider, en les interrogeant par référendum, ce qui supposait,
sur une
telle question, de réviser la Constitution. Autant dire que, en donnant ainsi la parole
au
peuple, la guillotine aurait encore eu de beaux jours devant elle. Car dans leur
grande
Par une ironie de l’histoire, c’est un repenti qui présentera dans quelques jours,
au nom du gouvernement, le projet de loi voulu par Jacques Chirac: Pascal Clément,
le garde de
22 sceaux (2), qui fut longtemps réfractaire à l’abolition. En juin 1981, modeste
dont l’adoption aurait coupé court au débat voulu par le nouveau président de la
donner la mort pour se défendre.” Sinon, plaidait-il, il faut être logique: “Soyons
pacifistes et refusons d’armer les bras de nos soldats.” A quoi Robert Badinter, le
ministre de la justice,
28 répliqua qu’il en allait (4), à cette heure solennelle, “d’une certaine conception
de l’homme et de la société”.
34 peine capitale lorsque celle-ci a été abolie - dans une proportion de 60% -, elle se
dit
40 suprême contre les auteurs d’attentats terroristes, parmi lesquels Alain Marleix,
le
Certains abolitionnistes ne le sont qu’à demi. Abolitionnistes bien sûr, sauf pour:
selon les peurs du moment. Pour les abolitionnistes de principe, au contraire, c’est
face
aux terroristes, face à la violence aveugle qu’une démocratie affirme le mieux ses
valeurs
En dépit des Le Pen, Villiers ou Marleix, la peine de mort est désormais perçue par
la sagesse des citoyens les aurait instruits contre la peine de mort, qui ne leur semble
55 aujourd’hui ni dissuasive ni morale.
Dans Contre la Peine de Mort (Fayard, 2006), Robert Badinter se dit lui aussi
en février.
1 - barguigner: hésiter
3. Donnez un synonyme aux mots du texte (les verbes sont présentés à l’infinitif). (5
points)
Consignes pour les questions suivantes (5 à 10): Répondez aux questions avec vos
propres mots et par des phrases entièrement rédigées en français. (HUIT LIGNES).
5. Donnez trois éléments du texte qui montrent que la France a longtemps hésité
avant d’abolir la peine de mort. (5 points)
Réponse:
• Quand le jury vous demande de présenter plusieurs exemples tirés du texte, il faut
éviter l’«effet liste», car une énumération n’est pas un paragraphe argumenté.
• (L. 4-10) «La patrie de Voltaire, Hugo et Camus, qui a tardé à abolir la peine
capitale, se veut dorénavant aux avant-postes de cette grande cause, dont les
partisans ne cessent de gagner du terrain partout dans le monde. La France, qui
accueille à Paris du 1er au 3 février le congrès mondial contre la peine de mort, est
un excellent terrain d’observation de cette évolution historique. En 1981, lorsqu’elle
a aboli la peine capitale, elle était la seule démocratie d’Europe occidentale à
l’appliquer encore.»
• (L. 15-19) «En février 1981 encore, il était d’avis de laisser les Français décider,
en les interrogeant par référendum, ce qui supposait, sur une telle question, de
réviser la Constitution. Autant dire que, en donnant ainsi la parole au peuple, la
guillotine aurait encore eu de beaux jours devant elle. Car dans leur grande majorité
les Français étaient opposés à sa disparition.»
• (L. 25-27) «La société», affirmait alors M. Clément, «a le droit de donner la mort
pour se défendre.» Sinon, plaidait-il, il faut être logique: «Soyons pacifistes et
refusons d’armer les bras de nos soldats».
• (L. 42-44) «Certains abolitionnistes ne le sont qu’à demi. Abolitionnistes bien sûr,
sauf pour: les terroristes, les violeurs d’enfants, les meurtriers de vieilles dames ou
de gendarmes, selon les peurs du moment.»
6. Donnez trois éléments du texte qui montrent que les opinions sur la peine de mort
ont considérablement évolué en France. (5 points)
Réponse:
• La patrie de Voltaire, Hugo et Camus, qui a tardé à abolir la peine capitale, se veut
dorénavant aux avant-postes de cette grande cause.
7. Donnez trois éléments du texte qui montrent que la France cherche maintenant à
jouer un rôle moteur pour l’abolition de la peine de mort dans le monde. (5 points)
Réponse:
• La patrie de Voltaire, Hugo et Camus, qui a tardé à abolir la peine capitale, se veut
dorénavant aux avant-postes de cette grande cause.
Réponse:
• Selon le Larousse, inscrit dans le marbre veut dire établi de façon sûre et
définitive. L’expression laisse entendre que la peine de mort en France n’avait pas
encore été abolie de façon irrévocable lors de la parution de l’article, interprétation
confirmée par le titre: «La seconde mort de la peine de mort».
• Voici quelques extraits du texte de l’épreuve où l’on peut trouver des arguments
qui justifient l’analogie formulée par l’auteur:
L.25-32: «La société», affirmait alors [en 1981] M. Clément, «a le droit de donner la
mort pour se défendre.» Sinon, plaidait-il, il faut être logique: «Soyons pacifistes et
refusons d’armer les bras de nos soldats.» A quoi Robert Badinter, le ministre de la
justice, répliqua qu’il en allait, à cette heure solennelle, «d’une certaine conception
de l’homme et de la société» C’est cette conception de l’homme que Jacques Chirac
a avalisée en décidant d’inscrire dans la Constitution le principe selon lequel «nul ne
peut être condamné à la peine de mort». Comme le président de la République,
comme le ministre de la justice, la société française a beaucoup évolué en vingt-cinq
ans.
Pour aller plus loin dans l’interprétation, il faut également saisir la différence entre
seconde et deuxième. Selon le Larousse, l’on doit employer deuxième dans une
énumération de plus de deux éléments, second(e) lorsque l’énumération s’arrête à
deux.
Le texte nous fait savoir que la peine de mort avait été abolie en 1981 (L. 4-10):
«La patrie de Voltaire, Hugo et Camus, qui a tardé à abolir la peine capitale, se veut
dorénavant aux avant-postes de cette grande cause, dont les partisans ne cessent de
gagner du terrain partout dans le monde. La France, qui accueille à Paris du 1er au 3
février le congrès mondial contre la peine de mort, est un excellent terrain
d’observation de cette évolution historique. En 1981, lorsqu’elle a aboli la peine
capitale, elle était la seule démocratie d’Europe occidentale à l’appliquer encore.»
Cependant, à l’époque, l’abolition de la peine de mort n’était soutenue que par une
minorité des Français (L. 15-19):
«En février 1981 encore, il était d’avis de laisser les Français décider, en les
interrogeant par référendum, ce qui supposait, sur une telle question, de réviser la
Constitution. Autant dire que, en donnant ainsi la parole au peuple, la guillotine
aurait encore eu de beaux jours devant elle. Car dans leur grande majorité les
Français étaient opposés à sa disparition.»
«La seconde mort de la peine de mort» s’inscrit dans le contexte de l’année 2007,
tout à fait différent (L. 48-55):
«En dépit des Le Pen, Villiers ou Marleix, la peine de mort est désormais perçue par
les Français comme contraire aux principes républicains.(...) De même que la
démocratie s’est imposée en France comme le mode de gouvernement le plus
rationnel, la sagesse des citoyens les aurait instruits contre la peine de mort, qui ne
leur semble aujourd’hui ni dissuasive ni morale.»
Le titre La seconde mort de la peine de mort veut donc dire que l’auteur espère que,
grâce à l’évolution historique, éthique et politique de la société française, la peine de
mort sera enfin abolie une fois pour toutes.
2006
Características da prova: O candidato devia optar entre francês ou espanhol na prova
da Terceira Fase, como disposto no Edital de 2006, subitem 5.6/subitem 10.3.3: •
5.6 No momento da inscrição, o candidato deverá optar pela segunda língua
estrangeira - Francês ou Espanhol - para efeito de realização da prova da Terceira
Fase.
Lisez attentivement le texte ci-dessous, puis suivez les consignes indiquées pour
répondre à chacune des 4 premières questions.
Manifs de France
C’est bien dit, mais insuffisant. On ne va tout de même pas laisser le dernier mot à
la presse étrangère! En réalité, la manifestation est consubstantielle à la République
française. Donc impénétrable aux regards extérieurs. On se moque à peine... La 15
première manifestation de l’histoire moderne en France remonte au 14 juillet 1790,
lorsque le peuple parisien convergea vers l’esplanade du Champs-de-Mars pour
célébrer le premier anniversaire de la prise de la Bastille. Manif mémorable: on
bivouaqua sur place, on pique-niqua. Cent soixante mille personnes étaient assises.
150 000 debout, et 50 000 hommes défilèrent en armes. Les chiffres sont de la
responsabilité de l’historien 20 Jules Michelet (1798-1874).
A partir de ce jour, il y eut deux sortes de manifestations: les festives et les
contestataires (on caricature par souci d’efficacité). Les festives correspondent à ces
rares moments d’union et de ferveur nationale qui ponctuent notre histoire: manifs
de la Victoire (1918), de la Libération (1944), du bonheur (8 mai 1945).
25 Pour le reste, les manifestations ont le plus souvent pris l’allure (5) de longs
cortèges revendicatifs sur fond de pompes funèbres. Pour contourner l’interdiction
de se rassembler, les républicains avaient pris l’habitude au XIX ème siècle de
suivre les obsèques de figures emblématiques de leur cause. Citons pour mémoire
les enterrements des généraux Foix et Lamarque (1825 et 1832) ou encore du
journaliste 30 Victor Noir (1869), tué en duel par le prince Pierre Bonaparte. A
chaque fois, des foules de plusieurs dizaines de milliers de personnes se
retrouvaient. C’était le temps des manifs en noir. Le temps du défi.
Depuis, tout s’est compliqué. Sinon inversé. A partir de 1995, les Français ont
littéralement réinventé l’art de manifester. D’abord, on ne revendique plus; on
défend 40 des droits acquis. On ne défile plus pour soi, mais pour les autres. Du
moins le dit-on.
Ensuite, la manifestation a quitté le champ purement social. Elle est tantôt un coup
de 45 semonce (6) à l’adresse du pouvoir, tantôt un lever de rideau électoral. Elle
joue le rôle d’une Cour suprême populaire dont la vocation ultime est de censurer
les lois qui ne lui agréent pas. Changement proprement révolutionnaire. La manif
s’est muée en acte politique majeur. Le législateur vote la loi, elle peut dévoter. Le
président de la République promulgue, elle abroge. Ce n’est pas rien. C’est made in
France.
1. décrypter: déchiffrer
3. scander: rythmer
3. Donnez un synonyme aux mots du texte (L. = ligne du texte ci-dessus). (5 points)
4. Notez si, selon le texte, les affirmations suivantes sont vraies (v) ou fausses (f)
↓
1 Les manifestations en France ont commencé en mai 1968
L’enterrement des généraux Foix et Lamarque eut lieu dans la plus stricte
2
intimité
Vous devrez répondre aux questions suivantes (5 à 8) par des phrases complètes en
français (cinq lignes).
• Voici le premier exemple historique donné par Laurent Greilsamer: «La première
manifestation de l’histoire moderne en France remonte au 14 juillet 1790, lorsque le
peuple parisien convergea vers l’esplanade du Champs-de-Mars pour célébrer le
premier anniversaire de la prise de la Bastille. Manif mémorable: on bivouaqua sur
place, on pique-niqua».
6. Expliquez à quoi correspond «le temps du défi» dans l’histoire des manifestations
françaises? (5 points) Réponse:
• Attention à la mise en rapport des temps verbaux dans votre réponse: on vous
demande de faire référence au passé («le XIXème siècle»).
• «Pour contourner l’interdiction de se rassembler, les républicains avaient pris
l’habitude au XIXème siècle de suivre les obsèques de figures emblématiques de
leur cause. Citons pour mémoire les enterrements des généraux Foix et Lamarque
(1825 et 1832) ou encore du journaliste Victor Noir (1869), tué en duel par le prince
Pierre Bonaparte. A chaque fois, des foules de plusieurs dizaines de milliers de
personnes se retrouvaient. C’était le temps des manifs en noir. Le temps du défi».
7. «Le législateur vote la loi, [la manif] peut dévoter»: qu’entendez-vous par cette
expression? (5 points) Réponse:
• Vous n’ êtes pas obligé d’être d’accord avec l’auteur, mais ignorer son opinion
exprimée dans le dernier paragraphe peut donner au jury l’impression que vous
n’avez pas bien compris le texte.
• Mettez en valeur votre argumentation par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation, avec une conclusion pertinente, avec vos propres mots.
8. Montrez, en vous appuyant sur le texte, quels sentiments animent l’auteur dans sa
critique des nouvelles manifestations à la française. (5 points) Réponse:
• Le jury vous invite à expliquer les aspects subjectifs de la critique des nouvelles
manifestations à la française avancée par l’auteur.
• Vous pouvez reprendre les mots qui expriment un profond sentiment national dans
le texte: • «En réalité, la manifestation est consubstantielle à la République
française. Donc impénétrable aux regards extérieurs»; «Les festives correspondent à
ces rares moments d’union et de ferveur nationale qui ponctuent notre histoire»; «A
partir de 1995, les Français ont littéralement réinventé l’art de manifester»;
«Changement proprement révolutionnaire. La manif s’est muée en acte politique
majeur».
• Mettez en valeur votre explication par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation.
9. Résumez le texte ci-dessus avec vos propres mots. Vous pouvez reprendre
quelques mots-clés mais il vous est interdit de recopier des passages du texte. Votre
résumé comportera un minimum de 30 mots et un maximum de 50 mots. (10 points)
Réponse:
• La consigne est claire, on vous demande tout simplement de résumer le texte sans
avoir recours à la copie.
• Voici une opportunité de montrer que vous avez bien compris quelles sont les idées
les plus importantes de l’auteur.
8 «Nous avons une histoire commune, cette histoire a créé des affections, mais aussi
des souffrances et des blessures», a-t-il souligné. «Quand des fautes sont commises,
tout le monde doit les regarder en face» M. Delanoë a rappelé les paroles de
l’ambassadeur de France, qui constatait en parlant de «tragédie inexcusable».
12 «Il faut poursurvivre sur ce chemin», a-t-il souligné, rappelant qu’il avait fait
mettre en place à Paris une plaque à la mémoire des Algériens jetés à la Seine le 17
octobre 1961 - «et je l’ai changée chaque fois qu’elle a été abîmée» - et baptiser une
place au nom de Maurice Audin, mort en 1957, en pleine guerre d’Algérie, sous la
torture des militaires français.
16 «Le fait colonial est injuste, ce qui est juste, c’est un peuple libre», a dit encore le
maire de Paris, pour qui «un peuple ne peut accéder a l’égalité avec un autre que par
l’indépendance». «Quand Willy Brandt s’est mis à genoux pour demander pardon au
nom de l’Allemagne, il a grandi l’Allemagne», a-t-il jugé: «On ne s’abaisse pas
quand on reconnaît ses fautes».
20 Interrogé par des journalistes sur l’éventualité d’un «acte fort» de Jacques
Chirac, il a estimé que la question était «pertinente». «Mais, a-t-il ajouté, je ne vais
pas faire la leçon au président de la Republique, c’est sa responsabilité».
24 Les déclarations du maire de Paris à Alger ne sont sans doute pas étrangères au
début de la polémique qui a éclaté en France au mois de février dernier. En effet, le
23 février, le Parlement français votait une loi dont un des articles demandait que les
programmes scolaires «reconnaissent en particulier le rôle positif de la présence
française outre-mer».
28 Peu de temps après avoir été votée, cette loi a provoqué de vigoureuses
protestations, notamment d’historiens et d’enseignants, pointant «le mensonge
officiel sur des crimes, sur des massacres allant parfois jusqu’au génocide».
Le Monde, 25.04.2005
4. Notez si, selon le texte, les affirmations suivantes sont vraies (v) ou fausses (F).
(5 points)
Ce sont uniquement les historiens et les enseignants qui ont protesté contre la loi
2
votée par le parlement le 23 février.
5. «C’est mon sentiment de citoyen» (L.4). Expliquez, en vous appuyant sur le texte,
ce sentiment éprouvé par Bertrand Delanoë. (5 points) Réponse:
• Vous pouvez reprendre les idées qui expriment un sentiment anti colonisatio• dans
le texte: • «Pour moi, la colonisation n’est pas un fait positif, «des sociétés civilisées
ne sont civilisées que si les peuples sont égaux»; «Nous avons une histoire
commune, cette histoire a créé des affections, mais aussi des souffrances et des
blessures»; • «Quand des fautes sont commises, tout le monde doit les regarder en
face»; • «tragédie inexcusable»; • «Le fait colonial est injuste, ce qui est juste, c’est
un peuple libre».
• Attention à ne pas vous limiter à recopier des phrases du texte; il serait plus
intéressant de les mettre en valeur par votre analyse.
• Mettez en valeur votre explication par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation.
6. Pourquoi d’après vous, la plaque fixée à la mémoire des Algériens jetés à la Seine
en 1961 est-elle de temps en temps abîmée? (5 points) Réponse: • Question mixte:
types «D’après vous» + «Mobilisation de connaissances hors texte».
• Voici une opportunité de prendre parti au sujet du vandalisme qui a pour cible la
mémoire des Algériens jetés à la Seine en 1961.
• Il fallait expliquer que la loi du 23 février 2005 «demandait que les programmes
scolaires «reconnaissent en particulier le rôle positif de la présence française outre-
mer»».
• Il fallait citer dans votre réponse que les historiens et les enseignants se sont
opposés • Au «mensonge officiel sur des crimes, sur des massacres allant parfois
jusqu’au génocide»; • A l’ «imposition d’une histoire officielle, contraire à la
neutralité scolaire et au respect de la liberté de pensée qui sont au cœur de la
laïcité».
• La consigne est claire, on vous demande tout simplement de résumer le texte sans
avoir recours à la copie.
• Voici une opportunité de montrer que vous avez bien compris quelles sont les idées
les plus importantes de l’auteur.
4. Exercices
1. Exercices du type «D’après vous”
«Je parle une autre langue: qui suis-je?” Dans L’Arbre à dires, Mohammed Dib
ouvre une interrogation fondamentale: changer de langue, est-ce changer d’identité,
ne plus être soi, devenir autre? De quelle identité s’agit-il, de quelle élaboration
multiple: historique? sociale? culturelle? familiale? individuelle?
Pour certains, quitter définitivement le pays natal, c’est devoir abandonner avec son
territoire celui de la langue, dans une volonté de rupture avec le passé, en particulier
pour des raisons politiques. Le changement d’identité linguistique s’impose alors,
tout comme l’installation en France répond le plus souvent à un choix revendiqué de
démocratie et de culture.
Pour d’autres, le français comme langue d’écriture de l’exil politique est bien plus
qu’un nouvel ancrage: c’est une force de libération idéologique. Atiq Rahimi,
écrivain et cinéaste, né en 1962 à Kaboul (en Afghanistan) et réfugié politique en
France en 1984, s’en explique à propos de Syngué sabour, Pierre de patience, son
premier roman écrit en français: «Ma langue maternelle, le persan, m’impose des
tabous, des interdits. La langue maternelle dit l’intime, c’est elle qui nous apprend la
vie, l’amour, la souffrance, elle qui nous ouvre au monde. C’est aussi la langue de
l’autocensure. […] Avec le français, j’étais libéré de tonnes de contraintes affectives.
Jusqu’en 2002, quand je suis retourné dans mon pays après dix-huit ans d’exil,
j’étais incapable d’écrire en français. Je retrouve donc mon pays, ma culture, ma
langue, et là, mystère, je ne pouvais plus écrire en persan.” Le français, pour
l’écrivain afghan, instaure une distanciation libératrice avec les interdits.
Martine PAULIN. Hommes & Migrations 2010/6 (n. 1288). Texte adapté.
http://www.cairn.info/revue-hommes-et-migrations-2010-6-page-118.htm
1. Commentez le rôle de la langue du colonisateur comme «l’instrument d’une
profonde blessure identitaire autant que politique».
L’Union européenne est comme un rêve étrange que nous avons fait; il s’agissait de
façonner et de ciseler un ensemble de valeurs politiques pour l’insérer dans un
système complexe qui devait placer les valeurs humaines, la richesse culturelle et
l’idée d’égalité au centre même de nos préoccupations. Il s’avère que l’Union
européenne, en tant que système, pouvait résister à tout sauf à une crise. A présent,
sous la pression d’une crise financière, les pays n’ont plus qu’une seule certitude:
que leurs propres frontières et leurs propres intérêts comptent davantage que le bien
collectif. Le sens commun s’est orienté vers les vieilles monnaies et les barrières
commerciales. Sous la pression, nos loyautés vont aux Etats-nations, alors même
que nos banques fonctionnent selon un nouvel agencement mondial. L’argent circule
libre comme l’air, poussé ça et là par le vent, dérégulé, instable, incertain. Ce sont
les idées qui sont restées verrouillées. Et, avec les idées, les identités.
Cela étant, [les dirigeants européens] ont apporté certains changements formidables.
Nous pouvions franchir les frontières intérieures sans faire tamponner nos
passeports et sans être jamais contrôlés sur les routes. Nous pouvions échanger des
marchandises sans payer de droits de douane, dans la plupart des cas. Nous
pouvions vivre et travailler où bon nous semblait en Europe. J’ai été ravi que
l’Europe de l’Ouest englobe les pays de l’Est après 1989. J’ai adoré l’idée que
l’Europe allait devenir un ensemble de villes plutôt qu’un ensemble d’Etats, parce
que nos villes, avec les idées et les images qui s’y déploient, étaient notre grande
création. J’ai adoré l’idée que les concepts de nationalité et de nationalisme allaient
appartenir à un rêve du XIXe siècle et à un cauchemar du XXe, à présent fini. J’ai
même adoré l’euro à sa naissance, j’ai été fier que l’Irlande l’adopte d’emblée. J’ai
adoré les nouveaux décrets européens sur l’environnement, j’ai adoré la
dérégulation des transports aériens. J’ai même cru que l’Europe allait bientôt avoir
un poids dans le monde, que notre concept des droits de l’homme allait s’imposer
comme l’euro et marquer la différence avec ce qui se pratique en Chine ou au
Moyen-Orient.
Selon vous, que veut dire Colm Tóibín par «les tableaux, les livres, les idées, les
chansons, les symphonies, les grands musées et galeries, bibliothèques et édifices
publics qui fardent notre culture»?
c. Géopolitique: la puissance
Le terme de puissance est synonyme de pouvoir. Les langues anglaise avec power
ou allemande avec Macht utilisent d’ailleurs le même mot. En géopolitique, comme
dans les relations internationales, la notion de puissance fait le plus souvent
référence à des États mais aussi à d’autres acteurs sont dotés d’une puissance
indéniable, notamment les institutions financières, les firmes transnationales ou les
organisations non gouvernementales majeures, pour ne pas parler des organisations
criminelles.
S’inspirant de Raymond Aron, Serge Sur écrit: «On définira la puissance comme
une capacité - capacité de faire; capacité de faire faire; capacité d’empêcher de faire;
capacité de refuser de faire.»
Les puissances n’hésitent pas à utiliser également le hard power, par exemple sous
la forme d’un tapis de bombes en 2003 sur l’Irak après avoir prétexté de la menace
d’armes de destructions massives qui n’ont jamais été trouvées. En 2009, la
secrétaire d’Etat Hillary Clinton prétend mettre en place une politique extérieure
dite du smart power, la puissance intelligente. La problématique consistait à
restaurer l’image des Etats-Unis dans le monde. Soft, hard ou smart, il s’agit
toujours de power…
S’il est facile de comprendre et d’admettre que la puissance d’hier n’est pas celle
d’aujourd’hui, il est plus déstabilisant de réaliser que la puissance d’aujourd’hui
n’est très probablement pas celle de demain. Qui aurait deviné, il y a vingt ans, que
le revue Politique étrangère publierait durant l’été 2012 un numéro intitulé:
«Internet, outil de puissance»? Il s’agit à la fois d’outils de dissémination et de
collecte - parfois secrète - de l’information. C’est bien le signe qu’apparaissent de
nouveaux facteurs de la puissance. C’est encore la preuve de notre difficulté à
identifier les signaux qui construisent le monde de demain sous nos yeux.
La hiérarchie des puissances est fortement déterminée par les conditions techniques
dominantes mais elle dépend aussi de la perception que les autres acteurs en ont. Le
facteur temps joue ici un rôle parce qu’après avoir longtemps admis la puissance
d’un acteur les autres peuvent progressivement s’apercevoir que «Le roi est nu» et
contester sa domination.
1. Que pensez-vous des tendances actuelles au sujet de la puissance des acteurs non
étatiques?
5
2. Êtes-vous d’accord avec l’auteur au sujet de son analyse de la notion de smart
power?
d. La Russie et le Moyen-Orient
L’histoire russe est marquée par une volonté de reconnaissance par l’Autre
occidental et de modernisation sur son modèle. Cette identification à la civilisation
occidentale explique la tendance historique de la Russie à rechercher la coopération
de l’Occident, et en particulier des nations européennes. Moscou s’est ainsi attaché à
développer ses relations avec l’Europe et a combattu à ses côtés dans de multiples
conflits, dont la première guerre nordique contre la Suède (1655-1660), la guerre de
Sept Ans contre la Prusse (1756-1763), la guerre contre la France napoléonienne, les
Première et Seconde Guerres mondiales et, plus récemment, la «guerre contre le
terrorisme».
Nation chrétienne, la Russie a pourtant noué des liens forts avec les populations
musulmanes d’Eurasie. C’est entre chrétiens et musulmans que les relations étaient
les plus difficiles, mais la Russie a peu à peu appris à cohabiter avec l’islam. De fait,
à compter de la seconde moitié du XIXe siècle, les penseurs russes ont commencé à
remettre en question leur tropisme européen pour se tourner vers l’Est, vu non plus
comme un territoire arriéré mais comme une source d’enseignements utiles. À la
suite de l’humiliante défaite russe en Crimée, certains philosophes réticents vis-à-vis
de l’Europe soutiennent que la Russie constitue un «type historico-culturel
spécifique», étranger à la civilisation européenne. Au début du XXe siècle, des
intellectuels émigrés élaborent la théorie d’une Russie comme civilisation
essentiellement non européenne, mais «eurasienne» - théorie encore influente
aujourd’hui.
il reste des défis importants et centraux pour l’État et la société brésilienne. Le pays
est encore classé au 85e rang de l’Indice de développement humain des Nations
unies, avec des faiblesses qui doivent être dépassées dans les domaines de la santé et
de l’éducation. Des goulets d’étranglement liés à l’infrastructure et à l’efficience
productive persistent. Le pays doit aussi franchir une étape qui lui permette d’arriver
à des niveaux d’innovation technologique avancés.
Ce que l’on peut observer dans les actions extérieures des autorités brésiliennes
traduit exactement les besoins et intérêts du pays à affirmer une volonté d’influer
dans l’organisation d’une nouvelle dynamique internationale qui favorise son
objectif majeur. D’où l’intense activité, dans les dix dernières années, de la
diplomatie brésilienne, qui ne se limite pas à des thèmes spécifiques ou
géographiquement déterminés. On note dans l’activisme extérieur brésilien
précisément l’intérêt à agir en tant qu’acteur mondial, intégré dans les débats sur les
principaux sujets de l’agenda international.
L’Atlantique Sud est l’autre côté de cette frontière brésilienne. C’est sur cet océan
que circule la plus grande partie du commerce extérieur brésilien. Depuis son
plateau continental vient également presque toute la production de pétrole du pays,
qui augmentera une fois qu’aura débuté l’exploitation des grands gisements du «pré-
sel». La protection de cette zone est au cœur, par exemple, de l’initiative de pays
sud-américains et de l’ouest africain de créer, dès les années 1980, une Zone de paix
et de coopération de l’Atlantique Sud (ZOPACAS). La dimension sud-atlantique
encourage, de plus, le rapprochement du Brésil et de l’Afrique, continent auquel il
est aussi attaché par des liens historiques et culturels.
Ce qui peut être perçu dans l’action brésilienne est la traduction de ce principe
d’autonomie dans la recherche de la multiplication et de la diversification des
relations, de façon à éviter la dépendance à un seul pays ou petit groupe de pays.
Les politiques de coopération sud-sud ne sont pas pour autant en contradiction avec
les alliances traditionnelles. Si c’était le cas, ces initiatives iraient en sens inverse à
la stratégie même de la politique étrangère brésilienne, d’élargir les échanges avec le
monde entier, afin de donner plus d’élan au développement national.
http://www.diploweb.com/La-politique-etrangere-bresilienne.html
À votre avis, quelle est l’importance du Livre Blanc sur la politique étrangère
brésilienne dans le contexte de la diplomatie nationale?
5
2. Exercices du type «D’après Le texte”
a. La situation géographique
Les mers fermées posent un problème particulièrement ardu: s’agit-il de lacs salés
ou de mers? Par exemple, les États riverains - Kazakhstan, Turkménistan, Iran,
Azerbaïdjan, Russie - se disputent la mer Caspienne (380 000 km2), riche en
hydrocarbures et en caviar. Selon le statut juridique retenu, le partage n’est pas le
même: s’il s’agit d’une mer, la règle des zones économiques exclusives s’applique.
Sinon, le droit des lacs limite la souveraineté aux eaux territoriales, le reste étant
considéré comme bien commun et faisant l’objet d’un partage.
La puissance d’un État non-enclavé passe en partie par la maîtrise maritime, comme
l’avait compris l’amiral américain Mahan à la fin du XIXe siècle. Outre les
richesses auxquelles elle donne accès, la mer est également un espace de projection
des forces. La politique de la Chine illustre cette règle: Pékin affirme sa
souveraineté - contestée - en mer de Chine du Sud, tant pour contrôler les matières
premières qui s’y trouvent, que pour sécuriser une voie d’approvisionnement vitale.
La montée en puissance de la flotte de guerre et des forces aéronavales chinoises
accompagne et soutient ces revendications. La capacité navale des États-Unis
domine celles de tous les autres pays réunis, ce qui n’est pas le moindre outil de la
puissance américaine. Après vingt ans d’absence, la flotte russe revient en
Méditerranée et Moscou ne cache pas qu’il s’agit d’un moyen (parmi d’autres), de
réaffirmer sa puissance.
Il existe également des passages maritimes, naturels (détroit de Gibraltar entre mer
Méditerranée et océan Atlantique, cap de Bonne-Espérance entre océan Atlantique
et Océan Indien, détroit de Magellan entre océan Atlantique et océan Pacifique,
principalement) ou artificiels (canal de Suez entre mer Rouge et mer Méditerranée,
canal de Panama entre océan Atlantique et océan Pacifique, notamment). Tous
constituent des enjeux essentiels puisque les hommes et les richesses circulent par la
voie maritime.
Cette difficulté à «nommer» le sous-continent a été aussi soulignée par Octavio Paz:
«Voici plus de deux siècles que les équivoques s’accumulent sur la réalité historique
de l’Amérique latine. Même les noms qui prétendent la désigner sont inexacts:
Amérique latine, Amérique hispanique, Ibéroamérique, Indo-amérique? Chacun de
ces noms laisse dans l’ombre une partie de la réalité. Infidèles aussi, les étiquettes
économiques, sociales et politiques..., «sous-développement»,...«Tiers Monde»...
Nous les Latinoaméricains, nous parlons l’espagnol ou le portugais; nous sommes
ou avons été chrétiens; nos coutumes, nos institutions, nos arts et nos littératures
sont directement issus de ceux de l’Espagne et du Portugal».
Durant toute l’époque coloniale, l’expression «Amérique latine» est ignorée des
chroniqueurs. Le nouveau continent, baptisé «Amérique» par Mathias Ringman dès
1512, devient aussi le «Nouveau Monde» (par exemple sous la plume de Michel de
Montaigne), et plus souvent les «Indes», ou «Indes occidentales». Par la suite, aux
XVIIe-XVIIIe s., le «Nouveau Continent» (une expression favorite du savant
allemand Alexandre de Humboldt) était indifféremment nommé: «Empire espagnol
d’Amérique», «Amérique espagnole» et «Amérique portugaise»
Ces formulations perdurèrent durant tout le XIXe siècle, jamais supplantées par
l’expression «Amérique latine», qui fait son apparition sous le Second Empire. On
sait que Napoléon III, désireux de s’opposer à la «Manifest Destiny» et à la
Doctrine de Monroe, avait lancé vers le Mexique la malheureuse expédition de
Maximilien (1862/65). Mais jusque dans l’ Entre--deux-guerres, cette expression
politico-culturelle d’origine française «Amérique latine» ne fit pas recette. Dans
leurs Géographies Universelles, Elisée Reclus (1875-94) et Vidal La Blache (1927)
deux géographes de culture française, avaient préféré des définitions spatiales:
«Amérique du Sud», «Mexique» ou «Amérique centrale».
Certes, l’expression «Amérique latine» est claire dans son opposition à l’Amérique
«anglo-saxonne». Mais au delà de la commodité du mot, on peut s’interroger sur
son adéquation à la «réalité intrinsèque» de l’objet qu’elle désigne. Car depuis un
siècle, les «nations latines» ont évolué; ou plus précisément, la conscience qu’ont de
leur histoire les «Latinos» s’est approfondie: ils prennent la mesure de la complexité
de leurs racines, des 35.000 ans d’héritage indigène (et non pas indien!), des trois
siècles et demi de colonisation, des flux de peuplement venus de tous les horizons,
Afrique noire, Europe latine et germanique, Moyen Orient, Inde, Japon... Quelle est
l’expression juste qui pourrait donner sens à cet insaisissable objet? Un bref retour
vers le passé «latino-américain» suggère la complexité des racines, et par
conséquent, de l’identité d’un continent quasiment... innommable.
5
2. Commentez l’évolution historique de l’expression «Amérique latine» selon les
idées présentées dans le texte.
«Le monde, dit-on parfois, a besoin d’un nouveau rêve américain. N’est-il pas
temps pour les Européens d’assumer leur histoire récente sans introspection
permanente, de se convaincre de la validité de leur singularité et de leur modèle?»
Michel FOUCHER
Michel Foucher se préoccupe non pas tant de l’image qui est renvoyée que de
l’identité qui doit se construire, d’autant plus que l’UE perçoit ses valeurs non
comme les siennes propres mais comme appartenant à l’Occident (attachement fort
à la démocratie et aux droits de l’Homme notamment).
Selon Michel Foucher, l’UE aura les limites qu’elle se donnera en fonction de la
façon dont ses citoyens se la représentent: une communauté de valeur dans un
marché libre ou bien un ensemble fondamentalement politique? Loin de donner une
réponse tranchée, l’auteur projette ces interrogations sur deux grands voisins de
l’UE, la Russie et la Turquie, avant d’en livrer son analyse.
Quant à la Russie, elle fut admise au Conseil de l’Europe en 1996 dans l’espoir
d’encourager les progrès démocratiques. Pour autant, la Fédération de Russie ne
revendique pas sa candidature, à la fois du fait des critères d’adhésion, du partage
des compétences mais également de son immense taille. Une fois cette question
traitée, reste à savoir quel genre de partenariat est à établir avec la Russie. Or, sur ce
point, la position des Etats-membres de l’Union européenne diverge complètement.
Pour les Etats Baltes ainsi que la Pologne et la République Tchèque, la Russie est
une menace que seule l’OTAN peut véritablement tenir à l’écart. D’un autre côté,
l’Italie, la Grèce, l’Autriche et la Bulgarie ont des rapports plus courtois car plus
intéressés, notamment en matière énergétique et financière. Enfin de nombreux
Etats fondateurs entretiennent une collaboration économique, technologique et
stratégique poussée avec la Fédération de Russie.
Insatisfaite de son identité, indécise sur ses frontières, l’Union européenne semble
mal partie pour s’imposer sur la scène internationale. Et pourtant, selon Michel
Foucher, elle a toute ses chances. N’est-elle pas en effet le premier marché au
monde? Certes elle nécessite de profondes réformes. Cependant, l’UE ne doit pas
s’arrêter là et une politique d’influence plus large que la simple sphère économique
est à développer: le climat, de l’Etat de droit ainsi que des droits de l’Homme en
sont autant d’exemples.
Une autre approche doit être développée: les anciennes puissances impériales
doivent utiliser leurs liens historiques (la France avec l’Afrique, l’Espagne avec
l’Amérique latine, l’Allemagne avec la Turquie, le Royaume-Uni avec l’Inde) pour
mettre en commun leurs ressources. En Afrique, les Etats européens les plus
engagés (Royaume-Uni, France, Allemagne, Italie, Belgique, Espagne, Portugal)
devraient concevoir et engager avec certains Etats africains des programmes
d’actions à long terme, faute de quoi ils perdraient définitivement la main face à des
puissances émergentes qui investissent ce continent. Pour l’Amérique latine et
l’Asie du sud des partenariats stratégiques ont été lancés (Inde en 2004, Brésil en
2007, Mexique en 2008).
Borne: point au-delà duquel ne peuvent aller ou s’étendre une action, une influence,
un état, etc.
Limite: Ligne séparant deux pays, deux territoires ou terrains contigus: Le Rhin
marque la limite entre les deux pays.
http://www.diploweb.com/M-Foucher-L-Europe-et-l-avenir-du.html
1. Dans le contexte des relations de voisinage entre la Turquie et l’Union
européenne, que veut dire Michel Foucher par «distinction entre limite et borne»?
«L’Europe ne peut accueillir toute la misère du monde mais elle doit en prendre sa
part.» Michel Rocard
Les médias se focalisent sur les drames de la mer et les boat people, avec le
naufrage dans la nuit du 18 au 19 avril 2015 d’un bateau de pêche entraînant la mort
de plus de sept cents personnes. Ce drame fait suite à la noyade de quatre cents
personnes le 12 avril. On ne peut évidemment qu’être scandalisé par ces naufrages
et par la faillite, la passivité et l’indifférence des Européens vis-à-vis des naufragés
alors que la priorité est de sauver des vies humaines. Le débat est largement pollué
par des considérants électoraux, la montée du populisme et de mouvements
xénophobes en Europe. Les termes de migrants sont confondus avec ceux de
réfugiés et le droit d’asile fait place à des mesures répressives. L’arsenal juridique
mis en place au niveau international et européen ainsi que l’ensemble des politiques
mises en œuvre notamment au niveau européen sont peu ignorés alors que l’histoire
bégaye en partie tout en étant caractérisée par de nouveaux drames. Comment croire
que les zones de conflits et les divers trafics qui les accompagnent, n’auraient pas
d’impact sur l’Europe alors qu’elle a 90 000 kilomètres de frontières avec les pays
du Sud? Les conflits sont générateurs d’activités illicites. Au niveau mondial, les
trafics humains sont devenus une activité florissante.
Il faut également intégrer les nouvelles interdépendances entre le Nord et le Sud qui
remettent en question les frontières. Le dispositif de l’Union européenne, qui
différencie l’Afrique subsaharienne, l’Afrique du Nord et le Moyen Orient, n’est
plus adapté. Le chaos libyen a rétroagi sur l’ensemble des pays du Sahel et sur
plusieurs pays du Maghreb/Machrek. La Libye, qui était à l’époque de Mouammar
Kadhafi un filtre, est devenue un «aspirateur» de clandestins et de demandeurs
d’asile en Europe. Les conflits de la Syrie, de l’Irak, de l’Erythrée ou de la Somalie
ont conduit à une explosion du nombre de réfugiés. L’absence de contrôle des
territoires a favorisé l’explosion des réseaux de trafics humains qu’ils soient
contrôlés par les Touaregs ou les Toubous au sein de l’arc sahélo/saharien ou par des
passeurs appartenant à des réseaux mafieux. Les trafiquants sont liés notamment à
l’organisation de l’État islamique et à leurs exactions contre les réfugiés chrétiens,
éthiopiens ou érythréens.
Les réponses à apporter à ces différents problèmes sont bien connues: agir dans
l’urgence et porter assistance à personne en danger en se mobilisant pour sauver des
vies humaines, respecter le droit international, ne pas se voiler la face, prendre en
compte les responsabilités des puissances qui ont participé aux chaos en Irak, en
Libye ou en Syrie, remplacer la peur de l’autre par l’assistance et la solidarité,
mutualiser l’accueil des réfugiés par une responsabilité partagée et ne pas se
cantonner au rôle de surveillance des côtes de la Méditerranée, mettre en place une
opération Mare nostrum Europe. Plus fondamentalement, il faut agir en amont sur
les causes des conflits, sur les trafics, sur les différentiels de niveau de
développement ou les questions de gouvernance au Sud.
Il importe également de prendre en compte les perspectives futures qui ne pourront
qu’accentuer la pression migratoire avec l’accroissement du différentiel
démographique entre l’Europe et l’Afrique, avec les réfugiés climatiques et les
limites à la migration Sud/Sud accentuant une migration Sud/Nord. Dans un
contexte de vulnérabilité économique et environnementale, d’arbitraire politique et
d’insécurité, les pressions migratoires seront de plus en plus fortes de la part de
jeunes prêts à payer jusqu’à 5 000 euros le périple et à risquer leur vie. Les Etats
européens ne peuvent se replier sur des frontières nationales qu’en perdant de la
puissance et de la richesse et en accentuant les tensions internes
http://www.iris-france.org/les-drames-de-la-mediterranee-entre-compassion-
xenophobie-et-politique-de-lautruche/
5
2. Résumez les enjeux pour l’Europe en ce qui concerne les migrations et les
politiques migratoires.
Il s’agit d’une nouvelle phase de l’histoire humaine. Chaque époque est caractérisée
par l’apparition d’un ensemble de nouvelles possibilités concrètes qui modifient les
équilibres préexistants et cherchent à imposer leur loi. Cet ensemble est systémique:
nous pouvons donc admettre que la globalisation constitue un paradigme pour la
compréhension des différents aspects de la réalité contemporaine.
Aujourd’hui, les objets culturels ont tendance à devenir chaque fois plus techniques
et spécifiques, et sont délibérément fabriqués et localisés pour mieux répondre aux
objectifs préalablement arrêtés. Quant aux actions, elles tendent à être de plus en
plus rationnelles et concertées. Devenus des objets géographiques, les objets
techniques sont d’autant plus efficaces qu’ils sont adaptés aux actions visées,
qu’elles soient économiques, politiques ou culturelles.
Le milieu scientifico-technico-informationnel
Les espaces ainsi requalifiés répondent surtout aux intérêts des acteurs
hégémoniques de l’économie et de la société et sont de cette façon incorporés de
plain-pied aux courants de globalisation.
Actuellement, malgré une diffusion plus rapide et plus étendue qu’aux époques
précédentes - les nouvelles variables, ne se répartissent pas uniformément à l’échelle
de la planète. La géographie ainsi recréée est, encore, inégalitaire.
Ce sont des inégalités d’un type nouveau, et par leur constitution, et par leurs effets
sur les processus productifs et sociaux. Du point de vue de la composition
quantitative et qualitative des sous-espaces (apports de la science, de la technologie
et de l’information), il y aurait des aires de densité (des zones «lumineuses»), des
aires pratiquement vides (des zones «opaques») et une infinité de situations
intermédiaires, chaque combinaison étant en mesure de supporter les différentes
modalités de fonctionnement des sociétés concernées.
C’est dans ce milieu que viennent s’implanter, à la campagne comme à la ville, les
productions matérielles ou immatérielles caractéristiques de l’époque. En une
formule, nous pourrions dire que les actions hégémoniques se mettent en place, se
réalisent et ont pour objet des objets hégémoniques. Comme dans un système de
systèmes, le reste de l’espace et le reste des actions y collaborent.
Ces nouveaux sous-espaces sont donc plus ou moins capables de rendre rentable une
production donnée. Nous pouvons parler de productivité spatiale, notion qui
s’applique à un lieu, mais en fonction d’une activité ou d’un ensemble d’activités.
Cette catégorie tient davantage de l’espace productif que de l’espace produit. Sans
minimiser l’importance des conditions naturelles, ce sont les conditions
artificiellement créées qui priment, en tant qu’expression des processus techniques
et des repères spatiaux de l’information.
http://www.gemdev.org/publications/cahiers/pdf/20/Cah_20_Santos.pdf
1. Comment l’auteur définit-il l’espace géographique?
On sait bien que l’héritage du tracé des frontières internationales par la colonisation
européenne, particulièrement en Afrique, est resté problématique. Par ailleurs, le
sens même que l’on donne au rôle des frontières dans la vie internationale continue
de varier sensiblement selon les trajectoires historiques. L’expérience européenne à
cet égard est fortement singulière. Source de droit et de régulation, source de conflit,
voire de destruction, la frontière internationale en Europe a fini par prendre une
nouvelle signification qui a éclairé la construction européenne après 1945. Hors
d’Europe, la frontière, en tant que marqueur physique de la souveraineté, est très
différente, pour une raison première aussi profonde qu’évidente. La souveraineté
comme principe d’organisation des relations internationales est une notion inventée
par les Européens, puis exportée par ces derniers à travers le monde.
5
3. À la lumière du texte, peut-on affirmer que le Brésil a contribué à la stabilité
régionale par la gestion des différends frontaliers?
b. Frontières et stéréotypes
Ces deux points sont contradictoires: d’un côté une représentation de la réalité sans
frontières et de l’autre l’existence de frontières difficiles à franchir. Ils sont
profondément liés avec la frontière entre le public et le privé, autrement dit entre le
rapport du discours public, qui se présente comme vrai, et la réalité quotidienne.
Or, en paraphrasant Michel Foucault on peut dire qu’il n’est pas évident que tous les
migrants soient des migrants transnationaux; que tous les acteurs aient «un billet
d’entrée» dans le monde des réseaux transnationaux; n’est pas si évident que toutes
les personnes puissent quitter leurs pays. Finalement ce n’est pas si évident que
«L’Autre» majeur dans la société française soit «depuis toujours» une personne
«d’origine maghrébine.
Cette frontière a fait naître un grand nombre d’autres frontières omniprésentes qui
doivent être franchies chaque jour. Par exemple, entre «la banlieue» et le centre qui
représente «un autre monde». Entre être au chomâge ou être employé, on risque de
se retrouver isolé car on devient «différent». Chaque jour on traverse des frontières
culturelles et sociales entre «moi» et «l’Autre», «nous» et «eux». L’individu qui est
pris pour «un Autre» n’est pas obligatoirement celui ou celle qui migre: les Français
qualifiés «d’une certaine origine» ou de «deuxième, troisième génération» en sont
des exemples. Celui ou celle qui est considéré(e) comme «l’Autre», n’est même pas
obligatoirement autre physiquement, car on peut devenir l’Autre par le simple fait
d’être au chômage.
Dans le contexte des années 1980, un facteur politique commence à imposer une
influence substantielle sur la société française: le Front national. Les immigrés, en
particulier d’Afrique du Nord, sont publiquement considérés de façon négative et
susceptibles d’atteinte à «l’identité nationale».
http://www.sciencespo.fr/ceri/fr/content/frontieres-et-stereotypes?d03
Le nouveau système qui est apparu avec la fin de la Guerre froide a obligé tous les
acteurs de l’ancien système à se transformer. D’une part les régimes, d’autre part les
frontières ont changé. La Yougoslavie s’est démembrée, la Tchécoslovaquie s’est
scindée en deux et l’Allemagne s’est réunifiée. Ce qui s’est passé à cette époque en
Europe de l’Est et en Union soviétique a démontré quel genre de changements est à
attendre quand les Etats et les régimes n’arrivent pas à s’adapter aux changements
des dynamiques dans le système international. Le bloc de l’Est a vécu un
changement critique dans les années 1990; dans les années 2000 ce changement a
commencé à affecter d’autres géographies. Il est possible d’analyser ce qui se passe
au Moyen-Orient dans cette perspective. Il est indispensable que les changements
radicaux dans une région donnée provoquent des changements dans d’autres
régions. En d’autres termes, comme l’effondrement du bloc de l’Est a totalement
modifié les relations entre la Russie et les Etats-Unis, la structure de l’OTAN ou de
l’UE, le printemps arabe va aussi changer les équilibres de puissances et les
relations entre divers acteurs du système international.
L’équilibre des puissances peut être défini comme un moyen d’organiser la rivalité
entre les grandes puissances afin de définir le système international. Les acteurs
capables d’influer sur le système sont appelés «grandes puissances»; mais dans le
cas d’un «équilibre», aucune grande puissance n’est capable de faire ce qu’elle
désire unilatéralement. Dans ce cadre, il convient d’étudier les rivalités entre ces
grandes puissances. Il est possible de définir «l’équilibre des puissances» de
plusieurs manières différentes. Le point commun de toutes les définitions est le fait
d’avoir deux ou plusieurs acteurs puissants qui sont incapables de changer le
système individuellement et qui sont liés entre eux par des liens d’interdépendance.
Dans le système de l’équilibre des puissances, les Etats font tout ce qui est possible
pour minimiser le coût de leurs efforts en vue d’augmenter leurs puissances et leurs
capacités. La guerre et le conflit n’interviennent que lorsque les Etats ratent toutes
les occasions d’augmenter leurs capacités par d’autres moyens. Dans ce système, il
n’est pas question qu’un acteur soit détruit, l’objectif est de faire en sorte de
transformer l’acteur qui pose problème, car chaque acteur, c’est-à-dire chaque Etat,
est un compagnon de route.
D’un point de vue historique, la Syrie, l’Egypte et la Libye ont toujours forgé leurs
politiques étrangères en prenant en considération la rivalité entre les Etats-Unis et la
Russie et ils ont vu les pays européens comme les garants de cet équilibre. A cette
nouvelle époque, les relations entre la Russie et les Etats-Unis peuvent être
qualifiées en tant qu’une «rivalité contrôlée». Dans ce cadre, il faut se souvenir que
la position d’Israël est aussi devenue délicate. Ce pays a perdu sa position d’allié
sans réserve des Etats-Unis, le Président Obama a multiplié les appels pour la
création d’un Etat palestinien et comme l’Etat hébreu n’a pas changé de position, les
relations entre la Turquie et Israël sont entrées dans une zone de turbulence. Le
nouvel équilibre de puissance entre la Russie et les Etats-Unis a modifié les points
de références des leaders de la région et ceux-ci ont du faire face à la pression
croissante de la rue. Ils ont progressivement perdu leurs influences politiques et les
opposants ont trouvé d’autres moyens pour s’exprimer.
Le problème essentiel, c’est que les pays du Moyen-Orient n’ont pas réussi à se
structurer selon les nouvelles exigences de la mondialisation. Étant données les
nouvelles réalités globales, il est indispensable que les régimes, voire même les
frontières des pays de la région, soient modifiés. En fait, le printemps arabe n’est
rien d’autre que l’étape moyen-orientale du processus de changement global. Mais il
n’est pas aisé de déterminer quels types de régimes vont émerger à la suite de ces
bouleversements dans la région.
L’influence du «Printemps Arabe» sur l’équilibre des Grandes Puissances, par Beril
Dedeoglu. Géographies, Géopolitiques et Géostratégies Régionales, Vol. I, (1), 2013
http://www.rsijournal.eu/Foreign/French/GGGR_Dec_2013.pdf
Êtes-vous d’accord avec l’auteur lorsqu’il affirme que «Le problème essentiel, c’est
que les pays du Moyen-Orient n’ont pas réussi à se structurer selon les nouvelles
exigences de la mondialisation»? Justifiez votre réponse.
«Un massacre judiciaire», tel est le titre d’un article d’Antonio Cassese, ancien
Président du Tribunal pénal international pour l’ex-Yougoslavie (TPIY), un jour à
peine après que la Cour internationale de Justice (CIJ) ait rendu son arrêt dans
l’Affaire relative à l’application de la Convention pour la prévention et la répression
du crime de génocide.
La Serbie devenait ainsi le premier État dont on ait jugé qu’il avait violé la
Convention Génocide. A cet égard, le verdict prononcé par la Cour est sans conteste
le plus infamant jamais rendu dans l’histoire de la justice internationale. La cause
plaidée par la Bosnie, ce qu’elle «priait la Cour de dire et juger», allait bien au-delà
cependant et c’est de cette disproportion entre la cause défendue et le verdict rendu
qu’Antonio Cassese et bien d’autres s’indignèrent.
Tandis que la Bosnie accusait le régime de MiloševiĆ d’avoir trois ans durant
recherché la destruction des non-Serbes, la Cour jugea simplement que la Serbie
avait laissé faire KaradžiĆ et Mladi pendant quelques jours - et ne devait donc
aucune réparation à la Bosnie, le prononcé de son jugement valant à lui seul
«satisfaction». Plus précisément, alors que la Bosnie décrivait un génocide commis
sur l’ensemble de son territoire entre 1992 et 1995, la Cour a considéré que le
génocide n’était avéré que dans les massacres qui suivirent la chute de Srebrenica le
11 juillet 1995, ce qu’avait déjà jugé le TPIY.
C’est donc la vérité bien plus que ses droits que disait plaider la Bosnie. Et la vérité
en effet était devenue un enjeu central de cet affrontement judiciaire dont l’intensité
atteignit sans doute son maximum lorsqu’en 1997, deux ans après Srebrenica, la
Serbie, niant en bloc toutes les allégations bosniennes, consacra plus de la moitié de
son Contre-Mémoire, soit pas moins de 520 pages, à égrener les lieux de ce qu’elle
présentait comme un génocide des Serbes.
Se pose dès lors une question: celle «de savoir jusqu’à quel degré le contrôle en
question doit s’exercer». Alain Pellet lie cette question - qui posée de manière
générale concerne l’attribution à un État des actes commis par des personnes et
groupes qu’il contrôle, et ce indépendamment de la nature de ces actes - à la
spécificité des actes dont il est question en l’espèce, des actes de génocide.
http://droitcultures.revues.org/2126?lang=en
5
8
Références Bibliographiques
Isabel Botelho Barbosa. Manual do Candidato-Francês. Fundação Alexandre de
Gusmão.
J.-F. Guédon, J.-P. Colin. 30 fiches pour réussir les épreuves de français. Eyrolles.
• EXERCÍCIOS GRATUITOS
Français facile - http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-
2/exercice-francais-57018.php L’Obs - Exercices de conjugaison - http://la-
conjugaison.nouvelobs.com/exercice/conjugaison-0-39.php Collegial Centre for
Educational Materials Development - Amélioration du français -
http://www.ccdmd.qc.ca/fr/exercices_pdf/?id=36#
• ATUALIDADES
• OUTRAS LEITURAS
1
<http://media.education.gouv.fr/file/special_6/21/8/programme_francais_general_33
218.pdf>. Acesso em: 11 dez. 2015.
8 <http://grammaire.reverso.net/3_1_44_on_lon.shtml>.
9 Grammaire Bescherelle.
12 Exemples: <http://www.monde-diplomatique.fr/archives>.
15 <http://www.monde-diplomatique.fr/2014/03/CAMUS/50209>.
18 <http://www.education.gouv.fr/pid25535/bulletin_officiel.html?cid_bo=61536>.