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ISBN 9788547211790

Lima, Mariana

Francês Mariana Lima. -- São Paulo : Saraiva, 2017. (Coleção diplomata


coordenador Fabiano Távora) 1. Língua francesa 2. Língua francesa - Concursos I.
Título II. Távora, Fabiano III. Série.

16-0881 CDD 445.076

Índices para catálogo sistemático:

1. Língua francesa : Concursos 445.076

Presidente Eduardo Mufarej Vice-presidente Claudio Lensing Diretora editorial


Flávia Alves Bravin Conselho editorial

Presidente Carlos Ragazzo Gerente de aquisição Roberta Densa Consultor


acadêmico Murilo Angeli Gerente de concursos Roberto Navarro Gerente editorial
Thaís de Camargo Rodrigues Edição Liana Ganiko Brito Catenacci Produção
editorial Maria Izabel B. B. Bressan (coord.) | Carolina Massanhi | Claudirene de
Moura S. Silva | Cecília Devus | Daniele Debora de Souza | Denise Pisaneschi |
Ivani Aparecida Martins Cazarim | Ivone Rufino Calabria | Willians Calazans de V.
de Melo
Clarissa Boraschi Maria (coord.) | Kelli Priscila Pinto | Marília Cordeiro | Mônica
Landi | Tatiana dos Santos Romão | Tiago Dela Rosa Diagramação (Livro Físico)
Know-How Editorial Revisão Know-How Editorial Comunicação e MKT Elaine
Cristina da Silva Capa Aero Comunicação / Danilo Zanott

Livro digital (E-pub)

Produção do e-pub Guilherme Henrique Martins Salvador Serviços editoriais


Surane Vellenich

Data de fechamento da edição: 17-11-2016

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forma sem a prévia autorização da Editora Saraiva.
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido
pelo artigo 184 do Código Penal.
Sumário
Agradecimento
Prefácio
Apresentação
1 - Introduction
1. COMO É A PROVA DE FRANCÊS NO CONCURSO DE ADMISSÃO À
CARREIRA DIPLOMÁTICA?
2. QUAL É O PESO DA PROVA DE FRANCÊS NO CONCURSO?
3. A PROVA OBJETIVA É MAIS FÁCIL QUE A DISCURSIVA?
4. COMO DEVO ESTUDAR?
5. COMO NÃO ESTUDAR IDIOMAS PARA O CACD
2 - Notions de Grammaire
1. LES GROUPES VERBAUX
a. Les verbes du premier groupe
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. Les verbes du deuxième groupe
c. Les verbes du troisième groupe
COMO ISSO CAI NA PROVA?
d. Cas spéciaux
COMO ISSO CAI NA PROVA?
COMO ISSO CAI NA PROVA?
2. LES VALEURS DES MODES VERBAUX: L’INDICATIF, LE SUBJONCTIF,
LE CONDITIONNEL, L’IMPÉRATIF
a. L’indicatif
b. Le subjonctif
COMO ISSO CAI NA PROVA?
c. Le conditionnel
d. L’impératif
3. LES VALEURS TEMPORELLES ET ASPECTUELLES DE LA
CONJUGAISON VERBALE
4. LE PARTICIPE: FONCTIONS VERBALES ET ADJECTIVALES
a. Le participe passé
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. Le participe présent
c. Le gérondif
COMO ISSO CAI NA PROVA?
5. LES QUATRE TEMPS SIMPLES DE L’INDICATIF
a. Le présent de l’indicatif
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. L’imparfait
COMO ISSO CAI NA PROVA?
c. Le passé simple
d. Le futur simple
COMO ISSO CAI NA PROVA?
6. LES TEMPS COMPOSÉS DE L’INDICATIF
a. L’emploi des auxiliaires ÊTRE ET AVOIR
b. Conjugaison des temps composés de l’indicatif
c. Le passé composé
d. Le plus-que-parfait
COMO ISSO CAI NA PROVA?
e. Le futur antérieur
f. Le passé antérieur
7. LA MISE EN RAPPORT DES TEMPS VERBAUX: PRÉSENT DE
L’INDICATIF, PASSÉ SIMPLE, PASSÉ COMPOSÉ, IMPARFAIT
a. Les fonctions des temps verbaux: chronologique, reférentielle, historique,
narrative, intemporelle
b. La mise en rapport des trois passés: passé simple, passé composé, imparfait
8. LES QUATRE TEMPS DU SUBJONCTIF
a. Le subjonctif présent
b. Le subjonctif passé
c. L’imparfait du subjonctif
d. Le plus-que-parfait du subjonctif
COMO ISSO CAI NA PROVA?
9. LE CONDITIONNEL
a. Emploi du conditionnel
b. Conjugaison
COMO ISSO CAI NA PROVA?
COMO ISSO CAI NA PROVA?
10. L’IMPÉRATIF
a. L’impératif présent
b. L’impératif passé
COMO ISSO CAI NA PROVA?
11. LES ADVERBES
a. Les formes de l’adverbe
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. Les types d’adverbes
COMO ISSO CAI NA PROVA?
c. Les adverbes d’opinion
COMO ISSO CAI NA PROVA?
d. Les adverbes de négation
COMO ISSO CAI NA PROVA?
e. Les adverbes de restriction
COMO ISSO CAI NA PROVA?
f. Les adverbes qui exigent l’inversion
12. LES ARTICLES
COMO ISSO CAI NA PROVA?
13. LES PRONOMS
a. Les pronoms personnels
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. Les pronoms démonstratifs
COMO ISSO CAI NA PROVA?
c. Les pronoms possessifs
d. Les pronoms relatifs: QUI, QUE, QUOI, DONT, OÙ
COMO ISSO CAI NA PROVA?
COMO ISSO CAI NA PROVA?
COMO ISSO CAI NA PROVA?
e. EN et Y9
COMO ISSO CAI NA PROVA?
14. LES ADJECTIFS
a. La position des adjectifs
COMO ISSO CAI NA PROVA?
15. LE COMPARATIF
COMO ISSO CAI NA PROVA?
16. LE SUPERLATIF
a. Le superlatif absolu
b. Le superlatif relatif de supériorité
c. Le superlatif relatif d’infériorité
COMO ISSO CAI NA PROVA?
3 - Notions de Vocabulaire
a. Le répertoire de verbes
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. Petit répertoire d’adjectifs qualificatifs
COMO ISSO CAI NA PROVA?
c. Figures de style issues de la mythologie gréco-romaine10
COMO ISSO CAI NA PROVA?
d. Expressions pour enrichir votre style11-12
e. Les liens logiques
4 - Comprendre et Interpréter
1. Comprendre
COMO ISSO CAI NA PROVA?
2. Interpréter
COMO ISSO CAI NA PROVA?
a. Les limites de l’interprétation: s’en tenir à ce que dit le texte
COMO ISSO CAI NA PROVA?
b. L’interprétation profonde et les enjeux du texte
COMO ISSO CAI NA PROVA?
c. L’interprétation symbolique et les questions formulées à partir de figures de style
COMO ISSO CAI NA PROVA?
3. Comprendre/interpréter: un rapport dialectique
5 - Les Techniques pour L’écriture
1. ÉCRIRE UN PARAGRAPHE14
a. Introduction: qu’est-ce qu’un paragraphe?
b. Quels sont les defauts courants des paragraphes?
c. Les structures-type les plus courantes
2. LA PARAPHRASE
COMMENT FAIRE UNE BONNE PARAPHRASE?
a. Introduire la paraphrase
b. Remplacer certains mots (noms, adjectifs, verbes, adverbes, etc.) par des
synonymes:
c. Modifier la structure des phrases
d. Changer les parties du discours
6 - L’épreuve Vrai/Faux:
I. L’ÉPREUVE VRAI/FAUX
1. Les types de questions
2. Épreuves commentées
Textes I et II - pour les questions 26 à 28
Texte III - pour les questions 29 à 31
Texte IV - pour les questions 32 à 34
Texte V - pour les questions 35 à 37
Texte VI - pour les questions 38 à 40
Texte VII - pour les questions 41 à 44
Texte VIII - pour les questions 45 à 47
Texte IX - pour les questions 48 à 50
3. EXERCICES
7 - L’épreuve de 2003 à 2013
I. L’ÉPREUVE ÉCRITE
1. Les types de questions
2. Les critères de correction
3. Épreuves commentées
4. Exercices
Références Bibliographiques
AUTORA
Mariana Lima Professora de francês e inglês para o Concurso de Admissão à
Carreira Diplomática (CACD) desde 2012, além de oferecer orientação pedagógica
aos candidatos. Formada em Francês pela Alliance Française/Université de Nancy
II. Doutora pela Catholic University of America (Washington, DC). Mestra pela
New School University (New York, NY). Recebeu bolsa integral da CAPES para os
dois cursos, por meio de processo seletivo nacional. Começou a lecionar francês aos
quinze anos de idade na Alliance Française de João Pessoa-PB, após cursar o ensino
médio em Grenoble (França). Tem vasta experiência com ensino de idiomas e
tradução literária e técnica.

E-mail: marianalima0607@gmail.com

Coordenador Fabiano Távora Graduado em Direito pela Universidade Federal do


Ceará (UFC) - Turma do Centenário - 2003. Especialista em Gestão Empresarial
pela Fundação Getulio Vargas (FGV) - 2005. Mestre em Direito dos Negócios pelo
Ilustre Colégio de Advogados de Madri (ICAM) e pela Universidade Francisco de
Vitória (UFV) - 2008. Mestre em Direito Constitucional aplicado às Relações
Econômicas pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR) - 2012. Advogado
internacionalista (www.tavora.com). Diretor-geral do Curso Diplomata -
Fortaleza/CE (www.diplomataconcursos.com.br). Ex-Coordenador do único curso
de graduação em Relações Internacionais do Estado do Ceará, pertencente à
Faculdade Stella Maris. Professor de Direito Internacional para o Concurso de
Admissão à Carreira Diplomática. Professor de Direito Internacional Público,
Direito Internacional Privado, Direito do Comércio Exterior e Direito Constitucional
em cursos de graduação e pós-graduação.
AGRADECIMENTOS
A Gilberto, meu par de todos os tempos, todos os modos, todos os tons.

A Betty, minha mãe, que me apresentou a música e a literatura, Maristela, minha


avó, meu exemplo como educadora, e Aloisio, meu pai, o primeiro incentivador
deste livro.

A toda a minha família, avós, irmãs e irmãos, sobrinhos e sobrinhas, tias e tios,
primas, cunhadas e cunhados, queridos de perto ou de longe.

A Manuela, Mauro e Orleani, pelo apoio e carinho essenciais.

A Marco e Yeda, presença amorosa de toda a vida.

Aos mestres Maurice Van Der Woensel, Marie-Claude Grandguillot e René Marché.

Aos meus alunos e ex-alunos, pela inspiração para este livro.

A todos aqueles que acreditaram no meu trabalho quando comecei a dar aulas para o
CACD.

A Fabiano Távora, pela oportunidade, a Rodrigo Goyena, pela recomendação, e a


Liana Catenacci, pelo cuidadoso trabalho de edição.
Prefácio*
Dez anos atrás, recebi a notícia de que havia sido aprovado no concurso do Instituto
Rio Branco para a carreira diplomática. Era difícil acreditar que meu nome estava na
lista de aprovados, que o meu antigo sonho tornara-se realidade. Aquele momento
deu-me a impressão de ser um divisor de águas, o primeiro passo da carreira que por
tantos anos me fascinara.1

Hoje, percebo que o primeiro passo para a carreira diplomática havia sido dado em
um momento anterior, quando comecei meus estudos de preparação para o
concurso. A preparação para a carreira diplomática exige o desenvolvimento da
capacidade de analisar politicamente a combinação de diferentes fatores da
sociedade. Essa capacidade pode ser adquirida pela leitura atenta de diferentes
pensadores e exposição a diferentes manifestações artísticas, o que requer uma
caminhada de constantes descobertas.

Essa caminhada é feita em direção às mais profundas e fundamentais características


da sociedade brasileira, percorrendo a longa estrada que lentamente mostra as cores
que delineiam o multifacetado cenário que é o Brasil. A preparação para a carreira
diplomática requer este (re)encontro com o Brasil, este momento em que o futuro
diplomata reflete sobre seu país e sobre seu povo. Eu diria que o processo de
preparação é uma caminhada para dentro.

Ao caminhar em direção às profundezas do Brasil, o futuro diplomata se defrontará


com perspectivas históricas, geopolíticas, econômicas e jurídicas da realidade
brasileira que lhe proporcionarão o arcabouço intelectual para sua contínua defesa
dos interesses do Brasil e do povo brasileiro no exterior. Essa observação de quem
somos como povo e como país é fundamental para o trabalho cotidiano dos
diplomatas brasileiros, principalmente porque também pressupõe as relações do
Brasil com outros países. Ao compreender a história política externa brasileira, o
candidato poderá perceber características do Brasil que explicam como o país
percebe sua inserção no mundo.

É interessante notar que essa caminhada para dentro é o início de uma carreira feita
para fora, em contato com o mundo. Os diplomatas são os emissários que também
contam para o mundo o que é o Brasil e o que é ser brasileiro. A aprovação no
concurso do Instituto Rio Branco não é, portanto, o primeiro passo da carreira. É o
momento em que a caminhada para dentro do Brasil se completou e passa a ser uma
viagem para fora, para relatar ao mundo o que nós somos e o que pensamos.

Devo confessar que a minha caminhada foi bem difícil. Quando comecei a me
preparar para o concurso, poucas cidades brasileiras tinham estruturas que guiassem
os estudos dos candidatos para o concurso. Apesar de ter certeza de que nunca
nenhuma leitura é inútil, estou certo de que a imensidão de pensadores e artistas que
conformam o pensamento brasileiro é difícil de ser abordada no momento de
preparação para o concurso. Lembro-me de que sempre busquei obras que me
guiassem os estudos, mas não tive a sorte de naquele momento haver publicações
neste sentido.

Foi com muita alegria que recebi o convite para escrever sobre minha experiência
pessoal como jovem diplomata brasileiro em uma coleção que ajudará na caminhada
preparatória dos futuros diplomatas. Esta coleção ajudará meus futuros colegas a
seguir por caminhos mais rápidos e seguros para encontrar o sentido da brasilidade e
a essência do Brasil. Congratulo-me com a Editora Saraiva, com os autores e com o
organizador da coleção, Fabiano Távora, pela brilhante iniciativa e pelo excelente
trabalho.

Aos meus futuros colegas diplomatas, desejo boa sorte nessa caminhada. Espero que
se aventurem a descobrir cada sabor deste vasto banquete que é a brasilidade e que
se permitam vivenciar cada nota da sinfonia que é o Brasil. Espero também que
possamos um dia sentar para tomar um café e conversar sobre o que vimos e, juntos,
contar aos nossos amigos de outros países o que é o Brasil.

Pequim, novembro de 2014.

Romero Maia

1 As opiniões deste Prefácio são de cunho pessoal, não refletindo necessariamente


as posições do Ministério das Relações Exteriores.
Apresentação*
Indubitavelmente, o concurso para o Instituto Rio Branco, uma das escolas de
formação de Diplomatas mais respeitadas do mundo, é o mais tradicional e difícil do
Brasil. Todos os anos, milhares de candidatos, muito bem preparados, disputam as
poucas vagas que são disponibilizadas. Passar nessa seleção não é só uma questão
de quem estuda mais, envolve muitos outros fatores.

Depois de muito observar essa seleção, nasceu a ideia de desenvolver um projeto


ímpar, pioneiro, que possibilitasse aos candidatos o acesso a uma ferramenta que os
ajudasse a entender melhor a banca examinadora, o histórico dos exames, o contexto
das provas, o grau de dificuldade e aprofundamento teórico das disciplinas, de
forma mais prática. Um grupo de professores com bastante experiência no concurso
do IRBr formataria uma coleção para atender a esse objetivo.

Os livros foram escritos com base nos editais e nas questões dos últimos 13 anos.
Uma análise quantitativa e qualitativa do que foi abordado em prova foi realizada
detalhadamente. Cada autor tinha a missão de construir uma obra que o aluno
pudesse ler, estudar e ter como alicerce de sua preparação. Sabemos, e somos claros,
que nenhum livro consegue abordar todo o conteúdo programático do IRBr, mas,
nesta coleção, o candidato encontrará a melhor base disponível e pública para os
seus estudos.2

A Coleção Diplomata é composta dos seguintes volumes: Direito internacional


público; Direito interno I - Constituição, organização e responsabilidade do Estado
brasileiro; Direito interno II - Estado, poder e direitos e garantias fundamentais (no
prelo); Economia internacional e brasileira (no prelo); Espanhol (no prelo); Francês;
Geografia I - Epistemologia, política e meio ambiente; Geografia II - Geografia
econômica; História do Brasil I - O tempo das Monarquias; História do Brasil II - O
tempo das Repúblicas; História geral; Inglês; Macroeconomia; Microeconomia;
Política internacional I - A política externa brasileira e os novos padrões de inserção
no sistema internacional do século XXI; Política internacional II - Relações do
Brasil com as economias emergentes e o diálogo com os países desenvolvidos;
Português.

Todos os livros, excetuando os de língua portuguesa e inglesa, são separados por


capítulos de acordo com o edital do concurso. Todos os itens do edital foram
abordados, fundamentados numa doutrina ampla e atualizada, de acordo com as
indicações do IRBr. Os doutrinadores que mais influenciam a banca do exame
foram utilizados como base de cada obra. Junte-se a isso a vivência e a sensibilidade
de cada autor, que acumula experiências em sala de aula de vários locais (Brasília,
São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Salvador,
Teresina...).
Cada livro, antes da parte teórica, apresenta os estudos qualitativos e quantitativos
das provas de seleção de 2003 até 2015. Por meio de gráficos, os candidatos têm
acesso fácil aos temas mais e menos cobrados para o concurso de Diplomata.
Acreditamos que esse instrumento é uma maneira inteligente de entender a banca
examinadora, composta por doutrinadores renomados, bastante conceituados em
suas áreas.

As questões são separadas por assunto, tudo em conformidade com o edital. Se


desejar, o aluno pode fazer todas as questões dos últimos anos, de determinado
assunto, logo após estudar a respectiva matéria. Dessa forma, poderá mensurar seu
aprendizado.

No final de cada livro, os autores apresentam uma bibliografia completa e separada


por assunto. Assim, o candidato pode ampliar seus conhecimentos com a segurança
de que parte de uma boa base e sem o percalço de ler textos ou obras que são de
menor importância para o concurso.

Portanto, apresentamos aos candidatos do IRBr, além de uma coleção que apresenta
um conteúdo teórico muito rico, bastante pesquisado, uma verdadeira e forte
estratégia para enfrentar o concurso mais difícil do Brasil. Seguindo esses passos,
acreditamos, seguramente, que você poderá ser um DIPLOMATA.

Fortaleza, 29 de julho de 2015.

Fabiano Távora

2 Os textos publicados nesta obra, bem como as informações fornecidas nas tabelas
de incidência e nos seus respectivos gráficos, são de responsabilidade exclusiva dos
autores e do coordenador da Coleção. A finalidade desta obra é publicar teoria e
questões relevantes para os candidatos ao concurso de Diplomata, cabendo à Editora
respeitar a liberdade de pensamento e manifestação de cada autor.
Introduction:
ÉVOLUTION DE L’ÉPREUVE DE
FRANÇAIS POUR LE CONCOURS
D’ADMISSION À LA CARRIÈRE
DIPLOMATIQUE
1. COMO É A PROVA DE FRANCÊS NO CONCURSO DE
ADMISSÃO À CARREIRA DIPLOMÁTICA?
Desde 2003 a prova de francês no Concurso de Admissão à Carreira Diplomática
(CACD) tem evoluído continuamente por meio de mudanças periódicas, quer no
rigor da correção, quer nos textos escolhidos, quer no modelo de prova. Todavia, ao
fio das mudanças, o programa geral de língua francesa1 permanece como referência,
embora não conste explicitamente no edital. Essa constante norteia o trabalho dos
professores e facilita a preparação dos candidatos, sujeita a mudanças no concurso
no contexto de preparação de longo prazo.

A análise do conjunto das provas de francês no CACD leva à seguinte conclusão:


o(a) candidato(a) deve estar preparado(a) para mudanças. Tanto os critérios de
avaliação quanto o modelo de prova são renovados periodicamente, como
comprovam os dados da tabela a seguir. Essas alterações não são, contudo,
aleatórias; certos temas, técnicas de elaboração de enunciados, palavras e tópicos de
gramática específicos são recorrentes ao longo dos últimos dez anos. É possível,
portanto, conciliar preparação eficiente para a prova e serenidade diante da alta
probabilidade de mudanças. Além do domínio do programa geral de língua francesa,
o estudo das provas mais antigas é o meio para aprender a reconhecer padrões e
temas-chave, bem como para entender melhor o que a banca de francês espera dos
candidatos à carreira diplomática.

É fundamental compreender que, devido às especificidades do concurso e da


carreira diplomática, as provas de idiomas do CACD adotam critérios distintos
daqueles dos exames convencionais de proficiência em língua estrangeira. Enquanto
estes exames visam a avaliar as competências de comunicação oral e escrita de
modo equilibrado, o CACD avalia a capacidade de argumentação, análise, síntese e
mobilização de conhecimentos específicos em língua estrangeira em situação de
pressão e restrição de tempo e não privilegia as competências relacionadas à
comunicação oral. Por essa razão, cursos, materiais didáticos e exames
convencionais de proficiência em língua estrangeira podem ser úteis ao(à)
candidato(a), em certa medida, porém têm objetivos de comunicação mais amplos,
que não se confundem com os parâmetros da banca examinadora do CACD.

Dito isso, o nível do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas2 mais
compatível com as provas de 2015 e 2014 quanto à compreensão e interpretação de
textos seria o de Utilizador proficiente (C1):

• É capaz de compreender um vasto número de textos longos e exigentes,


reconhecendo os seus significados implícitos. É capaz de se exprimir de forma
fluente e espontânea sem precisar procurar muito as palavras. É capaz de usar a
língua de modo flexível e eficaz para fins sociais, acadêmicos e profissionais. Pode
expressar-se sobre temas complexos, de forma clara e bem estruturada,
manifestando o domínio de mecanismos de organização, de articulação e de coesão
do discurso.

Na tabela a seguir estão os modelos de prova adotados desde 2003 e as principais


características de cada tipo de prova, segundo o edital do ano correspondente. Todas
as provas desde 2005 serão analisadas e comentadas questão a questão nesta obra.

MODELO DE
PERÍODO CARACTERÍSTICAS
PROVA

Vários textos de referência para 25 questões


objetivas, cada uma com quatro itens do tipo
CERTO ou ERRADO.

Provas de francês e espanhol na terceira fase do


2014 a Prova objetiva de
concurso, obrigatórias, de caráter eliminatório e
2015 Francês
classificatório.

Pontuação: 0,5 ponto para cada acerto; 0,5 ponto


negativo para cada erro; 0,0 ponto para cada item
em branco ou anulado.

Um ou dois textos de referência para dez


questões discursivas de cinco linhas cada.
2009 a Prova discursiva de
Provas de francês e espanhol na quarta fase do
2013 Francês
concurso, obrigatórias, de caráter classificatório.

Pontuação: 5 pontos para cada questão.


Cinco a seis questões discursivas e cinco
questões objetivas (de equivalência e de múltipla
escolha).
Prova de francês
como opção de Em 2005, 2006 e 2007, francês ou espanhol
2005 a segunda língua foram as opções para a prova de segunda língua
2008 estrangeira, com estrangeira.
questões objetivas e
discursivas Em 2008, alemão, árabe, chinês (mandarim),
espanhol, francês, japonês ou russo foram as
opções para a prova de segunda língua
estrangeira.

Prova escrita de caráter classificatório, realizada


na quarta fase do concurso. Provas de francês e
2003 a Prova escrita de espanhol obrigatórias. Textos de referência para
2004 francês Instrumental perguntas de compreensão de leitura; respostas
completas (verbo, predicado, complemento) a ser
dadas em português.
2. QUAL É O PESO DA PROVA DE
FRANCÊS NO CONCURSO?
Devido ao pequeno número de vagas, os idiomas estrangeiros têm peso cada vez
maior no concurso. Nas fases avançadas dos concursos de 2014 e 2015, as
diferenças entre as notas dos candidatos nas provas de idiomas estrangeiros foram
maiores que nas demais matérias (à exceção de História do Brasil em 2015), como
demonstra o gráfico a seguir, reproduzido com a permissão de Artur Lascala
(©DataLascala):

O gráfico evidencia que, em contexto de competição cada vez mais acirrada, notas
baixas em inglês, francês e espanhol podem custar a classificação dentro do número
de vagas ofertadas, ainda que o desempenho do(a) candidato(a) tenha sido excelente
nas demais matérias. Para quem busca trunfos na competição por uma vaga, é
indispensável reconhecer a importância dos idiomas na preparação para o CACD.
3. A PROVA OBJETIVA É MAIS FÁCIL QUE
A DISCURSIVA?
A prova objetiva avalia as competências que levam menos tempo para ser adquiridas
pelo falante não nativo: leitura, compreensão de textos, conhecimento das regras
gramaticais. Por esse motivo, a prova objetiva é mais justa, mas não
necessariamente mais fácil em todos os aspectos. Como de costume, apenas os
candidatos mais competitivos tiveram alto desempenho em francês e espanhol em
2015 e 2014. Além disso, as provas objetivas são de caráter eliminatório, o que
comprova que a banca examinadora valoriza o desempenho em francês e espanhol e
não adotou o novo modelo motivada pela intenção de reduzir a dificuldade da prova.

Para compreender melhor o que muda na preparação, é necessário analisar as


dificuldades específicas de cada tipo de prova:

• Prova objetiva

Na prova objetiva, os textos e temas exigem conhecimentos de gramática e


vocabulário mais profundos do que o necessário para um desempenho razoável na
prova discursiva, situação em que o(a) candidato(a) pode escolher os recursos
gramaticais que domina, de modo a minimizar suas deficiências e valorizar suas
habilidades.

Os textos históricos, filosóficos, literários e acadêmicos, além dos tradicionais


artigos de imprensa que predominaram nas provas até 2011, exigem desenvoltura e
profundidade na compreensão e interpretação de textos.

Devido às características dos textos, as questões de gramática, vocabulário e


interpretação tornaram-se mais complexas. A inclusão de textos literários demanda,
por exemplo, conhecimento dos usos dos tempos e dos modos verbais na narrativa,
bem como de vocabulário que extrapola o das demais matérias do concurso.
Nuances de conotação e uso de linguagem figurada, recorrentes na prova desde
2005, ganharam ênfase ainda maior devido à variedade de textos, estilos e épocas.

O alto desempenho na hora da prova exige, portanto, hábito constante de leitura de


textos extensos, de estilos, registros e épocas variados. Ler jornais e revistas em
francês é útil e importante, porém está longe de ser suficiente para fins de
preparação para o CACD, segundo as tendências da prova a partir de 2013.

• Prova discursiva

Na prova discursiva, o(a) candidato(a) tem controle total sobre a formulação da


resposta. Contudo, mesmo os candidatos mais preparados correm o risco de perder
pontos devido a erros de ortografia, concordância, uso de maiúsculas, comuns até
entre falantes nativos.

PALAVRA NÃO É ENFEITE: escolhas de vocabulário devem ter como critério a


precisão e a adequação ao contexto de acordo com o estilo pessoal do(a)
candidato(a).

Palavras selecionadas para criar, de modo artificial, efeitos de pretensa


“sofisticação” tendem a produzir o efeito oposto ao desejado e a irritar o corretor.
Em língua francesa, importa conhecer, apreciar e usar de modo acurado e expressivo
a imensa riqueza de sentidos e nuances daquele que foi o idioma de referência da
civilização ocidental por mais de três séculos. Por essa razão, o examinador adota o
critério de correção richesse de la langue.

PROVA OBJETIVA PROVA DISCURSIVA

• É INDISPENSÁVEL treinar a leitura


ao longo da preparação; pode ser útil • É INDISPENSÁVEL treinar a leitura e a
treinar a escrita escrita ao longo da preparação

• Apenas uma alternativa correta • Várias respostas são possíveis para cada
pergunta
• Variedade de textos, épocas e estilos;
até nove textos por prova • Um a dois textos por prova

• Questões precisas sobre tópicos de • Maior liberdade na resposta


gramática que exigem revisão detalhada
e conhecimento sólido • Escolha e controle do uso de
conhecimentos de gramática, vocabulário
• Amplo conhecimento de vocabulário e estrutura de modo a minimizar
eventuais deficências
• Interpretação e compreensão de texto
densa e complexa • Oportunidade para se sobressair no caso
dos candidatos mais bem preparados
• O maior número total de palavras
demanda agilidade na leitura e na • Desenvolvimento do estilo pessoal de
aplicação dos conhecimentos à cada aluno
resolução da prova
4. COMO DEVO ESTUDAR?
• Estudar com regularidade ao longo da preparação é crucial. No estudo de idiomas,
a assimilação e retenção dos conhecimentos é mais demorada do que nas outras
matérias do CACD. Linguagem não se assimila em um passe de mágica; treino ao
longo do tempo é fundamental para adquirir intimidade e segurança com as novas
formas de expressão que cada novo idioma oferece.

• É importante estudar idiomas para as fases avançadas ANTES de passar no Teste


de Pré-Seleção (TPS), mesmo que você tenha vivido ou estudado em país de língua
francófona. As exigências da prova são bem diferentes do conhecimento de francês
que uma universidade de país francófono espera de um mestrando ou doutorando,
estrangeiro ou nativo. Por essa razão, são comuns os casos de candidatos que se
surpreendem com o baixo desempenho na prova, apesar da vivência de estudos
superiores em língua francesa em universidades francófonas de renome. Todos os
anos, candidatos bem preparados que subestimam o peso das provas de francês e
espanhol são aprovados mas não obtêm classificação dentro do limite de vagas
previstas no edital.

• Adquirir confiança a cada sessão de estudo deve estar dentre seus principais
objetivos.

Cada sessão de estudo conta; fixe um objetivo e cumpra-o. Pode ser fazer uma boa
revisão de um tópico de gramática específico, acompanhada de exercícios de
fixação; responder questões de simulado e preparar um gabarito comentado antes da
correção do professor; analisar um texto em profundidade, observando forma,
estrutura, vocabulário, estilo. O que importa é concluir o programa determinado
para aquele período de tempo, com a certeza de que você treinou uma capacidade ou
adquiriu um conhecimento de modo a poder mobilizar e aplicar o que você estudou
à resolução de questões de prova.

• Não deixe de estudar francês porque o tempo disponível parece curto. Se você
tiver apenas meia hora, escolha um objetivo apropriado para uma sessão de estudo
mais breve. O que importa é manter a regularidade, indispensável para a
sedimentação dos resultados. Se você usar bem o seu tempo, sentirá, no final da
sessão, que concluiu uma tarefa e aprendeu algo que vai servir na hora da prova. A
autoconfiança indispensável para o alto desempenho é construída ao longo da
preparação, a cada sessão de estudo produtivo e focado.

• Ainda que você domine muito bem os idiomas, é essencial que você se prepare
para manter a serenidade e a concentração sob o desgaste emocional e a intensa
pressão do momento de prestar a prova. Como em todas as matérias do CACD, é
fundamental ter em mente que o domínio das competências exigidas pela prova será
cobrado em situações que podem afetar o desempenho do(a) candidato(a). Nessas
condições, o hábito de traduzir é particularmente prejudicial. Algumas questões são
formuladas com base em falsos cognatos e erros comuns de tradução, fraquezas que
todos os examinadores conhecem bem.

A prova de francês e espanhol costuma ser a última do calendário do concurso,


geralmente aplicada à tarde. Isso significa que, nos moldes da prova de 2014 e 2015,
o(a) candidato(a) responderá uma prova discursiva de outra matéria do concurso -
em português - pela manhã. À tarde, cansado(a) de uma longa jornada, terá que
fazer mais uma longa e minuciosa prova objetiva, dividindo sua atenção, no período
de quatro horas, entre dois idiomas muito semelhantes, o espanhol e o francês. Ora,
a combinação de pressão e cansaço torna os reflexos em língua estrangeira mais
lentos e prejudica sobremaneira o desempenho, especialmente no caso da terceira e
da quarta língua. Nessas condições, o recurso à tradução torna-se ainda mais
arriscado do que de costume. A maneira mais eficaz de se preparar para as
condições de prova é fazer simulados de espanhol e de francês na mesma sessão de
estudo, para se habituar a não confundir os dois idiomas, que são muito
semelhantes, e para se livrar da “muleta” da tradução.

• É recomendável buscar reduzir o tempo de resolução de questões SOMENTE


quando o(a) candidato(a) tiver base sólida de regras gramaticais, vocabulário e
estrutura. Para o(a) candidato(a) despreparado(a), tentar resolver exercícios em
menos tempo antes de desenvolver reflexos fundamentados em domínio consistente
do idioma cria vícios, pois consolida maus hábitos e conhecimentos superficiais.
Treinar condições de prova sem o preparo necessário equivale a treinar o erro.

Para chegar ao nível de treino eficiente de condições de prova, é importante reforçar


o repertório vocabular e a aplicação dos conhecimentos gramaticais à resolução de
questões. Por isso, o(a) candidato(a) deve evitar a leitura superficial. Consultar
frequentemente um bom dicionário e treinar exercícios gramaticais são atividades
indispensáveis. Apenas com segurança e domínio das regras, adquiridos com hábitos
regulares de estudo e de leitura em francês, o(a) candidato(a) poderá começar a
cronometrar seu tempo de resposta e melhorar seu desempenho sem prejudicar a
qualidade do estudo.

• Manter o treino de questões discursivas na preparação para a prova objetiva pode


ser útil. É mais fácil reconhecer e aplicar as regras gramaticais às questões objetivas
quando se tem familiaridade com o uso dessas regras na produção de textos,
especialmente quando o francês é a terceira ou quarta língua estrangeira do(a)
candidato(a). A prática de questões discursivas também melhora a qualidade da
concentração na leitura e a capacidade de compreensão e interpretação de textos.
Além disso, o treino das técnicas de paráfrase, síntese e desenvolvimento das ideias
do texto é fundamental no contexto da preparação para o CACD.
• A leitura dos textos que se encontram na seção deste livro relativa à prova
discursiva é muito útil para a preparação, mesmo que a prova continue a ser
objetiva. Escolhidos em função dos temas, autores e complexidade, esses textos
servem de referência para o nível de compreensão textual necessário para a prova.
5. COMO NÃO ESTUDAR IDIOMAS PARA
O CACD
Estes são os equívocos mais comuns entre os candidatos:

“Leio muitos textos, dá para ter uma ideia geral.”

A prova é feita para eliminar os candidatos que compreendem os textos de modo


superficial.

“Falo fluentemente, acho que isso ajuda bastante.”

Falar pode até ajudar, mas a prova de francês exige domínio da norma culta. A
compreensão de textos literários, acadêmicos e filosóficos de vários períodos,
registros e estilos não se compara com as competências necessárias à comunicação
oral.

“Se tenho dúvidas do sentido de uma palavra, procuro logo a tradução em um


dicionário bilíngue ou dou uma olhadinha no google tradutor.”

O costume de traduzir palavra a palavra é altamente prejudicial para a preparação,


verdadeira garantia de perda de tempo e aquisição de vícios. Várias questões são
elaboradas com o claro propósito de eliminar esse tipo de candidato.
Notions de Grammaire
Nesta seção, apresentaremos algumas noções de gramática, com exemplos de como
os tópicos estudados são cobrados na prova objetiva. Além de conhecer as regras, é
importante treinar para identificar como elas são aplicadas ao texto. Para isso,
ilustraremos os tópicos de gramática com exemplos de questões das provas de 2015
e 2014.

Além dos gabaritos comentados das provas de 2014 e 2015, este livro tem um
capítulo inteiro de exercícios, em maioria inéditos, para aplicação e revisão de
tópicos de gramática, vocabulário e interpretação de textos por meio da resolução de
questões segundo o modelo das provas objetivas do CACD.

Para complementar seus estudos, indicações de referências e exercícios gratuitos


acompanham vários tópicos. Cada candidato pode montar seu programa de estudo
com os materiais indicados, segundo suas necessidades, e esclarecer as dúvidas que
surgirão durante a resolução de exercícios.
1. LES GROUPES VERBAUX
A base do estudo para o CACD é o conhecimento de formas e regras de conjugação,
fundamental para o nível de fluência na leitura em língua francesa. Na prova
objetiva, a banca tem cobrado conhecimento preciso e detalhado de regras de
conjugação, concordância e coordenação dos tempos verbais.

Com a inclusão de textos literários e filosóficos, além de jornalísticos e acadêmicos,


é necessário conhecer as flexões em todas as pessoas do singular e do plural, bem
como todos os modos verbais. Para fins da prova objetiva, é mais importante,
contudo, reconhecer flexões, características e funções dos tempos verbais do que
dominar todas as conjugações.

A coordenação dos tempos verbais na narrativa merece atenção especial, para


questões tanto de gramática quanto de interpretação de texto. Trataremos desse
aspecto do estudo dos verbos em diferentes contextos e aplicações para fins de
prova.

• BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA:

Bescherelle. La conjugaison pour tous. Hatier, 2012 (livre ou ebook)

Application Bescherelle. La conjugaison pour tous pour iPad et iPhone disponible


sur iTunes

• SÍTIOS DE ACESSO GRATUITO RECOMENDADOS:

Dicionário Larousse: http://larousse.fr/

Conjugaison française et grammaire des verbes: http://www.conjugaison.com/

L’Obs - La conjugaison: http://la-conjugaison.nouvelobs.com/

Le Figaro - Le conjugueur: http://leconjugueur.lefigaro.fr/

• EXERCÍCIOS GRATUITOS

Français facile: http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-


2/exercice-francais-57018.php

L’Obs - Exercices de conjugaison: http://la-


conjugaison.nouvelobs.com/exercice/conjugaison-0-39.php
Collegial Centre for Educational Materials Development - Amélioration du français:
http://www.ccdmd.qc.ca/fr/exercices_pdf/?id=36#

Le point du FLE (français langue étrangère):


http://www.lepointdufle.net/grammaire_conjugaison.htm

En français, les verbes sont classés en trois groupes:

• Verbes du premier et deuxième groupe: conjugaison régulière.

• Verbes du troisième groupe: conjugaison irrégulière.

• Il n’est pas nécessaire de maîtriser la conjugaison de la deuxième personne du


singulier, la première et la deuxième personnes du pluriel pour l’épreuve écrite du
CACD; par contre, pour l’épreuve de questions vrai/faux, il faut être capable
d’identifier toutes les personnes du singulier et du pluriel.

a. Les verbes du premier groupe


INFINITIF EN -ER: chanter, jouer, danser, apprécier, payer, etc.

• Verbes réguliers: tous les verbes du groupe se conjuguent de la même manière. La


plupart des verbes en langue française appartient à ce groupe.

• Les nouveaux verbes de la langue française sont conçus sur le modèle du premier
groupe: cliquer, zapper, photographier, télécharger, numériser, etc.

Modèle: le verbe chanter au présent de l’indicatif.

CHANTER

première personne Je chant - e

Singulier deuxième personne Tu chant - es

troisième personne Il, elle chant - e

Pluriel première personne Nous chant - ons

deuxième personne Vous chant - ez


troisième personne Ils, elles chant - ent

• Participe présent: chantant

• Participe passé: chanté/chantée; chantés/chantées

Attention! le verbe aller est un verbe irrégulier du troisième groupe.


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 49.1, 2015: À la ligne 45 «furent» est le passé simple du verbe aller.

Réponse: FAUX - «furent» est le passé simple du verbe être à la troisième personne
du pluriel.

• Aller au passé simple de l’indicatif: elles allèrent;

• Être au passé simple de l’indicatif: elles furent.

QUESTION 34.4, 2014: «fut» (R.16) est le verbe «aller» au passé simple de
l’indicatif.

Réponse: FAUX - «fut» est le passé simple du verbe être à la troisième personne du
singulier.

• Aller au passé simple de l’indicatif: elle alla;

• Être au passé simple de l’indicatif: elle fut.

b. Les verbes du deuxième groupe


INFINITIF EN -IR-: finir, partir, sentir, grandir, bondir, accomplir, etc.

• Verbes réguliers.

• Le participe présent de ces verbes se termine en -issant.

Ex.: Finir → Finissant.

Modèle: le verbe finir au présent de l’indicatif.

FINIR

Singulier première personne Je fin - is


deuxième personne Tu fin - is

troisième personne Il, elle fin - it

première personne Nous fin - issons

Pluriel deuxième personne Vous fin - issez

troisième personne Ils, elles fin - issent

• Participe présent: finissant

• Participe passé: fini/finie; finis/finies

Attention! Le participe présent de certains verbes du troisième groupe en -ir -


(courir, mourir), se termine en -ant.

Ex.: Courir, courant; mourir, mourant.

c. Les verbes du troisième groupe


• C’est le groupe des verbes irréguliers.

• Parmi eux se trouvent les deux auxiliaires être et avoir.

• Il faut bien connaître les verbes irréguliers les plus fréquents en langue française:
être, avoir, faire, dire, pouvoir, aller, voir, savoir, venir, falloir, devoir, croire,
prendre, connaître, permettre, etc.

Le troisième groupe, plus complexe, se divise en trois catégories:

a. Les verbes en -ir-: courir, mourir, venir, tenir...

Quelques exemples:

VENIR, COURIR, TENIR

première personne Je viens/Je cours/Je tiens

Singulier deuxième personne Tu viens/Tu cours/Tu tiens

troisième personne Il, elle vient/Il court/Elle tient


première personne Nous venons/Nous courons/Nous tenons

Pluriel deuxième personne Vous venez/Vous courez/Vous tenez

troisième personne Ils, elles viennent/Elles courent/Ils tiennent

• Participe présent: venant/courant/tenant

• Participe passé: venu, venue; venus, venues/couru, courue; courus, courues/tenu,


tenue; tenus, tenues

b. Les verbes en -oir-: pouvoir, vouloir, devoir, savoir, valoir...

Quelques exemples:

POUVOIR, VOULOIR, VALOIR

première personne Je peux/Je veux/Je vaux

Singulier deuxième personne Tu peux/Tu veux/Tu vaux

troisième personne Il, elle peut/Il veut/Elle vaut

première personne Nous pouvons/Nous voulons/Nous valons

Pluriel deuxième personne Vous pouvez/Vous voulez/Vous valez

troisième personne Ils, elles peuvent/Elles veulent/Ils valent

• Participe présent: pouvant/voulant/valant

• Participe passé: pu (ne s’accorde pas)/voulu, voulue; voulus, voulues/valu, value;


valus, values

c. Les verbes en -re-: prendre, peindre, coudre, rendre, résoudre...

Attention aux terminaisons: Verbes en -dre Verbes en -indre/Verbes en -oudre.

Quelques exemples:

PRENDRE, PEINDRE, RÉSOUDRE


première personne Je prends/Je peins/Je résous

Singulier deuxième personne Tu prends/Tu peins/Tu résous

troisième personne Il, elle prend/Elle peint/Il résout

première personne Nous prenons/Nous peignons/Nous résolvons

Pluriel deuxième personne Vous prenez/Vous peignez/Vous résolvez

troisième personne Ils, elles prennent/Elles peignent/Ils résolvent

• Participe présent: prenant/peignant/résolvant

• Participe passé: pris, prise; pris, prises/peint, peinte; peints, peintes/résolu, résolue;
résolus, résolues
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 44.3, CACD 2014: À la ligne 17 «voulu» est le participe passé du


verbe valoir.

Réponse: FAUX - «Voulu» est le participe passé du verbe vouloir; «valu» est le
participe passé du verbe valoir.

d. Cas spéciaux
i. Conjugaison à deux formes Certains verbes peuvent se conjuguer de deux formes
différentes, comme par exemple:

POUVOIR, présent de l’indicatif

Première forme Deuxième forme

je peux je puis

Singulier tu peux tu peux

il peut il peut

nous pouvons nous pouvons

Pluriel vous pouvez vous pouvez

ils peuvent ils peuvent

S’ASSEOIR, présent de l’indicatif

Première forme Deuxième forme

Singulier je m’assois je m’assieds


tu t’assois tu t’assieds

il s’assoit il s’assied

nous nous assoyons nous nous asseyons

Pluriel vous vous assoyez vous vous asseyez

ils s’assoient ils s’asseyent

PAYER, présent de l’indicatif (et aussi ESSAYER, ESSUYER, RAYER,


ENRAYER, BALAYER...)

Première forme Deuxième forme

je paie je paye

Singulier tu paies tu payes

il paie il paye

nous payons nous payons

Pluriel vous payez vous payez

ils paient ils payent


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 50. 3, CACD 2014:«puis», (R.10) est le présent de l’indicatif du verbe


pouvoir.

Réponse: VRAI - Certains verbes présentent deux formes de conjugaison possibles


au présent de l’indicatif: • POUVOIR: Je peux/je puis • S’ASSEOIR: je m’assois/je
m’assieds • PAYER: je paie/je paye

ii. Verbes défectifs Certains verbes sont appellés défectifs parce qu’ils ne possèdent
pas toutes les formes verbales. Ces verbes ne peuvent pas se conjuguer à toutes les
personnes du singulier et du pluriel ou à tous les temps: • Verbes pronominaux
commençant par «entre»: s’entraider, s’entredéchirer, s’entredétruire,
s’entredévorer, s’entreregarder, s’entretuer...

• Verbes impersonnels: s’agir, falloir, urger...

• Autres verbes défectifs: abstraire, absoudre, accroire, advenir, attraire, avenir,


bienvenir, braire, bruire, chaloir, choir, clore, comparoir, compénétrer, contondre,
courre, déchoir, déclore, dissoudre, distraire, échoir, éclore, enclore, ensuivre(s’),
extraire, faillir, forfaire, frire, gésir, incomber, interpénétrer, issir, malfaire, méfaire,
messeoir, occire, ouïr, paître, poindre, promouvoir, quérir, renaître, résulter, retraire,
sourdre, stupéfaire...

iii. Verbes impersonnels Certains verbes expriment une action ou état qu’on ne peut
pas attribuer à une personne. Ils ne se conjuguent qu’à la troisième personne du
singulier, IL (sujet apparent ou grammatical), qui ne désigne pas un être ou une
chose dans ces cas.

À l’exception de l’impératif, tous les modes et temps peuvent être employés dans
une construction impersonnelle.

Ex.: Il fallait t’inscrire pour participer au concours → au contraire de t’, sujet réel
qui désigne une personne (toi), il, sujet apparent, ne désigne personne; le pronom
sujet sert uniquement à conjuguer le verbe.

Les verbes qui expriment des phénomènes météorologiques sont impersonnels:


brumer, grêler, neiger, pleuvoir, tonner, venter, verglacer...

Falloir, y avoir et s’agir sont des verbes impersonnels.


• Il faut travailler/Il faut beaucoup de travailleurs.

• Il y a un examen à la fin de l’année/Il y a des examens à la fin de l’année.

• Il s’agit de votre avenir/Il s’agit de vos projets.

Des verbes personnels peuvent être employés dans des constructions


impersonnelles.

Ex.: Il faisait froid ce jour-là → il, sujet apparent ≠ Il faisait du pain → il, sujet réel
qui désigne la personne qui faisait du pain.

• Il est arrivé un grand malheur.

• Il est facile de se distraire lorsqu’on étudie chez sa famille.�

• Il convient de partir tôt les jours fériés.


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 40. 3: À la ligne 27 «il» remplace «le sport».

Réponse: FAUX - «Le sport a toute sa place dans la bataille pour l’image, la
popularité et l’attractivité. Il ne s’agit pas seulement de se mettre en ordre de
bataille». → il, sujet apparent dans «Il s’agit», verbe impersonnel.

SUGESTÕES PARA FORMAR UM REPERTÓRIO DE VERBOS: 1. Em primeiro


lugar, é necessário conhecer bem o núcleo de referência dos verbos de uso mais
frequente em língua francesa. Segundo estatísticas do Le Figaro3, os vinte verbos
mais usados são: être, avoir, pouvoir, faire, envoyer, aller, prendre, devoir, voir,
permettre, vouloir, mettre, dire, savoir, partir, appeler, venir, attendre, aimer, joindre.

2. Formada a base, expanda seu repertório e monte uma tabela para facilitar a
consulta e o uso.

Para cada verbo selecionado, inclua:

• A terceira pessoa do singular e a terceira pessoa do plural no presente do


indicativo; • O particípio presente;

• A terceira pessoa do singular e a terceira pessoa do plural no passé composé (que


inclui o particípio passado); • A terceira pessoa do singular e a terceira pessoa do
plural no futuro do indicativo e no condicional presente; • Sinônimos e antônimos
(que variam muito segundo o contexto, pois há várias definições para cada verbo); •
Exemplos em contexto (podem ser tirados de jornais, obras literárias, artigos
acadêmicos...).

• REFERÊNCIAS:

Isabel Botelho Barbosa. Manual do Candidato - Francês. Fundação Alexandre de


Gusmão, 2012.

• Verbes formant le «noyau” de la langue, pages 46-49; • Liste de verbes, pages 141-
169; Dicionário Larousse: http://larousse.fr/
Le Figaro - Liste des verbes les plus fréquents en langue française:
http://leconjugueur.lefigaro.fr/frlistedeverbe.php
2. LES VALEURS DES MODES VERBAUX:
L’INDICATIF, LE SUBJONCTIF, LE
CONDITIONNEL, L’IMPÉRATIF
Conhecer a gama de expressão dos modos verbais em lígua francesa é condição sine
qua non para perceber as variadas nuances na maneira de apresentar e de perceber
ações, fatos e acontecimentos em língua francesa. Essas nuances estão presentes em
todos os tipos de textos: narrativos, descritivos, dissertativos, expositivos e
injuntivos; acadêmicos e jornalísticos; especialmente, em textos literários.

Devido à importância crescente da compreensão e interpretação de textos literários


nas várias fases do CACD, é fundamental ter em mente que o estudo dos verbos tem
dimensões modais, temporais e aspectuais cuja assimilação é indispensável para o
alto desempenho no CACD.

• REFERÊNCIAS RECOMENDADAS:

L’Étudiant - boîte à docs: http://www.letudiant.fr/boite-a-docs/document/les-


valeurs-des-modes-et-temps-verbaux-3206.html

Le web pédagogique: http://lewebpedagogique.com/bac-premiere/bac-de-francais-


valeur-des-temps-et-des-modes/

Collegial Centre for Educational Materials Development - Amélioration du français:


http://www.ccdmd.qc.ca/fr/exercices_pdf/?id=36

Les modes verbaux expriment des nuances dans la manière de percevoir et présenter
les actions et les faits indiqués par les verbes.

La maîtrise de la mise en rapport des modes verbaux, en plus de celle des temps, est
fondamentale pour bien saisir la richesse et la complexité des nuances obtenues
grâce aux propriétés grammaticales de l’utilisation des verbes.

Les modes du verbe sont six au total.

• L’indicatif, le subjonctif, le conditionnel et l’impératif sont des modes personnels


parce qu’ils se conjuguent aux différentes personnes du singulier et du pluriel.

• L’infinitif et le participe ne se conjuguent pas; ce sont des modes impersonnels.


a. L’indicatif
L’indicatif présente un fait ou une action dans sa réalité. Ce mode est employé pour
exprimer les faits, ce qui est vrai.

• C’est le mode de la fonction réferentielle: il sert à décrire et à définir le monde de


manière objective.

• C’est le seul mode qui se conjugue au futur.

• Il comporte quatre temps simples et quatre temps composés. Leur étude sera
l’objet d’une section de ce livre.

b. Le subjonctif
Le subjonctif s’emploie avec des verbes exprimant l’envie, le souhait, le désir,
l’émotion, l’obligation, le doute ou l’incertitude.

• C’est le mode de la subjectivité: il indique les nuances de l’opinion personnelle.

• C’est le mode du doute par excellence; au contraire de l’indicatif, il sert à exprimer


ce qui n’est pas certain.

• Il y a quatre temps au subjonctif: le présent, le passé, l’imparfait et le plus-que-


parfait. Seuls les deux premiers sont couramment utilisés; les deux autres
appartiennent au registre littéraire.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 49.3, 2015: À la ligne 6 «s’endorment» est le présent du subjonctif du


verbe s’endormir.

Réponse: VRAI - «(qu’ils) s’endorment» est le présent du subjonctif du verbe


s’endormir à la troisième personne du pluriel

• Pour identifier le subjonctif, attention à la conjonction que: «pour que ses enfants
souffrants s’endorment».

c. Le conditionnel
Le conditionnel est un mode utilisé pour exprimer un souhait, une hypothèse ou,
comme son nom l’indique, un fait ou une action soumis à une condition.

• C’est le mode de l’hypothèse dans toutes ses gradations, du réel à l’impossible en


passant par l’improbable et par l’imaginaire.

• Parce qu’il a des valeurs temporelles (antériorité; futur du passé) aussi bien que
des valeurs modales (condition, potentiel, irréel, souhait, regret, politesse), certaines
grammaires le classent comme un temps de l’indicatif.

• Le conditionnel se conjugue au présent et au passé. Le conditionnel présent est un


temps simple, alors que les deux formes du conditionnel passé sont des temps
composés qui seront l’objet d’une section de ce livre.

d. L’impératif
• Le mode impératif est utilisé pour exprimer un ordre, une invitation, une
sollicitation, un conseil ou une interdiction.

• C’est le mode du commandement et de la politesse.

• Il se conjugue sans pronoms, uniquement à la deuxième personne du singulier et à


la première et deuxième personnes du pluriel.

• L’ impératif se conjugue au présent et au passé. L’ impératif présent est un temps


simple, alors que l’ impératif passé est un temps composé.
3. LES VALEURS TEMPORELLES ET
ASPECTUELLES DE LA CONJUGAISON
VERBALE
Os tempos verbais expressam muito mais que o momento e a duração de um evento
ou ação no tempo. Além das referências cronológicas, cada tempo verbal indica, de
modo preciso, como se manifesta o evento ou a ação, ou seja, os valores aspectuais.
Por essa razão há vários tempos verbais para cada momento temporal - passado,
presente ou futuro - ou para expressar a condição.

Conhecer os aspectos verbais é essencial para aprofundar a capacidade de


compreensão e interpretação de textos, devido tanto ao nível de complexidade quanto
à rapidez exigida pelas condições de prova.

L’étude des temps verbaux doit inclure la connaissance de leurs valeurs aspectuelles,
en plus des valeurs temporelles. En effet, la conjugaison verbale ne se limite pas à
situer l’action ou le fait dans le temps. Elle donne également des informations sur la
manière dont se déroule l’action ou le fait exprimé par le verbe: c’est ce qu’on appelle
la valeur aspectuelle du temps.

Au-délà des répères concernant le moment (passé, présent, futur), les valeurs
aspectuelles donnent des informations précises sur le mode de manifestation de
l’action ou évènement exprimé par le verbe. L’aspect est essentiel pour comprendre la
différence entre, par exemple, les différents temps du passé qui font a priori référence
au même moment temporel (passé simple, imparfait, passé composé). Si plusieurs
«temps» verbaux existent pour exprimer le même moment temporel, c’est bien pour
représenter la variété de modes de manifestation des faits ou des actions exprimés par
le verbe.

Deux faits peuvent avoir lieu au même moment, mais se dérouler de manières
différentes:

Le passé simple (en bleu foncé) exprime une action passée complètement achevée,
dont la durée est clairement définie (on en connaît le début et la fin).
L’imparfait (en bleu clair) exprime une action passée en cours de déroulement à un
moment qui n’est pas clairement défini (on n’en connaît pas le moment précis du
début et de la fin).

Pour l’épreuve écrite, la maîtrise des conjugaisons à la deuxième personne


(singulier/pluriel) n’est pas nécessaire; cependant, il faut les connaître pour
l’interprétation de textes littéraires dans le cas de questions vrai/faux, à l’instar du
concours de 2014.
4. LE PARTICIPE: FONCTIONS VERBALES
ET ADJECTIVALES
Para assimilar e fixar as regras de concordância dos particípios passado e presente
em suas funções verbais e adjetivais, é recomendável fazer exercícios específicos.
Esse assunto é certamente um dos favoritos de todas as bancas examinadoras,
inclusive a do CACD, como comprova a quantidade de exemplos de questões sobre
particípios nas provas de 2014 e 2015.

• REFERÊNCIAS: Isabel Botelho Barbosa. Manual do Candidato - Francês.


Fundação Alexandre de Gusmão, 2012.

• Accords du participe passé, pages 51-53; exercices, pages 107-114

• EXERCÍCIOS RECOMENDADOS: Accord des participes passés:


http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-francais-
13760.php Participe présent et adjectif verbal:
http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-francais-
13737.php Gérondif: http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-
2/exercice-francais-71992.php

Le participe est un mode impersonnel qui comprend deux temps simples, le


participe présent et passé, et un temps composé, le participe passé composé. On s’en
tiendra aux aspects les plus utiles pour le concours, les fonctions verbales et
adjectivales des participes.

• Participe présent: Chantant, finissant, permettant, partant • Participe passé: Chanté,


fini, permis, parti • Participe passé composé: Ayant chanté, ayant fini, ayant permis,
étant parti

a. Le participe passé
Le participe passé peut être forme verbale, dans les temps composés, ou adjectif
qualificatif.

i. La fonction verbale Le participe passé est employé dans sa fonction verbale soit
dans les temps composés, associé aux auxiliaires avoir ou être, soit dans la
formation de la voix passive.

• Temps composés: • Une féroce guerre civile a éclaté fin 2013 au Soudan du Sud
(auxiliaire avoir) → Le participe passé est invariable.
• Les villageois sont partis de la campagne (auxiliaire être) → Le participe passé
s’accorde en genre et en nombre avec le nom auquel il se rapporte.

• Voix passive: • Le Conseil international de la langue française a été créé


(auxiliaires être+avoir) → Le participe passé s’accorde en genre et en nombre avec
le nom auquel il se rapporte.

ii. La fonction adjectivale • Le participe passé s’accorde en genre et en nombre avec


le nom auquel il se rapporte quant il est employé comme adjectif.

• La maison est bien illuminée le soir. Les exercices corrigés sont très utiles.

Comparez: • Ces gens sont pressés de nous voir. (participe passé) • Ce sont des gens
pressés qui sont venus nous voir. (adjectif) ATTENTION: Si le participe passé est
précédé d’un complément d’objet direct (COD), il s’accorde en genre et en nombre
avec le COD qui le précède. Le COD est placé devant le participe passé si: c’est un
pronom relatif: J’ai fait quelques propositions que la direction a acceptées. (le
pronom relatif COD que précède le participe acceptées).

c’est un pronom personnel: J’ai fait quelques propositions et la direction les a


acceptées. (le pronom personnel les précède le participe acceptées).

c’est une question ou exclamation au sujet du COD: • Quelles propositions la


direction a-t-elle acceptées?

• Je ne sais pas quelles propositions la direction a acceptées!


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 35.3, CACD 2015: Dans «nous les avons choyés, revendiqués» (R.10)
l’accord des participes passés se fait avec «nous».

Réponse: FAUX - Dans «nous les avons choyés, revendiqués» (R.10) l’accord des
participes passés se fait avec «nos défauts».

• Le participe passé des verbes conjugués avec l’auxiliaire avoir est invariable si
aucun complément d’objet direct (COD) ne le précède.

Toutefois, si le participe est précédé d’un COD (repris par un pronom personnel ou
par un pronom relatif), il s’accorde en genre et en nombre avec le COD qui le
précède.

• Nous avons choyé nos défauts → aucun complément d’objet direct ne précède le
participe choyé, invariable dans ce cas.

• Au lieu de corriger nos défauts, nous les avons choyés → le pronom personnel les
précède le participe choyés.

• Les défauts que nous avons choyés → le pronom relatif que précède le participe
choyés.

QUESTION 36.1, CACD 2014: Dans: «La concurrence qui s’est dessinée entre les
pays a suscité leur intervention bénéfique.» (R.17 et 18), le participe passé
«suscité» n’est accordé ni avec le sujet, ni avec le complément d’objet direct.

Réponse: VRAI - La question reprend les termes de la règle d’accord du participe


passé avec l’auxiliaire avoir → Le participe est invariable, sauf exception (voir
item 36.3).

QUESTION 36.2, CACD 2014: Dans: «À la faveur de la crise, leur utilité a été
redécouverte» (R.14), le «e» final de redécouverte marque l’accord du participe
passé avec «utilité».

Réponse: VRAI - La question reprend les termes de la règle d’accord du participe


passé à la voix passive avec les auxiliaires être et avoir → Le participe passé
s’accorde en genre et en nombre avec le nom auquel il se rapporte.

QUESTION 36.3, CACD 2014: Dans: «Les peuples les ont choisis» (R.1 et 2), le
«s» de choisis marque l’accord du participe passé avec le sujet: «les peuples».
Réponse: FAUX - Le participe passé des verbes conjugués avec l’auxiliaire avoir
est invariable si aucun complément d’objet direct (COD) ne le précède. Toutefois,
si le participe est précédé d’un COD (repris par un pronom personnel ou par un
pronom relatif), il s’accorde en genre et en nombre avec le COD qui le précède.

• Les peuples ont choisi les États → aucun complément d’objet direct ne précède le
participe choisi, invariable dans ce cas.

• Au lieu de rejeter les États, le peuples les ont choisis → le pronom personnel les
précède le participe choisis.

• Les États que les peuples ont choisis → le pronom relatif que précède le participe
choisis.

QUESTION 36.4, CACD 2014: Dans: «Les États étaient devenus» (R.12 et 13), le
«s» de devenir marque l’accord du participe passé avec le sujet: «les États».

Réponse: VRAI - La question reprend les termes de la règle d’accord du participe


passé avec l’auxiliaire être → Le participe passé s’accorde en genre et en nombre
avec le nom auquel il se rapporte.

b. Le participe présent
La forme en -ant peut être participe présent (verbe), adjectif verbal ou gérondif.

i. La fonction verbale La forme en -ant est participe présent quand: • Elle est
précédée de la négation «ne»: Il étudie très minutieusement, ne négligeant aucun
détail.

• Elle a u• complément d’objet direct: Ex.: J’ai trouvé cette délégatio• convainquant
les récalcitrants → la délégation convainc les récalcitrants: verbe.

J’ai trouvé cette délégatio• convaincante → la délégation est convaincante: adjectif.

• En général, lorsque l’adverbe qui le modifie est placé après: Les sujets d’épreuve
changeant souvent, il faut se méfier des formules toutes faites.

ii. La fonction adjectivale La forme verbale en -ant est adjectif verbal et varie en
nombre et en genre, quand: • elle est attribut: Il est différent. Elle est différente. Ils
sont exigents. Elles sont influentes.
• Dans les exemples suivants l’adjectif est la première forme:

ADJECTIF (masculin singulier, pluriel; féminin singulier, PARTICIPE


pluriel) PRÉSENT

Adhérent, adhérents, adhérente, adhérentes adhérant

coïncident, coïncidents, coïncidente, coïncidentes coïncidant

confluent/s/e/es confluant

affluent/s/e/es affluant

convergent/s/e/es convergeant

différent/s/e/es différant

excellent/s/e/es excellant

divergent/s/e/es divergeant

équivalent/s/e/es équivalant

négligent/s/e/es négligeant

violent/s/e/es violant

influent/s/e/es influant

communicant/s/e/es communiquant
convaincant/s/e/es convainquant

suffocant/s/e/es suffoquant

provocant/s/e/es provoquant

navigant/s/e/es naviguant

délégant/s/e/es déléguant

fatigant/s/e/es fatiguant

intrigant/s/e/es intriguant

précédent/s/e/es précédant

émergent/s/e/es émergeant

précédent/s/e/es précédant

c. Le gérondif
Le gérondif est invariable; il est formé par le participe présent précédé de la
prépostion en.

Le gérondif peut exprimer: • La cause: En révisant bien ses cours, il a réussi son
examen.

• La condition, la supposition: Il aurait des meilleurs résultats en s’organisant.

• La simultanéité: Ils écoutent de la musique en travaillant.

• La manière, le moyen: Elle révise ses notes en lisant à haute voix.


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 43.3, 2015: L’extrait «On m’eût fort étonné en disant que» (R.7)
pourrait être remplacé, sans changer le sens de la phrase, par on m’aurait fort
étonné si on m’avait dit que.

Réponse: VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le conditionnel


passé deuxième forme et le gérondif.

• La première phrase est formée par le conditionnel passé deuxième forme («On
m’eût fort étonné») accompagné du gérondif («en disant que»).

QUESTION 43.4, 2015: La forme verbale «dissimulant» (R.13) pourrait être


remplacé, sans changer le sens de la phrase par qui dissimulaient.

Réponse: VRAI - La forme verbale «dissimulant» est le participe présent.

Le participe présent est formé par le verbe accompagné du suffixe «-ant» et peut
être adjectif, gérondif et verbe.

• dans sa fonction adjectivale, le participe varie en nombre et en genre.

• le gérondif est invariable; il est formé par le participe présent précédé de la


prépostion e• (voir question 43.3).

• dans sa fonction verbale, le participe est invariable et peut s’accompagner d’un


complément d’objet direct (COD) ou d’un adverbe.

des gerbes de palmiers contournés, dissimulant des architectures bizarres (COD) →


des gerbes de palmiers contournés, qui dissimulaient des architectures bizarres
QUESTION 31.1, 2014: «allant» (R.29) est le verbe aller au gérondif.

Réponse: FAUX - Dans «les pratiques sociales et scientifiques allant dans le sens
du développement durable et viable se multiplient», le participe présent du verbe
aller est utilisé dans sa fonction verbale.

La forme verbale en -ant peut être participe présent, adjectif ou gérondif.

• Le participe présent est invariable; il est suivi d’un complément ou d’un adverbe.

• L’adjectif s’accorde avec le sujet et varie en nombre et en genre; il ne s’écrit pas


dans tous les cas de la même manière que le participe présent.
• Le gérondif est invariable; il est formé par le participe présent précédé de la
préposition en.
5. LES QUATRE TEMPS SIMPLES DE
L’INDICATIF

a. Le présent de l’indicatif
i. Conjugaison des verbes réguliers

Présent de l’indicatif premier groupe deuxième groupe

je/j’ -e aime -is finis

tu -es aimes -is finis

il/elle/on -e aime -it finit

nous -ons aimons -issons finissons

vous -ez aimez -issez finissez

ils/eles -ent aiment -issent finissent

Attention: les verbes du troisième groupe ont trois types de terminaisons.


troisième groupe Générique -dre (exception: -oindre) pouvoir, valoir, vouloir

je/j’ -s mets -ds prends -x peux

tu -s mets -ds prends -x peux

il/elle/on -t met -d prend -t peut

nous -ons mettons -ons prenons -ons pouvons

vous -ez mettez -ez prenez -ez pouvez

ils/ells -ent mettent -ent prennent -ent peuvent

Les auxiliaires

ÊTRE AVOIR

je suis j’ai

tu es tu as

il est il a

nous sommes nous avons

vous êtes vous avez

elles sont elles ont


ii. Valeurs temporelles et aspectuelles • La valeur la plus fréquente du présent est
d’exprimer une action ou un état qui se déroule au moment où l’on parle.

La conférence commence. (La conférence est en train de commencer au moment où


nous parlons.) • Le présent de l’indicatif sert aussi à exprimer un fait toujours vrai. On
l’appelle alors «présent de vérité générale».

La terre est ronde. L’Afrique est un continent. Le portugais est la langue officielle du
Brésil.

• Le présent permet d’exprimer un fait qui se répète (présent d’habitude) ou un état


stable.

Le gouvernement organise tous les ans une conférence sociale. Le Brésil est un pays
démocratique.

• Le présent peut remplacer le futur.

Les présidents de pays de l’IBAS se réunissent à Brasília le mois prochain. (=Ils se


réuniront le mois prochain.)
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 44.1, CACD 2014: Dans «si l’on supprime», (R.4), le verbe supprimer
est au présent de l’indicatif.

Réponse: VRAI - Attention: le mot si peut être suivi de plusieurs structures du


conditionnel.

• La structure Si + présent de l’indicatif/présent de l’indicatif exprime une


condition probable ou pratiquement certaine.

• La structure Si + imparfait/conditionnel présent exprime une condition


hypothétique.

• La structure Si + plus-que-parfait/conditionnel present ou passé exprime une


condition qui ne s’est pas réalisée.

b. L’imparfait
i. Conjugaison des verbes réguliers Les terminaisons de l’imparfait de l’indicatif
sont les mêmes pour tous les verbes réguliers.

L’IMPARFAIT Les terminaisons premier groupe deuxième groupe troisième groupe

je/j’ -ais aimais finissais mettais

tu -ais aimais finissais mettais

il/elle/on -ait aimait finissait mettait

nous -ions aimions finissions mettions

vous -iez aimiez finissiez mettiez


ils/ells -aient aimaient finissaient mettaient

Les auxiliaires

ÊTRE AVOIR

J’étais J’avais

Tu étais Tu avais

Il était Il avait

Nous étions Nous avions

Vous étiez Vous aviez

Elles étaient Elles avaient

ii. Valeurs temporelles et aspectuelles • L’imparfait de l’indicatif sert à présenter un


fait situé dans le passé.

• L’imparfait présente le procès dans son déroulement, en cours d’accomplissement.

Le groupe travaillait quand on frappa à la porte.

• L’action est inachevée, donc imparfaite (au contraire du passé défini= passé
simple).

• Il indique que l’événement n’est plus/pas en cours au moment où l’on parle: il


s’agit d’un passé révolu.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 34.1, 2014: L’utilisation répétée du verbe «aller» à l’imparfait de


l’indicatif traduit un futur proche dans le passé.

Réponse: VRAI - Dans le contexte, l’utilisation répétée du verbe «aller» à


l’imparfait de l’indicatif indique la valeur d’action imparfaite, inachevée, d’un un
futur espéré qui ne s’est pas concrétisé.

QUESTION 34.3, 2014: «Croyions-nous» (R.6) est le verbe «croire» au subjonctif


présent.

Réponse: FAUX - Le verbe «croire» est à l’imparfait de l’indicatif.

Attention: la conjonction de coordination distingue I’imparfait de l’indicatif du


subjonctif présent.

• Imparfait de l’indicatif: nous croyions • Subjonctif présent: que nous croyions


QUESTION 32.3, 2014: Après la chute du mur de Berlin la démocratie s’est
répandue dans toute l’Europe.

Réponse: FAUX - Dans «la démocratie allait désormais se répandre de proche en


proche, croyions-nous», l’utilisation des verbes aller et croire à l’imparfait indique
un futur envisagé qui ne s’est pas produit, qui est resté inachevé. Après la chute du
mur de Berlin, la démocratie ne s’est donc pas immédiatement répandue dans toute
l’Europe.

c. Le passé simple
i. Conjugaison

Passé simple de l’indicatif premier groupe deuxième groupe

je/j’ -ai aimai -is finis

tu -as aimas -is finis


il/elle/on -a aima -it finit

nous -âmes aimâmes -îmes finîmes

vous -âtes aimâtes -îtes finîtes

ils/eles -èrent aimèrent -irent finirent

troisième groupe terminaison 1 terminaison 2 terminaison 3

je/j’ -is pris -us crus -ins vins

tu -is pris -us crus -ins vins

il/elle/on -it prit -ut crut -int vint

nous -îmes prîmes -ûmes crûmes -înmes vînmes

vous -îtes prîtes -ûtes crûtes -întes vîntes

ils/ells -irent prirent -urent crurent -inrent vinrent

Les auxiliaires

ÊTRE AVOIR

Je fus J’eus
tu fus tu eus

Il fut Il eut

nous fûmes nous eûmes

vous fûtes vous eûtes

elles furent elles eurent

ii. Valeurs temporelles et aspectuelles • Le passé simple indique une action ou


évènement complètement terminé dans le passé. Il est aussi appelé «passé défini».
Le passé simple n’est presque jamais employé à l’oral. En français courant, on le
remplace généralement par le passé composé à l’oral.

• Le passé simple exprime aussi un fait ou évènement (notamment historique) situé


dans un passé révolu, sans lien avec le moment de l’énonciation.

• Valeur temporelle: il situe un procès dans le passé.

La Première Guerre mondiale commença le 28 juillet 1914 et termina le 11


novembre 1918.

• Valeur aspectuelle: Le passé simple donne une vision globale de l’action dans le
passé.

La première expédition de Vasco da Gama dura deux ans.

• Valeur itérative (= l’action se répète).

Trois fois de suite, o• sonna l’alarme.

Dans le récit, le passé simple est utilisé avec l’imparfait pour faire ressortir les
évènements et actions en ordre chronologique sur un arrière-plan temporel: Elle
avança. Ses pas marquèrent la neige. Elle aperçut la route qu’elle cherchait.
d. Le futur simple
i. Conjugaison des verbes réguliers

Les terminaisons 1er groupe 2ème groupe 3ème groupe

je/j’ -rai aimerai finirai mettrai

tu -ras aimeras finiras mettras

il/elle/on -ra aimera finira mettra

nous -rons aimerons finirons mettrons

vous -rez aimerez finirez mettrez

ils/elles -ront aimeront finiront mettront

Attention: Si le verbe à l’infinitif termine en -eler ou -eter, soit la consonne doit être
doublée soit il faut ajuoter un accent. Si le verbe à l’infinitif termine en -yer, alors le
y devient i.

appeler → j’appellerai marteler → je martèlerai

jeter → je jetterai acheter → j’achèterai

essuyer → j’essuierai employer → j’ emploierai


• Aller et envoyer sont les seuls verbes en -er qui sont irréguliers au futur.

• Quelques verbes irréguliers au futur: être, avoir, devoir, savoir, faire, mourir,
pouvoir, tenir, savoir, valoir, voir, venir.

Les auxiliaires

ÊTRE AVOIR

je serai j'aurai

tu seras tu auras

il sera il aura

nous serons nous aurons

vous serez vous aurez

elles seront elles auront

ii. Valeurs temporelles et aspectuelles • Le futur simple est le temps de l’action ou


l’évènement qui se déroule dans l’avenir.

• Accompagné d’un adverbe de temps généralisateur tel que «souvent», «toujours»,


«jamais», le futur simple peut exprimer une vérité générale: La guerre ne sera
jamais la solution idéale.

• Le futur simple exprime aussi l’intention, la promesse ou la supposition: Les


Objectifs du développement durable vont remplacer les Objectifs du millénaire pour
le développement.
Un jour, j’irai à New York pour visiter le siège des Nations Unies.

Il sera sans doute difficile de travailler à Rio de Janeiro pendant les jeux
olympiques.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 31.3, 2015: «Amine choisira» (R.26) signifie que Amine changera de
pays.

Réponse: FAUX - «Amine choisira» (R.26) signifie que Amine décidera entre ses
deux nationalités lors de son service militaire. L’emploi du futur de l’indicatif veut
dire que la décision n’avait pas encore été prise au moment dont il est question dans
le texte.
6. LES TEMPS COMPOSÉS DE
L’INDICATIF
a. L’emploi des auxiliaires ÊTRE ET AVOIR
L’auxiliaire avoir s’emploie vec la majorité des verbes dans les temps composés.

L’auxiliaire être est employé: • avec les verbes naître/mourir, aller/venir,


monter/descendre, arriver/partir, entrer/sortir, apparaître, rester, retourner, tomber et
leurs formes composées avec le préfixe re-: renaître, revenir, rentrer, ressortir,
remonter, redescendre, repartir, réapparaître, retomber.

Ex.: Les 70 000 réfugiés sont rentrés selon le Haut-Commissariat aux réfugiés.

• L’auxiliaire être est aussi employé avec les verbes pronominaux: Ex.: Je me suis
perdue dans mon quartier.

• La négation encadre l’auxiliaire, placée avant et après être ou avoir.

Ex.: Les 70 000 réfugiés ne sont pas rentrés selon le Haut-Commissariat aux
réfugiés.

• Dans le cas d’un verbe pronominal, la négation ne...pas se place avant le pronom
et après l’auxiliaire: Ex.: Je ne me suis pas perdue dans mon quartier.

b. Conjugaison des temps composés de l’indicatif


Les temps composés de l’indicatif sont formés d’un auxiliaire (avoir, être) et du
participe passé du verbe.

• Le participe passé s’accorde en genre et en nombre avec le sujet lorsqu’il est


employé avec l’auxiliaire être.

• En règle générale, le participe passé ne s’accorde pas lorsqu’il est employé avec
l’auxiliaire avoir.
• Attention: Le participe passé s’accorde en genre et en nombre avec le complément
d’objet direct (COD) qui le précède.

• Ils ont suivi les conseils qu’elle leur avait donnés.→ qu’ est COD et reprend
l’antécedent conseils.

• Les livres qu’elle a achetés ont coûté cher.→ qu’ est COD et reprend l’antécedent
livres.

• Le passé composé et le futur antérieur sont utilisés plus souvent dans le langage
courant que le plus-que-parfait et le passé antérieur, employés dans le récit pour
marquer l’antériorité.

• La maîtrise du passé composé est indispensable dans les deux modalités de


l’examen. Le plus-que-parfait, le futur antérieur et le passé antérieur sont des temps
du discours littéraire; quoiqu’ils ne soient pas nécessaires pour réussir l’épreuve
écrite, il faut bien les connaître pour interpréter des textes littéraires dans les tests
vrai/faux.

• À chaque temps simple correspond un temps composé:

SIMPLES → COMPOSÉS

présent → passé composé

futur simple → futur antérieur

imparfait → plus-que-parfait

passé simple → passé antérieur

Passé composé Plus-que-parfait Futur antérieur Passé antérieur

Aux. présent + Aux. imparfait + Aux. futur simple + Aux. passé Simple +
participe passé participe passé participe passé participe passé
J’ai mangé/Je J’avais J’aurai mangé/Je serai J’eus mangé/Je suis
suis parti mangé/J’étais parti parti
parti
Tu as mangé/Tu Tu auras mangé/Tu Tu eus mangé/Tu fus
es parti Tu avais seras parti parti
mangé/Tu étais
Elle a parti Elle aura mangé/Elle Elle eut mangé/Elle
mangé/Elle est sera partie Nous fut partie Nous eûmes
partie Elle avait aurons mangé/Nous mangé/Nous fûmes
mangé/Elle était serons partis partis
Nous avons partie
mangé/Nous Vous aurez Vous eûtes
sommes partis Nous avions mangé/Vous serez mangé/Vous fûtes
mangé/Nous partis partis
Vous avez étions partis
mangé/Vous êtes Elles auront Elles eurent
partis Vous aviez mangé/Elles seront mangé/Elles furent
mangé/Vous étiez parties parties
Elles ont partis
mangé/Elles sont
parties Elles avaient
mangé/Elles
étaient parties

c. Le passé composé
i. Emploi du passé composé

Le passé composé exprime des actions ou évènements passés complètement


terminés, en relation avec le présent ou dont les conséquences sont encore sensibles
dans le présent. On forme le passé composé avec l’auxiliaire avoir ou être au présent
de l’indicatif et le participe passé du verbe conjugué. Parce qu’il se construit avec
l’auxiliaire au présent, le passé composé partage avec ce temps plusieurs emplois.
Le passé composé a remplacé le passé simple à l’oral, bien que leurs usages à l’écrit
soient distincts.

Le passé composé exprime des actions liées au moment de l’énonciation:


l’auxiliaire au présent remet forcément à «ici» et à «maintenant». L’emploi du passé
composé peut rendre le récit plus similaire à la communication orale.

Alors qu’avec le passé simple le narrateur se dissocie de ce qu’il raconte, l’auxiliaire


conjugué au présent dans la formation de ce temps maintient les actions narrées
dans l’actualité.
Ex.: Dans le poème Les roses de Saadi, le passé composé est utilisé pour établir des
liens logiques entre des évènements du passé récent («J’ai voulu ce matin te
rapporter des roses») et le moment d’énonciation («Ce soir, ma robe encore en est
tout embaumée»).

J’ai voulu ce matin te rapporter des roses; Mais j’en avais tant pris dans mes
ceintures closes Que les noeuds trop serrés n’ont pu les contenir.

Les noeuds ont éclaté. Les roses envolées Dans le vent, à la mer s’en sont toutes
allées.

Elles ont suivi l’eau pour ne plus revenir.

La vague en a paru rouge et comme enflammée.

Ce soir, ma robe encore en est tout embaumée...

Respires-en sur moi l’odorant souvenir.

Les roses de Saadi. Marceline DESBORDES-VALMORE (1786-1859) ii. Valeurs


temporelles et aspectuelles • Le passé composé exprime le fait accompli par rapport
au présent. Il évoque alors une action ou un événement terminé dont le résultat ou
les conséquences sont liés au présent de parole. Le locuteur est le lien vivant entre
passé et présent. Voilà pourquoi le passé composé peut remplacer le passé simple
àl’oral.

Ex.: Allons enfants de la patrie, le jour de gloire est arrivé.

• Tout comme le présent, le passé composé peut évoquer une vérité générale. Il
évoque alors un état permanent, un fait incontestable, une vérité reconnue ou use
situation récurrente. Le verbe est alors généralement accompagné d’un adverbe de
temps comme jamais, souvent ou toujours.

Ex.: En Grande-Bretagne, même les gauches les plus extrêmes n’ont jamais été pro-
-soviétiques.

• Le passé composé peut aussi être employé avec une valeur d’antériorité dans les
phrases hypothétiques. Il évoque alors un fait ou action dans un futur hypothéthique
qui précède un autre fait, exprimé au futur simple de l’indicatif ou au conditionnel
présent. Le passé composé est alors précédé de la conjonction si.
Ex.: Si tu n’as pas fini ta classe à la fin de la soirée, je t’attendrai.

• Le passé composé peut aussi exprimer des actions ou évènements complètement


achevés dans le passé, fonction identique à celle du passé simple. De plus, le passé
composé peut être utilisé dans sa valeur itérative pour évoquer des faits répétés dans
le passé.

Ex.: Renata a commencé à travailler pour son employeur en 2008 (le moment où
elle a commencé à travailler est un événement complètement achevé).

Céline est allée à la bibliothèque tous les weekends pour étudier (elle y est allée
plusieurs fois).

d. Le plus-que-parfait
i. Valeurs temporelles

Le plus-que-parfait de l’indicatif indique l’antériorité par rapport à un autre moment


du passé. Ce temps du récit permet d’exprimer des actions ou des faits accomplis
dont la durée est indéterminée, situés avant un autre évènement ou action conjuguée
à l’imparfait, au passé composé ou au passé simple.

Ex.: Ils avaient terminé quand nous arrivions (imparfait).

Ils avaient terminé quand nous sommes arrivés (passé composé).

Ils avaient terminé quand nous arrivâmes (passé simple).

Il est également possible d’établir l’antériorité par rapport au moment présent par le
moyen de l’utilisation du plus-que-parfait de l’indicatif. Dans le prochain exemple,
on voit clairement l’antériorité de l’action de recevoir les rapports avant de pouvoir
les lire:

ii. Valeurs aspectuelles

• Valeur itérative ou de répétition: le plus-que-parfait peut exprimer une habitude,


une action ou un fait réitéré.
Ex.: Les mouvements de libération soutenaient officiellement un homme qu’ils
avaient essayé de renverser plusieurs fois.

• Valeur hypothéthique: lorsqu’il est précédé par «si», le plus-que-parfait exprime


une suppositio• au sujet d’une action ou d’un fait qui ne s’est pas réalisé dans le
passé.

Ex.: S’ils avaient voulu semer la zizanie dans la région, les rebelles n’auraient pas
accepté de négocier (en fait, ils ont accepté de négocier; donc, ils ne veulent pas
semer la zizanie dans la région).
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 31.2, 2015: Dans: «Si on avait coulé», le verbe couler est au plus-que-
parfait de l’indicatif.

Réponse: VRAI - Le plus-que-parfait de l’indicatif est un temps du passé qui


permet d’exprimer des faits accomplis dont la durée est indéterminée et qui se situe
avant une autre action en général exprimée à l’imparfait, au passé composé ou au
passé simple, selon la distance par rapport au temps présent.

• Valeur hypothéthique: lorsque le plus-que-parfait de l’indicatif est précédé par


«si», il exprime alors un fait qui ne s’est pas réalisé dans le passé.

«Si on avait coulé le développement durable dans une définition unique et idéale
(...), on aurait alors enfermé son potentiel social innovateur» → Le développement
durable n’a pas été coulé dans une définition unique et idéale; son potentiel social
innovateur n’a donc pas été enfermé.

QUESTION 34.2, 2014: L’utilisation du plus-que-parfait de l’indicatif pour les


verbes «souffler» (R.2) et «lever» (R.3) exprime l’antériorité lointaine par rapport à
un présent.

Réponse: VRAI - Le plus-que-parfait marque l’antériorité: il s’emploie pour


évoquer faits accomplis dont la durée est indéterminée et qui se situent avant une
autre action en général exprimée à l’imparfait, au passé composé ou au passé
simple, selon la distance par rapport au temps présent.

e. Le futur antérieur
i. Valeurs temporelles Comme son nom l’indique, le futur antérieur est un temps du
futur qui exprime l’antériorité par rapport à un autre moment du futur dans le récit.

• Valeur de «passé du futur»: le futur antérieur exprime une action ou fait qui sera
achevé dans le futur avant un autre fait ou action également dans le futur, considéré
comme terminé dans le contexte du discours.

• Cette valeur temporelle permet la projection d’un fait ou d’une action accomplie à
un moment donné dans le futur.

Ex.: Dans deux ans, les travaux seront terminés.


ii. Valeurs aspectuelles • Valeur de conjecture: exprime la supposition, l’hypothèse.

Ex.: Le traducteur n’est pas arrivé. Son vol aura été en retard.

• Valeur de rétrospection/bilan (emploi très courant): Décidément, la seconde


quinzaine d’avril aura été médiocre pour l’industrie nationale.

f. Le passé antérieur
Valeurs temporelles et aspectuelles Valeur de «passé du passé»: le passé antérieur
exprime une action ou un fait antérieur par rapport à une autre action au passé
simple. Il permet donc d’inverser l’ordre chronologique dans le récit.

• Le passé antérieur exprime un fait antérieur par rapport à une autre action au passé
simple: Ex.: Quand ils eurent fini de parler, ils se serrèrent les mains.

• Le passé antérieur peut aussi exprimer un fait passé achevé et précisé par un
adverbe de temps tel que vite, bientôt, etc.: Ex.: Il eut vite fait son choix.
7. LA MISE EN RAPPORT DES TEMPS
VERBAUX: PRÉSENT DE L’INDICATIF,
PASSÉ SIMPLE, PASSÉ COMPOSÉ,
IMPARFAIT
Além de situar ações, eventos, fatos e estados no tempo, os tempos verbais também
servem para expressar aspectos relacionados à maneira como a ação ocorre. Os
aspectos verbais podem enfatizar o começo (sentido incoativo), o desenvolvimento
(sentido cursivo) ou a conclusão de ações, eventos, fatos ou estados (sentido
conclusivo).

Para o falante/escritor que não é nativo, a maneira como os tempos verbais


funcionam em conjunto, bem como os efeitos criados por meio de sua coordenação,
nem sempre são evidentes. Esses efeitos são característicos da escrita em língua
francesa e não se restringem a textos literários ou a artigos acadêmicos sofisticados.

A coordenação dos tempos verbais deve ser o objetivo principal do estudo dos
tempos e modos da conjugação francesa, fundamental para os candidatos ao CACD.
Esse aprendizado não é intuitivo, contudo; além disso, o hábito de traduzir pode
confundir o candidato. Recorrer a um professor experiente pode ser útil para
desenvolver a sensibilidade para nuances de expressão e efeitos de estilo criados por
meio da coordenação dos tempos verbais em língua francesa.

• REFERÊNCIAS RECOMENDADAS: Français facile:


http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-francais-
4754.php Espace français: http://www.espacefrancais.com/les-temps-et-les-valeurs-
des-temps/

Etudes littéraires: http://www.etudes-litteraires.com/valeurs-temporelles.php

Le présent de l’indicatif, le passé simple, le passé composé et l’imparfait sont les


temps du récit. Au-delà des informations d’ordre temporel (passé, présent, futur)
leur mise en rapport crée des effets et des impressions qui expriment des aspects du
procès, c’est-à-dire de la manière dont se déroule le fait ou l’action.

a. Les fonctions des temps verbaux: chronologique,


reférentielle, historique, narrative, intemporelle
Observez: «La Naissance du monde moderne, 1780-1914», de Christopher Bayly, se
présente sous la forme d’une histoire thématique du monde qui couvre une période
allant de 1780, début de l’Ère des révolutions, à 1914, date à laquelle éclate une
Première Guerre mondiale qui va provoquer le démembrement du système
contemporain des États et des empires. Il montre comment il est possible de
rapprocher des évolutions historiques et des enchaînements d’événements traités
indépendamment les uns des autres dans le cadre de travaux d’histoire nationale ou
régionale. Ce faisant, il met en évidence l’existence à l’échelle planétaire de
rapports et d’interdépendances relatifs à des changements politiques et sociaux qui
ont très largement précédé le début d’une «mondialisation» dont on s’accorde à
considérer qu’elle a débuté en 19454».

• Présent historique: Le présent est «historique» quand il est utilisé de manière


continue dans le récit pour établir un contexte dans lequel se déroulent les
évènements et actions passés.

Exemple: «(...) une période allant de 1780, début de l’Ère des révolutions, à 1914,
date à laquelle éclate une Première Guerre mondiale (...)».

• Fonction référentielle du présent de l’indicatif: Le présent de l’indicatif est utilisé


pour informer, expliquer, présenter des vérités et des faits.

Exemple: «La Naissance du monde moderne, 1780-1914», de Christopher Bayly, se


présente sous la forme d’une histoire thématique du monde qui couvre une période
allant de 1780, début de l’Ère des révolutions (...)».

• Valeur intemporelle du présent: Le présent est aussi couramment utilisé pour


évoquer un événement ou fait qui dépasse le moment d’énonciation, un horizon au-
delà du présent immédiat: une vérité générale, une habitude ou un état immuable.

Exemple: «(...) il est possible de rapprocher des évolutions historiques et des


enchaînements d’événements traités indépendamment les uns des autres dans le
cadre de travaux d’histoire nationale ou régionale».

«(...) on s’accorde à considérer qu’elle a débuté en 1945».

• Passé composé et présent de l’indicatif: Le passé composé évoque un événement


passé encore en contact avec le présent et peut être employé pour marquer
l’antériorité par rapport au présent.

Exemple: «Il met en évidence l’existence à l’échelle planétaire de rapports et


d’interdépendances relatifs à des changements politiques et sociaux qui ont très
largement précédé le début d’une «mondialisation» dont on s’accorde à considérer
qu’elle a débuté en 1945».

b. La mise en rapport des trois passés: passé simple, passé


composé, imparfait
Observez: «Non seulement les répercussions de certains événements décisifs,
comme les révolutions européennes de 1789 ou de 1848, affectèrent d’autres
sociétés un peu partout dans le monde, mais elles se conjuguèrent aux convulsions
nées au sein même de ces sociétés. Par ailleurs, des événements survenus en dehors
du centre embryonnaire d’une économie industrielle mondiale en Amérique et en
Europe, comme par exemple les rébellions qui touchèrent la Chine et l’Inde au
milieu du XIXe siècle, eurent un impact sur ce même centre, contribuant à façonner
son idéologie et à dessiner de nouveaux conflits politiques et sociaux. À mesure que
les événements mondiaux devenaient plus interdépendants, les modes d’action des
hommes et des femmes s’ajustèrent les uns par rapport aux autres, puis
commencèrent à acquérir des traits communs partout dans le monde»5.

• Valeur temporelle du passé simple: il situe un procès dans le passé révolu, sans lien
avec le moment de l’énonciation (hier, jadis, en 1848...)6.

• Passé simple × passé composé: Le passé simple est utilisé pour décrire les
évènements, actions ou états complètement terminés dans le passé lointain. Le passé
composé est utilisé pour décrire les évènements, actions ou états dans le passé récent
ou dont l’influence se fait sentir dans le présent. Á l’oral, le passé composé a
remplacé le passé simple. Par contre, à l’écrit, il faut bien distinguer les fonctions
des deux temps pour plus de clarté et de précision.

• Passé simple × imparfait: Dans le récit, l’imparfait présente le «tableau de fond»,


l’action en cours d’accomplissement, sans préciser son début ou sa fin. Le passé
simple présente l’action de manière dynamique, les évènements qui font progresser
le récit.

Exemple: «À mesure que les événements mondiaux devenaient plus


interdépendants, les modes d’action des hommes et des femmes s’ajustèrent les uns
par rapport aux autres, puis commencèrent à acquérir des traits communs partout
dans le monde».

• Passé simple et ordre chronologique: Le passé simple est souvent utilisé pour
évoquer des actions multiples en succession chronologique. Il n’est pas nécessaire
de préciser l’ordre chronologique à l’aide d’un complément.

Exemple: «les modes d’action des hommes et des femmes s’ajustèrent les uns par
rapport aux autres, puis commencèrent à acquérir des traits communs partout dans le
monde» (même sans l’emploi de l’adverbe puis, la succession d’actions indiquées
par le passé simple exprime l’ordre chronologique).
8. LES QUATRE TEMPS DU SUBJONCTIF
Le subjonctif est le mode de l’expression du sentiment, du doute et de l’opinion:
c’est donc le mode de la subjectivité. Le subjonctif est très utile pour argumenter et
pour soutenir son point de vue dans les réponses aux questions du type «d’après
vous». Il suffit de maîtriser l’emploi de la troisième personne du singulier au présent
du subjonctif pour l’épreuve écrite; il est cependant nécessaire de connaître tous les
temps du subjonctif pour bien comprendre et interpréter des textes littéraires.

Le subjonctif se conjugue au présent, au passé, à l’imparfait et au plus-que-parfait.

Des quatre temps du subjonctif, seuls le présent et le passé sont utilisés à l’oral.
L’imparfait et le plus-que-parfait du subjonctif sont d’ usage littéraire; ils ne
s’utilisent qu’à l’écrit à la troisième personne. Dans sa construction, on ajoute la
conjonction «que» ou «qu’» devant le verbe; les verbes au subjonctif se retrouvent
donc dans une proposition subordonnée.

a. Le subjonctif présent

Pronoms premier groupe deuxième groupe troisième groupe

que je/j’ -e chante -isse finisse -e parte

que tu -es chantes -isses finisses -es partes

qu’il/qu’elle/qu’on -e chante -isse finisse -e parte

que nous -ions chantions -issions finissions -ions partions

que vous -iez chantiez -issiez finissiez -iez partiez

qu’ils/qu’elles -ent chantent -issent finissent -ent partent

b. Le subjonctif passé
ATTENTION: Le participe passé s’accorde avec le pronom sujet dans les
constructions avec l’auxiliaire être.

Auxiliaire Participe passé Auxiliaire Participe passé


Pronom Pronom
(avoir) (finir) (être) (venir)

que j’ aie fini que je sois venu

que tu aies fini que tu sois venu

qu’il ait fini qu’l soit venu

que que
ayons fini soyons venus
nous nous

que que
ayez fini soyez venus
vous vous

qu’ils aient fini qu’ils soient venus

c. L’imparfait du subjonctif

Personne Chanter Finir Tenir

que je chant - a - ss - e chant - a - fini - ss - e fini - ss - es t - in - ss - e t - in - ss


ss - es chant - â - t chant - a finî - t fini - ss - i - ons - es t - în - t t - in - ss
que tu - ss - i - ons chant - a - ss - i fini - ss - i - ez fini - ss - i - ons t - in - ss - i -
- ez chant - a - ss - ent - ent ez t - in - ss - ent
qu’il

que nous

que vous

qu’ils
Personne Ouvrir Pouvoir Venir

que je

que tu
ouvr - i - ss - e ouvr - i - ss - p - u - ss - e p - u - ss - v - in - ss - e v - in -
qu’il es ouvr - î - t ouvr - i - ss - i es p - û - t p - u - ss - i ss - es v - în - t v - in
- ons ouvr - i - ss - i - ez - ons p - u - ss - i - ez - ss - i - ons v - in - ss
que nous
ouvr - i - ss - ent p - u - ss - ent - i - ez v - in - ss - ent
que vous

qu’ils

d. Le plus-que-parfait du subjonctif

Auxiliaire Participe passé Auxiliaire Participe passé


Pronom Sujet
(avoir) (finir) (être) (venir)

que j’ eusse fini que je fusse venu

que tu eusses fini que tu fusses venu

qu’il eût fini qu’il fût venu

que que
eussions fini fussions venus
nous nous

que que
eussiez fini fussiez venus
vous vous

qu’ils eussent fini qu’ils fussent venus


i. Valeurs aspectuelles: les nuances de l’expression subjective du sentiment et de
l’opinion Le subjonctif exprime le doute, la possibilité, la crainte, le souhait,
l’invocation, le regret, l’obligation, la volonté et le jugement.

Il est à craindre qu’elles ne rentrent pas ce soir


La crainte
J’ai peur que vous vous trompiez

J’aimerais qu’elle fasse son travail

Le souhait/le désir Je désire que tu aies du succès

Je souhaite que nous nous réunissions

≠J’espère que + (Indicatif) J’espère qu’elle viendra

Il semble que vous n’ayez rien compris


Le jugement
Il est temps que vous sachiez conduire

Je demande qu’elle quitte ce lieu


La requête
Je recommande qu’il apprenne à conduire

Le contentement Je suis contente que vous soyez là

Le regret Il est dommage qu’elle ne soit pas venue

L’obligation Il faut qu’elle parte à l’heure


C’est aussi le mode d’expression du jugement personnel et intellectuel et de
l’opinion.

On peut employer le subjonctif

• soit dans des expressions impersonnelles à la troisième personne du singulier: il se


peut que, il est possible/impossible/probable/improbable que, il faut que...

• soit avec des verbes d’expression de l’opinion: croire, penser, affirmer, être sûr,
compter, s’imaginer, trouver, deviner, supposer, deviner, s’attendre à ce que...

• La possibilité: Il se peut que tu gagnes le jeu.

• Le doute: Il est improbable que vous retrouviez vos amis dans la foule.

• Le doute: Il est possible que tu reçoives beaucoup d’invitations.

ATTENTION: «Il est probable que» s’accompagne de l’ Indicatif et exprime


l’OBJECTIVITÉ: probabilité > possibilité

Il est probable que tu recevras beaucoup d’invitations.

ii. Valeus aspectuelles: la certitude altérée Les expressions impersonnelles qui créent
des nuances de la certitude (plus certai•  moins certain) sont suivies du subjonctif.

ATTENTION: certitude altérée: subjonctif ≠ certitude: indicatif Il est curieux que,

Il est bizarre que,

Il semble que MAIS ≠ Il me semble que + Indicatif; Il paraît que + Indicatif, Il est
invraisemblable que,

Il vaut mieux que

Il est souhaitable que

Il est dommage que

Il est improbable que

Il est incertain que

Il est inexact que

Il est peu probable que MAIS ≠ Il est probable que + indicatif Il est surprenant que

Il est absurde que


CERTITUDE: INDICATIF CERTITUDE ALTÉRÉE: SUBJONCTIF

Affirmation Je m’attends à ce qu’il sache


Affirmatio• Je crois qu’il sait la vérité
la vérité/Je crois qu’il sache la vérité.

Interrogatio• Est-ce que tu crois qu’il sait Interrogation Crois-tu qu’il sache la
la vérité?/Crois-tu qu’il sait la vérité? vérité?

Négatio• Je crois qu’il ne sait pas la Négation Je ne crois pas qu’il sache la
vérité. vérité
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 29.4, 2015: Au lieu de «sans qu’on m’eût regardé», (R.28) on pourrait
dire aujourd’hui sans qu’on me regarde.

Réponse: VRAI - Dans «qu’ on m’ eût regardé» le verbe regarder est conjugué au
conditionnel passé deuxième forme.

• Le conditionnel passé deuxième forme (identique au plus-que-parfait du


subjonctif) est une variante littéraire et soutenue de la première forme du
conditionnel passé, rarement utilisée en français courant.

• Aujourd’hui, l’usage du subjonctif présent («qu’on me regarde») est plus


fréquent.

QUESTION 49.3, 2015: À la ligne 65 «s’endorment» est le présent du subjonctif


du verbe s’endormir.

Réponse: VRAI - «(qu’ils) s’endorment» est le présent du subjonctif du verbe


s’endormir à la troisième personne du pluriel.

• Pour identifier le subjonctif, attention à la conjonction que: «pour que ses enfants
souffrants s’endorment».

QUESTION 34.3, 2014: «Croyions-nous» (R.6) est le verbe «croire» au subjonctif


présent.

Réponse: FAUX - Attention: la conjonction de coordination distingue I’imparfait


de l’indicatif du subjonctif présent.

• Imparfait de l’indicatif: nous croyions.

• Subjonctif présent: que nous croyions.


9. LE CONDITIONNEL
Algumas gramáticas classificam o condicional como o quinto tempo do indicativo.
Essa classificação é justificada pelo fato de que o condicional tem em comum com o
futuro a característica de expressar aquilo que é hipotético: provável, imaginário ou
impossível. Logo, se o condicional é tão semelhante ao futuro, não precisaria ser
classificado como um modo à parte.

Como o objetivo desta obra é a preparação para o CACD, adotaremos, todavia, a


classificação tradicional, que define o condicional como modo de expressão
hipotética. Essa categorização, mais prática para fins pedagógicos, permite ao
falante não nativo compreender com clareza as diferenças ente a linguagem
referencial (modo indicativo) e a expressão da hipótese (modo condicional). Além
disso, essa categorização também foi adotada pelo Manual do Candidato (FUNAG,
2013).

• REFERÊNCIAS E EXERCÍCIOS RECOMENDADOS: Reverso:


http://grammaire.reverso.net/1_1_19_Le_conditionnel.shtml CCDMD - Valeur du
conditionnel-temps:
http://www.ccdmd.qc.ca/media/allo_val_mode_101Allophones.pdf CCDMD -
Valeur du conditionnel-mode:
http://www.ccdmd.qc.ca/media/allo_val_mode_102Allophones.pdf

a. Emploi du conditionnel
Le conditionnel est caractérisé comme un futur hypothétique; il permet de formuler
un avenir possible sous certaines condidions, mais qui n’est pas certain. Le
conditionnel a des valeurs temporelles et modales.

Les grammaires modernes classent le conditionnel comme un temps de l’indicatif.


Pour les fins du concours, il est plus pratique du point de vue pédagogique de
catégoriser le conditionnel comme le mode d’expression de l’hypothèse, de la
possibilité ou de l’imaginaire. Ainsi peut-on clairement le distinguer de l’indicatif,
le mode de l’objectivité, et du subjonctif, le mode de la subjectivité. De plus, c’est la
classification adoptée par le Manual do Candidato (FUNAG, 2013).

Pour l’épreuve écrite, seul le conditionnel présent est indispensable. Il est cependant
important de connaître les deux formes du conditionnel passé pour la
compréhension et l’interprétation de textes littéraires.

b. Conjugaison
i. Le conditionnel présent Le conditionnel présent est formé par le radical du futur
simple avec les terminaisons de l’imparfait. Le conditionnel présente donc toutes les
irrégularités et les exceptions du futur.

pronom premier groupe Autres groupes (deuxième et troisième)

je/j’ -erais aimerais -rais finirais

tu -erais aimerais -rais finirais

il/elle/on -erait aimerait -rait finirait

nous -erions aimerions -rions finirions

vous -eriez aimeriez -riez finiriez

ils/elles -eraient aimeraient -raient finiraient

ii. Le conditionnel passé à la première forme Le conditionnel passé à la première


forme est un temps composé formé par l’auxiliaire être ou avoir au conditionnel
présent suivi du participe passé.

Pronoms premier groupe: raconter deuxième groupe: finir troisième groupe: partir

J’/Je aurais chanté aurais fini serais parti(e)

Tu aurais chanté aurais fini serais parti(e)

Il/elle/on aurait chanté aurait fini serait parti(e)

Nous aurions chanté aurions fini serions parti(e)s


Vous auriez chanté auriez fini seriez parti(e)s

Ils/elles auraient chanté auraient fini seraient parti(e)s

iii. Le conditionnel passé à la deuxième forme Le conditionnel passé à la deuxième


forme est un temps composé formé par l’auxiliaire être ou avoir à l’imparfait du
subjonctif suivi du participe passé qui s’accorde avec le sujet si l’auxiliaire est être.

Cette forme est identique au subjonctif plus-que-parfait sans la préposition «que».


Propre du registre littéraire, elle est très rare en français courant.

Pronoms premier groupe: raconter deuxième groupe: finir Troisième groupe: partir

J’/Je eusse chanté eusse fini fusse parti(e)

Tu eusses chanté eusses fini fusses parti(e)

Il/elle/on eût chanté eût fini fût parti(e)

Nous eussions chanté eussions fini fussions parti(e)s

Vous eussiez chanté eussiez fini fussiez parti(e)s

Ils/elles eussent chanté eussent fini fussent parti(e)s


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 29.4, CACD 2015: Au lieu de «sans qu’on m’eût regardé», (R.28) on
pourrait dire aujourd’hui sans qu’on me regarde.

Réponse: VRAI - Dans «qu’ on m’ eût regardé» le verbe regarder est conjugué au
conditionnel passé deuxième forme.

• Le conditionnel passé deuxième forme (identique au plus-que-parfait du


subjonctif) est une variante littéraire et soutenue de la première forme du
conditionnel passé, rarement utilisée en français courant.

• Aujourd’hui, l’usage du subjonctif présent («qu’on me regarde») est plus


fréquent.

QUESTION 43.3, CACD 2015: L’extrait «On m’eût fort étonné en disant que»
(R.7) pourrait être remplacé, sans changer le sens de la phrase, par on m’aurait fort
étonné si on m’avait dit que.

Réponse: VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître Le conditionnel


passé deuxième forme et le gérondif.

• La première phrase est formée par le conditionnel passé deuxième forme («On
m’eût fort étonné») accompagné du gérondif («en disant que»).

• Le conditionnel passé deuxième forme («On m’eût fort étonné», identique au


plus-que--parfait du subjonctif) est une variante littéraire et soutenue de la première
forme du conditionnel passé, rarement utilisée. Le conditionnel passé première
forme («on m’aurait fort étonné») est plus fréquent en français courant.

• Le gérondif est invariable; il est formé par le participe présent (disant) précédé de
la prépostion en. Dans l’extrait, le gérondif exprime la cause de l’étonnement. Il
peut donc être remplacé par si on m’avait dit que sans changer le sens de la phrase.

i. Valeurs temporelles • Valeur de futur du passé: de même que le futur exprime


l’avenir par rapport au présent, le conditionnel présent exprime le futur vu à partir
d’un moment du passé.

Ex.: Virginie pensait que Paul viendrait.


• Le conditionnel passé évoque aussi une action future accomplie: Ex.: La
population espérait que les élections seraient terminées à cette heure.

ii. Valeurs aspectuelles Le conditionnel peut indiquer l’imaginaire, la possibilité,


l’irréel, une opinion illusoire ou une incertitude. On parle donc de potentiel
(possible) et d’irréel (imaginaire) du conditionnel.

• Potentiel: la condition n’est pas présente au moment de l’énonciation, mais elle est
considérée comme une possibilité réalisable, quoique hypothétique.

Ex.: Des nouvelles sanctions contre le pays feraient plus de mal que de bien.

• Irréel: dénote une possibilité qui ne s’est pas réalisée.

Ex.: Si les États-membres avaient montré plus de détermination, la Société des


Nations aurait pu mener sa mission à bien.

• Valeur de précaution journalistique: l’auteur prend de la distance par rapport à


l’assertion.

Ex.: Il se pourrait que Poutine déclenche une nouvelle guerre.

• Valeur d’imaginaire: on suspend la réalité pour évoquer un monde possible.

Ex.: On vivrait en paix si toutes les armes nucléaires étaient éliminées.

• Valeur de possibilité: exprime une réalité en potentiel.

Ex.: Si vous vouliez travailler, vous seriez excellent.

• Expression d’une opinion illusoire, fausse.

Ex.: On les croirait inoffensives, mais ces manifestations mobilisent l’insatisfaction


populaire.

• Valeur d’incertitude: présente un fait dont on n’est pas sûr.

Ex.: Selon les autorités, les otages auraient été libérés.


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 44.1, CACD 2014: Dans «si l’on supprime», (R.4), le verbe supprimer
est au présent de l’indicatif.

Réponse: VRAI - Attention: le mot si peut être suivi de plusieurs structures du


conditionnel.

• La structure Si + présent de l’indicatif/présent de l’indicatif exprime une


condition probable ou pratiquement certaine.

• La structure Si + imparfait/conditionnel présent exprime une condition


hypothétique.

• La structure Si + plus-que-parfait/conditionnel present ou passé exprime une


condition qui ne s’est pas réalisée.
10. L’IMPÉRATIF
a. L’impératif présent
Le mode impératif peut exprimer un ordre, une invitation, une sollicitation, un
conseil, une prière ou une interdiction.

• C’est le mode du commandement et de la politesse.

• Il se conjugue sans pronoms, uniquement à la deuxième personne du singulier et à


la première et deuxième personnes du pluriel.

Premier groupe Deuxième groupe Troisième groupe

CHANTER FINIR COMPRENDRE COURIR S’INSCRIRE

Chante Finis Comprends Cours Inscris-toi

Chantons Finissons Comprenons Courons Inscrivons-nous

Chantez Finissez Comprenez Courez Inscrivez-vous

Voici quelques exemples de l’utilisation littéraire de l’impératif présent: • Invitation:


«Mon enfant, ma soeur,

Songe à la douceur D’aller là-bas vivre ensemble!»

Charles Baudelaire. L’invitation au voyage. Les Fleurs du Mal, 1857

• Interdiction: «Ne touche pas à mon âme!

Elle est divine

Ne touche pas à ma croyance C’est ma vitrine»


Par Youri Zlatan, 2015 http://www.sms-d-amour-poeme.com/2015/11/ne-touche-
pas-mon-ame.html#ixzz3usOffNRQ

• Prière, supplique: «Et les femmes criaient: - Rends-nous ce petit être.

Pour le faire mourir, pourquoi l’avoir fait naître?»

Victor Hugo, Mors. Les Contemplations (1856).

• Ordre: «Semons le droit; qu’il soit bonheur, gloire et clarté!

Semons l’homme et qu’il soit peuple! semons la France, Et qu’elle soit Humanité!»

Victor Hugo, Aux proscrits, 1870.

• Conseil: Profitez de ce temps si doux!

Vivez! - La joie est vite absente; Et les plus sombres d’entre nous

Ont eu leur aube éblouissante.

Victor Hugo. A Mlle Fanny de P. Les rayons et les ombres.


b. L’impératif passé
Le mode impératif peut exprimer dans sa forme passée, un ordre, une invitation, une
sollicitation, un conseil, une prière ou une interdiction. L’impératif passé exprime
l’antériorité par rapport à une autre action ou évènement. Ce temps composé
s’utilise très rarement en langue courante.

• Il se conjugue sans pronoms, uniquement à la deuxième personne du singulier et à


la première et deuxième personnes du pluriel.

• Il est formé par l’auxiliaire avoir ou être au présent de l’impératif suivi du


participe passé. Il faut bien connaître les règles d’accord du participe passé.

Auxiliaire (avoir) Participe passé (finir)

aie fini

ayons fini

ayez fini

Auxiliaire (être) Participe passé (venir)

sois venu(e)

soyons venu(e)s

soyez venu(e)s

Ex.: Ayez terminé votre travail avant le 20 décembre.

Soyons partis dès que le dîner sera fini.


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 43.1, CACD 2015: Dans «n’y songez plus» (R.41) le verbe est à
l’impératif.

Réponse: VRAI - Le mode impératif se conjugue sans pronoms et exprime un


ordre, une requête, un conseil (phrases affirmatives) ou une interdiction, une
recommandation (phrases négatives).
11. LES ADVERBES
O estudo detalhado dos advérbios sempre foi importante para adquirir fluência e
precisão na expressão escrita. Esse conhecimento tornou-se essencial para as provas
objetivas aplicadas em 2014 e 2015.

Além de hábitos de leitura regulares, a prática de exercícios é necessária para


dominar as regras de modo a responder o tipo de questões cobradas no CACD.

• REFERÊNCIAS: Isabel Botelho Barbosa. Manual do Candidato -Francês.


Fundação Alexandre de Gusmão, 2012.

• Adverbes, pages 56-60

• EXERCÍCIOS RECOMENDADOS: Le point du FLE:


http://www.lepointdufle.net/adverbes.htm Français facile:
http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-francais-
22261.php CCDMD - Amélioration du français:
http://www.ccdmd.qc.ca/fr/materiel_allophones/?id=46

Un adverbe est un mot invariable qui complète le sens d’un verbe, d’un adjectif ou
d’un autre adverbe.

Ex.: Elle travaille [très] vite./Il est très habile.

a. Les formes de l’adverbe


• sans suffixe: ensemble, partout, souvent, très, peut-être...

• suffixe en -ment après l’adjectif au féminin en -e: heureux, heureuse →


heureusement • suffixe en -emment, -amment: le suffixe remplace la terminaison -
ant ou -ent de l’adjectif au masculin évident → évidemment; courant →
couramment CAS PARTICULIERS

• adjectif en -i poli → poliment • adjectif en -e/-é aisé → aisément; aveugle →


aveuglément • adjectif en -u absolu → absolument • EXCEPTIONS: gentil →
gentiment; grave → gravement ou grièvement; bref → brièvement; précis, précise
→ précisément; profond, profonde → profondément ATTENTION: Il n’est pas
possible de former des adverbes à partir de n’importe quel adjectif.

Inconnu → inconnument; content → contentement; fini → finiment....


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 50.1 2015: À la ligne 18 «quasiment» pourrait être remplacé par


presque sans changer le sens de la phrase.

Réponse: VRAI - Selon le dictionnaire Larousse, l’ adverbe «quasiment» appartient


au registre familier et veut dire presque, à peu près.

b. Les types d’adverbes


• Adverbes de manière: ainsi, bien, comme, comment, ensemble, incognito, mal,
mieux, pis, plutôt, vite, volontiers...

• Adverbes de temps: alors, après, aujourd’hui, auparavant, aussitôt, antam,


autrefois, avant, depuis, depuis lors, désormais, dorénavant, encore, enfin, ensuite,
hier, jadis, lors de, naguère, jamais, longtemps, maintenant, parfois, puis,
quelquefois, sitôt, soudain, souvent, tard, tôt, toujours...

• Adverbes de lieu: ailleurs, autour, dedans, dehors, derrière, dessous, dessus,


devant, ici, là, loin, où, partout, près, proche...

• Adverbes d’intensité/de quantité: assez, aussi, autant, beaucoup, bien, combien,


davantage, environ, fort, guère, mais, moins, peu, plus, presque, quelque, si, tant,
tellement, très, trop...

CAS PARTICULIERS

• Adjectifs employés comme adverbes: bas, bon, cher, clair, dur, faux, ferme, fort,
haut, lourd, mauvais, meilleur.

Ex.: Cet instrument sonne faux, mais il ne coûte pas cher. Ils vont couper court à
leur discussion. L’air de la campagne sent bon.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 35.2, 2015: Dans «Cela fait bien longtemps» (R.4), le mot «bien»
signifie très.

Réponse: VRAI - Selon la trosième définition de l’adverbe «bien» dans le


dictionnaire Larousse, le mot marque l’intensité.

QUESTION 50.3, 2015: À la ligne 29 «Lors» pourrait être remplacé par Lorsque
sans rien changer à la phrase.

Réponse: FAUX - Dans le texte, le mot «Lors» est utilisé dans l’adverbe lors
de(du).

• Lors de/du/de la/des veut dire à l’époque, au moment d’un événement et ne


pourrait pas être remplacé par quand.

• Lorsque n’est pas un adverbe, mais une conjonction qui exprime la simultanéité,
la concomitance dans le temps et pourrait être remplacée par quand.

QUESTION 46.1, 2014: «Partout» (R.14) est un adverbe de lieu signifiant: dans
tous les endroits.

Réponse: VRAI - La question reprend les termes de la première définition du mot


dans le dictionnaire Larousse.

QUESTION 50.2, 2014: «désormais», (R.6) est un synonyme de dorénavant.

Réponse: VRAI - La question reprend un terme de la définition du mot dans le


dictionnaire Larousse.

• Les adverbes désormais et dorénavant marquent le point de départ dans le temps


et veulent dire à partir de maintenant, de ce moment.

c. Les adverbes d’opinion


• Adverbes d’affirmation: assurément, bien, bien sûr, certainement, certes, d’accord,
d’ailleurs, effectivement, en vérité, évidemment, naturellement, oui, parfaitement,
sans aucun doute*, sans faute, si, sûrement, vraiment, voire...
• Adverbes de doute: apparemment, peut-être, peut être que, probablement,
probablement que, sans doute*, sans doute que, vraisemblablement...

• Adverbes de négation: jamais, ne, ne…aucunement, ne…guère, ne…pas, ne…


jamais, ne…nullement, ne…personne, ne…plus, ne…point, ne…rien, non, non plus,
non seulement, nullement, pas, pas du tout, personne, rien...

• Adverbes d’interrogation: combien, comment, depuis quand, d’où, jusqu’à quand,


où, par où, pourquoi, quand, que, si...

*ATTENTION: sans doute = peut-être; sans AUCUN doute = certainement pas.


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 27.3, 2014: «Avez-vous jamais cherché» pourrait être remplacé, sans
changer le sens du texte par: avez-vous déjà cherché.

Réponse: VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître les sens de
l’adverbe jamais: • Sans négation, jamais indique un temps quelconque, dans le
passé ou le futur, et est un synonyme de déjà (en anglais: Have you ever...?).

• Avec la négatio• ne, jamais veut dire en aucun temps (en anglais: never).

QUESTION 43.1, 2014: «d’ailleurs» (R.3) est mis ici pour d’autre part.

Réponse: FAUX - Dans «Cela d’ailleurs est le roman lui-même», d’ailleurs


s’emploie comme adverbe de liaison pour indiquer une considération incidente, qui
n’est pas en opposition avec ce qui précède.

• En registre soutenu, d’autre part s’utilise dans la séquence d’une part… d’autre
part, qui introduit deux éléments en opposition.

QUESTION 31.3, 2014: «voire» (R.34): il s’agit du verbe voir au présent du


subjonctif.

Réponse: FAUX - Selon le dictionnaire Larousse, «Voire» est un adverbe qui


indique l’éventualité d’un degré supérieur, d’un sens plus fort.

• «que je voie» est le verbe voir au présent du subjonctif, à la première personne du


singulier.

d. Les adverbes de négation


La négation s’exprime en français par deux adverbes: non ou ne.

Beaucoup d’expressions de négation ou restriction sont formées à partir de non ou


ne.

L’adverbe de négation le plus fréquent est ne...pas, qui équivaut à ne...point en


langage soutenu.

ADVERBES DE NÉGATION
ne...pas/ne… pas du tout ne… nullement

ne… plus ne… pas encore

ne… toujours pas ne… jamais

ne… point ne… personne

ne… aucunement ne… rien


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 28.4, 2015: Dans la phrase: «où je n’étais point connu» (R. 19 et 20),
on peut remplacer «point» par plus, sans changer le sens de la phrase.

Réponse: FAUX - On ne peut pas remplacer «point» par plus sans changer le sens
de la phrase.

• «où je n’étais point connu» veut dire «où je n’étais pas connu du tout»

• «où je n’étais plus connu» veut dire «où je n’étais pas connu, mais je l’avais été
antérieurement»

i. Le «ne» explétif

Le mot ne n’est pas une négation dans certains contextes.

Le mot ne est explétif quand il n’a pas de valeur sémantique. Il s’utilise surtout en
langue soutenue.

Ex.: Elle quitta son pays avant que la guerre ne commence = Elle quitta son pays
avant que la guerre commence.

Il faut empêcher que cette nouvelle ne soit publiée aujourd’hui = Il faut empêcher
que cette nouvelle soit publiée aujourd’hui.

Le ne explétif est souvent utilisé avec les verbes qui expriment

• le doute ou la négation: douter, réfuter, contester, contredire, nier...

• la crainte: appréhender, avoir peur, craindre, redouter, trembler...

• l’interdiction ou la précaution: empêcher, éviter, prendre garde à, s’abstenir de...

Attention: le ne explétif ne s’utilse jamais après le verbe défendre.

e. Les adverbes de restriction


• Ne...que/ne...pas...que
L’expression ne… que n’est pas négative, mais restrictive; elle signifie seulement.
Voilà pourquoi elle s’utilise aussi dans la forme négative.

Ex.: Ces réunions n’ont lieu qu’en fin de semaine → seulement en fin de semaine

Ces réunions n’ont pas lieu qu’en fin de semaine → non seulement en fin de
semaine

• Ne...guère/ne...plus...guère

L’expression ne… guère est restrictive; elle indique une très petite quantité, une
faible intensité et équivaut à ne...pas beaucoup.

Ex.: «Je n’ai guère changé. J’aime à présent mettre les pieds dans les miroirs, agiter
mes bras derrière les meubles, enfermer mon coeur dans la soupière...» Marcel
BÉALU, Jeux, Journal d’un mort, 1946 → Je n’ai presque pas changé.

Elle n’a plus guère de temps libre → Elle n’a presque plus de temps libre.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 46.1, 2015: A la ligne 43 on pourrait changer le mot «guère» par peu
sans changer le sens de la phrase.

Réponse: VRAI - L’adverbe de négation ne...guère indique une quantité minime ou


une fréquence faible; peu, pas très, pas beaucoup, pas souvent.

• Toutefois, en langage soutenu, pour ne pas changer le sens de la phrase ni


commettre de faute, il faudrait changer le mot «guère» à la ligne 43 par que peu ou
enlever le ne de la construction avec le mot peu: • l’esprit ne se soucie guère →
l’esprit se soucie peu/l’esprit ne se soucie que peu Le jury a cependant décidé de ne
pas annuler l’item.

QUESTION 28.4, 2014: Selon le personnage de Lola, lorsque la Patrie est en


danger, même les fous et les lâches sont prêts à la défendre.

Réponse: FAUX - Lola affirme justement le contraire: «Il n’y a que les fous et les
lâches qui refusent la guerre quand leur Patrie est en danger…».

Ne...que: adverbe de restriction → Seulement les fous et les lâches refusent la


guerre quand leur Patrie est en danger.

QUESTION 29.1, 2014: A Piracicaba, le développement durable n’a pas été traité
que sous l’aspect environnemental et social.

Réponse: VRAI - Item jugé particulièrement difficile par les candidats lors de
l’épreuve de 2014.

Pour répondre à cette question, il faut connaître l’adverbe de restriction ne...que


dans ses formes affirmative et négative.

Dans l’adverbe de restriction ne...que, ne n’exprime pas la négation. Voilà pouquoi


l’adverbe peut exprimer aussi bien la restriction, dans sa forme affirmative, que
l’absence de restriction, dans sa forme négative: Forme négative: A Piracicaba, le
développement durable n’a pas été traité que sous l’aspect environnemental et
social = le développement durable n’a pas été traité seulement sous l’aspect
environnemental et social

Forme affirmative: A Piracicaba, le développement durable n’a été traité que sous
l’aspect environnemental et social = le développement durable a été traité
seulement sous l’aspect environnemental et social

f. Les adverbes qui exigent l’inversion


O fato de este tópico de gramática constar no Manual do Candidato comprova que o
conhecimento da norma culta (français soutenu) é esperado dos candidatos à
carreira diplomática. É necessário, portanto, que o estudo da língua francesa não se
limite ao registro conhecido como français standard, nível esperado dos falantes de
francês como língua estrangeira.

Em várias obras de referência, entre as quais o dicionário Larousse, a inversão do


verbo e do sujeito pronominal não é obrigatória após ainsi, se a palavra for seguida
de vírgula7. Em obras acadêmicas e artigos de periódicos, nem sempre essa regra é
observada. Porém, levando-se em consideração as características do CACD, é
coerente que a norma culta seja adotada como referência para os candidatos.

O Manual do Candidato segue a regra consignada por Maurice Grévisse et André


Goose na obra de referência Nouvelle grammaire française: grammaire, vol. 103, De
Boeck Supérieur, 1995 (p. 113-114).

• REFERÊNCIA: Isabel Botelho Barbosa. Manual do Candidato -Francês. Fundação


Alexandre de Gusmão, 2012.

• Adverbes, page 60

Plusieurs adverbes ou locutions adverbiales entraînent l’inversion du sujet et du


verbe lorsqu’ils sont placés au début de la phrase: Peut-être, à peine, sans doute, au
moins/du moins, encore, tout au plus, en vain, ainsi et aussi.

Cette inversion est propre du registre soutenu à l’écrit.

i. Observations • L’adverbe peut-être placé en début de phrase entraîne l’inversion


du verbe et du sujet pronominal, mais il n’y a pas d’inversion après la locution peut-
être que.

• Aussi peut être adverbe ou conjonction. Selon sa nature grammaticale, il n’aura


pas le même sens et n’occupera pas la même place dans la phrase.

• Aussi est adverbe lorsque le mot veut dire également, en outre ou de plus. Dans
ces cas, il ne s’écrit pas en début de phrase.
• Aussi est conjonction lorsque le mot veut dire c’est pourquoi (pour introduire une
explication) ou en conséquence (pour introduire une conclusion).

ATTENTION: Sans doute = probablement, peut-être.

MAIS Sans aucun doute = certainement, incontestablement.

ii. Expressions avec les adverbes et locutions adverbiales qui exigent l’inversion

ADVERBES/LOCUTIONS DÉFINITIONS EXPRESSIONS

Ainsi peut-on
dire/affirmer/soutenir que...

Ainsi est-il
nécessaire/indispensable de +
De cette manière, verbe à l’infinitif Ainsi est-il
Ainsi (sans virgule)
pour conclure possible/impossible de + verbe à
l’infinitif Ex.: Ainsi est-il
possible de satisfaire à des
normes énergétiques de plus en
plus rigoureuses.

Ex.: À peine peut-o• commenter


Très peu, de façon
brièvement l’essentiel d’un
peu sensible Obs.: À
rapport si complet (très peu).
peine… (que):
À peine indique une À peine a-t-on eu le temps de
succession très comprendre une réforme qu’on
rapide de deux en est déjà à la suivante
actions (succession rapide).

Aussi peut-on soutenir


que/affirmer que/conclure que...
(C’’est pourquoi on peut
soutenir/affirmer/conclure
C’est pourquoi, par
Aussi que…) Ex.: Aussi peut-on
conséquent
conclure que le chômage dans le
pays n’est pas principalement ou
exclusivement dû à la
restructuration de l’économie
Au moins/Du moins peut-on
espérer une réponse/une
solution...

Au moins/Du moins peut-on être


d’accord sur...

En tout cas, de toute Ex.: Au moins peut-on espérer


Au moins/Du moins façon, néanmoins une amélioration de la prise de
(restriction) décision.

Au moins peut-on être d’accord


sur l’importance des points
évoqués.

Du moins peut-on espérer un


débat constructif et raisonnable.

Encore faut-il prendre en


compte...
Cependant, toutefois,
Encore quoique, bien que Ex.: Soutenir et développer
(restriction) l’agriculture, c’est bien. Encore
faut-il prendre en compte toutes
les formes d’agriculture.

Tout au plus peut-on dire que...

Ex.: Nous ne pouvons pas


réduire la Tunisie à un sous-
ensemble de sa culture. Tout au
plus, peut--on dire que la culture
Au maximum, à la
Tout au plus tunisienne s’insère dans la
limite
culture méditerranéenne et
ottomane.

Tout au plus peut-on dire que, si


la théorie est probable, elle n’est
pas encore démontrée.

Sans doute Probablement Sans doute peut-on affirmer


ATTENTION: Sans que/dire que/considérer que...
doute NE VEUT Ex.: Sans doute peut-on affirmer
PAS DIRE que l’histoire des collectivités
certainement, humaines est traversée de
incontestablement. guerres et conflits sociaux.

Peut-être faut-il
chercher/trouver...
Possiblement, Ex.: Peut être faut-il trouver des
Peut-être
probablement solutions intermédiaires Peut-
être faut-il chercher la vérité
entre les deux extrêmes.
12. LES ARTICLES
i. L’article indéfini et l’article défini L’article est le déterminant spécifique du nom.
Il permet de savoir se le nom est masculin ou féminin, singulier ou pluriel, car il
s’accorde en genre et en nombre. Il existe trois types d’articles: Les articles indéfinis
(un, une, des), les articles définis (le, la, les, l’ + les contractés: du, des, au, aux) et
les articles partitifs (des, du, de la).

• L’article indéfini: Un, une, des. Il s’emploie devant des êtres ou des objets qui
peuvent être comptés (1, 2, 3, 4...) et qui ne sont pas encore identifiés ou connus par
l’auteur du texte.

• L’article défini: Le, la, les, l’ (devant une voyelle ou h muet). Il s’emploie devant
un être ou un objet qui a déjà été mentionné explicitement dans le texte.

Ex.: Min Kush est une ville (première mention: article indéfini) perdue dans les
montagnes kirghizes. Aujourd’hui «ville fantôme» de 3 000 habitants, la ville (on
sait déjà de quelle ville on parle: article défini) était un point clé de l’extraction
d’uranium dans la région.

ii. L’article l’ à valeur euphonique8

L’article l’ à valeur euphonique est plus fréquent en registre soutenu. Son utilisation
avant on n’est pas obligatoire, mais elle rend la prononciation plus agréable et plus
facile. L’article l’ à valeur euphonique sert à: • éviter deux voyelles à la suite → on
précédé par si, et, ou, où.

Ex.: Si l’on veut sincèrement le bien d’autrui, cela se voit.

Il faut du courage pour aller où l’on n’est pas en sûreté.

«Il fait roi l’esclave/Et peut damner les saints/L’honnête ou le sage/Et l’o• n’y peut
rien» - Et l’on n’y peut rien, Jean-Jacques Goldman.

• éviter le son «con» → on placé après que, lorsque, puisque, quoique.

Ex.: Il est plus facile de se battre lorsque l’on suit ses principes (mieux que
lorsqu’on suit).

Contrairement à ce que l’on pense, l’affirmation de la religiosité ne signifie pas


automatiquement l’ hostilité à l’égard d’autrui (mieux que ce qu’on pense).

Quoique l’on en dise, la diplomatie est une carrière très convoitée (mieux que
Quoiqu’on en dise).
• L’article est plus fréquent encore si le mot qui suit on commence lui-même par le
son «con».

Ex.: Puisque l’on compare deux situations différentes… (mieux que puisqu’on
compare).

• ATTENTION: On n’emploie pas l’ article l’ à valeur euphonique avant un mot


commencé par l.

Ex.: Si on lit ce livre (si l’on lit ce livre).

On entre, mais on laisse le chien jouer dans le jardin (l’on laisse).


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 35.4, 2015: Dans «qui l’ont inventée» (R. 2 et 3), «l’» a une valeur
euphonique.

Réponse: FAUX - Les consonnes à valeur euphonique rendent la prononciation


plus agréable et plus facile. Plus fréquente dans l’usage soutenu que dans le registre
courant, la présence facultative de l’article l’ a une valeur euphonique devant on.

Cependant, dans l’extrait, «l’» est placé devant ont, l’auxiliaire avoir à la troisième
personne du pluriel.

Dans ce cas, l’ est un pronom personnel COD; son emploi est obligatoire.

QUESTION 44.4, 2014: Dans «si l’on supprime» (R.4), le «l’» a une valeur
euphonique.

Réponse: VRAI - L’article l’ à valeur euphonique est plus fréquent en registre


soutenu. Son utilisation avant on n’est pas obligatoire, mais elle rend la
prononciation plus agréable et plus facile. L’article l’ à valeur euphonique sert à: •
éviter deux voyelles à la suite → on suivi de et, ou, où.

• Si l’on supprime (mieux que si on supprime).

iii. Le partitif • L’article partitif: Du (de le), de l’ (devant une voyelle ou h muet), de
la, des (de+ les, de+las). Il s’emploie pour indiquer les quantités non comptables
(êtres ou des choses qui ne peuvent être comptés): DU soja → Un soja, deux sojas,
trois sojas; DU minerai de fer → Un minerai de fer, deux minerais de fer Ex.: Le
Brésil exporte du minerai de fer, des textiles et de la viande de poulet.

L’opposition a reçu du soutien extérieur pour préparer un changement de régime.

Ils espèrent de l’appui constant à leur pays qui reste menacé.

• Le partitif à la négation: du, de la, de l’/des → de, d’un, d’une/des.

Ex.: Le Brésil exporte du minerai de fer. → La Chine n’exporte pas de minerai de


fer.
L’opposition a reçu du soutien extérieur pour préparer un changement de régime. →
L’opposition n’a pas reçu de soutien extérieur pour préparer un changement de
régime.

Ils espèrent de l’appui à leur pays qui reste menacé. → Ils n’espèrent pas d’appui à
leur pays qui reste menacé.

EXCEPTION: Le partitif avec le verbe être.

C’est du pain de campagne/Ce n’est pas du pain de campagne.

C’est de la science fiction/Ce n’est pas de la science fiction.


13. LES PRONOMS
Os pronomes ocupam posição de destaque entre os assuntos preferidos pelos
examinadores para elaborar questões de prova, especialmente no modelo C/E.

É importante conhecer muito bem as funções dos diversos tipos de pronomes para
conseguir identificá-las em contextos e aplicações variados. A banca pode formular
o item tanto com base em regras literais de gramática, de fácil reconhecimento,
como em questões de interpretação de texto que dependam do entendimento de
referências mais complexas. Em caso de dúvida, os exercícios recomendados podem
ajudar a fazer uma revisão rápida e eficiente.

• EXERCÍCIOS RECOMENDADOS: Pronoms sujets et pronoms toniques:


http://www.lepointdufle.net/pronomspersonnels.htm
http://grammaire.canalblog.com/archives/pronoms_personnels/index.html Pronoms
personnels toniques:

http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-francais-
30563.php http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-
francais-43222.php Pronoms personnels COD (Complément d’Objet Direct):
http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-francais-
3348.php http://www.francaisfacile.com/exercices/exercice-francais-2/exercice-
francais-62144.php Pronoms personnels COD ou COI (Complément d’Objet
Indirect): http://www.lefrancaispourtous.com/ex_pronoms_pers.htm
http://fis.ucalgary.ca/Elohka/COD_COI.htm

a. Les pronoms personnels


La fonction de tous les pronoms est celle de remplacer le nom.

Les pronoms personnels correspondent aux six personnes du singulier et du pluriel.


Ils varient selon le genre, le nombre et la fonction du nom qu’ils remplacent.

SUJETS COMPLÉMENTS

première personne je me, moi

SINGULIER deuxième personne tu te, toi

troisième personne il, elle le, la, lui, se, soi


première personne nous nous

PLURIEL deuxième personne vous vous

troisième personne ils, elles le, leur, se, eux, elles

i. Les pronoms toniques Les pronoms toniques moi, toi, lui/elle, nous, vous,
eux/elles s’utilisent, entre autres usages: • Pour renforcer un nom ou un pronom:
Ex.: Toi, tu devrais te concentrer davantage. Eux, ils préfèrent étudier à la
bibliothèque.

• avec le présentatif «c’est»

Ex.: Vincent, lui, c’est un solitaire. «Madame Bovary, c’est moi» (phrase attribuée à
Gustave Flaubert).

• Après une préposition: Ex.: Ce livre est pour vous. Elle me parle souvent de lui. Je
voudrais rester ici avec toi. Ils ne sont plus chez eux à cette heure.

• Dans les réponses avec aussi/non plus: Ex.: «Je ne fume pas.» «Moi non
plus»./«Elle veut devenir diplomate.» «Lui aussi».
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 49.4, CACD 2015: À la ligne 20 «lui» est un pronom tonique.

Réponse: ANNULÉ - Le jury a décidé d’annuler cet item parce qu’il l y a deux
pronoms «lui» à la ligne 20; le deuxième «lui» est un pronom tonique.

Les pronoms toniques renforcent un nom ou un pronom. Ils sont utilisés • avec et,
oui, si, non, pas; aussi, non plus.

• avec le présentatif c’est.

• après une préposition: avec, sans, chez, pour...

Il est possible que l’examinateur ait espéré que le deuxième pronom «lui» («pour
lui») serait après le retour à la ligne dans le cahier d’ épreuve et que le seul premier
pronom «lui» à la ligne 20 serait celui qui n’est pas tonique («lui importent peu»).

QUESTION 27.2, CACD 2014: «Je ne veux rien avoir à faire avec eux, avec elle»
signifie que le personnage n’accepte aucun lien avec la guerre.

Réponse: VRAI - Dans l’extrait, le pronom elle reprend la guerre et le pronom eux
reprend tous les hommes qu’elle contient.

«Je la refuse tout net (la guerre), avec tous les hommes qu’elle contient, je ne veux
rien avoir à faire avec eux (tous les hommes qu’elle contient), avec elle (la
guerre)».

b. Les pronoms démonstratifs


Les pronoms démonstratifs peuvent être simples ou composés.

SINGULIER PLURIEL

MASCULIN FÉMININ MASCULIN FÉMININ NEUTRE

celui celle ceux celles ce, c’


celui-ci celle-ci ceux-ci celles-ci ceci

celui-là celle-là ceux-là celles-là cela (ça)


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 33.4, CACD 2015: À la ligne 7 le pronom «celui» remplace le nom


«but».

Réponse: VRAI - À la ligne 7 le pronom «celui» remplace le nom «but»: «Son seul
but, ainsi que celui (le but) des autres habitants, est de conserver intact leur monde
et leurs manières de vivre».

QUESTION 39.3, CACD 2015: Le pronom «ceux-ci» (R.15) remplace les fruits
que la nature a produits.

Réponse: FAUX - Le pronom «ceux-ci» (R.15) remplace les fruits que nous avons
altérés par notre artifice.

• Le pronom «ceux-là» (R.13) remplace les fruits que la nature a produits.

QUESTION 37.2, CACD 2014: «celle» (R.3) remplace: «la défense».

Réponse: FAUX - Dans le contexte, le pronom démonstratif «celle» remplace


«l’arme».

c. Les pronoms possessifs

singulier pluriel

le mien, le tien, le sien


les miens, les tiens, les siens
masculin le nôtre, le vôtre, le
les nôtres, les vôtres, les leurs
leur
la mienne, la tienne, la
sienne
les miennes, les tiennes, les siennes les nôtres, les
féminin
la nôtre, la vôtre, la vôtres, les leurs
leur

ATTENTION: notre maison (article possessif sans accent circonflexe) MAIS la


nôtre

d. Les pronoms relatifs: QUI, QUE, QUOI, DONT, OÙ


Le pronom relatif établit une relation entre l’ antécédent, c’est-à-dire le nom ou le
pronom qu’il remplace, et la phrase subordonnée: i. QUI: toujours pronom sujet.

Ex.: L’auteur est célèbre + L’auteur (sujet) enseigne la géopolitique à Grenoble.

L’auteur qui enseigne la géopolitique à Grenoble est célèbre.

Ex.: La candidate est disciplinée+ La candidate étudie tous les samedis.

La candidate qui est disciplinée étudie tous les samedis.

Ex.: L’étudiant hésite entre le droit et la littérature/L’étudiant est très doué.

L’étudiant qui hésite entre le droit et la littérature est très doué.

ATTENTION: Qui ne s’élide jamais avant voyelle ou h muet.

L’auteur qui enseigne/La candidate qui est disciplinée/L’étudiant qui hésite.

(L’auteur qu’enseigne/La candidate qu’ est disciplinée/L’étudiant qu’hésite).

ANTÉCÉDENT PRONOM PHRASE SUBORDONNÉE


La candidate est disciplinée étudie tous les samedis

L’étudiant QUI hésite entre le droit et la littérature est très doué.

L’auteur enseigne la géopolitique à Grenoble est célèbre.


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTÃO 37.4, 2014: Dans «Ce sont bien les États qui ont sauvé du naufrage les
grandes banques…», le pronom relatif «qui» est le sujet du verbe sauver.

Réponse: VRAI - Le pronom relatif qui a une fonction sujet et ne s’élide jamais
avant voyelle ou h muet.

• Attention à ne pas confondre qui et que: le pronom relatif que a une fonction
complément et s’élide avant voyelle ou h muet.

ii. QUE: généralement complément d’objet direct (COD) Ex.: La négociation est un
succès. + Je croyais la négociatio• (COD) impossible.

La négociation que je croyais impossible est un succès.

• Que s’élide toujours e• qu’ devant une voyelle ou un h muet: L’appartement se


trouve dans le meilleur quartier de la ville./Mon ami habite l’appartement (COD).

• L’appartement qu’habite mon ami se trouve dans le meilleur quartier de la ville.

QUE: conjonction ou pronom relatif?

QUE: conjonction (du latin QUE: pronom relatif (latin quem, accusatif de
classique quia, le fait que) qui, lequel)

La conjonction QUE introduit: • Le pronom relatif remplace un nom qui le


un complément d’objet (COD): Je précède dans la phrase.
crois que tu as raison.
Les livres qu’elle a achetés ont coûté cher. →
L’idée qu’il faudrait changer de qu’ remplace livres.
méthode ne m’est pas venue à
l’esprit. • REMARQUES: • Pour des personnes, on
utilise de préférence les pronoms relatifs «de
qui, à qui, avec qui, pour qui...»
• une subordonnée de • Les pronoms relatifs «duquel, desquels, de
conséquence (avec si, tant, laquelle, desquelles, de qui» ont le même sens
tellement): Les loyers sont que «dont». Ceux-là remplacent ce dernier si le
tellement chers que les jeunes pronom relatif est séparé de son antécédent par
restent chez leurs parents. une préposition.

Le Brésil est un si beau pays que • Ex.: La cause au nom de laquelle il a combattu
les touristes ne veulent plus est de plus en plus vitale.
rentrer chez eux.
• On n ‘emploie pas «qui» précédé d’une
préposition s’il s’agit d’un animal ou d’une
chose. (Dans ce cas, il faut impérativement
• le deuxième terme dans une employer les pronoms relatifs composés.)
comparaison: Le CACD est plus
difficile que d’autres concours de
la fonction publique.

• Ex.: C’est le comité à qui il voulait remettre la


le subjonctif: Je veux qu’il
lettre. (NON) • C’est le comité auquel il voulait
retrouve la santé.
remettre la lettre. (OUI)

iii. QUOI, souvent précédé d’une préposition, est neutre Ex.: Il ne sait pas de quoi
elle parle. Il y a peu de choses sur quoi nous sommes d’accord.

iv. DONT: habituellement complément d’objet indirect (COI) • Dont remplace


souvent de qui ou de quoi: Le livre est déjà dans les librairies./Je parle d’un livre.
(COI) Le livre dont je parle est déjà dans les librairies.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 49.2, 2015: À la ligne 53 «dont» est un pronom relatif complément de


nom.

Réponse: VRAI - Le pronom relatif invariable «dont» peut représenter des


personnes ou des choses, et peut remplacer les pronoms relatifs de qui, duquel,
desquels, de laquelle, desquelles.

la naissance d’une nation dont il a voulu qu’elle grandisse comme un poème → la


naissance d’une nation de laquelle il a voulu qu’elle grandisse comme un poème

v. OÙ: exprime le lieu, la situation ou le temps Ex.: Je cherche un livre où trouver


des arguments bien fondés pour les épreuves écrites.

J’ai de beaux souvenirs de la maison où j’ai passé mon enfance.

Au temps où il y avait des épreuves orales, le CACD était plus difficile


qu’aujourd’hui.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 50.4, 2014: «où», (R.20) est un pronom relatif complément


circonstanciel de temps.

Réponse: VRAI - Le pronom relatif «où» peut être complément circonstanciel de


lieu, de situation ou de temps, comme dans l’extrait: «Il y a des jours où, sans
poésie, il n’y aurait plus de consolation ni d’espoir».

e. EN et Y9
Les pronoms personnels complément de nom EN et Y remplacent, en règle générale,
des termes introduits par les prépositions DE ou À.

• EN remplace: • DE + complément indirect de verbe tel que parler de, rêver de,
avoir peur de.

• un nom précédé d’un article indéfini (un, une, des) ou d’un partitif (du, de la, de l’)
• un nom précédé d’un mot ou expression qui indique la quantité (qui doit être
répété en fin de phrase - voir exemples).

ATTENTION: EN peut remplacer des personnes à l’oral, dans le registre familier,


mais pas en français soutenu.

Il s’occupe de ses enfants → Il s’en occupe (familier)/Il s’occupe d’eux (soutenu).

• Y remplace: • À + complément indirect de verbe tel que penser à, rêver à, tenir à...

• un complément de lieu précédé des prépositions à, chez, dans, sur, en.

ATTENTION: Y remplace seulement des êtres inanimés.

DE → EN À→Y

un, une, des/du, de la, de l’→ EN chez/dans/sur/pour/e• → Y

Je rêvais d’un autre J’en rêvais. Je rêvais de vivre dans Je rêvais d’y vivre.
monde. un autre monde.
Elle parle tout le Elle e• parle tout Elle pense tout le Elle y pense tout le
temps de ses études. le temps. temps à ses études. temps.

Il connaît un Il m’a invitée à un


excellent restaurant Il en connaît un. excellent restaurant Il m’y a invitée.
grecq. grecq.

Je sors très tard du Je vais au cours tous J’y vais tous les
J’en sors très tard.
cours. les samedis. samedis.

Nous avons Nous avons vérifíé la


Nous en avons Nous y avons
beaucoup de livres date dans un livre
beaucoup. vérifié la date.
d’histoire. d’histoire.

La piscine est
Elle en est Il peut voir son reflet Il y peut voir son
remplie d’eau
remplie. sur l’eau de la piscine. reflet.
thermale chauffée.

Elle a préparé
Elle en a préparé Elle reste chez elle Elle y reste pendant
plusieurs costumes
plusieurs. pendant le carnaval. le carnaval.
pour le carnaval.

Au Brésil, les Au Brésil, les


Au Brésil, les enfants Les enfants y
enfants ne boivent enfants n’e•
boivent du café. boivent du café.
pas du vin. boivent pas.

Le Brésil reçoit plus Plus d’un million de Plus d’un million


Le Brésil en reçoit
d’un million de touristes se sont de touristes s’y sont
plus d’un million
touristes pour le rendus au Brésil pour rendus pour le
pour le carnaval.
carnaval. le carnaval. carnaval.

Je viens d’Espagne. J’en viens. Je suis en Espagne. J’y suis.


COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 28.1, 2015: Dans l’expression «et à en endosser un à l’européenne»


(R. 20 et 21), le mot «en» est un pronom personnel représentant une proposition
précédée d’une préposition.

Réponse: VRAI - Le mot «en» peut représenter «un nom, un pronom, un adverbe,
une proposition précédée de la préposition de», selon la définition du dictionnaire
Larousse. Le mot propositio• veut dire «Unité syntaxique élémentaire construite
autour d’un verbe» (en portugais, oração).

• Dans ce cas, la proposition est précédée de la préposition à: à en endosser un à


l’européenne» → à endosser un habit à l’européenne (en remplace «un [habit] à l’
européenne»).

QUESTION 40.2, 2014: A la ligne 35, «y» remplace: «dans le sport».

Réponse: VRAI - Le pronom y peut reprendre un complément indirect de verbe


précédé des prépositions à, sur, dans, chez, en.

QUESTION 46.4, 2014: Dans:«La première en est le principe», ligne 6 et 7, le


pronom «en» remplace: «la même chose», ligne 5.

Réponse: FAUX - En remplace «notre droit public tout entier».


14. LES ADJECTIFS
O estudo de adjetivos é fundamental para o repertório vocabular do candidato ao
CACD, especialmente com as mudanças na prova, que demandam compreensão
precisa de textos literários. Além das recomendações feitas na seção “NOTIONS DE
VOCABULAIRE”, é importante conhecer a relação entre a posição do adjetivo na
frase e o sentido. Nem todos os adjetivos mudam de sentido segundo a posição; a
tabela recomendada é uma referência prática para assimilar as regras.

• REFERÊNCIA: Table des adjectifs qui changent de sens selon leur place:
http://monsu.desiderio.free.fr/atelier/adjsens.html

Un adjectif rend plus précis le sens du nom (personne ou chose) auquel il se


rapporte. Il s’accorde en genre et en nombre avec le nom qu’il qualifie. Les adjectifs
peuvent être placés avant ou après le nom.

a. La position des adjectifs


• Les adjectifs longs, qui contiennent plus de deux syllabes se placent après le nom
si leur sens est objectif: le petit chat adorable. On les prend comme des expressions
complètes.

• Le petit chat adorable → ce chat est toujours adorable et on le distingue des autres
chats par cette caractéristique.

• Devant le nom, l’adjectif long sera subjectif, dans le sens de l’opinion ou du


sentiment qu’il veut communiquer au lecteur: l’adorable petit chat.

• L’adorable petit chat → le locuteur exprime son opinion personnelle ou un


sentiment qui peut être temporaire (le petit chat n’est peut-être pas toujours
adorable; le locuteur est le seul qui trouve ce petit chat adorable).

• Les adjectifs qui changent de sens: Les adjectifs courts, d’une ou de deux syllabes,
peuvent se placer avant ou après le nom; ils en modifient profondément le sens s’ils
expriment des notions de • taille ou poids (grand, petit, gros, maigre, mince, léger,
lourd...); • apparence (beau, joli, laid, fin, galant...); • âge (jeune, vieux, nouveau...);
• vérité (certain, pur, clair, vrai, juste, franc...); • identité (même, propre, seul, autre,
quelconque...); • qualité ou défaut moral (noble, sacré, curieux, brave, triste, pur,
tendre, digne, cruel, méchant...).

Cette règle permet de créer des jeux de mots comme «un homme grand qui n’est pas
un grand homme»; «Un propre travail n’est pas forcément un travail propre».
L’adjectif antéposé devient alors subjectif, emphatique, doté d’un sens figuré.
• Il peut y avoir opposition entre des domaines de référence.

Ex.: «un pur esprit» se rapporte à des qualités intellectuelles; «un esprit pur»
concerne la morale, la religion.

«une pleine journée»: une journée entière, toute une journée; «une journée pleine»:
une journée remplie d’activités.

• Certaines locutions sont figées: leur ordre ne peut être changé.

Ex.: Un triste sire; Il y a belle lurette (il y a bien longtemps) une sage-femme (en
portugais, parteira) ≠ une femme sage (sans trait d’union).

• L’antéposition peut néanmoins correspondre à une idée objective de taille, par


exemple dans le cas de «gros»: une fille grosse est enceinte, une grosse fille est
enveloppée.

On a aussi des termes qui opposent deux réalités objectives: un jeune homme et un
homme jeune.

ATTENTION: Ce ne sont pas tous les adjectifs, mais seulement certains qui
changent de sens selon qu’ils soient placés avant ou après le nom auquel ils se
rapportent.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 47.1, 2014: «dans une étroite et indissoluble unité» (R.12 et 13), peut
être remplacé, sans changer le sens du texte, par: dans une unité étroite et
indissoluble.

Réponse: VRAI - La position des adjectifs étroite et indissoluble peut être changée
sans modifier le sens de la phrase, car ils n’appartiennent pas aux catégories
d’adjectifs qui changent de sens selon leur placement (taille, poids, apparence, âge,
vérité, identité, qualité ou défaut moral).
15. LE COMPARATIF
Observez:

On ne change pas une constitutio• aussi facilement qu’une loi.

C’est beaucoup plus que ce qui s’est passé dans la France au lendemain de la
seconde guerre mondiale.

• Le comparatif permet d’établir une relation d’égalité, d’infériorité ou de


supériorité entre deux termes.

Pour former le comparatif, on qualifie l’adjectif (ou l’adverbe, le verbe, le nom...)


sur lequel porte la comparaison à l’aide des expressions adverbiales.

ÉGALITÉ INFÉRIORITÉ SUPÉRIORITÉ

aussi grand
ADJECTIF moins grand que plus grand que
que

ADVERBE aussi vite que moins lentement que plus lentement que

exporte
VERBE exporte moins que exporte plus que
autant que

moins d’un milliard de plus d’un milliard de


QUANTITÉ
dollars par année. dollars par année.

NOM SINGULIER autant de


moins de courage que plus d’ influence que
(QUALITÉ) respect que
NOM PLURIEL
autant d’alliés moins d’adversaires
(ÊTRES OU plus d’amis que
que que
OBJETS)

• Davantage Il faut étudier davantage.

Davantage ne peut pas être suivi d’un adjectif ou d’un adverbe: Il faut écrire plus
rapide que et plus rapidement que, et non davantage rapide que; davantage
rapidement que.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 46.2, 2015: L’extrait «maître aussi jaloux qu’absolu» (R. 33 et 34)
signifie plus jaloux qu’absolu.

Réponse: FAUX - Dans l’extrait «maître aussi jaloux qu’absolu», l’adverbe aussi
indique une relation d’égalité entre «jaloux» et «absolu».

QUESTION 46.2, 2014: L’adverbe «mieux» (R.4) est le comparatif de supériorité


de l’adjectif bon.

Réponse: FAUX - Alors que l’adverbe «meilleur» est le comparatif de supériorité


de l’adjectif bon, l’adverbe «mieux» est le comparatif de supériorité de l’adjectif
bien.
16. LE SUPERLATIF
Le superlatif élève l’intensité de l’adjectif qualificatif employé pour caractériser une
chose ou une personne. On distingue trois gradations du superlatif:

a. Le superlatif absolu
Il est formé d’un adverbe exprimant un degré très élevé (très, fort, bien,
extrêmement, etc.) et d’un adjectif.

Ex.: Le TGV est extrêmement rapide.

b. Le superlatif relatif de supériorité


Il est formé de le plus + adjectif + de ou des.

Ex.: Le TGV est le plus rapide des trains en Europe.

• le plus + adjectif: «de tous» implicite La majorité considère que le procédé le plus
indiqué serait la négociation de bonne foi.

(le procédé le plus indiqué de tous, entre tous)

c. Le superlatif relatif d’infériorité


Il est formé de le moins + adjectif + de ou des.

Ex.: Le TGV est le moins lent des trains.

• le moins + adjectif: «de tous» implicite Ex.: Ce type de réacteur produira l’énergie
électrique la moins chère (de toutes).
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 42.3, 2014: C’est la première fois que Zola met en scène un
personnage aussi doux que celui de Gervaise.

Réponse: VRAI - L’utilisation du superlatif confirme que Zola n’avait jamais mis
en scène un personnage aussi doux que celui de Gervaise: «Gervaise est la plus
sympathique et la plus tendre des figures que j’ai encore créées; elle reste bonne
jusqu’au bout».
Notions de Vocabulaire
A maneira mais prática e rápida de estudar vocabulário para o CACD é por meio de
fichamentos em complemento à rotina de leitura de textos diversificados.

A lista a seguir inclui materiais úteis e recomendações para o uso.

1. Dictionnaire Larousse en ligne Pesquisar, para cada palavra estudada: • Definição;

• Sinônimos e antônimos; • Expressões idiomáticas e exemplos de uso; • Verbos: infinitivo,


conjugação completa em todos os tempos e modos, particípio presente e particípio passado;
• Completar a pesquisa com exemplos de uso.

http://www.larousse.fr/dictionnaires/francais http://www.larousse.fr/dictionnaires/bilingues
http://www.larousse.fr/encyclopedie 2. Manual FUNAG: referência para gramática e
vocabulário: http://funag.gov.br/loja/download/1011-Manual_do_Candidato_-_Frances.pdf
3. Exercícios de apoio:

http://www.francaisfacile.com/exercices/

4. Leitura em francês para estudantes do idioma + exercícios: http://mon-cartable-du-


net.perso.sfr.fr/lectures.html Em Lectures pour les CM, escolher textos na seção «Ateliers
de lectures», na coluna textes littéraires.

5. Notícias em francês para estudantes do idioma + exercícios: http://www.tv5.org/

http://savoirs.rfi.fr/fr/apprendre-enseigner/langue-francaise/journal-en-francaisfacile 6.
Resumos de notícias:

Actualité internationale par Axelle DEGANS

http://www.diploweb.com/6-2014-Actualite-internationale.html Actualité géopolitique:

http://les-yeux-du-monde.fr/

a. Le répertoire de verbes
Voici le travail le plus important, efficace et facile pour améliorer votre style et votre
connaissance des verbes en langue française. Oui, cela prendra un peu de votre temps, mais
les bénéfices sont immédiats et remarquables.

• Voir Manuel FUNAG, pp. 141-169; • Suggestion: Entre vingt et quarante verbes pour
commencer; • Notez que les synonymes et contraires dépendent du contexte, pour la
plupart des cas.

Exemple: table élaborée par Vinicius Carvalho


3PS/3PP Futur de
l’indicatif/
Verbe (présent Participe Passé synonymes contraires phrase
de Présent Composé conditionnel
l’indicatif) présent

il, elle
résoudra -
ils, elles deviner, résoudre le
résout/ a/ont résoudront/il, déchiffrer, problème de
résoudre résolvant compliquer
résolu elle démêler, la liquidité
résolvent
résoudrait - trouver internationale
ils, elles
résoudraient

il, elle
spécifiera - Sans
ils, elles spécifier
spécifie/ a/ont spécifieront indiquer, aucun titre,
spécifier spécifiant généraliser
spécifié il, elle préciser comptant
spécifient
spécifierait- qu’ils se
ils, elles reconnaissent
spécifieraient

il, elle subira endurer, un


- ils, elles éprouver, programme
subit/ a/ont subiront/il, essuyer, marxiste qui
subir subissant imposer
subi elle subirait - payer, a subi des
subissent
ils, elles souffrir, révisions
subiraient supporter successives
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 26.2, CACD 2015: Rica s’étonne et s’amuse des réactions des
Parisiens à son égard, mais ne s’en offusque pas.

Réponse: VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe
s’offusquer: Être choqué, vexé.

Oui, Rica s’étonne et s’amuse des réactions des Parisiens à son égard, mais
«l’attention et l’estime publique» lui font plaisir et ne le vexent pas.

QUESTION 34.1, CACD 2015: Les auteurs soutiennent que le «French bashing» a
eu un effet positif sur les Français en les poussant à pallier à leurs défauts.

Réponse: ANNULÉ - Pallier est un verbe transitif direct, qui veut dire résoudre
plus ou moins bien. Le jury a annulé l’item en raison de la construction fautive
pallier à.

• Selon le texte, «au lieu de corriger nos défauts, [les Français les ont]choyés,
revendiqués presque avec fierté». Il serait donc faux d’affirmer que les auteurs
soutiennent que le «French bashing» a eu un effet positif sur les Français en les
poussant à pallier leurs défauts.

QUESTION 34.4, CACD 2015: Les auteurs de cet article affirment que le
phénomène du «French bashing» s’est immédiatement diffusé dans le monde et
l’expression a très vite été adoptée en France.

Réponse: FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe
passif être cantonné, qui veut dire s’isoler dans un lieu, être confiné.

• Selon les auteurs, le phénomène du «French bashing» ne s’est pas immédiatement


diffusé dans le monde: «D’abord cantonnée aux médias anglo-saxons, qui l’ont
inventée».

QUESTION 41.2, CACD 2015: Le verbe évoquer, utilisé à la ligne 3 signifie


repousser.

Réponse: FAUX - Le verbe évoquer est utilisé à la ligne 3 dans le sens de Faire
songer à quelque chose; Faire naître chez quelqu’un la représentation mentale de
quelque chose jusque-là inconnu.

Le verbe repousser veut dire écarter, faire reculer, s’opposer à.


QUESTION 41.3, CACD 2015: Le mot «s’esquissait» (R.11) pourrait être
remplacé, sans changer le sens de la phrase, par s’ébauchait.

Réponse: VRAI - Les verbes esquisser et ébaucher veulent dire tracer le plan d’une
œuvre à grands traits, en donner un premier aperçu, décrire sans approfondir.

QUESTION 44.1, CACD 2015: Dans le texte, Diderot louvoie entre critiques et
acceptation de l’autorité royale et du pouvoir divin afin de protéger ses écrits et lui-
même.

Réponse: VRAI - Pour répondre à cette question, il faudrait connaître le sens du


verbe louvoyer, qui veut dire dans le contexte prendre des biais pour atteindre son
but; tergiverser.

QUESTION 48.2, CACD 2015: A travers son écriture Mia Couto raconte des
histoires pour alléger les souffrances du monde.

Réponse: VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe
alléger, qui veut dire rendre plus léger; plus spécifiquement, dans le contexte,
atténuer la douleur de quelqu’un, la rendre moins pénible.

• Dans les mots de Mia Couto: «J’écris pour endormir un monde qui me paraît
souffrant. Et ainsi j’invente des histoires.»

QUESTION 50.2, CACD 2015: À la ligne 24 «En songeant» pourrait être remplacé
par En pensant sans changer le sens de phrase.

Réponse: VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe
«songer», qui veut dire réfléchir, avoir à l’esprit, se souvenir de ou évoquer, selon
le contexte. Dans l’extrait, «En songeant» pourrait être remplacé par En pensant
sans changer le sens de phrase.

b. Petit répertoire d’adjectifs qualificatifs


• Un répertoire varié d’adjectifs qualificatifs est indispensable non seulement pour
enrichir votre style mais aussi pour vous permettre d’affiner votre capacité d’analyse
et de synthèse.

• Le meilleur répertoire est celui acquis au fil des lectures de chacun, fondé sur le
goût personnel; aucune liste toute prête ne saurait le remplacer. D’ailleurs, dans les
conditions éprouvantes du CACD, il est toujours plus facile de se souvenir des mots
qu’on connaît bien et qu’on préfère.
• Veillez à choisir l’adjectif le plus précis ou le plus expressif possible, selon le
contexte; choisir un mot donné parce qu’il serait plus «chic» ou «sophistiqué» peut
s’avérer un mauvais calcul, si ce mot est déplacé dans la situation ou dans votre
style personnel.

Attention: Évitez les adjectifs simplistes ou imprécis: bon/mauvais, grand/petit, etc.

ADJECTIFS pour remplacer bon/mauvais

Impropre, inadéquat
Adéquat (adéquate),
CONFORMITÉ (inadéquate), incorrect
convenable, correct (correcte)
(incorrecte)

Excellent (excellente),
QUALITÉ supérieur (supérieure), Déplorable, lamentable
formidable

GÉNÉROSITÉ, Bienveillant (bienveillante), Malfaisant (malfaisante),


JUSTICE généreux (généreuse), juste injuste, pervers (perverse)

Vain, superflu (superflue),


SERVICE Bénéfique, salutaire, utile
inutile

QUI EST Charmant (charmante), Pénible, désagréable,


PLAISANT agréable déplaisant (déplaisante)

QUI RAPPORTE Lucratif (lucrative), rentable défavorable

ADJECTIFS pour remplacer grand/petit

Exigu (exiguë),
DIMENSIONS Vaste, étendu (étendue), immense réduit (réduite),
minuscule
Remarquable, distingué (distinguée);
QUALITÉ Piètre, médiocre
prestigieux (prestigieuse)

Influent (influente), puissant (puissante),


HIÉRARCHIE.
considérable, de taille RELEVANT n’est Modeste, humble
IMPORTANCE
pas un adjectif en français

ADJECTIFS pour remplacer riche/pauvre

Dépourvu de
(dépourvue de),
RICHE EN Plein de (pleine de), rempli de (remplie infertile
RESSOURCES de), abondant en (abondante en), fertile
• Pauvre en
ressources, etc.

Fortuné (fortunée), privilégié


Démuni (démunie)
EN FORTUNE (privilégiée)
• pauvre
prospère

Magnifique, splendide, somptueux Austère, sobre,


PRIX, VALEUR
(somptueuse) modeste
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 27.4, CACD 2015: Le mot «curieux» (R.17) signifie: qui est désireux
d’apprendre quelque chose.

Réponse: FAUX - Certes, la question reprend les termes de la première définition


du mot «curieux» dans le dictionnaire Larousse, mais, dans le contexte, le mot
s’applique à Rica, qui est l’objet de la curiosité des Parisiens.

• Dans ce cas, la bonne définition du mot «curieux» est la troisième dans le


dictionnaire Larousse: «Qui est propre à inspirer le désir de voir et de savoir, qui est
digne d’intérêt, remarquable».

QUESTION 43.2, CACD 2014: L’adjectif «effrayante» (R.14) veut dire mortelle.

Réponse: FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens de


l’adjectif effrayant qui veut dire qui cause de la frayeur, c’est-à-dire une peur
épouvantable, horrible.

• L’adjectif mortelle veut dire qui est susceptible de mourir ou qui cause la mort.

QUESTION 46.3, CACD 2014: L’adjectif «mobile» (R.8) signifie servile.

Réponse: FAUX - Dans le contexte, l’adjectif «mobile» signifie qui est animé d’un
mouvement constant, qui passe rapidement d’une expression à l’autre, qui est plein
de vivacité.

QUESTION 47.2, CACD 2014: «amoindris» (R.18), peut être remplacé, sans
changer le sens du texte, par: affaiblis.

Réponse: VRAI - La question reprend les termes de la première définition du mot


dans le dictionnaire Larousse.

QUESTION 47.3, CACD 2014: «méconnus» (R.19), peut être remplacé, sans
changer le sens du texte, par: inconnus.

Réponse: FAUX - Alors que méconnu veut dire qui est connu, mais n’est pas
apprécié selon son mérite, inconnu veut dire que l’on ne connaît pas, dont on ignore
l’identité.

c. Figures de style issues de la mythologie gréco-romaine10


Fil d’Ariane: un fil conducteur, au sens littéral (en plongée sous-marine) comme au
figuré.

• Origine: Ariane était une princesse mortelle. Séduite par Thésée, elle risqua sa vie
pour l’aider à s’échapper vivant du labyrinthe du Minotaure: elle lui fournit un fil
qu’il dévide derrière lui afin de retrouver son chemin. «Perdre le fil»: ne plus savoir
la suite, ne plus savoir où on en est (d’un récit, de ses idées…) Le tonneau des
Danaïdes: un travail absurde et sans fin.

• Origine: Les Danaïdes sont les cinquante filles du roi Danaos. Un aute roi fit venir
ses cinquante neveux pour épouser les filles de Danaos contre sa volonté. Celui-ci
accepta, mais fit promettre à ses filles de tuer leurs époux pendant la nuit. Toutes
obéirent, sauf Hypermnestre, qui refusa de tuer Lyncée. Plus tard, Lyncée tua les 49
soeurs d’Hypermnestre pour venger ses frères. Aux enfers, les Danaïdes reçurent
une punition qui consistait à remplir d’eau un tonneau percé pour toute l’éternité.

Le lit de Procuste: une règle imposée de façon mesquine.

• Origine: Procuste avait deux lits: un grand et un petit. Il forçait les voyageurs qu’il
capturait à s’étendre sur un des deux lits (les grands sur le petit et les petits sur le
grand). Il coupait les membres qui dépassaient du lit et étirait ceux qui étaient trop
petits. Malheureusement pour lui, Thésée en se rendant à Athènes, fit subir à
Procuste son propre supplice.

Une victoire à la Pyrrhus: une victoire qui a coûté très cher à son vainqueur, à tel
point qu’il en souffre les conséquences aussi durement que son adversaire vaincu.

• Origine: Pyrrhos était le roi d’Épire et le descendant d’Alexandre Il remporta coup


sur coup deux victoires sur les Romains, mais la moitié de ses hommes, plus de
treize mille, seraient tombés sur le terrain.

L’épée de Damoclès: un péril imminent, sans cesse menaçant.

• Origine: Référence à Damoclès, un courtisan de Denys l’Ancien, tyran de


Syracuse. Invité par son maître à un somptueux festin, Damoclès aperçut, au-dessus
de la place du tyran, une épée suspendue par un crin de cheval. L’épée de Damoclès
symbolise un danger permanent, souvent associé au pouvoir et au prestige.

Un nœud gordien: un problème insoluble, une difficulté insurmontable.

• Origine: Le terme «gordien» nous vient du nom du roi légendaire de Phrygie,


Gordias, qui avait attaché le joug de sa charrette par un nœud inextricable. Celui qui
parviendrait à le défaire régnerait sur l’empire d’Asie. Alexandre défit le nœud en le
tranchant d’un seul coup d’épée. «Trancher le nœud gordien»: une méthode pratique
et efficace pour résoudre un problème insoluble.
Jouer les Cassandre: faire des prédictions dramatiques et exactes, mais qui ne sont
pas écoutées.

• Origine: Dans l’Iliade, Homère relate l’histoire de Cassandre, qui avait reçu
d’Apollon le don de la prophétie. Comme elle refusa les avances amoureuses du
dieu, ce dernier fit en sorte que personne ne fit confiance aux prédictions de
Cassandre. Exemple contemporain: Blog Cassandra, economist.com.

Le supplice de Tantale: être tout près d’obtenir quelque chose et finalement en être
empêché.

• Origine: Tantale, roi de Lydie et fils préféré de Zeus, était le seul mortel autorisé à
boire le nectar et l’ambroisie à la table des dieux de l’Olympe. Pour sa
désobéissance aux dieux, il fut condamné à subir éternellement la faim et la soif
dans les Enfers. Chaque fois qu’il tentait de manger ou de boire, la nourriture ou la
boisson disparaissaient. En anglais, ce sens est mis en evidence par le verbe
tantalize - to tease or torment by presenting something desirable to the view but
continually keeping it out of reach.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 17, CACD 2011: À votre avis, pourquoi l’Europe est-elle considérée
comme un ‹‹cheval de Troie›› (R.18-19) par les extrémistes européens?

Réponse: • Facile à reconnaître pour les lusophones, l’expression ‹‹cheval de


Troie››, qui veut dire «ce qui permet de pénétrer insidieusement dans un milieu et
de s’en rendre maître» allude à la ruse des Grecs pour rentrer dans l’enceinte de
Troie pour s’emparer de la ville assiégée. Cet épisode est mentionné par Homère
dans l’Odyssée.

• L’expression apparaît dans le texte pour exprimer les invectives des extrêmes
droites européennes, qui soutiennent que l’intégration rend l’Europe vulnérable
face à la mondialisation et à l’immigration (L.14-19).

d. Expressions pour enrichir votre style11-12


Voici quelques figures de style formées à partir de mots simples, d’usage courant,
qui contribueront à enrichir votre style personnel sans le rendre «lourd», affecté.
Toutes les définitions sont extraites du dictionnaire Larousse en ligne.

a. Expressions avec «MAIN»

• Avoir la haute main sur quelque chose, jouir de la principale autorité dans un
domaine donné.

Ex.: Il est le vrai «seigneur des drones», l’homme qui a la haute main sur les
assassinats ciblés.

• Avoir la main lourde, verser en trop grande quantité; frapper, punir durement.

Ex.: Les tribunaux ont également eu la main lourde avec la presse indépendante.

• (Avoir) les mains libres ou (avoir) les mains liées, avoir ou ne pas avoir de liberté
d’action.

Ex.: L’administration lui a laissé les mains libres pour exproprier à bas prix.

Le président avait les mains liées par l’accord conclu un an plus tôt avec le FMI.

• De main de maître, avec beaucoup d’adresse ou d’habileté.


Ex.: La construction de centrales nucléaires a été menée, en France, de main de
maître, à des coûts très compétitifs.

b. Expressions avec «TEMPS»

• Il est temps de, le moment est venu de faire telle chose, cela devient urgent.

Ex.: Il est temps de réfléchir à une recomposition de nos services publics.

• Du temps de, de son/leur temps, référence au passé.

Ex.: Les plus vieux sont venus dire que de leur temps c’était pire.

Ils se battent pour récupérer leur patrimoine confisqué du temps de l’URSS.

c. Expressions avec «COUP»

• Après coup, une fois la chose faite, l’événement s’étant déjà produit.

Ex.: Les Etats-Unis et le Royaume-Uni ont bâti leur puissance sur un


protectionnisme qu’ils diabolisent après coup.

• À coup sûr, sûrement, infailliblement.

Ex.: Beaucoup assurent que la vie est, à coup sûr, anormalement difficile au Sud
pour les réfugiés.

d. Expressions avec «PAS»

Avoir, prendre le pas sur, avoir, prendre la prééminence sur quelqu’un, la priorité sur
quelque chose.

Changer de pas, changer le rythme de sa marche.

De ce pas, à l’instant même, sur-le-champ.

Faire les cent pas, aller et venir pour tromper son attente.

Faux pas, fait de mal poser le pied et de trébucher; faute, écart, erreur de conduite,
imprudence, maladresse.

Il n’y a qu’un pas (de ceci à cela), il n’y a qu’une courte distance; il n’y a qu’une
faible différence.

Marcher sur les pas de quelqu’un, suivre de près ses traces; l’imiter, suivre son
exemple.
Mettre quelqu’un au pas, le plier à une discipline.

Mauvais pas, pas difficile, situation délicate, difficile ou dangereuse.

e. Les liens logiques


a. Expression de la cause et de la conséquence 1. La cause est un fait qui provoque
un autre fait, la conséquence. La cause est donc nécessairement antérieure à la
conséquence.

ATTENTION: Le français utilise pour le plus souvent pour introduire le but, mais
parfois aussi la cause, alors que le portugais distingue «por» (cause) et «para» (but).

La cause explicite s’exprime par parce que ou car.

• Parce que: conjonction de subordination • Car: conjonction de coordination parce


que: explication. La conjonction répond à la question : «Pourquoi ?»

Ex. : La guerre du Vietnam s’est achevée parce que les Vietnamiens ont vaincu
l’armée américaine.

car: connecteur logique privilégié dans l’argumentation.

Car s’utilise pour justifier, prouver, non pas simplement expliquer.

Pour donner plus de poids à la cause, on emploie car plutôt que parce que.

Ex. : Les étudiants cherchent à s’entraider car le soutien mutuel est très important
dans la préparation à long terme.

La cause neutre ou négative s’exprime par à cause de, en raison de, étant donné: Ex.
: Les loyers sont hors de prix à cause de la spéculation immobilière.

La cause négative (absence, manque) s’exprime par faute de: Ex.: Les progrès de la
lutte contre les épidémies sont lents, faute de financement.

La cause positive s’exprime par grâce à: Ex.: La jeune fille a réussi le concours
grâce à sa discipline.
Insistance sur la cause : en tête de phrase: comme, étant donné que, vu que, en effet
comme (+ indicatif) Ex. : Comme l’épreuve est difficile, il faut se préparer
soigneusement.

étant donné que, vu que (+ indicatif) dans les textes explicatifs Ex. : Étant donné
que la Russie a annexé la Crimée, l’OTAN ne sera pas désaffectée.

En effet (+ indicatif) produit un résultat argumentatif Ex. : L’inégalité sociale est


nuisible à la société. En effet, elle entraîne la pauvreté, la violence et l’insalubrité
dans les villes.

Cause contestée ou refusée parce qu’elle ne correspond pas à la réalité: sous


prétexte de (+ infinitif), sous prétexte que: Ex. : Claude n’a pas rendu ses devoirs
sous prétexte que le chien les avait mangés.

Sous prétexte d’éviter la faillite de Chypre, la petite île méditerranéenne est soumise
à la thérapie de choc qui a été infligée à la Grèce.

Cause  justification: Puisque n’est pas substituable à car et à parce que dans la
majorité des cas.

Puisque introduit, non pas une cause, mais une justificatio• (un argument destiné à
justifier une conclusion).

En plus, Puisque (+ subordonnée) peut être placé en tête de phrase, ce qui n’est pas
possible avec car.

Ex. : Le risque d’implosion sociale est grand en Guinée puisque la fracture sociale
est patente.

Puisque la fracture sociale est patente, le risque d’implosion sociale est grand en
Guinée.

b. L’expression de la condition et de l’hypothèse Une hypothèse est une explication


ou un fait réel, possible, imaginaire ou même impossible. Une condition est l’action
ou le fait dont dépend le fait ou action hypothétique.

Le choix des modes et temps verbaux employés pour exprimer l’hypothèse lui
confère son aspect réel ou imaginaire, qui dépend de la réalisation de la condition
nécessaire. L’emploi du présent de l’indicatif rapproche le fait ou l’explication de la
réalité, alors que l’emploi du conditionnel passé ou du plus-que-parfait exprime une
hypothèse qui ne s’est pas réalisée, car la condition ne s’est pas vérifiée.

• L’hypothèse réelle ou vérifiable: Le fait est réel, car la condition existe.

1. Si, quand + présent de l’indicatif + présent de l’indicatif: Ex.: Quand les récoltes
sont mauvaises, les prix des denrées agricoles baissent.

→ Parfois les récoltes sont mauvaises, et les prix baissent en conséquence: fait réel.

• L’hypothèse probable ou vraisemblable: Le fait est probable, on peut espérer que


la condition se réalise. L’emploi du présent de l’indicatif rapproche le fait de la
réalité.

2. Si + présent de l’indicatif + futur simple: Ex.: Si la négociation avance, l’accord


sera conclu.

→ Il est probable que la négociation avance: fait probable.

3. Si + imparfait de l’indicatif + conditionnel: le fait est possible, ou irréel, selon le


contexte: Ex.: Si la négociation avançait, l’accord serait conclu.

→ Il est possible, mais pas certain, que la négociation avance: fait possible →
...mais je sais que la négociation n’avancera pas: fait irréel • L’hypothèse passée:
C’est l’«irréel du passé», car la condition ne s’est pas réalisée dans le passé, qui ne
peut être changé.

4. Si + plus-que-parfait + conditionnel passé: 5. Ex.: Si l’accord avait été conclu, les


deux régions auraient beaucoup à gagner.

→...mais l’accord n’a pas été conclu: passé irréel.

• L’hypothèse improbable: Le fait n’est pas impossible, ce qui ne veut pas dire que
la réalisation de la condition soit probable.

6. dans l’hypothèse où, dans le cas où, si jamais, si par hasard, si seulement, des fois
que + imparfait + conditionnel dans la principale: Ex.: Si par hasard des vastes
gisements de pétrole étaient découverts au Paraguay, ce pays ferait fortune.

→ au moment, on n’a rien découvert: fait improbable.


• L’hypothèse niée: Le fait ou action se réalise seulement si la condition n’est pas
remplie.

7. en l’absence de, faute de, sans + infinitif ou nom + verbe de la phrase au


conditionnel Ex.: Sans la cessation des violations avant un mois, le Conseil de
Sécurité imposerait des sanctions.

→ Il n’y aura pas de sanctions si les violations cessent: hypothèse niée.

• comparaison et hypothèse: Un fait réel est comparé à une hypothèse imaginaire.

8. indicatif + comme si + imparfait Ex.: Le Conseil de Sécurité décide du maintien


de la paix comme si l’ordre mondial était toujours celui de 1945.

→ Le Conseil de Sécurité décide du maintien de la paix, mais l’ordre mondial a bien


changé depuis 1945: fait réel, hypothèse imaginaire.

• l’alternative: indique le choix entre deux propositions.

9. soit que… soit que, ou que… ou que; + subjonctif Ex.: Votre enfant aura droit à la
nationalité brésilienne, soit qu’il naisse aux États-Unis, soit qu’il naisse au Brésil.

→ Quel que soit le pays où la mère se trouve au moment de la naissance, l’enfant


sera brésilien: alternative
Comprendre et Interpréter
1. Comprendre13
Comprendre est expliciter le sens d’un texte, c’est-à-dire élucider ce que dit/veut
dire le texte.

En plus de la compréhension littérale, limitée au sens des mots du texte, il faut aussi
être capable de faire des inférences, de percevoir les aspects implicites d’un texte,
aussi bien que de situer le texte dans son contexte
historique/politique/idéologique/esthétique, etc.

Cette compréhension fine est fondamentale aussi bien pour réussir les tests vrai/faux
que pour l’épreuve écrite.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 26.3, CACD 2015: Rica sourit parce que les Parisiens le trouvent
«Persan» alors qu’ils n’avaient jamais vu de Persan auparavant.

Réponse: VRAI - La référence est le passage «Je souriais quelquefois d’entendre


des gens qui n’étaient presque jamais sortis de leur chambre, qui disaient entre eux:
‹Il faut avouer qu’il a l’air bien persan›».

Puisque le texte affirme que ces gens «n’étaient presque jamais sortis de leur
chambre», dans le contexte du début du XVIIIe siècle, il est possible d’inférer
qu’ils n’avaient jamais vu de Persan auparavant.

QUESTION 30.4 CACD 2015: L’écrivaine considère que le service militaire


représente une aubaine pour Amine définir une nationalité unique.

Réponse: ANNULÉ - Pour répondre à cette question, il faudrait connaître le sens


du mot aubaine: profit inattendu, avantage inespéré.

Il serait possible d’inférer, selon le texte, qu’Amine est un garçon qui aurait la
chance de choisir entre la France et l’Algérie lors de son service militaire.

• Le jury a cependant décidé d’annuler la question 30.4 en raison de la construction


fautive «pour Amine définir».

• «pour qu’Amine définisse» aurait été préférable.


2. Interpréter
Pour bien interpréter, il faut percevoir les nuances, les connotations des mots
utilisés, les effets des mots choisis par l’auteur.

L’interprétation permet d’explorer une pluralité de sens possibles dans les cas où le
texte ouvre des choix, invite le lecteur à élaborer des hypothèses de compréhension.

Chaque lecteur doit alors prendre parti sur ce que dit le texte; dans l’épreuve écrite,
l’examinateur vous le demande franchement dans les questions du type d’après
vous.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 31.4 CACD 2015: La proposition «Nous nous reconnaissons» (R. 2 et


3) signifie dans le texte que les enfants de couples mixtes ont des similitudes
physiques et une culture similaire

Réponse: VRAI - Il est possible d’ inférer, d’après le contexte, que les enfants de
couples mixtes partagent des similitudes physiques et une culture similaire qui leur
sont évidentes.

QUESTION 38.2, CACD 2014: Dans le 4ème paragraphe, l’auteur met en avant
l’avènement du soft power.

Réponse: VRAI - Dans le 4ème paragraphe, l’auteur affirme que Laurent Fabius «a
bien compris d’un point de vue rationnel qu’à l’heure du soft power le sport a toute
sa place dans le rayonnement d’un pays».

QUESTION 15, CACD 2013: Dans quel domaine le Brésil peut-il, selon vous,
accroître son rayonnement?

Réponse: Veillez à bien tenir compte de la connotation très positive du mot


rayonnement: il s’agit d’une qualité associée à la lumière et au feu, définie par le
Larousse comme l’influence exercée par quelqu’un, un pays, en raison de so•
prestige.

Tout candidat bien préparé aura une réponse toute prête à cette question «sur le
bout de la langue», pour ainsi dire; cependant, il est vivement recommandé de
toujours tenir en compte les idées du texte. Dans ce cas, l’auteur vise à définir la
notion de puissance au XIXe siècle en faisant appel à certains concepts:

1. La distinction entre pouvoir et puissance;

2. Les ressources humaines et matérielles;

3. Le soft power;

4. Les «usines de production des décisions»;

5. L’apparition du cyber-pouvoir.
a. Les limites de l’interprétation: s’en tenir à ce que dit le
texte
L’interprétation est une possible voie de compréhension entre plusieurs, au choix du
lecteur. Il y a des questions C/E où on vous demande la compréhension littérale; il
n’y a alors qu’une seule lecture possible, il n’y a pas plusieurs hypothèses
d’interprétation. Pour l’épreuve écrite, c’est souvent la démarche à suivre dans le
cas des questions du type d’après le texte, qui exigent de la précision et de la rigueur
dans la réponse.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 30.2, CACD 2015: Dans cet extrait, Nina Bouraoui parle de la douleur
que lui cause la séparation de ses parents.

Réponse: FAUX - Il n’y a pas de référence à une séparation des parents de


l’écrivaine dans le texte, c’est elle qui se sent séparée d’eux («Elle a le sourire de
Maryvonne.» «Elle a les gestes de Rachid.» Être séparée toujours de l’un et de
l’autre). Nina Boraoui parle de la douleur que lui cause «porter une identité de
fracture»:

• le jugement extérieur («Les Français ne comprennent pas. Je construis un mur


contre les autres. Les autres.»)

• le doute intérieur («Se penser en deux parties. À qui je ressemble le plus? Qui a
gagné sur moi? Sur ma voix? Sur mon visage? Sur mon corps qui avance? La
France ou l’Algérie?»).

QUESTION 33.2, CACD 2014: Amin Maalouf dit ici que l’Europe a maintenant
trouvé son identité.

Réponse: FAUX - Bien au contraire: «l’Europe a perdu ses repères. Qui devrait-elle
rassembler encore, et dans quel but? Qui devrait-elle exclure, et pour quelle
raison?» Aujourd’hui plus que par le passé, elle s’interroge sur son identité, ses
frontières, ses institutions futures, sa place dans le monde, sans être sûre des
réponses.

QUESTION 45.4, CACD 2014: La souveraineté des peuples, le suffrage universel


et la liberté de la presse se retrouvent tous trois dans le droit public français.

Réponse: VRAI - L’item résume le passage «La souveraineté du peuple, le suffrage


universel, la liberté de la presse sont trois choses identiques, ou, pour mieux dire,
c’est la même chose sous trois noms différents; à elles trois, elles constituent notre
droit public tout entier».

QUESTION 11, CACD 2012: Selon Hannes Swoboda, quels sont les quatre
évènements récents qui laissent présager d’un changement dans la gestion de la
crise économique au sein de l’Union européenne?

Réponse: La question est très précise: on demande au candidat de faire référence


aux évènements d’actualité par rapport à la date de l’article (23/5/2012) cités dans
le premier paragraphe. Il n’y a aucune marge d’interprétation dans ce cas.
1. L’élection de François Hollande;

2. L’éclatement du gouvernement de coalition néerlandais (avril);

3. La victoire du social-démocrate Robert Fico en Slovaquie (mars);

4. Les échecs cumulés du parti conservateur de la chancelière allemande.

b. L’interprétation profonde et les enjeux du texte


Il existe un autre type d’interprétation, postérieure à la compréhension: pour aller
plus loin que la question «qu’est-ce ce que dit le texte?» il faut se demander «au-
delà de ce que dit le texte, qu’est-ce qu’il veut me dire? Quelle en est la morale, la
portée symbolique, la philosophie, l’idée de fond? Quelle leçon veut-il transmettre?
Quel est son enjeu symbolique, philosophique, éthique?»
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 45.2, CACD 2015: A travers ces propos Diderot condamne également
l’esclavage.

Réponse: VRAI - Certes, l’auteur ne fait aucune mention explicite de l’esclavage


dans le texte; il est pourtant possible d’ inférer qu’il condamne l’esclavage à travers
plusieurs passages du texte: • «Aucun homme n’a reçu de la nature le droit de
commander aux autres. La liberté est un présent du ciel, et chaque individu de la
même espèce a le droit d’en jouir».

• «La puissance qui s’acquiert par la violence n’est qu’une usurpation».

QUESTION 38.4, CACD 2015: Cet extrait a pu constituer le germe de la théorie du


«bon sauvage» chère à Rousseau.

Réponse: VRAI - Pour répondre à cette question, il faudrait connaître la théorie (ou
le mythe) du «bon sauvage» dans l’œuvre de Rousseau et savoir que Rousseau
appartient à une génération postérieure à celle de Montaigne.

• Dans son Discours sur l’origine et les fondements de l’inégalité parmi les
hommes (1755), Rousseau présente l’état de nature comme un état idyllique, un âge
d’or corrompu par la civilisation.

• Puisque Rousseau fait écho à la thèse de Montaigne, qui date du XVIe siècle, il
est possible d’inférer que cet extrait a pu constituer le germe de la théorie du «bon
sauvage» chère à Rousseau.

QUESTION 32.4, CACD 2014: A l’époque de la chute du mur de Berlin, on croyait


que les frontières entre pays disparaîtraient.

Réponse: VRAI - Il est possible d’inférer, selon le texte, qu’à l’époque de la chute
du mur de Berlin, on croyait que les frontières entre pays disparaîtraient: (L. 5-10)
«la démocratie allait désormais se répandre de proche en proche, croyions-nous,
jusqu’à couvrir l’ensemble de la planète; les barrières entre les diverses contrées du
globe allaient s’ouvrir, et la circulation des hommes, des marchandises, des images
et des idées allait se développer sans entraves».

c. L’interprétation symbolique et les questions formulées à


partir de figures de style
Ce type de question fait directement appel à la capacité d’interprétation symbolique.
Il est très courant dans l’épreuve écrite. En outre, l’interprétation symbolique est
indispensable à la compréhension fine des textes littéraires dans les tests vrai/faux.
COMO ISSO CAI NA PROVA?

QUESTION 37.1, CACD 2015: L’expression «casser du sucre sur notre dos», (R.
14 et 15), signifie dans le texte que les médias étrangers essaient d’adoucir un peu
les Français mécontents du «French bashing».

Réponse: FAUX - Au contraire; l’expression «casser du sucre sur notre dos», qui
appartient au registre familier, veut dire nous calomnier, dire du mal de nous en
notre absence.

QUESTION 37.2, CACD 2015: L’expression «avoir le moral dans les chaussettes»
à la ligne 21 signifie être déprimé.

Réponse: VRAI - Dans le registre familier, «avoir le moral à zéro/au plus bas/au
fond des chaussettes/dans les chaussettes» veut dire être extrêmement découragé,
abattu, déprimé.

QUESTION 40.1, CACD 2015: Les mots «Brésil» et «grésiller» évoquent pour
l’auteur les braises d’un foyer à l’origine du mot «Brésil».

Réponse: VRAI - Item particulièrement difficile, qui reprend un passage poétique


de l’extrait.

Pour répondre à cette question, il faudrait connaître le sens du verbe «grésiller», qui
veut dire crépiter, c’est-à dire produire le son (crépitement) d’un feu en braise. Il
faudrait aussi savoir que le mot foyer veut dire place où l’on fait le feu et que le
mot cassolette veut dire encensoir, vase brûle-parfum.

• La couleur rouge de la teinture extraite de l’arbre exploité par le colonisateur


portugais est à l’origine du nom du bois-brésil ou pau-brasil, et donc du mot
«Brésil», parce qu’elle ressemble à celle du feu en braise.

• Cette association évoquait des odeurs d’encens brûlé («une odeur de cassolette»,
«équivoque du parfum») et le son de braises qui crépitent («grésiller») dans
l’imagination de Lévi-Strauss.

• Il est donc possible d’inférer que les mots «Brésil» et «grésiller» évoquent pour
l’auteur les braises d’un foyer losqu’il affirme qu’il «pense d’abord au Brésil
comme à un parfum brûlé».

QUESTION 48.4, CACD 2014: Ounsi el-Hajj et Joseph Harb ont récemment quitté
le Liban pour des raisons politiques.
Réponse: FAUX - Dans le contexte, l’expression tirer leur révérence et le verbe
partir sont des euphémismes pour la mort.

«Ounsi el-Hajj et Joseph Harb ont tiré leur révérence. Pourquoi sont-ils partis avant
l’heure?»

QUESTION 8, CACD 2007: Expliquez deux des raisons qui permettent à Bertrand
Le Gendre, l’auteur du texte, de comparer une inscription dans la Constitution à
une inscription dans du marbre.

Réponse: Selon le Larousse, inscrit dans le marbre veut dire établi de façon sûre et
définitive. L’expression laisse entendre que l’abolition de la peine de mort en
France n’est pas encore irrévocable, interprétation confirmée par le titre de l’article:
«La seconde mort de la peine de mort».

QUESTION 10, CACD 2007: Expliquez le sens symbolique du titre de l’article [La
seconde mort de la peine de mort].

Réponse: La connotation symbolique la plus évidente est l’ironie de «la mort» de la


peine de mort, «soumise», pour ainsi dire, au même sort des condamnés auxquels
elle a été apliquée.

Pour aller plus loin dans interprétation, il faut également saisir la différence entre
seconde et deuxième. Selon le Larousse, l’on doit employer deuxième dans une
énumération de plus de deux éléments, second(e) lorsque l’énumération s’arrête à
deux.

Voilà pourquoi, en français, la Grande guerre ne devint la Première guerre


mondiale qu’à la suite de la Seconde guerre mondiale. D’ailleurs, apeller celle-ci la
«Deuxième» guerre mondiale équivaudrait à laisser entendre qu’on s’attend à ce
qu’il y en ait une «Troisième»!

Le texte nous fait savoir que la peine de mort avait été abolie en 1981 (L. 4-10).
Cependant, à l’époque, l’abolition de la peine de mort n’était soutenue que par une
minorité des Français (L. 15-19). «La seconde mort de la peine de mort» s’inscrit
dans le contexte de l’année 2007, tout à fait différent (L. 48-55).

Le titre La seconde mort de la peine de mort veut donc dire que l’auteur espère que,
grâce à l’évolution historique, éthique et politique de la société française, la peine
de mort sera enfin abolie une fois pour toutes.

QUESTION 7, CACD 2008: Expliquez le sens de la phrase: «Le mur murant Paris
rend Paris murmurant» (L.27).
Réponse: Pour bien expliquer cette phrase, un peu de grammaire et un peu de
poésie.

Le participe présent joue le rôle de verbe dans le mur murant Paris (=le mur qui
mure Paris); dans ce cas, il est invariable.

Ensemble, les mots mur murant forment un terme homophone de murmurant,


participe présent à fonction adjectivale qui marque l’état, la qualité de Paris (Paris
murmure); en tant qu’adjectif, il s’accorde en genre et en nombre. En français, les
noms de ville qui finissent en consonne sont masculins en général, alors que ceux
qui finissent en -e ou -es sont féminins. Si on parlait de Rome on dirait alors Rome
murmurante.

On a bien compris que le mur qui mure Paris fait murmurer Paris; cependant, pour
que l’interprétation soit complète, il faut prendre en compte la résonance suggestive
de la phrase. Cet effet sonore et rhythmique est une allitération. Cet effet très
courant en poésie et en prose s’obtient par la «répétition des consonnes initiales ou
intérieures dans une suite de mots pour obtenir un effet d’harmonie, de pittoresque
ou de surprise» selon la définition du Larousse. La combinaison des consonnes m
et r et des voyelles nasales a• et e• évoque la sensation de chuchotements
indistincts.

QUESTION 8, CACD 2008: «Faites le mur, pas la guerre» (L.97). Sur le modèle
de quel slogan célèbre cette expression a-t-elle été inventée? Pourquoi ce modèle
est-il particulièrement adéquat ici? Expliquez le jeu de mots fait par l’auteur en
tenant compte du sens de l’expression «faire le mur».

Réponse: Voici un exemple de calembour, jeu de mots typique de l’humour


français, «fondé sur la différence de sens entre des mots qui se prononcent de la
même manière», selon le Larousse.

Le modèle de «faites le mur, pas la guerre» est «faites l’amour, pas la guerre»,
traduction en français du slogan antiguerre de la contre-culture des années 1960
aux États-Unis, «make love, not war».

Faire le mur veut dire sortir sans permission en escaladant un mur et, par extension,
«quitter la caserne, l’établissement scolaire, le domicile sans permission et en
général sans passer par la porte» comme, par exemple, dans le cas d’adolescents
qui veulent sortir le soir sans que leurs parents le sachent.

L’expression «faites le mur, pas la guerre» est employée par l’auteur comme un
appel à la rencontre de l’Autre et à la liberté. La phrase évoque aussi le plaisir
procuré par la convivialité, bien comme le refus «du mur qui divise, oppose,
agresse» (L.93-94), «de la crainte» des autres peuples et «du repli» sur sa propre
culture (L.68).

QUESTION 9, CACD 2009: En quoi consiste la «quadrature du cercle» (R.91)


mentionnée par Bertrand Badie?

Réponse: L’expression «quadrature du cercle» veut dire problème insoluble, en


référence à l’un des trois grands problèmes de géométrie de l’Antiquité: la
détermination d’ un carré de même aire que l’intérieur d’un cercle donné, ce qui ne
peut se faire à l’aide d’une règle et d’un compas.

Dans le texte, l’expression apparaît pour illustrer le dilemme auquel se confronte


l’intégration européenne.

La «quadrature du cercle» est l’obstacle fondamental à l’intégration européenne, la


contradiction entre la souveraineté des États-membres et la supranationalité de
l’Union européenne, aggravée de surcroît par le besoin d’institutions plus nettement
définies qui découle de l’adoption d’une monnaie unique.

QUESTION 17, CACD 2011: À votre avis, pourquoi l’Europe est-elle considérée
comme un ‹‹cheval de Troie›› (R.18-19) par les extrémistes européens?

Réponse: Facile à reconnaître pour les lusophones, l’expression ‹‹cheval de Troie››,


qui veut dire «ce qui permet de pénétrer insidieusement dans un milieu et de s’en
rendre maître» allude à la ruse des Grecs pour rentrer dans l’enceinte de Troie pour
s’emparer de la ville assiégée. Cet épisode est mentionné par Homère dans
l’Odyssée.

L’expression apparaît dans le texte pour exprimer les invectives des extrêmes
droites européennes, qui soutiennent que l’intégration rend l’Europe vulnérable
face à la mondialisation et à l’immigration (L.14-19): «Le Front National pour la
France, les Vrais Finlandais, ou les autres partis extrémistes européens n’ont pas
cessé d’enregistrer des succès depuis le tournant du siècle. Quelles sont leurs
recettes? Des réponses simplistes à des problèmes complexes, un rejet de
l’immigration responsable selon eux du chômage croissant et enfin un
euroscepticisme violent: l’Europe est en effet accusée d’être le ‹cheval de Troie› de
la mondialisation et incapable d’apporter des solutions.»

CACD 2013, QUESTION 12: «Cette organisation peut elle-même s’analyser


comme une unité active et ainsi de suite, comme des poupées gigognes»
(paragraphe 2). Expliquez dans ce contexte l’expression «poupées gigognes».

Réponse: Selon le Larousse, «gigogne se dit d’objets, en particulier de meubles, qui


s’emboîtent les uns dans les autres: Tables gigognes, poupées gigognes». Il ne
fallait pas trop s’égarer en pensant aux matriochkas, les poupées russes, ni créer des
métaphores sur les poupées en géneral. Dans le contexte, le mot clef est bien
gigognes, comme le démontre la note donnée par le jury à la réponse ci-dessous,
qui a obtenu le maximum de points pour le contenu (R=2): On emboîte des poupées
gigognes l’une à l’intérieur de l’autre. D’une manière similaire, l’auteur propose
que chaque «Organisation» peut être en même temps une unité active, de sorte
qu’elle contienne aussi une autre «Organisation».
3. Comprendre/interpréter: un rapport
dialectique
Les deux processus sont complémentaires, intrinsèquement liés dans le processus de
lecture. L’interprétation guide et féconde la compréhension, elle éclaire certains
points qui étaient restés dans l’ombre; elle révèle les mots qui ne sont pas dans le
texte, qui sont pourtant essentiels à sa compréhension. En interaction dialectique, les
deux processus s’enchaînent et se dynamisent. L’interprétation collabore donc à la
compréhension; elle peut être nécessaire, voire indispensable, pour aider à
comprendre.

Deux attitudes de lecteur différentes: Pour mettre l’accent sur la différence entre les
deux, il faut examiner les rapports entre le texte et son lecteur.

• Comprendre, c’est expliciter le sens du texte, c’est examiner ce que dit le texte.

• Interpréter c’est prendre parti sur ce que dit le texte, c’est réagir au sens du texte.
Les Techniques pour L’écriture
1. ÉCRIRE UN PARAGRAPHE14

a. Introduction: qu’est-ce qu’un paragraphe?


Le paragraphe est l’unité de base du texte. Dans le cadre de l’épreuve écrite du
CACD, il doit être une mini dissertation. Le paragraphe contient généralement une
idée principale autour de laquelle s’organise une explication ou une argumentation,
dans très peu d’espace. La capacité de synthèse est fondamentale!

Obs.: Dans le cas de l’épreuve, on n’a de l’espace que pour un mini paragraphe;
dans une dissertation scolaire, un paragraphe compte de dix à quinze lignes environ.

• Un paragraphe doit avoir une idée-clef, une idée dominante: soit un résumé de la
pensée de l’auteur, soit un message au lecteur.

• La valeur d’un paragraphe dépend de son unité, de sa cohérence et de sa force.

b. Quels sont les defauts courants des paragraphes?


• On annonce une proposition et on en démontre une autre; • On démontre une idée
qui ne correspond pas à la question posée; • On annonce une idée mais on ne la
démontre pas; • On démontre une idée, mais on n’en tire pas une conclusion
pertinente; • On énumère des exemples sans un fil conducteur logique ou
argumentatif; • On choisit des exemples mal adaptés à l’idée.

c. Les structures-type les plus courantes


Selon la place de la phrase clef, qui exprime l’idée principale, on distingue deux
types principaux de paragraphe, aux buts et effets distincts et clairement définis.

i. Le paragraphe a priori : le message en tête • Il va de l’idée générale aux exemples.


Le message essentiel est placé dans la première phrase. La suite du paragraphe
développe, explique, démontre ce message.

• Parce qu’il facilite la lecture, c’est le type le plus courant.

Exemple: «Depuis une trentaine d’années, un peu partout en Europe, les extrêmes
droites ont le vent en poupe. Si quelques partis imprègnent leurs diatribes de
références néonazies, la plupart cherchent la respectabilité et envahissent le terrain
social. Se présentant comme le dernier recours et comme un rempart contre une
supposée islamisation de la société, ils poussent à une recomposition des droites»15.

ii. Le paragraphe a posteriori : le message à la fin • Il va des faits aux idées, de


manière inductive. La phrase clef, la plus générale, vient à la fin du paragraphe.

• Cette forme est fréquemment utilisée dans les exposés de recherche scientifique. Il
faut d’abord présenter la démonstration soutenue par des exemples avant de
conclure en énonçant la théorie.

• Dans la presse, c’est la forme du reportage qui décrit d’abord une ambiance, un
contexte, la complexité de l’ensemble Exemple: Alors que la bande à Messi joue sa
demi-finale de coupe du monde demain soir, un autre événement vient faire la une
en Argentine: l’inculpation pour corruption du numéro deux du gouvernement. C’est
la première fois qu’un vice-président argentin est inculpé alors qu’il est encore en
activité. Cristina Kirchner pourrait voir sa réputation ternie avec cette histoire qui
risque de lui mettre des bâtons dans les roues pour les prochaines élections de 2015.
La stratégie à adopter par Mme Kirchner est donc délicate.

http://les-yeux-du-monde.fr/actualite/amerique/19030-le-gouvernement-argentin-
fragilise
2. LA PARAPHRASE
La paraphrase consiste à reprendre dans ses propres mots les idées d’un auteur; elle
est donc indispensable pour répondre aux questions du type d’après le texte.
Toutefois, la paraphrase ne se limite pas à remplacer les mots du texte original par
des synonymes. Il faut vraiment réécrire le passage, c’est-à-dire changer la structure
des phrases en plus des mots.

Son utilisation est importante, car elle montre qu’on a vraiment compris ce que
l’auteur a voulu dire sans avoir recours à la copie, pénalisée par le jury. De plus, elle
permet de mettre en valeur le style d’écriture du candidat, ainsi que sa capacité
d’argumentation et de synthèse. Il ne faut cependant pas en abuser: la «paraphrase
vide» est à éviter, c’est-à dire la réécriture pure et simple, sans aucune trace de
commentaire, analyse ou autre contribution du candidat.
COMMENT FAIRE UNE BONNE
PARAPHRASE?
a. Introduire la paraphrase
On peut introduire sa paraphrase avec une formule qui indique quel auteur on
paraphrase, comme selon l’auteur ou d’après le texte. Attentio• seulement à ne pas
en abuser: Il faut à tout prix éviter de commencer toutes les réponses de l’épreuve
de la même manière.

b. Remplacer certains mots (noms, adjectifs, verbes,


adverbes, etc.) par des synonymes:
Lorsqu’on paraphrase, il faut s’assurer de conserver le sens des propos de l’auteur.
On doit choisir des mots qui ont sensiblement la même signification que ceux
utilisés par l’auteur. Si on n’est pas certain du sens d’un mot, il faut le vérifier dans
le dictionnaire. Attention: il ne faut pas remplacer chaque mot du passage original
par un synonyme, mais simplement les mots les plus importants. Comme il s’agit de
la technique la plus évidente, il ne faut pas en abuser non plus.

c. Modifier la structure des phrases


Il faut changer la structure du texte, c’est-à-dire réécrire les phrases sous une
nouvelle forme. Pour ce faire, on peut, par exemple, changer les conjonctions de
coordination et les conjonctions de subordination. On peut aussi modifier les
relations logiques: changer l’ordre dans une relation de cause et conséquence,
transformer une alternative en une addition, etc. Pour plus d’idées, on peut consulter
le tableau des connecteurs logiques proposé par le Manuel du candidat publié par la
FUNAG, pp. 61-66.

Texte original Texte paraphrasé

Aujourd’hui, près d’un tiers de la Quoique l’Inde connaisse un vif essor


population d’Inde est en dessous du seuil économique, environ trente pour cent de
de pauvreté, alors que le pays continue de sa population se trouvent de nos jours
connaître une forte croissance économique en dessous du seuil de pauvreté
(alors que: opposition). (quoique: concession).
d. Changer les parties du discours
Les parties du discours sont les différentes catégories de mots: noms, adjectifs,
verbes, adverbes... Si on remplace un nom par un verbe, un adjectif par un nom, un
verbe par un nom, etc., on peut être certain d’altérer l’ordre des mots dans la phrase
dans notre réécriture.
L’épreuve Vrai/Faux:
DE 2014 À 2015
I. L’ÉPREUVE VRAI/FAUX
1. Les types de questions
a. Grammaire

A prova objetiva requer a mobilização e a aplicação de competências gramaticais


específicas em contextos variados, definidos por diversos tipos de textos.

Certas questões cobram a aplicação direta de regras gramaticais; nesse tipo de


assertiva, o enunciado parece reproduzir o conteúdo das gramáticas de modo literal.

Outras assertivas, mais sofisticadas, são formuladas como questões de interpretação


de texto que só podem ser respondidas caso o/a candidato/a conheça e saiba aplicar
as regras necessárias em diversos tipos de situação.

Nas provas do CACD, os conhecimentos avaliados costumam exceder o nível de


dificuldade dos conteúdos de cursos convencionais de francês como língua
estrangeira (FLE). Essa forma de avaliação condiz com a importância do domínio
dos idiomas como ferramentas de trabalho da carreira diplomática.

b. Vocabulaire

As questões de vocabulário exigem conhecimento das múltiplas definições das


palavras, bem como de suas conotações positivas, negativas ou neutras.

A preparação deve incluir conhecimento de extenso repertório de verbos, figuras de


linguagem, expressões idiomáticas, registros de linguagem variados e certa
familiaridade com vocabulário característico da literatura dos séculos XVII, XVIII e
XIX, segundo as provas de 2014 e 2015.

Recomenda-se estudo de sinônimos literais e contextuais, além de antônimos


contraditórios, gradativos e/ou recíprocos para facilitar a compreensão de figuras de
linguagem e efeitos de estilo.

c. Compréhension de texte

As questões de compreensão de texto podem requerer entendimento literal ou


inferência a partir do texto (prova de 2015).

Além de compreensão e interpretação dos sentidos do texto, algumas questões


dependem do conhecimento do sentido de uma palavra ou expressão para a resposta.
2. Épreuves commentées
a. CACD 2015

Características da prova:

• Prova de Língua Francesa na terceira fase, com 25 questões objetivas, cada


questão com quatro itens do tipo CERTO ou ERRADO.

• Nota em cada item de cada questão igual a:

• + 0,50 ponto, em caso de resposta em concordância com o gabarito oficial


definitivo da prova; • - 0,50 ponto, em caso de resposta em discordância com o
gabarito oficial definitivo da prova; • 0,00 ponto, caso não haja marcação ou caso
haja marcação dupla.

• A prova de 2015 apresenta oito textos literários, jornalísticos, filosóficos e


acadêmicos, de estilos e períodos variados.

• Os textos selecionados são mais longos que na prova de 2014, especialmente


aqueles de referência para as últimas questões da prova (40 a 50). Os textos I a V
têm entre 154 e 348 palavras; os textos VI a VIII, entre 392 e 736 palavras.

• As questões são distribuídas, em proporção equilibrada, entre os tipos


“Interprétation de texte”, “Grammaire” e “Vocabulaire”.

• As questões do tipo “Interprétation de texte” pediam resposta fundamentada em


compreensão literal do texto, inferência ou conhecimentos extratextuais, novidade
em relação à prova de 2014.

• Após os recursos, sete itens foram anulados no gabarito definitivo. As anulações


foram devidamente justificadas pela banca examinadora16.

OBS.: As mudanças na seleção de tipos de texto haviam sido anunciadas no Manual


do Candidato (FUNAG, 2012), à página 20, com grifo da autora da referida obra:
“De 2006 à 2011 tous les articles provienent du journal Le Monde (quotidien,
diplomatique, blog), mais cela ne veut pas dire que ce sera également le cas des
prochains.”

Texte I (348 mots)

1 Les habitants de Paris sont d’une curiosité qui va

jusqu’à l’extravagance. Lorsque j’arrivai, je fus regardé comme


si j’avais été envoyé du ciel: vieillards, hommes, femmes,

4 enfants, tous voulaient me voir. Si je sortais, tout le monde se

mettait aux fenêtres; si j’étais aux Tuileries, je voyais aussitôt

un cercle se former autour de moi; les femmes même faisaient

7 un arc-en-ciel nuancé de mille couleurs, qui m’entourait: si

j’étais aux spectacles, je trouvais d’abord cent lorgnettes

dressées contre ma figure: enfin, jamais homme n’a tant été vu

10 que moi. Je souriais quelquefois d’entendre des gens qui n’étaient presque jamais
sortis de leur chambre, qui disaient

entre eux: «Il faut avouer qu’il a l’air bien persan.» Chose

13 admirable! je trouvais de mes portraits partout; je me voyais

multiplié dans toutes les boutiques, sur toutes les cheminées,

tant on craignait de ne m’avoir pas assez vu.

16 Tant d’honneurs ne laissent pas d’être à charge: je ne

me croyais pas un homme si curieux et si rare; et, quoique j’aie

très bonne opinion de moi, je ne me serais jamais imaginé que

19 je dusse troubler le repos d’une grande ville, où je n’étais point

connu. Cela me fit résoudre à quitter l’habit persan, et à en

endosser un à l’européenne, pour voir s’il resterait encore, dans

22 ma physionomie, quelque chose d’admirable. Cet essai me fit

connaître ce que je valais réellement. Libre de tous les

ornements étrangers, je me vis apprécié au plus juste. J’eus

25 sujet de me plaindre de mon tailleur, qui m’avait fait perdre, en

un instant, l’attention et l’estime publique; car j’entrai tout à

coup dans un néant affreux. Je demeurais quelquefois une


28 heure dans une compagnie, sans qu’on m’eût regardé, et qu’on

m’eût mis en occasion d’ouvrir la bouche. Mais, si quelqu’un,

par hasard apprenait à la compagnie que j’étais persan,

31 j’entendais aussitôt autour de moi un bourdonnement: «Ah!

ah! Monsieur est persan? C’est une chose bien extraordinaire!

Comment peut-on être persan?» De Paris, le 6 de la lune de

34 Chalval 1712.

«Rica au même». In: Montesquieu. Lettres persanes.

26. A la lumière du texte I, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. Ce passage met en relief qu’il existe un préjugé négatif contre les Persans.

2. Rica s’étonne et s’amuse des réactions des Parisiens à son égard, mais ne s’en
offusque pas.

3. Rica sourit parce que les Parisiens le trouvent «Persan» alors qu’ils n’avaient
jamais vu de Persan auparavant.

4. Rica a décidé de s’habiller à l’européenne pour éviter d’attirer l’attention sur lui.

Réponse: E C C E

1. FAUX - Au contraire, les préjugés envers les Persans sont positifs, c’est pourquoi
les Parisiens sont si curieux à l’égard de Rica: • «Lorsque j’arrivai, je fus regardé
comme si j’avais été envoyé du ciel: vieillards, hommes, femmes, enfants, tous
voulaient me voir».

• «Chose admirable! je trouvais de mes portraits partout; je me voyais multiplié dans


toutes les boutiques, sur toutes les cheminées, tant on craignait de ne m’avoir pas
assez vu».

2. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe


s’offusquer: Être choqué, vexé.

Oui, Rica s’étonne et s’amuse des réactions des Parisiens à son égard, mais
«l’attention et l’estime publique» lui font plaisir et ne le vexent pas.

3. VRAI - La référence est le passage «Je souriais quelquefois d’entendre des gens
qui n’étaient presque jamais sortis de leur chambre, qui disaient entre eux: ‹Il faut
avouer qu’il a l’air bien persan›».

• Puisque le texte affirme que ces gens «n’étaient presque jamais sortis de leur
chambre», dans le contexte du début du XVIIIe siècle, il est possible d’inférer qu’ils
n’avaient jamais vu de Persan auparavant.

4. FAUX - En fait, Rica a décidé de s’habiller à l’européenne pour «voir s’il resterait
encore, dans ma physionomie, quelque chose d’admirable», c’est-à-dire pour
vérifier si les Parisiens seraient toujours curieux à son égard.

• Il est d’ailleurs très déçu lorsqu’il n’attire plus l’attention: «J’eus sujet de me
plaindre de mon tailleur, qui m’avait fait perdre, en un instant, l’attention et l’estime
publique; car j’entrai tout à coup dans un néant affreux».

27. En vous basant sur le texte I, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).

1. Des «vieillards» (R.3) sont des personnes laides, qui ont de vilains traits.

2. Le mot «néant» (R.27) est synonyme d’absence totale, de vide.

3. Le mot «bourdonnement» (R.31) fait référence à un murmure de voix humaines,


un bruit confus signalant une activité.

4. Le mot «curieux» (R.17) signifie: qui est désireux d’apprendre quelque chose.

Réponse: E C C E

1. FAUX - Des «vieillards» sont des personnes âgées. Certes, le mot peut être
employé de manière péjorative, mais dans le contexte, il n’a pas de connotation
négative; il met en valeur le contraste entre les éléments d’une énumération.

• «vieillards, hommes, femmes, enfants, tous».

2. VRAI - La question reprend les termes de la quatrième définition du mot «néant»


dans le dictionnaire Larousse.

3. VRAI - La question reprend les termes de la troisième définition du mot


«bourdonnement» dans le dictionnaire Larousse.

4. FAUX - Certes, la question reprend les termes de la première définition du mot


«curieux» dans le dictionnaire Larousse, mais, dans le contexte, le mot s’applique à
Rica, qui est l’objet de la curiosité des Parisiens.

• Dans ce cas, la bonne définition du mot «curieux» est la troisième dans le


dictionnaire Larousse: «Qui est propre à inspirer le désir de voir et de savoir, qui est
digne d’intérêt, remarquable».

28. Jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E) en ce qui concerne le texte
I.

1. Dans l’expression «et à en endosser un à l’européenne» (R. 20 et 21), le mot «en»


est un pronom personnel représentant une proposition précédée d’une préposition.

2. Le pronom «quelqu’un» (R.29) désigne une personne indéterminée.

3. À la ligne 17 «quoique» peut être remplacé par bien que sans changer le sens de
la phrase.

4. Dans la phrase: «où je n’étais point connu» (R. 19 et 20), on peut remplacer
«point» par plus, sans changer le sens de la phrase.

Réponse: C C C E

1. VRAI - Le mot «en» peut représenter «un nom, un pronom, un adverbe, une
proposition précédée de la préposition de», selon la définition du dictionnaire
Larousse. Le mot propositio• veut dire «Unité syntaxique élémentaire construite
autour d’un verbe» (en portugais, oração).

• Dans ce cas, la proposition est précédée de la préposition à:

à en endosser un à l’européenne» → à endosser un habit à l’européenne (en


remplace «un [habit] à l’ européenne»).

2. VRAI - La question reprend les termes de définition du pronom indéfini masculin


«quelqu’un» dans le dictionnaire Larousse.

3. VRAI - Quoique et bien que sont des conjoctions de subordination qui expriment
la concession.

L’expression «quoique j’aie très bonne opinion de moi» peut être remplacée par
bien que j’aie très bonne opinio• de moi sans commettre de faute ni changer le sens
de la phrase.

4. FAUX - Les adverbes de négation et de restriction sont parmi les sujets préférés
des examinateurs (voir aussi la question 47.1 et 47.4).

On ne peut pas remplacer «point» par plus sans changer le sens de la phrase.

• «où je n’étais point connu» veut dire «où je n’étais pas connu du tout»

• «où je n’étais plus connu» veut dire «où je n’étais pas connu, mais je l’avais été
antérieurement»
29. D’après le texte I, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. Au lieu de «quoique j’aie très bonne opinion de moi» (R. 17 et 18), on pourrait
écrire aujourd’hui quoique j’ai très bonne opinion de moi.

2. Le mot «car» (R.26) peut être remplacé par puisque, sans changer le sens de la
phrase.

3. L’expression «tout à coup» (R. 26 et 27) peut être remplacée par soudain sans
changer le sens de la phrase.

4. Au lieu de «sans qu’on m’eût regardé», (R.28) on pourrait dire aujourd’hui sans
qu’on me regarde.

Réponse: E E C C

1. FAUX - Bien que le texte date de 1712, cela ne change rien à la règle d’emploi de
quoique.

• En un seul mot, quoique est une conjonction de subordination qui exprime la


concession, s’accompagne du subjonctif et peut remplacer bien que ou encore que.

• En général, quoique s’emploie pour introduire une proposition subordonnée


concessive au subjonctif ou au participe.

• Quoique en un seul mot (bien que, encore que) ≠ Quoi que en deux mots (quelle
que soit la chose que).

2. FAUX - Dans la majorité des cas, selon les règles de la grammaire française,
puisque ne peut pas remplacer car. Bien que les deux mots soient très proches, il y a
des nuances de sens et des différences dans leur emploi.

• Le connecteur logique car joue un rôle privilégié dans l’argumentation; il sert à


affirmer la cause et peut introduire une explication. Car ne peut pas être placé en
début de phrase et est toujours précédé d’une virgule.

«J’eus sujet de me plaindre de mon tailleur, qui m’avait fait perdre, en un instant,
l’attention et l’estime publique; car j’entrai tout à coup dans un néant affreux» →
Rica fait connaître au lecteur un fait nouveau (il entra dans un néant affreux) qui l’a
supris.

• Puisque introduit la justification de ce qui précède, c’est-à-dire un argument


connu, évident et incontestable, qui justifie une conclusion. Puisque peut être placé
en début de phrase.
• «J’eus sujet de me plaindre de mon tailleur, qui m’avait fait perdre, en un instant,
l’attention et l’estime publique; puisque j’entrai tout à coup dans un néant affreux»
→ Rica rappelle au lecteur un fait qui est déjà connu (il entra dans un néant affreux).

Or, le fait de ne plus attirer l’attention habillé à l’européenne a été une surprise pour
Rica. Dans cette construction, le raisonnement est donc inversé par rapport à la la
logique du texte.

3. VRAI - L’expression «tout à coup» est synonyme de soudain, de même que


brusquement, subitement, inopinément.

4. VRAI - Dans «qu’ on m’ eût regardé» le verbe regarder est conjugué au


conditionnel passé deuxième forme.

• Le conditionnel passé deuxième forme (identique au plus-que-parfait du


subjonctif) est une variante littéraire et soutenue de la première forme du
conditionnel passé, rarement utilisée en français courant.

• Aujourd’hui, l’usage du subjonctif présent («qu’on me regarde») est plus fréquent.

• Voir aussi la question 43.3.

Texte II (278 mots)

1 J’entends la voix de mon père algérien. Je suis avec

les enfants mixtes. Nous restons ensemble. Nous nous

reconnaissons.

4 Je ne sais pas les familles algériennes. Je refuse les

invitations des familles françaises. Leur regard. Leurs mots.

Leur jugement. Leur Algérie française. Je parle avec des mots

7 d’arabe intégrés à ma langue maternelle. Des incursions. Je

ferme mes phrases par hachma.

J’ai deux passeports. Je n’ai qu’un seul visage

10 apparent. Les Français ne comprennent pas. Je construis un

mur contre les autres. Les autres. Leurs lèvres. Leurs yeux qui

cherchent sur mon corps une trace de ma mère, un signe de


13 mon père. «Elle a le sourire de Maryvonne.» «Elle a les

gestes de Rachid.» Être séparée toujours de l’un et de l’autre.

Porter une identité de fracture. Se penser en deux parties. À qui

16 je ressemble le plus? Qui a gagné sur moi? Sur ma voix? Sur

mon visage? Sur mon corps qui avance? La France ou

l’Algérie?

19 J’aurai toujours à expliquer. À me justifier. Ces yeux

me suivront longtemps, unis ensuite à la peur de l’autre, cet

étranger. Seule l’écriture protègera du monde.

22 Qui serai-je en France? Où aller? Quels seront leurs

regards? Être française, c’est être sans mon père, sans sa force,

sans ses yeux, sans sa main qui conduit. Être algérienne, c’est

25 être sans ma mère, sans son visage, sans sa voix, sans ses mains

qui protègent. Qui je suis? Amine choisira à l’âge de dix-huit

ans. Il occupera son camp. Il deviendra entier. Il défendra un

28 seul pays. Il saura, enfin. Moi, je suis terriblement libre et

entravée.

1-La honte!
Nina Bouraoui. Garçon manqué. 2000.

30. Jugez, à la lumière du texte II, si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. L’écrivaine souffre de l’indifférence des Algériens à son égard.

2. Dans cet extrait, Nina Bouraoui parle de la douleur que lui cause la séparation de
ses parents.

3. L’auteure considère qu’être binational est une richesse.


4. L’écrivaine considère que le service militaire représente une aubaine pour Amine
définir une nationalité unique.

Réponse: C E E X (o item 4 foi anulado pela banca examinadora com a seguinte


justificativa: O erro gramatical no trecho «pour Amine définir» prejudicou o
julgamento objetivo do item.) 1. VRAI - Le jury a considéré qu’il était possible
d’inférer, à la lumière du texte, que l’écrivaine souffre de l’indifférence des
Algériens à son égard, quoique cette idée ne soit pas explicitée dans l’extrait.

2. FAUX - Il n’y a pas de référence à une séparation des parents de l’écrivaine dans
le texte, c’est elle qui se sent séparée d’eux («Elle a le sourire de Maryvonne.» «Elle
a les gestes de Rachid.» Être séparée toujours de l’un et de l’autre). Nina Boraoui
parle de la douleur que lui cause «porter une identité de fracture»: • le jugement
extérieur («Les Français ne comprennent pas. Je construis un mur contre les autres.
Les autres.»).

• le doute intérieur («Se penser en deux parties. À qui je ressemble le plus? Qui a
gagné sur moi? Sur ma voix? Sur mon visage? Sur mon corps qui avance? La
France ou l’Algérie?»).

3. FAUX - L’auteure considère qu’être binational est une source d’inquiétude et de


conflit: «J’aurai toujours à expliquer. À me justifier. Ces yeux me suivront
longtemps, unis ensuite à la peur de l’autre, cet étranger.»

4. ANNULÉ - Pour répondre à cette question, il faudrait connaître le sens du mot


aubaine: profit inattendu, avantage inespéré.

Il serait possible d’inférer, selon le texte, qu’Amine est un garçon qui aurait la
chance de choisir entre la France et l’Algérie lors de son service militaire.

• Le jury a cependant décidé d’annuler la question 30.4 en raison de la construction


fautive «pour Amine définir».

31. D’après le texte II, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. La préposition «contre» (R.11) donne l’idée de proximité.

2. Le mot «entravée» (R.29) s’oppose à «libre» (R.28) pour marquer la situation


contradictoire dans laquelle se trouve l’auteure.

3. «Amine choisira» (R.26) signifie que Amine changera de pays.

4. La proposition «Nous nous reconnaissons» (R. 2. et 3) signifie dans le texte que


les enfants de couples mixtes ont des similitudes physiques et une culture similaire.

Réponse: E C E C
1. FAUX - Dans certains contextes, la préposition «contre» peut donner l’idée de
proximité: La mère ravie serrait son enfant contre son cœur. N’appuyez pas votre
chaise contre le mur.

Toutefois, ce n’est pas le cas dans l’extrait, où la préposition «contre» donne l’idée
d’opposition: «Je construis un mur contre les autres».

2. VRAI - L’antithèse «Moi, je suis terriblement libre et entravée», renforcée d’


ailleurs par l’adverbe terriblement, met en évidence la situation contradictoire dans
laquelle se trouve l’auteure entre deux appartenances identitaires.

3. FAUX - «Amine choisira» (R.26) signifie que Amine décidera entre ses deux
nationalités lors de son service militaire. L’emploi du futur de l’indicatif veut dire
que la décision n’avait pas encore été prise au moment dont il est question dans le
texte.

4. VRAI - Il est possible d’ inférer, d’après le contexte, que les enfants de couples
mixtes partagent des similitudes physiques et une culture similaire qui leur sont
évidentes.

Texte III (154 mots)

1 La BD Astérix commence en sortant de l’Histoire au

moment de la défaite de Vercingétorix à Alésia en 52 avant

J.-C. (au début du premier album, Astérix le Gaulois, en 1961).

4 La conquête est finie, mais les Romains n’entreront jamais

dans le village gaulois. La résistance d’Astérix ne consistera

pas à chasser l’occupant puisque son village n’est pas occupé.

7 Son seul but, ainsi que celui des autres habitants, est de

conserver intact leur monde et leurs manières de vivre. Ils

forment une ethnie de chasseurs-cueilleurs, sans mémoire, sans

10 histoire et sans politique. Ce sont de purs Gaulois, accumulant

les signes de la «gauloiserie»: moustaches blondes, pantalons

et casques à plumes, menhirs et sangliers, druide coupant le


13 gui, etc. Ils combattent régulièrement les Romains, sans paix possible, forment
«une société pour la guerre». Une poignée

de vaincus ponctuellement vainqueurs qui n’attendent rien de

16 leur victoire.

Florence Dupont. «Le village qui résiste». In: Astérix chez les philosophes, 2015
(adapté).

32. D’après le texte III, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. Les signes de «gauloiserie» dont parle le texte peuvent aussi être qualifiés de
préjugés.

2. Les Gaulois d’Astérix se battent sans démontrer de réelle envie de vaincre.

3. D’après le texte, la série Astérix est plutôt le reflet d’une résistance au temps que
celle aux Romains.

4. Selon le texte, les Gaulois d’Astérix n’ont qu’une ambition: ne rien changer à leur
mode de vie.

Réponse: E E C C

1. FAUX - Certes, le mot «gauloiserie» est un synonyme de grivoiserie, qui veut


dire caractère de ce qui est libre et licencieux, contraire à la décence, à la pudeur.
Cependant, les signes de la «gauloiserie» évoqués dans le texte («moustaches
blondes, pantalons et casques à plumes, menhirs et sangliers, druide coupant le gui,
etc.») n’ont aucune connotation libertine dans le contexte.

2. FAUX - Puisque leur société a la guerre pour but, il n’est pas possible d’affirmer
que les Gaulois d’Astérix se battent sans démontrer de réelle envie de vaincre,
même s’ils n’attendent rien de leur victoire: «Ils combattent régulièrement les
Romains, sans paix possible, forment ‹une société pour la guerre›». «Une poignée
de vaincus ponctuellement vainqueurs qui n’attendent rien de leur victoire.».

3. VRAI - La société d’Astérix résiste au nom de la culture celte gauloise qui


remonte à l’Antiquité: «Ils forment une ethnie de chasseurs-cueilleurs, sans
mémoire, sans histoire et sans politique. Ce sont de purs Gaulois, accumulant les
signes de la ‹gauloiserie›: moustaches blondes, pantalons et casques à plumes,
menhirs et sangliers, druide coupant le gui, etc.».

4. VRAI - La résistance du village d’Astérix est plutôt culturelle que militaire: «La
résistance d’Astérix ne consistera pas à chasser l’occupant puisque son village n’est
pas occupé. Son seul but, ainsi que celui des autres habitants, est de conserver intact
leur monde et leurs manières de vivre».

33. Selon le texte III, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. L’utilisation du futur simple à la forme négative pour les verbes entrer à la ligne 4
et consister à la ligne 5 montre que l’auteur ne croit pas à la conquête du village par
les romains.

2. L’utilisation de «puisque» à la ligne 6 insiste sur le fait que le village d’Astérix


n’est pas occupé.

3. L’expression «ainsi que» (R.7) peut être remplacé, sans changer le sens de la
phrase, par après que.

4. À la ligne 7 le pronom «celui» remplace le nom «but».

Réponse: C E X C (o item 33.3 foi anulado pela banca examinadora com a seguinte
justificativa: a grafia incorreta do termo «remplacé» prejudicou o julgamento
objetivo do item) 1. VRAI - Le futur simple à la forme négative pour les verbes
entrer à la ligne 4 et consister à la ligne 5 est utilisé pour sa valeur stylistique
comme futur historique ou de perspective. Cet effet de style s’appelle anticipation et
permet d’ annoncer à l’avance un évènement qui ne s’est pas encore produit.

2. FAUX - L’utilisation de «puisque» à la ligne 6 introduit la justification de ce qui


précède, c’est-à-dire que «La résistance d’Astérix ne consistera pas à chasser
l’occupant puisque son village n’est pas occupé».

• L’utilisation de «puisque» à la ligne 6 pourrait être interprétée comme insistance


sur le fait que le village d’Astérix n’est pas occupé.

3. ANNULÉ - Le jury a annulé l’item en raison de l’accord fautif du participe passé


«remplacé».

Dans le contexte, l’expression «ainsi que» exprime l’addition et pourrait être


remplacée, sans changer le sens de la phrase, par et aussi.

• Son seul but, ainsi que celui des autres habitants → Son seul but, et aussi celui des
autres habitants • L’expression «après que» exprime la posteriorité à la suite d’ un
un fait considére comme accompli et introduit une subordonnée dont le verbe doit
être mis à l’indicatif.

4. VRAI - À la ligne 7 le pronom «celui» remplace le nom «but»: «Son seul but,
ainsi que celui (le but) des autres habitants, est de conserver intact leur monde et
leurs manières de vivre».
Texte IV (248 mots)

1 Le «French bashing»… ou l’art de s’en prendre aux

Français. D’abord cantonnée aux médias anglo-saxons, qui

l’ont inventée, l’expression est maintenant entrée dans notre

4 vocabulaire. Cela fait bien longtemps que nos voisins nous

brocardent, parfois gratuitement, mais souvent avec talent. Il

est vrai que nous les avons bien aidés. Car rares sont les

7 peuples qui, comme les Français, sont capables de soupirer sur

leur sort au point d’en faire une marque de fabrique reconnue

dans le monde entier. Mais, au lieu de corriger nos défauts,

10 nous les avons choyés, revendiqués presque avec fierté.

Sûrs de notre supériorité morale, culturelle et

intellectuelle, nous n’hésitons pas à les lancer à la face du

13 monde entier, comme pour le défier. Rien d’étonnant, du coup,

que la presse étrangère éprouve un malin plaisir à casser du

sucre sur notre dos. Les occasions n’ont pas manqué ces

16 derniers temps: une économie brinquebalante - «la France

homme malade de l’Europe» se décline désormais dans toutes

les langues -, des gouvernements qui promettent plus qu’ils

19 n’agissent et des partis politiques qui préfèrent s’entre-déchirer

- de droite à gauche - plutôt que de redonner de l’élan à un

pays qui a le moral dans les chaussettes. Parmi le vaste choix

22 de péchés nationaux qui nous était offert, nous en avons choisi

sept, comme il se doit, qui paraissent impardonnables à nos


voisins, et - petite consolation - autant de qualités. Car, là

25 dehors, quelqu’un nous aime encore un peu…

Gian Paolo Accardo et Emmanuelle Morau. «Cogner les Français».Courrier


International, hors-série, Novembre-Décembre 2014.

34. D’après le texte IV, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. Les auteurs soutiennent que le «French bashing» a eu un effet positif sur les
Français en les poussant à pallier à leurs défauts.

2. Selon les auteurs le phénomène du «French bashing» est déjà ancien.

3. Les auteurs affirment que les Français eux-mêmes sont en partie responsables des
moqueries à leur égard.

4. Les auteurs de cet article affirment que le phénomène du «French bashing» s’est
immédiatement diffusé dans le monde et l’expression a très vite été adoptée en
France.

Réponse X C C E (o item 34.1 foi anulado pela banca examinadora com a segunte
justificativa: A grafia incorreta do termo «pallier à» prejudicou o julgamento
objetivo do item.) 1. ANNULÉ - Pallier est un verbe transitif direct, qui veut dire
résoudre plus ou moins bien. Le jury a annulé l’item en raison de la construction
fautive pallier à.

• Selon le texte, «au lieu de corriger nos défauts, [les Français les ont]choyés,
revendiqués presque avec fierté». Il serait donc faux d’affirmer que les auteurs
soutiennent que le «French bashing» a eu un effet positif sur les Français en les
poussant à pallier leurs défauts.

2. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du mot brocarder,
qui veut dire se moquer de, tourner en dérision (voir question 36.4. En effet, selon
les auteurs, le phénomène du «French bashing» est déjà ancien: «Cela fait bien
longtemps que nos voisins nous brocardent».

3. VRAI - Oui, les auteurs affirment que les Français eux-mêmes sont en partie
responsables des moqueries à leur égard: «Mais, au lieu de corriger nos défauts,
nous les avons choyés, revendiqués presque avec fierté. Sûrs de notre supériorité
morale, culturelle et intellectuelle, nous n’hésitons pas à les lancer à la face du
monde entier, comme pour le défier».

4. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe passif
être cantonné, qui veut dire s’isoler dans un lieu, être confiné.
• Selon les auteurs, le phénomène du «French bashing» ne s’est pas immédiatement
diffusé dans le monde: «D’abord cantonnée aux médias anglo-saxons, qui l’ont
inventée».

• L’expression a récemment été adoptée en France: «l’expression est maintenant


entrée dans notre vocabulaire».

35. Selon le texte IV, jugez si les items grammaticaux suivants sont vrais (C) ou
faux (E).

1. Dans l’expression «une marque de fabrique reconnue» (R.8), le e de «reconnue»


marque l’accord avec le mot «fabrique».

2. Dans «Cela fait bien longtemps» (R.4), le mot «bien» signifie très.

3. Dans «nous les avons choyés, revendiqués» (R.10) l’accord des participes passés
se fait avec «nous».

4. Dans «qui l’ont inventée» (R. 2. et 3), «l’» a une valeur euphonique.

Réponse: E C E E

1. FAUX - Dans l’expression «une marque de fabrique reconnue» (R.8), le e de


«reconnue» marque l’accord avec le mot «marque».

2. VRAI - Selon la trosième définition de l’adverbe «bien» dans le dictionnaire


Larousse, le mot marque l’intensité.

3. FAUX - Dans «nous les avons choyés, revendiqués» (R.10) l’accord des
participes passés se fait avec «nos défauts».

• Le participe passé des verbes conjugués avec l’auxiliaire avoir est invariable si
aucun complément d’objet direct (COD) ne le précède.

Toutefois, si le participe est précédé d’un COD (repris par un pronom personnel ou
par un pronom relatif), il s’accorde en genre et en nombre avec le COD qui le
précède.

• Nous avons choyé nos défauts → aucun complément d’objet direct ne précède le
participe choyé, invariable dans ce cas • Au lieu de corriger nos défauts, nous les
avons choyés → le pronom personnel les précède le participe choyés • Les défauts
que nous avons choyés → le pronom relatif que précède le participe choyés 4.
FAUX - Les consonnes à valeur euphonique rendent la prononciation plus agréable
et plus facile. Plus fréquente dans l’usage soutenu que dans le registre courant, la
présence facultative de l’article l’ a une valeur euphonique devant on.
Cependant, dans l’extrait, «l’» est placé devant ont, l’auxiliaire avoir à la troisième
personne du pluriel.

Dans ce cas, l’ est un pronom personnel COD; son emploi est obligatoire.

36. Jugez si les items suivants, relatifs au texte IV, sont vrais (C) ou faux (E).

1. L’expression «au lieu de» (R.9) pourrait être remplacé, sans changer le sens de la
phrase, par à la place de.

2. Le verbe choyer à la ligne 10 signifie traiter avec tendresse, entretenir avec


amour.

3. L’expression «s’en prendre aux» (R.1) signifie se croire supérieur à ce que l’on
est.

4. Le verbe brocarder à la ligne 5 signifie tourner en dérision.

Réponse: X C E C (o item 1 foi anulado pela banca examinadora com a seguinte


justificativa: a grafia incorreta do termo «remplacé» prejudicou o julgamento
objetivo do item.) 1. ANNULÉ - Le jury a annulé l’item en raison de l’accord fautif
du participe passé «remplacé».

Selon la définition du dictionnaire Larousse, l’expression «au lieu de» veut dire à la
place de.

2. VRAI - La question reprend les termes des deux définitions du mot dans le
dictionnaire Larousse.

3. FAUX - L’expression «s’en prendre à» signifie critiquer quelqu’un, le rendre


responsable, l’attaquer.

• l’art de s’en prendre aux Français → l’art de critiquer les Français • L’expression
«se prendre pour» signifie se croire tel, de façon présomptueuse • Il se prend pour
un champion → Il se croit un champion (sans en être un) 4. VRAI - Pour répondre à
cette question, il fallait connaître le sens du mot brocarder, qui veut dire se moquer
de, tourner en dérision (voir question 34.2).

37. Jugez si les items suivants, relatifs au texte IV, sont vrais (C) ou faux (E).

1. L’expression «casser du sucre sur notre dos», (R. 14 et 15), signifie dans le texte
que les médias étrangers essaient d’adoucir un peu les Français mécontents du
«French bashing».

2. L’expression «avoir le moral dans les chaussettes» à la ligne 21 signifie être


déprimé.
3. Les auteurs utilisent l’expression «comme il se doit» (R.23), pour souligner que
les péchés choisis pour être exposés dans l’article sont vraiment graves.

4. Les auteurs utilisent l’expression «du coup» à la ligne 13 pour souligner


l’agressivité des médias étrangers envers les Français.

Réponse: E C E E

1. FAUX - Au contraire; l’expression «casser du sucre sur notre dos», qui appartient
au registre familier, veut dire nous calomnier, dire du mal de nous en notre absence.

2. VRAI - Dans le registre familier, «avoir le moral à zéro/au plus bas/au fond des
chaussettes/dans les chaussettes» veut dire être extrêmement découragé, abattu,
déprimé.

3. FAUX - Quoique l’expression «comme il se doit» puisse être interprétée comme


une allusion aux sept péchés capitaux de la religion catholique, dans un contexte
humoristique, le texte n’implique pas que les péchés choisis pour être exposés dans
l’article soient vraiment graves.

4. FAUX - Les auteurs utilisent l’expression «du coup» à la ligne 13 pour souligner
que le «malin plaisir» éprouvé par la presse étrangère à critiquer les Français est la
conséquence de l’attitude de ceux-ci («sûrs de notre supériorité morale, culturelle et
intellectuelle, nous n’hésitons pas à les lancer à la face du monde entier, comme
pour le défier».).

• L’expression «du coup» appartient au registre familier et veut dire dans ces
conditions, par ce fait même, en conséquence.

Texte V (170 mots)

1 Or je trouve, pour revenir à mon propos, qu’il n’y a

rien de barbare et de sauvage en cette nation, à ce qu’on m’en

a rapporté, sinon que chacun appelle barbarie ce qui n’est pas

4 de son usage; comme de vrai, il semble que nous n’avons autre

mire de la vérité et de la raison que l’exemple et idée des

opinions et usances du pays où nous sommes. Là est toujours

7 la parfaite religion, la parfaite police, parfait et accompli usage

de toutes choses. Ils sont sauvages, de même que nous


appelons sauvages les fruits que nature, de soi et de son

10 progrès ordinaire, a produits: là où, à la vérité, ce sont ceux

que nous avons altérés par notre artifice et détournés de l’ordre

commun, que nous devrions appeler plutôt sauvages. En

13 ceux-là sont vives et vigoureuses les vraies et plus utiles et

naturelles vertus et propriétés, lesquelles nous avons abâtardies

en ceux-ci, et les avons seulement accommodées au plaisir de

16 notre goût corrompu.

2. Les indigènes des Antilles et de l’Amérique du Sud.

3. Critère, point de vue.

19 4. Régime politique.

5. Usage.

Montaigne «Chacun appelle barbarie ce qui n’est pas de son usage», Des cannibales,
I. 31.

38. En vous basant sur le texte V, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).

1. Dans ce texte Montaigne fait référence au chauvinisme des peuples d’occident de


son époque.

2. Montaigne nous fait part de ses réflexions à la suite d’un voyage qu’il a effectué
aux Antilles.

3. Dans cet extrait, Montaigne fait l’apologie des habitudes et du mode de vie
français de l’époque.

4. Cet extrait a pu constituer le germe de la théorie du «bon sauvage» chère à


Rousseau.

Réponse: C E E C

1. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du mot


chauvinisme, qui veut dire patriotisme ou nationalisme exclusif, dénigrant
systématiquement tout ce qui est étranger au profit d’une admiration
inconditionnelle pour ce qui est national, selon la définition du dictionnaire
Larousse.

• Montaigne fait référence au chauvinisme des peuples d’occident de son époque


dans le passage «chacun appelle barbarie ce qui n’est pas de son usage; comme de
vrai, il semble que nous n’avons autre mire de la vérité et de la raison que l’exemple
et idée des opinions et usances du pays où nous sommes».

2. FAUX - Le texte ne fait aucune référence à un voyage que Montaigne aurait


effectué aux Antilles. Ses réflexions ont été faites «à ce qu’on [lui] en a rapporté»,
c’est-à-dire sur le récit d’un voyageur.

3. FAUX - Dans cet extrait, Montaigne critique les habitudes et le mode de vie
français de l’époque:

• «il semble que nous n’avons autre mire de la vérité et de la raison que l’exemple et
idée des opinions et usances du pays où nous sommes».

• «vertus et propriétés, lesquelles nous avons abâtardies en ceux-ci, et les avons


seulement accommodées au plaisir de notre goût corrompu».

4. VRAI - Pour répondre à cette question, il faudrait connaître la théorie (ou le


mythe) du «bon sauvage» dans l’œuvre de Rousseau et savoir que Rousseau
appartient à une génération postérieure à celle de Montaigne.

• Dans son Discours sur l’origine et les fondements de l’inégalité parmi les hommes
(1755), Rousseau présente l’état de nature comme un état idyllique, un âge d’or
corrompu par la civilisation.

• Puisque Rousseau fait écho à la thèse de Montaigne, qui date du XVIe siècle, il est
possible d’inférer que cet extrait a pu constituer le germe de la théorie du «bon
sauvage» chère à Rousseau.

39. Jugez à la lumière du texte V, si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. On peut remplacer «propos» (R.1) par hypothèse, sans changer le sens de la


phrase.

2. À la ligne 6, l’adverbe «Là» remplace «pays où nous sommes».

3. Le pronom «ceux-ci» (R.15) remplace les fruits que la nature a produits.

4. On peut remplacer «je trouve» (R.1) par je pense, sans changer le sens de la
phrase.

Réponse: E C E C
1. FAUX - Dans l’extrait, le mot «propos» a le sens de discours, paroles.

• Hypothèse veut dire supposition, conjecture; proposition visant à fournir une


explication vraisemblable d’un ensemble de faits.

2. VRAI - La question reprend les termes de la troisième définition de l’adverbe


«Là» dans le dictionnaire Larousse: Le lieu où l’on est.

3. FAUX - Le pronom «ceux-ci» (R.15) remplace les fruits que nous avons altérés
par notre artifice.

• Le pronom «ceux-là» (R.13) remplace les fruits que la nature a produits.

4. VRAI - Dans le contexte, il est possible de remplacer «je trouve» (R.1) par je
pense, sans changer le sens de la phrase.

Texte VI (392 mots)

(Claude Lévi-Strauss est invité par Georges Dumas au poste de professeur de


sociologie à l’Université de São Paulo)

1 [...] Le Brésil et l’Amérique du Sud ne signifiaient

rien pour moi. Néanmoins, je revois encore, avec la plus

grande netteté, les images qu’évoquèrent aussitôt cette

4 proposition imprévue. Les pays exotiques m’apparaissaient

comme le contrepied des nôtres, le terme d’antipodes trouvait

dans ma pensée un sens plus riche et plus naïf que son contenu

7 littéral. On m’eût fort étonné en disant qu’une espèce animale

ou végétale pouvait avoir le même aspect des deux côtés du

globe. Chaque animal, chaque arbre, chaque brin d’herbe,

10 devait être radicalement différent, afficher au premier coup

d’œil sa nature tropicale. Le Brésil s’esquissait dans mon

imagination comme des gerbes de palmiers contournés,

13 dissimulant des architectures bizarres, le tout baigné dans une


odeur de cassolette, détail olfactif introduit subrepticement,

semble-t-il, par l’homophonie inconsciemment perçue des mots

16 «Brésil» et «grésiller», mais qui, plus que toute expérience

acquise, explique qu’aujourd’hui encore je pense d’abord au

Brésil comme à un parfum brûlé.

19 Considérées rétrospectivement, ces images ne me

paraissent plus aussi arbitraires. J’ai appris que la vérité d’une

situation ne se trouve pas dans son observation journalière,

22 mais dans cette distillation patiente et fractionnée que

l’équivoque du parfum m’invitait peut-être déjà à mettre en

pratique, sous la forme d’un calembour spontané, véhicule

25 d’une leçon symbolique que je n’étais pas à même de formuler

clairement. Moins qu’un parcours, l’exploration est une fouille:

une scène fugitive, un coin de paysage, une réflexion saisie au

28 vol, permettent seuls de comprendre et d’interpréter des

horizons autrement stériles.

Je fus donc bien étonné quand, au cours d’un déjeuner

31 où m’avait emmené Victor Marguerite, j’entendis de la bouche

de l’ambassadeur du Brésil à Paris le son de cloche officiel:

«Des Indiens? Hélas, mon cher Monsieur, mais voici des

34 lustres qu’ils ont tous disparus. Oh, c’est là une page bien

triste, bien honteuse, dans l’histoire de mon pays. […]. Mais,

comment reprocher aux colons portugais d’avoir participé à la

37 rudesse générale des mœurs? Ils se saisissaient des Indiens, les


attachaient aux bouches des canons et les déchiquetaient

vivants à coups de boulets. C’est ainsi qu’on les a eus, jusqu’au

40 dernier. Vous allez, comme sociologue, découvrir au Brésil des

choses passionnantes, mais les Indiens, n’y songez plus, vous

n’en trouverez plus un seul…»

Claude Lévi-Strauss. Tristes tropiques. Paris, 1955 (Extrait, chapitre V, p. 37-39).


(adapté).

40. À la lumière du texte VI, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. Les mots «Brésil» et «grésiller» évoquent pour l’auteur les braises d’un foyer à
l’origine du mot «Brésil».

2. Lévi-Strauss admet que sa découverte du Brésil et la compréhension qu’il en a


retirée sont le fruit d’une étude méthodique et rationnelle.

3. Avant qu’on lui propose son premier poste au Brésil, Lévi-Strauss s’était déjà
largement renseigné sur la région.

4. Les clichés de Lévi-Strauss sur le Brésil se sont tous révélés exacts.

Réponse: C E E E

1. VRAI - Item particulièrement difficile, qui reprend un passage poétique de


l’extrait.

Pour répondre à cette question, il faudrait connaître le sens du verbe «grésiller», qui
veut dire crépiter, c’est-à dire produire le son (crépitement) d’un feu en braise. Il
faudrait aussi savoir que le mot foyer veut dire place où l’on fait le feu et que le mot
cassolette veut dire encensoir, vase brûle-parfum.

• La couleur rouge de la teinture extraite de l’arbre exploité par le colonisateur


portugais est à l’origine du nom du bois-brésil ou pau-brasil, et donc du mot
«Brésil», parce qu’elle ressemble à celle du feu en braise.

• Cette association évoquait des odeurs d’encens brûlé («une odeur de cassolette»,
«équivoque du parfum») et le son de braises qui crépitent («grésiller») dans
l’imagination de Lévi-Strauss.

• Il est donc possible d’inférer que les mots «Brésil» et «grésiller» évoquent pour
l’auteur les braises d’un foyer losqu’il affirme qu’il «pense d’abord au Brésil
comme à un parfum brûlé».
2. FAUX - Au contraire; pour Lévi-Strauss, sa découverte du Brésil et la
compréhension qu’il en a retirée sont le fruit d’expériences guidées par la sensibilité
et l’intuition.

• «Moins qu’un parcours, l’exploration est une fouille: une scène fugitive, un coin
de paysage, une réflexion saisie au vol, permettent seuls de comprendre et
d’interpréter des horizons autrement stériles».

3. FAUX - Avant qu’on lui propose son premier poste au Brésil, Lévi-Strauss ne
portait aucun intérêt à la région: «Le Brésil et l’Amérique du Sud ne signifiaient rien
pour moi».

4. FAUX - Les clichés d’exotisme tropical se sont révélés trop exagérés.

• «Les pays exotiques m’apparaissaient comme le contrepied des nôtres, le terme


d’antipodes trouvait dans ma pensée un sens plus riche et plus naïf que son contenu
littéral. On m’eût fort étonné en disant qu’une espèce animale ou végétale pouvait
avoir le même aspect des deux côtés du globe».

41. Jugez, en vous référant au texte VI, si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).

1. Le mot «exploration» (R.26) est synonyme de exploitation.

2. Le verbe évoquer, utilisé à la ligne 3 signifie repousser.

3. Le mot «s’esquissait» (R.11) pourrait être remplacé, sans changer le sens de la


phrase, par s’ébauchait.

4. L’expression «une fouille» (R.26) est l’action de chercher avec soin dans un lieu.

Réponse: E E C C

1. FAUX - Le mot «exploration» veut dire action d’explorer une contrée, un lieu;
découverte; examen approfondi d’une question.

Le mot «exploitation» veut dire action d’assurer la production d’une matière, d’un
produit; action de tirer un profit abusif de quelqu’un ou de quelque chose.

2. FAUX - Le verbe évoquer est utilisé à la ligne 3 dans le sens de Faire songer à
quelque chose; Faire naître chez quelqu’un la représentation mentale de quelque
chose jusque-là inconnu.

Le verbe repousser veut dire écarter, faire reculer, s’opposer à.


3. VRAI - Les verbes esquisser et ébaucher veulent dire tracer le plan d’une œuvre à
grands traits, en donner un premier aperçu, décrire sans approfondir.

4. VRAI - La question reprend les termes de la troisième définition du mot dans le


dictionnaire Larousse.

42. Selon le texte VI, jugez si les items ci-après sont vrais (C) ou faux (E).

1. L’expression «saisie au vol» (R. 27 et 28) est utilisée par Lévi-Strauss pour mettre
en relief l’aspect subtil de sa compréhension du Brésil.

2. L’auteur utilise le mot «coin» (R.27) pour exprimer son admiration envers les
paysages brésiliens.

3. L’expression «son de cloche» (R.32) signifie dans le texte la colère.

4. L’expression «Je n’étais pas à même de» (R.25) pourrait être remplacée, sans
changer le sens de la phrase, par je me refusais à.

Réponse: C E E E

1. VRAI - L’expression «saisir au vol» veut dire profiter d’une opportunité


inattendue. Elle est utilisée dans le texte por signaler que la réflexion de Lévi-
Strauss est plutôt le fruit d’une sensibilité intuitive que celui de la raison.

2. FAUX - Dans «un coin de paysage», le mot coin a une connotation neutre et veut
simplement dire petite partie d’un espace quelconque; endroit, lieu plus ou moins
déterminés.

3. FAUX - L’expression «son de cloche» (R.32) signifie dans le texte opinion


courante, partagée par plusieurs personnes.

4. FAUX - L’expression «Je n’étais pas à même de» veut dire je ne pouvais pas, je
n’étais pas en position de.

43. D’après le texte VI, jugez si les items grammaticaux suivants sont vrais (C) ou
faux (E).

1. Dans «n’y songez plus» (R.41) le verbe est à l’impératif.

2. Le pronom «en» (R.42) remplace «des choses passionnantes» (R. 40 et 41).

3. L’extrait «On m’eût fort étonné en disant que» (R.7) pourrait être remplacé, sans
changer le sens de la phrase, par on m’aurait fort étonné si on m’avait dit que.

4. La forme verbale «dissimulant» (R.13) pourrait être remplacé, sans changer le


sens de la phrase par qui dissimulaient.
Réponse: C E C C

1. VRAI - Le mode impératif se conjugue sans pronoms et exprime un ordre


(phrases affirmatives) ou une interdiction (phrases négatives).

2. FAUX - Le pronom «en» (R.42) remplace les Indiens:

n’y songez plus, vous n’en trouverez plus un seul → n’y songez plus, vous ne
trouverez plus un seul [de ces Indiens]

3. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le conditionnel passé


deuxième forme et le gérondif.

• La première phrase est formée par le conditionnel passé deuxième forme («On
m’eût fort étonné») accompagné du gérondif («en disant que»).

• Le conditionnel passé deuxième forme («On m’eût fort étonné», identique au plus-
que--parfait du subjonctif) est une variante littéraire et soutenue de la première
forme du conditionnel passé, rarement utilisée. Le conditionnel passé première
forme («on m’aurait fort étonné») est plus fréquent en français courant.

• Le gérondif est invariable; il est formé par le participe présent (disant) précédé de
la prépostion en. Dans l’extrait, le gérondif exprimela cause de l’étonnement. Il peut
donc être remplacé par si on m’avait dit que sans changer le sens de la phrase.

• Voir aussi les questions 29.4 (conditionnel passé première forme) et 43.4 (participe
présent).

4. VRAI - La forme verbale «dissimulant» est le participe présent.

Le participe présent est formé par le verbe accompagné du suffixe «-ant» et peut
être adjectif, gérondif et verbe.

• dans sa fonction adjectivale, le participe varie en nombre et en genre.

• Le gérondif est invariable; il est formé par le participe présent précédé de la


prépostion e• (voir question 43.3).

• dans sa fonction verbale, le participe est invariable et peut s’accompagner d’un


complément d’objet direct (COD) ou d’un adverbe.

des gerbes de palmiers contournés, dissimulant des architectures bizarres (COD) →


des gerbes de palmiers contournés, qui dissimulaient des architectures bizarres Texte
VII (736 mots)

1 Aucun homme n’a reçu de la nature le droit de


commander aux autres. La liberté est un présent du ciel, et

chaque individu de la même espèce a le droit d’en jouir

4 aussitôt qu’il jouit de la raison. Si la nature a établi quelque

autorité, c’est la puissance paternelle: mais la puissance

paternelle a ses bornes; et dans l’état de nature elle finirait

7 aussitôt que les enfants seraient en état de se conduire. Toute

autre autorité vient d’une autre origine que la nature. Qu’on

examine bien et on la fera toujours remonter à l’une de ces

10 deux sources: ou la force et la violence de celui qui s’en est

emparé, ou le consentement de ceux qui s’y sont soumis par un

contrat fait ou supposé entre eux et celui à qui ils ont déféré

13 l’autorité.

La puissance qui s’acquiert par la violence n’est

qu’une usurpation et ne dure qu’autant que la force de celui qui

16 commande l’emporte sur celle de ceux qui obéissent; en sorte

que si ces derniers deviennent à leur tour les plus forts, et

qu’ils secouent le joug, ils le font avec autant de droit et de

19 justice que l’autre qui le leur avait imposé. La même loi qui a

fait l’autorité la défait alors: c’est la loi du plus fort.

Quelquefois l’autorité qui s’établit par la violence

22 change de nature; c’est lorsqu’elle continue et se maintient du

consentement exprès de ceux qu’on a soumis: mais elle rentre

par-là dans la seconde espèce dont je vais parler; et celui qui

25 se l’était arrogé devenant alors prince cesse d’être tyran.


La puissance qui vient du consentement des peuples

suppose nécessairement des conditions qui en rendent l’usage

28 légitime utile à la société, avantageux à la république, et qui la

fixent et la restreignent entre des limites; car l’homme ne peut

ni ne doit se donner entièrement et sans réserve à un autre

31 homme, parce qu’il a un maître supérieur au-dessus de tout, à

qui seul il appartient tout entier. C’est Dieu dont le pouvoir est

toujours immédiat sur la créature, maître aussi jaloux

34 qu’absolu, qui ne perd jamais de ses droits et ne les

communique point. Il permet pour le bien commun et le

maintien de la société que les hommes établissent entre eux un

37 ordre de subordination, qu’ils obéissent à l’un d’eux; mais il

veut que ce soit par raison et avec mesure, et non pas

aveuglément et sans réserve, afin que la créature ne s’arroge

40 pas les droits du créateur. Toute autre soumission est le

véritable crime d’idolâtrie. Fléchir le genou devant un homme

ou devant une image n’est qu’une cérémonie extérieure, dont

43 le vrai Dieu qui demande le cœur et l’esprit ne se soucie guère,

et qu’il abandonne à l’institution des hommes pour en faire,

comme il leur conviendra, des marques d’un culte civil et

46 politique, ou d’un culte de religion. Ainsi ce ne sont pas ces

cérémonies en elles-mêmes, mais l’esprit de leur établissement

qui en rend la pratique innocente ou criminelle. Un Anglais n’a

49 point de scrupule à servir le roi genou en terre; le cérémonial


ne signifie que ce qu’on a voulu qu’il signifiât, mais livrer son

cœur, son esprit et sa conduite sans aucune réserve à la volonté

52 et au caprice d’une pure créature, en faire l’unique et dernier

motif de ses actions, c’est assurément un crime de lèse-majesté

divine au premier chef…

55 Le prince tient de ses sujets mêmes l’autorité qu’il a

sur eux; et cette autorité est bornée par les lois de la nature et

de l’État… Le prince ne peut donc pas disposer de son pouvoir

58 et de ses sujets sans le consentement de la nation et

indépendamment du choix marqué par le contrat de

soumission… Les conditions de ce pacte sont différentes dans

61 les différents États. Mais partout la nation est en droit de

maintenir envers et contre tout le contrat qu’elle a fait; aucune

puissance ne peut le changer; et quand il n’a plus lieu, elle

64 rentre dans le droit et dans la pleine liberté d’en passer un

nouveau avec qui et comme il lui plaît. C’est ce qui arriverait

en France si, par le plus grand des malheurs, la famille entière

67 régnante venait à s’éteindre jusque dans ses moindres rejetons:

alors le sceptre et la couronne retourneraient à la nation.

Diderot. Autorité politique. L’Encyclopédie. In: Lagarde et Michard XVIII.

44. A la lumière du texte VII, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. Dans le texte, Diderot louvoie entre critiques et acceptation de l’autorité royale et


du pouvoir divin afin de protéger ses écrits et lui-même.

2. Diderot accepte l’autorité royale de la famille régnante française étant donné


l’origine divine de l’attribution de celle-ci.
3. À l’époque de Diderot, il existait un contrat que le roi signait lors de son
intronisation par lequel il s’engageait face à la nation et pour le bien de celle-ci.

4. Diderot considère que le commandement par la tyrannie est légitime lorsque


celui-ci est finalement accepté par ceux qui le subissent.

Réponse: C C E C

1. VRAI - Pour répondre à cette question, il faudrait connaître le sens du verbe


louvoyer, qui veut dire dans le contexte prendre des biais pour atteindre son but;
tergiverser.

• Pour Diderot, le besoin de protéger ses écrits et lui-même demande une certaine
prudence. Cela explique que les passages suivants se trouvent dans le mêma texte: •
«Aucun homme n’a reçu de la nature le droit de commander aux autres».

• «La puissance qui s’acquiert par la violence n’est qu’une usurpation».

• «l’homme ne peut ni ne doit se donner entièrement et sans réserve à un autre


homme, parce qu’il a un maître supérieur au-dessus de tout, à qui seul il appartient
tout entier. C’est Dieu».

• «Fléchir le genou devant un homme ou devant une image n’est qu’une cérémonie
extérieure, dont le vrai Dieu qui demande le cœur et l’esprit ne se soucie guère, et
qu’il abandonne à l’institution des hommes».

• «si, par le plus grand des malheurs, la famille entière régnante venait à s’éteindre».

2. VRAI - Plusieurs passages du texte mettent en évidence que Diderot accepte


l’autorité royale de la famille régnante française étant donné l’origine divine de
l’attribution de celle-ci.

• (L. 36-40) «[Dieu] permet pour le bien commun et le maintien de la société que les
hommes établissent entre eux un ordre de subordination, qu’ils obéissent à l’un
d’eux; mais il veut que ce soit par raison et avec mesure, et non pas aveuglément et
sans réserve, afin que la créature ne s’arroge pas les droits du créateur».

• (L. 66-68) «en France si, par le plus grand des malheurs, la famille entière
régnante venait à s’éteindre jusque dans ses moindres rejetons[,] alors le spectre et
la couronne retourneraient à la nation».

3. FAUX - Le «contrat de soumission» dont il est question dans le texte n’est pas un
document juridique, mais une idée théorique qui represente le consentement
unanime indispensable à la vie en société.
4. VRAI - L’idée de tyrannie rendue légitime par le consentement est présente dans
le passage «Quelquefois l’autorité qui s’établit par la violence change de nature;
c’est lorsqu’elle continue et se maintient du consentement exprès de ceux qu’on a
soumis (...); et celui qui se l’était arrogé devenant alors prince cesse d’être tyran».

45. Jugez si les items ci-dessous, selon les arguments développés dans le texte VII,
sont vrais (C) ou faux (E).

1. Diderot avance qu’en cas d’extinction totale de la famille royale française, la


nation pourrait alors choisir d’adopter un nouveau régime politique à sa convenance.

2. A travers ces propos Diderot condamne également l’esclavage.

3. Diderot défend l’usage de la raison et du bon sens dans l’obéissance du peuple


sauf en ce qui concerne l’autorité de Dieu ou celle des princes.

4. Diderot souscrit au faste des rites religieux et royaux car requis par la volonté de
Dieu.

Réponse: C C E E

1. VRAI - L’idée que la nation pourrait choisir d’adopter un nouveau régime


politique à sa convenance en cas d’extinction totale de la famille royale française est
présentée à la fin de l’extrait.

• «la nation est en droit de maintenir envers et contre tout le contrat qu’elle a fait;
(...) et quand il n’a plus lieu, elle rentre dans le droit et dans la pleine liberté d’en
passer un nouveau avec qui et comme il lui plaît. C’est ce qui arriverait en France si,
par le plus grand des malheurs, la famille entière régnante venait à s’éteindre jusque
dans ses moindres rejetons: alors le sceptre et la couronne retourneraient à la
nation».

2. VRAI - Certes, l’auteur ne fait aucune mention explicite de l’esclavage dans le


texte; il est pourtant possible d’ inférer qu’il condamne l’esclavage à travers
plusieurs passages du texte: • «Aucun homme n’a reçu de la nature le droit de
commander aux autres. La liberté est un présent du ciel, et chaque individu de la
même espèce a le droit d’en jouir».

• «La puissance qui s’acquiert par la violence n’est qu’une usurpation».

• «La puissance qui vient du consentement des peuples suppose nécessairement des
conditions qui en rendent l’usage légitime utile à la société, avantageux à la
république, et qui la fixent et la restreignent entre des limites; car l’homme ne peut
ni ne doit se donner entièrement et sans réserve à un autre homme».
3. FAUX - Diderot défend l’usage de la raison et du bon sens dans l’obéissance du
peuple aussi en ce qui concerne l’autorité de Dieu ou celle des princes: • «[Dieu]
permet pour le bien commun et le maintien de la société que les hommes établissent
entre eux un ordre de subordination, qu’ils obéissent à l’un d’eux; mais il veut que
ce soit par raison et avec mesure, et non pas aveuglément et sans réserve, afin que la
créature [le prince] ne s’arroge pas les droits du créateur [Dieu]. Toute autre
soumission est le véritable crime d’idolâtrie».

4. FAUX - Le faste des rites religieux et royaux n’est pas requis par la volonté de
Dieu, mais par celle des hommes, selon Diderot:

• «Fléchir le genou devant un homme ou devant une image n’est qu’une cérémonie
extérieure, dont le vrai Dieu qui demande le cœur et l’esprit ne se soucie guère, et
qu’il abandonne à l’institution des hommes pour en faire, comme il leur conviendra,
des marques d’un culte civil et politique, ou d’un culte de religion».

46. Jugez les items ci-dessous en répondant vrai (C) ou faux (E) aux questions
suivantes concernant le texte VII.

1. À la ligne 43, on pourrait changer le mot «guère» par peu sans changer le sens de
la phrase.

2. L’extrait «maître aussi jaloux qu’absolu» (R. 33 et 34) signifie plus jaloux
qu’absolu.

3. À la ligne 38 «non pas» est une double négation qui revient donc à une
affirmation.

4. À la ligne 35, on pourrait changer le mot «point» par pas sans changer le sens de
la phrase.

Réponse: C E E C

1. VRAI - Les adverbes de négation et de restriction sont parmi les sujets préférés
des examinateurs (voir aussi les questions 28.4 et 47.4).

• L’adverbe de négation ne...guère indique une quantité minime ou une fréquence


faible; peu, pas très, pas beaucoup, pas souvent.

• Toutefois, en langage soutenu, pour ne pas changer le sens de la phrase ni


commettre de faute, il faudrait ou bien changer le mot «guère» à la ligne 43 par que
peu ou enlever le ne de la construction avec le mot peu: • l’esprit ne se soucie guère
→ l’esprit se soucie peu/l’esprit ne se soucie que peu Le jury a cependant décidé de
ne pas annuler l’item.
2. FAUX - Dans l’extrait «maître aussi jaloux qu’absolu», l’adverbe aussi indique
une relation d’égalité entre «jaloux» et «absolu».

3. FAUX - «Non pas» n’est pas une double négation et ne revient pas à une
affirmation. Au contraire, l’expression est utilisée à la ligne 38 pour renforcer la
négation dans une opposition (par raison et avec mesure  aveuglément et sans
réserve): • «il veut que ce soit par raison et avec mesure, et non pas aveuglément et
sans réserve»

4. VRAI - L’adverbe de négation ne...point appartient au registre soutenu et a le


même sens que ne...pas. On pourrait changer le mot «point» par pas sans changer le
sens de la phrase ni commettre de faute.

47. En ce qui concerne le texte VII, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).

1. À la ligne 63, «quand il n’a plus lieu» fait référence au moment où le contrat
entre la nation et le prince n’existe plus pour une raison quelconque.

2. La phrase «Le prince tient de ses sujets mêmes l’autorité qu’il a sur eux» (R. 55
et 56) signifie que le prince est le garant de l’autorité qu’il exerce sur ces sujets.

3. Le mot «partout» (R.61) fait ici référence à tous les États du monde.

4. L’adjectif «quelque» (R.4) marque dans le texte l’indifférence, la quantité


indéterminée.

Réponse: C E C C

1. VRAI - À la ligne 63, dans «quand il n’a plus lieu», il reprend «le contrat qu’elle
a fait» (L. 61).

2. FAUX - Au contraire, la phrase «Le prince tient de ses sujets mêmes l’autorité
qu’il a sur eux» (R. 55 et 56) signifie que l’autorité que le prince exerce sur ces
sujets lui est attribuée par eux.

3. VRAI - Le mot «partout» fait ici référence à «les différents États», à la même
ligne.

4. VRAI - La question reprend les termes de la définition de l’adjectif «quelque»


dans le dictionnaire Larousse.

Texte VIII (642 mots)

1 Artisan d’une langue classique, précise et sobre,


distincte du créole employé au Cap-Vert, en Guinée-Bissau et

en Guinée-Equatoriale, mais cousine du portugais chaud et

4 épicé parlé en Angola et au Brésil, Couto en revendique

l’usage avec beaucoup d’humilité. «Le portugais mozambicain

- ou encore, en ce moment, le portugais du Mozambique -

7 est lui-même un lieu de conflits et d’ambiguïtés. L’adhésion

mozambicaine à la lusophonie est chargée de réserves, de refus

apparents, d’approbations méfiantes», expliquait-il en 2001 à

10 l’occasion d’un discours prononcé à l’université de Faro, au

Portugal. António Emílio Leite Couto, surnommé Mia lorsqu’il

était enfant parce qu’il aimait les chats, affectionne les

13 positions défavorables et les contradictions productrices de

sens. Il poursuit: «Je suis un Blanc qui est africain; un athée

non pratiquant; un poète qui écrit en prose; un homme qui a un

16 nom de femme; un scientifique qui a peu de certitudes sur la

science; un écrivain en terre d’oralité.» (...) «J’appartiens à

une tribu quasiment éteinte. Nous sommes aujourd’hui deux à

19 trois mille.» A la lecture de son œuvre, on comprend que ces

considérations ethniques lui importent peu, car pour lui

«chaque homme est une race», et c’est sans doute là son

22 unique doctrine politique. (...)

23 En 1975, plus de 80% des habitants ne parlaient pas

le portugais; ils seraient encore 60% aujourd’hui. En songeant

à la proximité de l’Afrique du Sud, du Zimbabwe, de la


26 Zambie et de la Tanzanie anglophones, les responsables du

Front de libération du Mozambique (Frelimo) avaient été

tentés d’adopter l’anglais comme langue officielle pour effacer

29 toute trace de la présence portugaise. Lors du premier congrès

du mouvement nationaliste, en 1962, cette question fut

débattue. La décision (rédigée en anglais...) de faire du

32 portugais un véhicule de communication entre les diverses

ethnies et une langue d’unification du pays signa la

transformation revendiquée d’un instrument de domination

35 coloniale en son contraire. «Le portugais a été adopté non pas

comme un héritage, mais comme le plus important trophée de

guerre», observe Couto, faisant écho au mot fameux de

38 l’écrivain algérien Kateb Yacine: «La langue française a été et

reste un butin de guerre.» C’est ainsi que «le gouvernement

mozambicain a plus fait pour la langue portugaise que des

41 siècles de colonisation, pour son propre intérêt national, pour

la défense de la cohésion interne, pour la construction de sa

propre intériorité». (...)

44 En 1975, quarante et une de ces langues indigènes

furent reconnues «langues nationales» par la Constitution

nouvelle, le portugais ayant été retenu comme «langue

47 officielle». (...) L’œuvre de Couto est née dans ce champ

magnétique linguistique inédit: l’idiome portugais n’est pas la

langue des Mozambicains, il est la langue de la


50 «mozambicanité». Une utopie? Le pays en avait besoin

au terme de la guerre civile, qui a duré de 1976 à 1992 et fait

un million de morts. (...)

53 Accompagnant la naissance d’une nation dont il a

voulu qu’elle grandisse comme un poème, Couto a entrepris de

«mozambicaner» le portugais, comme Mário de Andrade et

56 les modernistes de São Paulo l’avaient «brésilianisé» dans le

premier quart du XXe siècle, afin d’inventer un imaginaire

politique et littéraire autochtone. (…)

59 Avec des mots qu’il semble redécouvrir à chaque fois

qu’il tape une lettre sur son clavier, cet écrivain a le don de

rendre sensible la relation entre les hommes et la terre, concrets

62 les rêves des enfants et presque supportable le poids du

malheur. «J’écris pour être heureux. La poétesse portugaise

Sophia de Mello Breyner racontait des histoires pour que ses

65 enfants souffrants s’endorment. J’écris pour endormir un

monde qui me paraît souffrant. Et ainsi j’invente des

histoires».(...)

Sébastien Lapaque. «L’interprète du Mozambique». In: Le Monde diplomatique,


février 2015 (adapté).

48. Jugez, pour le texte VIII, si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. Pour Mia Couto, «mozambicaner» (R.55) la langue portugaise, c’est la rendre


plus proche du brésilien comme l’avait fait Mario de Andrade et les modernistes de
São Paulo.

2. A travers son écriture Mia Couto raconte des histoires pour alléger les souffrances
du monde.
3. Mia Couto se décrit comme une personne pleine de contradictions, appartenant à
une petite minorité blanche africaine.

4. Le portugais est devenu langue officielle au Mozambique pour faire écho aux
propos de l’écrivain algérien Kateb Yacine.

Réponse: E C C E

1. FAUX - Pour Mia Couto, «mozambicaner» le portugais équivaut à se servir de la


langue du colonisateur pour «inventer un imaginaire politique et littéraire
autochtone», en parallèle à ce qu’avaient fait Mario de Andrade et les modernistes
de São Paulo au Brésil.

2. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe alléger,
qui veut dire rendre plus léger; plus spécifiquement, dans le contexte, atténuer la
douleur de quelqu’un, la rendre moins pénible.

• Dans les mots de Mia Couto: «J’écris pour endormir un monde qui me paraît
souffrant. Et ainsi j’invente des histoires.»

3. VRAI - L’item 48.3 résume le passage dans lequel Mia Couto énumère ses
«contradictions productrices de sens» personnelles: «Je suis un Blanc qui est
africain; un athée non pratiquant; un poète qui écrit en prose; un homme qui a un
nom de femme; un scientifique qui a peu de certitudes sur la science; un écrivain en
terre d’oralité.».

4. FAUX - À la suite du processus d’indépendance nationale, le portugais est devenu


langue officielle au Mozambique pour qu’il devienne «un véhicule de
communication entre les diverses ethnies et une langue d’unification du pays».

• L’adoption de la langue française en Algérie a des points en commun avec celle de


la langue portugaise au Mozambique. Voilà pourquoi Couto reprend les mots de
l’écrivain algérien Kateb Yacine au sujet de la langue française lorsqu’il affirme que
le portugais, langue de l’ancien colonisateur du Mozambique, «a été adopté non pas
comme un héritage, mais comme le plus important trophée de guerre».

49. En ce qui concerne le texte VIII, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou
faux (E).

1. À la ligne 45 «furent» est le passé simple du verbe aller.

2. À la ligne 53 «dont» est un pronom relatif complément de nom.

3. À la ligne 65 «s’endorment» est le présent du subjonctif du verbe s’endormir.

4. À la ligne 20 «lui» est un pronom tonique.


Réponse: E C C X (o item 49.4 foi anulado pela banca examinadora com a seguinte
justificativa: o pronome «lui» aparece duas vezes na linha referida no item.) 1.
FAUX - «furent» est le passé simple du verbe être à la troisième personne du pluriel.
(Voir item 34.4 de l’épreuve de 2014).

• Aller au passé simple de l’indicatif: elles allèrent

• Être au passé simple de l’indicatif: elles furent 2. VRAI - Le pronom relatif


invariable «dont» peut représenter des personnes ou des choses, et peut remplacer
les pronoms relatifs de qui, duquel, desquels, etc.

la naissance d’une nation dont il a voulu qu’elle grandisse comme un poème

→ la naissance d’une nation de laquelle il a voulu qu’elle grandisse comme un


poème 3. VRAI - «(qu’ils) s’endorment» est le présent du subjonctif du verbe
s’endormir à la troisième personne du pluriel.

• Pour identifier le subjonctif, attention à la conjonction que: «pour que ses enfants
souffrants s’endorment».

4. ANNULÉ - Le jury a décidé d’annuler cet item parce qu’il l y a deux pronoms
«lui» à la ligne 20; le deuxième «lui» est un pronom tonique.

Les pronoms toniques renforcent un nom ou un pronom. Ils sont utilisés:

• avec et, ou; oui, si, non, pas; aussi, non plus.

• avec le présentatif c’est.

• après une préposition: avec, sans, chez, pour...

Il est possible que l’examinateur ait espéré que le deuxième pronom «lui» («pour
lui») serait après le retour à la ligne dans le cahier d’ épreuve et que le seul premier
pronom «lui» à la ligne 20 serait celui qui n’est pas tonique («lui importent peu»).

50. Pour le texte VIII, jugez si les items sont vrais (C) ou faux (E).

1. À la ligne 18 «quasiment» pourrait être remplacé par presque sans changer le sens
de la phrase.

2. À la ligne 24 «En songeant» pourrait être remplacé par En pensant sans changer
le sens de phrase.

3. À la ligne 29 «Lors» pourrait être remplacé par Lorsque sans rien changer à la
phrase.

4. À la ligne 51 «au terme de» veut dire vers la fin de.


Réponse: C C E E

1. VRAI - Selon le dictionnaire Larousse, l’ adverbe «quasiment» appartient au


registre familier et veut dire presque, à peu près.

2. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe


«songer», qui veut dire réfléchir, avoir à l’esprit, se souvenir de ou évoquer, selon le
contexte. Dans l’extrait, «En songeant» pourrait être remplacé par En pensant sans
changer le sens de phrase.

3. FAUX - Dans le texte, le mot «Lors» est utilisé dans l’adverbe lors de(du).

• Lors de/du/de la/des veut dire à l’époque, au moment d’un événement et ne


pourrait pas être remplacé par quand.

• Lorsque n’est pas un adverbe, mais une conjonction qui exprime la simultanéité, la
concomitance dans le temps et pourrait être remplacée par quand.

4. FAUX - Une nuance de précision chronologique distingue les deux expressions:

• «au terme de» veut dire à la fin d’une période délimitée, à un moment précis; •
vers la fin de veut dire a peu près à la fin d’une période délimitée.

b. CACD 2014

Características da prova:

• Primeira prova composta apenas por questões objetivas.

• Prova de Língua Francesa na terceira fase, com 25 questões objetivas, cada


questão com quatro itens do tipo CERTO ou ERRADO.

• Nota em cada item de cada questão igual a:

• + 0,50 ponto, em caso de resposta em concordância com o gabarito oficial


definitivo da prova; • - 0,50 ponto, em caso de resposta em discordância com o
gabarito oficial definitivo da prova; • 0,00 ponto, caso não haja marcação ou caso
haja marcação dupla.

• A prova de 2014 apresenta nove textos literários, jornalísticos, filosóficos e


acadêmicos, de estilos e períodos variados.

• Os textos selecionados têm entre 158 e 448 palavras.

• As questões são distribuídas entre os tipos “Interprétation de texte”, “Grammaire”


e “Vocabulaire”.
• As questões do tipo “Interprétation de texte” pediam resposta fundamentada em
compreensão literal do texto.

• Após os recursos, três itens foram alterados17 no gabarito definitivo.

OBS.: As mudanças na seleção de tipos de texto haviam sido anunciadas no Manual


do Candidato (FUNAG, 2012), à página 20, com grifo da autora da referida obra:
“De 2006 à 2011 tous les articles provienent du journal Le Monde (quotidien,
diplomatique, blog), mais cela ne veut pas dire que ce sera également le cas des
prochains.”
Textes I et II - pour les questions 26 à 28
Texte I (158 mots)

1 - «Pourquoi revenir là-dessus, mon vieux? Tu sais bien ce que je pense… je


n’accepterai jamais qu’un

gouvernement puisse me forcer à prendre part à une entreprise

4 que je considère comme un crime. Comme une trahison de la vérité, de la justice,


de la solidarité humaine… pour moi

l’héroïsme, il n’est pas du côté de Roy (1): l’héroïsme n’est pas

7 de prendre un fusil et de courir à la frontière! C’est de lever les crosses, - et de se


laisser conduire au poteau, plutôt que de

se faire complice!... Sacrifice illusoire? Qui sait? C’est

10 l’absurde docilité des foules qui a rendu et rend encore les guerres possibles…
Sacrifice isolé? Tant pis… Si ceux qui ont

le cran de dire «non» doivent être peu nombreux, qu’y

13 puis-je? C’est peut-être simplement parce que … «Il hésita:»

parce qu’une certaine… force d’âme ne court pas les rues…»

1 - Roy: un personnage du roman.

Roger Martin du Gard. «L’été 1914», dans Les Thibault. 1936. In: Français 3ème.
p.175. Ed. Hatier 1999.

Texte II (184 mots)

1 - Oui, tout à fait lâche Lola, je refuse la guerre et tout ce qu’il y a dedans… Je ne
la déplore pas moi… Je ne me

résigne pas moi… Je ne pleurniche pas dessus moi… Je la

4 refuse tout net, avec tous les hommes qu’elle contient, je ne veux rien avoir à faire
avec eux, avec elle. Seraient-ils neuf

cent quatre-vingt-quinze millions et moi tout seul, c’est eux qui


7 ont tort, Lola et c’est moi qui ai raison, parce que je suis seul à savoir ce que je
veux: je ne veux plus mourir.

- Mais c’est impossible de refuser la guerre,

10 Ferdinand! Il n’y a que les fous et les lâches qui refusent la guerre quand leur
Patrie est en danger…

- Alors vivent les fous et les lâches! Ou plutôt

13 survivent les fous et les lâches! Vous souvenez-vous d’un seul nom par exemple,
Lola, d’un de ces soldats tués pendant la

guerre de Cent Ans? … Avez-vous jamais cherché à en

16 connaître un seul de ces noms? … Non, n’est-ce pas? …

Louis-Ferdinand Céline. Voyage au bout de la nuit. 1932. In: Français 3ème. p. 173.
Ed. Hatier 1999.

26. En vous référant au texte I, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. L’expression «ne court pas les rues» (R.14) veut dire ne pas descendre dans les
rues pour manifester.

2. «se laisser conduire au poteau» signifie accepter l’exécution capitale sans


résistance.

3. Avoir du «cran» (R.12) signifie avoir du courage.

4. «Pourquoi revenir là-dessus, mon vieux?» (R.1) le locuteur s’interroge sur


l’utilité d’aborder un sujet dont il a déjà discuté avec son interlocuteur.

Réponse: E C C C

1. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens de l’expression


«courir les rues», qui veut dire être banal, fréquent, commun.

2. VRAI - Un poteau d’exécution est une pièce de charpente où l’on attache celui
que l’on va fusiller. L’expression envoyer quelqu’un au poteau veut dire le faire
exécuter (Au poteau! → à mort!).

3. VRAI - L’expression «avoir du cran» vient de l’argot (gíria) des soldats français
de la Première Guerre mondiale. Elle s’origine probablement du cran d’arrêt, c’est-
à-dire du mecanisme à ressort de certaines armes, et veut dire avoir du courage, de
l’audace, de la bravoure.
• Alors que cran veut dire courage, le verbe crâner veut dire fanfaronner, faire le
brave, affecter du courage.

4. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe revenir
sur quelque chose, qui veut dire, dans le contexte, parler à nouveau d’un sujet dont il
a été question antérieurement.

27. En vous basant sur le texte II, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).

1. Dans: «C’est eux qui ont tort» (R.6 et 7), l’expression avoir tort signifie beaucoup
souffrir.

2. «Je ne veux rien avoir à faire avec eux, avec elle» signifie que le personnage
n’accepte aucun lien avec la guerre.

3. «Avez-vous jamais cherché» pourrait être remplacé, sans changer le sens du texte
par: avez-vous déjà cherché.

4. «pleurnicher» (R.3) signifie se révolter.

Réponse: E C C E

1. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens de l’expression


avoir tort, qui veut dire ne pas avoir pour soi le droit, la raison, la vérité, faire une
erreur.

2. VRAI - Dans l’extrait, le pronom elle reprend la guerre et le pronom eux reprend
tous les hommes qu’elle contient.

«Je la refuse tout net (la guerre), avec tous les hommes qu’elle contient, je ne veux
rien avoir à faire avec eux (tous les hommes qu’elle contient), avec elle (la guerre)».

3. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître les sens de l’adverbe
jamais: • Sans négation, jamais indique un temps quelconque, dans le passé ou le
futur, et est un synonyme de déjà (en anglais: Have you ever...?).

• Avec la négatio• ne, jamais veut dire en aucun temps (en anglais: never).

4. FAUX - Dans le registre familier, «pleurnicher» (R.3) signifie se plaindre auprès


de quelqu’un sur un ton larmoyant, pleurer sans raison bien définie, faire semblant
de pleurer.

28. A la lumière des textes I et II, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).
1. Selon le personnage du texte I, c’est la faiblesse de caractère des peuples qui a
permis et permet encore les guerres.

2. Les deux personnages qui refusent la guerre le font en raison d’un même
sentiment.

3. Ces deux personnages, bien que conscients d’être des exceptions au sein de la
société, persistent dans leur refus.

4. Selon le personnage de Lola, lorsque la Patrie est en danger, même les fous et les
lâches sont prêts à la défendre.

Réponse: C E C E

1. VRAI - Selon le personnage du texte I (L. 9-11), «C’est l’absurde docilité des
foules qui a rendu et rend encore les guerres possibles…».

2. FAUX - Certes, les deux personnages refusent la guerre, mais le font en raison de
sentiments différents: Texte I: [ la guerre est] une entreprise que je considère comme
un crime. Comme une trahison de la vérité, de la justice, de la solidarité humaine…

Texte II: Oui, tout à fait lâche Lola, je refuse la guerre et tout ce qu’il y a dedans…
[...] c’est eux qui ont tort, Lola et c’est moi qui ai raison, parce que je suis seul à
savoir ce que je veux: je ne veux plus mourir.

3. VRAI - Les deux personnages s’opposent à la guerre, bien que conscients d’être
des exceptions au sein de la société.

Texte I: … Si ceux qui ont le cran de dire «non» doivent être peu nombreux, qu’y
puis-je? C’est peut-être simplement parce que … «Il hésita:» parce qu’une
certaine… force d’âme ne court pas les rues…

Texte II: Je la refuse tout net, avec tous les hommes qu’elle contient, je ne veux rien
avoir à faire avec eux, avec elle. Seraient-ils neuf cent quatre-vingt-quinze millions
et moi tout seul, c’est eux qui ont tort, Lola et c’est moi qui ai raison...

4. FAUX - Lola affirme justement le contraire: «Il n’y a que les fous et les lâches
qui refusent la guerre quand leur Patrie est en danger…».

Ne...que: adverbe de restriction → Seulement les fous et les lâches refusent la


guerre quand leur Patrie est en danger.
Texte III - pour les questions 29 à 31
Texte III (317 mots)

Piracicaba et l’Agenda 21

1 […] Parmi les exemples de territoires durables en

construction, on retrouve le cas d’école de la municipalité

brésilienne Piracicaba. Elle s’est dotée d’un Agenda 21 local

4 en 1999, qui a publié son premier plan d’action en 2001. Les

A21L, comme on les appelle, sont issus de l’Agenda 21, un

guide de mise en oeuvre du développement durable pour le

7 XXIe siècle adopté par 173 chefs d’État au sommet de Rio de

Janeiro en 1992. Parmi ses différentes recommandations, il

interpellait les collectivités à être parties prenantes de la

10 promotion du développement durable.

À Piracicaba, cela s’est décliné en une multitude

d’objectifs spécifiques qui ont toujours tenu compte des

13 dimensions à la fois environnementale, sociale, économique,

politique, culturelle et urbaine. Par exemple, il était souhaité

que la ville devienne une référence technologique et

16 industrielle pour l’industrie brésilienne de la canne à sucre;

qu’elle ne tolère ni les favelas ni les logements insalubres; que

sa culture locale soit favorisée; que la qualité des eaux de ses

19 rivières soit adéquate pour l’approvisionnement public.

L’A21L de Piracicaba est devenu une référence en raison


notamment de son caractère participatif et démocratique et du

22 partenariat qui s’est établi entre le gouvernement local et la

société civile.

Depuis 2001, l’A21L de Piracicaba a revu son plan

25 d’action deux fois. Cette évolution illustre pourquoi les

territoires durables restent en devenir. «C’est un chantier, une

construction, un apprentissage individuel et collectif en

28 continu, croit Christiane Gagnon. Depuis 20 ans, les

connaissances, les pratiques sociales et scientifiques allant dans

le sens du développement durable et viable se multiplient et se

31 précisent. Si on avait coulé le développement durable dans une

définition unique et idéale au Sommet de la terre à Rio de

Janeiro en 1992, on aurait alors enfermé son potentiel social

34 innovateur et édicté une norme, voire une idéologie.» […]

De Piracicaba à Saint-Honoré-de-Témiscouatas. Le Devoir. Marie Lambert-Chan.


1/3/2014 (modifié).

29. D’après le texte III, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. A Piracicaba, le développement durable n’a pas été traité que sous l’aspect
environnemental et social.

2. Le cas de Piracicaba montre bien qu’une fois que le plan d’action pour
l’établissement d’un territoire durable suivant les normes de l’agenda 21 de Rio a
été établi, il faut s’y tenir.

3. Selon Christiane Gagnon, c’est l’établissement de normes idéales pour le


développement durable, lors du Sommet de Rio de Janeiro en 1992, qui a permis
l’essor de projets comme celui de Piracicaba.

4. Dans le premier paragraphe l’auteur affirme que la municipalité de Piracicaba a


d’abord mis en oeuvre les principes de l’agenda 21 dans l’école.
Réponse: C E E E

1. VRAI - Item jugé particulièrement difficile par les candidats lors de l’épreuve de
2014.

Pour répondre à cette question, il faut connaître l’adverbe de restriction ne...que


dans ses formes affirmative et négative.

Dans l’adverbe de restriction ne...que, ne n’exprime pas la négation. Voilà pouquoi


l’adverbe peut exprimer aussi bien la restriction, dans sa forme affirmative, que
l’absence de restriction, dans sa forme négative:

Forme négative: A Piracicaba, le développement durable n’a pas été traité que sous
l’aspect environnemental et social = le développement durable n’a pas été traité
seulement sous l’aspect environnemental et social.

Forme affirmative: A Piracicaba, le développement durable n’a été traité que sous
l’aspect environnemental et social = le développement durable a été traité seulement
sous l’aspect environnemental et social.

2. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe s’en
tenir à quelque chose, qui veut dire ne rien faire de plus, ne pas aller au-delà.

Or, le texte affirme justement le contraire:

L. 24-28: Depuis 2001, l’A21L de Piracicaba a revu son plan d’action deux fois.
Cette évolution illustre pourquoi les territoires durables restent en devenir. «C’est un
chantier, une construction, un apprentissage individuel et collectif en continu, croit
Christiane Gagnon.

3. FAUX - Au contraire, le texte affirme que l’établissement de normes idéales pour


le développement durable aurait entravé l’essor de projets comme celui de
Piracicaba: «Si on avait coulé le développement durable dans une définition unique
et idéale au Sommet de la terre à Rio de Janeiro en 1992, on aurait alors enfermé
son potentiel social innovateur et édicté une norme, voire une idéologie».

4. FAUX - Pour répondre à cette question, il faudrait savoir que l’expression cas
d’école veut dire cas exemplaire (en anglais, textbook case).

L’auteur affirme que la municipalité brésilienne Piracicaba est un cas d’école parce
qu’elle s’est dotée d’un Agenda 21 local en 1999. Il n’y a aucune mention dans
l’extrait de la mise en oeuvre des principes de l’agenda 21 dans l’école.

30. En vous basant sur le texte III, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).
1. «notamment» (R.21) veut dire surtout.

2. «décliner» (R.11) est utilisé ici comme synonyme de diminuer.

3. L’expression «mise en oeuvre» (R.6) signifie: commencement et fin de


réalisation.

4. L’expression «être partie prenante» (R.9) veut dire prendre parti.

Réponse: C E E E (O gabarito do item 30.1 foi alterado de E para C pela banca


examinadora.)

1. VRAI - Selon le dictionnaire Larousse, particulièrement, principalement,


singulièrement et surtout sont synonymes de l’adverbe notamment.

• Dans l’extrait «L’A21L de Piracicaba est devenu une référence en raison


notamment de son caractère participatif et démocratique et du partenariat qui s’est
établi entre le gouvernement local et la société civile» le mot peut exprimerl’idée
d’une manière qui mérite d’être notée. Le jury a toutefois décidé que «notamment»
voulait dire surtout.

2. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître les sens du verbe
décliner.

Le verbe «décliner» est bien un synonyme de diminuer, mais dans la phrase «À


Piracicaba, cela s’est décliné en une multitude d’objectifs spécifiques», la forme
verbale est se décliner en. Dans le contexte, le verbe se décliner en veut dire se
présenter sous plusieurs formes, ou donner origine à des différents sous-produits.

3. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens précis de


l’expression mise en œuvre qui veut dire commencement (et non pas fin) de
réalisation; action de mettre en œuvre.

4. FAUX - Une partie prenante est un acteur, individuel ou collectif (groupe ou


organisation), activement ou passivement concerné par une décision ou un projet,
c’est-à-dire dont les intérêts peuvent en être affectés positivement ou négativement.

31. En ce qui concerne les aspects grammaticaux du texte III, jugez si les items
suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. «allant» (R.29) est le verbe aller au gérondif.

2. Dans: «Si on avait coulé», le verbe couler est au plus-que-parfait de l’indicatif.

3. «voire» (R.34): il s’agit du verbe voir au présent du subjonctif.


4. «tolère» (R.17): il s’agit du verbe tolérer au présent de l’indicatif.

Réponse: E C E E

1. FAUX - Dans «les pratiques sociales et scientifiques allant dans le sens du


développement durable et viable se multiplient», le participe présent du verbe aller
est utilisé dans sa fonction verbale.

La forme verbale en -ant peut être participe présent, adjectif ou gérondif.

• Le participe présent est invariable; il est suivi d’un complément ou d’un adverbe.

• L’adjectif s’accorde avec le sujet et varie en nombre et en genre; il ne s’écrit pas


dans tous les cas de la même manière que le participe présent.

• Le gérondif est invariable; il est formé par le participe présent précédé de la


préposition en.

2. VRAI - Le plus-que-parfait de l’indicatif est un temps du passé qui permet


d’exprimer des faits accomplis dont la durée est indéterminée et qui se situe avant
une autre action en général exprimée à l’imparfait, au passé composé ou au passé
simple, selon la distance par rapport au temps présent.

Pour former le plus-que-parfait de l’indicatif, il faut savoir conjuguer les auxiliaires


avoir et être à l’imparfait de l’indicatif et savoir former le participe passé.

• On voit clairement l’antériorité de l’action de recevoir les rapports avant de


pouvoir les lire dans les phrases ci-dessous:

1. Il a lu les rapports qu’il avait reçus. → PRÉSENT

2. Il lisait les rapports qu’il avait reçus. → → PRÉSENT

3. Il lut les rapports qu’il avait reçus. → → → PRÉSENT

• Lorsque le plus-que-parfait de l’indicatif est précédé par «si», il exprime alors un


fait qui ne s’est pas réalisé dans le passé:

«Si on avait coulé le développement durable dans une définition unique et idéale
(...), on aurait alors enfermé son potentiel social innovateur» → Le développement
durable n’a pas été coulé dans une définition unique et idéale; son potentiel social
innovateur n’a donc pas été enfermé.

3. FAUX - Selon le dictionnaire Larousse, «Voire» est un adverbe qui indique


l’éventualité d’un degré supérieur, d’un sens plus fort.
«que je voie» est le verbe voir au présent du subjonctif, à la première personne du
singulier.

4. VRAI - Attention à l’accent du verbe tolérer, qui varie selon la conjugaison: soit
grave (je tolère), soit aigu (nous tolérons).
Texte IV - pour les questions 32 à 34
Texte IV (267 mots)

1 […] A la chute du mur de Berlin, un vent d’espoir avait soufflé sur le monde. La
fin de la confrontation entre

l’Occident et l’Union soviétique avait levé la menace d’un

4 cataclysme nucléaire qui était suspendue au-dessus de nos têtes depuis une
quarantaine d’années; la démocratie allait

désormais se répandre de proche en proche, croyions-nous,

7 jusqu’à couvrir l’ensemble de la planète; les barrières entre les diverses contrées
du globe allaient s’ouvrir, et la circulation

des hommes, des marchandises, des images et des idées allait

10 se développer sans entraves, inaugurant une ère de progrès et de prospérité. Sur


chacun de ces fronts, il y eut, au début,

quelques avancées remarquables. Mais plus on avançait, plus

13 on était déboussolé.

Un exemple emblématique, à cet égard, est celui de

l’Union européenne. Pour elle, la désintégration du bloc

16 soviétique fut un triomphe. Entre les deux voies que l’on proposait aux peuples
du continent, l’une s’était révélée

bouchée, tandis que l’autre s’ouvrait jusqu’à l’horizon. Les

19 anciens pays de l’Est sont venus frapper à la porte de l’Union; ceux qui n’y ont
pas été accueillis en rêvent encore.

Cependant, au moment même où elle triomphait et

22 alors que tant de peuples s’avançaient vers elle, fascinés, éblouis, comme si elle
était le paradis sur terre, l’Europe a

perdu ses repères. Qui devrait-elle rassembler encore, et dans


25 quel but? Qui devrait-elle exclure, et pour quelle raison?

Aujourd’hui plus que par le passé, elle s’interroge sur son

identité, ses frontières, ses institutions futures, sa place dans le

28 monde, sans être sûre des réponses. […]

Amin Maalouf. Le dérèglement du monde. p. 17 et 18. 2009 (extrait).

32. Pour le texte IV, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E) selon
l’auteur.

1. L’option soviétique, pour les pays européens, n’était plus envisageable au


moment de la chute du mur de Berlin.

2. Lors de la chute du mur de Berlin, le risque d’un conflit nucléaire en Europe


s’estompait.

3. Après la chute du mur de Berlin la démocratie s’est répandue dans toute l’Europe.

4. A l’époque de la chute du mur de Berlin, on croyait que les frontières entre pays
disparaîtraient.

Réponse: C C E C

1. VRAI - Selon le texte, l’option soviétique n’était plus possible (L. 16-18): «Entre
les deux voies que l’on proposait aux peuples du continent, l’une s’était révélée
bouchée».

2. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe


estomper, technique artististique qui veut dire adoucir ou ombrer un dessin en
rendant ses contours incertains.

• S’estomper, dans le contexte, a le sens de s’effacer, s’atténuer; devenir flou, moins


vif.

«La fin de la confrontation entre l’Occident et l’Union soviétique avait levé la


menace d’un cataclysme nucléaire» est une paraphrase de «Lors de la chute du mur
de Berlin, le risque d’un conflit nucléaire en Europe s’estompait.»

3. FAUX - Dans «la démocratie allait désormais se répandre de proche en proche,


croyions-nous», l’utilisation des verbes aller et croire à l’imparfait indique un futur
envisagé qui ne s’est pas produit, qui est resté inachevé. Après la chute du mur de
Berlin, la démocratie ne s’est donc pas répandue dans toute l’Europe (voir aussi
l’item 34.1).
4. VRAI - Il est possible d’inférer, selon le texte, qu’à l’époque de la chute du mur
de Berlin, on croyait que les frontières entre pays disparaîtraient: (L. 5-10) «la
démocratie allait désormais se répandre de proche en proche, croyions-nous, jusqu’à
couvrir l’ensemble de la planète; les barrières entre les diverses contrées du globe
allaient s’ouvrir, et la circulation des hommes, des marchandises, des images et des
idées allait se développer sans entraves».

33. En fonction des affirmations de l’auteur dans le texte IV, jugez si les items
suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. L’Europe a conscience de son devoir d’absorber tous les anciens pays de l’Est.

2. Amin Maalouf dit ici que l’Europe a maintenant trouvé son identité.

3. Juste après la chute du mur de Berlin, les pays européens étaient désorientés.

4. L’Union européenne est aujourd’hui victime de son succès.

Réponse: E E X C (o item 33.3 foi anulado pela banca examinadora) 1. FAUX - Le


verbe absorber est bien trop fort; dans le texte, il est question de rassembler, c’est-à-
dire de réunir.

2. FAUX - Bien au contraire «l’Europe a perdu ses repères. Qui devrait-elle


rassembler encore, et dans quel but? Qui devrait-elle exclure, et pour quelle raison?»
Aujourd’hui plus que par le passé, elle s’interroge sur son identité, ses frontières, ses
institutions futures, sa place dans le monde, sans être sûre des réponses.

3. ANNULÉ - Il se peut que l’item ait été annulé parce qu’il est possible d’inférer,
selon le texte, que les pays européens se sont désorientés peu à peu, et non pas juste
après la fin de l’Union soviétique: «Mais plus on avançait, plus on était
déboussolé».

• Les pays européens n’étaient donc pas déconcertés immédiatement après la chute
du mur de Berlin; ils le sont devenus au fur et à mesure que l’Europe avançait.

4. VRAI - L’item résume la fin de l’extrait: «l’Europe a perdu ses repères»;


«Aujourd’hui plus que par le passé, elle s’interroge sur son identité, ses frontières,
ses institutions futures, sa place dans le monde, sans être sûre des réponses».

34. Jugez si les items suivants, relatifs au texte IV, sont vrais (C) ou faux (E).

1. L’utilisation répétée du verbe «aller» à l’imparfait de l’indicatif, traduit un futur


proche dans le passé.

2. L’utilisation du plus-que-parfait de l’indicatif pour les verbes «souffler» (R.2) et


«lever» (R.3) exprime l’antériorité lointaine par rapport à un présent.
3. «Croyions-nous» (R.6) est le verbe «croire» au subjonctif présent.

4. «fut» (R.16) est le verbe «aller» au passé simple de l’indicatif.

Réponse: C C E E

1. VRAI - Dans le contexte, l’’utilisation répétée du verbe «aller» à l’imparfait de


l’indicatif indique la valeur d’action imparfaite, inachevée, d’un un futur espéré qui
ne s’est pas concrétisé (voir aussi l’item 32.3).

2. VRAI - Le plus-que-parfait marque l’antériorité: il s’emploie pour évoquer faits


accomplis dont la durée est indéterminée et qui se situent avant une autre action en
général exprimée à l’imparfait, au passé composé ou au passé simple, selon la
distance par rapport au temps présent.

3. FAUX - Le verbe «croire» est à l’imparfait de l’indicatif.

Attention: la conjonction de coordination distingue I’imparfait de l’indicatif du


subjonctif présent.

• Imparfait de l’indicatif: nous croyions • Subjonctif présent: que nous croyions 4.


FAUX - «fut» est le passé simple du verbe être à la troisième personne du singulier
(voir aussi l’item 49.1 de l’épreuve de 2015).

• Aller au passé simple de l’indicatif: elle alla; • Être au passé simple de l’indicatif:
elle fut.
Texte V - pour les questions 35 à 37
Texte V (208 mots)

1 Les Etats reviennent dans le monde. Les peuples les ont choisis pour être l’arme
de la défense de leurs intérêts, ainsi

que celle d’une rupture par rapport à la voie de la

4 mondialisation. Cette dernière rencontre aujourd’hui une force nouvelle des Etats
qui exprime un autre progrès des nations.

Dans le monde d’avant, les hommes avaient dénoncé

7 leur responsabilité dans le déclenchement des guerres entre les peuples. Ils avaient
critiqué le poids de leur réglementation qui

avait pesé sur l’économie des nations. Comme leurs décisions

10 aveugles avaient provoqué les guerres meurtrières, l’emprise bureaucratique des


Etats avait limité la création de la richesse

des nations. Leur légitimité était contestée. Les Etats étaient

13 devenus la part maudite de l’organisation du monde.

A la faveur de la crise, leur utilité a été redécouverte.

Ce sont bien les Etats qui ont sauvé du naufrage les grandes

16 banques et les institutions financières, puis ont tenté de relancer les économies.
La concurrence qui s’est dessinée entre

les pays a suscité leur intervention bénéfique. Leur nécessité

19 s’est imposée au monde. Les Etats sont redevenus l’instrument sur lequel les
nations pouvaient à nouveau compter pour

retrouver une autonomie de leur vie politique et le territoire de

22 leur développement. […]

Michel Guénaire. Le retour des États. p. 11-12. Ed. Grasset, 2013 (extrait).

35. A la lumière du texte V, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).
1. L’auteur fait part de ses craintes sur un retour excessif du rôle de l’État sur la
scène internationale.

2. L’auteur avance qu’après une période où les peuples ont dénigré les États, ceux-ci
ont maintenant reconquis la faveur des hommes.

3. Selon l’auteur, c’est grâce à la crise que les États ont repris leur place dans le
monde contemporain.

4. L’auteur affirme que la mondialisation doit maintenant affronter une nouvelle


forme de résistance de la part des États.

Réponse: E C C C

1. FAUX - L’auteur met en évidence le rôle positif de l’Etat sur la scène


internationale contemporaine: «Ce sont bien les Etats qui ont sauvé du naufrage les
grandes banques et les institutions financières, puis ont tenté de relancer les
économies. La concurrence qui s’est dessinée entre les pays a suscité leur
intervention bénéfique. Leur nécessité s’est imposée au monde.».

2. VRAI - Selon l’auteur, «Les Etats sont redevenus l’instrument sur lequel les
nations pouvaient à nouveau compter».

3. VRAI - La locution «grâce à» exprime la cause positive. L’auteur établit une


relation de cause positive entre la crise et le rôle bénéfique des Etats dans le monde
contemporain: «Ce sont bien les Etats qui ont sauvé du naufrage les grandes
banques et les institutions financières, puis ont tenté de relancer les économies».

4. VRAI - L’auteur met en relief cette nouvelle forme de résistance de la part des
Etats au début du texte: «Les Etats reviennent dans le monde. Les peuples les ont
choisis pour être l’arme de la défense de leurs intérêts, ainsi que celle d’une rupture
par rapport à la voie de la mondialisation. Cette dernière rencontre aujourd’hui une
force nouvelle des Etats qui exprime un autre progrès des nations».

36. Jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E) en vous référant au texte V.

1. Dans: «La concurrence qui s’est dessinée entre les pays a suscité leur intervention
bénéfique» (R.17 et 18), le participe passé «suscité» n’est accordé ni avec le sujet,
ni avec le complément d’objet direct.

2. Dans: «A la faveur de la crise, leur utilité a été redécouverte» (R.14), le «e» final
de redécouverte marque l’accord du participe passé avec «utilité».

3. Dans: «Les peuples les ont choisis» (R.1. et 2), le «s» de choisis marque l’accord
du participe passé avec le sujet: «les peuples».
4. Dans: «Les États étaient devenus» (R.12. et 13), le «s» de devenir marque
l’accord du participe passé avec le sujet: «les États».

Réponse: C C E C

Pour répondre à cette question, il faut connaître en détail les règles d’accord du
participe passé.

1. VRAI - La question reprend les termes de la règle d’accord du participe passé


avec l’auxiliaire avoir → Le participe est invariable, sauf exception (voir item 36.3).

2. VRAI - La question reprend les termes de la règle d’accord du participe passé à la


voix passive avec les auxiliaires être et avoir → Le participe passé s’accorde en
genre et en nombre avec le nom auquel il se rapporte.

3. FAUX - Le participe passé des verbes conjugués avec l’auxiliaire avoir est
invariable si aucun complément d’objet direct (COD) ne le précède. Toutefois, si le
participe est précédé d’un COD (repris par un pronom personnel ou par un pronom
relatif), il s’accorde en genre et en nombre avec le COD qui le précède.

• Les peuples ont choisi les États → aucun complément d’objet direct ne précède le
participe choisi, invariable dans ce cas.

• Au lieu de rejeter les États, le peuples les ont choisis → le pronom personnel les
précède le participe choisis.

• Les États que les peuples ont choisis → le pronom relatif que précède le participe
choisis.

4.VRAI - La question reprend les termes de la règle d’accord du participe passé


avec l’auxiliaire être → Le participe passé s’accorde en genre et en nombre avec le
nom auquel il se rapporte.

37. En considérant le texte V, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. Dans «Comme leurs décisions avaient provoqué les guerres meurtrières»,


«comme» est une conjonction qui exprime la conséquence.

2. «celle» (R.3) remplace: «la défense».

3. «leur légitimité» (R.12): l’auteur se réfère ici à la légitimité des nations.

4. Dans «Ce sont bien les États qui ont sauvé du naufrage les grandes banques…»,
le pronom relatif «qui» est le sujet du verbe sauver.

Réponse: E E E C
1. FAUX - Dans le contexte, la conjonction «comme» exprime la cause.

2. FAUX - Dans le contexte, le pronom démonstratif «celle» remplace «l’arme».

3. FAUX - L’extrait a pour thème les Etats. Dans «l’emprise bureaucratique des
Etats avait limité la création de la richesse des nations. Leur légitimité était
contestée», le pronom leur reprend les Etats [dont l’emprise bureaucratique avait
limité la création de la richesse des nations.]

• Attention, le texte distingue Etats et nations: «une force nouvelle des Etats qui
exprime un autre progrès des nations».

4. VRAI - Le pronom relatif qui a une fonction sujet et ne s’élide jamais avant
voyelle ou h muet.

• Attention à ne pas confondre qui et que: le pronom relatif que a une fonction
complément et s’élide avant voyelle ou h muet.
Texte VI - pour les questions 38 à 40
Texte VI (448 mots)

La France nomme un ambassadeur du sport: au temps du soft power, c’est une


bonne nouvelle.

Le sport, un fait diplomatique

1 Jusqu’ici, la France n’avait pas conçu de diplomatie sportive. Le mouvement


sportif avait pour sa part fait de son

indépendance vis-à-vis des pouvoirs politiques une priorité.

4 L’époque où le Quai d’Orsay désignait le pays que l’équipe nationale de football


pouvait rencontrer dans les années 1920

est bien sûr révolue. Mais entre la dépendance et l’ignorance, 7 il y avait


certainement un juste milieu. C’est tout simplement la reconnaissance de
l’importance du fait sportif, non

seulement sur le plan sociétal, mais également diplomatique.

10 Il y a en France une indifférence, voire un mépris des élites dirigeantes pour le


sport, perçu comme un phénomène

populaire et peu valorisant. La République française aime à

13 mettre en avant ses écrivains, ses philosophes, ses artistes, ses scientifiques, etc.
Elle répugne à le faire pour les sportifs.

Pourtant, ces derniers ont une notoriété et qui dépasse

16 largement les frontières. Le sport est devenu, du fait de sa médiatisation, un


phénomène sociétal qui occupe une place de

plus en plus importante dans l’espace public. Il n’est qu’à

19 comparer la place relative qui lui est accordée dans les médias généralistes
maintenant et il y a une génération.

Ce n’est pas parce que le sport est une marotte


22 personnelle pour lui que Laurent Fabius a pris cette décision; il a bien compris
d’un point de vue rationnel qu’à l’heure du

soft power le sport a toute sa place dans le rayonnement d’un

25 pays.

Le sport conquiert les cœurs, pas les territoires

26 Le sport a toute sa place dans la bataille pour l’image, la popularité et


l’attractivité. Il ne s’agit pas seulement de se mettre en ordre de bataille afin de se
lancer dans l’ambitieux 29 projet de candidature pour les Jeux olympiques de 2024,
il s’agit de faire du sport, à côté d’autres instruments, un élément de valorisation et
de notoriété positive pour notre pays.

32 Il y a des enjeux d’images et également des enjeux économiques qui concernent


aussi bien la construction

d’infrastructures que le tourisme. L’intérêt du sport c’est que 35 la puissance y est


généralement perçue comme populaire. Elle suscite l’admiration et non le rejet.

À l’heure de la globalisation, où les télévisions créent

38 des stades aux capacités illimitées, le sport est devenu un élément de puissance
des États. Des démonstrations de force

positives qui permettent de conquérir non pas des territoires, 41 mais des cœurs et
des esprits. Le sport c’est plus que du sport, et il est heureux que cela soit pris en
compte par le ministre des Affaires étrangères.

Pascal Boniface. Internet: 15/1/2014 (modifié).

38. En vous référant au texte VI, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).

1. De nos jours, la renommée des sportifs fait fi des frontières.

2. Dans le 4ème paragraphe, l’auteur met en avant l’avènement du soft power.

3. L’auteur affirme que la puissance véhiculée par le sport bénéficie d’une image
positive justement de par son origine.

4. Les élites dirigeantes ont toujours démontré un vif intérêt pour le sport au
détriment de la culture et de la science.
Réponse: C C C E

1. VRAI - L’expression faire fi de quelque chose, de quelqu’u• veut dire le


dédaigner, ne pas y attacher d’importance. Selon le texte, de nos jours, la renommée
des sportifs dépasse aisément les frontières.

2. VRAI - Dans le 4ème paragraphe, l’auteur affirme que Laurent Fabius «a bien
compris d’un point de vue rationnel qu’à l’heure du soft power le sport a toute sa
place dans le rayonnement d’un pays».

3. VRAI - Selon l’auteur, l’origine populaire du sport cause l’admiration générale:


«L’intérêt du sport c’est que la puissance y est généralement perçue comme
populaire. Elle suscite l’admiration et non le rejet».

4. FAUX - L’auteur soutient justement le contraire: «La République française aime à


mettre en avant ses écrivains, ses philosophes, ses artistes, ses scientifiques, etc. Elle
répugne à le faire pour les sportifs».

39. Jugez si les items suivants se référant au texte VI sont vrais (C) ou faux (E).

1. Le mot «sociétal» (R.9) se rapporte aux divers aspects de la vie sociale des
individus, en ce qu’ils constituent une société organisée.

2. Une «marotte» (R.21) est un animal pouvant être considéré comme un symbole
ou un fétiche.

3. Le mot «rayonnement» (R.24) signifie traditions.

4. «enjeux» (R.32) peut être remplacé par avantages, sans changer le sens de la
phrase.

Réponse: C E C C (o item 39.2 foi alterado de C para E no gabarito definitivo).

1. VRAI - La question reprend les termes de la définition du mot dans le


dictionnaire Larousse.

2. FAUX - Dans le texte, le sport est une marotte personnelle pour Laurent Fabius.
Le mot «marotte» veut bien dire, dans le contexte, manie, idée fixe, goût
obsessionnel pour quelque chose.

3. FAUX - Le mot rayonnement a une connotation nettement positive et veut dire


action de rayonner, lumière rayonnante. Dans le contexte des relations
internationales, le mot indique l’influence exercée par un pays, en raison de son
prestige.
4. FAUX - D’usage très fréquent dans le contexte de la politique internationale, le
mot enjeu veut dire ce qui est en jeu, c’est-à-dire ce que l’on risque dans un jeu et
qui revient au gagnant. Il ne peut pas être remplacé par avantages sans changer le
sens de la phrase.

40. En ce qui concerne les aspects grammaticaux, du texte VI, jugez si les items
suivants sont vrais (C) ou faux (E).

1. A la ligne 15 «pourtant» marque une opposition.

2. A la ligne 35 «y» remplace: «dans le sport».

3. A la ligne 27 «il» remplace «le sport».

4. A la ligne 34 dans «c’est que» «c’est» est un présentatif.

Réponse: C C E C

1. VRAI - «Faux ami» bien connu des étudiants de français, le mot «pourtant» est
synonyme de mais, cependant, toutefois, et n’a pas le même sens que portanto en
portugais.

2. VRAI - Le pronom y peut reprendre un complément indirect de verbe précédé des


prépositions à, sur, dans, chez, en.

3. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître les verbes impersonnels,
qui se conjuguent uniquement à la troisième personne du singulier.

• A la ligne 27, «il» marque la troisième personne du singulier du verbe impersonnel


s’agir: Il s’agit.

4. VRAI - Les présentatifs sont une catégorie de mots qui présentent un être ou une
chose, souvent pour les mettre en valeur.

• Le présentatif «c’est que» est utilisé dans des procédés emphatiques. (voir aussi la
question 50.1).
Texte VII - pour les questions 41 à 44
Texte VII (216 mots)

Examinons mes personnages

1 «Est-ce que Gervaise et Coupeau sont des fainéants et des ivrognes? En aucune
façon. Ils deviennent des fainéants

et des ivrognes, ce qui est une tout autre affaire. Cela d’ailleurs

4 est le roman lui-même; si l’on supprime leur chute, le roman n’existe plus, et je ne
pourrais l’écrire. Mais, de grâce, qu’on

me lise avec attention. Un tiers du volume n’est-il pas employé

7 à montrer l’heureux ménage de Gervaise et de Coupeau, quand la paresse et


l’ivrognerie ne sont pas encore venues? Puis la

déchéance arrive, et j’en ai ménagé chaque étape, pour montrer

10 que le milieu et l’alcool sont les deux grands désorganisateurs, en dehors de la


volonté des personnages. Gervaise est la plus

sympathique et la plus tendre des figures que j’ai encore

13 créées; elle reste bonne jusqu’au bout. Coupeau lui-même, dans l’effrayante
maladie qui s’empare peu à peu de lui, garde

le côté bon enfant de sa nature. Ce sont des patients, rien de

16 plus.

Quant à Nana, elle est un produit. J’ai voulu mon

drame complet. Il fallait une enfant perdue dans le ménage.

19 Elle est fille d’alcoolisés, elle subit la fatalité de la misère et du vice. Je dirai
encore: consultez les statistiques et vous verrez

si j’ai menti.»

Emile Zola. Lettre au directeur du «bien public».1877. In: Littérature 1ère, p.355.
Ed. Hatier.
41. Jugez si les items suivants, concernant le texte VII, sont vrais (C) ou faux (E).

1. Cet extrait constitue un plaidoyer de Zola en faveur de son roman.

2. Dans le dernier paragraphe Zola s’en prend au déterminisme biologique opposé à


la technique «naturaliste».

3. Dans cet extrait ressort le fait que le travail représentait une valeur importante de
la société dans laquelle Zola évoluait.

4. Le personnage de Nana est apparu à Zola comme un élément essentiel pour


parfaire son tableau.

Réponse: C E C C

1. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du mot plaidoyer,
qui veut dire discours ou écrit en faveur de quelqu’un, d’une idée, ou contre une
doctrine, une institution.

2. FAUX - Il n’est nulle part question de déterminisme biologique dans le texte,


implicite ou explicitement. La notion de fatalité est liée aux conditions du milieu:
«[Nana] est fille d’alcoolisés, elle subit la fatalité de la misère et du vice.»

3. VRAI - Oui, le travail représentait une valeur importante de la société dans


laquelle Zola évoluait, selon le texte, puisque c’est la déchéance qui fait de Gervaise
et de Copeau des fainéants et des ivrognes.

4. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe parfaire,
qui veut dire mener quelque chose à son complet développement.

• Le texte confirme que Nana joue ce rôle dans l’œuvre de Zola (L. 16-19): Quant à
Nana, elle est un produit. J’ai voulu mon drame complet. Il fallait une enfant perdue
dans le ménage).

42. En vous référant au texte VII, jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux
(E).

1. Nana ne parvient pas, elle non plus, à surmonter les difficultés de sa famille.

2. Zola a consacré la majeure partie de son roman à décrire le bonheur du couple


Gervaise et Coupeau.

3. C’est la première fois que Zola met en scène un personnage aussi doux que celui
de Gervaise.

4. Zola voit ses personnages comme un médecin verrait ses malades.


Réponse: C E C C

1. VRAI - Tout comme ses parents («Elle est fille d’alcoolisés»), Nana subit
l’influence négative du «milieu et [de] l’alcool,(...) les deux grands
désorganisateurs, en dehors de la volonté des personnages («elle subit la fatalité de
la misère et du vice»).

2. FAUX - Il consacre un tiers de son roman à décrire le bonheur du couple Gervaise


et Coupeau: «: Un tiers du volume n’est-il pas employé à montrer l’heureux ménage
de Gervaise et de Coupeau, quand la paresse et l’ivrognerie ne sont pas encore
venues?».

3. VRAI - L’utilisation du superlatif confirme que Zola n’avait jamais mis en scène
un personnage aussi doux que celui de Gervaise:» Gervaise est la plus sympathique
et la plus tendre des figures que j’ai encore créées; elle reste bonne jusqu’au bout».

4. VRAI - Aux lignes 15 et 16, l’auteur affirme que ses pesonnages «sont des
patients, rien de plus.»

43. Jugez les items ci-dessous en répondant vrai (C) ou faux (E) aux affirmations
suivantes, concernant le texte VII.

1. «d’ailleurs» (R.3) est mis ici pour d’autre part.

2. L’adjectif «effrayante» (R.14) veut dire mortelle.

3. Le verbe «ménager» (R.9) signifie ici: se mettre en couple.

4. La locution «de grâce» (R.5) est un connecteur qui exprime la cause.

Réponse: E E E E

1. FAUX - Dans «Cela d’ailleurs est le roman lui-même», d’ailleurs s’emploie


comme adverbe de liaison pour indiquer une considération incidente, qui n’est pas
en opposition avec ce qui précède.

• En registre soutenu, d’autre part s’utilise dans la séquence d’une part… d’autre
part, qui introduit deux éléments en opposition.

2. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens de l’adjectif


effrayant qui veut dire qui cause de la frayeur, c’est-à-dire une peur épouvantable,
horrible.

• L’adjectif mortelle veut dire qui est susceptible de mourir, qui cause la mort.
3. FAUX - Le mot ménage a bien le sens de couple, famille, unité domestique.
Cependant, dans l’extrait «Puis la déchéance arrive, et j’en ai ménagé chaque
étape», le verbe ménager veut dire que Zola a décrit chaque étape de la déchéance
des personnages avec mesure, de manière à obtenir un effet dramatique calculé.

4. FAUX - La locution «de grâce» équivaut à la supplique par pitié!.

• La locution «grâce à» est un connecteur qui exprime la cause positive, qui a des
conséquences favorables.

44. Jugez si les items grammaticaux, concernant le texte VII, sont vrais (C) ou faux
(E).

1. Dans «si l’on supprime», (R.4), le verbe supprimer est au présent de l’indicatif.

2. Dans: «qu’on me lise avec attention» (R.5 et 6), le verbe lire est au subjonctif
présent.

3. A la ligne 17 «voulu» est le participe passé du verbe valoir.

4. Dans «si l’on supprime» (R.4), le «l’» a une valeur euphonique.

Réponse: C C E C

1. VRAI - Attention: le mot si peut être suivi de plusieurs structures du conditionnel.

• La structure Si + présent de l’indicatif/présent de l’indicatif exprime une condition


probable ou pratiquement certaine.

• La structure Si + imparfait/conditionnel présent exprime une condition


hypothétique.

• La structure Si + plus-que-parfait/conditionnel present ou passé exprime une


condition qui ne s’est pas réalisée.

2. VRAI - Le subjonctif se reconnaît à la conjonction de coordination que.

3. FAUX - «Voulu» est le participe passé du verbe vouloir.

• «valu» est le participe passé du verbe valoir.

4. VRAI - L’article l’ à valeur euphonique est plus fréquent en registre soutenu. Son
utilisation avant on n’est pas obligatoire, mais elle rend la prononciation plus
agréable et plus facile. L’article l’ à valeur euphonique sert à: • éviter deux voyelles
à la suite → on suivi de et, ou, où.

• Si l’on supprime (mieux que si on supprime).


Texte VIII - pour les questions 45 à 47
Texte VIII (197 mots)

1 Voici les vérités qui sont, selon moi, la base de toute démocratie et en particulier
de la grande démocratie française:

La souveraineté du peuple, le suffrage universel, la liberté de

4 la presse sont trois choses identiques, ou, pour mieux dire, c’est la même chose
sous trois noms différents; à elles trois, elles

constituent notre droit public tout entier. La première en est le

7 principe; la seconde en est le mode d’action; la troisième en est l’expression


multiple, animée, vivante, mobile comme la

nation elle-même. Ces trois faits, ces trois principes liés d’une

10 solidarité essentielle, ayant chacun leur fonction: la souveraineté du peuple


vivifiant, le suffrage universel

gouvernant, la presse éclairant, se confondent dans une étroite

13 et indissoluble unité, et cette unité, c’est la République.

Partout où ces trois principes, souveraineté du peuple,

suffrage universel, liberté de la presse, existent dans leur

16 plénitude et dans leur toute-puissance, la République existe, même sous le mot


monarchie. Là où ces trois principes sont

amoindris dans leur développement, opprimés dans leur action,

19 méconnus dans leur solidarité, contestés dans leur majesté, il y a monarchie ou


oligarchie, même sous le mot république.

Victor Hugo. Discours sur la modification de la loi électorale. 9/7/1850 (extrait


modifié).

45. Jugez, selon les arguments développés dans le texte VIII par Victor Hugo, si les
items ci-dessous sont vrais (C) ou faux (E).
1. Les trois vérités énoncées par l’auteur sont si puissantes que l’on peut toujours
parler de démocratie même lorsque l’une d’entre elles est bafouée.

2. La liberté de la presse est le reflet de la diversité et de l’effervescence du peuple.

3. Dès qu’un régime porte l’étiquette de monarchie, il n’est plus possible que la
République soit.

4. La souveraineté des peuples, le suffrage universel et la liberté de la presse se


retrouvent tous trois dans le droit public français.

Réponse: E C E C

1. FAUX - Les trois vérités énoncées par l’auteur sont «trois principes liés d’une
solidarité essentielle» qui «se confondent dans une étroite et indissoluble unité». On
ne peut donc pas parler de démocratie lorsque l’une d’entre elles est bafouée.

2. VRAI - L’auteur soutient que la liberté de la presse est le reflet de la diversité et


de l’effervescence du peuple dans l’extrait «la troisième (La liberté de la presse) en
est l’expression multiple, animée, vivante, mobile comme la nation elle-même».

3. FAUX - Les trois vérités énoncées par l’auteur sont si puissantes que «Partout où
ces trois principes, souveraineté du peuple, suffrage universel, liberté de la presse,
existent dans leur plénitude et dans leur toute-puissance, la République existe,
même sous le mot monarchie».

4. VRAI - L’item résume le passage «La souveraineté du peuple, le suffrage


universel, la liberté de la presse sont trois choses identiques, ou, pour mieux dire,
c’est la même chose sous trois noms différents; à elles trois, elles constituent notre
droit public tout entier».

46. Jugez si les items suivants, se référant aux mots et expressions du texte VIII,
sont vrais (C) ou faux (E).

1. «Partout» (R.14) est un adverbe de lieu signifiant: dans tous les endroits.

2. L’adverbe «mieux» (R.4) est le comparatif de supériorité de l’adjectif bon.

3. L’adjectif «mobile» (R.8) signifie servile.

4. Dans: «La première en est le principe», ligne 6 et 7, le pronom «en» remplace:


«la même chose», ligne 5.

Réponse: C E E E
1. VRAI - La question reprend les termes de la première définition du mot dans le
dictionnaire Larousse.

2. FAUX - Alors que l’adverbe «meilleur» est le comparatif de supériorité de


l’adjectif bon, l’adverbe «mieux» est le comparatif de supériorité de l’adjectif bien.

3. FAUX - Dans le contexte, l’adjectif «mobile» signifie qui est animé d’un
mouvement constant, qui passe rapidement d’une expression à l’autre, qui est plein
de vivacité.

4. FAUX - E• remplace «notre droit public tout entier».

47. Jugez si les items suivants, concernant le texte VIII, sont vrais (C) ou faux (E).

1. «dans une étroite et indissoluble unité» (R.12 et 13), peut être remplacé, sans
changer le sens du texte, par: dans une unité étroite et indissoluble.

2. «amoindris» (R.18), peut être remplacé, sans changer le sens du texte, par:
affaiblis.

3. «méconnus» (R.19), peut être remplacé, sans changer le sens du texte, par:
inconnus.

4. «éclairant» (R.12), peut être remplacé, sans changer le sens du texte, par:
ternissant.

Réponse: C C E E

1. VRAI - La position des adjectifs étroite et indissoluble peut être changée sans
modifier le sens de la phrase, car ils n’appartiennent pas aux catégories d’adjectifs
qui changent de sens selon leur placement (taille, poids, apparence, âge, vérité,
identité, qualité ou défaut moral).

2. VRAI - La question reprend les termes de la première définition du mot dans le


dictionnaire Larousse.

3. FAUX - Alors que méconnu veut dire qui est connu, mais n’est pas apprécié selon
son mérite, inconnu veut dire que l’on ne connaît pas, dont on ignore l’identité.

4. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe ternir,
qui veut dire obscurcir, (faire) perdre son brillant, son éclat; (faire) perdre de sa
valeur, de son prestige.
Texte IX - pour les questions 48 à 50
Texte IX (300 mots)

1 A quelques jours d’intervalle, deux de nos plus grands poètes d’expression arabe,
Ounsi el-Hajj et Joseph Harb, ont

tiré leur révérence. Pourquoi sont-ils partis avant l’heure? Est-

4 -ce par dégoût d’un monde où la poésie est devenue «secondaire», où les poètes,
au lieu d’être des guides et des

visionnaires comme chez Hugo, sont désormais traités tels des

7 «marginaux», des «illuminés»? […] Est-ce, tout

simplement, pour rejoindre «les nuages» qui leur ont appris,

selon la formule d’Ounsi el-Hajj, «la joie de la disparition»

10 (farah el zawal)? En écrivant ces mots, je ne puis m’empêcher de penser à un


passage révélateur tiré de l’introduction de

Michel Chiha à son recueil poétique La maison des champs.

13 Homme d’État, économiste de renom, Chiha aurait pu se passer de poésie. «Un


poème survit à un empire, telle est la puissance

de l’esprit, écrivait-il pourtant. Et le souvenir des générations

16 mortes peut ne se retrouver que dans un chant. La puissance que ce siècle met au
service du laboratoire (et des armes,

devrait-on ajouter!), il faut en mettre une part au service de la

19 poésie. Et nous entendons par poésie tout ce qui est élévation de l’âme servie par
l’harmonie du langage. Il y a des jours où,

sans poésie, il n’y aurait plus de consolation ni d’espoir; où,

22 sans elle, la nature serait sans voix. Les gouvernements sans horizons et sans
allégresse ne savent plus son bienfait. S’ils se

servaient mieux d’elle, ils auraient moins de soucis et de


25 plaintes. Et les vivants ne ressembleraient pas aussi souvent aux morts.» La
poésie ne peut sans doute pas sauver notre

pays. Mais elle peut nous aider à en supporter les malheurs.

Alexandre Najjar. Quand les poètes s’en vont. Internet: <www.lorientlitteraire.com>


Mars 2014 (modifié) 48. Jugez si les items suivants sont vrais (C) ou faux (E), en
vous référant au texte IX.

1. Michel Chiha nous exhorte à utiliser une partie de notre puissance actuelle pour
servir la poésie.

2. Selon Michel Chiha les gouvernements tirent profit des vertus de la poésie.

3. Alexandre Najjar déplore que les poètes ne bénéficient plus aujourd’hui de la


même défiance qu’à l’époque de Victor Hugo.

4. Ounsi el-Hajj et Joseph Harb ont récemment quitté le Liban pour des raisons
politiques.

Réponse: C E E E

1. VRAI - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du verbe exhorter,
qui veut dire persuader, engager, inciter.

Dans le passage «La puissance que ce siècle met au service du laboratoire (et des
armes, devrait-on ajouter!), il faut en mettre une part au service de la poésie» (L. 16-
19), Michel Chiha nous exhorte à utiliser une partie de notre puissance actuelle pour
servir la poésie.

2. FAUX - Au contraire; selon Michel Chiha, les gouvernements devraient profiter


davantage des vertus de la poésie.

• (L. 22-25) «Les gouvernements sans horizons et sans allégresse ne savent plus son
bienfait. S’ils se servaient mieux d’elle, ils auraient moins de soucis et de plaintes».

3. FAUX - Pour répondre à cette question, il faut connaître le sens du mot défiance,
qui veut dire méfiance, crainte d’être trompé, manque de confiance. En fait,
Alexandre Najjar déplore que les poètes ne soient plus «des guides et des
visionnaires» comme à l’époque de Victor Hugo.

4. FAUX - Dans le contexte, l’expression tirer leur révérence et le verbe partir sont
des euphémismes pour la mort.

• «Ounsi el-Hajj et Joseph Harb ont tiré leur révérence. Pourquoi sont-ils partis
avant l’heure?»
49. Jugez si les items suivants, concernant texte IX, sont vrais (C) ou faux (E).

1. «plainte» (R.25) est un synonyme de réclamation.

2. A la ligne 23 «son bienfait» fait référence au bienfait de l’allégresse.

3. «S’ils se servaient mieux d’elle, ils auraient moins de soucis et de plaintes.» (R.23
à 25) a un sens différent de: Ils auraient moins de soucis et de plaintes, s’ils se
servaient mieux d’elle.

4. «soucis» (R.24) est un synonyme de revendications.

Réponse: C E E E

1. VRAI - Dans le contexte, «plainte» exprime le mécontentement.

2. FAUX - A la ligne 23, «son bienfait» fait référence au bienfait de la poésie.

3. FAUX - L’expression de l’hypothèse par des structures conditionnnelles avec «si»


ne dépend pas de l’ordre des propositions.

Les phrases «S’ils se servaient mieux d’elle, ils auraient moins de soucis et de
plaintes» et «Ils auraient moins de soucis et de plaintes, s’ils se servaient mieux
d’elle» ont le même sens.

• La seule nuance est que la proposition en tête de phrase attire davantage l’attention
du lecteur.

4. FAUX - Dans le contexte, «soucis» est un synonyme de préoccupation,


inquiétude, tracas.

50. Jugez si les items suivants, concernant les aspects grammaticaux du texte IX,
sont vrais (C) ou faux (E).

1. Dans «Est-ce par dégoût …» (R.3 et 4) on pourrait remplacer, sans changer le


sens de la phrase «est-ce» par: est-ce que c’est.

2. «désormais» (R.6) est un synonyme de dorénavant.

3. «puis» (R.10) est le présent de l’indicatif du verbe pouvoir.

4. «où» (R.20) est un pronom relatif complément circonstanciel de temps.

Réponse: C C C C

1. VRAI - Remplacer «est-ce» par est-ce que c’est est un procédé emphatique qui ne
change pas le sens de la phrase.
La formule que c’est est utilisée pour mettre en valeur le terme de la phrase qui la
suit (voir aussi la question 40.4).

• Est-ce que c’est par dégoût d’un monde où la poésie est devenue «secondaire» →
mise en valeur du mot dégoût.

2. VRAI - La question reprend un terme de la définition du mot dans le dictionnaire


Larousse.

• Les adverbes désormais et dorénavant marquent le point de départ dans le temps et


veulent dire à partir de maintenant, de ce moment.

3. VRAI - Certains verbes présentent deux formes de conjugaison possibles au


présent de l’indicatif: • POUVOIR: Je peux/je puis

• S’ASSEOIR: je m’assois/je m’assieds

• PAYER: je paie/je paye

4. VRAI - Le pronom relatif «où» peut être complément circonstanciel de lieu, de


situation ou de temps, comme dans l’extrait: «Il y a des jours où, sans poésie, il n’y
aurait plus de consolation ni d’espoir».
3. EXERCICES
O treino de exercícios no formato da prova é condição sine qua non para o alto
desempenho. Os exercícios deste livro estão organizados segundo os três tipos de
questões adotados pela banca examinadora do CACD nas provas objetivas de 2014
e 2015. As questões a seguir são originais, salvo indicação em contrário, e foram
elaboradas de modo a preparar o(a) candidato(a) tanto para a mobilização e
aplicação dos conhecimentos teóricos à resolução de questões de prova quanto para
a leitura de textos longos, densos e de épocas e estilos variados.

Por essa razão, recomendo que você não «pule» os trechos do texto que não sejam
necessários para responder questões específicas. Só é possível resolver a prova no
tempo se o(a) candidato(a) for capaz de ler e interpretar diversos textos extensos
(até cerca de 700 palavras, na prova de 2015) com rapidez e precisão, competência
que se adquire com treino contínuo da leitura de excertos de textos jornalísticos,
históricos, filosóficos, literários e acadêmicos. A leitura dos trechos selecionados é
parte fundamental do treino proposto nesta seção do livro, para que o(a)
candidato(a) adquira familiaridade não apenas com estilos, mas também com
vocabulário relacionado às matérias do CACD e temas de cultura e civilização que
podem ser úteis para a prova.

A classificação dos exercícios a seguir (grammaire, vocabulaire, interprétation de


texte) é indicativa, segundo os itens de maior importância ou dificuldade em cada
questão. Para fins de treino, vários exercícios mesclam itens de tipos diferentes.

a. Exercices de vocabulaire

Des baisses d’impôt sous contrainte

Le retournement de la conjoncture et l’effondrement

des recettes fiscales qui a suivi expliquent pour une large

part le creusement du déficit public. Dans ce contexte,

le maintien des baisses d’impôt a été condamné par la

Commission de Bruxelles, qui exige à la France plus de

rigueur.

Paris a refusé, craignant d’étouffer un redémarrage


de l’économie très lent. M. Mer n’a concédé à Bruxelles

qu’une petite amélioration due aux économies trouvées

par les parlementaires sur quelques niches fiscales ou à

la décision du gouvernement de supprimer un jour férié

pour financer son plan en faveur des personnes âgées.

(Le Monde, Bilan du Monde - édition 2004)

1. (ESAF - AFRTA 2005 - adaptada) D’après le texte «Des baisses d’impôt sous
contrainte», ce que la Commission de Bruxelles a condamné à la France est:

1. la permanence des baisses d’impôt.

2. le changement des baisses d’impôt.

3. la manutention des baisses d’impôt.

4. la continuité des baisses d’impôt.

Réponse: C E E C

1. VRAI - Selon le texte, ce que la Commission de Bruxelles a condamné à la


France est le maintien des baisses d’impôt. Dans le contexte, le mot maintien est un
synonyme de permanence.

2. FAUX - Le mot changement veut dire le contraire de permanence.

3. FAUX - ATTENTION: MANUTENTION n’est pas un synonyme de


MAINTIEN.

MANUTENTION: action de manipuler, de déplacer des marchandises en vue de


l’emmagasinage, de l’expédition, de la vente; local réservé à ces opérations.
≠MAINTIEN: Action, fait de maintenir, de se maintenir

4. VRAI - Dans le contexte, le mot continuité est un synonyme de permanence.

2. (ESAF - AFRTA 2005) Selon le texte «Des baisses d’impôt sous contrainte»,
Paris a refusé ce que la Commission voulait parce que:

1. le gouvernement craignait réduire le redémarrage de l’économie.

2. le gouvernement désirait ralentir le redémarrage de l’économie.


3. le gouvernement redoutait l’amortissement du redémarrage de l’économie.

4. le gouvernement aspirait à réduire le redémarrage de l’économie.

Réponse: C E C E

1. VRAI - L’item reprend les termes du passage «Paris [le gouvernement] a refusé,
craignant d’étouffer un redémarrage de l’économie très lent».

2. FAUX - Le gouvernement ne désirait pas ralentir le redémarrage de l’économie.

3. VRAI - Dans le contexte, le mot redoutait est un synonyme de craignait et le mot


amortissement est un synonyme d’étouffement.

4. FAUX - Au contraire, le gouvernement avait peur de réduire le redémarrage de


l’économie.

Un accord sur les droits de douane agricoles débloque les négociations

Les négociations sur l’agriculture viennent d’être

relancées grâce à un accord sur la conversion ad valorem

des droits de douane agricoles. Un groupe (Europe,

États-Unis, Australie, Brésil et Inde) a proposé une

méthode qui permettra de calculer les droits de douane

en fonction du prix du produit et non plus sur la base

des quantités importées. Cette conversion ad valorem

permettra de comparer les droits de douanes appliquées

dans les différents pays en vue des négociations sur leur

réduction.

Les négociations entamées en avril dernier, avaient

buté sur cet obstacle. La conversion ad valorem des droits

douaniers se révèle très facile pour plusieurs produits


car il suffit de se baser sur le volume des importations

et leur valeur calculée. Cependant, elle est plus difficile

pour les produits qui sont soumis à un régime préférentiel

basé sur des contigents tarifaires. Le compromis trouvé

en marge de la réunion interministérielle de l’OMC devra

être soumis à l’approbation des 148 pays faisant partie

de l’OMC.

La prochaine étape pour l’Union européenne est de

faire avancer les négociations sur les produits industriels

et les services en espérant arriver avec des résultats à la

conférence de Hong Kong de décembre prochain.

(Le Figaro, 05.05.2005 - AFP, 04.05.2005)

3. (ESAF - AFRTA 2005 - adaptada) D’après le texte «Un accord sur les droits de
douane agricoles débloque les négociations» la prochaine étape de l’Union
européenne sera:

1. de freiner les négociations sur les produits industriels.

2. d’accélérer les négociations sur les produits industriels.

3. de hâter les négociations sur les produits industriels.

4. de piétiner les négociations sur les produits industriels.

Réponse: E C C E

1. FAUX - Selon le texte, «La prochaine étape pour l’Union européenne est de faire
avancer les négociations sur les produits industriels». Or, freiner veut dire le
contraire de faire avancer.

2. VRAI - Dans le contexte, l’expression faire avancer a le sens d’accélérer.

3. VRAI - Dans le contexte, l’expression faire avancer a le sens de hâter.


Pourquoi «de hâter»?

• H aspiré: La lettre «h» ne se prononce jamais en français. On dit que le «h» est
«aspiré» s’il se trouve au début d’un mot qui empêche la liaison ou l’élision. Ils sont
indiqués par un astérisque (*) dans les bons dictionnaires.

Ex.: La Hollande, le héros, la haine, le hasard, la honte, se hâter...

• H muet: La majorité des «h» en début de mots s’appellent les «h muets» et n’ont
aucun effet sur la prononciation.

Ex. L’homme, l’heure, l’hommage, s’humilier....

4. FAUX - Le verbe piétiner veut dire ne faire aucun progrès, stagner, c’est-à-dire le
contraire de faire avancer.

L’abolition de l’esclavage au Brésil

1 Le 13 mai 1888, la loi Áurea ou loi d’or, met fin à

l’esclavage au Brésil. L’empire du Brésil est ainsi le dernier

État occidental à rompre avec cette pratique honteuse.

4 Sous la pression des Anglais, le Portugal s’engage

dès 1810 à mettre un terme à la traite des esclaves, mais sa

promesse reste sans effet et le trafic clandestin se poursuit.

7 À la veille de son indépendance, le Brésil compte 4

millions d’habitants. La moitié de cette population est

composée d’esclaves d’origine africaine.

10 En 1822, le Brésil s’émancipe du Portugal, devient

un empire et porte à sa tête Dom Pedro I, lui-même issu de

la famille de Bragance qui règne au Portugal. Quelques

13 années plus tard, en 1830, l’empereur renouvelle la promesse

d’abolir la traite en vue de s’attirer les bonnes grâces de

l’Angleterre. Le 4 septembre 1850, le Parlement brésilien


16 réitère l’interdiction de la traite.

Dans le même temps, d’innombrables immigrants

italiens commencent à affluer au Brésil. Cette main d’œuvre

19 libre et dynamique bouleverse les rapports sociaux. Elle

concurrence la main d’œuvre servile dont les conditions de

vie deviennent de plus en plus précaires et l’utilité

22 économique plus que jamais contestable.

Dans les années 1860, les idées abolitionnistes se

répandent dans la bourgeoisie libérale de Rio. En 1866,

25 l’empereur Dom Pedro II signe plusieurs lettres de libération

d’esclaves. À l’ambassadeur français qui lui demande d’en

finir avec l’esclavage, il répond que ce n’est plus qu’une

28 question de forme et d’opportunité. Mais les grands

propriétaires fonciers ne sont pas prêts à libérer leurs

esclaves.

31 En 1871 vient la loi du ventre libre qui octroie la

liberté à tous les enfants à naître. Nouveau pas avec la loi du

28 septembre 1885 qui déclare libres les esclaves de plus de

34 60 ans. Quelques années plus tard, comme l’empereur a

entrepris un long voyage en Europe et a confié la régence à

sa fille Isabel, celle-ci profite de l’ouverture de la session du

37 Parlement pour soumettre au vote la loi Áurea sans prévoir

de compensation financière pour les propriétaires d’esclaves.

Mais l’année suivante, les grands propriétaires fonciers,


40 irrités par l’abolition de l’esclavage, se joignent à

l’opposition républicaine et l’empire est aboli.

Internet: <www.herodote.net> (adapté)

4. (CESPE - Vestibular UNB - 2008)

1. L’expression «octroie la liberté» (R.31-32) a le sens de concède la liberté.

2. L’expression «la main d’œuvre servile» (R.20) est équivalente à l’ensemble des
travailleurs esclaves.

3. L’expression «la traite des esclaves» (R.5) est utilisée pour désigner le commerce
des esclaves.

4. Les expressions «mettre un terme à» (R.5) et «en finir avec» (R.26-27) sont
synonymes et signifient supprimer.

Réponse: C C C C

1. VRAI - Le verbe octroyer veut dire accorder quelque chose à quelqu’un, le lui
concéder (d’un supérieur à un subordonné ou comme une faveur).

Attention, le y devient i devant e muet: il octroie mais il octroyait.

2. VRAI - Les deux expressions sont équivalentes dans le contexte.

3. VRAI - L’expression «la traite des esclaves» désigne le commerce, le trafic,


l’exploitation des esclaves.

4. VRAI - Les deux expressions sont équivalentes et ont le même sens du verbe
supprimer.

Etats-Unis: le chômage au plus haut depuis 15 ans

1 L’économie américaine a perdu 533.000 emplois en

novembre 2008, portant le taux de chômage à 6,7%. Barack

Obama, le président élu américain, préconise des mesures

4 “urgentes” face à la mauvaise situation de l’emploi aux Etats-Unis.

Réagissant après la publication, vendredi 5 décembre, de ces

informations, Barack Obama reconnaît qu’ “il n’y a pas de


7 remède rapide ou facile à cette crise, qui s’est développée

depuis de nombreuses années, et cela va sans doute empirer

avant de s’améliorer”. Dans un communiqué, M. Obama

10 ajoute encore: “Mais il est temps de réagir avec

détermination et urgence pour remettre les gens au travail et

relancer notre économie.”

13 Les pertes d’emplois ont été très importantes dans

les principaux secteurs de l’industrie, qui a perdu 163.000

emplois, mais encore plus massives dans le secteur des

16 services, qui a supprimé 370.000 emplois.

Le secteur des services représente plus de 80% des

emplois américains. Or, il concerne environ deux tiers des

19 suppressions d’emplois récentes, alors qu’au cours des huit

premiers mois de l’année, les pertes d’emplois avaient été en

majeure partie limitées aux secteurs de la construction et de

22 l’industrie manufacturière. Depuis le début officiel de

la récession aux Etats-Unis, en décembre 2007,

le taux de chômage américain est monté d’ 1,7 point de pourcentage.

Internet: <tempsreel.nouvelobs.com> (adapté)

5. (CESPE - HEMOBRAS 2008) Dans le texte, sans changement de sens ou de la


syntaxe de la phrase, il est possible de changer

1. «portant» (R.2) par cependant.

2. «préconise» (R.3) par recommande.

3. «empirer» (R.8) par s’aggraver.

4. «massives» (R.15) par importantes.


Réponse: E C C C

1. FAUX - Attention à l’orthographe: portant: participe présent du verbe PORTER =


ce qui porte

≠ pourtant (synonyme de cependant)

2. VRAI - préconiser: conseiller quelque chose, le recommander vivement.

3. VRAI - empirer: devenir pire, s’aggraver.

4. VRAI - massif: qui groupe un grand nombre de personnes synonymes: important,


imposant, impressionant.

Banjo, de Claude McKay

Trois romans et quelques centaines de poèmes seulement auront suffi à Claude


McKay, écrivain noir américain d’origine jamaïquaine, pour devenir l’une des
figures de proue du mouvement Harlem Renaissance, qui dans l’entre-deux-guerres
amorça l’émancipation culturelle et politique de la communauté afro-américaine et
influença le courant de la négritude d’Aimé Césaire et de Léopold Sédar Senghor.

Dans ce bouillonnement créatif, le jazz, l’art, la photographie, la mode et, bien sûr,
la littérature furent plus que des expressions privilégiées pour raconter les multiples
vies de l’homme noir, de véritables armes au service de la reconquête d’une identité.
Celle de Claude McKay est multiple, clochard céleste, journaliste militant,
bourlingueur marxiste - il résida en URSS dans les années 30, où il rencontra
Trotski lors de la 4e Internationale communiste -, chroniqueur de la rue. C’est de
tout cela qu’est fait son verbe vagabond. Celui de Home To Harlem, qui lui vaut, en
1928, le Harmon Gold Award Of Literature, et celui de Banjo, en 1929, où il dépeint
le Marseille cosmopolite où il vécut.

Banjo - du surnom de son héros, un docker noir qui, dans les bas-fonds de la ville,
s’évertue à monter un groupe de jazz -, croque un Marseille qui n’existe plus, un
quartier interlope, la Fosse, situé entre le Vieux-Port et la Joliette, que l’occupant
nazi rasera en 1943 pour purifier le «cloaque» du «chancre de l’Europe». Car ce
quartier réservé, à l’image du French Quarter de La Nouvelle-Orléans, est depuis
1865 le lieu de tous les plaisirs, de tous les dangers et de l’amarrage, dans les années
20, de cette «infernale musique noire qui rythme tous les bruits», comme l’écrira le
romancier marseillais André Suarès. «Bars à passe en toile de fond, cafés de quartier
qui émettent le son d’un «fox-trot populaire» provenant de pianos mécaniques çà et
là dans «Boody Lane» qui semble proclamer au monde entier que la chose la plus
merveilleuse était le bordel.»

Claude McKay n’a pas son pareil pour dire la bouillonnante ville-monde, ce «petit
Harlem», où vivent, aiment et meurent voyous provençaux, bandits corses et
italiens, dockers africains, marins, filles de joie et artistes du monde entier. Son
écriture visionnaire, chaloupée et enivrante, construite, avec ses solos, comme un air
de jazz, assène, près de quatre-vingt-dix ans plus tard, des questionnements toujours
actuels. Ceux de la citoyenneté et du vivre-ensemble. Sa lecture ne s’en révèle que
plus indispensable.

http://www.marianne.net/banjo-ce-marseille-noir-jazzy-oublie-100236809.html

6.
1. Dans «Celle de Claude McKay est multiple, clochard céleste, journaliste militant,
bourlingueur marxiste» (paragraphe 2), l’énumération est utilisée pour mettre
l’accent sur le caractère aventureux aussi bien qu’engagé de la vie de Claude
McKay.

2. Dans «provenant de pianos mécaniques çà et là dans «Boody Lane»»,


l’expression çà et là a le sens de par-ci, par-là.

3. Dans le dernier paragraphe, la bouillonnante ville-monde fait référence au


Marseille des temps actuels.

4. Dans «le jazz, l’art, la photographie, la mode et, bien sûr, la littérature furent plus
que des expressions privilégiées pour raconter les multiples vies de l’homme noir»,
l’expression furent plus que des pourrait être remplacée par furent davantage que
des sans commettre de faute ni changer le sens de la phrase.

Réponse: C C E C

1. VRAI - L’énumération «clochard céleste, journaliste militant, bourlingueur


marxiste» a bien cet effet.

• CLOCHARD: Personne sans domicile, vivant misérablement en marge de la


société.

Familier. Personne habillée de façon misérable

• BOURLINGUEUR/EUSE: Personne qui mène une vie aventureuse.

2. VRAI - L’expression Çà et là veut dire en divers endroits: Courir par-ci, par-là.

3. FAUX - La bouillonnante ville-monde fait référence au Marseille des années 20.

4. VRAI - L’adverbe DAVANTAGE indique une plus grande quantité, un plus haut
degré, un temps plus long, etc.: Il faut étudier davantage pour réussir l’épreuve.
ATTENTION: L’adverbe DAVANTAGE ne peut modifier qu’un verbe: elle me plaît
davantage; il a aidé son fils, mais il a fait davantage pour sa fille.

• Davantage de + nom: Emploi normal et correct.

• Davantage que: introduit une comparaison. Registre littéraire. «Le jazz, l’art, la
photographie, la mode et, bien sûr, la littérature furent davantage que des
expressions privilégiées pour raconter les multiples vies de l’homme noir.»

La bande de Gaza est à genoux après trois guerres en six ans et un blocus israélien
de huit ans.

La communauté internationale tentait au Caire de rassembler quatre milliards de


dollars réclamés par les Palestiniens pour reconstruire la bande de Gaza, qui «reste
une poudrière» selon le secrétaire général de l’ONU Ban Ki-moon. Le secrétaire
d’Etat américain John Kerry devait profiter de cette conférence des donateurs pour
appeler à relancer le processus de paix avec Israël, moribond depuis six mois.

Quelque 100.000 Palestiniens se retrouvent sans abri dans cette bande de territoire
exigu et surpeuplé, où 45% de la population active était au chômage avant même
cette guerre, dernier avatar d’une crise israélo-palestinienne qui dure depuis près de
sept décennies. L’Autorité palestinienne a présenté un projet de reconstruction de
Gaza de 76 pages, pour un montant de quatre milliards de dollars dont la plus
grande partie est affectée à la construction de logements.

Le PIB de l’enclave devrait s’effondrer de 20% au cours des neuf premiers mois de
2014 par rapport à 2013. Mais, si le besoin d’argent est énorme, les motifs de
réticence sont considérables. La conférence pourrait produire un montant de
promesses élevé, mais «un certain pessimisme est de rigueur, les gens en ont assez
de payer sans horizon politique», affirmait récemment un diplomate sous couvert
d’anonymat.

Les Etats-Unis sont les seuls pour le moment à avoir pris un engagement pour verser
400 millions de dollars sur un an avec l’ajout de 212 millions annoncé par M. Kerry.
Mais l’Europe et les pays arabes devraient aussi promettre des sommes importantes.

Une grande partie de la communauté internationale espère pouvoir miser à terme sur
une plus grande stabilité politique à Gaza avec la réconciliation récente entre
l’Autorité palestinienne, dominée par le parti nationaliste Fatah de Mahmoud Abbas,
et le Hamas, qui contrôle l’enclave mais est considéré comme un mouvement
terroriste par Israël, les Etats-Unis et certains pays européens.

Le gouvernement d’union palestinien s’est réuni dans la bande de Gaza jeudi pour la
première fois depuis sa formation en juin, après des années de déchirements entre
Hamas et Fatah. Il s’agit d’envoyer aux donateurs un message clair: l’argent destiné
à la reconstruction sera bien utilisé par une autorité composée de personnalités
indépendantes.

http://tempsreel.nouvelobs.com/topnews/20141012.AFP8095/le-caire-les-donateurs-
au-chevet-de-gaza-qui-reste-une-poudriere.html

7.
1. L’emploi de l’imparfait dans «La communauté internationale tentait au Caire de
rassembler quatre milliards de dollars» fait croire que, au moment où le texte a été
écrit, l’action n’avait pas été achevée.

2. Dans «un montant de quatre milliards de dollars dont la plus grande partie est
affectée à la construction de logements», le mot affecter veut dire toucher, atteindre,
concerner quelqu’un ou quelque chose, en parlant de quelque chose de pénible:
Épidémie qui affecte toute une population.

3. Dans «Une grande partie de la communauté internationale espère pouvoir miser à


terme sur une plus grande stabilité politique à Gaza», miser veut dire parier, compter
sur.

4. La structure «Mais, si le besoin d’argent est énorme, les motifs de réticence sont
considérables» exprime la condition.

Réponse: C E C E

1. VRAI - L’’imparfait indique une action inachevée en cours à un moment donné


dans le passé, dont on ne connaît la duration précise.

2. FAUX - Il y a plusieurs définitions du verbe affecter, dont celle qui vient du latin
affectare, avec influence de affectus, sentiment, et qui veut dire toucher, atteindre,
concerner en parlant de quelque chose de fâcheux.

Cependant, dans l’extrait ci-dessus, affecter vient du latin latin affectare, assigner,
sans influence de affectus, sentiment, et veut dire destiner quelque chose à un usage
particulier.

3. VRAI - Dans «Une grande partie de la communauté internationale espère pouvoir


miser à terme sur une plus grande stabilité politique à Gaza», miser veut dire parier,
compter sur quelque chose, organiser son action en fonction de leur succès.

4. FAUX - La structure «Mais, si le besoin d’argent est énorme, les motifs de


réticence sont considérables» exprime l’opposition; on pourrait la réécrire «Si d’une
part le besoin d’argent est énorme, d’autre part les motifs de réticence sont
considérables».
A nous le temps des sorcières

Dévoré à l’étranger, Caliban et la Sorcière paraît enfin en français, dix ans après sa
première publication en anglais. Selon Silvia Federici, entre le XVIe et le XVIIIe
siècle, trois éléments fondent le nouvel ordre économique: la privatisation des terres
villageoises autrefois collectives, la colonisation du Nouveau Monde et... la chasse
aux sorcières. Les clôtures éliminent l’accès universel à des biens de base: le bois, le
pâturage, les herbes thérapeutiques. Dépendant davantage de ces biens communs
pour leur subsistance, leur autonomie et leur sociabilité, les femmes sont les
premières à pâtir de leur disparition. Si les hommes pauvres partent travailler à la
ville, elles restent seules. Elles rejoignent les rangs des vagabonds, empruntent ou
chapardent. Accusées de pacte avec le diable, de vols nocturnes ou encore de
meurtres d’enfants, deux cent mille d’entre elles sont victimes de procès en
sorcellerie sur une durée de trois siècles, selon l’historienne Anne L. Barstow.

En étudiant la répression et la discipline des corps féminins dans l’Europe du


Moyen Age, Federici éclaire la condition de toutes les femmes à ce moment de
basculement. Car la sorcière, c’est la femme en marge; et, en attaquant les marges,
l’Etat et l’Eglise construisent la norme. Sous l’étiquette de «sorcière», on
pourchasse toutes celles qui ne rentrent pas dans le moule: célibataires, libertines,
vagabondes, connaisseuses des remèdes traditionnels voués à disparaître au moment
où la médecine moderne se met en place et devient l’apanage des hommes de
science. Victime des logiques marchandes et autoritaires, mais aussi symbole de
subversion et d’émancipation: d’hier à aujourd’hui, la sorcière représente la figure
par excellence de la femme insoumise.

par Naïké Desquesnes, septembre 2014

http://www.monde-diplomatique.fr/2014/09/DESQUESNES/50775

8.
1. «Autrefois» a le sens de jadis ou anta• dans le premier paragraphe.

2. Les femmes se livrent à la mendicité, mais ne s’emparent toutefois pas des biens
d’autrui.

3. On peut inférer, d’après le texte, que le mot «clôtures» fait référence à la


privatisation des terres communales en Angleterre, moment défini dans le texte
comme «de basculement.

4. La subversion féminine ne s’en tient qu’au domaine économique entre le XVIe et


le XVIIIe siècle.
Réponse: C E C E

1. VRAI - Autrefois veut dire dans le passé et est un synonme de jadis et antan.

2. FAUX - Le verbe chaparder a le sens de voler, s’emparer des biens d’autrui.

3. VRAI - Le livre paraît d’abord en anglais; or, le mot «clôtures» fait référence à la
privatisation des terres communales en Angleterre (en anglais, enclosures). De plus,
Federici éclaire la condition de toutes les femmes à ce moment de basculement.

4. FAUX - Sous l’étiquette de «sorcière», on pourchasse toutes celles qui ne rentrent


pas dans le moule: célibataires, libertines, vagabondes, connaisseuses des remèdes
traditionnels voués à disparaître au moment où la médecine moderne se met en
place et devient l’apanage des hommes de science.

Les rêves impériaux appartiennent-ils pour toujours au passé?

Les empires du XXe siècle sont aussi les produits d’effrayantes certitudes
idéologiques: colonisateurs convaincus de transformer des peuples-enfants en
nations adultes; Union soviétique promettant le paradis à tous les prolétaires;
Allemagne nazie et Japon impérial sûrs de permettre aux meilleurs de diriger la
planète; Amérique elle aussi persuadée d’être le phare de l’humanité. Pour le
moment, les hommes sont plus ou moins guéris de ces délires. Mais est-ce parce
qu’ils sont devenus sages ou parce que l’humanité ne connaît plus temporairement
qu’un seul modèle idéologique, celui de l’Occident? Le temps des aventures
impériales serait donc clos, au moins provisoirement.

Avec le triomphe des principes démocratiques, conquérir et occuper des territoires a


quelque chose de ridicule: pourquoi chercher à asservir des populations? Non
seulement elles finissent par se révolter et par mener d’interminables guérillas, mais
il existe désormais des techniques plus subtiles d’exploitation, dans lesquelles
chacun trouve son compte.

Est-il sûr, pour autant, que les bons vieux empires appartiennent à jamais au passé?
Peut--être! Toute la Terre est partagée, et la société des États tient à la stabilité des
frontières: en 1990, l’agression du Koweit par l’Irak a fait l’objet d’une
condamnation quasi unanime. Mais les vieux réflexes impériaux ne réapparaîtront-
ils pas si survient une crise économique et politique profonde, les «petits» se
cherchant un protecteur et les «grands» retrouvant leur instinct d’être maîtres d’un
espace qui ne soit qu’à eux?

Philippe MOREAU DEFARGES. Un siècle d’avatars impériaux. POLITIQUE


ÉTRANGÈRE 3-4/2000

9.
1. Dans le dernier paragraphe, l’expression «toute la Terre» pourrait être remplacée
par «toute la terre» sans changer le sens de la phrase.

2. Dans l’expression «les vieux réflexes impériaux» le mot réflexes est synonyme de
reflets.

3. Dans le deuxième paragrahe, l’expression «trouver son compte» équivaut à


recevoir son compte.

4. Dans le dernier paragraphe, l expression «un espace qui ne soit qu’à eux» pourrait
être remplacée par «un espace qui n’appartienne à personne d’autre» sans changer le
sens de la phrase.

Réponse: E E E C

1. FAUX - Dans le dernier paragraphe, remplacer l’expression «toute la Terre» par


«toute la terre» créerait une ambiguïté, à cause du verbe partager: la terre=les terres
(cultivables, etc.); la Terre=le monde, la planète

2. FAUX - Reflet: Image plus ou moins nette que renvoie une surface réfléchissante
(miroir, vitre...)

≠Réflexe: Réaction très rapide, plus rapide que la pensée: Un réflexe de défense.

3. FAUX - Recevoir son compte, être payé ou être congédié;

≠Trouver son compte à quelque chose: trouver son avantage à quelque chose

4. VRAI - être à quelqu’u• veut dire appartenir à quelqu’un.

Olympe de Gouges, une femme du XXIe siècle

Qui, en France, connaît l’auteure de la Déclaration des droits de la femme et de la


citoyenne parue le 14 septembre 1791? Une présidentiable en quête de voix
féminines lors de l’élection de 2007? La poignée de féministes et les quelques
historiens et historiennes qui rêvent de faire entrer au Panthéon une femme de lettres
proprement révolutionnaire? N’a-t-elle pas su proclamer et appliquer, elle-même, le
principe: «La femme a droit de monter sur l’échafaud; elle doit avoir également
celui de monter à la tribune» (article X)? Donner - concrètement et non dans
l’abstrait - tous les droits à tous, y compris à un «sexe supérieur en beauté et en
courage», c’était penser autrement, c’est-à-dire avec force et humour, l’ensemble
des rapports sociaux et s’inscrire ainsi dans un débat européen sur l’égalité
véritable, débat ouvert par les Lumières et qui est encore d’actualité.

Longtemps ignorée, la Déclaration signée (et donc pleinement assumée) par de


Gouges est dédiée à la reine. Cette brochure semble être passée inaperçue en son
temps, contrairement à la Vindication of the Rights of Women, de Mary
Wollstonecraft, traduite dès 1792 et bien moins radicale dans sa forme. Cette
publication précède de deux ans la mort sur l’échafaud de de Gouges, pour
fédéralisme et antirobespierrisme, le 3 novembre 1793.

Réédité sous une forme souvent tronquée, ce document tend à faire d’Olympe de
Gouges une icône internationale du féminisme. Cependant, cette renommée,
qu’ignore encore largement l’Hexagone, reste partielle. Quand elle est connue, la fin
tragique de la seconde guillotinée de l’histoire de France (Marie-Antoinette l’a
devancée de peu) a éclipsé les autres titres de gloire d’une femme au destin
transgressif: fille non reconnue d’un père aristocrate et de la belle épouse d’un
boucher de Montauban, Occitane montée à Paris après un veuvage précoce,
romancière autobiographe et écrivaine de théâtre malmenée, cette antiesclavagiste
notoire fut une pamphlétaire novatrice qui sut répandre ses idées par des affiches et
par voie de presse: abolir la traite négrière, réformer l’impôt et la Constitution,
sauver la tête des monarques, donner à toutes et à tous le droit au divorce et à
l’éducation, etc.

De ses multiples combats, on a surtout retenu ses attaques frontales en faveur des
femmes. Puisque «la femme naît libre et demeure égale à l’homme en droits»
(Déclaration, article I), «la loi doit être l’expression de la volonté générale; toutes
les citoyennes et tous les citoyens doivent concourir personnellement, ou par leurs
représentants, à sa formation; elle doit être la même pour tous: toutes les citoyennes
et tous les citoyens étant égaux à ses yeux, doivent être également admissibles à
toutes les dignités, places et emplois publics, selon leurs capacités, et sans autres
distinctions que celles de leurs vertus et de leurs talents» (art. VI).

La misogynie des «découvreurs» récurrents de de Gouges a, au XIXe siècle, des


accents féroces et stupides: «héroïque et folle» (les Goncourt), atteinte de «paranoïa
reformataria» (un docteur Guillois),«une toquée dans ses mauvais jours, trop
nombreux, ce fut une gâcheuse dans ses meilleurs» (Léopold Lacour), etc. De
Gouges est inséparable de l’ensemble des débats de son temps et d’un monde
violemment genré où les femmes font alors, sans le fard de l’anonymat, une percée
remarquée et controversée.

http://www.monde-diplomatique.fr/2008/11/PELLEGRIN/16435 Les disparues de


l’histoire, par Nicole Pellegrin, novembre 2008

10. Jugez VRAI ou FAUX:

1. Dans écrivaine de théâtre malmenée, le mot malmenée a le sens de critiquée à


tort.

2. L’expression monter sur l’échafaud a le sens d’être exécuté(e) publiquement.


3. Dans Cependant, cette renommée, qu’ignore encore largement l’Hexagone, le
pronom qu’ fait référence à renommée.

4. Dans Une présidentiable en quête de voix féminines lors de l’élection de 2007, il


est possible d’inférer que la candidate au poste présidentiel cherchait des
représentantes de la littérature française au féminin.

Réponse: C C E E

1. VRAI - Le verbe malmener a le sens de critiquer injustement, trop sévèrement, à


tort.

2. VRAI - L’item reprend les termes de la définition de l’expression monter sur


l’échafaud dans le dictionnaire Larousse.

3. FAUX - QU’ est QUE, toujours (QUI n’admet pas l’élision).

• QUI: Pronom sujet (L’Hexagone ignore la renommée).

• QUE: pronom complément (La renommée est ignorée par l’Hexagone).

4. FAUX - Dans Une présidentiable en quête de voix féminines lors de l’élection de


2007, le mot voix veut dire votes. Il est donc possible d’inférer que la candidate au
poste présidentiel cherchait des votes de l’électorat féminin.

Quand l’Algérie était la France

Le 5 juillet 1962, après huit ans d’une guerre à laquelle on a longtemps refusé ce
nom, qui a fait trois cent mille victimes et mobilisé quelque deux millions de soldats
français, le peuple algérien accède à l’indépendance.

La France et l’Algérie n’ont pas fait que se mener une guerre violente, de 1954 à
1962. Pendant plus d’un siècle, selon le mot du ministre de l’intérieur en 1954, le
jeune François Mitterrand, «l’Algérie, c’est la France» - avec ce que cela implique
de traces et de mémoire partagée. Quelques soubresauts de notre vie politique se
sont d’ailleurs chargés de nous le rappeler. Le 16 janvier 2005, paraissait l’appel
d’un collectif militant baptisé «Les Indigènes de la République» dénonçant une
prétendue rémanence du fait colonial dans la France contemporaine; un mois plus
tard, l’évocation d’un «rôle positif» de la colonisation française de l’Afrique du
Nord, dans la loi du 23 février 2005, provoquait une polémique avant que l’article
portant mention de cette appréciation soit abrogé un an plus tard.

Cette ébauche de «débat colonial» a certes levé un coin de voile sur le siècle de
présence française en Algérie mais, de part et d’autre de la Méditerranée, le souvenir
de la guerre, de ses scandales ou de ses déchirures a persisté à maintenir dans
l’ombre la réalité de ce destin commun. Et pourtant, depuis une quinzaine d’années,
toute une génération de jeunes chercheurs français, mais aussi britanniques ou
américains, s’est emparée, sous l’impulsion des études postcoloniales, de cet espace
franco-algérien au point de pouvoir aujourd’hui prétendre déjouer les pièges du
manichéisme et du relativisme.

http://www.lemonde.fr/livres/article/2012/08/30/histoire-quand-l-algerie-etait-la-
france_1753077_3260.html

11.
1. Dans le contexte, ébauche équivaut à esquisse.

2. Depuis environ une quinzaine d’années, l’héritage de clivages postcoloniaux se


dissipe enfin.

3. Dans «toute une génération de jeunes chercheurs français, mais aussi britanniques
ou américains», toute une génération équivaut à toute la génération.

4. La phrase «La France et l’Algérie n’ont pas fait que se mener une guerre
violente» veut dire que La France et l’Algérie ne se sont pas seulement affrontées
dans une guerre violente.

Réponse: C E E C

1. VRAI - En tant que termes techniques de dessin et peinture, les mots ne sont pas
équivalents; cependant, dans le sens figuré, ils ont le même sens (en portugais:
esboço).

• Esquisse: Indications générales, aperçu sur une question, plan sommaire.

• Ébauche. Ce qui n’est que commencé, début d’un projet.

2. FAUX - Les évènements de 2005 prouvent le contraire: «Le 16 janvier 2005,


paraissait l’appel d’un collectif militant baptisé «Les Indigènes de la République»
dénonçant une prétendue rémanence du fait colonial dans la France contemporaine»;
«l’évocation d’un «rôle positif» de la colonisation française de l’Afrique du Nord,
dans la loi du 23 février 2005, provoquait une polémique».

3. FAUX - Toute la exprime la totalité. Tout(e) un(e) veut dire un groupe à


l’intérieur de la totalité.

4. VRAI - Dans la phrase «La France et l’Algérie n’ont pas fait que se mener une
guerre violente», ne...PAS...que est la négation de l’adverbe de restriction ne...que.

Le système monétaire international avant le premier conflit mondial


Avant 1914, le système monétaire international se caractérisait par sa très grande
stabilité: cela faisait un bon siècle qu’il avait très peu évolué, et l’on avait
complètement oublié qu’il pouvait connaître de graves perturbations, comme cela
avait été le cas pour la dernière fois à l’époque de la Révolution française. En
particulier l’inflation était très faible: en France, les prix n’augmentèrent que de 20 à
30% en un siècle. Le franc germinal, institué sous Napoléon Ier en 1803, dura
jusqu’en 1926. Tous les systèmes monétaires nationaux étaient alors fondés sur la
référence à un étalon métallique: c’est-à-dire que les monnaies étaient définies par
un poids en métal précieux, le plus souvent à la fois en or et en argent (c’est ce que
l’on appelait le bimétallisme; le Royaume-Uni, adepte isolé en Europe du
monométallisme, ne connaissait que l’étalon-or, et la Chine n’avait qu’un étalon-
argent).

La monnaie n’était donc pas un simple signe arbitraire comme aujourd’hui, elle
correspondait à un produit réel, un métal utilisé dans l’artisanat et dans l’industrie -
cela avait toujours été le cas, et on pensait que c’était indispensable à la confiance
des gens dans le système monétaire. Cette parité en métal précieux était très stable
aussi: en France, elle ne changea absolument pas en un siècle (un franc valait
0,32258 grammes d’or). Les pièces, qui étaient d’or ou d’argent sauf les plus petites,
représentaient près des trois quarts de la monnaie en circulation en 1914. La
monnaie fiduciaire (celle qui reposait sur la «confiance», fides en latin, c’est-à-dire
celle qui ne consistait pas en pièces d’or et d’argent), qui est aujourd’hui la seule, ne
jouait alors qu’un rôle effacé: les billets étaient rares (et représentaient des sommes
très élevées - en France le plus petit valait 50 F, soit dix jours du salaire d’un ouvrier
bien payé); on ne les aimait guère, notamment en France où l’on avait de fort
mauvais souvenirs des assignats révolutionnaires, cette monnaie de papier gagée sur
les biens nationaux, qui très vite avait perdu toute valeur parce que le gouvernement
en avait imprimé beaucoup trop. Les chèques (monnaie scripturale - elle vaut ce
qu’on écrit dessus -, inventée en Grande-Bretagne vers 1830, légale en France
depuis le second Empire) étaient encore peu utilisés, sauf dans les pays anglo-
saxons; seuls les plus riches y recouraient.

Jean-Pierre MINAUDIER. Problèmes monétaires au XXe siècle. 2000.

12. Jugez VRAI ou FAUX:

1. Dans cela avait toujours été le cas, le pronom démonstratif cela reprend elle[la
monnaie] correspondait à un produit réel, un métal utilisé dans l’artisanat et dans
l’industrie.

2. L’expression on ne les aimait guère pourrait être remplacée, sans faire de faute ni
changer le sens de la phrase, par on ne les aimait point.

3. Dans Les pièces, qui étaient d’or ou d’argent sauf les plus petites, le mot sauf a le
sens de hormis.
4. Dans cela faisait un bon siècle qu’il avait très peu évolué, l’adjectif bo• est
employé pour désigner la stabilité économique de la période em question.

Réponse: C E C E

1. VRAI - Dans cela avait toujours été le cas, le pronom démonstratif cela reprend
elle[la monnaie] correspondait à un produit réel, un métal utilisé dans l’artisanat et
dans l’industrie.

2. FAUX - Les deux locutions adverbiales n’ont pas le même sens:

NE… GUÈRE/NE PLUS… GUÈRE indique une quantité minime ou une fréquence
faible; peu, pas très, pas beaucoup, pas souvent

≠NE...POINT est l’équivalent de pas dans le registre littéraire

3. VRAI - le mot sauf a le sens de hormis.

SAUF: Marque l’exception; hormis, excepté.

4. FAUX - Dans cela faisait un bon siècle qu’il avait très peu évolué, l’adjectif bon
est employé pour désigner un siècle entier.

BON, BONNE: chose envisagée du point de vue de sa plénitude, de son


accomplissement. Un bon morceau, une bonne part.

Irruption de l’humain au coeur de l’inhumain

Lentement l’automne arriva.

C’est alors que se produisit une chose totalement inattendue, que nous n’aurions
jamais crue possible. Par une nuit de tempête, une pluie violente s’abattit sur les
tranchées. Trempées et transies, les sentinelles, en plein vent, tentaient vainement de
rallumer leurs pipes éteintes. L’eau ruisselait en gargouillant le long des parois des
tranchées, jusqu’au fond de la semelle, l’un après l’autre les remparts de sac de
sable, les traverses s’écroulaient comme des masses en une bouillie visqueuse.
Couverts de boue, comme des bandes de rats chassés de leurs trous, les occupants
s’extirpaient des abris où l’eau ne cessait de monter. Lorsque le matin se mit à
poindre, lent et triste sous des voiles de pluie, nous découvrîmes qu’un véritable
déluge s’était déversé sur nous. Pétrifiés et muets, nous nous blottissions sur les
derniers ressauts qui commençaient eux-mêmes à s’effriter. Depuis longtemps le
dernier juron s’était tu, très mauvais signe. Que faire? Nous étions perdus. Les fusils
encroûtés de boue. Impossible de rester sur place, et se montrer au-dessus du sol
était la mort certaine. Nous le savions d’expérience mille fois répétée.
Tout à coup, un appel nous parvint de l’autre bord. Au-delà des barbelés surgirent
des silhouettes en longues capotes jaunes, se détachant à peine sur le fond du désert
glaiseux. Des Anglais, qui ne pouvaient pas plus que nous se maintenir dans leurs
tranchées. Ce fut comme une délivrance, car nous étions à bout de forces. Nous
marchâmes à leur rencontre.

Ce furent alors d’étranges sentiments qui s’éveillèrent en nous, si forts que la


contrée s’évanouit à nos yeux en fumée, comme un rêve se dissipe. Il y avait si
longtemps que nous nous terrions dans le sol qu’il nous semblait à peine croyable
que l’on pût se mouvoir de jour en terrain découvert, que l’on pût se parler en
langage des hommes et non par la bouche des mitrailleuses. Et voilà qu’une
suprême et commune détresse démontrait la simplicité de cet événement tout
naturel: se rencontrer en terrain découvert et se serrer la main. Nous étions debout
parmi les cadavres qui jonchaient le no man’s land, étonnés de voir surgir de tous les
coins du lacis de tranchées des foules toujours nouvelles. Nous n’avions pas la
moindre notion des masses d’hommes qu’on avait tenues cachées dans ce terrain si
vide et si mort.

Bientôt des groupes nombreux entrèrent en conversation animée, on échangeait des


boutons d’uniformes, de l’eau de vie et du whisky, c’était du Fritz par-ci et Tommy
par là. Le grand cimetière s’était mué en foirail, et dans cette détente inattendue,
après des mois et des mois de combats acharnés, une vague idée se faisait jour en
nous du bonheur et de la pureté qui se cachent dans le mot «paix». Il ne semblait pas
impensable qu’un jour les meilleurs éléments des peuples sortent des tranchées sous
le coup d’une impulsion subite, d’une évidence morale, pour se tendre les mains et
s’entendre une bonne fois, comme des enfants qui se sont longtemps querellés. Au
même moment, le soleil émergea des pluies qui le voilaient, et chacun fut à même
de ressentir à quelque degré le sentiment béatifique, la joie étrange que l’esprit
échappé à la tension du vouloir, au fardeau d’une mission, trouve à s’abandonner à
la jouissance de la vie.

Mais cette joie fut de courte durée, brisée nette par l’entrée en jeu brutale d’une
mitrailleuse en batterie sur une colline proche.

Ernest Jünger, Le combat comme expérience intérieure, 1926.

13.
1. Dans «Nous marchâmes à leur rencontre», le verbe marcher est au passé simple,
qui indique l’antériorité.

2. Le mot foirail évoque surtout l’ambiance bon enfant entre les adversaires, mais
aussi les échanges («on échangeait des boutons d’uniformes, de l’eau de vie et du
whisky») dont il est question dans le texte.
3. Dans «Pétrifiés et muets, nous nous blottissions sur les derniers ressauts qui
commençaient eux-mêmes à s’effriter», blottir veut dire se presser avec tendresse
les uns contre les autres.

4. L’expression «brisée nette» équivaut à coupée court.

Réponse: E C E C

1. FAUX - Marcher est bien au passé simple, mais ce temps simple de l’indicatif
n’indique pas l’antériorité; bien au contraire, il s’emploie pour décrire les
évènements passés dans l’ordre chronologique.

2. VRAI - Le mot foirail vient de foire, qui veut dire:

• Manifestation commerciale périodique (en portugais, feira).

• Fête foraine ayant une périodicité régulière: (en portugais, parque de diversões).

• Familier. Endroit où tout est en désordre, où l’on fait du bruit (en portugais,
bagunça).

Les trois définitions s’appliquent, de façon complémentaire, à la scène décrite par le


texte.

3. FAUX - La question reprend les termes de la définition du verbe blottir dans le


dictionnaire Larousse.

Cependant, ce verbe n’a pas ce sens dans le contexte. Le verbe dans l’extrait est se
blottir, qui veut dire se replier, être replié sur soi-même de manière à occuper le
moins de place possible.

4. VRAI - Les expressions «brisée nette» et coupée court veulent dire brusquement
interrompue.

Pourtant je n’ai pas rêvé. Je me surprends quelquefois à dire cette phrase dans la
rue, comme si j’entendais la voix d’un autre. Une voix blanche. Des noms me
reviennent à l’esprit, certains visages, certains détails. Plus personne avec qui en
parler. Il doit bien se trouver deux ou trois témoins encore vivants. Mais ils ont sans
doute tout oublié. Et puis, on finit par se demander s’il y a eu vraiment des témoins.

Non, je n’ai pas rêvé. La preuve, c’est qu’il me reste un carnet noir rempli de notes.
Dans ce brouillard, j’ai besoin de mots précis et je consulte le dictionnaire. Note:
Courte indication que l’on écrit pour se rappeler quelque chose. Sur les pages du
carnet se succèdent des noms, des numéros de téléphone, des dates de rendez-vous,
et aussi des textes courts qui ont peut-être quelque chose à voir avec la littérature.
Mais dans quelle catégorie les classer? journal intime? Fragments de mémoire? Et
aussi des centaines de petites annonces recopiées et qui figuraient dans des
journaux. Chiens perdus. Appartements meublés. Demandes et offres d’emploi.
Voyantes.

Parmi ces quantités de notes, certaines ont une résonance plus forte que les autres.
Surtout quand rien ne trouble le silence. Plus aucune sonnerie de téléphone depuis
longtemps. Et personne ne frappera à la porte. Ils doivent croire que je suis mort.
Vous êtes seul, attentif, comme si vous vouliez capter des signaux de morse que
vous lance, de très loin, un correspondant inconnu. Bien sûr, de nombreux signaux
sont brouillés, et vous avez beau tendre l’oreille ils se perdent pour toujours. Mais
quelques noms se détachent avec netteté dans le silence et sur la page blanche...

Dannie, Paul Chastagnier, Aghamouri, Duwelz, Gérard Marciano, «Georges»,


l’Unic Hôtel, rue du Montparnasse... Si je me souviens bien, j’étais toujours sur le
quivive dans ce quartier. L’autre jour, je l’ai traversé par hasard. J’ai éprouvé une
drôle de sensation. Non pas que le temps avait passé mais qu’un autre moi-même,
un jumeau, était là dans les parages, sans avoir vieilli, et continuait à vivre dans les
moindres détails, et jusqu’à la fin des temps, ce que j’avais vécu ici pendant une
période très courte.

À quoi tenait le malaise que j’avais ressenti autrefois? Était-ce à cause de ces
quelques rues à l’ombre d’une gare et d’un cimetière? Elles me paraissaient
brusquement anodines. Leurs façades avaient changé de couleur. Beaucoup plus
claires. Rien de particulier. Une zone neutre. Était-il vraiment possible qu’un double
que j’avais laissé là continue à répéter chacun de mes anciens gestes, à suivre mes
anciens itinéraires pour l’éternité? Non, il ne restait plus rien de nous par ici. Le
temps avait fait table rase. Le quartier était neuf, assaini, comme s’il avait été
reconstruit sur l’emplacement d’un îlot insalubre. Et si la plupart des immeubles
étaient les mêmes, ils vous donnaient l’impression de vous trouver en présence d’un
chien empaillé, un chien qui avait été le vôtre et que vous aviez aimé de son vivant.

Patrick MODIANO. L’Herbe des nuits. 2012.

14.
1. Dans «j’étais toujours sur le quivive dans ce quartier», l’expression être sur le
quivive veut dire être de bonne humeur.

2. À la fin du deuxième paragraphe, le mot «Voyantes» a le sens de diseuses de


vérité.

3. Le texte comporte beaucoup d’espaces en blanc que la mémoire de l’auteur peine


à remplir.
4. Passé et présent coïncident dans l’espace partagé du quartier de la jeunesse de
l’auteur.

Réponse: E C C E

1. FAUX - Dans «j’étais toujours sur le quivive dans ce quartier», l’expression être
sur le quivive veut dire être alerte, faire attention à tout ce qui se passe autour de soi.

2. VRAI - Le mot «Voyantes» veut dire celles qui voient, dans le sens de diseuses de
vérité (en portugais, videntes).

3. VRAI - Le texte comporte beaucoup de mentions à ces «espaces en blanc»: «Des


noms me reviennent à l’esprit, certains visages, certains détails.»; «Fragments de
mémoire?»; «Dans ce brouillard, j’ai besoin de mots précis»; «Bien sûr, de
nombreux signaux sont brouillés, et vous avez beau tendre l’oreille ils se perdent
pour toujours».

4. FAUX - Le passé a été effacé dans l’espace du quartier de la jeunesse de l’auteur:


«Non, il ne restait plus rien de nous par ici. Le temps avait fait table rase».

Franklin à la cour de France (1776-1780)

En 1775, le congrès de Philadelphie envoie trois délégués pour solliciter l’appui de


la France. Parmi eux, Benjamin Franklin, qui remporte un succès sans précédent.

«Franklin avait paru à la Cour avec le costume d’un cultivateur américain; ses
cheveux plats sans poudre, son chapeau rond, son habit de drap brun contrastaient
avec les habits pailletés, brodés, les coiffures poudrées et embaumantes des
courtisans de Versailles. Cette nouveauté charma toutes les têtes vives des femmes
françaises. On donna des fêtes élégantes au docteur Franklin, qui réunissait la
renommée d’un des plus habiles physiciens aux vertus patriotiques qui lui avaient
fait embrasser le noble rôle d’apôtre de la liberté. J’ai assisté à l’une de ces fêtes, où
la plus belle parmi trois cents femmes fut désignée pour aller poser sur la blanche
chevelure du philosophe américain une couronne de laurier et deux baisers aux
joues de ce vieillard. Jusque dans le palais de Versailles, à l’exposition des
porcelaines de Sèvres, on vendait sous les yeux du roi, le médaillon de Franklin
ayant pour légende: Eripuit caelo fulmen, sceptrumque tyrannis.» [ «Il a ravi au ciel
la foudre - allusion à l’invention du paratonnerre - et le sceptre aux tyrans»]

Madame Campan, Mémoires sur la reine Marie-Antoinette, tome X. BARRIERE,


Paris, 1849 (extrait de Jacques Dupâquier et Marcel Lachiver, Les temps modernes.
Paris, Bordas, 1970)

15.
1. Dans la phrase «Il a ravi au ciel la foudre», ravir veut dire enchanter, beaucoup
plaire à quelqu’un.

2. Dans la phrase «Franklin avait paru à la Cour», le verbe paraître est conjugué au
plus-que-parfait de l’indicatif pour exprimer un fait accompli.

3. Dans «Cette nouveauté charma toutes les têtes vives des femmes françaises»,
charmer équivaut à ensorceler.

4. Dans «la plus belle parmi trois cents femmes», parmi pourrait être remplacé par
entre sans changer le sens de la phrase.

Réponse: E C E C

1. FAUX - Le verbe ravir a dans le texte un autre sens: dans le registre littéraire, il
veut dire soustraire, prendre à quelqu’un par surprise ou par ruse ce qui lui
appartient.

2. VRAI - En plus de la valeur d’antériorité, le plus-que-parfait a aussi la valeur d’


action achevée dans le passé, ou valeur d’accompli: dans «Il avait paru à la Cour»,
on ne précise pas quand il est arrivé ou quand il est parti de la Cour, seulement que
cette action s’est produite à un moment du passé.

3. FAUX - Le verbe charmer a dans le texte un autre sens: tenir quelqu’un sous le
charme, l’enchanter. Ex.: Sa conversation charmait les invités.

4. VRAI - Les mots parmi et entre sont synonymes dans le contexte.

PARMI: Un ensemble dont fait partie quelque chose ou quelqu’un; dans, au nombre
de.

=ENTRE: L’ensemble au sein duquel une possibilité de choix est offerte. Ex.: Il a
fallu choisir entre plusieurs candidats.

Conception de la nation exposée par l’historien français Fustel de Coulanges.

«Vous croyez avoir prouvé que l’Alsace est de nationalité allemande parce que sa
population est de race germanique et parce que son langage est l’allemand. Mais je
m’étonne qu’un historien comme vous affecte d’ignorer que ce n’est ni la race ni la
langue qui fait la nationalité.

Ce n’est pas la race: jetez en effet les yeux sur l’Europe et vous verrez bien que les
peuples ne sont presque jamais constitués d’après leur origine primitive. Les
convenances géographiques, les intérêts politiques ou commerciaux sont ce qui a
groupé les populations et fondé les États. Chaque nation s’est ainsi peu à peu
formée, chaque patrie s’est dessinée sans qu’on se soit préoccupé de ces raisons
ethnographiques que vous voudriez mettre à la mode. Si les nations correspondaient
aux races, la Belgique serait à la France, le Portugal à l’Espagne, la Hollande à la
Prusse; en revanche, l’Écosse se détacherait de l’Angleterre, à laquelle elle est si
étroitement liée depuis un siècle et demi, la Russie et l’Autriche se diviseraient
chacune en trois ou quatre tronçons. (...)

La langue n’est pas non plus le signe caractéristique de la nationalité. On parle cinq
langues en France, et pourtant personne ne s’avise de douter de notre unité
nationale. On parle trois langues en Suisse: la Suisse en est-elle moins une seule
nation, et direz-vous qu’elle manque de patriotisme? (...) Vous vous targuez de ce
qu’on parle allemand à Strasbourg; en est-il moins vrai que c’est à Strasbourg que
l’on a chanté pour la première fois la Marseillaise?

Ce qui distingue les nations, ce n’est ni la race, ni la langue. Les hommes sentent
dans leur coeur qu’ils sont un même peuple lorsqu’ils ont une communauté d’idées,
d’intérêts, d’affections, de souvenirs et d’espérances. Voilà ce qui fait la patrie. Voilà
pourquoi les hommes veulent marcher ensemble, travailler ensemble, combattre
ensemble, vivre et mourir les uns pour les autres. La patrie, c’est ce qu’on aime. Il
se peut que l’Alsace soit allemande par la race et par le langage; mais par la
nationalité et le sentiment de la patrie elle est française. Et savez-vous ce qui l’a
rendue française? Ce n’est pas Louis XIV, c’est notre révolution de 1789. Depuis ce
moment, l’Alsace a suivi toutes nos destinées; elle a vécu notre vie. Tout ce que
nous pensions, elle le pensait; tout ce que nous sentions, elle le sentait. Elle a
partagé nos victoires et nos revers, notre gloire et nos fautes, toutes nos joies et nos
douleurs. Elle n’a rien eu de commun avec vous. La patrie, pour elle, c’est la
France. L’étranger, pour elle, c’est l’Allemagne.»

Fustel de Coulanges, L’Alsace est-elle allemande ou française? Réponse à T.


Mommsen, professeur à Berlin, Paris, 27 octobre 1870.

16.
1. Dans «Vous vous targuez de ce qu’on parle allemand à Strasbourg», se targuer de
équivaut à se vanter, s’ennorgueillir, pavoiser.

2. Dans «Mais je m’étonne qu’un historien comme vous affecte d’ignorer que ce
n’est ni la race ni la langue qui fait la nationalité», le subjonctif présent exprime la
surprise.

3. Dans «la Belgique serait à la France», le verbe être peut être remplacé par revenir
sans fausser les idées du texte.

4. Dans «chaque patrie s’est dessinée sans qu’on se soit préoccupé de ces raisons
ethnographiques que vous voudriez mettre à la mode», voudriez est le verbe vouloir
conjugué à l’imparfait du subjonctif à la deuxième personne du pluriel.

Réponse: C E C E

1. VRAI - Le verbe pavoiser veut dire, dans le registre familier, manifester avec
fierté, ostentation une grande joie.

2. FAUX - Le subjonctif exprime les sentiments du locuteur, dans ce cas plutôt


l’indignation et le jugement que la surprise, car l’auteur utilise le verbe affecter, qui
veut dire montrer avec ostentation une manière d’agir, d’être ou de penser qui n’est
pas naturelle; feindre des sentiments.

3. VRAI - Le verbe revenir veut dire être destiné à quelqu’un, lui appartenir, lui
échoir légitimement.

• La Belgique reviendrait à la France = la France aurait droit à la Belgique.

4. FAUX - Vous voudriez est à la deuxième personne du pluriel au conditionnel


présent; la forme que vous voulussiez, à l’imparfait du subjonctif, est extrêmement
rare.

Audience de Charles Blé Goudé devant la CPI: nouveau coup d’éclat de la justice
pénale internationale?

Avancée dès 1872 par le Suisse Gustave Moynier et concrétisée en 1945 par la
création du Tribunal de Nuremberg pour juger des horreurs commises par les
puissances de «l’Axe du mal», l’idée d’une justice internationale a été consacrée
définitivement, en 1998 par la création de la Cour pénale internationale.

Après une première condamnation à l’encontre de l’ancien chef de milice congolais


Thomas Lubanga, pour crime de guerre en République démocratique du Congo et
plusieurs enquêtes, l’institution s’est récemment penchée sur le cas de Charles Blé
Goudé, bras-droit de l’ancien président Laurent Gbagbo, accusé d’avoir
commandité des meurtres, viols et actes de torture dans le cadre des violences qui
ont secoué le pays entre décembre 2010 et avril 2011.

Arrêté en janvier 2013 au Ghana, l’ancien chef des «Jeunes patriotes» aurait
encouragé cette milice à commettre des exactions dans le pays. A la suite de cette
audience qui s’est terminée vendredi 3 octobre, les juges ont 2 mois pour décider de
l’ouverture ou non d’un procès. Dans le cas d’une réponse positive, M. Blé Goudé
rejoindra Laurent Gbagbo sur le banc des accusés, dont la date de l’instance n’est
pas encore fixée.

Cependant, la tenue éventuelle d’un tel procès viendra étayer la thèse de détracteurs
de cette institution. En effet, si son action est largement considérée comme une
avancée considérable en matière de droits de l’Homme, des critiques s’élèvent
depuis sa création pour en soulever le manque d’indépendance. A l’heure actuelle,
plus de 70 Etats n’ont pas ratifié son statut, à l’instar de la Chine, des Etats-Unis, ou
encore d’Israël, ce qui en ferait, selon le professeur Julian Fernandez, une institution
«prisonnière de son absence de légitimité universelle».

Par ailleurs, son originalité réside dans la mise en œuvre de sanctions individuelles,
qui auraient, selon son président, M. San Hyun Song, une force dissuasive. Selon
lui,«l’important de la mission n’est pas de punir mais de prévenir». Or, la
multiplication des conflits internes et la situation internationale actuelle ne semblent
pas permettre de confirmer une diminution sensible des violations commises par des
dirigeants politiques. Mais la critique la plus clivante réside dans les zones
géographiques visées par les poursuites. Depuis sa création, son action n’a concerné
que des dirigeants africains, dont ceux du Kenya, du Soudan, de la République
centrafricaine, ou encore de l’Ouganda.

L’éventuelle condamnation de M. Gbagbo et M. Blé Goudé, si elle s’avérait légitime


au regard du droit international, risquerait ainsi d’attiser les critiques de certains
pays en voie de développement, qui accusent déjà la Cour de pratiquer un certain
impérialisme en la matière.

Par Marjorie GUIBERT, le 4 octobre 2014

http://les-yeux-du-monde.fr/actualite/afrique-moyen-orient/19721-audience-de-
charles-ble-goude

17.
1. Dans le paragraphe 1, «avancer une idée» équivaut à faire avancer une idée.

2. Dans le paragraphe 4, «étayer» veut dire servir comme preuve à.

3. Dans «son action n’a concerné que des dirigeants africains», concerner veut dire
soucier, inquiéter.

4. Dans «Après une première condamnation à l’encontre de l’ancien chef de milice


congolais Thomas Lubanga», à l’encontre de équivaut à à la rencontre de.

Réponse: C C E E

1. VRAI - Avancer veut dire proposer, dans le contexte.

2. VRAI - Étayer veut dire soutenir quelque chose par des arguments, des preuves.

3. FAUX - Dans le contexte, concerner veut dire avoir un rapport direct avec
quelqu’un ou quelque chose, les toucher directement; regarder, intéresser: Ceci vous
concerne.

4. FAUX - Aller, venir à la rencontre de quelqu’un veut dire se diriger vers


quelqu’un qui vient en sens inverse pour le rejoindre.

≠ À l’encontre de veut dire en s’opposant à quelque chose, en y faisant obstacle.

Comparer les civilisations

L’Occident, bien que ce soit souvent pour des raisons d’expansion économique, a
été curieux des autres civilisations. Il les a, trop de fois, liquidées avec mépris. (...) A
partir de la seconde moitié du XIXe siècle, l’anthropologie culturelle s’est
développée comme une tentative de guérir l’Occident du remords de ses
comparaisons avec les Autres, et particulièrement ces Autres qui étaient définis
comme sauvages, sociétés sans histoire, peuples primitifs.

La vraie leçon que l’on doit tirer de l’anthropologie culturelle est que, pour dire si
une culture est supérieure à une autre, il faut fixer des paramètres.(...) Une culture
peut être décrite d’une manière relativement objective: ces individus se comportent
ainsi, il croient aux esprits ou en une divinité unique qui est répandue dans toute la
nature, ils s’unissent en clans parentaux selon telle et telle règle, ils considèrent que
c’est beau d’avoir le nez percé (ce qui pourrait être une description de la culture de
la jeunesse occidentale) (...). Les paramètres du jugement sont autre chose, ils
dépendent de nos racines, de nos préférences, de nos usages, d’un système de
valeurs qui nous appartient. Un exemple: considérons-nous que porter la durée
moyenne de la vie de quarante ans à quatre-vingts ans soit une valeur?
Personnellement, je le crois (...): s’il en est ainsi, la médecine et la science
occidentales sont certainement supérieures à beaucoup d’autres pratiques et savoirs
médicaux. (...) Et l’on voit donc bien que, pour déterminer qu’une culture est
meilleure que l’autre, il ne suffit pas de la décrire (comme le fait l’anthropologue),
mais qu’il convient de recourir à un système de valeurs auquel nous considérons ne
pouvoir renoncer. C’est seulement dans ces conditions que nous pouvons dire que
notre culture, pour nous, est meilleure. (...)

L’Occident a consacré de l’argent et de l’énergie à étudier les us et coutumes des


Autres, mais personne n’a réellement permis aux Autres d’étudier les us et coutumes
de l’Occident, si ce n’est dans les écoles tenues outre-mer par les Blancs (...).
Imaginez que des fondamentalistes musulmans soient invités à mener des études sur
le fondamentalisme chrétien (en ne s’occupant pas pour cette fois des catholiques,
mais des protestants américains, plus fanatiques qu’un ayatollah, qui cherchent à
expurger l’école de toute référence à Darwin). (...) Ils étudieront notre concept de
guerre sainte (...), et ils verront peut-être d’un oeil plus critique l’idée de guerre
sainte telle qu’elle existe chez eux.
Les choses changent. Il est inutile de rappeler que les Arabes d’Espagne étaient très
tolérants à l’égard des chrétiens et des juifs, à l’époque où, chez nous, on assaillait
les ghettos. Ou que Saladin, quand il a reconquis Jérusalem, a été plus
miséricordieux que ne l’avaient été les chrétiens envers les Sarrasins quand ils
avaient conquis Jérusalem. Toutes choses exactes mais, aujourd’hui, il y a dans le
monde islamique des régimes fondamentalistes et théocratiques qui ne tolèrent pas
les chrétiens, et Ben Laden n’a pas été miséricordieux avec New York. (...) A
l’inverse, les Français ont fait le massacre de la Saint-Barthélemy mais, aujourd’hui,
cela n’autorise personne a dire qu’ils sont des barbares.

Ne sollicitons pas l’histoire, car c’est une arme à double tranchant. (...) Les pirates
sarrasins n’y allaient pas avec le dos de la cuiller, mais les corsaires de Sa Majesté
britannique, forts de leurs lettres de marque, mettaient à feu et à sang les colonies
espagnoles dans les Caraïbes. Ben Laden et Saddam Hussein sont des ennemis
féroces de la civilisation occidentale, mais à l’intérieur de la civilisation occidentale
nous avons eu des messieurs qui s’appelaient Hitler ou Staline (...).

Umberto ECO, «À propos de la «supériorité» occidentale», in Le Monde, 10


octobre 2001.

18.
1. Dans le contexte du dernier paragraphe, l’expression ne pas y aller avec le dos de
la cuiller pourrait être remplacée sans commettre de faute ni changer le sens de la
phrase par ne pas y aller de main morte.

2. L’expression Toutes choses exactes mais signale que l’auteur a l’intention


d’adoucir une opinion polémique.

3. Bien qu’ils aient perpétré des massacres, l’auteur fait preuve de respect à l’égard
de Hitler et de Staline en les traitant de messieurs.

4. L’expression arme à double tranchant fait référence à l’objetivité ainsi qu’à


l’impartialité de l’analyse historique.

Réponse: C E E E
1. VRAI - Oui, mais attention: l’expression ne pas y aller avec le dos de la cuiller
exprime l’intensité plutôt que la dureté. Dans le contexte, parce qu’ il est question de
violence, les deux expressions produisent le même effet.

• Ne pas y aller avec le dos de la cuiller (ou cuillère). Familier.

parler, agir sans ménagement; y aller fort, exagérer, faire les choses carrément.

• Ne pas y aller de main morte, frapper rudement; agir ou parler avec dureté.

2. FAUX - Au contraire, l’expression Toutes choses exactes mais signale que


l’auteur reconnaît que son opinion est polémique, mais qu’il la soutient tout de
même.

3. FAUX - Au contraire, il s’agit d’une raillerie, un sarcasme.

4. FAUX - L’expression à double tranchant fait référence aux aspects positifs et


négatifs de l’analyse historique.

• L’expression à double tranchant veut dire qui peut avoir deux effets opposés.

La torture comme méthode d’investigation

Depuis sa création en 1947, au plus fort de la guerre froide entre États-Unis et


Union soviétique, la CIA joue un rôle important dans les relations internationales.

Ses réussites autant que ses échecs la placent régulièrement sous les feux de la
rampe, tout comme ses méthodes controversées.

La création de la CIA intervient en 1947, dans le contexte de l’après Seconde


Guerre mondiale: la menace communiste fait qu’il est dorénavant impossible pour
les États-Unis de revenir à leur politique traditionnelle d’isolationnisme.

La Central Intelligence Agency (CIA, «Agence Centrale du Renseignement» en


français) prend la suite de l’Office of Strategic Services, créé pendant la guerre.

Le 9 décembre 2014, le Sénat américain publie un rapport sur «le programme de


détention et d’interrogation» qui détaille les tortures pratiquées par la CIA dans sa
traque des terroristes depuis le 11 septembre.

La description des sévices infligés fait froid dans le dos. On apprend d’ailleurs que
même les agents de la CIA étaient à bout et qu’il fallait les contraindre à continuer...

La dissimulation d’informations aux autorités américaines est également exposée


dans toute son ampleur. Et pour quels résultats? Des informations qui ne sont le plus
souvent pas intéressantes, voire sont des fausses pistes, tant les victimes de torture
sont incitées à inventer n’importe quoi pour satisfaire leurs bourreaux.

Si le contenu du rapport suscite l’horreur et l’indignation, le fait même qu’il soit


publié (dans une version abrégée, le document total comprenant plus de 6 000
pages) mérite d’être souligné: les États-Unis ont en effet une culture de la
transparence et de la publication des documents administratifs bien plus poussée
que, par exemple, la France.

http://www.herodote.net/1947_2014-synthese-1981.php

19.
1. La phrase «Si le contenu du rapport suscite l’horreur et l’indignation, le fait
même qu’il soit publié (dans une version abrégée, le document total comprenant
plus de 6 000 pages) mérite d’être souligné» pourrait être correctement réecrite, sans
changer le sens de la phrase, comme suit: «Si d’une part le contenu du rapport
suscite l’horreur et l’indignation, d’autre part, le fait même qu’il soit publié (dans
une version abrégée, le document total comprenant plus de 6 000 pages) mérite
d’être souligné».

2. Dans le texte, l’expression «faire froid dans le dos» veut dire le contraire de
donner la chair de poule.

3. Dans «les tortures pratiquées par la CIA dans sa traque des terroristes depuis le 11
septembre», traque veut dire poursuite, chasse.

4. Dans le texte, l’expression «les feux de la rampe» équivaut à à plein feu.

Réponse: C E C E

1. VRAI - Dans l’extrait, «Si» dans la phrase subordonnée exprime l’alternative et


peut donc être remplacé par «Si d’une part... d’autre part...».

2. FAUX - Dans le texte, l’expression «faire froid dans le dos» a le même sens de
donner la chair de poule.

• Avoir, donner la chair de poule, avoir, faire avoir la peau hérissée sous l’effet du
froid, de la peur; avoir, faire peur.

• Faire, donner froid dans le dos, causer une grande frayeur.

3. VRAI - Le verbe traquer veut dire pourchasser, poursuivre quelqu’un qui est en
fuite pour l’arrêter.
4. FAUX Les expressions «les feux de la rampe» et à plein feu ne sont pas
équivalentes, selon les définitions du dictionnaire Larousse.

• À plein feu, de toute la violence d’une arme à feu, en tirant le plus grand nombre
de coups possible.

• Les feux de la rampe: appareils qui éclairent la scène d’un théâtre.

Ce terme technique du théâtre est souvent employé au sens figuré: «être sous les
feux de la rampe», signifie être au premier plan, être connu du grand public pendant
un temps.

La traversée de la Méditerranée: un exercice périlleux

La Méditerranée détient le triste record du nombre de migrants morts. 3 400


migrants auraient perdu la vie en un an. C’est un rapport de l’agence des Nations
Unies qui a mis en exergue ce phénomène qui fait de la traversée vers l’Europe
Occidentale, une entreprise très dangereuse. Depuis janvier 2014 plus de 200 000
migrants ont tenté cette traversée dorénavant auréolée du titre «la plus dangereuse
du monde». Cette année, ce sont presque trois fois plus de personnes qui ont fui
l’Afrique qu’en 2011, l’année du Printemps arabe, époque à laquelle on aurait pu
croire que la fuite vers des pays occidentalisés aurait été forte.

Mais aujourd’hui de nombreux conflits se sont installés sur le pourtour


méditerranéen expliquant cette recrudescence de traversées de la part de migrants
qui tentent de rejoindre des terres plus accueillantes.

Les populations qui fuient le plus sont la population syrienne qui représente presque
30% des migrants et les Erythréens plus de 17%.

La guerre civile qui s’éternise en Syrie et la forte répression qui sévit en Erythrée
ont provoqué ce phénomène de masse. Les somaliens et les soudanais sont
également concernés par ces migrations de masse.

Malgré cet «exode», la fin de l’opération «Mare Nostrum» a été annoncée par l’Etat
italien.

Cette opération a pourtant permis de sauver des plusieurs dizaines de migrants qui
ont tenté la traversée de la Méditerranée. L’Italie a suspendu cette opération qui
avait été mise en place après le drame de Lampedusa, en Octobre 2013.

Près de 80% des arrivées de migrants se font pourtant en Italie et à Malte depuis les
côtes libyennes.

Le Haut Commissariat des Nations unies pour les réfugiés (UNHCR ou HCR dans
l’espace francophone), basé à Genève, a émis des recommandations mettant en
avant le respect du droit à l’asile. La HCR a en effet pointé du doigt la politique
migratoire des Etats de l’Europe Occidentale qui se concentrent sur le maintien du
flux d’étrangers en provenance d’Afrique du Nord.

Un texte de loi est actuellement à l’étude à l’Assemblée nationale: ce texte a pour


objectif d’améliorer ce droit à l’asile.

La Méditerranée est donc devenue la route la plus dangereuse pour ceux qui fuient
la guerre. L’ONU précise que le Golf du Bengale dans le sud-Est asiatique et la mer
des Caraïbes sont aussi des passages dangereux même s’ils sont moins exposés que
la Méditerranée.

La Méditerrannée reste donc un passage obligé pour les migrants qui souhaitent
souvent rejoindre Lampedusa, souvent encore considérée comme la porte de
l’Europe. Ni Mare Nostrum que l’Italie a décidé d’arrêter, ni l’agence Frontex créé
par les pays européens n’ont réussi à endiguer ce flux.

Par Raphaël DELLAVALLE, le 16 décembre 2014

http://les-yeux-du-monde.fr/actualite/afrique-moyen-orient/20953-la-mediterranee-
une-traversee

20.
1. L’expression «mettre en exergue» veut dire, dans le texte, intensifier les mesures
prises.

2. Le verbe endiguer équivaut à enrayer, mais pas à brider.

3. Dans «3400 migrants auraient perdu la vie en un an», la forme verbale «auraient»
exprime la condition.

4. Le Haut Commissariat des Nations unies pour les réfugiés a fait ressortir le biais
discriminatoire de la politique migratoire des Etats de l’Europe Occidentale.

Réponse: E E E C

1. FAUX - L’expression «mettre en exergue» veut dire, dans le texte, mettre en


évidence, accorder une importance particulière à quelque chose afin d’en faciliter
l’explication.

2. FAUX - Le verbe endiguer veut dire contenir un cours d’eau par des digues (en
portugais, diques). Synonymes: brider, enrayer, étouffer, stopper, bloquer...
3. FAUX - Non; dans cet exemple, la forme verbale «auraient», au conditionnel,
exprime soit la prudence journalistique, soit le doute et veut dire que ce chiffre n’est
pas confirmé.

4. VRAI - Le Haut Commissariat des Nations unies pour les réfugiés (UNHCR ou
HCR dans l’espace francophone), basé à Genève, a émis des recommandations
mettant en avant le respect du droit à l’asile. La HCR a en effet pointé du doigt la
politique migratoire des Etats de l’Europe Occidentale qui se concentrent sur le
maintien du flux d’étrangers en provenance d’Afrique du Nord.

Les «fonds vautours» et les effets planétaires d’une décision de justice américaine

Doit-on autoriser une poignée de spéculateurs à prendre en otage quarante millions


d’Argentins? A cette question la justice américaine vient de répondre «oui», semant
le trouble jusque dans les rangs des investisseurs. En fragilisant les mécanismes qui
permettent aux Etats d’alléger le fardeau de la dette, cette prise de position menace
de déséquilibrer l’ensemble du système financier. Le combat qui oppose l’Argentine
aux «fonds vautours», ces sociétés spécialisées dans la spéculation sur les créances
douteuses, rappelle certaines séries télévisées américaines. Il en réunit tous les
ingrédients: mystère, intrigues politiques, coups de théâtre et «méchants»
parfaitement détestables. Parmi eux, une multitude d’anciens hauts fonctionnaires
ayant enfilé leurs pantoufles de lobbyistes, qui, explique le journaliste Mark
Leibovich, «s’agrippent à Washington comme des moules à leur rocher».

Le dernier épisode débute le 21 novembre 2012 dans un tribunal fédéral du district


de New York, lorsque le juge Thomas Griesa ordonne à l’Argentine de verser la
somme de 1,33 milliard de dollars (plus de 1 milliard d’euros) à divers fonds
spéculatifs dont NML Capital, piloté par M. Paul Singer. Les implications de cette
décision dépassent rapidement le cadre d’une joute entre un Etat et les marchés
financiers. L’intrigue se noue désormais autour du rapport de forces mondial entre
pays endettés et créanciers. Elle illustre par ailleurs la division des responsables de
la politique étrangère américaine sur une question douloureuse: quelle réaction
adopter face à l’émergence de gouvernements sud-américains revendiquant leur
indépendance géopolitique?

Comme bien souvent, comprendre les derniers rebondissements requiert d’avoir


suivi les «saisons» précédentes. Tout commence en 2001. A l’issue de plus de trois
ans de récession, Buenos Aires s’avère incapable de rembourser une dette d’environ
100 milliards de dollars. Le pays se déclare en défaut de paiement et, après de
longues négociations, propose à ses créanciers d’échanger leurs obligations contre
de nouveaux titres «restructurés», d’une valeur inférieure de 70% à celle des titres
originaux. Au total, 76% d’entre eux auront accepté à la date de 2005; 93% en 2010.
Ils n’auront plus à se plaindre de Buenos Aires, qui s’avère bon payeur. Jusqu’au 30
juillet dernier.
par Mark Weisbrot, octobre 2014. En Argentine, les fonds vautours tenus en échec.

http://www.monde-diplomatique.fr/2014/10/WEISBROT/50852

21.
1. L’auteur compare l’évolution du cas de la dette argentine à un feuilleton à
plusieurs reprises dans le texte.

2. L’auteur emploie du langage figuré pour exprimer l’acharnement de certains


acteurs impliqués dans l’affaire.

3. Dans «En fragilisant les mécanismes qui permettent aux Etats d’alléger le fardeau
de la dette», alléger veut dire grever.

4. Dans l’expression «titres originaux», le mot originaux pourrait être remplacé par
originels.

Réponse: C C E E

1. VRAI - L’auteur compare l’évolution du cas de la dette argentine à un feuilleton


dans les passages «rappelle certaines séries télévisées américaines. Il en réunit tous
les ingrédients: mystère, intrigues politiques, coups de théâtre et «méchants»
parfaitement détestables; comprendre les derniers rebondissements requiert d’avoir
suivi les «saisons» précédentes».

2. VRAI - L’auteur emploie du langage figuré pour exprimer l’acharnement de


certains acteurs dans le passage «une multitude d’anciens hauts fonctionnaires ayant
enfilé leurs pantoufles de lobbyistes, qui, explique le journaliste Mark Leibovich,
«s’agrippent à Washington comme des moules à leur rocher»».

3. FAUX - Dans «En fragilisant les mécanismes qui permettent aux Etats d’alléger
le fardeau de la dette», alléger veut dire le contraire grever.

GREVER: Soumettre quelqu’un, un groupe, un pays à des charges excessives:


Grever un pays de lourds impôts. En parlant d’une charge financière, peser
lourdement sur quelque chose: Mesures qui grèvent lourdement l’économie du pays.

≠ALLÉGER: Diminuer la charge, la quantité de quelque chose: Alléger les impôts


de 10%.

4. FAUX - Le mot originaux ne peut pas être remplacé par originels.

Original = qui émane directement de la source, de l’origine; qui semble se produire


ou qui se produit pour la première fois. Le certificat sera établi d’après l’acte
original; une édition originale; une idée tout à fait originale. Original s’emploie
aussi comme nom: établir un certificat d’après l’original (= d’après la pièce
originale).

≠Originel = qui remonte à l’origine, qui date de l’origine. Sens originel d’un mot.
Innocence originelle.

Nouvelle Commission européenne: le style Juncker fait son effet

«La nouvelle Commission européenne a cette fois le pied à l’étrier», annonce


Euronews, qui ajoute qu’elle «promet de mettre les bouchées doubles sur la
croissance et l’emploi». Pour Le Monde, la Commission «n’a pas de temps à perdre.
Les sujets brûlants s’accumulent. Ils sont surtout d’ordre économique». Le site
énumère les défis auxquels elle doit se confronter: la sortie de la Grèce du plan
d’aide, la contribution britannique et la publication des avis sur les budgets des pays
membres. Le problème de la rallonge britannique au budget de l’UE est encore
brûlant, «en octobre, le Premier ministre David Cameron avait refusé une demande
de l’UE de payer au 1er décembre une somme supplémentaire de 2,1 milliards
d’euros au budget européen pour 2014, à la suite d’une révision des PIB effectués
par les Etats membres eux-mêmes», rappellent Les Échos.

Le style de Federica Mogherini, Haute représentante de l’UE pour les Affaires


étrangères et la politique de sécurité, tranche avec celui de la commissaire sortante
Catherine Ashton. L’Italienne a organisé une conférence de presse avec six
quotidiens nationaux dont Le Monde, à qui elle a parlé de son programme: faire en
sorte que le «canal de dialogue soit préservé» entre la Russie et l’Ukraine et même
«le règlement de la crise ukrainienne», «veiller à tout ce qui se déroule à nos
portes», favoriser le fait que «l’État palestinien exist[e]» à la fin de son mandat, la
lutte contre Daesh ou encore la coordination en matière de politique migratoire.

Pour Le Monde, à chaque rentrée, certains traînent des pieds, comme le nouveau
commissaire français: «jusqu’au dernier moment, M. Moscovici a continué à courir
les studios hexagonaux de télévision et de radio (…) comme s’il était encore en
campagne ou qu’il avait du mal à dire au revoir à la France».

http://www.touteleurope.eu/actualite/revue-de-presse-nouvelle-commission-
europeenne-le-style-juncker-fait-son-effet.html

22.
1. Dans «La nouvelle Commission européenne a cette fois le pied à l’étrier»,
l’expression avoir le pied à l’étrier veut dire être bien parti.
2. Dans «à chaque rentrée, certains traînent des pieds», l’expression traînent des
pieds équivaut à s’agitent, s’affolent.

3. Dans «studios hexagonaux», l’adjectif hexagonaux fait référence à des styles d’


architecture contemporaine.

4. Dans «promet de mettre les bouchées doubles sur la croissance et l’emploi»,


l’expression mettre les bouchées doubles équivaut à s’affairer.

Réponse: C E E C

1. VRAI - Dans «La nouvelle Commission européenne a cette fois le pied à


l’étrier», l’expression le pied à l’étrier (en portugais, estribo) veut dire être prêt à
monter à cheval, à partir; être en bonne voie pour réussir dans une entreprise, une
carrière.

2. FAUX - Dans «à chaque rentrée, certains traînent des pieds», l’expression traînent
des pieds équivaut à avancent très lentement. C’est en fait le contraire de s’agitent,
s’affolent.

3. FAUX - L’Hexagone est un nom donnée à la France à cause de la forme du pays.


Hexagonaux veut dire français.

4. VRAI - Dans «promet de mettre les bouchées doubles sur la croissance et


l’emploi», l’expression mettre les bouchées doubles équivaut à se hâter dans
l’exécution d’un travail.

Dans le tiers-monde, une autre logique

Au sein du monde colonisé de l’avant-première guerre mondiale, le débat sur les


alliances entre la classe ouvrière et les «couches moyennes» ne suit pas les mêmes
logiques que dans l’Europe du XIXe siècle. La classe ouvrière y est pratiquement
inexistante, le socialisme embryonnaire et les mouvements de résistance à
l’occupation étrangère sont plutôt dirigés par des cadres religieux ou traditionnels.

La Première Guerre mondiale et la révolution bolchevique de 1917 vont changer la


donne. Réuni à Bakou en septembre 1920, le premier Congrès des peuples de
l’Orient rassemble près de deux mille délégués: des Arabes et des Kurdes, des Turcs
et des Indiens, des Persans et des Chinois. «Des peuples qui avaient été considérés
par le monde capitaliste comme des troupeaux de bêtes de somme, les peuples dits
“inférieurs”, sur le compte desquels la bourgeoisie était tranquille, bien certaine
qu’ils ne sortiraient pas de leur torpeur, ces peuples se soulèvent», explique le
dirigeant communiste Grigori Zinoviev. Le mot d’ordre de l’Internationale
communiste (IC) est désormais «Prolétaires de tous les pays et peuples opprimés,
unissez-vous!»
Mais la traduction concrète de ce mot d’ordre n’est pas si simple, d’autant que le
poids numérique des ouvriers reste faible dans le monde colonisé: faut-il que les
communistes s’allient à Mustafa Kemal, le dirigeant turc qui met en cause le traité
de Versailles? Le Parti communiste chinois doit-il passer des accords avec le
Kuomindang nationaliste? Faut-il s’allier avec la bourgeoisie nationale contre
l’impérialisme ou dénoncer ses compromissions?

Après la Seconde Guerre mondiale, dans la plupart des pays de ce que l’on ne
nomme pas encore le tiers-monde, c’est la lutte anticoloniale, bien plus que la
question sociale, qui structure le débat sur les alliances politiques et qui unit
l’écrasante majorité de la population. Dans quelques cas - Vietnam et plus largement
Indochine, Chine… -, les communistes prennent la tête du mouvement anticolonial,
conférant à l’indépendance un contenu social fondé pour l’essentiel sur la réforme
agraire au profit des paysans pauvres, l’éducation et la santé. En Inde ou en
Indonésie, c’est la bourgeoisie qui dirige le mouvement de libération nationale, les
communistes demeurant une force secondaire, parfois réprimée. Ailleurs (Algérie,
Egypte etc.), des forces nationales se réclamant de la révolution et s’appuyant sur
l’armée (mais anticommunistes) s’emparent du pouvoir et entament aussi de
profondes réformes, notamment la récupération des richesses nationales et
l’extension de l’éducation et de la santé.

Un demi-siècle après les indépendances, et malgré la croissance de pays comme le


Brésil ou l’Afrique du Sud, les structures sociales des pays de l’ancien Sud
ressemblent peu à celles décrites par Karl Marx. La classe ouvrière y reste
minoritaire, le travail informel dominant, les couches moyennes plus nombreuses
mais souvent paupérisées, tandis que, malgré l’urbanisation, les ruraux continuent
souvent de représenter la moitié de la population. Par ailleurs, ces pays, désormais
solidement intégrés au marché mondial capitaliste, sont plus dépendants que dans
les années 1970. Dans ce contexte, quelles alliances permettront de desserrer l’étau
des marchés et de définir un projet social plus égalitaire? La question n’a pas encore
trouvé de réponse.

par Alain Gresh, mai 2012. Le Monde diplomatique. Texte adapté.

23.
1. Dans le quatrième paragraphe, l’expression «les communistes demeurant» peut
être remplacée par puisque les communistes restent sans changer le sens de la
phrase.

2. À la fin du dernier paragraphe, l’expression «desserrer l’étau des marchés»


équivaut dans le contexte à faire lâcher prise aux marchés.
3. Au deuxième paragraphe, «changer la donne» ne veut pas dire changer le rapport
de forces.

4. Dans le quatrième paragraphe, «la Seconde Guerre mondiale» pourrait s’écrire la


Deuxième Guerre mondiale.

Réponse: C C E E

1. VRAI - Le participe présent exprime la cause, la justification dans ce cas.

2. VRAI - L’expression dans un étau veut dire: très serré ou comme si quelque chose
se refermait sur quelqu’un, quelque chose: L’ennemi est pris dans un étau. Lâcher
prise veut dire abandonner ce qu’on tenait; cesser l’attaque, renoncer à une action
contre quelqu’un.

3. FAUX - Au deuxième paragraphe, «changer la donne» veut dire changer le


rapport de forces.

La donne: expression qui fait référence aux jeux de cartes, action de donner,
distribuer les cartes.

Nouvelle donne: nouveau rapport de forces entre des puissances rivales.

4. FAUX - Les mots second et deuxième ont exactement le même sens; ce qui les
distingue, c’est qu’en principe, le mot deuxième s’emploie lorsque l’énumération
comporte plus de deux éléments et que le mot second s’emploie lorsqu’elle n’en
comporte que deux. On dit Seconde Guerre mondiale plutôt que Deuxième Guerre
mondiale parce qu’on espère qu’il n’y en aura pas de troisième...

«Passage à vide»

Presque onze heures du soir. Quand il se trouvait seul chez lui, à cette heure-là, il
ressentait souvent ce qu’on appelle un «passage à vide». Alors, il allait dans un café
des environs, ouvert très tard, la nuit. La lumière vive, le brouhaha, les allées et
venues, les conversations auxquelles il avait l’illusion de participer, tout cela lui
faisait surmonter, au bout d’un moment, son passage à vide. Mais depuis quelque
temps il n’avait plus besoin de cet expédient. Il lui suffisait de regarder par la
fenêtre de son bureau l’arbre planté dans la cour de l’immeuble voisin et qui
conservait son feuillage beaucoup plus tard que les autres, jusqu’en novembre. On
lui avait dit que c’était un charme, ou un tremble, il ne savait plus. Il regrettait toutes
les années perdues au cours desquelles il n’avait pas fait assez attention aux arbres
ni aux fleurs. Lui qui ne lisait plus d’autres ouvrages que l’Histoire Naturelle de
Buffon, il se rappela brusquement un passage des Mémoires d’une philosophe
française. Celle-ci était choquée de ce qu’avait dit une femme pendant la guerre:
«Que voulez-vous, la guerre ne modifie pas mes rapports avec un brin d’herbe.»
Elle jugeait sans doute que cette femme était frivole ou indifférente. Mais pour lui,
Daragane, la phrase avait un autre sens: dans les périodes de cataclysme ou de
détresse morale, pas d’autre recours que de chercher un point fixe pour garder
l’équilibre et ne pas basculer par-dessus bord. Votre regard s’arrête sur un brin
d’herbe, un arbre, les pétales d’une fleur, comme si vous vous accrochiez à une
bouée. Ce charme - ou ce tremble - derrière la vitre de sa fenêtre le rassurait. Et bien
qu’il soit presque onze heures du soir, il était réconforté par sa présence silencieuse.

Patrick Modiano, Pour que tu ne te perdes pas dans le quartier, 2014

24.
1. L’auteur fait un jeux de mots avec le nom de l’ arbre dans la cour voisine, dont il
a du mal à se souvenir au juste, et les sentiments qu’il éprouve à le contempler par la
fenêtre.

2. Les métaphores et anecdotes liées à la vie végétale font référence à une forme
essentielle de vie, libre des complications entraînées par les rapports humains.

3. L’expression basculer par-dessus bord peut être comprise comme une référence à
la folie.

4. L’emploi du mot brouhaha, une onomatopée qui évoque les conversations


auxquelles [Daragane] avait l’illusion de participer, souligne la difficulté à
communiquer avec autrui qui isole le personnage.

Réponse: C C C C

1. VRAI - Les mots CHARME (cárpino, em português) et TREMBLE (choupo, em


português) ont d’autres définitions qui évoquent les sentiments troublés du
personnage:

• CHARME: Moyen matériel ou psychique d’une action magique naturelle ou non;


influence occulte et magique, sortilège.

• TREMBLE: verbe TREMBLER. Frissonner, frémir de peur. Avoir le corps agité de


petits mouvements musculaires, vifs et involontaires. Trembler commme une feuille.

2. VRAI - «dans les périodes de cataclysme ou de détresse morale, pas d’autre


recours que de chercher un point fixe pour garder l’équilibre et ne pas basculer par-
dessus bord. Votre regard s’arrête sur un brin d’herbe, un arbre, les pétales d’une
fleur, comme si vous vous accrochiez à une bouée».

3. VRAI - Beaucoup d’expressions françaises expriment la folie par des images


d’instabilité physique, de situations limite:
• Être sur le fil du rasoir: être dans une situation instable, dangereuse, critique,
susceptible de mal se terminer ou de faire basculer d’un côté non souhaité.

• Etre sur la corde raide: Se trouver dans une situation difficile, périlleuse.

• Mettre/être au pied du mur: Enlever toute échappatoire à quelqu’un/Être contraint


d’agir, ne plus pouvoir reculer.

4. VRAI - Daragane n’écoute que les murmures indistincts des conversations


d’autrui (brouhaha) sans y participer, puis s’isole encore davantage.

Critique des thèses impérialistes au nom d’autres conceptions de la morale et du


nationalisme.

«Les races supérieurs ont sur les races inférieures un droit qu’elles exercent et ce
droit, par une transformation particulière, est en même temps un devoir de
civilisation. Voilà, en propres termes, la thèse de M. Ferry et l’on voit le
gouvernement français exerçant son droit sur les races inférieures en allant
guerroyer contre elles et les convertissant de force aux bienfaits de la civilisation.

Races supérieures! Races inférieures! C’est bientôt dit. Pour ma part, j’en rabats
singulièrement depuis que j’ai vu des savants allemands démontrer scientifiquement
que la France devait être vaincue dans la guerre franco-allemande, parce que le
Français est d’une race inférieure à l’Allemand. Depuis ce temps, je l’avoue, j’y
regarde à deux fois avant de me retourner vers un homme et vers une civilisation et
de prononcer: homme ou civilisation inférieure!...

Je ne veux pas juger au fond la thèse qui a été apportée ici et qui n’est autre chose
que la proclamation de la puissance de la force sur le Droit. L’histoire de France
depuis la Révolution est une vivante protestation contre cette inique prétention.
C’est le génie même de la race française que d’avoir compris que le problème de la
civilisation était d’éliminer la violence des rapports des hommes entre eux dans une
même société et de tendre à éliminer la violence, pour un avenir que nous ne
connaissons pas, des rapports des nations entre elles.»

Georges Clemenceau, Discours à la Chambre, 30 juillet 1885.

cité par Charles-Robert Ageron, L’anticolonialisme en France de 1871 à 1914, PUF,


1973

25.
1. Dans «C’est le génie même de la race française», le mot génie veut dire
personnification allégorique d’une idée abstraite.
2. L’expression «C’est bientôt dit» ne pourrait pas être remplacée par C’est vite dit
sans changer le sens de la phrase.

3. Dans «j’en rabats singulièrement», rabattre veut dire démentir.

4. L’expression «en propres termes» indique que Clémenceau soutient la thèse de


Ferry.

Réponse: E E E E

1. FAUX - Parmi les définitions du mot génie, celle qui convient le mieux dans le
contexte est Ensemble des caractères naturels qui sont essentiels à un peuple, à une
langue, à une civilisation, etc., et leur confèrent leur originalité.

2. FAUX - Les expressions «C’est bientôt dit» et C’est vite dit sont équivalentes; la
deuxième est plus familière.

• cela est bientôt dit se dit de quelque chose que l’on dit sans y réfléchir ou quelque
chose plus facile à dire qu’à faire.

3. FAUX - Attention, il ne s’agit pas du verbe rabattre, mais du verbe EN


RABATTRE, abandonner une attitude trop confiante: Il est très sûr de lui, mais il en
rabattra.

4. FAUX - L’expression «en propres termes» veut dire en d’autres termes, en termes
choisis. Clémenceau ne soutient pas la thèse de Ferry: «depuis que j’ai vu des
savants allemands démontrer scientifiquement que la France devait être vaincue
dans la guerre franco-allemande, parce que le Français est d’une race inférieure à
l’Allemand (...) je l’avoue, j’y regarde à deux fois avant de me retourner vers un
homme et vers une civilisation et de prononcer: homme ou civilisation inférieure!»

L’Arabie saoudite n’est plus ce qu’elle était...

Pris en tenaille entre le marteau fondamentaliste de «l’Etat islamique» et l’enclume


antioccidentale et antisioniste de la «République islamique», le royaume saoudien
n’est plus ce qu’il était, à la fois dans la perception régionale et dans sa réalité
sociale. Avec un ministre de la Défense âgé d’à peine 30 ans, un prince héritier
quadra, et plus de 40 000 Saoudiennes envoyées étudier à l’étranger depuis 2010, il
a perdu de son rigorisme et de sa fermeture légendaire. Certes, le Royaume se veut
encore le gardien de l’orthodoxie musulmane sunnite par opposition à l’Iran chiite,
mais il est défié de toutes parts et connaît des évolutions doctrinales et politiques
majeures.

Au cours des années 2000, la doctrine salafiste officielle héritée de Mohamed Ibn
Abd Al-Wahhâb (1703-1792) a été mise à mal par l’idéologie islamiste radicale et
par la propagande jihadiste d’Al-Qaïda, dont le fondateur saoudien, Oussama Ben
Laden, se réclamait également du salafisme wahhabite. De ce fait, le courant
salafiste traditionnel - toutes tendances confondues - a dû se justifier et défendre ses
convictions théologiques et son positionnement idéologique. Toutes les forces
salafistes, qu’elles soient pro - ou anti - régime, ont dû s’impliquer dans ce
processus de réflexion et de justification - fondamentalement politique - alors
qu’elles étaient jusque-là confinées dans les questions de doctrine religieuse et
d’orientation des croyances religieuses.

Puis, avec le déclenchement du Printemps arabe en 2011, ce questionnement n’a fait


que s’accentuer. Les groupes salafistes sont passés par une phase aiguë de remise en
question intellectuelle et doctrinale concernant notamment la relation aux
gouvernants. Après des décennies de coopération avec certains et de confrontation
avec d’autres, ces groupes ont procédé à une autocritique sérieuse de leurs positions,
et cela a entraîné de nombreuses scissions internes, quelques-unes motivées par des
crispations identitaires, d’autres par un réel souci de réforme. C’est qu’en principe,
les groupes salafistes et jihadistes - en tant que courants revivalistes - se situent à
l’extrémité du champ théologique et politique. Aussi, leur relation avec le
gouvernement saoudien - pourtant d’essence fondamentaliste - s’est-elle caractérisée
par une dialectique de flux et de reflux, et cela au gré des événements
internationaux.

Par Mathieu GUIDERE, le 5 juin 2015 http://www.diploweb.com/L-Arabie-


saoudite-n-est-plus-ce-qu.html

26.
1. Dans l’extrait Pris en tenaille entre le marteau fondamentaliste de «l’Etat
islamique» et l’enclume antioccidentale et antisioniste de la «République
islamique», deux expressions imagées du champ sémantique de la métallurgie, au
sens contrastant, sont employées dans un effet de style.

2. Dans le troisième paragraphe, le mot décennies est un synonyme de décades.

3. Dans «ce processus de réflexion et de justification», le mot processus est un


synonyme de procès.

4. L’expression crispations identitaires a le sens d’ attitudes hostiles et défensives en


ce qui concerne l’identité.

Réponse: E E C C

1. FAUX - Ces deux expressions imagées du champ sémantique de la métallurgie


ont pratiquement le même sens:
Prendre quelqu’un en tenaille(s), le serrer, le prendre entre deux forces qui
l’écrasent, l’étreignent.

= Être entre l’enclume et le marteau, se trouver entre deux partis opposés, avec la
perspective d’être victime dans tous les cas

2. FAUX - Question piège: dans le registre soutenu, le mot décennies n’est pas un
synonyme de décades.

• Décennie: période de dix ans ≠ Décade: période de dix jours (synonyme de


décennie dans le registre familier seulement).

3. VRAI - Dans le contexte, processus veut dire manière que quelqu’un, un groupe,
a de se comporter en vue d’un résultat particulier.

Dans ce cas, selon le dictionnaire Larousse, processus peut être considéré un


synonyme de procès.

ATTENTION: Quand le mot procès a le sens d’instance judiciaire, il n’est pas un


synonyme de processus.

4. VRAI - Le mot crispations a le sens d’ attitudes hostiles et défensives.

L’Histoire, un éternel recommencement?

Les drames de ce début 2015 donnent du crédit à une conception cyclique de


l’Histoire. Sommes-nous devant une nouvelle rupture comme il y a cent ans, en
1914, avec la Grande Guerre, ou comme il y a deux cents ans, en 1814-1815, avec la
chute de Napoléon?

L’Europe a de toute évidence changé de siècle en 1912-1914, avec les premières


guerres balkaniques. Il s’en est suivi immédiatement deux guerres «mondiales» que
le général de Gaulle s’est autorisé à réunir sous l’appellation de deuxième «guerre
de Trente Ans», la première ayant ravagé les pays germaniques et l’Europe centrale
de 1618 à 1648.

Après quoi est venue une longue période de paix armée, la «guerre froide», de 1945
à 1989. La chute du Mur de Berlin et l’effondrement du communisme européen
marquent une nouvelle césure, avec un lointain pendant à Pékin, où l’échec des
émeutes de Tien An Men permet à Deng Xiaoping d’engager son pays dans la voie
capitaliste autoritaire.

Les attentats du 11 septembre 2001 ont chamboulé les États-Unis et ému les
téléspectateurs du monde entier mais n’ont guère affecté le cours de l’Histoire
européenne. S’il doit y avoir un nouveau tournant en Europe, c’est aujourd’hui qu’il
se dessine: retour des conflits armés (djihad, Ukraine), crise majeure dans la
gouvernance des États et de l’Union européenne, pression migratoire...

Sautons un siècle. Le Congrès de Vienne et Waterloo, en 1814-1815, mettent un


terme à la Révolution française née en 1789 et font entrer l’Europe dans un siècle de
paix relative et de grandeur sans équivalent dans l’Histoire de l’humanité. Les
révolutions romantiques de 1848 n’ont guère plus d’effet sur la géopolitique que nos
«événements» de 1968. C’est dans les années 1870 que s’amorce un changement de
rythme: le congrès de Berlin organise le dépeçage des Balkans; en1885 un nouveau
congrès de Berlin conduit au dépeçage de l’Afrique. Cette poussée d’impérialisme
va conduire une génération plus tard les Européens à s’entre-déchirer...

Une génération est la trentaine d’années qui s’écoulent entre le moment où un


homme entre dans la vie adulte et celui où il est relayé par son fils. Ne soyons pas
surpris que les grandes actions humaines aient cette durée. C’est le cas des grandes
guerres (surtout civiles): guerre des Deux-Roses (1455-1485), guerres de religion
(1561-1598), guerre de Trente Ans (1618-1648), guerres mondiales (1914-1945),
guerre d’Indochine et Vietnam (1946-1975)... Même la guerre de Cent Ans a le bon
goût de se diviser en deux périodes, 1337-1380 et 1415-1453, entrecoupées par une
«embellie» de trois décennies. C’est aussi le cas des phases de croissance comme les
«Trente Glorieuses» bien nommées (1944-1974).

Ce que nous pouvons imaginer, de façon purement subjective, pour expliquer ce


rythme trentenaire, c’est qu’il faut le temps de l’oubli pour oser changer de cap.

À tout moment se côtoient trois générations. La génération active garde une


mémoire aigüe des actions de la précédente et tâche d’en éviter les travers. C’est
celle de Jean Monnet et de de Gaulle qui bâtit l’Europe atlantique autour de l’axe
franco-allemand. C’est Metternich et Talleyrand qui bâtissent l’Europe pacifique de
la Sainte-Alliance.

Lui succède une génération qui, se fiant aux progrès accomplis par ses
prédécesseurs, croit venue la fin de l’Histoire et l’«ère des bons sentiments»
(l’expression a été utilisée aux États-Unis pour qualifier la génération qui a succédé
à Washington). C’est Cohn-Bendit et Delors qui fondent l’Europe libertaire-libérale.
C’est aussi Disraeli et Jules Ferry qui entreprennent de convertir la planète entière à
leur «valeurs».

La quatrième génération - celle d’Alexis Tsipras?! - découvre l’impasse dans


laquelle l’a conduite la précédente. N’ayant pas connu la première génération, elle
ne peut tirer parti de son expérience. Elle est obligée d’innover pour sortir de
l’impasse. Nous en sommes là.

25/04/2015
http://www.herodote.net/L_Histoire_un_eternel_recommencement_-article-
1492.php

27. Jugez VRAI ou FAUX:

1. Dans «un lointain pendant à Pékin», pendant a le sens d’équivalent.

2. Dans une «embellie» de trois décennies, embellie veut dire enjolivée.

3. Dans «le dépeçage des Balkans», dépeçage veut dire démembrement,


morcellement.

4. Dans «Les attentats du 11 septembre 2001 ont chamboulé les États-Unis»,


chambouler équivaut à bouleverser.

Réponse: C E C C

1. VRAI - Dans «un lointain pendant à Pékin», pendant (nom masculin) a le sens de
ce qui concorde avec quelque chose, est comparable à quelqu’un ou lui est
semblable.

2. FAUX - L’adjectif embellie veut bel et bien dire enjolivée, mais: EMBELLIE,
nom féminin.

• Amélioration passagère de l’état de la mer ou diminution de la force du vent.

• Moment plus serein dans une période agitée: Mettre à profit l’embellie
économique.

3. VRAI - Dépeçage veut dire démembrement, morcellement.

4. VRAI - Le verbe chambouler équivaut à bouleverser.

Marianne

Même si la Constitution de 1958 a privilégié le drapeau tricolore comme emblème


national, Marianne incarne aussi la République Française.

Les premières représentations d’une femme à bonnet phrygien, allégorie de la


Liberté et de la République, apparaissent sous la Révolution française.

Symbole de liberté, le bonnet phrygien était porté par les esclaves affranchis en
Grèce et à Rome. Un bonnet de ce type coiffait aussi les marins et les galériens de la
Méditerranée et aurait été repris par les révolutionnaires venus du Midi.

L’origine de l’appellation de Marianne n’est pas connue avec certitude. Prénom très
répandu au XVIIIème siècle, Marie - Anne représentait le peuple. Mais les contre-
révolutionnaires ont également appelé ainsi, par dérision, la République.

Sous la IIIème République, les statues et surtout les bustes de Marianne se


multiplient, en particulier dans les mairies. Plusieurs types de représentation se
développent, selon que l’on privilégie le caractère révolutionnaire ou le caractère
«sage» de la Marianne: le bonnet phrygien est parfois jugé trop séditieux et
remplacé par un diadème ou une couronne.

Elle inspire des oeuvres artistiques comme La Liberté guidant le peuple, par Eugène
Delacroix. Aujourd’hui, Marianne a pu prendre le visage d’actrices célèbres. Elle
figure également sur des objets de très large diffusion comme les timbres-poste. A
l’occasion des Journées européennes du Patrimoine 2007, La Présidence de la
République a mis en valeur la Haute couture en association avec le symbole
républicain de Marianne en présentant au public dans le salon Napoléon III les robes
de sept créateurs de talent sur le thème de Marianne.

http://www.elysee.fr/la-presidence/marianne/

28.
1. Le bonnet phyrgien représente la libération des esclaves parce qu’il coiffait ceux
qui parvenaient à s’évader.

2. L’appellation de Marianne a été utilisée aussi bien pour représenter le peuple que
pour se moquer de la République.

3. Il arrive que le bonnet phyrgien soit considéré trop extravagant pour des
représentations officielles de la République.

4. Dans «selon que l’on privilégie le caractère révolutionnaire ou le caractère «sage»


de la Marianne», ou exprime l’alternative.

Réponse: E C E C

1. FAUX - «Le bonnet phrygien était porté par les esclaves affranchis en Grèce et à
Rome», c’est-à-dire les esclaves qui avaient reçu leur liberté de leurs maîtres.

2. VRAI - «Prénom très répandu au XVIIIème siècle, Marie - Anne représentait le


peuple. Mais les contre-révolutionnaires ont également appelé ainsi, par dérision, la
République.» DÉRISION veut dire moquerie, mépris, sarcasme.

3. FAUX - Le texte affirme que «le bonnet phrygien est parfois jugé trop séditieux».
Or, SÉDITIEUX n’est pas un synonyme d’ EXTRAVAGANT, adjectif qui veut dire
bizarre, excessif, exagéré; SÉDITIEUX veut dire rebelle, agitateur, contestataire.
4. VRAI - la conjonction ou exprime:

• L’alternative (= soit): Son père ou sa mère l’accompagnera.

• Le choix alternatif: Satisfait ou non, tu dois faire ton travail.

• L’approximation dans l’évaluation: Ils étaient sept ou huit.

• L’équivalence: L’adjectif s’accorde avec le nom ou substantif.

La ruée des grévistes

La porte charretière, pourtant, fermait très mal, et elle avait de telles fentes, qu’on
apercevait la route entre ses bois vermoulus. [... j Lucie et Jeanne, malgré leur
tremblement, avaient mis un oeil à une fente, désireuses de ne rien perdre du
spectacle.

Le roulement de tonnerre approchait, la terre fut ébranlée, et Jeanlin galopa le


premier, soufflant dans sa corne.

- Prenez vos flacons, la sueur du peuple qui passe! murmura Négrel, qui, malgré ses
convictions républicaines, aimait à plaisanter la canaille avec les dames.

Mais son mot spirituel fut emporté dans l’ouragan des gestes et des cris. Les
femmes avaient paru, près d’un millier de femmes, aux cheveux épars, dépeignés
par la course, aux guenilles montrant la peau nue, des nudités de femelles lasses
d’enfanter des meurt-de-faim. Quelques--unes tenaient leur petit entre les bras, le
soulevaient, l’agitaient, ainsi qu’un drapeau de deuil et de vengeance. D’ autres, plus
jeunes, avec des gorges gonflées de guerrières, brandissaient des bâtons tandis que
les vieilles, affreuses, hurlaient si fort, que les cordes de leurs cous décharnés
semblaient se rompre. Et les hommes déboulèrent ensuite, deux mille furieux, des
galibots, des haveurs, des raccommodeurs, une masse compacte qui roulait d’un seul
bloc, serrée, confondue, au point qu’on ne distinguait ni les culottes déteintes, ni les
tricots de laine en loques, effacés dans la même uniformité terreuse. Les yeux
brûlaient, on voyait seulement les trous des bouches noires, chantant La
Marseillaise, dont les strophes se perdaient en un mugissement confus, accompagné
par le claquement des sabots sur la terre dure. Au-dessus des têtes, parmi le
hérissement des baffes de fer, une hache passa, portée toute droite; et cette hache
unique, qui était comme l’étendard de la bande, avait, dans le ciel clair, le profil aigu
d’un couperet de guillotine.

- Quels visages atroces, balbutia Mme Hennebeau.

Négrel dit entre ses dents:


- Le diable m’emporte si j’en reconnais un seul! D’où sortent-ils donc, ces bandits-
là?

Et, en effet, la colère, la faim, ces deux mois de souffrance et cette débandade
enragée au travers des fosses avaient allongé en mâchoires de bêtes fauves les faces
placides des houilleurs¹ de Montsou. A ce moment, le soleil se couchait, les derniers
rayons, d’un pourpre sombre, ensanglantaient la plaine. Alors, la route sembla
charrier du sang, les femmes, les hommes continuaient à galoper, saignants comme
des bouchers en pleine tuerie.

- Oh! superbe! dirent à demi-voix Lucie et Jeanne, remuées dans leur goût d’artistes
par cette belle horreur.

houilleurs¹: Ouvriers dans les mines de houille (charbon minéral).

Emile ZOLA. Germinal, 1885.

29.
1. Les mots «galopa» (1er paragraphe), «mugissement» et «sabots» (3e paragraphe),
ainsi que «galoper» (4e paragraphe) font référence à la présence d’animaux de traite
parmi la foule.

2. Zola fait émerger de la foule en colère des correspondances entre l’univers des
mineurs et celui de la Révolution française.

3. Dans son effort de dramatisation expressioniste, Zola amenuise la pauvreté des


mineurs en évitant l’emploi de vocabulaire réaliste.

4. Lucie et Jeanne, qui n’appartiennent pas à la même classe sociale que les
grévistes, observent la scène dès leur charrette.

Réponse: E C E E

1. FAUX - Les mots «galopa» (1er paragraphe), «mugissement» et «sabots» (3e


paragraphe), ainsi que «galoper» (4e paragraphe) font référence aux mouvements
bruyants de la foule. Voir question 30 item 3 ci-dessous.

SABOT: Chaussure faite d’une pièce de bois ou d’une semelle de bois et d’un
dessus de gros cuir.

2. VRAI - Zola établit des correspondances entre l’univers des mineurs et celui de la
Révolution dans les passages «trous des bouches noires, chantant La Marseillaise»
et «cette hache unique, qui était comme l’étendard de la bande, avait, dans le ciel
clair, le profil aigu d’un couperet de guillotine».
3. FAUX - Au contraire, Zola souligne la pauvreté des mineurs par l’emploi de
vocabulaire réaliste: «Guenilles, des meurt-de-faim, culottes déteintes, tricots de
laine en loques, la faim».

4. FAUX - Une porte charretière n’est pas la porte d’une charrette, mais une grande
porte qui ferme l’entrée d’une grange, et qui est faite en planches de bois.

30.
1. En haillons, les femmes ébouriffées font de la maternité leur bannière de lutte.

2. Le passage «Oh!superbe! dirent à demi-voix Lucie et Jeanne, remuées dans leur


goût d’artistes par cette belle horreur» met en avant la sensibilité des deux jeunes
filles.

3. Pour Zola, l’injustice des patrons ravale le peuple au rang de la bête.

4. En contrastant la force du peuple et les forces naturelles, Zola affirme


l’opposition entre homme et nature dans le passage «le roulement de tonnerre
approchait, la terre fut ébranlée» (deuxième paragraphe).

Réponse: C E C E

1. VRAI - Les femmes des mines de Monstou sont au moins aussi aguerries que les
hommes, voire encore plus: «Quelques-unes tenaient leur petit entre les bras, le
soulevaient, l’agitaient, ainsi qu’un drapeau de deuil et de vengeance».

2. FAUX - Plutôt que d’être sensibles à la souffrance et aux revendications des


ouvriers, Lucie et Jeanne ne sont touchées que par l’effet visuel de leur marche
colérique, réhaussée par les tons rouges du coucher de soleil.

3. VRAI - Zola a recours à des mots et expressions comme


«femelles»,«mugissement», «sabots» (3e paragraphe), ainsi que «galoper» et
«mâchoires de bêtes fauves» (4e paragraphe) pour dépeindre l’injustice qui ravale le
peuple au rang de la bête. Voir question 29 item 1 ci-dessus.

4. FAUX - Plutôt que de contraste, il s’agit d’une comparaison, une analogie qui met
en évidence la ressemblance.

b. Exercices de grammaire

Les langues de France: une réalité vivante

1 La France dispose d’un patrimoine linguistique


méconnu d’une grande richesse.

À côté du français, langue nationale, et dont le

4 caractère officiel est inscrit depuis 1992 dans la Constitution,

les langues de France sont notre bien commun, elles

contribuent à la créativité de notre pays et à son rayonnement

7 culturel. On en dénombre plus de soixante-quinze, en

métropole et outre-mer, caractérisées par une grande diversité.

On entend par langues de France les langues régionales

10 ou minoritaires parlées traditionnellement par des citoyens

français sur le territoire de la République, et qui ne sont

langue officielle d’aucun État. C’est pourquoi par exemple

13 n’en font partie ni le portugais ni le chinois, pourtant parlés

par de nombreux citoyens français: outre que ces langues ne

sont pas menacées, elles sont régulièrement enseignées dans

16 le système éducatif comme langues étrangères.

Ce critère de définition s’inspire de la Charte

européenne des langues régionales ou minoritaires: c’est dans

19 le cadre européen que s’inscrit la politique linguistique de la

France. Les langues qui transcendent les frontières politiques,

comme le basque, le catalan, le flamand ou le francique,

22 disent à la fois la pluralité interne et l’unité de notre espace

culturel commun: elles ouvrent des portes sur les pays voisins.

Sous cet angle, les langues de France sont à considérer

25 comme des moyens d’invention culturelle, comme les


composantes d’un ensemble polyphonique où s’expriment

librement les univers imaginaires, intellectuels et affectifs des

28 hommes et femmes de notre pays.

D’après Les langues de France: un patrimoine méconnu, une réalité vivante.

Internet: <www.culture.gouv.fr> (adapté)

1. (CESPE - SEDUC PA 2006) Du point de vue linguistique, jugez les affirmations


en considérant le texte.

1. Dans l’expression «À côté du français» (R.3), «du» est la forme contractée de la


préposition de et de l’article défini le.

2. Le pronom remplaçant «en» (R.7) renvoie à «les langues de France» (R.5).

3. La particule «On» (R.7 et 9) est un pronom personnel indéfini et invariable de la


troisième personne exerçant une fonction de sujet.

4. Le terme «pourtant» (R.13) est un adverbe qui introduit une conclusion de ce qui
le précède.

Réponse: C C C E

1. VRAI - DE+LE=DU; DE+LES=DES; DE+LAS= DES.

2. VRAI - les langues de France sont notre bien commun, elles (les langues de
France) contribuent à la créativité de notre pays et à son rayonnement culturel. On
en (les langues de France) dénombre plus de soixante-quinze.

3. VRAI - Définition de la particule «On» dans le contexte.

4. FAUX - Attention: pourtant exprime l’opposition, est un synonyme de mais,


toutefois, cependant et ne veut pas dire portanto.

Émile ou De l’éducation; Traité pédagogique de Jean-Jacques Rousseau (1762).

1 Émile ou De l’éducatio• n’est pas seulement un traité

d’éducation privée dont la pédagogie contemporaine a salué,

deux siècles plus tard, les principes étonnamment modernes,

4 c’est, dit Rousseau, “un traité de la bonté originelle de


l’homme”, où l’auteur veut montrer comment l’homme peut

devenir et rester lui-même, fidèle à la nature, sans se laisser

7 corrompre et dégrader par les artifices de la vie en société.

L’ouvrage se divise en cinq livres. Dans la première

enfance, la mère, et non une nourrice, doit allaiter son

10 enfant. L’enfant appartient à elle seule jusqu’à cinq ans.

Jusqu’à douze ans, on assurera le développement du corps

librement, sans contrainte. Une place importante sera

13 réservée aux exercices physiques. Élevé en pleine campagne,

Émile s’instruira “par expérience directe des choses, et non

par la lecture des livres”. Rousseau entend que l’enfant

16 découvre par lui-même toute vérité.

À douze ans commence la période des études.

Mais jusqu’à quinze ans les lectures seront limitées. Le spectacle

19 de la nature et de la vie quotidienne fournira les leçons de

choses nécessaires au développement de l’intelligence et de

la réflexion. On apprendra à l’enfant ce qu’il lui est utile de

22 savoir des sciences. Il faut aussi qu’Émile puisse gagner sa

vie: aussi lui apprendra-t-on le métier de menuisier.

À quinze ou seize ans seulement, Émile “entrera dans

25 l’ordre moral”: il sera introduit dans la société. On lui

permettra de lire de bons livres, qui encouragent à la vertu.

Il concevra la justice, l’humanité, il comprendra, sans qu’il

28 soit besoin de catéchisme, qu’il porte en lui le bien et qu’il


n’a pour demeurer dans le bon chemin qu’à écouter la voix

de sa conscience.

Internet: <http://fr.encyclopedie.yahoo.com> (adapté).

2. (CESPE - SEGA SEED DF 2003 - adaptada)

1. L’expression «On apprendra à l’enfant» (R.21) signifie On enseignera à l’enfant.

2. La forme verbale «puisse» (R.22) appartient au mode subjonctif.

3. Le que de l’expression «qu’Émile» (R.22) est une conjonction.

4. L’expression «à elle seule» (R.10) au masculin fait à lui seul.

Réponse: C C C C

1. VRAI - Le verbe APPRENDRE a plusieurs sens: acquérir une connaissance, être


informé de quelque chose qu’on ignorait, communiquer une information à
quelqu’un... Dans le contexte, il veut dire enseigner à quelqu’un quelque chose, lui
faire acquérir une connaissance.

2. VRAI - Que je puisse: Verbe POUVOIR au subjonctif présent.

3. VRAI - Il faut aussi qu’Émile puisse: en général, les verbes au subjonctif se


trouvent dans une proposition subordonnée introduite par la conjonction que ou
quoi.

4. VRAI - À lui seul/à elle seule/à moi seul(e).

Ginette Kolinka, déportée à Auschwitz à 19 ans

Comme le reste de ma famille, je suis juive. Si je suis allée au camp d’extermination


d’Auschwitz-Birkenau, c’est parce que j’ai été dénoncée. Je n’ai jamais su par qui.

Le 13 mars 1944, les nazis sont venus chez nous pour nous arrêter. Mon père, mon
petit frère de 12 ans, mon neveu de 14 ans et moi-même avons été priés de les
suivre.

Je croyais, naïvement, que j’allais dans un camp de travail. Je savais que ça allait
être dur, qu’on n’allait pas me demander de faire de la broderie. Pour moi, c’était les
champs ou l’usine. J’étais jeune, ça ne me faisait pas peur.

En réalité, j’allais tout droit au camp d’extermination de Auschwitz-Birkenau.


Pendant le trajet, mes convictions n’ont pas été ébranlées. Je ne me posais aucune
question, j’étais confiante: j’allais simplement dans un camp de travail.

En arrivant à Birkenau, je me souviens de la cohue qu’il y avait sur les quais. On


nous poussait des wagons à la hâte. Les plus âgés ou les plus fatigués pouvaient
rejoindre le camp en camion. Mon père et mon frère étaient épuisés par ce long
périple et je leur ai dit de monter dans l’un d’entre eux. Mon neveu et moi avons
décidé de prendre la route pour pouvoir nous dégourdir les jambes.

Je n’ai pas eu le temps de finir ma phrase que des officiers les avaient amenés
ailleurs. Je n’ai jamais revu ni mon père ni mon frère.

Sur le quai, on nous a demandé de nous séparer: d’un côté les hommes, de l’autre
les femmes. Les messieurs qui nous escortaient n’arrêtaient pas de répéter:

«Ne vous inquiétez pas, vous allez vous retrouver une fois au camp.»

Alors je ne m’inquiétais pas. Pourtant, je n’ai plus jamais revu mon neveu.

«A 19 ans, j’ai été déportée au camp d’ Auschwitz» par Ginette KOLINKA.

http://leplus.nouvelobs.com/contribution/1313086-a-19-ans-j-ai-ete-deportee-au-
camp-d-auschwitz-je-n-en-ai-pas-parle-pendant-40-ans.html

3.
1. Dans le récit de Ginette Kolinka, l’emploi du passe composé maintient les actions
et évènements narrés dans l’actualité du sujet, quoiqu’il s’agisse de faits
complètement achevés dans le passé.

2. Dans la phrase «Si je suis allée au camp d’extermination d’Auschwitz-Birkenau,


c’est parce que j’ai été dénoncée», la conjonction si exprime l’hypothèse.

3. L’imparfait de l’indicatif est employé dans le récit en opposition au passé


composé pour évoquer la vie et les relations familiales de Ginette Kolinka et la
manière abrupte par laquelle elles furent interrompues par son arrestation.

4. Dans «je me souviens de la cohue qu’il y avait sur les quais», l’emploi du présent
de l’indicatif relie passé et présent par le biais du vécu à la première personne.

Réponse: C E C C

1. VRAI - En langue française, le passé simple n’est plus utilisé à l’oral, donc, dans
l’interview, Ginette Kolinka raconte ses mémoires au passé composé. Ce sont des
souvenirs douloureux qu’elle ramène au présent par ses paroles.
• Voici un exemple poignant de l’emploi du passé composé dans le récit pour créer
un lien entre passé et présent par le biais de l’expérience vécue à la première
personne (voir item 4 pour un effet encore plus intense).

2. FAUX - Dans la phrase «Si je suis allée au camp d’extermination d’Auschwitz-


Birkenau, c’est parce que j’ai été dénoncée», la conjonction si exprime la condition;
dans ce cas, Le conditionnel passé indique l’hypothèse réalisée, car la condition
s’est accomplie.

3. VRAI - L’imparfait de l’indicatif exprime des actions imparfaites situés dans le


passé, c’est-à-dire qui ne sont peut-être pas achevées, qui ne sont pas nettement
délimitées dans le temps.

4. VRAI - L’emploi du verbe se souvenir au présent de l’indicatif met en valeur


passé et présent dans l’expérience vécue.

Les voix du français

1 L’idée qu’il puisse n’y avoir qu’une seule façon de

parler le français va contre l’évidence immédiate, toute langue

connaît des variations: on ne s’exprimait pas au XVIIe comme

4 aujourd’hui (variation dans le temps), on ne parle pas au

Canada comme en France (diversité de l’espace linguistique

français), les jeunes n’emploient pas les mêmes mots que les

7 personnes plus âgées, et les milieux sociaux laissent leur

marque sur la parole des locuteurs. Si le français unique est

une idéalisation, il faut considérer alors que le “bon français”

10 n’est qu’une variété de français.

Le discours des puristes aurait vite fait de transformer

notre langue en langue morte, alors que l’époque

13 contemporaine manifeste une créativité linguistique digne du

XVIe siècle. Les langues diversement réalisées s’écartent de

la norme écrite, mais appliquer la notion de “faute” à la


16 langue parlée par des locuteurs dont le français est la langue

maternelle relève apparemment du paradoxe. Cela tient au fait

que le mot “norme” ne désigne pas ici la voie moyenne (ce

19 qui est dit “normalement”), mais le bon usage “normatif”, qui

fonctionne comme un processus répressif.

Certes, la contrainte est aussi un facteur de stabilité. La

22 langue écrite normée et surveillée est une transcription

uniforme et un moyen de communication pour tous les

locuteurs francophones. À ce titre l’école, avec sa grammaire

25 scolaire conçue en fonction de l’enseignement de

l’orthographe, joue un rôle essentiel dans la diffusion d’une

langue homogène, prenant comme référence l’écrit littéraire.

28 La crise du français est certainement liée à la fragilisation de

ce modèle.

D’après Françoise Godet. La variation: le français dans l’espace social, régional et


international. Internet: <www.fabula.org> (adapté)

4. (CESPE - SEDUC PA 2006) Selon le texte,

1. «alors que» (R.9) et «alors que» (R.12) ont le même sens et la même fonction
grammaticale.

2. La proposition «le ‹bon français› n’est qu’une variété de français» (R.9-10) utilise
la structure «ne....que» qui exprime une idée de restriction.

3. La proposition «Le discours des puristes aurait vite fait de transformer notre
langue en langue morte» (R.11-12) traduit l’expression d’une condition.

4. Dans «Cela tient au fait» (R.17), «Cela» exerce une fonction de sujet et renvoie à
la phrase précédente.

Réponse: E C C C
1. FAUX - «alors que» et «alors que» n’ ont ni le même sens ni la même fonction
grammaticale. Il faut observer la virgule:

• il faut considérer, alors, que le «bon français» n’est qu’une variété de français:,
alors, que → l’adverbe alors est isolé par deux virgules et veut dire en ce cas, dans
ces conditions.

• transformer notre langue en langue morte, alors que l’époque contemporaine


manifeste une créativité linguistique → la conjonction alors que exprime
l’opposition.

2. VRAI - La structure «ne....que» est un adverbe de restriction.

Attention: le mot ne n’exprime pas la négation dans cet adverbe.

3. VRAI - dans la proposition «le discours des puristes aurait vite fait de transformer
notre langue en langue morte», le conditionnel présent exprime la condition
implicite qui ne s’est pas réalisée: ([Si] le discours des puristes [était la norme, il]
aurait vite fait de transformer notre langue en langue morte [mais ce n’est pas le
cas].

4. VRAI - Dans le passage, le pronom démostratif «Cela» est le sujet du verbe


TENIR et renvoie à la phrase précédente (fonction anaphorique).

1 Je n’ai pas beaucoup confiance dans ces Jardins

d’enfants et autres inventions au moyen desquelles on veut

instruire en amusant. La méthode n’est déjà pas excellente

4 pour les hommes.

Il n’y a point d’expérience qui élève mieux un

homme que la découverte d’un plaisir supérieur, qu’il aurait

7 toujours ignoré s’il n’avait point pris d’abord un peu de

peine. C’est pourquoi vous ne pouvez faire goûter à l’enfant

les sciences et les arts comme on fait goûter les fruits confits.

10 L’homme se forme par la peine; ses vrais plaisirs, il doit les

gagner, il doit les mériter. Il doit donner avant de recevoir.

C’est la loi.
13 Surtout aux enfants qui ont tant de fraîcheur, tant de

force, tant de curiosité avide, je ne veux pas qu’on donne la

noix épluchée. Tout l’art d’instruire est d’obtenir au contraire

16 que l’enfant prenne de la peine et se hausse à l’état d’homme.

Ce n’est pas l’ambition qui manque ici; l’ambition est

le ressort de l’esprit enfant. L’enfance est un état paradoxal

19 où l’on sent qu’on ne peut rester; la croissance accélère

impérieusement ce mouvement de se dépasser, qui dans la

suite, ne se ralentira que trop. Sans doute il y a une frivolité

22 de l’enfant, un besoin de mouvement et de bruit; c’est la part

des jeux; mais il faut aussi que l’enfant se sente grandir,

lorsqu’il passe du jeu au travail. Ce beau passage, loin de le

25 rendre insensible, je le voudrais marqué et solennel. L’enfant

vous sera reconnaissant de l’avoir forcé; il vous méprisera de

l’avoir flatté.

Alain. Propos sur l’Éducatio• (1932).

5. (CESPE - SGA PROF 2004) En considérant le texte, jugez sur le plan linguistique
et grammatical les propositions ci-dessous.

1. «C’est pourquoi» (R.8) est l’équivalent de C’est pour cette raison que.

2. Dans l’expression «faire goûter à l’enfant les sciences et les arts» (R.8-9), le
verbe «goûter» est ici utilisé dans le sens des verbes apprécier, aimer.

3. Dans la phrase «prenne de la peine et se hausse à l’état d’homme» (R.16), les


formes verbales «prenne» et «se hausse» sont au présent de l’indicatif.

4. Le mot «ressort» est synonyme de mobile dans l’expression «le ressort de l’esprit
enfant» (R.18).

Réponse: C C E C
1. VRAI - l’ item reprend les termes del la définition de l’expression dans le
dictionnaire Larousse.

2. VRAI - Dans le contexte, le verbe goûter a le sens d’apprécier, savourer, aimer.

3. FAUX - Les formes verbales «prenne» et «se hausse» sont au subjonctif présent:
que l’enfant prenne de la peine et [qu’il]se hausse.

4. VRAI - Le mot ressort veut dire, dans le registre littéraire, force occulte qui fait
agir; force morale, énergie qui motive l’action. Dans le contexte, le mot est donc un
synonyme de mobile, qui a le sens de motif qui pousse à agir.

6.
1. La forme verbale «se sente» est au présent de l’indicatif dans l’expression «se
sente grandir» (R.23).

2. Dans l’expression «loin de le rendre insensible» (R.24-25), le pronom personnel


«le» représente le mot «enfant».

3. Dans la ligne 25, la forme verbale «voudrais» est au futur de l’indicatif.

4. Dans la ligne 27, le verbe «flatté» est ici employé dans le sens de tromper.

Réponse: E E E C

1. FAUX - La forme verbale «se sente» est au subjonctif présent dans «il faut aussi
que l’enfant se sente grandir».

2. FAUX - Dans l’expression «loin de le rendre insensible» (R.24-25), le pronom


personnel «le» représente Ce beau passage.

3. FAUX - Dans la ligne 25, la forme verbale «voudrais» est au conditionnel


présent.

4. VRAI - Dans le contexte, le verbe flatter et un synonyme d’aduler, cajoler, dans le


sens d’encourager une mauvaise attitude, un mauvais sentiment.

Avec des «si» on referait le monde.

Quartier Lointain offre une lecture très plaisante. De par son dessin réaliste, on nous
donne l’impression de suivre un film; dès la fin du premier chapitre on ne souhaite
que terminer la lecture de ce très bel objet. Tout est ficelé pour qu’on soit emporté
dans les pensées d’Hiroshi. C’est plein de nostalgie, et on ne peut que se mettre à la
place de ce héros voulant changer son passé.
Cette critique a pour but d’exprimer ce qui est génial avec ce que nous offre
Tanigushi, la réflexion après-lecture. Et si on avait fait autrement, mes actions
passées auraient pu faire de moi quelqu’un d’autre, auraient pu guérir les blessures
qui me restent aujourd’hui. Tant de choses impossible à changer, le passé est ce qu’il
est et il le restera; malgré tout, rien ne nous empêche d’avoir ces envies de
renouveau, de se dire qu’on aurait peut-être souhaité prendre un embranchement
différent qui nous aurait permis de vivre autre chose.

Puis après ces pensées assez tristes, une seconde vague de réflexion arrive. Oui, on
aurait souhaité changer certains faits, mais ceux-ci font ce que nous sommes
aujourd’hui, nos expériences nous forgent et nous ont permis d’arriver où nous en
sommes, d’avoir vécu des moments de pur bonheur et d’en vivre encore.

À relire pour se rappeler qu’une famille ça se chérit, et qu’un passé sert


essentiellement à se forger. Du grand Art.

Zanick Polterski. Avis sur La BD Quartier lointain de Jirō


Taniguchi.http://www.senscritique.com/bd/Quartier_lointain/critique/29192793

7.
1. Si Quartier Lointain envoûte le lecteur par sa beauté visuelle, l’oeuvre n’en mène
pas moins le lecteur à l’introspection.

2. Dans l’argumentation de l’auteur, la phrase on aurait souhaité changer certains


faits (L.12-13) n’exprime que le regret.

3. L’adjectif démonstratif ce devant le nom héros (L.4) pourrait être remplacé par
cet, puisque la lettre «h» est muette dans ce cas.

4. Le conditionnel est employé dans le titre de l’article pour créer une situation
imaginaire.

Réponse: C E E C

1. VRAI - Oui, Quartier Lointain envoûte le lecteur par sa beauté visuelle: «dès la
fin du premier chapitre on ne souhaite que terminer la lecture de ce très bel objet».
L’oeuvre mène aussi le lecteur à l’introspection: «Cette critique a pour but
d’exprimer ce qui est génial avec ce que nous offre Tanigushi, la réflexion après-
lecture».

2. FAUX - Dans l’argumentation de l’auteur, la phrase on aurait souhaité changer


certains faits exprime le regret, mais aussi la reconnaissance de notre évolution,
ainsi que du bonheur passé: «nos expériences nous forgent et nous ont permis
d’arriver où nous en sommes, d’avoir vécu des moments de pur bonheur et d’en
vivre encore».

3. FAUX - H muet  H aspiré: La lettre «h» ne se prononce jamais en français. On


dit que le «h» est «aspiré» au début d’un mot qui n’admet pas l’élision. Ils sont
indiqués par un astérisque (*) dans les bons dictionnaires.

Ex.: La Hollande, le héros, la haine, le hasard, la honte, huis clos, huit, harceler,
haranguer....

La majorité des «h» en début de mots s’appellent les «h muets» et n’ont aucun effet
sur la prononciation.

4. VRAI - Le conditionnel est employé dans le titre de l’article pour évoquer l’adage
français Avec des si, on mettrait Paris en bouteille, qui allude aux possibilités
infinies des situations imaginaires.

Le dérèglement du monde

A celui qui s’intéresse à la marche du monde, la «Toile» ouvre aujourd’hui des


perspectives illimitées; au lieu de lire simplement son quotidien local, on peut
consulter, de chez soi, en sirotant son café du matin, la presse du monde entier;
surtout si l’on connaît l’anglais. Pour ma part, je pourrais m’y oublier pendant des
journées entières. Sans lassitude, avec émerveillement, et avec même le sentiment
de réaliser un rêve.[Mais] pour une personne qui navigue avec attention d’un
univers culturel à l’autre, pour une personne qui passe allègrement du site d’Al-
Jazeera à celui de Haaretz, et du Washington Post à l’agence de presse iranienne, il y
en a des milliers qui ne «visitent» que leurs compatriotes ou leurs coreligionnaires,
qui ne s’abreuvent qu’aux sources familières, qui ne cherchent devant leurs écrans
qu’à conforter leurs certitudes et à justifier leurs ressentiments.

Si bien que ce formidable outil moderne, qui devrait favoriser le brassage et


l’échange harmonieux entre les cultures, devient un lieu de ralliement et de
mobilisation pour nos «tribus» globales, parce que l’internet, qui est un accélérateur
et un amplificateur, a pris son essor à un moment de l’Histoire où les identités se
déchaînaient, où l ‘«affrontement des civilisations» s’installait, où l’universalisme
s’effritait, où la nature des débats se corrompait, où la violence gagnait dans les
paroles comme dans les actes, et où les repères communs se perdaient.

AMIN MAALOUF Le dérèglement du monde (Texte adapté)

8.
1. Le pronom «y» (L.4) fait référence à café du matin.
2. La première occurrence du pronom «qui» (L. 5) reprend leurs compatriotes ou
leurs coreligionnaires.

3. Le pronom «où», dans toutes ses six occurrences dans le deuxième paragraphe,
reprend un moment de l’Histoire.

4. Le pronom «celui» (L.4) reprend site.

Réponse: E E C C

1. FAUX - Le pronom «y» (L.4) fait référence à la presse du monde entier.

2. FAUX - La première occurrence du pronom «qui» reprend des milliers (de


personnes).

3. VRAI - Le pronom démonstratif où peut indiquer le lieu, le temps ou la situation.

Toutes les six occurrences du pronom «où» dans le deuxième paragraphe font
référence à un moment de l’Histoire.

4. VRAI - Le pronom démonstratif celui reprend un mot déjà connu du lecteur:

«passe allègrement du site d’Al-Jazeera à celui [ au site] de Haaretz».

États défaillants: Une formule ou un concept?

Il faut d’emblée préciser que, lorsqu’on parle d’État défaillant, ce n’est pas
seulement l’ensemble des autorités publiques, ou en d’autres termes l’appareil
d’État, qui est en cause. Conformément à la définition internationale de l’État, il
s’agit à la fois des autorités publiques - gouvernement, administration, armée - et de
la société civile. Un État, c’est à la fois un espace défini, un groupe social donné et
un pouvoir politique indépendant qui assure, et qui assure en principe seul, la
cohésion de l’ensemble. La défaillance concerne ces divers aspects et peut provenir
de l’un ou de l’autre de ces éléments, ou des trois.

On a mentionné le Rwanda. On aurait pu aussi rappeler la dissolution de la


Yougoslavie voici quinze ans, voire les problèmes du Liban ou du Cambodge voici
plus de vingt ans - ou encore l’Afghanistan après l’intervention soviétique en 1979,
et, en remontant le temps, pourquoi pas la Pologne à la fin du siècle, lorsque trois
États européens, la Prusse, la Russie et l’Autriche, avaient décidé de se partager son
territoire.

Serge SUR. Sur les «États défaillants». Revue Commentaire, n. 112, hiver
2005.http://www.diplomatie.gouv.fr/fr/IMG/pdf/0502-SUR-FR-2.pdf
9.
1. Dans l’expression «Il faut d’emblée préciser que», d’emblée veut dire cependant.

2. Dans «il s’agit à la fois des autorités publiques», il reprend l’État.

3. Dans le deuxième paragraphe, On fait référence à l’auteur.

4. L’expression «en remontant le temps» pourrait être remplacée sans changer le


sens du texte par en revenant dans le temps.

Réponse: E E E C

1. FAUX - Dans l’expression «Il faut d’emblée préciser que», d’emblée veut dire
immédiatement, dès le début.

2. FAUX - Dans «il s’agit à la fois des autorités publiques», «il» marque la troisième
personne du singulier du verbe impersonnel s’agir: Il s’agit.

• Le verbe s’agir est toujours impersonnel et ne se conjugue qu’au masculin à la


troisième personne du singulier.

3. FAUX - O• est un pronom sujet indéfini qui fait référence à des personnes dont
l’identité n’est pas connue ou précisée.

• On a mentionné le Rwanda → quelqu’un a/les gens en général ont mentionné le


Rwanda.

4. VRAI - L’expression veut dire, dans le contexte, revenir dans le passé par la
mémoire, la pensée.

Les défis d’un monde qui change

1 Dans la Déclaration du Millénaire¹, les dirigeants politiques ont manifesté leur foi

dans la capacité de l’humanité à accomplir, dans les années à venir, des progrès

mesurables en ce qui concerne la paix, la sécurité, le désarmement, le respect des

droits de l’homme, la démocratie et la gouvernance. Ils ont appelé de leurs vœux la

5 création d’un partenariat mondial en faveur du développement qui permette

d’atteindre les objectifs convenus en 2015 au plus tard. [ …] Et ils ont décidé que

l’organisation des Nations unies devait participer plus activement aux travaux qui
détermineront notre avenir commun […]

Il s’est passé, depuis l’adoption de la Déclaration du Millénaire, beaucoup

10 d’événements […]. De petits réseaux d’acteurs non étatiques (terroristes), ont,

depuis les terribles attentats du 11 septembre 2001, donné un sentiment de

vulnérabilité aux Etats même les plus puissants. Par ailleurs, beaucoup d’Etats

commencent à se rendre compte que la façon complètement déséquilibrée dont le

pouvoir est réparti dans le monde est une source d’instabilité […] Plus de 40 pays
ont

15 connu les meurtrissures de conflits violents […].

Pour beaucoup, les promesses que traduisent les objectifs du Millénaire demeurent

très lointaines. Plus d’un milliard de personnes vivent encore sous le seuil de misère

[…]. Le monde est, dans l’ensemble, plus riche, mais la répartition de cette richesse

est de plus en plus inégale dans chaque pays, dans chaque région et sur la planète

20 […]. Les événements de ces dernières années se sont également traduits par une

perte de confiance dans l’organisation des Nations unies.

Extraits du Rapport présenté par Kofi Annan, Secrétaire général des Nations unies,
le 24 mars 2005.

¹Adoptée en 2000 par l’Assemblée générale de l’ONU.

10.
1. L’expression «en ce qui concerne la paix» (l. 3) pourrait être remplacée par
concernant la paix sans changer le sens de la phrase.

2. L’expression «Ils ont appelé de leurs vœux» équivaut à Ils ont préconisé.

3. À la ligne 13, «dont» pourrait être remplacé par avec laquelle.

4. À la ligne 20, «également» équivaut à au même titre.

Réponse: C E E C
1. VRAI - Dans le contexte, l’expression «en ce qui concerne la paix» pourrait être
remplacée par le participe présent dans sa fonction verbale:

• en ce qui concerne la paix = concernant la paix

2. FAUX - Préconiser veut dire conseiller, recommander vivement; voeu veut dire
souhait, vif désir de voir se réaliser quelque chose.

3. FAUX - On ne fait pas quelque chose «avec une façon», mais d’une façon.

• La façon de + laquelle → la façon dont on fait quelque chose (et non pas la «façon
avec laquelle» on fait quelque chose).

4. VRAI - La question reprend les termes de la définition du mot «également» dans


le dictionnaire Larousse.

Dans le Transsibérien

Nous allons rejoindre un couple de proches amis habitant Nankin, au sud de la


Chine. Mais ce pays nous attirant finalement qu’assez peu, nous avons décidé de
pimenter le voyage en nous y rendant, via Moscou par le fameux Transsibérien. Sept
mille kilomètres à travers la forêt, les steppes et trois pays, voilà le programme!

C’est ça qui est chouette avec le Transsibérien: c’est un moyen de transport


relativement peu onéreux très prisé par les Russes. Notre nouvel ami de Vladivostok
a ainsi pu se rendre en Oural, 7 000 kilomètres plus à l’Ouest. Gallia la Moscovite,
quant à elle, va rendre visite à son frère habitant à Osmk. Enfin, Vania et ses frères
ont passé quelques jours en famille à Moscou et rentrent chez eux, à la frontière
mongole. En l’absence de route, la voie du Transsibérien est vraiment un axe
essentiel permettant à la population d’occuper tout l’espace au sud de la Russie.

Nous n’avons aucun problème pour trouver notre train et nous faisons rapidement la
découverte de notre environnement immédiat, qui sera notre petit monde durant les
trois prochains jours.

Notre wagon, de seconde classe, est administré par deux «hôtesses», les
prodvonitsas. Elles sont chargées de vérifier les billets, mais également de
l’entretien du wagon, de l’approvisionnement en eau bouillante du samovar (grande
bouilloire commune chauffée au charbon) ainsi que des conflits entre passagers.

Le train marque des arrêts fréquents. Parfois nous nous arrêtons cinq minutes, et
parfois trente. Le problème: nous n’arrivons pas à comprendre à l’avance combien
de temps le train restera en gare. Du coup on n’ose pas descendre: les trains Russes
sont toujours scrupuleusement à l’heure. Il est clair que le notre ne va pas nous
attendre si par mégarde nous nous attardons un peu trop…
A Krasnoïarsk nous traînons un peu en gare et il s’en faut de peu pour que le train ne
reparte sans nous: les marches sont déjà remontées lorsque nous nous présentons
devant la porte de wagon.

http://voyages.pixinn.net/transsiberien/index.html

11.
1. L’expression il s’en faut de peu est formée à partir du verbe s’en falloir et
exprime l’éventualité qui ne s’est pas réalisée.

2. Dans le deuxième paragraphe, ça fait référence à la dernière phrase du paragraphe


antérieur.

3. Dans le quatrième paragraphe, mégarde est un synonyme de bévue.

4. Dans le premier paragraphe, y fait référence à ce pays.

Réponse: C E E C

1. VRAI - L’expression il s’en faut de peu est formée à partir du verbe pronominal
s’en falloir et exprime une éventualité qui s’est presque réalisée: Peu s’en est fallu
que je rate le train.

2. FAUX - Dans le deuxième paragraphe, ça fait référence à: c’est un moyen de


transport relativement peu onéreux très prisé par les Russes.

3. FAUX - Mégarde n’est pas un synonyme de bévue.

Faire quelque chose par mégarde veut dire la faire par inadvertance, sans le vouloir;

≠Bévue veut dire méprise grossière due à l’ignorance, à l’étourderie.

4. VRAI - Le pronom relatif y indique le lieu, dans le sens de à, en, dans cet endroit-
là.

Hiroshima l’inévitable

A la version officielle, qui met en avant le caractère difficile de la poursuite des


opérations militaires, et le sacrifice humain qu’aurait supposé une poursuite des
hostilités, s’opposent les thèses révisionnistes, qui insistent sur le fait que le Japon
était, d’une façon ou d’une autre, au bord de la capitulation, que les autorités
américaines le savaient, et qu’en conséquence l’utilisation de la bombe atomique
n’était pas nécessaire. En fait, si effectivement l’arme nucléaire aurait pu ne pas être
utilisée, sans que cela n’ait d’incidence sur le conflit avec le Japon, les autorités
américaines ne pouvaient pas prendre le risque de poursuivre la guerre, tandis que
les scientifiques leur avaient apporté un moyen d’y mettre un terme. Par ailleurs,
comme nous l’avons noté, de nombreux paramètres eurent pour effet de réduire la
marge de manœuvre des dirigeants américains, à tel point que le choix de ne pas
avoir recours à l’arme nucléaire devenait presque impossible. Ainsi, pouvons-n
considérer qu’en août 1945, Washington ne pouvait pas ne pas utiliser le nouvel
engin contre le Japon. Partant de ce constat, les dirigeants américains, Truman en
tête, réfléchirent aux différents avantages que pouvaient leur procurer la nouvelle
arme, notamment dans la confrontation avec l’Union soviétique, mais de façon plus
générale dans un contexte marqué par l’émergence des Etats-Unis au rang de
superpuissance.

Il y eut donc un «moment nucléaire» permettant d’asseoir la puissance américaine,


et de provoquer une rupture dans les relations internationales, ouvrant véritablement
une nouvelle ère. Mais ce moment était inévitable, considérant que le refus de
recourir à l’arme la plus puissante jamais produite aurait été accueilli de façon très
négative par l’opinion publique américaine, et ses représentants politiques les plus
directs, à savoir les parlementaires. Ainsi, le projet Manhattan fut-il détourné de ses
objectifs initiaux, mais à partir du moment où la Maison Blanche avait décidé de se
lancer dans l’aventure nucléaire, et dans la mesure où le projet avait abouti avant la
fin des hostilités, il était difficile, voire impossible, de reculer.

Par Barthélémy Courmont

http://www.iris-france.org/62097-hiroshima-linevitable/

12.
1. Dans le dernier paragraphe, la mise en rapport des temps verbaux met en valeur
un moment passé de durée relativement brève dans un contexte d’évènements
dynamiques en cours.

2. Dans si effectivement l’arme nucléaire aurait pu ne pas être utilisée, Le


conditionnel est employé pour exprimer une hypothèse possible, quoique
improbable.

3. Dans le refus de recourir à l’arme la plus puissante jamais produite aurait été
accueilli de façon très négative, le conditionnel est employé pour exprimer une
situation imaginaire.

4. Dans de nombreux paramètres eurent pour effet de réduire la marge de manœuvre


des dirigeants américains, à tel point que le choix de ne pas avoir recours à l’arme
nucléaire devenait presque impossible, l’emploi du passé simple et de l’imparfait
présente un fait situé dans le passé ainsi qu’un procès dans son déroulement.
Réponse: C E C C

1. VRAI - Dans le dernier paragraphe, la mise en rapport du passé simple (moment


passé de durée relativement brève) et de l’imparfait (contexte d’évènements en
cours) confère du dynamisme au récit. Voir aussi l’item 4.

2. FAUX - Dans si effectivement l’arme nucléaire aurait pu ne pas être utilisée, nous
avons un exemple du conditionnel irréel ou impossible, qui dénote une possibilité
qui ne s’est pas réalisée, dans le passé qui ne peut être changé.

• Ex.: Si les États-membres avaient montré plus de détermination, la Société des


Nations aurait pu mener sa mission à bien (mais cela n’a pas été le cas et il est trop
tard pour changer le passé).

3. VRAI - Dans sa valeur d’imaginaire, le conditionnel est employé pour mettre en


scène un monde imaginé, en suspendant la réalité.

• Ex.: On vivrait en paix si toutes les armes nucléaires étaient éliminées (mais, dans
la réalité, ces armes existent).

4. VRAI - Dans un récit écrit au passé,

• l’imparfait sert à décrire le cadre dans leque se déroule l’action, à situer le récit
dans le contexte;

• le passé simple raconte les évènements et les actions qui font progresser le récit.

Des mandats aux indépendances: La montée du problème de la Palestine

Des logiques de violence et d’affrontement s’imposèrent immédiatement, et


définitivement. Il était logique que les Arabes de Palestine réagissent violemment à
une entreprise de colonisation qui se traduisait par le vol de leurs terres et leur
marginalisation dans leur propre pays; et prévisible, quoique catastrophique, que
cette résistance s’accompagnât d’une vague d’antisémitisme sans précédent, et
particulièrement ignoble, dans les pays et mandats arabes de la région. Il était bien
de cette époque, la plus sombre de l’Histoire du monde contemporain, que les
sionistes n’aient jamais essayé de s’entendre avec les indigènes, de se faire aimer
d’eux, mais uniquement de les contrôler par la force: ce comportement était celui de
tous les Européens hors d’Europe.

Il faut dire que tous les Juifs ressentaient une angoisse redoublée de la situation en
Europe. Dans les années 1920 l’Allemagne fut balayée par une vague d’hystérie
antisémite d’une violence sans précédent, dont le principal porte-parole arriva au
pouvoir en janvier 1933 - on ne mesurait pas la portée des projets de Hitler, et ce
qu’il fit à partir de janvier 1942 était littéralement impensable auparavant; mais ce
qu’il fit dans les années 1930 était largement suffisant pour affoler les juifs. En
Europe centrale fleurissaient des dictatures antisémites, certaines plus encore en
apparence que les nazis; même celles qui ne l’étaient pas au départ, comme celle de
Mussolini en Italie, finirent par le devenir. En France, une extrême-droite raciste
semblait proche de renverser la vieille République épuisée; en Belgique et aux Pays-
Bas, les choses n’allaient guère mieux; même en Grande-Bretagne et en
Scandinavie, on entendait de plus en plus la voix des antisémites. En U.R.S.S., les
Juifs qui avaient cru dans le communisme, et avaient joué un rôle majeur dans la
révolution bolchevique, commençaient à être marginalisés, voire persécutés, par
Staline (pas pour l’instant en tant que Juifs, mais souvent en tant que trotskystes).

Bref, en Europe la catastrophe était à peu près générale; ceux des Juifs qui
n’envisageaient pas d’émigrer sur le continent américain, non touché par ces
dérives, n’avaient plus d’autre espoir qu’en le sionisme. Mais, pour les Arabes, cet
espoir signifiait un désastre.

Le Proche-Orient au XXe siècle. Cours de Jean-Pierre MINAUDIER.


http://www.minaudier.com/

13.
1. Dans «que cette résistance s’accompagnât», le verbe accompagner à l’imparfait
du subjonctif exprime le jugement.

2. Dans le texte, «Il était bien de cette époque» veut dire À cette époque, il était bien
de.

3. Dans le texte, «n’avaient plus d’autre espoir qu’en le sionisme» équivaut à il ne


leur restait aucun autre espoir à part le sionisme.

4. Dans le texte, «les choses n’allaient guère mieux» pourrait être remplacé sans
commettre de faute ni changer le sens de la phrase par la situation ne s’améliorait
point.

Réponse: C E C C

1. VRAI - Le subjonctif peut exprimer le jugement, le doute, l’incertitude, le désir,


le souhait, l’émotion ou l’obligation.

2. FAUX - L’auteur fait allusion au fait qu’un tel comportement était acceptable,
voire normal, à l’époque dont il est question dans le texte:

Il était bien de cette époque = Il était typique, caractéristique de cette époque; À


cette époque, il était bie• de = À cette époque, il était correct, convenable de.
• D’ailleurs, l’auteur classe cette période comme «la plus sombre de l’Histoire du
monde contemporain».

3. VRAI - La locution adverbiale ne...plus...que indique que, de tous les espoirs


qu’ils avaient, il leur était resté un seul: le sionisme.

4. VRAI - ATTENTION: ne...point et ne...guère ne veulent pas dire la même chose;


c’est le verbe s’améliorer à la négative qui rend possible l’équivalence.

• ne...point: négation; ne...guère: restriction.

• Les choses n’allaient guère mieux → La situation ne s’améliorait pas (point).

La Tunisie est devenue l’espoir du monde arabe: c’est la start-up de la démocratie

La situation générale du monde arabe n’est guère réjouissante. Le chaos est de


retour en Irak, la guerre civile fait rage en Syrie où le chiffre de 200.000 morts sera
bientôt atteint, la Libye est incontrôlable, l’Égypte est passée du combat politique
aux fausses solutions militaires qui n’augurent rien de bon en termes de violences
présentes et futures, les pays du Golfe sont inquiets pour leur sécurité. Après
l’immense espoir soulevé par ce qui fut qualifié de «printemps arabe», cette partie
du monde donne un aspect de désolation, de conflits internes, de perte de puissance
et du déclin de la maîtrise de leur propre destin.

La Tunisie est l’exception à cette règle quasi générale. Alors que se profilent les
élections présidentielles et législatives et après de forts soubresauts (dont les
assassinats de Chokri Belaïd et Mohamed Brahmi), la Tunisie donne l’exemple d’un
pays qui règle ses problèmes par la voie politique, et non par la force.

Certes, la situation n’est pas totalement satisfaisante, mais globalement les Tunisiens
ont choisi de renoncer à la violence armée pour régler leurs problèmes.

Avec sagesse et clairvoyance, les Tunisiens ont refusé de suivre la «voie


égyptienne» que préconisaient certains pour faire échec aux islamistes. Cela aurait
été un naufrage pour la Tunisie. Les trois premières années de la révolution ont été
consacrées à la mise en place d’institutions, l’adoption d’une constitution et la
restauration d’un État qui, comme souvent dans ces circonstances, était passé d’une
trop grande omnipotence à une faiblesse inquiétante.

La Tunisie est devenue l’espoir du monde arabe. Elle ne cherche pas à exporter un
modèle, mais elle permet de donner de l’espoir aux autres nations. Il y a un autre
choix possible que celui de la dictature ou du chaos. Elle peut être présentée comme
la «start-up de la démocratie» dans le monde arabe, par son côté mobile,
expérimental et imaginatif. Bien sûr, les 161 partis politiques font de la surenchère,
bien sûr, à avoir trop espéré dans des résultats rapides de la révolution il y a eu une
déception populaire.
Certains nostalgiques de Ben Ali redressent la tête, mais c’est surtout l’héritage de
Bourguiba qui est réévalué. Bourguiba, qui avait permis à la Tunisie d’être en
avance en instituant, lors de l’indépendance le premier syndicat, la première
association féminine, la première ligue des droits de l’homme du monde arabe et du
code du statut personnel, sans parler de l’alphabétisation. La maturité de la société
tunisienne, qui lui a permis de ne pas tomber dans les ornières de violents
affrontements, est le fruit d’une tradition qui vient de plus loin que les trois
dernières années.

La révolution a été faite pour la démocratie, mais avant tout pour la dignité et la
lutte contre la corruption.

La deuxième étape de la révolution, celle qui doit s’ouvrir après les élections, doit
être économique et sociale. Le chômage est encore trop important, notamment
parmi les jeunes et les jeunes diplômés. Cela dépendra des investissements
extérieurs et du tourisme. La Tunisie souffre de la situation en Libye, qui n’est plus
l’opportunité économique qu’elle était et pourrait être.

Les touristes sont revenus, mais les Français paradoxalement dans une moindre
proportion (7 millions cette année). La proximité entre la France et la Tunisie a
conduit à une surreprésentation dans l’imaginaire collectif de ce qui n’allait pas. Les
tour-opérateurs français ont une part de responsabilité. Au lieu de montrer à leurs
clients que les sites touristiques et les plages étaient à l’abri de tous tumultes, ils ont
préféré faire pression sur leurs partenaires tunisiens pour faire baisser les prix. Rien
ne justifie qu’il n’y ait pas un retour en force des touristes français dès l’an
prochain, ce qui permettrait de consolider le processus démocratique.

1er octobre 2014. Pascal BONIFACE. http://www.iris-france.org/informez


vous/blog_pascal_boniface_article.php?numero=338

14.
1. L’emploi du passé simple dans «l’immense espoir soulevé par ce qui fut qualifié
de «printemps arabe»» laisse entendre que les évènements qui ont été appelés
«printemps arabe» ne suscitent plus cet espoir.

2. Dans «les pays du Golfe sont inquiets pour leur sécurité», la préposition pour
pourrait être remplacée par de sans changer le sens de la phrase ni affecter la
correction grammaticale.

3. Dans «Rien ne justifie qu’il n’y ait pas un retour en force des touristes français
dès l’an prochain», il y a un adverbe de restriction.
4. La phrase «La révolution a été faite pour la démocratie, mais avant tout pour la
dignité et la lutte contre la corruption» a le sens de Ce sont la démocratie, la dignité
et la lutte contre la corruption qui ont fait la révolution.

Réponse: C C E E

1. VRAI - Le passé simple indique le passé révolu, achevé sans rapport avec le
présent.

Oui, mais attention: notez qu’ à titre d’exception, la Tunisie, «est devenue l’espoir
du monde arabe» (paragraphe 4);» La Tunisie est l’exception à cette règle quasi
générale» (paragraphe 2).

2. VRAI - Les deux formes sont correctes: être inquiet/inquiète de ou pour


quelqu’un ou quelque chose; s’inquièter de ou pour quelqu’un ou quelque chose.

3. FAUX - Dans «Rien ne justifie qu’il n’y ait pas un retour en force des touristes
français dès l’an prochain», il y a un adverbe de négation.

4. FAUX - Dans la phrase «La révolution a été faite pour la démocratie, mais avant
tout pour la dignité et la lutte contre la corruption», la préposition pour exprime,
dans ce cas, le but, la finalité, la conséquence désirée: La démocratie, la dignité et la
lutte contre la corruption sont les objectifs de la révolution.

Le système A2/AD chinois: enjeux régionaux

Les systèmes d’Anti-Access/Area-Denial (A2/AD) composent l’évolution de notre


ligne Maginot ou de la muraille de Chine. Concrètement, ces systèmes visent,
notamment par des moyens balistiques, à limiter les capacités d’actions de l’ennemi
sur un théâtre opérationnel. Aujourd’hui, un système A2/AD en particulier est au
cœur d’un probable bouleversement stratégique: il s’agit du système chinois de
défense. Le développement du système A2/AD chinois est intimement lié à la
perception chinoise de l’étranger proche, à la présence militaire en Asie et aux
disputes territoriales, marques d’une volonté chinoise d’hégémonie régionale.

En 1996, les Etats-Unis mobilisèrent deux groupes de combat aéronaval composés


des porte-avions USS Nimitz et USS Independance, en gage de soutien à Taïwan
alors que les autorités chinoises procédaient à des tirs de missiles visant,
vraisemblablement, à intimider l’électorat du président sortant Lee Teng-hui durant
les élections. Ces évènements, marqueurs d’une forte ingérence américaine dans la
région, furent à l’origine de la volonté chinoise de mise en place et d’expansion
d’un système A2/AD.

Le développement de ce système permet à la Chine d’avoir les moyens militaires de


ses ambitions régionales: dans les tensions autour des îles Senkaku/Diaoyu, des îles
Paracels et Spratleys, mais aussi autour des rapports de forces persistants avec
Taïwan. L’A2/AD permet donc à la Chine d’exercer, sans menace militaire directe,
ses revendications en Mer de Chine orientale, méridionale et de faire face au
«dilemme de Malacca».

La mise en place d’un système A2/AD par la Chine vise avant tout à maintenir les
forces américaines à bonne distance du premier collier d’îles allant du Japon, aux
Philippines, en intégrant le détroit de Malacca. En effet, à l’intérieur de ce chapelet,
la Chine est particulièrement vulnérable du fait de la concentration de ses
flux/infrastructures portuaires vitaux pour l’économie chinoise en termes
d’importations d’hydrocarbures par exemple et d’exportations de biens.

En termes opérationnels, le système A2/AD pourrait permettre de cibler les bases


d’Okinawa mais également de Guam, réduisant ainsi au minimum les capacités
d’intervention américaines. Toutefois, la mise en place de ce système, mêlée aux
tendances bellicistes de la Chine (comme en mai 2014 autour des plateformes de
forage avec le Vietnam) pousse de nombreux pays de la région à accroître, voire à
requérir comme dans le cas du Vietnam, une présence militaire américaine.

Par Hugo TOUPIN, le 9 septembre 2014

http://les-yeux-du-monde.fr/actualite/asie-oceanie/19494-le-systeme-a2ad-chinois-
enjeux

15.

1. Dans le deuxième paragraphe, l’imparfait crée un arrière-plan sur lequel se


déroulent des évènements dans le passé.

2. Dans «Les systèmes d’Anti-Access/Area-Denial (A2/AD) composent l’évolution


de notre ligne Maginot ou de la muraille de Chine», la préposition ou exprime
l’exclusion.

3. «Aéronaval» fait son pluriel en -ALS et non pas en -AUX, comme «vital». C’est
une exception à la règle du pluriel, de même que glacial, naval, fatal, cérémonial,
banal, natal, final et idéal.

4. Les expressions «collier» et «chapelet» comparent les îles à des perles.

Réponse: C E E C

1. VRAI - Dans la mise en rapport des temps verbaux dans le récit, l’imparfait sert à
créer un arrière-plan sur lequel se déroulent des évènements dans le passé.

• En 1996, les Etats-Unis mobilisèrent deux groupes de combat aéronaval (...) alors
que les autorités chinoises procédaient à des tirs de missiles → Deux plans d’action
simultanés: la mobilisation des deux groupes de combat aéronaval + les tirs de
missiles.

2. FAUX - Dans «Les systèmes d’Anti-Access/Area-Denial (A2/AD) composent


l’évolution de notre ligne Maginot ou de la muraille de Chine», la préposition ou
exprime l’alternative: l’évolution de notre ligne Maginot ou bien de la muraille de
Chine.

3. FAUX - Glacial et idéal font leur pluriel soit en -als, soit en -aux. Ex.: un résultat
idéal - > des résultats idéals ou des résultats idéaux.

4. VRAI - En portugais: perles= contas de um colar; chapelet= terço.

L’Homme qui rit.

L’action se déroule en Angleterre, à la fin du XVIIe siècle. Enfant, Gwynplaine a été


enlevé par des voleurs qui l’ont atrocement défiguré pour en faire un monstre de
foire: ses joues ont été incisées de la bouche aux oreilles, de façon à donner
l’illusion d’un sourire permanent. Devenu adulte, il se produit dans une troupe de
comédiens.

Quoi qu’il en fût, Gwynplaine était admirablement réussi.

Gwynplaine était un don fait par la providence à la tristesse des hommes. Par quelle
providence? Y a-t-il une providence Démon comme il y a une providence Dieu?
Nous posons la question sans la résoudre.

Gwynplaine était un saltimbanque. Il se faisait voir en public. Pas d’effet


comparable au sien. Il guérissait les hypocondries1 rien qu’en se montrant. […]

C’est en riant que Gwynplaine faisait rire. Et pourtant il ne riait pas. Sa face riait, sa
pensée non. L’espèce de visage inouï que le hasard ou une industrie bizarrement
spéciale lui avait façonné, riait tout seul. Gwynplaine ne s’en mêlait pas. Le dehors
ne dépendait pas du dedans. Ce rire qu’il n’avait point mis sur son front, sur ses
joues, sur ses sourcils, sur sa bouche, il ne pouvait l’en ôter. On lui avait à jamais
appliqué le rire sur le visage. C’était un rire automatique, et d’autant plus irrésistible
qu’il était pétrifié. Personne ne se dérobait à ce rictus. Deux convulsions de la
bouche sont communicatives, le rire et le bâillement. Par la vertu de la mystérieuse
opération probablement subie par Gwynplaine enfant, toutes les parties de son
visage contribuaient à ce rictus, toute sa physionomie y aboutissait, comme une roue
se concentre sur le moyeu2; toutes ses émotions, quelles qu’elles fussent,
augmentaient cette étrange figure de joie, disons mieux, l’aggravaient. Un
étonnement qu’il aurait eu, une souffrance qu’il aurait ressentie, une colère qui lui
serait survenue, une pitié qu’il aurait éprouvée, n’eussent fait qu’accroître cette
hilarité des muscles; s’il eût pleuré, il eût ri; et, quoi que fit Gwynplaine, quoi qu’il
voulût, quoi qu’il pensât, dès qu’il levait la tête, la foule, si la foule était là, avait
devant les yeux cette apparition, l’éclat de rire foudroyant. Qu’on se figure une tête
de Méduse gaie.

1 Hypocondries: états dépressifs et mélancoliques.

2 Moyeu: pièce centrale d’une roue.

Victor HUGO, L’homme qui rit. 1869

16.
1. Dans «s’il eût pleuré, il eût ri», les deux formes verbales sont au passé antérieur.

2. Dans «une pitié qu’il aurait éprouvée», éprouver veut dire mettre à l’épreuve.

3. Dans «Gwynplaine ne s’en mêlait pas», mêler veut dire mélanger.

4. Dans «il ne pouvait l’e• ôter», e• fait référence à «(de) son front», «(de) ses
joues», «(de) ses sourcils» et «(de) sa bouche».

Réponse: E E E C

1. FAUX - Les deux formes verbales sont au conditionnel passé, deuxième forme.
Ce temps verbal appartient au registre littéraire et s’utilise rarement de nos jours.

ATTENTION: Voici trois conjugaisons très semblables du verbe rire et pourtant


différentes. Observez les conjonctions et les accents circonflexes pour distinguer
chaque mode.

Passé antérieur de Plus-que-parfait du Conditionnel passé deuxième


l’indicatif subjonctif forme
j’eus ri que j’eusse ri j’eusse ri

tu eus ri que tu eusses ri tu eusses ri

il eut ri qu’il eût ri il eût ri

nous eûmes ri que nous eussions ri nous eussions ri

vous eûtes ri que vous eussiez ri vous eussiez ri

ils eurent ri qu’ils eussent ri ils eussent ri

2. FAUX - Dans le contexte, éprouver veut dire ressentir une sensation, un


sentiment → une pitié qu’il aurait ressentie.

3. FAUX - Le verbe mêler veut bien dire mélanger, mais mêler a un sens différent
de se mêler de [quelque chose ], expression familière qui veut dire intervenir de
manière inopportune (portugais: se meter [no que não é de sua conta]).

4. VRAI - La phrase «Ce rire qu’il n’avait point mis sur son front, sur ses joues, sur
ses sourcils, sur sa bouche, il ne pouvait l’en ôter» veut dire «Il ne pouvait ôter ce
rire involontaire de son front, de ses joues, de ses sourcils et de sa bouche».

• Il ne pouvait l’ôter → Il ne pouvait ôter ce rire involontaire

La Commune de Paris (1871): Deux types de communards.

L’ébéniste Brousse:

«Je suis né à Toulouse en 1826. Je descends d’un bon patriote de 92, Nicolas
Brousse; chargé de vente des biens nationaux, il aurait pu s’enrichir sans forfaire, il
fit abnégation de tout et mourut sans fortune nous laissant un nom estimé et ses
principes républicains pour héritage. Nous le conservons religieusement. Ouvrier
menuisier ébéniste à l’âge de 18 ans, je quittais mes foyers pour faire mon tour de
France, travaillant le jour, étudiant la nuit: l’histoire, voyages, philosophie,
économie sociale et politique, faisant la propagande et prenant part à tous les
mouvements républicains qui avaient lieu là où je me trouvais. Arrivé à Paris en
1864, je m’établis deux ans après ébéniste réparateur 2, rue Joquelet. J’occupais 1 à
3 ouvriers, je les payais 50 c. par jour plus cher que le prix officiel et je leur faisais
la propagande par-dessus le marché. J’ai pratiqué l’association tant que j’ai pu. En
politique, je veux la souveraineté du Peuple la plus étendue, toutes les libertés sans
autre limite que la liberté d’autrui. Je voudrais voir établir un impôt unique sur toute
propriété ou valeur. Instruction gratuite et obligatoire. Instruction supérieure gratuite
aussi et toutes deux laïques. Je voudrais en un mot toutes les Réformes que réclame
notre mauvaise organisation sociale et politique.»

Les femmes siègent dans l’Église de la Trinité.

«Pour nous autres, la plaie sociale qu’il faut d’abord fermer, c’est celle des patrons,
qui exploitent l’ouvrier et s’enrichissent de ses sueurs. Plus de patrons qui
considèrent l’ouvrier comme une machine de produit. Que les travailleurs
s’associent entre eux, qu’ils mettent leur labeur en commun et ils seront heureux.

Un autre vice de la société actuelle, ce sont les riches qui ne font que bien boire et
bien s’amuser, sans prendre aucune peine. Il faut les extirper, ainsi que les prêtres et
les religieuses. Nous ne serons plus heureuses que lorsque nous n’aurons plus ni
patrons, ni riches, ni prêtres.»

J. ROUGERIE, Paris libre, 1871, Le Seuil. Texte adapté.

17.
1. Dans «Je voudrais en un mot toutes les Réformes que réclame notre mauvaise
organisation sociale et politique», que fait référence à en un mot.

2. La phrase «Nous ne serons plus heureuses que lorsque nous n’aurons plus ni
patrons, ni riches, ni prêtres» équivaut à Nous ne serons heureuses de nouveau que
quand nous n’aurons plus ni patrons, ni riches, ni prêtres.

3. Dans «Nous le conservons religieusement», le fait référence à nom estimé.

4. Dans «il aurait pu s’enrichir sans forfaire», forfaire veut dire commettre des
crimes.

Réponse: E C E C

1. FAUX - Dans «Je voudrais en un mot toutes les Réformes que réclame notre
mauvaise organisation sociale et politique», que fait référence au complément
d’objet toutes les Réformes.

notre mauvaise organisation sociale et politique réclame toutes [ces] Réformes + Je


voudrais toutes ces Réformes.

2. VRAI - L’adverbe de restriction ne...que, accompagné du comparatif plus, établit


cette équivalence.

3. FAUX - Dans «Nous le conservons religieusement», le fait référence au nom


masculin héritage (un nom estimé et ses principes républicains).
4. VRAI - Le verbe forfaire appartient au registre littéraire et veut dire commettre
une faute grave, agir contrairement à son devoir.

• Forfait: crime abominable.

L’ex-URSS tétanisée

Le rattachement de la Crimée à la Russie a jeté un froid dans l’ex-URSS, où le


président russe a recueilli peu de soutiens officiels. «Les événements en Ukraine
sont une menace non seulement pour la stabilité de la région, mais aussi pour tout
l’ordre mondial», a déclaré mercredi le président de la Géorgie, Guiorgui
Margvelachvili. La Géorgie a connu en 2008 une guerre de cinq jours avec la
Russie, à l’issue de laquelle le Kremlin a reconnu l’indépendance de l’Ossétie du
Sud et d’un autre territoire séparatiste, l’Abkhazie. Les autorités séparatistes de ces
deux territoires, non reconnus par la communauté internationale, ont quant à elles
applaudi le rattachement de la Crimée.

La Moldavie dit craindre une répétition du scénario ukrainien sur son territoire, sa
partie orientale, la Transdniestrie, étant dominée par des minorités russe et
ukrainienne. Cette région avait fait sécession, avec le soutien de Moscou, à l’issue
d’une guerre en 1992, un an après la chute de l’URSS, mais son indépendance n’a
été reconnue par aucun pays.

A la tête d’un des plus importants partenaires de la Russie, le Kazakhstan, le


président Noursoultan Nazarbaïev a gardé un silence total. «Le Kazakhstan a fait
bonne figure, montrant qu’il reste un partenaire de la Russie mais, dans les régions
où Russes et Kazakhes sont à parité ou où les Russes sont majoritaires, le processus
d’inversion des proportions va s’accélérer», affirme l’analyste Konstantin
Kalatchev, chef du Groupe d’experts politiques. «Pour le Kazakhstan, la Crimée est
une leçon, les conclusions sont tirées».

Autre partenaire de taille, le Belarus, pays frontalier de l’Union européenne, au


régime autoritaire, se montre très réservé. Dans un communiqué diffusé mercredi,
Minsk indiquait seulement vouloir faire «tous les efforts nécessaires pour que les
relations entre l’Ukraine et la Russie redeviennent des liens fraternels et de bon
voisinage». «Comment fuir un tel «ami»?», s’interroge l’analyste politique Andreï
Klimov.

Finalement, le soutien est venu du président arménien Serge Sarkissian qui a estimé
que le référendum de Crimée était «un nouvel exemple du droit d’un peuple à
l’autodétermination». Voisin de l’Arménie, l’Azerbaïdjan, embourbé avec elle dans
un conflit territorial, souhaite lui aussi rester en bons termes avec le Kremlin et s’est
fait discret. En Asie centrale, les autorités turkmènes, ouzbèkes et tadjikes ont gardé
le silence. Le Kirghizstan a attendu quatre jours avant de reconnaître jeudi, le
référendum tenu en Crimée comme une «réalité objective».
http://www.liberation.fr/monde/2014/03/20/la-douma-ratifie-le-traite-rattachant-la-
crimee-a-la-russie_988603

18.
1. La phrase «Le Kazakhstan a fait bonne figure» peut être remplacée sans
changement grammatical ni de sens par «Le Kazakhstan a fait piètre figure».

2. Les autorités séparatistes de l’Ossétie du Sud et de l’Abkhazie se sont manifestées


à l’encontre du Kremlin en ce qui concerne le rattachement de la Crimée.

3. Dans le texte, «embourbé» (L.28) équivaut à enlisé.

4. Les autorités d’Asie centrale se sont gardées de donner leur avis.

Réponse: E E C C

1. FAUX - Faire bonne figure veut dire se distinguer dans une épreuve, s’en tirer à
son avantage, être à la hauteur

≠ Faire triste, piètre figure veut dire avoir l’air sombre ou ne pas être à son avantage
dans une situation, ne pas être à la hauteur

2. FAUX - À l’encontre (de) veut dire en s’opposant à quelque chose, en y faisant


obstacle.

3. VRAI - Embourber veut dire engager un véhicule dans un lieu où il s’enlise, dans
un bourbier (en portugais: atoleiro).

4. VRAI - dans «les autorités turkmènes, ouzbèkes et tadjikes ont gardé le silence»,
se garder de veut dire s’abstenir de.

• Garder le silence = se garder de donner son avis.

Les activités de transformation et de services

Toujours s’imposa aux États la nécessité de sécuriser les routes commerciales dont
ils dépendaient. Des tribus nomades pillaient les caravanes marchandes traversant
les déserts d’Afrique et d’Asie; pirates et corsaires ne cessèrent d’écumer les routes
maritimes. Cela se produit encore aujourd’hui, notamment au large des côtes
somaliennes et dans le détroit de Malacca. Dans un registre moins dramatique, les
transports deviennent des enjeux politiques locaux, régionaux ou nationaux. Par
exemple, dans les pays développés, un nombre croissant de personnes utilisent
l’avion. Cela suppose la construction d’aéroports ou l’extension de ceux qui
existent.
Depuis 1978, le développement économique de la Chine repose largement sur la
fabrication de produits qu’elle vend au reste du monde. Elle retire de cette activité
une influence non négligeable car elle couvre désormais certains besoins (des
produits de consommation de masse à bas prix, par exemple). Mais cela la rend
également vulnérable aux autres pays: si leurs marchés se rétractent sous l’effet
d’une crise économique ou se ferment sous l’effet de réglementations (des normes
de sécurité et/ou de qualité plus strictes que celles appliquées en Chine), voire du
fait de l’insécurité du parcours emprunté, elle perd des débouchés et son activité
s’en trouve ralentie, ce qui peut affecter sa stabilité sociale, voire politique. À
l’inverse, le développement économique rapide de la Chine suscitait un courant très
important d’exportations à partir des pays industrialisés: ce pays émergent offrait
d’appréciables débouchés. Le ralentissement de sa croissance réduit ces perspectives
et nuit à l’activité de nombreuses entreprises japonaises, nord-américaines ou
européennes.

Toutefois, l’interdépendance n’est pas symétrique: il s’établit des rapports de forces


dont il résulte des inégalités. Selon la conjoncture économique, selon les ressources,
selon les besoins, les forces et les faiblesses varient. Le vendeur de matières
premières se trouve en moins bonne posture que le vendeur de biens d’équipements;
le vendeur de matériels de haute technologie l’emporte sur le vendeur de produits de
consommation courante; celui qui contrôle les capacités de transport, de stockage, et
de commercialisation impose sa volonté à celui qui ne peut que vendre des
concessions d’exploitation. Une part de l’inégalité Nord-Sud procède de cette
réalité.

À l’ère du reflux des affrontements militaires directs entre pays industrialisés et du


recul du recours à l’intervention armée comme moyen d’influence, la puissance
dépend en partie de l’accès aux échanges et de l’implantation dans l’espace où ils se
déroulent. Cet état de choses renouvelle l’importance du commerce. Et ce, d’autant
plus que, depuis la fin de la Seconde Guerre mondiale, le commerce international
connaît une croissance soutenue, source d’une part de plus en plus importante de la
croissance économique. Cela résulte de la combinaison de quatre facteurs:
l’amélioration constante des transports maritimes (“révolution des conteneurs“) et
aériens ainsi que des télécommunications; l’abaissement des droits de douane; la
spécialisation des lieux de production (de biens matériels comme de biens
immatériels) en fonction de leurs avantages comparatifs; et l’augmentation du
niveau de vie d’une partie importante des habitants de la planète, assortie d’une
homogénéisation des styles de vie (qui favorise la standardisation d’un certain
nombre de produits). Ainsi, les principaux ports et aéroports du monde se
concentrent en Asie, en Europe occidentale et en Amérique du Nord, sur le territoire
des États qui pèsent le plus dans le commerce international.

Patrice Gourdin, «Manuel de géopolitique», éd. Diploweb.com, 2015.

http://www.diploweb.com/10-Les-activites-de-transformation.html
19.
1. L’importance de la localisation des activités économiques transparaît dans les
enjeux des politiques d’aménagement du territoire.

2. Dans connaît une croissance soutenue le mot soutenue a le sens de retenue.

3. Dans Toujours s’imposa aux États la nécessité de sécuriser les routes


commerciales dont ils dépendaient, dont pourrait être remplacé par auxquelles.

4. Dans voire du fait de l’insécurité du parcours emprunté, le mot voire a le sens de


même.

Réponse: C E E C

1. VRAI - C’est le thème du texte.

2. FAUX - SOUTENIR: appuyer, maintenir ≠ RETENIR: freiner.

3. FAUX - Dont pourrait être remplacé par desquelles.

4. VRAI - VOIRE, adverbe. Employé comme particule d’assertion: Vraiment,


certes, assurément.

• Sert à renforcer une assertion, à renchérir: Même, et même.

20.
1. L’expression pirates et corsaires ne cessèrent d’écumer les routes maritimes
pourrait être remplacée par pirates et corsaires ne cessèrent jamais d’écumer les
routes maritimes sans commettre de faute ni changer le sens de la phrase.

2. Dans le vendeur de matériels de haute technologie l’emporte, le verbe emporter a


le sens de prendre quelque chose avec soi.

3. Certains territoires hébergent des activités qui engendrent les convoitises et les
rivalités.

4. Dans ce pays émergent offrait d’appréciables débouchés, le mot débouchés veut


dire Endroits où l’on passe d’un lieu resserré dans un lieu plus ouvert.

Réponse: C E C E
1. VRAI - Le sens du verbe cesser à la négative n’est pas altéré si l’on ajoute jamais
à la phrase.

2. FAUX - Attention: dans l’extrait, il ne s’agit pas du verbe emporter, mais de


l’emporter sur.

EMPORTER: Prendre quelque chose avec soi; transporter quelque chose, quelqu’un
(quelque part), l’emmener.

≠ L’EMPORTER (SUR): vaincre, avoir le dessus, gagner sur des adversaires,


triompher de ses concurrents; avoir l’avantage sur quelqu’un, prévaloir sur quelque
chose, être plus important que quelque chose.

3. VRAI - Cette idée est l’un des thèmes du texte.

4. FAUX - Cette définition existe, mais, dans le contexte, DÉBOUCHÉ veut dire
Marché économique considéré comme objectif de vente pour des produits.

DÉBOUCHÉ veut dire aussi:

• Carrière ouverte à quelqu’un, perspective d’avenir professionnel: Un diplôme


d’ingénieur qui offre des débouchés variés.

Les pays émergents et la coopération internationale

Les pays émergents, qui se sont imposés ces dernières années sur la scène
économique internationale, sont aussi très présents dans la sphère de la coopération
pour le développement. Pour certains, il s’agit d’une réémergence (Russie, pays
d’Europe centrale et orientale nouveaux membres de l’Union européenne, Chine);
d’autres (Afrique du Sud, Inde, Brésil) sont de nouveaux venus dans le financement
international du développement. Les formes d’intervention de ces nouveaux acteurs
modifient le champ de la coopération internationale, affectant les pratiques des
donateurs membres du CAD (Comité d’aide au développement), les institutions
multilatérales mais aussi les pays et organisations de coopération régionales
bénéficiaires de ces aides au développement. Pour les bailleurs de fonds,
l’accélération des inégalités dans les pays émergents constitue la menace principale
pesant sur leur stabilité.

Les pays émergents veulent avoir une voix qui compte au sein du «concert des
nations». Ils constituent un levier de diversification partenariale pour la coopération
Sud-Sud. L’ONU est en quelque sorte, en dehors des organisations régionales et
sous-régionales, le seul endroit où ils peuvent se faire entendre au niveau mondial,
promouvoir certains thèmes et dénoncer les conséquences de certaines politiques.
C’est aussi le lieu où ils peuvent bloquer certaines avancées, sur les droits de
l’homme notamment. Le Conseil des droits de l’homme qui siège à Genève est
aujourd’hui de plus en plus polarisé et dominé par les groupes régionaux. De plus,
une certaine tendance à la remise en cause de l’universalité des droits de l’homme
s’y dessine. Certains pays émergents (notamment la Chine, l’Inde, la Corée du Sud
et le Brésil) se sont également transformés en donateurs avec parfois une éthique de
l’aide en porte-à-faux avec les principes et les pratiques de bonne «gouvernance» en
vigueur.

Jean-Jacques Gabas, Les pays émergents et la coopération internationale. L’enjeu


mondial, 2008.

21.

1. Dans le passage «une éthique de l’aide en porte-à-faux avec les principes et les
pratiques de bonne ‹gouvernance› en vigueur», en porte-à-faux veut dire en fausse
donne.

2. Dans l’extrait «une certaine tendance à la remise en cause de l’universalité des


droits de l’homme s’y dessine», y fait référence à Genève.

3. Dans le contexte, le mot avancées est synonyme d’avances.

4. Les bailleurs de fonds sont les récipiendaires de l’aide au développement.

Réponse: E C C E

1. FAUX - En porte à faux = au figuré: qui est dans une situation ambiguë; fausse
donne: mauvaise donne (jeu de cartes).

2. FAUX - y fait référence au Conseil des droits de l’homme qui siège à Genève.

3. VRAI - Les deux mots ont exactement le même sens dans le texte:

4. FAUX - Les bailleurs de fonds sont les financiers de l’aide au développement.

L’humanitaire est-il devenu zombie?

Les principes dunantistes de neutralité, d’impartialité et d’indépendance des ONG


sont souvent au cœur des débats et des interrogations des humanitaires mais,
étonnamment, le quatrième, et pourtant fondamental, principe d’humanité, est
souvent passé sous silence, comme si celui-ci était tellement évident qu’il serait
presque redondant d’en parler. Et pourtant, la question se pose de savoir si
l’humanitaire a perdu son humanité, s’il est devenu zombie, ou encore un être sans
âme, sans conscience, qui, dans la culture vaudou, est manipulé par un sorcier. Mais
qui sont donc les sorciers qui manipulent l’humanitaire?

Les bailleurs de fond institutionnels dont les financements servent leurs agendas de
moins en moins déguisés. Ex: Justin Greening (du Department for International
Development britannique) qui annonce que la politique de DFID doit servir les
intérêts économiques du Royaume Uni.

Les gouvernements qui se servent de l’action humanitaire pour justifier leurs


interventions militaires.

Les fondations d’entreprises qui financent à hauteur de 3 milliards USD des projets
humanitaires dans le monde, mais pour quels desseins cachés? Redorer leur blason?
Fédérer leurs équipes autour d’un projet social? Accéder à de nouveaux marchés?

Aujourd’hui on gère le risque, on essaye de le réduire en étant accepté par les


populations bien sûr, mais aussi en «bunkérisant» les expatriés dans des
condominiums entourés de barbelés, en délocalisant le risque via le travail en
remote control, en sous-traitant la prestation de formation au risque, et, ce qui est
éthiquement plus questionnable, en déplaçant le risque sur les travailleurs locaux
(qui représentent 90% des incidents graves sur le personnel humanitaire), ou sur des
machines, avec l’utilisation de drones, qui vont, dans le futur, intervenir en lieu et
place des humanitaires, sans parler des partenaires locaux des ONG, pour lesquels il
n’y a souvent aucune analyse de prise de risque.

L’échec humanitaire en Syrie est un cas d’école sur lequel les humanitaires doivent
se pencher. Pourquoi n’y a-t-il plus d’humanitaires expatriés sur le sol syrien
aujourd’hui? Où est passé le feu sacré des French Doctors? Comment se fait-il
qu’on abandonne les Syriens à leur sort sans rien faire? De quoi avons-nous peur?
Du risque légal? Du non-renouvellement des polices d’assurances? Du gel des
financements? D’être accusés d’aider les terroristes dans le cas syrien? Est-ce la
déshumanisation de l’humanitaire qui nous a mis dans cette impasse?

Allocution de Stéphanie RIVOAL. Compte-rendu du premier Stand UP de


l’humanitaire (22 mai 2014)

http://www.iris-france.org/docs/kfm_docs/docs/obs_questions_humanitaires/cr-
stand-up-humanitaire-juillet2014.pdf

22.

1. Dans la phrase «Les bailleurs de fond institutionnels dont les financements


servent leurs agendas de moins en moins déguisés», dont pourrait être replacé sans
changer le sens de la phrase par auxquels.

2. Dans «des condominiums entourés de barbelés», le mot barbelés veut dire murs.

3. Dans le terme «intervenir en lieu et place des humanitaires», on pourrait


remplacer en lieu et place de par au lieu de.
4. Justin Greening est cité comme example de financier dont l’action humanitaire
est en porte à faux.

Réponse: E E C C

1. FAUX - Dans la phrase «Les bailleurs de fond institutionnels dont les


financements servent leurs agendas de moins en moins déguisés», dont équivaut à
desquels ou de qui.

2. FAUX - Dans «des condominiums entourés de barbelés», le mot barbelés veut


dire fils de fer munis de pointes (en portugais: arame farpado).

3. VRAI - En lieu et place de: à la place de = Au lieu de: à la place de quelqu’un, en


remplacement de quelque chose.

4. VRAI - L’expression en porte à faux veut dire, au sens figuré, qui est dans une
situation ambiguë.

Un souvenir de Solférino

C’est dans ces nombreux hôpitaux de la Lombardie que l’on pouvait voir et
apprendre à quel prix s’achète ce que les hommes appellent pompeusement la
gloire, et combien cette gloire se paie cher! La bataille de Solférino est la seule qui,
au XIXe siècle, puisse être mise en parallèle, pour l’étendue des pertes qu’elle
entraîna, avec les batailles de Borodino, de Leipzig et de Waterloo (...). Abstraction
faite du point de vue militaire et glorieux, cette bataille de Solférino était donc, aux
yeux de toute personne neutre et impartiale, un désastre pour ainsi dire Européen...

(…) Si une Société internationale de secours eût existé lors de Solférino, et si des
infirmiers volontaires s’étaient trouvés à Castiglione, quel bien inappréciable ils
eussent pu faire! Comment supposer qu’une légion d’aides actifs, zélés et courageux
auraient été inutiles sur ce champ de destruction, pendant la nuit néfaste du vendredi
au samedi, alors que des gémissements et des supplications déchirantes
s’échappaient de la poitrine de milliers de blessés, en proie aux douleurs les plus
aigües, et subissant l’inexprimable supplice de la soif!

(…) Si l’on avait eu suffisamment d’aides pour pourvoir au service du relèvement


des blessés dans les plaines de Médole, et au fond des ravins de San Martino, et sur
les escarpements du Mont Fontana ou les mamelons de Solférino, on n’eût pas
laissé, le 24 juin, pendant de longues heures, dans des angoisses poignantes et dans
la crainte si amère de l’abandon, ce pauvre bersaglier, ce uhlan ou ce zouave qui,
cherchant à se soulever malgré ses atroces douleurs, faisait inutilement signe de
loin, avec la main, pour qu’on dirigeât une civière de son côté. Enfin, on n’eût pas
encouru l’horrible chance d’enterrer, le lendemain, comme cela n’est que trop
probablement arrivé, des vivants avec des morts!
(…) Enfin, à une époque où l’on parle tant de progrès et de civilisation, et puisque
malheureusement les guerres ne peuvent être toujours évitées, n’est-il pas urgent
d’insister pour que l’on cherche, dans un esprit d’humanité et de vraie civilisation, à
en prévenir, ou tout au moins à en adoucir les horreurs?

Henry Dunant, Un souvenir de Solférino, 1862.

23.
1. Dans «alors que des gémissements et des supplications déchirantes s’échappaient
de la poitrine de milliers de blessés», alors introduit l’expression d’une conséquence
et veut dire en ce cas, dans ces conditions.

2. Dans «ce pauvre bersaglier, ce uhlan ou ce zouave qui, cherchant à se soulever


malgré ses atroces douleurs, faisait inutilement signe de loin, avec la main»,
cherchant peut être remplacé, sans changer le sens de la phrase, par tout en
cherchant.

3. Dans le dernier paragraphe, l’adverbe Enfin exige l’inversion du sujet pronominal


(«n’est-il pas urgent d’insister») parce qu’il est placé en début de phrase.

4. Dans «pour l’étendue des pertes qu’elle entraîna», le verbe entraîner est à
l’imparfait du subjonctif.

Réponse: E C E E

1. FAUX - Dans le texte, alors indique le temps et veut dire à ce moment-là (dans le
passé ou dans l’avenir).

2. VRAI - D’ailleurs, «responsabilidade ao proteger» se dit responsabilité tout en


protégeant en français.

3. FAUX - L’adverbe Enfin n’exige pas l’inversion du sujet pronominal; dans ce


cas, l’inversion se doit à la question posée.

4. FAUX - Dans «pour l’étendue des pertes qu’elle entraîna», le verbe entraîner est
au passé simple. La forme à l’ imparfait du subjonctif est qu’elle entraînât (oui, avec
deux accents circonflexes!).

La confession d’un enfant du siècle

Pendant les guerres de l’Empire, tandis que les maris et les frères étaient en
Allemagne, les mères inquiètes avaient mis au monde une génération ardente, pâle,
nerveuse. Conçus entre deux batailles, élevés dans les collèges aux roulements de
tambours, des milliers d’enfants se regardaient entre eux d’un œil sombre, en
essayant leurs muscles chétifs. Les enfants sortirent des collèges, et ne voyant plus
ni sabres, ni cuirasses, ni fantassins, ni cavaliers, ils demandèrent à leur tour où
étaient leurs pères. Mais on leur répondit que la guerre était finie, que César était
mort. Trois éléments partageaient donc la vie qui s’offrait alors aux jeunes gens:
derrière eux un passé à jamais détruit, s’agitant encore sur ses ruines, avec tous les
fossiles des siècles de l’absolutisme; devant eux l’aurore d’un immense horizon, les
premières clartés de l’avenir; et entre ces deux mondes… quelque chose de
semblable à l’Océan qui sépare le vieux continent de la jeune Amérique, je ne sais
quoi de vague et de flottant, une mer houleuse et pleine de naufrages, traversée de
temps en temps par quelque blanche voile lointaine ou par quelque navire soufflant
une lourde vapeur; le siècle présent, en un mot, qui sépare le passé de l’avenir, qui
n’est ni l’un ni l’autre et qui ressemble à tous deux à la fois, et où l’on ne sait, à
chaque pas qu’on fait, si l’on marche sur une semence ou sur un débris. Voilà dans
quel chaos il fallut choisir alors; voilà ce qui se présentait à des enfants pleins de
force et d’audace, fils de l’empire et petits-fils de La révolution.

Un sentiment de malaise inexprimable commença donc à fermenter dans tous les


cœurs jeunes. Condamnés au repos par les souverains du monde, livrés aux cuistres
de toute espèce, à l’oisiveté et à l’ennui, les jeunes gens voyaient se retirer d’eux les
vagues écumantes contre lesquelles ils avaient préparé leur bras. Tous ces
gladiateurs frottés d’huile se sentaient au fond de l’âme une misère insupportable.
Les plus riches se firent libertins; ceux d’une fortune médiocre prirent un état et se
résignèrent soit à la robe, soit à l’épée; les plus pauvres se jetèrent dans
l’enthousiasme à froid, dans les grands mots, dans l’affreuse mer de l’action sans
but […] Comme à l’approche d’une tempête il passe dans les forêts un vent terrible
qui fait frissonner tous les arbres, à quoi succède un profond silence, ainsi Napoléon
avait tout ébranlé en passant sur le monde; les rois avaient senti vaciller leur
couronne, et, portant leur main à leur tête, ils n’y avaient trouvé que leurs cheveux
hérissés de terreur. Le pape avait fait trois cents lieues pour le bénir au nom de Dieu
et lui poser son diadème; mais il le lui avait pris des mains. Ainsi tout avait tremblé
dans cette forêt lugubre des puissances de la vieille Europe; puis le silence avait
succédé.

cuistres: hommes ignorants et vaniteux.

état: profession.

robe: magistrature.

épée: armée.

Alfred de Musset, La confession d’un enfant du siècle, Chapitre II, 1836.

24.
1. Dans Mais on leur répondit que la guerre était finie, que César était mort,
l’imparfait est employé pour former le discours rapporté.

2. Dans Un sentiment de malaise inexprimable commença donc à fermenter dans


tous les cœurs jeunes, le passé simple exprime une action ponctuelle et relativement
brève.

3. Tout au long du texte, l’emploi récurrent de l’imparfait et du participe présent


confère au récit du dynamisme en exprimant plusieurs événements et actions
simultanés.

4. Dans ainsi Napoléon avait tout ébranlé en passant sur le monde, le plus-que-
parfait a la valeur modale de rétrospection.

Réponse: C C C C

1. VRAI - Discours direct: «La guerre est finie, César est mort» → Discours
rapporté: On leur répondit que la guerre était finie, que César était mort

Discours direct Discours rapporté

Présent Imparfait

Imparfait Imparfait

Passé composé Plus-que-parfait

Plus-que-parfait Plus-que-parfait

Futur simple Conditionnel présent

Futur antérieur Conditionnel passé

Conditionnel présent Conditionnel présent

Conditionnel passé Conditionnel passé


Subjonctif présent Subjonctif présent

2. VRAI - Le verbe commencer indique une action ponctuelle et relativement brève;


il ne faut qu’un instant pour commencer.

3. VRAI - L’imparfait et le participe présent mettent en valeur les acctions et


évènements en cours à un moment donné.

4. VRAI - Par sa valeur d’antériorité, le plus-que-parfait sert à faire le bilan, la


rétrospective.

L’Histoire, un éternel recommencement?

Les drames de ce début 2015 donnent du crédit à une conception cyclique de


l’Histoire. Sommes-nous devant une nouvelle rupture comme il y a cent ans, en
1914, avec la Grande Guerre, ou comme il y a deux cents ans, en 1814-1815, avec la
chute de Napoléon?

L’Europe a de toute évidence changé de siècle en 1912-1914, avec les premières


guerres balkaniques. Il s’en est suivi immédiatement deux guerres «mondiales» que
le général de Gaulle s’est autorisé à réunir sous l’appellation de deuxième «guerre
de Trente Ans», la première ayant ravagé les pays germaniques et l’Europe centrale
de 1618 à 1648.

Après quoi est venue une longue période de paix armée, la «guerre froide», de 1945
à 1989. La chute du Mur de Berlin et l’effondrement du communisme européen
marquent une nouvelle césure, avec un lointain pendant à Pékin, où l’échec des
émeutes de Tien An Men permet à Deng Xiaoping d’engager son pays dans la voie
capitaliste autoritaire.

Les attentats du 11 septembre 2001 ont chamboulé les États-Unis et ému les
téléspectateurs du monde entier mais n’ont guère affecté le cours de l’Histoire
européenne. S’il doit y avoir un nouveau tournant en Europe, c’est aujourd’hui qu’il
se dessine: retour des conflits armés (djihad, Ukraine), crise majeure dans la
gouvernance des États et de l’Union européenne, pression migratoire...

Sautons un siècle. Le Congrès de Vienne et Waterloo, en 1814-1815, mettent un


terme à la Révolution française née en 1789 et font entrer l’Europe dans un siècle de
paix relative et de grandeur sans équivalent dans l’Histoire de l’humanité. Les
révolutions romantiques de 1848 n’ont guère plus d’effet sur la géopolitique que nos
«événements» de 1968. C’est dans les années 1870 que s’amorce un changement de
rythme: le congrès de Berlin organise le dépeçage des Balkans; en 1885 un nouveau
congrès de Berlin conduit au dépeçage de l’Afrique. Cette poussée d’impérialisme
va conduire une génération plus tard les Européens à s’entre-déchirer...

Une génération est la trentaine d’années qui s’écoulent entre le moment où un


homme entre dans la vie adulte et celui où il est relayé par son fils. Ne soyons pas
surpris que les grandes actions humaines aient cette durée. C’est le cas des grandes
guerres (surtout civiles): guerre des Deux-Roses (1455-1485), guerres de religion
(1561-1598), guerre de Trente Ans (1618-1648), guerres mondiales (1914-1945),
guerre d’Indochine et Vietnam (1946-1975)... Même la guerre de Cent Ans a le bon
goût de se diviser en deux périodes, 1337-1380 et 1415-1453, entrecoupées par une
«embellie» de trois décennies. C’est aussi le cas des phases de croissance comme les
«Trente Glorieuses» bien nommées (1944-1974).

Ce que nous pouvons imaginer, de façon purement subjective, pour expliquer ce


rythme trentenaire, c’est qu’il faut le temps de l’oubli pour oser changer de cap.

À tout moment se côtoient trois générations. La génération active garde une


mémoire aigüe des actions de la précédente et tâche d’en éviter les travers. C’est
celle de Jean Monnet et de de Gaulle qui bâtit l’Europe atlantique autour de l’axe
franco-allemand. C’est Metternich et Talleyrand qui bâtissent l’Europe pacifique de
la Sainte-Alliance.

Lui succède une génération qui, se fiant aux progrès accomplis par ses
prédécesseurs, croit venue la fin de l’Histoire et l’«ère des bons sentiments»
(l’expression a été utilisée aux États-Unis pour qualifier la génération qui a succédé
à Washington). C’est Cohn-Bendit et Delors qui fondent l’Europe libertaire-libérale.
C’est aussi Disraeli et Jules Ferry qui entreprennent de convertir la planète entière à
leur «valeurs».

La quatrième génération - celle d’Alexis Tsipras?! - découvre l’impasse dans


laquelle l’a conduite la précédente. N’ayant pas connu la première génération, elle
ne peut tirer parti de son expérience. Elle est obligée d’innover pour sortir de
l’impasse. Nous en sommes là.

25/04/2015

http://www.herodote.net/L_Histoire_un_eternel_recommencement_-article-
1492.php

25. Jugez VRAI ou FAUX:

1. Dans «il faut le temps de l’oubli pour oser changer de cap», l’expression changer
de cap veut dire choisir une nouvelle direction.

2. Dans «Lui succède une génération qui, se fiant aux progrès accomplis par ses
prédécesseurs, croit venue la fin de l’Histoire», lui fait référence à l’Europe
pacifique de la Sainte-Alliance.

3. L’approche de l’auteur, parce que très subjective, ne se vérifie guère dans la


profondeur des siècles, en Europe occidentale.

4. À la fin du texte, dans l’affirmation «Nous e• sommes là», le sens du pronom


relatif en est temporel plutôt que spatial.

Réponse: C E E C

1. VRAI - L’expression changer de cap veut dire choisir une nouvelle direction,
surtout en politique.

2. FAUX - Lui fait référence à celle (la génération) de Jean Monnet et de de Gaulle.
Toute la structure du texte corrobore cette chaîne de cohésion sémantique.

3. FAUX - «Ne soyons pas surpris que les grandes actions humaines aient cette
durée. C’est le cas des grandes guerres (surtout civiles): guerre des Deux-Roses
(1455-1485), guerres de religion (1561-1598), guerre de Trente Ans (1618-1648),
guerres mondiales (1914-1945), guerre d’Indochine et Vietnam (1946-1975)...
Même la guerre de Cent Ans a le bon goût de se diviser en deux périodes, 1337-
1380 et 1415-1453, entrecoupées par une «embellie» de trois décennies. C’est aussi
le cas des phases de croissance comme les «Trente Glorieuses» bien nommées
(1944-1974)».

4. VRAI - Dans l’affirmation «Nous e• sommes là», le pronom relatif en fait


référence à l’actualité, à la conjoncture du moment où l’article a été écrit.

Audience de Charles Blé Goudé devant la CPI: nouveau coup d’éclat de la justice
pénale internationale?

Avancée dès 1872 par le Suisse Gustave Moynier et concrétisée en 1945 par la
création du Tribunal de Nuremberg pour juger des horreurs commises par les
puissances de «l’Axe du mal», l’idée d’une justice internationale a été consacrée
définitivement, en 1998 par la création de la Cour pénale internationale.

Après une première condamnation à l’encontre de l’ancien chef de milice congolais


Thomas Lubanga, pour crime de guerre en République démocratique du Congo et
plusieurs enquêtes, l’institution s’est récemment penchée sur le cas de Charles Blé
Goudé, bras-droit de l’ancien président Laurent Gbagbo, accusé d’avoir
commandité des meurtres, viols et actes de torture dans le cadre des violences qui
ont secoué le pays entre décembre 2010 et avril 2011.

Arrêté en janvier 2013 au Ghana, l’ancien chef des «Jeunes patriotes» aurait
encouragé cette milice à commettre des exactions dans le pays. A la suite de cette
audience qui s’est terminée vendredi 3 octobre, les juges ont 2 mois pour décider de
l’ouverture ou non d’un procès. Dans le cas d’une réponse positive, M. Blé Goudé
rejoindra Laurent Gbagbo sur le banc des accusés, dont la date de l’instance n’est
pas encore fixée.

Cependant, la tenue éventuelle d’un tel procès viendra étayer la thèse de détracteurs
de cette institution. En effet, si son action est largement considérée comme une
avancée considérable en matière de droits de l’Homme, des critiques s’élèvent
depuis sa création pour en soulever le manque d’indépendance. A l’heure actuelle,
plus de 70 Etats n’ont pas ratifié son statut, à l’instar de la Chine, des Etats-Unis, ou
encore d’Israël, ce qui en ferait, selon le professeur Julian Fernandez, une institution
«prisonnière de son absence de légitimité universelle».

Par ailleurs, son originalité réside dans la mise en œuvre de sanctions individuelles,
qui auraient, selon son président, M. San Hyun Song, une force dissuasive. Selon
lui, «l’important de la mission n’est pas de punir mais de prévenir». Or, la
multiplication des conflits internes et la situation internationale actuelle ne semblent
pas permettre de confirmer une diminution sensible des violations commises par des
dirigeants politiques. Mais la critique la plus clivante réside dans les zones
géographiques visées par les poursuites. Depuis sa création, son action n’a concerné
que des dirigeants africains, dont ceux du Kenya, du Soudan, de la République
centrafricaine, ou encore de l’Ouganda.

L’éventuelle condamnation de M. Gbagbo et M. Blé Goudé, si elle s’avérait légitime


au regard du droit international, risquerait ainsi d’attiser les critiques de certains
pays en voie de développement, qui accusent déjà la Cour de pratiquer un certain
impérialisme en la matière.

Par Marjorie GUIBERT, le 4 octobre 2014

http://les-yeux-du-monde.fr/actualite/afrique-moyen-orient/19721-audience-de-
charles-ble-goude

26.
1. Le conditionnel est employé dans le texte pour exprimer tantôt le discours
indirect, tantôt la prudence journalistique.

2. La milice des «Jeunes patriotes» est accusée de meurtres, viols et actes de torture,
mais pas d’extorsion.

3. Le facteur géographique partage l’opinion publique au sujet de la CPI.

4. La force dissuasive des décisions de la Cour n’est plus à démontrer.

Réponse: C E C E
1. VRAI - Le conditionnel peut s’ employer dans les articles de la presse pour
exprimer le discours indirect et la prudence journalistique.

2. FAUX - La milice des «Jeunes patriotes» est accusée de meurtres, viols et actes
de torture, mais pas d’extorsion: «l’ancien chef des «Jeunes patriotes» aurait
encouragé cette milice à commettre des exactions dans le pays».

3. VRAI - Le facteur géographique est un sujet de controverse: «Mais la critique la


plus clivante réside dans les zones géographiques visées par les poursuites.»

4. FAUX - Au contraire: «la multiplication des conflits internes et la situation


internationale actuelle ne semblent pas permettre de confirmer une diminution
sensible des violations commises par des dirigeants politiques».

Grexit or not, Grexit is the question...

La Grèce est menacée de faillite et espère toucher un plan d’aide 7,2 milliards
d’euros, en sachant qu’Athènes doit rembourser plus de 9 milliards d’euros au FMI
et à la BCE, dont un peu moins de 7 milliards d’ici la fin du mois d’août 2015. En
clair, l’aide européenne servirait à rembourser les dettes contractées auprès du FMI.

Le gouvernement d’Alexis Tsipras table sur le fait que les Européens céderont et
paieront (pour des raisons politiques et géopolitiques) afin d’éviter une faillite de la
Grèce et donc un Grexit. Les banques allemandes et françaises sont les plus
exposées à un possible défaut Grec qui pousse la population hellène à opérer
d’importants retraits de liquidités en euros au cas où...

Le FMI ne veut pas accorder de moratoire à Athènes (Christine Lagarde remet son
mandat en jeu) qui n’est pas un pays pauvre comme la Somalie mais un pays riche
et développé. Les créanciers européens ne veulent pas faire de nouveaux gestes en
faveur de la Grèce sans que celle-ci ait pris au préalable de nouveaux engagements.
Les négociations portent par exemple sur le relèvement de la TVA, la fin des
préretraites, le relèvement de l’âge de la retraite... mais cela met le parti d’Alexis
Tsipras sous tension dans son pays. Les Européens veulent éviter un Grexit, mais
pas à n’importe quel prix... ils sont d’accord pour aider la Grèce à effacer une partie
de son passif, encore faut-il qu’elle soit en situation de ne pas en créer un nouveau
plus important. La Grèce a adopté une politique d’austérité, force est de constater
que celle-ci ne lui a pas permis de préparer l’avenir, c’est l’enjeu actuel des
négociations. Les Européens ne veulent pas être ad vitam aeternam ceux qui
paieront pour Athènes, la Grèce doit se réformer, améliorer la collecte de l’impôt,
mieux lutter contre l’évasion fiscale... un immense chantier. Elle doit prendre en
main son avenir, il n’est pas sûr que c’est ce que prépare l‘actuel gouvernement.

Les enjeux sont aussi de préserver une certaine cohésion sociale en Grèce... et la
démocratie
http://www.diploweb.com/6-2015-Actualite-internationale.html

27. Jugez VRAI ou FAUX:

1. Dans la Grèce doit se réformer, améliorer la collecte de l’impôt, mieux lutter


contre l’évasion fiscale... un immense chantier, le mot chantier évoque le pays
florissant que la Grèce pourrait devenir si seulement elle assainissait ses finances.

2. Le titre Grexit or not, Grexit is the question... évoque la tragédie, genre littéraire
qui remonte à l’Antiquité grecque, par le biais d’une référence au célèbre passage de
Hamlet, «to be or not to be».

3. Dans opérer d’importants retraits de liquidités en euros au cas où..., la phrase


incomplète doit forcément être suivie de réticences, qui d’ailleurs mettent en valeur
l’incertitude dans laquelle se trouve la population grecque.

4. Dans Le gouvernement d’Alexis Tsipras table sur le fait que les Européens
céderont, le verbe se tabler sur le fait que pourrait être remplacé par l’expression fait
table rase du fait que, sans commettre de faute ni changer le sens du texte.

Réponse: E C E E

1. FAUX - Dans la Grèce doit se réformer, améliorer la collecte de l’impôt, mieux


lutter contre l’évasion fiscale... un immense chantier, le mot chantier évoque un site
de travaux de construction.

2. VRAI - Le titre Grexit or not, Grexit is the question... est un exemple de la


tradition du calembour (jeu de mots) français.

3. FAUX - L’expression Au cas où/dans le cas où, qui a le sens de s’il arrivait que,
dans l’hypothèse où peut s’employer par ellipse et peut donc être suivie d’un point
final en fin de phrase.

4. FAUX - Le verbe se tabler sur le fait que ne peut pas être remplacé par
l’expression fait table rase du fait que.

TABLER: Compter, se fonder sur quelque chose ou quelqu’un que l’on estime sûr.
Tabler sur un ami pour vous aider.

≠FAIRE TABLE RASE (DE QUELQUE CHOSE): détruire, rejeter ce qui a été dit,
écrit ou fait antérieurement.

28.
1. Dans force est de constater que celle-ci ne lui a pas permis de préparer l’avenir,
force est le sujet du verbe être et marque la nécessité absolue.

2. Dans un possible défaut Grec, le mot défaut pourrait être remplacé par un
possible manquement Grec ou une possible faute Grecque sans commettre de faute
ni changer le sens du texte.

3. Dans 7,2 milliards d’euros, le chiffre écrit en lettres est 7 200 000 000.

4. Dans mais pas à n’importe quel prix, l’adjectif indéfini est employé pour indiquer
la négative de l’indétermination du nom qui suit.

Réponse: C E C C

1. VRAI - Force est de + infinitif: Il faut, il est impératif de. S’emploie pour
marquer la nécessité absolue de faire quelque chose; peut s’employer avec un
pronom personnel qui désigne celui ou ceux qui sont obligés.

2. FAUX - Le défaut (de paiement) désigne le fait qu’une entreprise ou un pays ne


soit pas en mesure d’honorer une partie ou la totalité de ses engagements envers un
tiers. Le mot vient de l’anglais default. Ex.: Les défauts de paiement de la part
d’États souverains sont devenus assez fréquents, en particulier depuis 1982.

3. VRAI - Attention à l’écriture des chiffres:

a. Mille est toujours invariable, mais million, milliard, etc. s’accordent toujours
(singulier/pluriel).

b. Million: six zéros; milliard: neuf zéros. ATTENTION: un billion=mille millions.

4. VRAI - Les adjectifs indéfinis n’importe quel, n’importe quelle, n’importe quels,
n’importe quelles expriment l’indétermination du nom qui les suit.

Pourquoi la conférence d’Addis-Abeba?

La 3ème conférence sur le financement du développement (13-16 juillet) à Addis-


Abeba est la première étape d’un processus de refondation du développement
durable pour les années à venir, qui conduira la communauté internationale à
adopter 17 Objectifs de développement durable (ODD) lors du Sommet de New-
York en septembre, et qui s’achèvera à la Conférence Paris Climat 2015, en
décembre. La conférence d’Addis-Abeba sera un moment clef de ce processus, dont
l’enjeu central est de réconcilier l’économie mondialisée et les trajectoires de
développement avec les limites de la planète et le dérèglement climatique.

La France entend y réaffirmer le rôle crucial de l’aide publique au développement


(APD) pour les pays les plus vulnérables (Pays les moins avancés, États fragiles,
etc.). La conférence d’Addis-Abeba déterminera comment réorienter l’épargne
mondiale vers les besoins du développement durable et du climat. Ce faisant, la
communauté internationale devra définir une nouvelle palette de mécanismes
financiers et des politiques qui permettront de mettre en œuvre les Objectifs de
développement durable.

Dans un monde en mutation accélérée, où les défis sont globaux et les enjeux
interconnectés, l’aide publique au développement, traduction de la solidarité des
États et pivot de l’action publique en matière de développement, est insuffisante
pour répondre à l’échelle des besoins en matière de santé, d’éducation, d’adaptation
au changement climatique. La France est aux avant-postes de cette transformation.
Avec près de 8 milliards d’euros d’aide en 2014, elle reste le 4ème donateur mondial
et assume ses responsabilités sur le climat, au Sahel, en RCA ou face à Ebola.

L’agenda de développement post-2015 témoigne de l’entrée dans une nouvelle ère


du modèle du financement du développement. Les coopérations Sud-Sud se
multiplient, les fondations, l’entreprenariat social et les envois de fonds de la
diaspora offrent de nouvelles possibilités et recèlent un grand potentiel de
mobilisation des ressources. Le développement durable ne suppose plus seulement
que le «Nord» apporte son aide au «Sud» mais que Nord et Sud se mobilisent
ensemble pour une planète durable.

L’Agence Française de Développement (AFD), institution financière publique qui


met en œuvre la politique définie par le gouvernement français, agit pour combattre
la pauvreté et favoriser le développement durable. L’AFD promeut le soutien direct
des acteurs locaux du développement (banques, municipalités, entreprises) et
l’élaboration d’outils de financement catalysant plusieurs types de ressources pour
créer des effets de levier sur l’investissement et sur l’investissement «vert» en
particulier: mixage prêts/dons, prêts bonifiés pour financer des énergies
renouvelables et efficacité énergétique, co-bénéfices climat, soutien au système
financier domestique, appui au secteur privé «responsable» et mobilisation des
ressources locales.

La politique de développement de la France favorise un développement économique


équitable et riche en emplois, en préservant les biens publics mondiaux, en luttant
contre le changement climatique et en promouvant la paix, la stabilité et les droits
de l’homme. Elle promeut l’égalité entre les femmes et les hommes. Elle concourt
au rayonnement culturel, diplomatique et économique de la France et accorde une
attention particulière à la francophonie.

http://www.diplomatie.gouv.fr/fr/politique-etrangere-de-la-france/aide-au-
developpement/evenements-et-actualites-sur-le-theme-du-developpement/autres-
evenements-et-actualites-2015-sur-le-theme-du-developpement/article/3e-
conference-internationale-des-nations-unies-sur-le-financement-du
29.
1. La conférence d’Addis-Abeba sera l’occasion d’énoncer les bases d’une nouvelle
façon de concevoir le développement durable.

2. La politique de développement de la France s’inscrit dans l’effort international de


lutte contre la pauvreté extrême, à l’encontre des coopérations Sud-Sud.

3. Dans «recèlent un grand potentiel de mobilisation des ressources», le verbe


receler a le sens de démontrer.

4. Dans le texte, l’emploi conjoint du présent et du futur de l’indicatif exprime la


valeur modale ainsi que la valeur temporelle des deux temps utilisés.

Réponse: C E E C

1. VRAI - «La 3ème conférence sur le financement du développement (13-16


juillet) à Addis-Abeba est la première étape d’un processus de refondation du
développement durable pour les années à venir, qui conduira la communauté
internationale à adopter 17 Objectifs de développement durable.

2. FAUX - À l’encontre de veut dire en s’opposant à quelque chose, en y faisant


obstacle.

3. FAUX - Le verbe receler a le sens de cacher, renfermer, garder en sa possession


des objets qu’on sait avoir été volés.

RECELER QUELQU’UN: Donner asile à quelqu’un, le cacher pour le soustraire


aux recherches de la justice.

4. VRAI - L’ indicatif (du latin indicativus, «qui indique, désigne») est considéré
comme le mode de l’expression de la réalité. Il s’emploie dans les phrases
énonciatives, interrogatives et exclamatives.

Dans le texte, l’emploi conjoint du présent et du futur de l’indicatif exprime la


valeur modale ainsi que la valeur temporelle des deux temps utilisés:

• Valeur temporelle: Le futur catégorique sert à situer un procès dans l’avenir. Il


s’appelle catégorique parce que la part d’hypothèse est minimale: La conférence
d’Addis-Abeba déterminera comment réorienter l’épargne mondiale vers les besoins
du développement durable et du climat.

• Valeurs modales: Les temps verbaux de l’indicatif peuvent être employés avec des
valeurs modales (probabilité, hypothèse, atténuation). Dans ce cas, ils ne situent pas
le procès sur un axe chronologique. Le présent sert à donner un ordre, un conseil ou
à exprimer l’intention, la volonté: La politique de développement de la France
favorise un développement économique équitable et riche en emplois... Elle
promeut l’égalité entre les femmes et les hommes.

L’État, l’homme et l’humanité

En dépit de l’attraction qu’exerce l’Etat, toutes les théories des relations


internationales ne se situent pas obligatoirement par rapport au réalisme. Le fait que
les approches critiques aient choisi de se positionner autant par rapport au réalisme
que par rapport au transnationalisme par exemple témoigne du déclin relatif du
réalisme. L’apport de la sociologie politique n’a ainsi pas seulement eu une portée
méthodologique. Il a également contribué à déconstruire l’objet même des relations
internationales, au point que certains auteurs préfèrent désormais parler de
«politique mondiale» plutôt que de relations inter ou transnationales. La disparition
de la frontière artificielle séparant - pour les besoins de l’analyse - le domaine étudié
de la sphère interne a ainsi de multiples conséquences.

Tout d’abord, l’Etat perd son rôle de référence pour évaluer les capacités d’action
des acteurs tiers. Emancipés d’une tutelle politique exclusive, ceux-ci se définissent
par rapport à deux nouveaux référents:

l’homme et l’humanité. L’Etat est ainsi subverti par le bas et par le haut. Il e• résulte
une contestation brutale de la primauté de la logique politique par le biais de
laquelle les doctrines réalistes et stato-centrées résolvaient tous les différents
susceptibles de déboucher sur un conflit. L’intérêt général, qui ne se confondait pas
avec la sommation des intérêts particuliers, permettait en effet à la sphère publique
d’imposer en toute circonstance sa médiation. L’émancipation des acteurs tiers et
leurs capacités accrues de récuser tout contrôle politique crée donc un choc de
logiques inédit. Face à une situation particulière, la logique politique entre en conflit
avec d’autres logiques (économique, culturelle, religieuse...), sans qu’il existe une
voie privilégiée de résolution des tensions.

Cet affaiblissement de l’Etat est amplifié par la prise en compte de nouvelles


problématiques, où l’action individuelle ou collective des Etats se révèle inadaptée
pour apporter les solutions souhaitables (environnement, mafiaisation des relations
internationales, éthique...). Les acteurs de la société civile et de l’économie-monde
sont ainsi en mesure de peser sur les choix collectifs.

Jean-Jacques ROCHE. Théorie des relations internationales, 2010.

30.

1. On peut inférer, d’après le texte, que certains acteurs émancipés d’une allégeance
citoyenne exclusive se définissent par d’autres identités que la nationalité ou la
citoyenneté.
2. La sociologie politique, en mettant en question le rôle de l’Etat dans les relations
internationales, a ébranlé l’objet même de ces relations.

3. Dans «Il en résulte une contestation brutale de la primauté de la logique


politique», en fait référence à l’homme et l’humanité.

4. Dans «La disparition de la frontière artificielle séparant - pour les besoins de


l’analyse - le domaine étudié de la sphère interne», séparant exprime la simultanéité.

Réponse: C C E E

1. VRAI - C’est bien cette émancipation qui est à l’origine de l’idée de choc de
logiques: «L’émancipation des acteurs tiers et leurs capacités accrues de récuser tout
contrôle politique crée donc un choc de logiques inédit. Face à une situation
particulière, la logique politique entre en conflit avec d’autres logiques
(économique, culturelle, religieuse...)».

2. VRAI - Selon le dictionnaire Larousse, ÉBRANLER veut dire Rendre quelque


chose moins solide, moins sûr: Le scandale ébranla fortement le gouvernement.

3. FAUX - Dans «Il en résulte une contestation brutale de la primauté de la logique


politique», le pronom e• fait référence au fait que «L’Etat est ainsi subverti par le
bas et par le haut.»

4. FAUX - Dans «La disparition de la frontière artificielle séparant - pour les


besoins de l’analyse - le domaine étudié de la sphère interne», séparant exprime la
cause dans ce cas, ce qu’on peut confirmer par la suite: «... a ainsi de multiples
conséquences».
c. Exercices de compréhension de texte

L’abolition de l’esclavage au Brésil

1 Le 13 mai 1888, la loi Áurea ou loi d’or, met fin à

l’esclavage au Brésil. L’empire du Brésil est ainsi le dernier

État occidental à rompre avec cette pratique honteuse.

4 Sous la pression des Anglais, le Portugal s’engage

dès 1810 à mettre un terme à la traite des esclaves, mais sa

promesse reste sans effet et le trafic clandestin se poursuit.

7 À la veille de son indépendance, le Brésil compte 4

millions d’habitants. La moitié de cette population est

composée d’esclaves d’origine africaine.

10 En 1822, le Brésil s’émancipe du Portugal, devient

un empire et porte à sa tête Dom Pedro I, lui-même issu de

la famille de Bragance qui règne au Portugal. Quelques

13 années plus tard, en 1830, l’empereur renouvelle la promesse

d’abolir la traite en vue de s’attirer les bonnes grâces de

l’Angleterre. Le 4 septembre 1850, le Parlement brésilien

16 réitère l’interdiction de la traite.

Dans le même temps, d’innombrables immigrants

italiens commencent à affluer au Brésil. Cette main d’œuvre

19 libre et dynamique bouleverse les rapports sociaux. Elle

concurrence la main d’œuvre servile dont les conditions de

vie deviennent de plus en plus précaires et l’utilité

22 économique plus que jamais contestable.


Dans les années 1860, les idées abolitionnistes se

répandent dans la bourgeoisie libérale de Rio. En 1866,

25 l’empereur Dom Pedro II signe plusieurs lettres de libération

d’esclaves. À l’ambassadeur français qui lui demande d’en

finir avec l’esclavage, il répond que ce n’est plus qu’une

28 question de forme et d’opportunité. Mais les grands

propriétaires fonciers ne sont pas prêts à libérer leurs

esclaves.

31 En 1871 vient la loi du ventre libre qui octroie la

liberté à tous les enfants à naître. Nouveau pas avec la loi du

28 septembre 1885 qui déclare libres les esclaves de plus de

34 60 ans. Quelques années plus tard, comme l’empereur a

entrepris un long voyage en Europe et a confié la régence à

sa fille Isabel, celle-ci profite de l’ouverture de la session du

37 Parlement pour soumettre au vote la loi Áurea sans prévoir

de compensation financière pour les propriétaires d’esclaves.

Mais l’année suivante, les grands propriétaires fonciers,

40 irrités par l’abolition de l’esclavage, se joignent à

l’opposition républicaine et l’empire est aboli.

Internet: <www.herodote.net> (adapté)

1. (CESPE - Vestibular UNB 2008)

1. Le Parlement du Brésil a voté l’abolition de l’esclavage moins de cinquante ans


après la proclamation de l’indépendance du pays.

2. La République succède à l’Empire la même année qu’est votée la loi Áurea par le
Parlement brésilien.
3. Le Portugal, puis le Brésil devenu indépendant, promettent de renoncer à
l’esclavage pour satisfaire l’Angleterre.

4. Peu avant son indépendance, la population brésilienne esclave représentait


environ 1 million de personnes.

Réponse: E E C C

1. FAUX - Indépendance: 1822; abolition de l’esclavage: 1888, soit 66 ans d’écart.

2. FAUX - République: 1889; loi Áurea: 1888.

3. VRAI - «Sous la pression des Anglais, le Portugal s’engage dès 1810 à mettre un
terme à la traite des esclaves/Quelques 13 années plus tard, en 1830, l’empereur
renouvelle la promesse d’abolir la traite en vue de s’attirer les bonnes grâces de
l’Angleterre. Le 4 septembre 1850, le Parlement brésilien réitère l’interdiction de la
traite».

4. VRAI - «À la veille de son indépendance, le Brésil compte 4 millions d’habitants.


La moitié de cette population est composée d’esclaves d’origine africaine».

1 Tous ses dons, Senghor les tenait comme cadeaux

de Dieu, comme des grâces dont il était dépositaire et dont le

donateur était seul responsable. Aussi, il ne s’enorgueillissait

4 pas de ses supériorités ni ne s’excusait de les exercer.

Il n’allait pas de soi qu’un petit garçon sérère arrivât

dans le lycée Louis-le-Grand en même temps que le jeune

7 Pompidou, et qu’ainsi deux futurs présidents de la

République, l’un de France, l’autre du Sénégal, aient étudié

ensemble.

10 Il n’allait pas de soi que ce premier africain agrégé

de grammaire, qui allait l’enseigner à des enfants français, fût

le définiteur de la Négritude et qu’il devînt, par une vaste

13 oeuvre poétique en français, celui qu’on désignerait comme


“l’Orphée des tropiques”.

Beaucoup d’hommes ont, en leur jeunesse, des rêves

16 généreux; mais bien peu parviennent à les conserver et à les

faire partager; en effet, il enseigna la démocratie à son peuple

et démontra qu’elle pouvait se superposer à la palabre

19 africaine, exemple peu ou mal suivi, mais exemple quand

même.

C’est au nom de la civilisation de l’Universel que

22 Senghor se fit le prophète du metissage, rejoignant Lévi-

-Strauss qui affirme qu’ “il n’y a pas de civilisation sans

mélange des cultures”, mélange qui exclut tout intégrisme.

25 C’est comme une étape vers la civilisation de

l’Universel qu’il conçut, qu’il donna naissance à

l’organisation de la Francophonie, communauté des

28 cinquante peuples, qui ont le français en partage.

Chrétien, Senghor, certes! Soir et matin, il récitait

son Pater noster: “Ne nous soumets pas à la tentation”. S’il

31 est une situation qui soumet aux tentations, c’est bien le

pouvoir. S’est-il fait construire des palais, pour témoigner de

sa puissance? Président d’un nouvel Etat, il s’est installé,

34 sans aucune gêne et sans rien changer, dans la vieille

résidence que venait de quitter le Haut-commissaire de toute

l’Afrique occidentale, alors que la France venait de porter à

37 l’indépendance, en 1960, sa plus ancienne colonie.


Après tant d’oeuvres, alors il allait de soi que

Léopold Sédar Senghor entrât à l’Académie française, encore

40 que de vieux préjugés se fussent mis pendant dix ans à la

traverse.

Maurice Druon. Secrétaire perpetuel honoraire de l’Académie française. In:


Francophonies du Sud, n. 11, 2006, p. 18-19 (adapté).

2. (CESPE - SGA DF 2006) D’après le texte, jugez les propositions suivantes.

1. Dans le texte, l’auteur souligne des points importants de la vie et de l’oeuvre de


Senghor, tels que sa religiosité, sa droiture, son esprit visionnaire.

2. Senghor a été professeur en France où il a réussi au concours d’agrégation de


grammaire; de plus, il a été le premier président du Sénégal.

3. L’ «Orphée des tropiques» ne se prévalait pas de ses fonctions, mais savait


exercer dignement le pouvoir.

4. À cause de ses hautes fonctions, tant à la présidence de la République qu’à


l’Académie française, Senghor n’a pas pu se maintenir fidèle à ses rêves, ce qui
confirme le proverbe: songes, mensonges.

Réponse: C C C E

1. VRAI - sa religiosité: L. 29-31; sa droiture: L.32-37, son esprit visionnaire: L 15-


28.

2. VRAI - «... ce premier africain agrégé de grammaire, qui allait l’enseigner à des
enfants français/Président d’un nouvel Etat».

3. VRAI - S’il est une situation qui soumet aux tentations, c’est bien le pouvoir.
S’est-il fait construire des palais, pour témoigner de sa puissance? Président d’un
nouvel Etat, il s’est installé, sans aucune gêne et sans rien changer, dans la vieille
résidence que venait de quitter le Haut-commissaire de toute l’Afrique occidentale.

4. FAUX - «Beaucoup d’hommes ont, en leur jeunesse, des rêves généreux; mais
bien peu parviennent à les conserver et à les faire partager; en effet, il (Senghor)
enseigna la démocratie à son peuple et démontra qu’elle pouvait se superposer à la
palabre africaine» → Senghor est l’un de ces rares hommes qui parviennent à
conserver et à faire partager les rêves généreux de leur jeunesse.

3. D’après le texte, jugez les propositions suivantes.


1. Le poète-président a joué un rôle fondamental dans des questions liées au
metissage culturel et à la création de l’organisation de la Francophonie.

2. Comme Senghor reconnaissait ses superiorités, il a quitté le Haut-commissaire de


l’Afrique occidentale, quand il était président de la République.

3. Le combat de Senghor en faveur de la Négritude révèle certains aspects de son


intégrisme, ce qui l’approche de Lévi-Straus.

4. L’ «Orphée des tropiques» ressentait un certain préjugé envers les membres de


l’Academie française, ce qui a empêché, pendant des années, son election à cette
institution.

Réponse: C E E E

1. VRAI - «C’est au nom de la civilisation de l’Universel que Senghor se fit le


prophète du metissage, rejoignant Lévi-Strauss qui affirme qu’ «il n’y a pas de
civilisation sans mélange des cultures», mélange qui exclut tout intégrisme. C’est
comme une étape vers la civilisation de l’Universel qu’il conçut, qu’il donna
naissance à l’organisation de la Francophonie, communauté des cinquante peuples
qui ont le français en partage».

2. FAUX - «Président d’un nouvel Etat, il s’est installé, sans aucune gêne et sans
rien changer, dans la vieille résidence que venait de quitter le Haut-commissaire de
toute l’Afrique occidentale» (Alors qu’il aurait pu exiger un palais présidentiel,
Senghor s’est installé dans la vieille résidence du Haut-commissaire).

3. FAUX - le mot INTÉGRISME veut dire refus de toute évolution au nom du


respect intransigeant de la tradition; conservatisme intransigeant en matière de
doctrine politique. Il s’agit donc d’un concept foncièrement opposé aux croyances
de Senghor.

4. FAUX - «Après tant d’oeuvres, alors il allait de soi que Léopold Sédar Senghor
entrât à l’Académie française, encore que de vieux préjugés se fussent mis pendant
dix ans à la traverse». La voix passive met «dans l’ombre» l’agent de l’action, mais
il est clair que les «vieux préjugés» ont retardé de dix ans l’admission de Senghor à
l’Académie française.

1 Je n’hésite jamais à le déclarer, le diplôme est

l’ennemi mortel de la culture. Plus les diplômes ont pris

d’importance dans la vie (et cette importance n’a fait que

4 croître à cause des circonstances économiques), plus le


rendement de l’enseignement a été faible. Plus le contrôle

s’est exercé, s’est multiplié, plus les résultats ont été

7 mauvais.

Mauvais par ses effets sur l’esprit public et sur

l’esprit tout court. Mauvais parce qu’il crée des espoirs, des

10 illusions de droits acquis. Mauvais par tous les stratagèmes

et les subterfuges qu’il suggère; les recommandations, les

préparations stratégiques, et, en somme, l’emploi de tous

13 expédients pour franchir le seuil redoutable. C’est là, il faut

l’avouer, une étrange et détestable initiation à la vie

intellectuelle et civique.

16 D’ailleurs, si je me fonde sur la seule expérience et

si je regarde les effets du contrôle en général, je constate que

le contrôle, en toute matière, aboutit à vicier l’action, à la

19 pervertir...

Du jour où vous créez un diplôme, un contrôle bien

défini, vous voyez aussitôt s’organiser en regard tout un

22 dispositif non moins précis que votre programme, qui a pour

but unique de conquérir ce diplôme par tous moyens. Le but

de l’enseignement n’étant plus la formation de l’esprit, mais

25 l’acquisition du diplôme, c’est le minimum exigible qui

devient l’objet des études. Ce n’est pas tout. Le diplôme

donne à la société un fantôme de garantie, et aux diplômés

28 des fantômes de droits. Le diplômé passe officiellement pour


savoir: il garde toute sa vie ce brevet d’une science

momentanée et purement expédiente. D’autre part, ce

31 diplômé au nom de la loi est porté à croire qu’on lui doit

quelque chose.

Paul Valéry. Le bilan de l’intelligence (1935).

4. (CESPE - SGA PROF 2004) L’auteur du texte

1. oppose le diplôme et la culture comme étant incompatibles.

2. dénonce les conséquences néfastes du diplôme dans les domaines intellectuel et


social.

3. affirme que la préparation du diplôme est la perversion de l’enseignement.

4. reconnaît que l’existence du diplôme se justifie dans une société démocratique.

Réponse: C C C E

1. VRAI - «le diplôme est l’ennemi mortel de la culture».

2. VRAI - L’auteur dénonce ces conséquences néfastes du diplôme dans tous les
paragraphes du texte.

3. VRAI - «le contrôle, en toute matière, aboutit à vicier l’action, à la pervertir.../Du


jour où vous créez un diplôme, un contrôle bien défini.../Le but de l’enseignement
n’étant plus la formation de l’esprit, mais l’acquisition du diplôme, c’est le
minimum exigible qui devient l’objet des études».

4. FAUX - Cela ne se trove nulle part dans le texte.

5. L’auteur du texte

1. prétend que le diplôme est par nature différent des autres formes de contrôle.

2. montre que la volonté d’obtenir le diplôme développe des techniques


pédagogiques condamnables.

3. assure que le diplôme est le seul moyen de trouver du travail et d’exercer une
activité professionnelle.

4. est d’accord avec toute évaluation des connaissances faite sous forme d’examen
ou de concours.
Réponse: E C E E

1. FAUX - «le contrôle, en toute matière, aboutit à vicier l’action, à la pervertir.../Du


jour où vous créez un diplôme, un contrôle bien défini...».

2. VRAI - «Plus les diplômes ont pris d’importance dans la vie (...), plus le
rendement de l’enseignement a été faible/Mauvais par tous les stratagèmes et les
subterfuges qu’il suggère; les recommandations, les préparations stratégiques, et, en
somme, l’emploi de tous expédients pour franchir le seuil redoutable/votre
programme (...) a pour but unique de conquérir ce diplôme par tous moyens».

3. FAUX - Pour l’auteur, le diplôme n’est pas forcément un moyen de trouver du


travail et d’exercer une activité professionnelle:

«[Les résultats sont] mauvais parce qu[e le diplôme] crée des espoirs, des illusions
de droits acquis/Le diplôme donne à la société un fantôme de garantie, et aux
diplômés des fantômes de droits».

4. FAUX - Bien au contraire! «Mauvais par tous les stratagèmes et les subterfuges
qu’il suggère; les recommandations, les préparations stratégiques, et, en somme,
l’emploi de tous expédients pour franchir le seuil redoutable. C’est là, il faut
l’avouer, une étrange et détestable initiation à la vie intellectuelle et civique».

Les langues de France: une réalité vivante

1 La France dispose d’un patrimoine linguistique

méconnu d’une grande richesse.

À côté du français, langue nationale, et dont le

4 caractère officiel est inscrit depuis 1992 dans la Constitution,

les langues de France sont notre bien commun, elles

contribuent à la créativité de notre pays et à son rayonnement

7 culturel. On en dénombre plus de soixante-quinze, en

métropole et outre-mer, caractérisées par une grande diversité.

On entend par langues de France les langues régionales

10 ou minoritaires parlées traditionnellement par des citoyens

français sur le territoire de la République, et qui ne sont


langue officielle d’aucun État. C’est pourquoi par exemple

13 n’en font partie ni le portugais ni le chinois, pourtant parlés

par de nombreux citoyens français: outre que ces langues ne

sont pas menacées, elles sont régulièrement enseignées dans

16 le système éducatif comme langues étrangères.

Ce critère de définition s’inspire de la Charte

européenne des langues régionales ou minoritaires: c’est dans

19 le cadre européen que s’inscrit la politique linguistique de la

France. Les langues qui transcendent les frontières politiques,

comme le basque, le catalan, le flamand ou le francique,

22 disent à la fois la pluralité interne et l’unité de notre espace

culturel commun: elles ouvrent des portes sur les pays voisins.

Sous cet angle, les langues de France sont à considérer

25 comme des moyens d’invention culturelle, comme les

composantes d’un ensemble polyphonique où s’expriment

librement les univers imaginaires, intellectuels et affectifs des

28 hommes et femmes de notre pays.

D’après Les langues de France: un patrimoine méconnu, une réalité vivante.


Internet: <www.culture.gouv.fr> (adapté)

6. (CESPE - SEDUC PA 2006) D’après le texte,

1. Le français est la seule langue nationale et officielle en France.

2. Le portugais parlé par des citoyens français est une langue menacée car elle est
enseignée comme langue étrangère dans les lycées français.

3. Les langues comme le basque ou le catalan sont particulières à l’espace


linguistique français.
4. Le critère de définition des langues minoritaires ou régionales françaises est
déterminé par le nombre de français qui parlent ces langues.

Réponse: C E E E

1. VRAI - «[le]français, langue nationale, et dont le caractère officiel est inscrit


depuis 1992;

On entend par langues de France les langues régionales ou minoritaires (...) et qui ne
sont langue officielle d’aucun État.»

2. FAUX - «C’est pourquoi par exemple n’en font partie ni le portugais ni le chinois
(...): outre que ces langues ne sont pas menacées, elles sont régulièrement
enseignées dans le système éducatif comme langues étrangères.»

3. FAUX - «Les langues qui transcendent les frontières politiques, comme le basque,
le catalan (...)».

4. FAUX - DÉFINITION: «On entend par langues de France les langues régionales
ou minoritaires parlées traditionnellement par des citoyens français sur le territoire
de la République, et qui ne sont langue officielle d’aucun État».

Théophile Gautier (1854): “Il n’y a de vraiment beau que

ce qui ne peut servir à rien. Tout ce qui est utile est laid,

car c’est l’expression d’un besoin, et ceux de l’homme

sont ignobles et dégoûtants comme sa pauvre et infirme

nature”.

Préface de Mlle. de Maupin.

Victor Hugo (1864): “Ah! Esprits! Soyez utiles! Servez

à quelque chose. Ne faites pas les dégoûtés quand il

s’agit d’être efficaces et bons. L’art pour l’art peut être

beau, mais l’art pour le progrès est plus beau encore”.

Préface de William Shakespeare.


Albert Camus (1957): “Nous autres écrivains ne pouvons

nous évader de la misère commune et notre seule

justification est de parler, dans la mesure de nos moyens,

pour ceux qui ne peuvent le faire. La beauté ne peut

servir aucun parti, elle ne sert que la douleur ou la liberté

des hommes. Le seul artiste engagé est celui qui sans rien

refuser du combat refuse de rejoindre les armées

régulières, je veux dire le franc-tireur. Peut-être

touchons-nous ici la grandeur de l’art, dans cette

perpétuelle tension entre la beauté et la douleur, l’amour

des hommes et la folie de la création”.

Discours de Suède.

7. (CESPE - UNB 2006) En accord avec les citations ci-dessus, jugez les propos
suivants.

1. Les deux premiers auteurs cités défendent la même opinion.

2. Théophile Gautier pense que l’art s’abaisse en voulant être utile.

3. Victor Hugo pense que l’art n’a pas pour but de servir une cause juste et bonne.

4. Albert Camus soutient la thèse d’un engagement indépendant et libre de tout


compromis envers les pouvoirs constitués.

Réponse: E C E C

1. FAUX - Alors que Théophile Gautier croit que la beauté ne peut servir à rien, car
«tout ce qui est utile est laid», Victor Hugo pense que les esprits doivent «être
efficaces et bons», car «l’art pour l’art peut être beau, mais l’art pour le progrès est
plus beau encore».

2. VRAI - Théophile Gautier croit que «tout ce qui est utile est laid, car c’est
l’expression d’un besoin, et ceux de l’homme sont ignobles et dégoûtants».
3. FAUX - Victor Hugo suggère que l’art peut servir une «cause juste et bonne»
comme le progrès, par exemple.

4. VRAI - «La beauté ne peut servir aucun parti, elle ne sert que la douleur ou la
liberté des hommes. Le seul artiste engagé est celui qui sans rien refuser du combat
refuse de rejoindre les armées régulières».

8.
1. La dernière citation élabore une synthèse de la pensée des deux premiers auteurs
cités.

2. Dans la citation de Victor Hugo, l’expression «ne faites pas les dégoûtés» a le
sens de ne soyez pas trop exigeants.

3. Pour Camus, ce qui est essentiel c’est de concilier l’art et le combat en faveur de
la liberté des hommes.

4. Dans la citation de Camus, l’expression «le franc-tireur» est l’équivalent de celui


qui mène un combat solitaire et qui rejette la discipline d’un groupe organisé.

Réponse: C C C C

1. VRAI - Oui: la synthèse entre l’art pour l’art et l’art au service d’une bonne cause
est présente dans la citation «Peut-être touchons-nous ici la grandeur de l’art, dans
cette perpétuelle tension entre la beauté et la douleur, l’amour des hommes et la
folie de la création».

2. VRAI - Faire le dégoûté veut dire être trop exigeant, faire le difficile.

3. VRAI - Oui: l’idée de combat pour la liberté est présente dans «Nous autres
écrivains ne pouvons nous évader de la misère commune et notre seule justification
est de parler, dans la mesure de nos moyens, pour ceux qui ne peuvent le faire».

4. VRAI - La définition correspond au sens du texte.

Le français en Afrique

Les variantes et les enrichissements régionaux sont les

éléments constitutifs d’une norme propre au français en

Afrique, et au Sénégal en particulier.

4 Ces faits de langue montrent également que les


Africains, ayant adopté le français comme langue officielle au

lendemain des indépendances, se sont réellement approprié

7 cette langue tout en conservant leur tradition et leur culture.

En conséquence, le français a été, dans la plupart des cas,

adapté aux réalités locales. Cette nouvelle mission du

10 français, qui consiste à véhiculer les valeurs culturelles et

linguistiques dont les Africains ont indéniablement besoin,

explique et alimente la norme linguistique que certains

13 écrivains revendiquent clairement. Les écrivains en général et

les locuteurs en particulier marquent par l’usage du français

qui leur est propre leur double appartenance nègre et

16 francophone. Léopold Sedar Senghor, ancien président de la

République du Sénégal, linguiste, écrivain, poète et un des

pères fondateurs de la francophonie, déclare: “Nous sommes

19 tous des métis culturels”. L’écriture nègre devient alors le

prolongement du mouvement littéraire de la Négritude. La

Négritude des sources est généralement définie comme

22 l’ensemble des valeurs culturelles de l’Afrique noire, alors que

la Négritude contemporaine peut se définir comme un

mouvement de libération, et donc de revendication d’une

25 identité qui n’est plus seulement authentiquement africaine,

mais aussi enrichie par l’apport fécond des autres civilisations

et cultures du monde.

28 La langue de la création littéraire sera le fruit issu de


cette double identité résultant du refus de l’assimilation totale

voulue par la colonisation française. Dans les particularités du

31 français africain, il faut voir le signe non seulement d’une

appropriation du français, mais aussi et surtout l’expression

d’une revendication de co-propriété, conséquence d’une co-

34 -présence du français et des langues locales. La francophonie

africaine en général est une francophonie ouverte au souffle

fécond des langues et des cultures africaines. C’est sa

37 particularité qui fait sa richesse.

Moussa Daff. Internet: <www.olf.gouv.qc.ca> (adapté)

9. (CESPE - Vestibular UNB 2004)

1. le français en Afrique est utilisé par certains peuples africains à la fois comme
langue de communication et comme langue littéraire.

2. le français est devenu la langue officielle des pays africains qui faisaient autrefois
partie de l’empire colonial français.

3. le français écrit et parlé en Afrique ne présente aucune différence par rapport à


celui des autres pays francophones du monde.

4. les nombreuses langues vernaculaires africaines ont conduit les peuples


indépendants à conserver le français comme langue véhiculaire.

Réponse: C C E C

1. VRAI - «Les écrivains en général et les locuteurs en particulier marquent par


l’usage du français qui leur est propre leur double appartenance nègre e
francophone/La langue de la création littéraire sera le fruit issu de cette double
identité résultant du refus de l’assimilation totale voulue par la colonisation
française».

2. VRAI - «les Africains, ayant adopté le français comme langue officielle au


lendemain des indépendances...».

3. FAUX - «le français a été, dans la plupart des cas, adapté aux réalités
locales/Dans les particularités du français africain, il faut voir le signe non
seulement d’une appropriation du français, mais aussi et surtout l’expression d’une
revendication de co-propriété».

4. VRAI - «l’expression d’une revendication de co-propriété, conséquence d’une co-


présence du français et des langues locales. La francophonie africaine en général est
une francophonie ouverte au souffle fécond des langues et des cultures africaines».

La gastronomie française à l’Unesco

1 Le 16 novembre 2010, l’Unesco (Organisation des

Nations Unies pour l’éducation, la science et la culture) a

inscrit le repas gastronomique à la française sur la prestigieuse

4 liste du Patrimoine Immatériel de l’Humanité. La diète

méditerranéenne, la cuisine traditionnelle du Mexique et le pain

d’épices croate sont également distingués dans ce registre.

7 À la différence du patrimoine culturel matériel,

qui comprend les sites et monuments, le patrimoine immatériel

concerne les processus culturels qui «inspirent aux

10 communautés vivantes un sentiment de continuité par rapport

aux générations qui les ont précédées et revêtent une

importance cruciale pour l’identité culturelle ainsi que la

13 sauvegarde de la créativité de l’humanité».

L’Unesco n’a distingué aucune recette française en

particulier. En France, c’est davantage le rituel identitaire

16 «destiné à célébrer les moments les plus importants de la vie

des individus et des groupes» qui a reçu le prix. C’est un

mélange original de convivialité et de gastronomie, qui réunit

19 les Français autour de la table.


Depuis cette date, la France compte neuf traditions

culturelles inscrites sur la liste de l’Unesco.

Internet: <www.france.fr/connaitre/culture-et-patrimoine> (texte adapté)

10. (CESPE - Vestibular UNB 2013)

1. Les recettes françaises apparaissent maintenant aux publications de


l’Organisation des Nations Unies comme dignes d’être copiées.

2. D’après le texte, on peut déduire que la France a reçu neuf prix de l’Unesco le 16
novembre 2010.

3. Les spécialistes de l’Unesco ont reconnu que la gastronomie française méritait de


figurer sur le patrimoine immatériel de l’humanité.

4. Le texte fait référence aux patrimoines culturels matériels du Mexique et de la


Croatie.

Réponse: E E C E

1. FAUX - «L’Unesco n’a distingué aucune recette française en particulier. En


France, c’est davantage le rituel identitaire destiné à célébrer les moments les plus
importants de la vie des individus et des groupes qui a reçu le prix».

2. FAUX - «Depuis cette date (16 novembre 2010) la France compte neuf traditions
culturelles inscrites sur la liste de l’Unesco».

3. VRAI - GASTRONOMIE: Connaissance de tout ce qui se rapporte à la cuisine, à


l’ordonnancement des repas, à l’art de déguster et d’apprécier les mets. «Le 16
novembre 2010, l’Unesco (Organisation des Nations Unies pour l’éducation, la
science et la culture) a inscrit le repas gastronomique à la française sur la
prestigieuse liste du Patrimoine Immatériel de l’Humanité».

4. FAUX - Le texte fait référence aux patrimoines culturels immatériels du Mexique


et de la Croatie. «La diète méditerranéenne, la cuisine traditionnelle du Mexique et
le pain d’épices croate sont également distingués [sur la prestigieuse liste du
Patrimoine Immatériel de l’Humanité].»

Nollywood: reportage au coeur du cinéma nigérian

Les caméras de Réussite, un magazine mensuel économique diffusé sur Canal+


Afrique, vous font découvrir cette industrie du film plus productive qu’Hollywood!
Depuis la révision du PIB du Nigeria, en avril 2014, le monde entier a pris
conscience du poids de Nollywood dans la première économie africaine. Cette
industrie du film pèse en effet 2% du PIB et 300 000 emplois directs et produit plus
de films qu’Hollywood depuis plusieurs années.

De Ahmed Araga, douanier à l’aéroport qui se transforme en acteur producteur


amateur en dehors de ses heures de travail, à Jason Njoku, patron d’IrokoTV, le plus
grand diffuseur de films nigérians au monde avec 6 000 films à son catalogue, les
caméras de Réussite vous emmènent à la découverte d’un secteur qui ne cesse plus
de grandir. Un exemple? Le film «Half of a yellow sun», sorti début 2014, a réussi à
monter le plus gros budget du cinéma nigérian de tous les temps: 9 millions de
dollars, levés auprès d’institutionnels et de privés fortunés.

http://economie.jeuneafrique.com/index.php?
option=com_content&view=article&id=23260

11.
1. L’industrie cinématographique située à Réussite, au Nigeria, est en plein essor.

2. Le cinéma nigérian n’a pas devancé que Hollywood par le volume de sa


production.

3. Ahmed Araga, principal bienfaiteur d’Iroko TV, est un exemple des «privés
fortunés» dont parle le texte.

4. Le cinéma nigérian s’est fait connaître au-delà des frontières lors de la révision du
PIB national.

Réponse: E C E C

1. FAUX - Dans le texte, «Réussite» n’est pas un nom de ville, mais celui d’une
émission économique televisée sur Canal+ Afrique.

2. VRAI - Étant donné que Hollywood est une référence mondiale de la production
cinématographique, on peut certainement inférer que d’autres pays ont aussi été
dépassés.

3. FAUX - Ahmed Araga est fonctionnaire à l’aéroport et acteur producteur amateur


dans son temps libre.

4. VRAI - «Depuis la révision du PIB du Nigeria, en avril 2014, le monde entier a


pris conscience du poids de Nollywood dans la première économie africaine. Cette
industrie du film pèse en effet 2% du PIB».

Mondialisation et accroissement des interdépendances


Le phénomène de mondialisation, observé au cours des siècles précédents, est fort
bienanalysé par des auteurs comme Fernand Braudel. Il a pris fin en 1914. Ce que
nous appelons aujourd’hui «mondialisation», et que nous connaissons depuis le
lendemain de la Seconde Guerre mondiale, est radicalement différent.

Cette mondialisation s’exprime d’abord par la prise de conscience que nous ne


formons qu’une seule terre et que, à ce titre, nous devrions tous être solidaires d’un
même écosystème fragile. Le changement climatique est emblématique de ce nouvel
état de fait, même si son ampleur, ses conséquences et le calendrier pour répondre
au défi qu’il pose peuvent différer d’une zone à l’autre.

Elle se manifeste aussi au travers de l’accroissement des interdépendances,


notamment de la concurrence de plus en plus vive qui s’exerce, en particulier sous
l’effet des pays émergents, entre les différentes régions et les différents pays vis-à-
vis des ressources naturelles qui sont en quantité limitée et à ce titre de plus en plus
convoitées. Il est en effet tout à fait probable que les prix de toutes ces matières
premières repartiront à la hausse à l’horizon 2025. C’est évident pour les
hydrocarbures, et plus particulièrement encore pour le pétrole puis le gaz, en raison
des pics de production prévisibles à l’horizon 2025, alors même que la demande ne
cesse de progresser.

Culture & Médias 2030. Editions Ellipses.

12.
1. Analysé à la lumière de la mondialisation contemporaine, le changement
climatique est significatif.

2. Les pics de production laissent entrevoir la baisse de prix des hydrocarbures dans
le marché international.

3. Bien que la mondialisation s’exprime par la concurrence des pays par rapport aux
ressources naturelles, elle n’en correspond pas moins à une prise de conscience
universelle en ce qui concerne l’urgence d’une réponse au changement climatique.

4. La convoitise des ressources naturelles est attisée tant dans les pays développés
que dans les émergents.

Réponse: C E E C
1. VRAI - Attention au sens précis du mot SIGNIFICATIF en français, adjectif qui
veut dire qui exprime quelque chose nettement, sans ambiguïté/emblématique,
symbolique, expressif, riche de sens.

2. FAUX - Au contraire, les prix tendent à la hausse: «Il est en effet tout à fait
probable que les prix de toutes ces matières premières repartiront à la hausse à
l’horizon 2025. C’est évident pour les hydrocarbures, et plus particulièrement
encore pour le pétrole puis le gaz, en raison des pics de production prévisibles à
l’horizon 2025».

3. FAUX - On ne peut parler de prise de conscience universelle en ce qui concerne


l’urgence d’une réponse: «le calendrier pour répondre au défi (que le changement
climatique pose peut) différer d’une zone à l’autre».

4. VRAI - «la concurrence de plus en plus vive qui s’exerce, en particulier sous
l’effet des pays émergents, entre les différentes régions et les différents pays vis-à-
vis des ressources naturelles qui sont en quantité limitée et à ce titre de plus en plus
convoitées».

13.
1. Le changement climatique se pose en symbole de l’émergence d’une conscience
collective à l’échelle planétaire à l’égard de la fragilité de l’écosystème.

2. Les interdépendances ne font que s’intensifier, comme en témoigne la montée de


la compétition pour les ressources naturelles, accrue par les nouveaux besoins des
pays émergents.

3. La mondialisation contemporaine, qui se manifeste aussi bien dans la conscience


de la fragilité d’un écosystème partagé que dans l’accroissement des
interdépendances, a été dûment analysée par des auteurs tels que Fernand Braudel.

4. La convoitise des ressources naturelles, qui sont insuffisantes, ne fait que croître,
d’où les pics de production de gaz et pétrole pronostiqués.

Réponse: C C E C

1. VRAI - «Cette mondialisation s’exprime d’abord par la prise de conscience que


nous ne formons qu’une seule terre et que, à ce titre, nous devrions tous être
solidaires d’un même écosystème fragile.».

2. VRAI - Paraphrase de l’extrait «Elle se manifeste aussi au travers de


l’accroissement des interdépendances, notamment de la concurrence de plus en plus
vive qui s’exerce, en particulier sous l’effet des pays émergents, entre les différentes
régions et les différents pays vis-à-vis des ressources naturelles».
3. FAUX - Les auteurs comme Fernand Braudel ont analysé «Le phénomène de
mondialisation, observé au cours des siècles précédents, [qui] a pris fin en 1914.».

4. VRAI - Le texte établit ce rapport de cause et effet entre les «ressources naturelles
qui sont en quantité limitée et à ce titre de plus en plus convoitées» et «des pics de
production [de gaz et pétrole] prévisibles à l’horizon 2025, alors même que la
demande ne cesse de progresser».

Ce qui leur arriva à Surinam

La première journée de nos deux voyageurs fut assez agréable. Ils étaient
encouragés par l’idée de se voir possesseurs de plus de trésors que l’Asie, l’Europe
et l’Afrique n’en pouvaient rassembler. Candide, transporté, écrivit le nom de
Cunégonde sur les arbres. A la seconde journée deux de leurs moutons s’enfoncèrent
dans des marais; sept ou huit périrent ensuite de faim dans un désert; d’autres
tombèrent au bout de quelques jours dans des précipices. Enfin, après cent jours de
marche, il ne leur resta que deux moutons. Candide dit à Cacambo: «Mon ami, vous
voyez comme les richesses de ce monde sont périssables; il n’y a rien de solide que
la vertu et le bonheur de revoir Mlle Cunégonde. - Je l’avoue, dit Cacambo; mais il
nous reste encore deux moutons avec plus de trésors que n’en aura jamais le roi
d’Espagne, et je vois de loin une ville que je soupçonne être Surinam, appartenant
aux Hollandais. Nous sommes au bout de nos peines et au commencement de notre
félicité.»

En approchant de la ville, ils rencontrèrent un nègre étendu par terre, n’ayant plus
que la moitié de son habit, c’est-à-dire d’un caleçon de toile bleue; il manquait à ce
pauvre homme la jambe gauche et la main droite. «Eh, mon Dieu! lui dit Candide en
hollandais, que fais-tu là, mon ami, dans l’état horrible où je te vois? - J’attends mon
maître, M. Vanderdendur, le fameux négociant, répondit le nègre. - Est-ce M.
Vanderdendur, dit Candide, qui t’a traité ainsi? - Oui, monsieur, dit le nègre, c’est
l’usage. On nous donne un caleçon de toile pour tout vêtement deux fois l’année.
Quand nous travaillons aux sucreries, et que la meule nous attrape le doigt, on nous
coupe la main; quand nous voulons nous enfuir, on nous coupe la jambe: je me suis
trouvé dans les deux cas. C’est à ce prix que vous mangez du sucre en Europe.
Cependant, lorsque ma mère me vendit dix écus patagons sur la côte de Guinée, elle
me disait: «Mon cher enfant, bénis nos fétiches, adore-les toujours, ils te feront
vivre heureux, tu as l’honneur d’être esclave de nos seigneurs les blancs, et tu fais
par là la fortune de ton père et de ta mère.» Hélas! je ne sais pas si j’ai fait leur
fortune, mais ils n’ont pas fait la mienne. Les chiens, les singes et les perroquets
sont mille fois moins malheureux que nous. Les fétiches hollandais qui m’ont
converti me disent tous les dimanches que nous sommes tous enfants d’Adam,
blancs et noirs. Je ne suis pas généalogiste; mais si ces prêcheurs disent vrai, nous
sommes tous cousins issus de germains. Or vous m’avouerez qu’on ne peut pas en
user avec ses parents d’une manière plus horrible.

- Ô Pangloss! s’écria Candide, tu n’avais pas deviné cette abomination; c’en est fait,
il faudra qu’à la fin je renonce à ton optimisme. - Qu’est-ce qu’optimisme? disait
Cacambo. - Hélas! dit Candide, c’est la rage de soutenir que tout est bien quand on
est mal.» Et il versait des larmes en regardant son nègre, et en pleurant il entra dans
Surinam.

VOLTAIRE, Candide ou l’Optimisme, 1759.

14.
1. Même si cela lui est difficile, l’esclave laisse paraître son indignation et son
intention de se révolter après ce qu’il lui est arrivé.

2. L’esclave est présenté sans apitoiement.

3. Les détails vestimentaires et l’indication de ses mutilations sont juxtaposés, ce qui


met en évidence le fait que l’esclave est traité comme s’il était un objet.

4. Accident de travail ou délit, peu importe, car l’esclave subit même sort.

Réponse: E E C C

1. FAUX - Il est conformé, quoique conscient de l’injustice de son sort: «- Est-ce M.


Vanderdendur, dit Candide, qui t’a traité ainsi? - Oui, monsieur, dit le nègre, c’est
l’usage».

ATTENTION: Le mot «nègre» est, selon le dictionnaire Larousse, un terme


injurieux et raciste vieilli, à éviter (le texte de Voltaire date de 1759).

2. FAUX - Même avant le choc éprouvé par Candide, le texte présente l’esclave
avec pitié (apitoiement): «ils rencontrèrent un nègre étendu par terre, n’ayant plus
que la moitié de son habit, c’est-à-dire d’un caleçon de toile bleue; il manquait à ce
pauvre homme la jambe gauche et la main droite».

3. VRAI - Il manque à l’esclave la moitié de son habit, de même qu’une main et


qu’une jambe: «un nègre étendu par terre, n’ayant plus que la moitié de son habit,
c’est-à-dire d’un caleçon de toile bleue; il manquait à ce pauvre homme la jambe
gauche et la main droite».
4. VRAI - «Quand nous travaillons aux sucreries, et que la meule nous attrape le
doigt (accident de travail), on nous coupe la main; quand nous voulons nous enfuir
(délit), on nous coupe la jambe: je me suis trouvé dans les deux cas».

15.
1. Le rôle d’endoctrinement de la religion s’en tient à éviter les révoltes des
opprimés.

2. Les jugements de Candide restent implicites, le lecteur doit tirer ses propres
opinions.

3. Selon Voltaire, la religion est complice et entretient le système esclavagiste.

4. L’énumération des animaux permet de conclure que les esclaves sont ravalés au
rang des bêtes, aussi maltraités que celles-ci.

Réponse: E E C E

1. FAUX - S’en tient à veut dire se limite à; or, l’église ne se limite pas à éviter les
révoltes des opprimés, elle sert aussi à créer une illusion de fraternité: «Les fétiches
hollandais qui m’ont converti me disent tous les dimanches que nous sommes tous
enfants d’Adam, blancs et noirs».

2. FAUX - Candide ne cache pas ses émotions: «- Ô Pangloss! s’écria Candide, tu


n’avais pas deviné cette abomination; c’en est fait, il faudra qu’à la fin je renonce à
ton optimisme».

3. VRAI - Il faut noter que, selon Voltaire, la religion de l’esclave est aussi complice
du système que celle de l’esclavagiste: «lorsque ma mère me vendit dix écus
patagons sur la côte de Guinée, elle me disait: Mon cher enfant, bénis nos fétiches,
adore-les toujours, ils te feront vivre heureux, tu as l’honneur d’être esclave de nos
seigneurs les blancs/Les fétiches hollandais qui m’ont converti me disent tous les
dimanches que nous sommes tous enfants d’Adam, blancs et noirs».

4. FAUX - «Les chiens, les singes et les perroquets sont mille fois moins
malheureux que nous».

Le besoin d’une langue identitaire

Pour que la civilisation globale qui est en train de se bâtir ne soit pas une
uniformisation basée sur le mode de vie des Etats-Unis, il est essentiel que chacun y
retrouve le meilleur de sa propre culture, vivant, et non enfermé dans des musées.
Les langues sont des composantes essentielles des cultures, ainsi de l’identité. Une
différence importante avec la religion est que «l’appartenance» religieuse est
exclusive alors que la maîtrise linguistique ne l’est pas. (On peut pratiquer plusieurs
langues mais pas plusieurs religions.) On peut souhaiter séparer les croyances
religieuses de l’identitaire, mais il n’est pas souhaitable de renier l’identité
linguistique. Il faut reconnaître le besoin pour chacun d’une «langue identitaire».
Toutes les langues ne sont pas d’importance égale.

Tout un chacun devrait maîtriser plusieurs langues: la langue officielle du pays,


l’anglais (langue utilitaire), la langue identitaire (maternelle ou apprise, lorsqu’elle
ne coïncide pas avec l’une des deux précédentes), et une langue choisie pour des
raisons d’affinité culturelle.

Amin Maalouf, Les identités meurtières, 1998.

16.
1. Selon l’auteur, l’uniformité appauvrissante n’est pas une fatalité.

2. Le plurilinguisme permet de concilier plusieurs appartenances culturelles sans


pour autant délaisser le versant de l’identité issu du milieu d’origine ou d’adoption.

3. Dans «il est essentiel que chacun y retrouve le meilleur de sa propre culture», y
fait référence à mode de vie des Etats-Unis.

4. Grâce au plurilinguisme, l’individu peut prendre du recul, en toute liberté de se


détacher de certains aspects de sa culture d’origine s’il ainsi le souhaite.

Réponse: C C E C

1. VRAI - Le texte propose une alternative «pour que la civilisation globale qui est
en train de se bâtir ne soit pas une uniformisation basée sur le mode de vie des
Etats-Unis», donc pour éviter l’uniformité appauvrissante.

2. VRAI - «l’appartenance religieuse est exclusive alors que la maîtrise linguistique


ne l’est pas. (On peut pratiquer plusieurs langues mais pas plusieurs
religions)./Toutes les langues ne sont pas d’importance égale».

3. FAUX - y fait référence à la civilisation globale qui est en train de se bâtir.

4. VRAI - Il faut noter que la langue identitaire est um choix: «Toutes les langues ne
sont pas d’importance égale/la langue identitaire [peut être] maternelle ou apprise,
lorsqu’elle ne coïncide pas avec l’une des deux précédentes».

La Gaule et les Gaulois avant César


Avant notre ère, le territoire compris entre les Pyrénées, les Alpes et le Rhin (France,
Bénélux, Suisse et Rhénanie actuels) avait une unité toute fictive. Il appartenait à
l’immense domaine de peuplement celte qui s’étendait des îles britanniques
jusqu’au bassin du Danube et même jusqu’au détroit du Bosphore. C’est la conquête
romaine qui allait lui donner un semblant d’unité avant que n’en sortent la France et
ses voisins. Et contrairement aux idées véhiculées du Moyen Âge au début du XXe
siècle, contrairement aussi à l’imagerie sympathique d’Astérix le Gaulois, ce n’était
en rien un pays de sauvages avec d’épaisses forêts pleines de sangliers. Les
historiens et archéologues de la fin du XXe siècle ont fait litière de ces préjugés.

La Gaule proprement dite est partagée entre Rome et des tribus indépendantes
celtes, mais aussi ibères ou encore germaniques. Jules César lui-même a perçu cette
diversité: «La Gaule, dans son ensemble, est divisée en trois parties, dont l’une est
habitée par les Belges, l’autre par les Aquitains, la troisième par ceux qui dans leur
propre langue, se nomment Celtes, et, dans la nôtre, Gaulois. Tous ces peuples
diffèrent entre eux par la langue, les coutumes, les lois. Les Gaulois sont séparés des
Aquitains par le cours de la Garonne, des Belges par la Marne et la Seine. Les plus
braves de tous ces peuples sont les Belges, parce qu’ils sont les plus éloignés de la
civilisation et des mœurs raffinées de la Province, parce que les marchands vont très
rarement chez eux et n’y importent pas ce qui est propre à amollir les cœurs, parce
qu’ils sont les plus voisins des Germains qui habitent au-delà du Rhin et avec qui ils
sont continuellement en guerre».

Les 64 pays gaulois («pagus») sont très différents les uns des autres et sensibles aux
influences des pays riverains (Italie, Germanie, Espagne) et même plus lointains
(Grèce). Certains sont des chefferies héréditaires, d’autres des républiques plus ou
moins démocratiques.

Dans son ensemble, la Gaule se caractérise par une forte densité de population. On
évalue à douze millions le nombre de ses habitants, soit davantage qu’à certaines
époques du Moyen Âge. Loin d’être un pays de forêts impénétrables uniquement
peuplées de sangliers comme le laisseraient croire certaines bandes dessinées, la
Gaule est en grande partie défrichée et couverte de belles campagnes comme
l’atteste l’archéologie aérienne. Ses habitants manifestent un exceptionnel savoir-
faire dans l’agriculture et l’élevage. D’ailleurs, le potentiel agricole de la Gaule
compte pour beaucoup dans l’intérêt que lui portent les Romains. En retour, les
Gaulois portent beaucoup d’intérêt pour les ressources de leurs voisins romains.
Ainsi les archéologues ont-ils évalué à une centaine de millions le nombre
d’amphores de vin que les Gaulois auraient achetées aux Romains dans les siècles
précédant la conquête.

http://www.herodote.net/La_Gaule-synthese-426.php

17.
1. Selon César, les articles importés superflus sapent la bravoure des guerriers.

2. C’est aux Romains que l’on doit l’unité juridique des peuples gaulois, quoique
pas l’unité culturelle.

3. Dans le premier paragraphe, l’expression fait litière de veut dire dédaigne.

4. La diversité des peuples gaulois contraste avec les dimensions du territoire qu’ils
occupent.

Réponse: C E C E

1. VRAI - SAPER veut dire chercher à détruire quelque chose par une action
progressive et secrète. Selon César, les articles importés superflus amollissent les
guerriers: «Les plus braves de tous ces peuples sont les Belges, parce qu’ils sont les
plus éloignés de la civilisation et des mœurs raffinées de la Province, parce que les
marchands vont très rarement chez eux et n’y importent pas ce qui est propre à
amollir les cœurs».

2. FAUX - Selon le texte, il n’y avait pas d’unité juridique ou culturelle entre les
peuples gaulois: «Tous ces peuples diffèrent entre eux par la langue, les coutumes,
les lois./C’est la conquête romaine qui allait lui donner un semblant d’unité (et non
pas une véritable unité).»

3. VRAI - selon le dictionnaire Larousse, l’expression «Faire litière de quelque


chose» veut dire n’en faire aucun cas, la mépriser, la négliger.

4. FAUX - L’étendue du territoire occupé par les Gaulois est aussi vaste que la
diversité des peuples gaulois: «le territoire compris entre les Pyrénées, les Alpes et
le Rhin (France, Bénélux, Suisse et Rhénanie actuels) avait une unité toute fictive. Il
appartenait à l’immense domaine de peuplement celte qui s’étendait des îles
britanniques jusqu’au bassin du Danube et même jusqu’au détroit du Bosphore».

Le Deuxième Sexe

Comment les femmes auraient-elles jamais eu du génie alors que toute possibilité
d’accomplir une œuvre géniale - ou même une œuvre tout court - leur était refusée?
La vieille Europe a naguère accablé de son mépris les Américains barbares qui ne
possédaient ni artistes ni écrivains: «Laissez-nous exister avant de nous demander
de justifier notre existence», répondit en substance Jefferson. Les Noirs font les
mêmes réponses aux racistes qui leur reprochent de n’avoir produit ni un Whitman
ni un Melville. Le prolétariat français ne peut non plus opposer aucun nom à ceux
de Racine ou de Mallarmé. La femme libre est seulement en train de naître; quand
elle se sera conquise, peut-être justifiera-t-elle la prophétie de Rimbaud: «Les poètes
seront! Quand sera brisé l’infini servage de la femme, quand elle vivra pour elle et
par elle, l’homme - jusqu’ici abominable - lui ayant donné son renvoi, elle sera
poète elle aussi! La femme trouvera l’inconnu! Ses mondes d’idées différeront-ils
des nôtres? Elle trouvera des choses étranges, insondables, repoussantes,
délicieuses, nous les prendrons, nous les comprendrons». Il n’est pas sûr que ces
«mondes d’idées» soient différents de ceux des hommes puisque c’est en
s’assimilant à eux qu’elle s’affranchira; pour savoir dans quelle mesure elle
demeurera singulière, dans quelle mesure ces singularités garderont de l’importance,
il faudrait se hasarder à des anticipations bien hardies. Ce qui est certain, c’est que
jusqu’ici les possibilités de la femme ont été étouffées et perdues pour l’humanité et
qu’il est grand temps dans son intérêt et dans celui de tous qu’on lui laisse enfin
courir toutes ses chances.

Simone de Beauvoir, Le Deuxième Sexe, (1949)

18.
1. Simone de Beauvoir est certaine que parmi les femmes libérées naîtront des
artistes, et que la libération féminine n’est que question de temps.

2. La citation de Rimbaud soutient l’idée que les mondes d’idée féminins seront
complèteent indépendants par rapport à ceux des hommes.

3. La libération de la femme est nécessaire, aussi bien que bénéfique, non seulement
pour les femmes, mais aussi pour tout le genre humain.

4. Selon Simone de Beauvoir si peu de femmes sont des génies artistiques, c’est
parce qu’elles sont dominées. Pour soutenir sa thèse elle utilise trois exemples, les
Américains colonisés par les Anglais, les noirs esclaves des Etats-Unis et le
prolétariat international.

Réponse: C E C E

1. VRAI - L’emploi du futur de l’indicatif exprime la certitude dans la structure du


conditionnel dans le passage «Quand sera brisé l’infini servage de la femme, quand
elle vivra pour elle et par elle, l’homme - jusqu’ici abominable - lui ayant donné son
renvoi, elle sera poète elle aussi! La femme trouvera l’inconnu!».

2. FAUX - La citation de Rimbaud soutient l’idée que la femme sera poète elle
aussi; par contre, «Il n’est pas sûr que ces «mondes d’idées» soient différents de
ceux des hommes puisque c’est en s’assimilant à eux qu’elle s’affranchira; pour
savoir dans quelle mesure elle demeurera singulière, dans quelle mesure ces
singularités garderont de l’importance, il faudrait se hasarder à des anticipations
bien hardies».
3. VRAI - «Ce qui est certain, c’est que jusqu’ici les possibilités de la femme ont été
étouffées et perdues pour l’humanité et qu’il est grand temps dans son intérêt et dans
celui de tous qu’on lui laisse enfin courir toutes ses chances».

4. FAUX - C’est le prolétariat français (et non pas le prolétariat international) qui ne
peut opposer aucun nom à ceux de Racine ou de Mallarmé.

Le dormeur du val

C’est un trou de verdure où chante une rivière

Accrochant follement aux herbes des haillons

D’argent; où le soleil de la montagne fière,

Luit: C’est un petit val qui mousse de rayons.

Un soldat jeune, bouche ouverte, tête nue,

Et la nuque baignant dans le frais cresson bleu,

Dort; il est étendu dans l’herbe, sous la nue,

Pâle dans son lit vert où la lumière pleut.

Les pieds dans les glaïeuls, il dort. Souriant comme

Sourirait un enfant malade, il fait un somme:

Nature, berce-le chaudement: il a froid.

Les parfums ne font pas frissonner sa narine;

Il dort dans le soleil, la main sur sa poitrine

Tranquille. Il a deux trous rouges au côté droit.

Arthur Rimbaud, octobre 1870.

19.
1. La nature est omniprésente dans le poème, caractérisée comme un environnement
de vie et de bien-être qui fait appel aux cinq sens.

2. L’idée de «verdure» (vers 1) est reprise au vers 6 par «cresson bleu», au vers 7
par «l’herbe» et au vers 8 par «vert».

3. Rien dans le texte ne laisse présager la véritable situation du dormeur du val avant
la surprise macabre du dernier vers.

4. Le poète crée une chaîne de métaphores qui donnent des formes et des textures à
la lumière avec les expressions «haillons d’argent» (vers 2), «mousse de rayons»
(vers 4) et «la lumière pleut» (vers 8).

Réponse: C C E C

1. VRAI - Le poète évoque des images qui font appel aux cinq sens du lecteur:

• COULEURS, MOUVEMENT, SONS, LUMIÈRE:

«C’est un trou de verdure où chante une rivière

Accrochant follement aux herbes des haillons

D’argent; où le soleil (...) luit: C’est un petit val qui mousse de rayons; la lumière
pleut»

• SAVEURS, SENTEURS, TEXTURES:

«la nuque baignant dans le frais cresson bleu, Les pieds dans les glaïeuls Les
parfums ne font pas frissonner sa narine; Il dort dans le soleil»

De plus, la nature est présentée comme une entité bienveillante et maternelle:

• Nature, berce-le chaudement: il a froid.

2. VRAI - Le mot «verdure» veut dire végétation; le mot «cresson» veut dire agrião
en portugais.

3. FAUX - Peu à peu, le poète laisse entendre que l’immobilité du soldat n’est pas
normale:

«Pâle dans son lit vert; Souriant comme/Sourirait un enfant malade; il a froid; Les
parfums ne font pas frissonner sa narine».

4. VRAI - Le poète crée une chaîne de métaphores qui donnent une matérialité à la
lumière avec les textures du tissu («haillons d’argent»), de l’écume («mousse de
rayons») et de l’eau de pluie («la lumière pleut»).
20.
1. Malgré le titre du sonnet, le jeune soldat n’est pas présenté dans un état
d’abandon total.

2. L’aspect maternel dont se revêt la nature met en valeur la jeunesse du soldat.

3. L’impression de mouvement incessant créée par le poète dans la nature qui


entoure le soldat contraste vivement avec l’immobilité de celui-ci.

4. Le poème ne vise pas à évoquer une atmosphère qui fait appel aux sens du
lecteur.

Réponse: E C C E

1. FAUX - Le jeune soldat est présenté dans un état d’abandon total, dépouillé de sa
condition militaire, réduit à l’état d’un enfant incapable de se défendre:

«jeune, bouche ouverte, tête nue (...) il est étendu dans l’herbe, sous la nue (...).
Souriant comme

Sourirait un enfant malade, il fait un somme. Il dort dans le soleil, la main sur sa
poitrine/Tranquille»

2. VRAI - Le poète demande à la nature de bercer le jeune soldat comme une mère
bercerait son enfant malade.

3. VRAI - L’impression de mouvement incessant créée par le les images de l’eau, de


la lumière et des parfums des plantes contraste vivement avec l’immobilité du seul
être humain dans le tableau.

4. FAUX - Le poème dépeint des couleurs, des textures, des sons et des odeurs.

Histoire d’un voyage fait en la terre du Brésil, 1578

Au reste, parce que nos Tupinambas sont fort ébahis de voir les Français et autres
des pays lointains prendre tant de peine d’aller quérir leur Arabotan, c’est-à-dire
bois de Brésil, il y eut une fois un vieillard d’entre eux qui sur cela me fit telle
demande:

«Que veut dire que vous autres Mairs et Peros, c’est-à-dire Français et Portugais,
veniez de si loin pour quérir du bois pour vous chauffer, n’y en a-t-il point en votre
pays?»
À quoi lui ayant répondu que oui et en grande quantité, mais non pas de telles sortes
que les leurs, ni même du bois de Brésil, lequel nous ne brûlions pas comme il
pensait, ainsi (comme eux-mêmes en usaient pour rougir leurs cordons de coton,
plumages et autres choses) que les nôtres l’emmenaient pour faire de la teinture, il
me répliqua soudain:

«Mais vous en faut-il tant?

- Oui, lui dis-je, car tel riche marchand en notre pays qui a plus de frises et de draps
rouges, voire même de couteaux, ciseaux, miroirs et autres marchandises que vous
n’en avez jamais vu, un tel seul achètera tout le bois de Brésil dont plusieurs navires
s’en retournent chargés de ton pays.»

«- Vraiment, dit alors mon vieillard, à cette heure connais-je que vous autres Mairs,
c’est-à-dire Français, êtes de grand fous: car vous faut-il tant travailler à passer la
mer, sur laquelle vous endurez tant de maux, pour amasser des richesses? La terre
qui vous a nourris n’est-elle pas aussi suffisante pour les nourrir? Nous avons des
parents et des enfants, lesquels, comme tu vois, nous aimons et chérissons; mais
parce que nous nous assurons qu’après notre mort la terre qui nous a nourris les
nourrira, sans nous en soucier plus avant, nous nous reposons sur cela.»

Voilà sommairement et au vrai le discours que j’ai ouï de la propre bouche d’un
pauvre sauvage américain.

Jean de Léry, Histoire d’un voyage fait en la terre du Brésil, chapitre XVIII, 1578
(orthographe modernisée)

21.
1. Averti de la valeur marchande que les commerçants attribuent au bois précieux, le
Tupinamba est favorable à l’exploitation de cette matière première.

2. Les Tupinambas ignoraient l’emploi du bois du Brésil dans la production de


textiles.

3. La discussion s’inscrit dans un rapport de maître à élève, typique des relations


colonisateur/colonisé.

4. L’expression pauvre sauvage américain démontre que l’auteur ne respecte pas la


sagesse de l’indigène.

Réponse: E E C E

1. FAUX - Le Tupinamba s’inquiète de l’exploitation excessive de cette matière


première. «Mais vous en faut-il tant?».
2. FAUX - Les Tupinambas utilisaient le bois du Brésil pour rougir leurs cordons de
coton, plumages et autres choses.

3. VRAI - Léry répond comme un professeur qui prend soin de fournir des
explications complètes et détaillées.

4. FAUX - Malgré son origine primitive, la sagesse de l’indigène est mise en valeur
dans le texte; elle ressemble à la morale naturelle et aux préceptes évangéliques en
vogue à l’époque.

Essor de la philanthropie dans les pays occidentaux: la charité contre l’Etat

Peu avant le déclenchement de la crise financière, la municipalité de Detroit fit bâtir


un vaste centre communautaire dans un quartier pauvre du sud-ouest de la ville. Une
fois la construction achevée, en 2008, le bâtiment resta désespérément vide: frappée
par le chômage et la multiplication des saisies immobilières, la ville plongeait dans
la dépression et coupait à tout-va dans les programmes sociaux. Se sentant peut-être
un peu coupables des malheurs de la capitale de l’automobile, les dirigeants de
l’entreprise Ford, qui avait délocalisé de nombreuses usines, font, en décembre
2012, un don de 10 millions de dollars (8 millions d’euros) au centre
communautaire. Lequel peut enfin ouvrir et distribuer des colis alimentaires,
proposer des cours d’alphabétisation ou encore organiser des loisirs pour les jeunes.

Quelques mois plus tard, la ville est déclarée en faillite. Pour éviter de supprimer les
pensions de retraite de ses employés, la mairie envisage alors de vendre aux
enchères certaines peintures de l’Institut des arts, dont des œuvres de Rembrandt,
Henri Matisse ou Diego Rivera. Mais les fondations Ford, Knight et Kresge,
associées à quelques citoyens fortunés, parviennent à réunir 330 millions de dollars
pour consolider les fonds de pension des employés municipaux: la vente est évitée.

En octobre 2013, c’est au tour de l’Etat fédéral de miser sur la générosité privée
pour assurer des missions d’intérêt public. Devant l’incapacité des démocrates et des
républicains à s’accorder sur le relèvement du plafond de la dette publique,
Washington doit fermer, pendant seize jours, les services publics «non essentiels».
Afin de maintenir en activité une trentaine de garderies gérées par le ministère de la
santé, un couple de milliardaires texans fait un don de 10 millions de dollars. «Cet
argent va permettre à des milliers d’enfants de rester dans un environnement sûr et
familier. C’est une bonne nouvelle», se réjouit la journaliste Eleanor Barkhorn dans
The Atlantic.

http://www.monde-diplomatique.fr/2014/12/BREVILLE/51013
22.
1. L’État parie sur la philantropie pour subvenir aux besoins de la collectivité, ce qui
est compréhensible dans le contexte de crise économique aux États-Unis en 2013.

2. L’auteur fait la louange de l’analyse de la journaliste Eleanor Barkhorn.

3. Le sacrifice des peintures de l’Institut des arts est justifié, car il s’agit du moindre
mal dans le contexte de faillite de la ville de Detroit.

4. La charité témoigne de la bienveillance de la société civile.

Réponse: E E E E

1. FAUX - Selon le texte, la crise qui s’abat sur les États-Unis n’est certainement
pas une excuse pour que la philantropie assume le rôle qui revient à l’État.

2. FAUX - Bien au contraire; pour l’auteur, il ne revient pas aux particuliers


d’assumer les responsabilités de l’Etat, donc il n’y a pas de quoi se réjouir.

3. FAUX - Au même titre que les fonds de pension des employés municipaux, le
patrimoine artistique est un bien collectif qu’il revient à l’État de sauvegarder.

4. FAUX - En général, peut-être, mais pas selon le texte: «Se sentant peut-être un
peu coupables des malheurs de la capitale de l’automobile, les dirigeants de
l’entreprise Ford, qui avait délocalisé de nombreuses usines, font, en décembre
2012, un don de 10 millions de dollars (8 millions d’euros) au centre
communautaire.».

L’Homme qui rit.

L’action se déroule en Angleterre, à la fin du XVIIe siècle. Enfant, Gwynplaine a été


enlevé par des voleurs qui l’ont atrocement défiguré pour en faire un monstre de
foire: ses joues ont été incisées de la bouche aux oreilles, de façon à donner
l’illusion d’un sourire permanent. Devenu adulte, il se produit dans une troupe de
comédiens.

Quoi qu’il en fût, Gwynplaine était admirablement réussi.

Gwynplaine était un don fait par la providence à la tristesse des hommes. Par quelle
providence? Y a-t-il une providence Démon comme il y a une providence Dieu?
Nous posons la question sans la résoudre.

Gwynplaine était un saltimbanque. Il se faisait voir en public. Pas d’effet


comparable au sien. Il guérissait les hypocondries1 rien qu’en se montrant. […]
C’est en riant que Gwynplaine faisait rire. Et pourtant il ne riait pas. Sa face riait, sa
pensée non. L’espèce de visage inouï que le hasard ou une industrie bizarrement
spéciale lui avait façonné, riait tout seul. Gwynplaine ne s’en mêlait pas. Le dehors
ne dépendait pas du dedans. Ce rire qu’il n’avait point mis sur son front, sur ses
joues, sur ses sourcils, sur sa bouche, il ne pouvait l’en ôter. On lui avait à jamais
appliqué le rire sur le visage. C’était un rire automatique, et d’autant plus irrésistible
qu’il était pétrifié. Personne ne se dérobait à ce rictus. Deux convulsions de la
bouche sont communicatives, le rire et le bâillement. Par la vertu de la mystérieuse
opération probablement subie par Gwynplaine enfant, toutes les parties de son
visage contribuaient à ce rictus, toute sa physionomie y aboutissait, comme une roue
se concentre sur le moyeu2; toutes ses émotions, quelles qu’elles fussent,
augmentaient cette étrange figure de joie, disons mieux, l’aggravaient. Un
étonnement qu’il aurait eu, une souffrance qu’il aurait ressentie, une colère qui lui
serait survenue, une pitié qu’il aurait éprouvée, n’eussent fait qu’accroître cette
hilarité des muscles; s’il eût pleuré, il eût ri; et, quoi que fit Gwynplaine, quoi qu’il
voulût, quoi qu’il pensât, dès qu’il levait la tête, la foule, si la foule était là, avait
devant les yeux cette apparition, l’éclat de rire foudroyant. Qu’on se figure une tête
de Méduse gaie.

1 Hypocondries: états dépressifs et mélancoliques.

2 Moyeu: pièce centrale d’une roue.

Victor HUGO, L’homme qui rit. 1869

23.
1. Par l’expression «une tête de Méduse gaie», Victor Hugo met en valeur le malaise
qui se mêle à l’hilarité déclenchée par le visage de Gwynplaine.

2. La première caractéristique du pseudo rire de Gwynplaine est de subjuguer la


foule, mais le rire qu’il impose aux spectateurs accable celui qui le provoque.

3. Abruti par une vie d’exploitation de son infirmité, Gwynplaine a perdu la capacité
de s’émouvoir de son sort.

4. Malgré la brutalité de la mutilation de Gwynplaine, le rire des spectateurs est un


véritable soulagement pour la foule, ce que l’auteur met en évidence par la phrase
«Gwynplaine était un don fait par la providence à la tristesse des hommes».

Réponse: C C E E

1. VRAI - Selon la mythologie grecque, la tête de Méduse pétrifie ceux qui la


regardent. Si les déformités de Gwynplaine font rire, ce rire n’est pas serein,
détendu; elles éveillent aussi l’inquiétude et le malaise.

2. VRAI - Le pseudo rire de Gwynplaine est la conséquence d’une mutilation


cruelle, douloureuse et irréversible: «Quoi qu’il en fût, Gwynplaine était
admirablement réussi»; «C’est en riant que Gwynplaine faisait rire. Et pourtant il ne
riait pas.»; «On lui avait à jamais appliqué le rire sur le visage. C’était un rire
automatique, et d’autant plus irrésistible qu’il était pétrifié. Personne ne se dérobait
à ce rictus».

3. FAUX - Dans la phrase la plus longue, la plus détaillée de l’extrait, toute la


sensibilité de Gwynplaine est mise en valeur par une succession de sentiments
variés: «étonnement», «souffrance», «colère», «pitié».

4. FAUX - Non; l’auteur utilise le mot «convulsion qui réduit le rire à un spasme
musculaire et à la perte du contrôle de soi. En outre, le rire des spectateurs est
inquiétant et forcé: «Personne ne se dérobait à ce rictus»; «Tout ce qu’on avait dans
l’esprit était mis en déroute, et il fallait rire.»

Ebola: quelques leçons d’une crise sanitaire dramatique

Ebola est certes un virus effrayant de par ses symptômes terrifiants mais sa
réapparition doit permettre une réévaluation de l’immensité des défis - anciens et
nouveaux - de santé publique en Afrique, de la façon dont la communauté
internationale y apporte des solutions à l’heure où la santé est envisagée sous le
prisme de la santé globale et est considérée comme une priorité sur le plan
économique et de la sécurité mondiale. Découvert en 1976 par Peter Piot, médecin
épidémiologiste belge qui fut par la suite un personnage de premier plan de la lutte
contre le sida (au sein des équipes de recherche au Zaïre, aujourd’hui la RDC, puis
en tant que responsable de l’Onusida de 1995 à 2008), le virus Ebola n’a pas fait
l’objet de recherches scientifiques et biomédicales soutenues, en dehors de la
surveillance épidémiologique. Les recherches médicales se sont quasiment
exclusivement tournées vers la lutte contre le VIH/sida. Aucune compagnie
pharmaceutique n’avait jugé intéressant d’investir dans la recherche sur un vaccin
ou un traitement pour un virus dont les précédentes apparitions n’avaient concerné
que quelques villages et quelques dizaines de malades et s’étaient éteintes d’elles-
mêmes.

Ces premiers épisodes étaient pourtant très graves car ils s’étaient diffusés en lien
avec des infections nosocomiales, c’est-à-dire des infections contractées à partir
d’une structure sanitaire, notamment le premier en 1976 à Yambuku (RDC ex-Zaïre)
dans une clinique prénatale. Bien qu’il n’existe ni traitement ni vaccin, les
connaissances épidémiologiques sont suffisantes pour rappeler ce facteur
particulièrement délétère aujourd’hui sur le plan de la santé publique: l’importance
des transmissions nosocomiales par le biais d’injections non stériles qui ont déjà
joué un rôle dans la transmission du VIH et des hépatites virales, en particulier en
Afrique centrale.

La flambée de fièvre hémorragique Ebola, maladie hideuse qui condamne les


malades à des souffrances et le plus souvent à la mort réclame des mesures
d’urgence et de contrôle pour endiguer au plus vite sa progression. Cette crise
sanitaire gravissime souligne à quel point les structures sanitaires sont dégradées
mais également à risque pour les patients et - le plus souvent à juste titre - craintes
par les populations qui ne s’y précipitent pas. On ne peut que souhaiter qu’elle
rappelle à la communauté internationale l’impérieuse mise sur l’agenda du
renforcement des systèmes sanitaires afin que ceux-ci soient mieux à même de faire
face à des flambées épidémiques comme aux soins de santé primaires qui ne sont
pas assurés aujourd’hui.

Par Fanny Chabrol, chercheur associée à l’IRIS

http://www.affaires-strategiques.info/spip.php?article9941

24.
1. Le risque porté par le virus à l’ensemble de la société mondiale s’est avéré plus
grave qu’il ne semblait au premier abord.

2. L’expression «flambées épidémiques» fait référence aussi bien à l’intensité qu’à


la vitesse de dissémination de l’épidémie.

3. L’épouvantable maladie est aggravée par le manque de confiance, par ailleurs


compréhensible, des populations locales dans les services de santé disponibles.

4. Le virus Ebola a été entièrement ignoré dû au manque d’intérêt de l’industrie


phramaceutique.

Réponse: C C C E

1. VRAI - «La flambée de fièvre hémorragique Ebola, maladie hideuse qui


condamne les malades à des souffrances et le plus souvent à la mort réclame des
mesures d’urgence et de contrôle pour endiguer au plus vite sa progression».

2. VRAI - Selon le dictionnaire Larousse, le mot flambée veut dire éclat soudain,
accès brutal et violent, manifestation brusque et généralement courte: Une flambée
de colère.
3. VRAI - Le texte allude au manque de confiance justifié des populations locales
dans les services de santé disponibles: «Cette crise sanitaire gravissime souligne à
quel point les structures sanitaires sont dégradées mais également à risque pour les
patients et - le plus souvent à juste titre - craintes par les populations qui ne s’y
précipitent pas».

4. FAUX - Le virus Ebola n’a pas été entièrement ignoré dû au manque d’intérêt de
l’industrie phramaceutique. «le virus Ebola n’a pas fait l’objet de recherches
scientifiques et biomédicales soutenues, en dehors de la surveillance
épidémiologique».

De L’esprit des Lois

«Il y a dans chaque État trois sortes de pouvoirs: la puissance législative, la


puissance exécutrice des choses qui dépendent du droit des gens, et la puissance
exécutrice de celles qui dépendent du droit civil.

Par la première, le prince ou le magistrat fait des lois pour un temps ou pour
toujours, et corrige ou abroge celles qui sont faites. Par la seconde, il fait la paix ou
la guerre, envoie ou reçoit des ambassades, établit la sûreté, prévient les invasions.
Par la troisième, il punit les crimes, ou juge les différends des particuliers. On
appellera cette dernière la puissance de juger, et l’autre simplement la puissance
exécutrice de l’État.

La liberté politique dans un citoyen est cette tranquillité d’esprit qui provient de
l’opinion que chacun a de sa sûreté; et pour qu’on ait cette liberté, il faut que le
gouvernement soit tel qu’un citoyen ne puisse pas craindre un autre citoyen.

Lorsque dans la même personne ou dans le même corps de magistrature, la


puissance législative est réunie à la puissance exécutrice, il n’y a point de liberté;
parce qu’on peut craindre que le même monarque ou le même sénat ne fasse des lois
tyranniques pour les exécuter tyranniquement.

Il n’y a point encore de liberté si la puissance de juger n’est pas séparée de la


puissance législative et de l’exécutrice. Si elle était jointe à la puissance législative,
le pourvoir sur la vie et la liberté des citoyens serait arbitraire: car le juge serait
législateur. Si elle était jointe à la puissance exécutrice, le juge pourrait avoir la
force d’un oppresseur.

Tout serait perdu si le même homme, ou le même corps des principaux, ou des
nobles, ou du peuple, exerçaient ces trois pouvoirs: celui de faire des lois, celui
d’exécuter les résolutions publiques, et celui de juger les crimes ou les différends
des particuliers.

Dans la plupart des royaumes de l’Europe, le gouvernement est modéré, parce que
le prince, qui a les deux premiers pouvoirs, laisse à ses sujets l’exercice du
troisième. Chez les Turcs, où ces trois pouvoirs sont réunis sur la tête du sultan, il
règne un affreux despotisme.»

Montesquieu, chapitre 6, Livre XI de «De l’esprit des lois». 1748

25.
1. L’emploi du terme «affreux despotisme» nous montre que Montesquieu s’oppose
à toute forme d’autoritarisme.

2. Chez Montesquieu, la crainte que la tyrannie n’empiète sur la sphère de liberté de


l’individu est visible.

3. Montesquieu prône un équilibre des pouvoirs pour que ceux-ci fonctionnent


ensemble sans pour autant se voir concentrés entre les mains d’une seule institution.

4. Pour Montesquieu, il n’est pas indispensable que la liberté de chacun soit


encadrée par un gouvernement et par des lois.

Réponse: C C C E

1. VRAI - L’emploi du terme «affreux despotisme» nous montre le visage le plus


critique de Montesquieu.

2. VRAI - Le verbe empiéter veut dire s’arroger des droits sur des biens, des
avantages qui appartiennent à quelqu’un d’autre. Ex.: Empiéter sur les libertés
d’autrui.

• Le n’ de n’empiète est un exemple de ne explétif sans valeur sémantique, à ne pas


confondre avec «ne» adverbe de négation.

3. VRAI - C’est l’essence de sa thèse.

4. FAUX - Bien au contraire! Pour Montesquieu, il est bel et bien indispensable que
la liberté de chacun soit encadrée par un gouvernement et par des lois.

Sade et l’esprit du néolibéralisme

Le livre majeur de Donatien Alphonse François de Sade est Les Cent Vingt journées
de Sodome (1785). Il y est question du «monde parfait» d’une société totalitaire,
que le cinéaste italien Pier Paolo Pasolini, dans son film Salò (1976), a d’ailleurs
transposé en pleine débâcle de l’Italie fasciste en 1944. Imaginant un enlèvement
d’individus jeunes et vieux des deux sexes par un groupe de jouisseurs libertins, le
marquis de Sade bâtit le «monde parfait» de la production sexuelle avec pour
finalité la «jouissance absolue» (celle des libertins). Cette jouissance n’étant
finalement que le fantasme et la représentation d’une productivité record, elle-même
absolue.

Contemporain des débuts de l’industrialisation, Sade propose une vision plus


radicale que celle des économistes physiocrates, ses contemporains, lesquels
voyaient dans la rationalisation de l’agriculture le seul avenir de l’économie. Chez
lui, le rapport au corps devient tayloriste avant Taylor, car il répond aux exigences
de la production sexuelle et corporelle dans le sens du plus grand rendement. Les
Cent Vingt journées de Sodome font apparaître trois principales rationalisations:
celle de l’espace, celle du temps, et celle du corps en tant qu’appareil de production.
Trois rationalisations qui sont également à la base de l’économie politique des
sociétés capitalistes.

L’espace de vie des héros sadiens a été construit de manière à faire disparaître tout
autre centre d’intérêt que celui imposé par les libertins. Il est donc organisé par et
pour la production «industrielle» des plaisirs sexuels, comme l’industrie organise
l’espace pour la production industrielle des biens de consommation. Sade avait
compris que le développement croissant du rendement passait par la parcellisation
des tâches, qui permet l’«organisation scientifique du travail».

Mais, plus que l’espace, le temps rationalisé est, symboliquement, la marque par
excellence du capitalisme. Chez Sade, l’organisation de la vie dans le château est
basée sur un éternel recommencement. Structuré de manière circulaire, ce temps est
périodique, un retour perpétuel à l’origine, qui ramène aux mêmes périodicités.
Chaque journée fait l’objet d’une organisation rationnelle, obsessionnelle, quasi
identique à la journée précédente, pour ne rien délaisser des «plaisirs» sexuels, afin
de ne rien laisser au hasard dans le mécanisme de production.

Quant à la rationalisation des corps, elle devient réification, chosification. Les corps
subissent une transformation imposée par les libertins. Apparition donc du corps en
tant qu’appareil de production, pour répondre à des besoins à l’occasion totalitaires,
et disparition du corps sensible. La recherche d’une jouissance sans retenue, plus
mécanique que sensuelle, pose la question de l’humanité au sein d’un processus
rationnel qui cherche à accroître sans cesse le rendement. Les Cent Vingt journées
de Sodome sont une longue marche dans un temps rationnel qui conduit à la
productivité ultime: l’amour à mort, puisque seules seize des quarante-six personnes
vont survivre aux excès de violence.

Par Patrick VASSORT. Texte adapté.

http://www.monde-diplomatique.fr/2007/08/VASSORT/15004

26.
1. Les personnes dont profitent les libertins de Sade sont dépouillées de leur
personnalité et réduites à l’automatisation.

2. Dans ses textes sulfureux, Sade annonce l’avènement de la société productiviste.


Son monde reflète le mécanisme de production, avec son organisation, ses
représentations, ses symboles qui peuvent mener à la destruction de la liberté.

3. L’auteur construit une sorte d’économie politique de la production corporelle,


dont la transposition dans le temps et dans l’espace permet déjà d’imaginer les
sociétés totalitaires, quoique sans rapport avec notre système économique actuel.

4. Selon le texte, dans l’oeuvre de Sade, la fin de la productivité conduit à la mort.

Réponse: C C E C

1. VRAI - «Apparition donc du corps en tant qu’appareil de production, pour


répondre à des besoins à l’occasion totalitaires, et disparition du corps sensible.»

2. VRAI - L’item résume le texte.

3. FAUX - «Les Cent Vingt journées de Sodome font apparaître trois principales
rationalisations... qui sont également à la base de l’économie politique des sociétés
capitalistes». Or, notre système économique actuel est bel et bien capitaliste!

4. VRAI - Les Cent Vingt journées de Sodome sont une longue marche dans un
temps rationnel qui conduit à la productivité ultime: l’amour à mort, puisque seules
seize des quarante-six personnes vont survivre aux excès de violence.

27.
1. La productivité n’étant qu’un rapport entre la production et le temps,
l’accélération de la vitesse de production repose sur la mise en domination des êtres.

2. Les personnes dont profitent les libertins, quoique réduites à la réification, ne


peuvent pas pour autant être considérées des victimes, puisqu’elles se trouvent au
château de leur gré.

3. Le château est le lieu absolu, impérieux et intégral de la logique productiviste


sadienne.

4. La dystopie sadienne n’est qu’une métaphore sans rapport direct avec notre
société actuelle.

Réponse: C E C E
1. VRAI - «le temps rationalisé est, symboliquement, la marque par excellence du
capitalisme. Chez Sade, l’organisation de la vie dans le château... fait l’objet d’une
organisation rationnelle, obsessionnelle, quasi identique à la journée précédente,
pour ne rien délaisser des «plaisirs» sexuels, afin de ne rien laisser au hasard dans le
mécanisme de production.»

2. FAUX - Les personnes dont profitent les libertins ont été enlevées contre leur gré,
elles sont donc des victimes; voir paragraphe 1.

3. VRAI - L’espace de vie des héros sadiens a été construit de manière à faire
disparaître tout autre centre d’intérêt que celui imposé par les libertins.

4. FAUX - L’espace de vie des héros sadiens... est donc organisé par et pour la
production «industrielle» des plaisirs sexuels, comme l’industrie organise l’espace
pour la production industrielle des biens de consommation.

Le meurtre de l’Arabe

J’ai pensé que je n’avais qu’un demi-tour à faire et ce serait fini. Mais toute une
plage vibrante de soleil se pressait derrière moi. J’ai fait quelques pas vers la source.
L’Arabe n’a pas bougé. Malgré tout, il était encore assez loin. Peut-être à cause des
ombres sur son visage, il avait l’air de rire. J’ai attendu. La brûlure du soleil gagnait
mes joues et j’ai senti des gouttes de sueur s’amasser dans mes sourcils. C’était le
même soleil que le jour où j’avais enterré maman et, comme alors, le front surtout
me faisait mal et toutes ses veines battaient ensemble sous la peau. À cause de cette
brûlure que je ne pouvais plus supporter, j’ai fait un mouvement en avant. Je savais
que c’était stupide, que je ne me débarrasserais pas du soleil en me déplaçant d’un
pas. Mais j’ai fait un pas, un seul pas en avant. Et cette fois, sans se soulever,
l’Arabe a tiré son couteau qu’il m’a présenté dans le soleil. La lumière a giclé sur
l’acier et c’était comme une longue lame étincelante qui m’atteignait au front. Au
même instant, la sueur amassée dans mes sourcils a coulé d’un coup sur les
paupières et les a recouvertes d’un voile tiède et épais. Mes yeux étaient aveuglés
derrière ce rideau de larmes et de sel. Je ne sentais plus que les cymbales du soleil
sur mon front et, indistinctement, le glaive éclatant jailli du couteau toujours en face
de moi. Cette épée brûlante rongeait mes cils et fouillait mes yeux douloureux. C’est
alors que tout a vacillé. La mer a charrié un souffle épais et ardent. Il m’a semblé
que le ciel s’ouvrait sur toute son étendue pour laisser pleuvoir du feu. Tout mon
être s’est tendu et j’ai crispé ma main sur le revolver. La gâchette a cédé, j’ai touché
le ventre poli de la crosse et c’est là, dans le bruit à la fois sec et assourdissant, que
tout a commencé. J’ai secoué la sueur et le soleil. J’ai compris que j’avais détruit
l’équilibre du jour, le silence exceptionnel d’une plage où j’avais été heureux. Alors,
j’ai tiré encore quatre fois sur un corps inerte où les balles s’enfonçaient sans qu’il y
parût. Et c’était comme quatre coups brefs que je frappais sur la porte du malheur.

L’Etranger - Albert Camus, 1942.


28.
1. Parce que le personnage subit les forces d’un destin tragique et irrévocable, il est
incapable de reconnaître son erreur.

2. La brulûre de la chaleur du soleil, de la lumière et de la sueur sont la cause d’un


aveuglement du personnage, qui affecte sa capacité de voir aussi bien que son
jugement.

3. Le pas en avant met en marche le mécanisme irréversible de la tragédie. Le


moment où ce seuil décisif est franchi est mis en valeur par la répétition du mot: «un
pas, un seul pas».

4. Les quatre coups de feu décrits par le personnage comme quatre coups brefs que
je frappais sur la porte du malheur sont tirés de manière instinctive, sans réfléchir,
sous l’effet d’un aveuglement du narrateur qui a des causes internes et externes.

Réponse: E C C E

1. FAUX - Au contraire: Il reconnaît son erreur depuis le début: «Je savais que
c’était stupide», puis il décide de l’assumer «J’ai compris que j’avais détruit
l’équilibre du jour, le silence exceptionnel d’une plage où j’avais été heureux. Alors,
j’ai tiré encore quatre fois sur un corps inerte où les balles s’enfonçaient sans qu’il y
parût. Et c’était comme quatre coups brefs que je frappais sur la porte du malheur».

2. VRAI - Le soleil, la lumière, la chaleur et ses émotions rendent le personnage


aveugle, au sens propre et figuré.

3. VRAI - La répétition du mot: «un pas, un seul pas» signale qu’un seul pas de trop
est suffisant pour déclencher la tragédie.

4. FAUX - ATTENTION: Au contraire, après le premier coup de feu, le personnage


est comme secoué par ce qu’il vient de faire et retrouve soudainement lucidité, vue
et raison: «j’ai secoué la sueur et le soleil», «j’ai compris». C’est alors qu’il décide
d’assumer son acte irréversible par la répétition du geste qui a fait de lui un assassin.

Qu’est-ce qu’un jugement vrai?

Qu’est-ce qu’un jugement vrai? Nous appelons vraie l’affirmation qui concorde
avec la réalité. Mais en quoi peut consister cette concordance? Nous aimons à y voir
quelque chose comme la ressemblance du portrait au modèle: l’affirmation vraie
serait celle qui copierait la réalité. Réfléchissons-y cependant: nous verrons que
c’est seulement dans des cas rares, exceptionnels, que cette définition du vrai trouve
son application. Ce qui est réel, c’est tel ou tel fait déterminé s’accomplissant en tel
ou tel point de l’espace et du temps, c’est du singulier, c’est du changeant. Au
contraire, la plupart de nos affirmations sont générales et impliquent une certaine
stabilité de leur objet. Prenons une vérité aussi voisine que possible de l’expérience,
celle-ci par exemple: «la chaleur dilate les corps». De quoi pourrait-elle bien être la
copie? Il est possible, en un certain sens, de copier la dilatation d’un corps
déterminé à des moments déterminés, en la photographiant dans ses diverses phases.
Même, par métaphore, je puis encore dire que l’affirmation «cette barre de fer se
dilate» est la copie de ce qui se passe quand j’assiste à la dilatation de la barre de
fer. Mais une vérité qui s’applique à tous les corps, sans concerner spécialement
aucun de ceux que j’ai vus, ne copie rien, ne reproduit rien.

Henri BERGSON, La pensée et le mouvant (1934).

29.
1. Bergson utilise l’exemple d’une loi physique pour effacer la distinction entre
l’affirmation et la réalité.

2. Selon le texte, il n’est pas entièrement clair si ce sont les choses qui imposent leur
forme au langage ou si c’est, à l’inverse, le langage qui modèle la réalité.

3. Ce texte traite du problème de la nature, mas pas de celui de la définition de la


vérité.

4. D’après Bergson, l’essence de la réalité est de passer.

Réponse: E C E C

1. FAUX - Au contraire: Bergson utilise l’exemple d’une loi physique pour mettre
en valeur et effacer la distinction entre l’affirmation et la réalité.

2. VRAI - «Nous aimons à y voir quelque chose comme la ressemblance du portrait


au modèle: l’affirmation vraie serait celle qui copierait la réalité. Réfléchissons-y
cependant: nous verrons que c’est seulement dans des cas rares, exceptionnels, que
cette définition du vrai trouve son application».

3. FAUX - Ce texte traite du problème de la définition de la vérité: «Mais une vérité


qui s’applique à tous les corps, sans concerner spécialement aucun de ceux que j’ai
vus, ne copie rien, ne reproduit rien».

4. VRAI - L’espace et le temps sont à l’origine de ce mouvement changeant des


choses et des êtres qui constitue l’essence de la réalité.

L’écrivain engagé
Pour nous, en effet, l’écrivain n’est ni Vestale, ni Ariel: il est «dans le coup», quoi
qu’il fasse, marqué, compromis, jusque dans sa plus lointaine retraite. Puisque
l’écrivain n’a aucun moyen de s’évader, nous voulons qu’il embrasse étroitement
son époque; elle est sa chance unique; elle s’est faite pour lui et il est fait pour elle.
Si, à de certaines époques, il emploie son art à forger des bibelots d’inanité sonore,
cela même est un signe: c’est qu’il y a une crise des lettres et, sans doute, de la
Société, ou bien c’est que les classes dirigeantes l’ont aiguillé sans qu’il s’en doute
vers une activité de luxe, de crainte qu’il ne s’en aille grossir les troupes
révolutionnaires. Flaubert, qui a tant pesté contre les bourgeois et qui croyait s’être
retiré à l’écart de la machine sociale, qu’est-il pour nous sinon un rentier de talent?
Et son art minutieux ne suppose-t-il pas le confort de Croisset, la sollicitude d’une
mère ou d’une nièce, un régime d’ordre, un commerce prospère, des coupons à
toucher régulièrement? On regrette l’indifférence de Balzac devant les journées de
1848, l’incompréhension apeurée de Flaubert en face de la Commune; on les
regrette pour eux: il y a là quelque chose qu’ils ont manqué pour toujours. Nous ne
voulons rien manquer de notre temps: peut-être en est-il de plus beaux, mais c’est le
nôtre; nous n’avons que cette vie à vivre, au milieu de cette guerre, de cette
révolution peut-être. L’écrivain est en situation dans son époque: chaque parole a
des retentissements. Chaque silence aussi. Je tiens Flaubert et Goncourt pour
responsables de la répression qui suivit la Commune parce qu’ils n’ont pas écrit une
ligne pour l’empêcher. Ce n’était pas leur affaire, dira-t-on. Mais le procès de Calas,
était-ce l’affaire de Voltaire? La condamnation de Dreyfus, était-ce l’affaire de
Zola? L’administration du Congo, était-ce l’affaire de Gide? Chacun de ces auteurs,
en une circonstance particulière de sa vie, a mesuré sa responsabilité d’écrivain.
L’occupation nous a appris la nôtre. Puisque nous agissons sur notre temps par notre
existence même, nous décidons que cette action sera volontaire. Encore faut-il
préciser: il n’est pas rare qu’un écrivain se soucie, pour sa modeste part, de préparer
l’avenir. Mais il y a un futur vague et conceptuel qui concerne l’humanité entière et
sur lequel nous n’avons pas de lumières: l’histoire aura-t-elle une fin? Le soleil
s’éteindra-t-il? Quelle sera la condition de l’homme dans le régime socialiste de l’an
3000? Nous laissons ces rêveries aux romanciers d’anticipation; c’est l’avenir de
notre époque qui doit faire l’objet de nos soins, un avenir limité qui s’en distingue à
peine - car une époque, comme un homme, c’est d’abord un avenir. Il est fait de ses
travaux en cours, de ses entreprises, de ses projets à plus ou moins long terme, de
ses révoltes, de ses combats, de ses espoirs: quand finira la guerre? Comment
rééquipera-t-on le pays? comment aménagera-t-on les relations internationales? que
seront les réformes sociales? les forces de la réaction triompheront-elles? y aura-t-il
une révolution et que sera-t-elle? Cet avenir nous le faisons nôtre, nous ne voulons
point en avoir d’autre.

Jean-Paul Sartre. Situations II, 1948 (Éditions Gallimard).

30.
1. Quoi que l’écrivain fasse, cela est une action, un choix délibéré qui a ses
conséquences, sauf s’il se tait, s’il refuse de prendre position.

2. Flaubert était un hypocrite et un parasite aux yeux de Sartre.

3. Un écrivain n’est ni une femme chaste qu’on n’a pas le droit de toucher, ni un
esprit qui plane au-dessus de la réalité.

4. L’avenir qui concerne l’action de l’écrivain engagé ne doit pas être l’avenir
proche de notre époque, mais l’ avenir lointain des générations futures.

Réponse: E C C E

1. FAUX - Si l’écrivain s’il se tait, s’il refuse de prendre position cela est aussi une
action qui a ses conséquences, pour Sartre: «L’écrivain est en situation dans son
époque: chaque parole a des retentissements. Chaque silence aussi».

2. VRAI - «Flaubert, qui a tant pesté contre les bourgeois et qui croyait s’être retiré
à l’écart de la machine sociale, qu’est-il pour nous sinon un rentier de talent? Et son
art minutieux ne suppose-t-il pas le confort de Croisset, la sollicitude d’une mère ou
d’une nièce, un régime d’ordre, un commerce prospère, des coupons à toucher
régulièrement?».

3. VRAI - Voilà ce que veut dire Sartre par «ni Vestale, ni Ariel».

4. FAUX - Au contraire, l’écrivain est foncièrement responsable de son époque.

Le saccage du Palais des Tuileries, au cours de la Révolution de 1848

Tout à coup la Marseillaise retentit. Hussonnet et Frédéric se penchèrent sur la


rampe. C’était le peuple. Il se précipita dans l’escalier, en secouant à flots
vertigineux des têtes nues, des casques, des bonnets rouges, des baïonnettes et des
épaules, si impétueusement, que des gens disparaissaient dans cette masse
grouillante qui montait toujours, comme un fleuve refoulé par une marée
d’équinoxe, avec un long mugissement, sous une impulsion irrésistible. En haut, elle
se répandit, et le chant tomba.

On n’entendait plus que les piétinements de tous les souliers, avec le clapotement
des voix. La foule inoffensive se contentait de regarder. Mais, de temps à autre, un
coude trop à l’étroit enfonçait une vitre; ou bien un vase, une statuette déroulait
d’une console, par terre. Les boiseries pressées craquaient. Tous les visages étaient
rouges; la sueur en coulait à larges gouttes; Hussonnet fit cette remarque:

- «Les héros ne sentent pas bon!»

- «Ah! vous êtes agaçant», reprit Frédéric.


Et poussés malgré eux, ils entrèrent dans un appartement où s’étendait, au plafond,
un dais de velours rouge. Sur le trône, en dessous, était assis un prolétaire à barbe
noire, la chemise entr’ouverte, l’air hilare et stupide comme un magot. D’autres
gravissaient l’estrade pour s’asseoir à sa place.

- «Quel mythe!» dit Hussonnet. «Voilà le peuple souverain!»

Le fauteuil fut enlevé à bout de bras, et traversa toute la salle en se balançant.

- «Saprelotte! comme il chaloupe! Le vaisseau de l’Etat est ballotté sur une mer
orageuse! Cancane-t-il! Cancane-t-il!»

On l’avait approché d’une fenêtre, et, au milieu des sifflets, on le lança.

- «Pauvre vieux!» dit Hussonnet en le voyant tomber dans le jardin, où il fut repris
vivement pour être promené ensuite jusqu’à la Bastille, et brûlé.

Alors, une joie frénétique éclata, comme si, à la place du trône, un avenir de
bonheur illimité avait paru; et le peuple, moins par vengeance que pour affirmer sa
possession, brisa, lacéra les glaces et les rideaux, les lustres, les flambeaux, les
tables, les chaises, les tabourets, tous les meubles, jusqu’à des albums de dessins,
jusqu’à des corbeilles de tapisserie. Puisqu’on était victorieux, ne fallait-il pas
s’amuser! La canaille s’affubla ironiquement de dentelles et de cachemires. Des
crépines d’or s’enroulèrent aux manches des blouses, des chapeaux à plumes
d’autruche ornaient la tête des forgerons, des rubans de la Légion d’honneur firent
des ceintures aux prostituées. Chacun satisfaisait son caprice; les uns dansaient,
d’autres buvaient. Dans la chambre de la reine, une femme lustrait ses bandeaux
avec de la pommade; derrière un paravent, deux amateurs jouaient aux cartes;
Hussonnet montra à Frédéric un individu qui fumait son brûle-gueule accoudé sur
un balcon; et le délire redoublait au tintamarre continu des porcelaines brisées et des
morceaux de cristal qui sonnaient, en rebondissant, comme des lames d’harmonica.

magot: Singe; figurine chinoise grotesque en porcelaine; sens figuré homme très
laid.

Cancaner: Danser le cancan, une danse excentrique.

crépines: Franges de tissu à fonction décorative.

brûle-gueule: Pipe à tuyau très court

Gustave FLAUBERT, L’Education sentimentale, III. 1, 1869

31.
1. L’incompréhension ironique de Hussonnet et Frédéric n’exclut pas la
reconnaissance de la légitimité des revendications du peuple.

2. Les métiers des citadins sont mis en valeur par la description réaliste.

3. La gaîté incontrôlable du peuple s’accompagne de moments de conscience


révolutionnaire.

4. Dans le texte, la destruction des symboles de l’oppression renversée se revêt


d’une sous-jacente signification politique.

Réponse: E E E E

1. FAUX - Hussonnet et Frédéric se moquent éperdument des revendications du


peuple: «Saprelotte! comme il chaloupe! Le vaisseau de l’Etat est ballotté sur une
mer orageuse! Cancane-t-il! Cancane-t-il!».

2. FAUX - Les métiers des citadins sont décrits dans un contraste grotesque avec les
objets de luxe du palais: «des chapeaux à plumes d’autruche ornaient la tête des
forgerons, des rubans de la Légion d’honneur firent des ceintures aux prostituées».

3. FAUX - Nulle part dans le texte Flaubert n’allude à la conscience révolutionnaire


du peuple.

4. FAUX - Le peuple fait piètre figure dans le tableau peint par Flaubert: «Sur le
trône, en dessous, était assis un prolétaire à barbe noire, la chemise entr’ouverte,
l’air hilare et stupide comme un magot» (dans le contexte, magot veut dire singe).

De la guerre

Tous les animaux sont perpétuellement en guerre; chaque espèce est née pour en
dévorer une autre. Il n’y a pas jusqu’aux moutons et aux colombes qui n’avalent une
quantité prodigieuse d’animaux imperceptibles. Les mâles de la même espèce se
font la guerre pour des femelles, comme Ménélas et Paris. L’air, la terre et les eaux,
sont des champs de destruction.

Il semble que Dieu ayant donné la raison aux hommes, cette raison doive les avertir
de ne pas s’avilir à imiter les animaux, surtout quand la nature ne leur a donné ni
armes pour tuer leurs semblables, ni instinct qui les porte à sucer leur sang.

Cependant la guerre meurtrière est tellement le partage affreux de l’homme


qu’excepté deux ou trois nations il n’en est point que leurs anciennes histoires ne
représentent armées les unes contre les autres. Vers le Canada homme et guerrier
sont synonymes, et nous avons vu que dans notre hémisphère voleur et soldat étaient
même chose. Manichéens, voilà votre excuse.

Le plus déterminé des flatteurs conviendra sans peine que la guerre traîne toujours à
sa suite la peste et la famine, pour peu qu’il ait vu les hôpitaux des armées
d’Allemagne, et qu’il ait passé dans quelques villages où il se sera fait quelque
grand exploit de guerre.

C’est sans doute un très-bel art que celui qui désole les campagnes, détruit les
habitations, et fait périr, année commune, quarante mille hommes sur cent mille.
Cette invention fut d’abord cultivée par des nations assemblées pour leur bien
commun; par exemple, la diète des Grecs déclara à la diète de la Phrygie et des
peuples voisins qu’elle allait partir sur un millier de barques de pêcheurs pour aller
les exterminer si elle pouvait.

Un généalogiste prouve à un prince qu’il descend en droite ligne d’un comte dont
les parents avaient fait un pacte de famille, il y a trois ou quatre cents ans, avec une
maison dont la mémoire même ne subsiste plus. Cette maison avait des prétentions
éloignées sur une province dont le dernier possesseur est mort d’apoplexie: le prince
et son conseil voient son droit évident. Cette province, qui est à quelques centaines
de lieues de lui, a beau protester qu’elle ne le connaît pas, qu’elle n’a nulle envie
d’être gouvernée par lui; que, pour donner des lois aux gens, il faut au moins avoir
leur consentement: ces discours ne parviennent pas seulement aux oreilles du prince,
dont le droit est incontestable. Il trouve incontinent un grand nombre d’hommes qui
n’ont rien à perdre; il les habille d’un gros drap bleu à cent dix sous l’aune, borde
leurs chapeaux avec du gros fil blanc, les fait tourner à droite et à gauche, et marche
à la gloire.

Les autres princes qui entendent parler de cette équipée y prennent part, chacun
selon son pouvoir, et couvrent une petite étendue de pays de plus de meurtriers
mercenaires que Gengis-kan, Tamerlan, Bajazet, n’en traînèrent à leur suite.

Voltaire, Dictionnaire philosophique (1764), article «Guerre».

32.
1. Dans le cinquième paragraphe, Voltaire affirme que la guerre est peut-être un art.

2. Comme il s’agit d’un article de dictionnaire, Voltaire cherche à exposer le thème


sans donner de leçons de morale.

3. Par l’expression «marche à la gloire», à la fin du sixième paragraphe, l’auteur


reconnaît une certaine noblesse à la guerre.

4. Le recrutement se faisant auprès d’hommes qui n ‘ont rien à perdre, les soldats se
trouvent assimilés à des bandits sans scrupules qui vendent leurs services à
quiconque veuille les employer.

Réponse: E E E C

1. FAUX - Voltaire affirme que la guerre est «sans doute un très-bel art» par
IRONIE.

2. FAUX - Cette union entre un récit et une leçon morale s’appelle un apologue.

3. FAUX - Par l’expression ironique «marche à la gloire», à la fin du sixième


paragraphe, l’auteur indique que ces soldats sont envoyés au massacre.

4. VRAI - Les soldats se trouvent assimilés à des bandits sans scrupules qui vendent
leurs services à quiconque veut les employer dans les passages «les fait tourner à
droite et à gauche; meurtriers mercenaires».

Irruption de l’humain au coeur de l’inhumain

Lentement l’automne arriva.

C’est alors que se produisit une chose totalement inattendue, que nous n’aurions
jamais crue possible. Par une nuit de tempête, une pluie violente s’abattit sur les
tranchées. Trempées et transies, les sentinelles, en plein vent, tentaient vainement de
rallumer leurs pipes éteintes. L’eau ruisselait en gargouillant le long des parois des
tranchées, jusqu’au fond de la semelle, l’un après l’autre les remparts de sac de
sable, les traverses s’écroulaient comme des masses en une bouillie visqueuse.
Couverts de boue, comme des bandes de rats chassés de leurs trous, les occupants
s’extirpaient des abris où l’eau ne cessait de monter. Lorsque le matin se mit à
poindre, lent et triste sous des voiles de pluie, nous découvrîmes qu’un véritable
déluge s’était déversé sur nous. Pétrifiés et muets, nous nous blottissions sur les
derniers ressauts qui commençaient eux-mêmes à s’effriter. Depuis longtemps le
dernier juron s’était tu, très mauvais signe. Que faire? Nous étions perdus. Les fusils
encroûtés de boue. Impossible de rester sur place, et se montrer au-dessus du sol
était la mort certaine. Nous le savions d’expérience mille fois répétée.
Tout à coup, un appel nous parvint de l’autre bord. Au-delà des barbelés surgirent
des silhouettes en longues capotes jaunes, se détachant à peine sur le fond du désert
glaiseux. Des Anglais, qui ne pouvaient pas plus que nous se maintenir dans leurs
tranchées. Ce fut comme une délivrance, car nous étions à bout de forces. Nous
marchâmes à leur rencontre.

Ce furent alors d’étranges sentiments qui s’éveillèrent en nous, si forts que la


contrée s’évanouit à nos yeux en fumée, comme un rêve se dissipe. Il y avait si
longtemps que nous nous terrions dans le sol qu’il nous semblait à peine croyable
que l’on pût se mouvoir de jour en terrain découvert, que l’on pût se parler en
langage des hommes et non par la bouche des mitrailleuses. Et voilà qu’une
suprême et commune détresse démontrait la simplicité de cet événement tout
naturel: se rencontrer en terrain découvert et se serrer la main. Nous étions debout
parmi les cadavres qui jonchaient le no man’s land, étonnés de voir surgir de tous les
coins du lacis de tranchées des foules toujours nouvelles. Nous n’avions pas la
moindre notion des masses d’hommes qu’on avait tenues cachées dans ce terrain si
vide et si mort.

Bientôt des groupes nombreux entrèrent en conversation animée, on échangeait des


boutons d’uniformes, de l’eau de vie et du whisky, c’était du Fritz par-ci et Tommy
par là. Le grand cimetière s’était mué en foirail, et dans cette détente inattendue,
après des mois et des mois de combats acharnés, une vague idée se faisait jour en
nous du bonheur et de la pureté qui se cachent dans le mot «paix». Il ne semblait pas
impensable qu’un jour les meilleurs éléments des peuples sortent des tranchées sous
le coup d’une impulsion subite, d’une évidence morale, pour se tendre les mains et
s’entendre une bonne fois, comme des enfants qui se sont longtemps querellés. Au
même moment, le soleil émergea des pluies qui le voilaient, et chacun fut à même
de ressentir à quelque degré le sentiment béatifique, la joie étrange que l’esprit
échappé à la tension du vouloir, au fardeau d’une mission, trouve à s’abandonner à
la jouissance de la vie.

Mais cette joie fut de courte durée, brisée nette par l’entrée en jeu brutale d’une
mitrailleuse en batterie sur une colline proche.

Ernest Jünger, Le combat comme expérience intérieure, 1926.

33.

1. L’auteur donne à sentir une atmosphère faite de désarroi et d’espérance, de


fascination aussi à l’endroit d’un imaginaire poétique.
2. Dans «Et voilà qu’une suprême et commune détresse démontrait la simplicité de
cet événement tout naturel», le terme suprême et commune détresse ne saurait être
compris comme la pluie qui a forcé une trêve à l’improviste en inondant les
tranchées, mais seulement comme la guerre et son cortège d’horreurs.

3. Dans le 3e paragraphe, les «foules toujours nouvelles (...) cachées dans ce terrain
si vide et si mort» contrastent vivement avec les corps qui parsèment la surface.

4. Dans «c’était du Fritz par-ci et Tommy par là», le soldat soumis «au fardeau
d’une mission» redevient l’homme de tous les jours dans une brève éclaircie de
paix.

Réponse: C E C C

1. VRAI - L’auteur donne à sentir cette atmosphère au long de tout le texte,


particulièrement dans le 4e paragraphe: «Il ne semblait pas impensable qu’un jour
les meilleurs éléments des peuples sortent des tranchées sous le coup d’une
impulsion subite, d’une évidence morale, pour se tendre les mains et s’entendre une
bonne fois, comme des enfants qui se sont longtemps querellés. Au même moment,
le soleil émergea des pluies qui le voilaient, et chacun fut à même de ressentir à
quelque degré le sentiment béatifique, la joie étrange que l’esprit échappé à la
tension du vouloir, au fardeau d’une mission, trouve à s’abandonner à la jouissance
de la vie.»

2. FAUX - La pluie rendait insupportable la condition déjà pénible des soldats dans
les tranchées. Dans «Et voilà qu’une suprême et commune détresse démontrait la
simplicité de cet événement tout naturel», le terme suprême et commune détresse
doit être compris comme la pluie qui a forcé une trêve à l’improviste en inondant les
tranchées, et, par extension, comme la guerre et son cortège d’horreurs.

Pour mieux comprendre l’image de la pluie et de la brève éclaircie qui s’ensuit. Voir
l’item 4 de la question 33.

3. VRAI - Alors que les vivants se cachent dans les tranchées, ce sont les cadavres
qui couvrent la surface.

4. VRAI - Les prénoms (allemand) et Tommy (anglais) rendent au soldat son


humanité de tous les jours, sacrifiée dans la guerre.

La définition complète du nom féminin éclaircie selon le dictionnaire Larousse nous


aide à comprendre l’expérience éprouvée par le narrateur:

• Espace clair dans un ciel nuageux; amélioration brève entre deux averses.

• Amélioration dans une situation dangereuse, un conflit; changement favorable:


Une éclaircie dans le climat politique actuel.
L’avenir

Au vingtième siècle, il y aura une nation extraordinaire. Cette nation sera grande, ce
qui ne l’empêchera pas d’être libre. Elle sera illustre, riche, pensante, pacifique,
cordiale au reste de l’humanité. [...]. Une bataille entre Italiens et Allemands, entre
Anglais et Russes, entre Prussiens et Français, lui apparaîtra comme nous apparaît
une bataille entre Picards et Bourguignons. Elle considérera le gaspillage du sang
humain comme inutile. Elle n’éprouvera que médiocrement l’admiration d’un gros
chiffre d’hommes tués. Le haussement d’épaules que nous avons devant
l’inquisition, elle l’aura devant la guerre. […]La propriété, ce grand droit humain,
cette suprême liberté, cette maîtrise de l’esprit sur la matière, cette souveraineté de
l’homme interdite à la bête, loin d’être supprimée, sera démocratisée et
universalisée. Il n’y aura plus de ligatures; ni péages aux ponts, ni octrois aux villes,
ni douanes aux États, ni isthmes aux océans, ni préjugés aux âmes. Les initiatives en
éveil et en quête feront le même bruit d’ailes que les abeilles. La nation centrale
d’où ce mouvement rayonnera sur tous les continents sera parmi les autres sociétés
ce qu’est la ferme modèle parmi les métairies¹. Elle sera plus que nation, elle sera
civilisation; elle sera mieux que civilisation, elle sera famille.[...]. Unité de langue,
unité de monnaie, unité de mètre, unité de méridien, unité de code; la circulation
fiduciaire à son plus haut degré. Les quatre milliards que coûtent annuellement les
armées permanentes laissés dans la poche des citoyens; les quatre millions de jeunes
travailleurs qu’annule honorablement l’uniforme restitués au commerce, à
l’agriculture et à l’industrie; partout le fer disparu sous la forme glaive² et chaîne et
reforgé sous la forme charrue³ [...]. Partout la dignité de l’utilité de chacun sentie par
tous; l’idée de domesticité purgée de l’idée de servitude; l’égalité sortant toute
construite de l’instruction gratuite et obligatoire; l’égout remplacé par le drainage; le
châtiment remplacé par l’enseignement; la prison transfigurée en école; l’ignorance,
qui est la suprême indigence, abolie; l’homme qui ne sait pas lire aussi rare que
l’aveugle-né; le jus contra legem compris; la politique résorbée par la science, la
simplification des antagonismes produisant la simplification des événements eux-
mêmes; le côté factice des faits s’éliminant; pour loi, l’incontestable, pour unique
sénat, l’institut. Nulle part l’entrave, partout la norme. Le collège normal, l’atelier
normal, l’entrepôt normal, la boutique normale, la ferme normale, le théâtre normal,
la publicité normale, et à côté la liberté. La liberté du cœur humain respectée au
même titre que la liberté de l’esprit humain, aimer étant aussi sacré que penser. La
circulation décuplée ayant pour résultat la production et la consommation
centuplées; la multiplication de pains, de miracle, devenue réalité; les cours d’eau
endigués, ce qui empêchera les inondations, et empoissonnés, ce qui produira la vie
à bas prix; l’industrie engendrant l’industrie, les bras appelant les bras, l’œuvre faite
se ramifiant en innombrables œuvres à faire, un perpétuel recommencement sorti
d’un perpétuel achèvement, et, en tout lieu, à toute heure, sous la hache féconde du
progrès, l’admirable renaissance des têtes de l’hydre sainte du travail. [...]. Voilà
quelle sera cette nation.
Cette nation aura pour capitale Paris, et ne s’appellera point la France; elle
s’appellera l’Europe.

Elle s’appellera l’Europe au vingtième siècle, et, aux siècles suivants, plus
transfigurée encore, elle s’appellera l’Humanité.

L’Humanité, nation définitive, est dès à présent entrevue par les penseurs, ces
contemplateurs des pénombres; mais ce à quoi assiste le dix-neuvième siècle, c’est à
la formation de l’Europe.

métairies¹: port. propriedade rural explorada em contrato de parceria por 9 anos.

glaive²: Épée courte à deux tranchants.

charrue³: port. arado.

Victor HUGO, Introduction au Paris-guide de l’exposition universelle de 1869.


Texte adapté.

34.
1. Dans le texte, le mot glaive symbolise la guerre et les combats.

2. Selon l’auteur, l’universalisme européen doit signer la fin des nations perçues
comme des vestiges des temps barbares.

3. La grandeur du paradis terrestre humaniste idéalisé par Hugo vient de la culture et


de la générosité de la «nation extraordinaire», plutôt que de son économie.

4. Le passage «Il n’y aura plus de ligatures; ni péages aux ponts, ni octrois aux
villes, ni douanes aux États, ni isthmes aux océans, ni préjugés aux âmes» demeure
d’actualité dans la construction européenne.

Réponse: C C E C

1. VRAI - Le mot glaive, dans le registre littéraire, représente un symbole de la


guerre, des combats ou de la puissance du pouvoir judiciaire.

2. VRAI - Picards et bourguignons: référence aux conflits dans des régions qui ne
reconnaissaient pas l’autorité du roi de France Louis XI (circa 1480) → vestiges des
temps barbares

«Une bataille entre Italiens et Allemands, entre Anglais et Russes, entre Prussiens et
Français, lui apparaîtra comme nous apparaît une bataille entre Picards et
Bourguignons.».
3. FAUX - L’économie libérale est un élément essentiel de l’utopie présentée dans le
texte: «Les quatre milliards que coûtent annuellement les armées permanentes
laissés dans la poche des citoyens; les quatre millions de jeunes travailleurs
qu’annule honorablement l’uniforme restitués au commerce, à l’agriculture et à
l’industrie».

4. VRAI - Le passage «Il n’y aura plus de ligatures; ni péages aux ponts, ni octrois
aux villes, ni douanes aux États, ni isthmes aux océans, ni préjugés aux âmes»
correspond à l’idéal de l’intégration europénne, dont l’espace Schengen serait un
exemple contemporain.

16
<http://www.cespe.unb.br/concursos/IRBR_15_DIPLOMACIA/arquivos/IRBR_15_
DIPLOMATA_3A_FASE_LELF_JUSTIFIVATIVAS_DE_ALTERA____O_DE_GA
BARITO.PDF>.

17 Gabarito preliminar:
<http://www.cespe.unb.br/concursos/IRBR_14_DIPLOMACIA/arquivos/Gab_Preli
minar_095IRBr14ESFR_003_03.PDF>. Gabarito definitivo:
<http://www.cespe.unb.br/concursos/IRBR_14_DIPLOMACIA/arquivos/Gab_Defi
nitivo_095IRBr14ESFR_003_03.PDF>. Acesso em: 6 fev. 2016.
L’épreuve de 2003 à 2013
I. L’ÉPREUVE ÉCRITE

1. Les types de questions


Nesta seção, analisaremos os tipos de questão cobrados nas provas discursivas do
CACD entre 2005 e 2013.

Há três tipos básicos de questão que demandam do candidato competências


específicas para formular a resposta, além da compreensão do texto e do conteúdo
solicitado pelo comando: • Qual é a sua opinião?

• O que diz o autor?

• A que eventos (históricos ou da atualidade)/situações/conceitos o texto se refere?

OBSERVAÇÕES:

• Algumas questões dependem do conhecimento de uma palavra ou expressão


específica para a compreensão do comando.

Ex.: Quadrature du cercle (2011); Poupées gigognes (2013) • Algumas questões,


mais complexas, combinam dois tipos básicos (questões mistas).

Ex.: Que pensez-vous de ce que dit l’auteur au sujet de..?

• Algumas provas, como a de 2013, a de 2009 e a de 2007 apresentaram comandos


técnicos, muito específicos: Ex.: Expliquez; explicitez; redéfinissez; citez; précisez;
donnez une définition ainsi qu’um exemple...

a. D’après vous

• Qual é a sua opinião?

Exemplos:

Quel rôle imaginez-vous que le Brésil jouera dans le nouvel ordre mondial évoqué
par l’auteur? (2009) Dans quel domaine le Brésil peut-il, selon vous, accroître son
rayonnement? (2013) Como expressar a opinião?

• Argumentar, analisar, interpretar...


• Situar no espaço e no tempo

• Descrever, comparar, explicar...

OBS.: Quando o examinador pergunta a sua opinião, não se trata apenas de dizer o
que você pensa. É a sua capacidade de argumentação e análise que está sendo
solicitada.

• Para além do conteúdo, cada questão é formulada visando à mobilização e à


aplicação de competências gramaticais específicas, que serão levadas em conta na
avaliação da banca.

• Seu domínio das competências gramaticais necessárias é a base para expressar


claramente sua opinião, contextualizar argumentos e exemplos e justificar sua
resposta, de acordo com o que o comando pede.

• Quel rôle imaginez-vous que le Brésil jouera dans le nouvel ordre mondial évoqué
par l’auteur? (2009) • Dans quel domaine le Brésil peut-il, selon vous, accroître son
rayonnement? (2013) → Compétences requises: comment donner son opinion?

• Argumenter, formuler des hypothèses

• Juger, donner son avis, prendre parti

• Situer dans l’espace et dans le temps

• Analyser, justifier, expliquer...

b. D’après le texte

• Selon Bertrand Badie, quels sont les événements qui paralysent l’Europe ces
dernières années? (2010) • Quel est, selon Hannes Swoboda, l’élément essentiel et
son corolaire social qui permettra à l’Union européenne de sortir de la crise
économique? (2012) • O que diz o autor?

Exemplos:

Selon Bertrand Badie, quels sont les événements qui paralysent l’Europe ces
derniéres années? (2010) Quel est, selon Hannes Swoboda, l’élément essentiel et
son corolaire social qui permettra à l’Union européenne de sortir de la crise
économique? (2012) Como compreender e/ou interpretar as ideias do texto?

• Reconstituir as ideias do texto

• Resumir, parafrasear, enumerar

• Descrever, explicar, comparar


ATENÇÃO: A CÓPIA DE TRECHOS DO TEXTO faz perder pontos.

OBS.: Estas são as questões de compreensão e de interpretação de texto.

• O examinador quer avaliar sua capacidade de identificar informação factual, bem


como sua compreensão da argumentação e análise desenvolvidas pelo autor.

• É fundamental dominar técnicas de paráfrase, pois a cópia de excertos do texto é


penalizada pela banca.

• Também é indispensável estruturar o parágrafo de modo adequado; não é


recomendável apresentar os fatos ou dados solicitados em forma de lista.

→ Compétences requises: comment interpréter les idées du texte?

• Résumer, paraphraser, développer.

• Expliquer ce que dit le texte/ce que veut dire le texte.

• Rapporter les pensées de l’auteur tout en évitant l’effet liste.

• Donner son opinion seulement si on vous demande votre avis au sujet des idées de
l’auteur.

• Répondre à des questions formulées à partir de figures de style.

• Ce type de question fait directement appel à la capacité d’interprétation


symbolique. Il est très courant dans l’épreuve écrite.

OBS.: La COPIE DU TEXTE est sanctionnée par le jury.

c. Mobilisation de connaissances hors texte

• A que eventos/situações/conceitos o texto se refere?

Exemplos:

Quels sont les événements du XXe siècle évoqués par M. Rompuy et pourquoi ont-
ils suscité un sentiment similaire à celui du «Printemps arabe» chez les Européens?
(2011) Donnez une définition complète ainsi qu’un exemple de ce que J. Nye
appelle «smart power». (2013) Como estabelecer relações entre o texto e eventos da
atualidade, períodos históricos, conceitos teóricos etc.?

• Descrever, definir, analisar


• Explicar, comparar, justificar...

• Situar no espaço e no tempo

• Quels sont les événements de XXe siècle évoqués par M. Rompuy et pourquoi ont-
ils suscité un sentiment similaire à celui du «Printemps arabe» chez les Européens?
(2011) • Donnez une définition complète ainsi qu’un exemple de ce que J. Nye
appelle «smart power». (2013) → Compétences requises: comment établir des
relations entre le texte et l’actualité, des événements historiques, des concepts
théoriques, etc.?

• Nommer, décrire, définir

• Expliquer, comparer, justifier...

• Situer dans l’espace et dans le temps

2. Les critères de correction


Embora a banca organizadora do CACD não publique um edital detalhado para a
prova de francês, é possível adotar como referência o programa de francês como
segunda língua, nível B1-B2.

Segundo o sistema de educação nacional francês, o francês como segunda língua


(français comme langue seconde, ou FLS) é o francês aprendido como língua
crucial e determinante para aquele que aprende18.

• Por que adotar como referência o programa de francês como segunda língua e não
o de francês como língua estrangeira?

Os cursos de francês como língua estrangeira têm objetivos de comunicação bem


diferentes daqueles de um candidato ao CACD. Para fins do concurso, o nível
exigido do estudante de francês como língua estrangeira revela-se aquém do
domínio da norma culta necessário para o alto desempenho na prova.

OS CRITÉRIOS DE CORREÇÃO E AS COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS

1. Correção gramatical e ortográfica: Reconhecer e evitar os erros mais comuns.


Concordância. Acentuação. Regras de divisão de sílabas no final da linha.
Maiúsculas e minúsculas. Regência verbal. Uso e concordância dos particípios
presente e passado. Tempos e modos verbais. Sintaxe. Posição de adjetivos e
advérbios.
2. Compreensão do texto: respeito ao tema, ou seja, menção e interpretação corretas
dos elementos essenciais do enunciado; desenvolvimento adequado e coerente da
cada elemento proposto. Qualidade da argumentação: argumentos válidos em
relação ao tema, pertinência dos exemplos, eficácia da explicação.

3. Organização e desenvolvimento das ideias: Estrutura. Três linhas, cinco linhas.


Construção de um breve parágrafo. Encadeamento das ideias. Capacidade de
estabelecer relações lógicas: objetivo, causa, consequência, oposição, contraste,
comparação, restrição, condição, concessão... Capacidade de análise, síntese e
paráfrase.

4. Qualidade da linguagem: Vocabulário preciso, variado (não necessariamente


sofisticado, rebuscado) Sinônimos literais/contextuais; antônimos
contraditórios/gradativos/recíprocos. Concordância e coordenação dos tempos e
modos verbais (indicativo/subjuntivo/condicional). Construções elaboradas. Figuras
de linguagem, efeitos de estilo.

a. Ortographe et correction grammaticale

Grammaire

• Groupes verbaux.

• Temps simples et composés.

• Les verbes pronominaux.

• Les modes verbaux.

• Les auxiliaires.

• La voix passive.

• Les participes (présent, passé).

• Les adverbes et locutions adverbiales.

• La place des adverbes.

• Les adverbes exigeant l’inversion.

• Les verbes et leurs prépositions.

• Les prépositions et locutions prépositives.


• Les articles et adjectifs démonstratifs.

• Le partitif.

• Les pronoms.

Ortographe • Reconnaître et éviter les fautes les plus fréquentes.

• Le féminin.

• Le pluriel.

• Les accents.

• Les majuscules et minuscules.

• Les mots qui changent de genre en français par rapport au portugais.

• La division des syllabes en fin de ligne.

b. Compréhension de texte

Respect du sujet

• La mention et l’interprétation juste des éléments essentiels de l’énoncé.

• Le développement approprié et cohérent de chaque élément de l’énoncé.

Qualité de l’argumentation

• La valeur de l’argumentation par rapport au sujet.

• La pertinence des exemples.

• L’efficacité de l’explication.

c. Organisation et développement des idées

La structure

• Quatre lignes, cinq lignes → La construction d’un mini paragraphe.

• Choix de la structure du paragraphe: progression/rupture dans le raisonnement.

L’enchaînement des idées

• La capacité d’établir des liens logiques: but, cause, conséquence, opposition,


contraste, condition, concession, comparaison.
• L’hypothèse et la condition: les degrés de probabilité.

• Capacité d’argumentation, d’analyse, de développement et de synthèse.

d. Qualité du langage

• Vocabulaire soigné, précis, varié (synonymies strictes/partielles; antonymies


contradictoires/gradables/réciproques).

• Les adjectifs.

• Les adverbes.

• La mise en rapport des temps et des modes verbaux.

• Cohésion et cohérence.

• Choix de verbes.

• Les expressions impersonnelles.

• Constructions complexes.

• Figures de style, recherche d’effets.


3. Épreuves commentées
2013
Características da prova:

• A prova de 2013 tem como característica marcante a precisão dos enunciados.


Além de conteúdo coerente e pertinente, a banca solicita que competências
específicas de gramática aplicada ao texto sejam usadas na elaboração das respostas.

• Cada questão fornecia instruções detalhadas de como a pergunta devia ser


respondida (“expliquez, redéfinissez, explicitez...”).

• Um único texto acadêmico, mais denso e complexo que os habituais textos


jornalísticos, com 1 158 palavras, serve como referência para as dez questões da
prova.

OBS.: A tendência de mudança em relação ao tipo de texto havia sido anunciada no


Manual do Candidato (FUNAG, 2012), à página 20, com grifo da autora da referida
obra: “De 2006 à 2011 tous les articles provienent du journal Le Monde (quotidien,
diplomatique, blog), mais cela ne veut pas dire que ce sera également le cas des
prochains.”

• A orientação geral enfatiza a importância da estrutura do parágrafo de três a cinco


linhas (“un paragraphe argumenté”).

• A banca avisa o(a) candidato/a que o padrão de correção passa a ser mais rigoroso
que nos anos anteriores, especialmente quanto à pertinência e coerência. A cópia do
texto é motivo de penalização. (“Les réponses totalement ou partiellement hors
sujet, recopiées ou incohérentes seront sanctionnées”).
Texte pour les questions 11 à 20
Qu’est-ce qu’une puissance au XXIe siècle? (1.158 mots) Avant de tenter d’éclairer
cette question, il convient de s’entendre sur les concepts. Celui de puissance, qui
s’applique à toute unité active et en particulier à toute unité politique, est l’un des
plus discutés dans la littérature. Il prête à beaucoup de confusion. Je commencerai
donc par préciser ma propre interprétation. Il importe de distinguer entre pouvoir et
puissance.

J’appelle pouvoir d’une unité active la capacité de mobiliser ses ressources dans des
directions déterminées, et potentiel l’ensemble des objectifs virtuellement
atteignables par cette mobilisation. La notion de puissance concerne le passage du
virtuel au réel, c’est-à-dire le passage à l’acte, à la fois discontinuité et choix. Toute
unité active dispose de ressources. Dans la littérature américaine, on parle souvent
des resources of power, sans d’ailleurs distinguer, s’agissant du mot power, entre
pouvoir, potentiel et puissance. L’Organisation qui dirige l’unité active exerce, par
définition, le pouvoir collectif. Typiquement, le Gouvernement pour un Etat. Cette
Organisation peut elle-même s’analyser comme une unité active et ainsi de suite,
comme des poupées gigognes. L’identification du potentiel est un travail qualitatif
auréolé d’incertitude, qui repose sur une analyse de l’environnement et sur une
réflexion concernant le croisement des stratégies, celles de l’unité active en
question, et celles de ses partenaires comme de ses opposants.

Sans ressources, il n’y a ni pouvoir ni potentiel. Une unité active peut disposer de
ressources sans être capable de les mobiliser dans une direction voulue. Dans les
deux cas, le problème de la puissance ne se pose pas. Naturellement, ces deux
situations extrêmes n’existent pas dans la réalité. Toute unité active dispose d’un
minimum de ressources et d’un minimum de capacité d’en faire usage. Mais on ne
doit pas négliger le troisième cas, où l’impuissance provient non pas de l’absence de
ressources ou de direction, mais d’un blocage dans une conjoncture particulière,
face au passage à l’acte. Répétons que le passage à l’acte, c’est-à-dire la transition
du virtuel au réel, est toujours une discontinuité.

Les ressources, humaines et matérielles, sont donc à la base de la puissance. Par


ressources humaines, j’entends le capital humain dans l’acception pleine du terme,
avec ses dimensions démographiques au sens large, mais aussi les forces morales,
typiquement dérivées de la culture, de l’idéologie, de la religion ou des émotions.
Un aspect essentiel de l’idéologie concerne les territoires, et constitue
historiquement l’essence de la notion de géopolitique. [...]

Ainsi entendues, les ressources humaines incluent le travail au sens économique,


mais aussi les facteurs sous-jacents au soft power. Cette expression, forgée par le
professeur Joseph Nye dans le contexte de ses travaux sur l’avenir de la puissance
américaine, se réfère à la capacité d’obtenir des autres ce qu’on veut qu’ils fassent,
sous le seul effet de la conviction. Le leadership en est le prototype. Le rayonnement
des cultures et le mouvement naturel des idées en sont des manifestations plus
diffuses. Le soft power est donc d’ordre psychologique et sociologique. Par
contraste, le hard power concerne la mobilisation de ressources tangibles, lesquelles
recouvrent évidemment une gamme très large de biens souvent complémentaires au
soft power, qu’il s’agisse par exemple de faire de la propagande, de diffuser une
culture, de menacer de faire la guerre ou de la faire effectivement. Je ne donne pas
ces exemples au hasard, mais pour montrer qu’en pratique le soft power est presque
toujours associé à une dose de hard power. Toujours inspiré pour forger de nouvelles
expressions, Joseph Nye parle aussi de smart power pour qualifier ce type de
couplage, où le hard power intervient en soutien au soft power et non l’inverse. Il
fut un temps où l’Union soviétique excella dans ce domaine et, de nos jours, les
exemples abondent. Je pense par exemple aux Jeux Olympiques. Les unités actives,
en particulier les unités politiques, sont inégalement habiles face à l’exercice du
smart power. En particulier, quand il s’agit de travailler sur leur image et leur
réputation. [...]

J’ai défini le pouvoir comme la capacité de mobiliser des ressources dans une
direction déterminée. Cette mobilisation et cette direction sont décidées par une
Organisation qui elle-même doit souvent être analysée comme une unité active avec
sa propre Organisation et ainsi de suite. Ceci conduit à l’idée, essentielle dans les
sociétés contemporaines - et certainement de plus en plus dans les prochaines
décennies -, de ce que j’ai appelé les «usines de production des décisions”. Un
aspect important de cette question est la tendance à l’organisation du pouvoir par
ressource, et donc à une forme de séparation des pouvoirs, évidemment différente de
celle de Montesquieu. Ainsi parle-t-on couramment de la puissance économique, de
la puissance militaire ou du pouvoir culturel. Chaque pouvoir est associé à une
catégorie de ressources, mais aussi à une catégorie d’objectifs pensés comme
susceptibles d’être atteints par leur mobilisation, à la limite indépendamment des
autres ressources. La tendance au fractionnement, qui est liée à la technicité
croissante de chaque domaine, ne s’arrête évidemment pas là. En économie, on
distinguera par exemple la puissance industrielle et la puissance financière; dans les
armées, entre la puissance terrestre, navale ou aérienne. [...]

L’imperfection de telles «usines” est reconnue, au moins depuis la thèse célèbre de


Graham Allison sur la crise des missiles de Cuba. Par imperfection, j’entends les
inefficacités mais, plus gravement, le risque de produire des décisions aberrantes ou
catastrophiques. Je crois que cette question de la coordination des pouvoirs, qui
touche à la fois au fonctionnement interne des Etats et aux différents modes de la
coopération internationale, donc à la gouvernance mondiale à tous les niveaux, est
l’une des plus importantes qui nous soit posée au XXIe siècle. L’enjeu a
considérablement augmenté avec l’apparition du cyber-pouvoir, celui-là non
spécifiquement militaire. Il s’agit de la capacité, pour toutes sortes d’unités actives,
d’agir sur le «cyber-espace”, c’est-à-dire sur les systèmes de toute nature qui sont
connectés directement ou indirectement via Internet. L’affaire Wikileaks a révélé la
fragilité du secret diplomatique. Américains et Israéliens ont apparemment démontré
leur capacité à intervenir sur les installations nucléaires iraniennes, ce dont
beaucoup peuvent se réjouir, mais on parle moins de cyber-attaques quotidiennes
dans le monde, qui font froid dans le dos. Des scénarios cauchemardesques sont
devenus concevables sinon probables, comme un accident majeur provoqué sur une
centrale nucléaire, la neutralisation de tous les systèmes informatiques d’une banque
ou d’un système de communication aérien, ou même l’assassinat à distance de
patients porteurs d’équipements thérapeutiques digitalisés. La difficulté est que
l’Internet s’est développé de façon épigénétique, de sorte qu’aucun plan n’a inclus
les préoccupations de sécurité à son origine. Aujourd’hui, le système est
massivement asymétrique, en faveur de l’attaque. Je crains qu’on ne se trompe
guère en prédisant l’occurrence d’une catastrophe majeure, tôt ou tard. Il est plus
difficile d’en prévoir les conséquences, mais l’une d’entre elles pourrait être une
tendance à la nationalisation du Web, ce qui est techniquement possible. Cette
perspective n’est d’ailleurs pas la seule dans le sens d’un ralentissement de la
mondialisation et d’un retour partiel aux formes plus classiques de la puissance.

Thierry de Montbrial, séance de l’Académie des sciences morales et politiques du


07/01/2013.

Répondez aux questions suivantes en rédigeant pour chacune un paragraphe


argumenté en français standard de trois à cinq lignes, avec vos propres mots et
expressions. L’utilisation d’extraits du texte ou des questions sera pénalisée. Les
réponses aux questions seront analysées indépendamment les unes des autres au
moment de la correction et des recours. Les réponses totalement ou partiellement
hors sujet, recopiées ou incohérentes seront sanctionnées.

11. Quelles sont les raisons qui amènent T. de Montbrial à distinguer pouvoir et
puissance?

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• L’auteur distingue pouvoir et puissance dans le deuxième paragraphe, mais


attention: la relation entre pouvoir, puissance et ressources est développée tout au
long du texte.

• Dans le contexte, l’auteur vise à définir la notion de puissance au XIXe siècle en


faisant appel à certains concepts: • La distinction entre pouvoir et puissance; • Les
ressources humaines et matérielles; • Le soft power; • Les «usines de production des
décisions»; • L’apparition du cyber-pouvoir.

12. «Cette organisation peut elle-même s’analyser comme une unité active et ainsi
de suite, comme des poupées gigognes» (paragraphe 2). Expliquez dans ce contexte
l’expression «poupées gigognes».
Réponse: • Question du type «D’après le texte». Il fallait connaître le sens précis d’
un mot ou expression (dans ce cas, «poupées gigognes») non seulement pour
comprendre la question posée mais aussi pour expliquer l’emploi du terme dans le
texte.

• Selon le dictionnaire Larousse, «gigogne se dit d’objets, en particulier de meubles,


qui s’emboîtent les uns dans les autres: Tables gigognes, poupées gigognes».

• Il fallait éviter le piège d’évoquer longuement les matriochkas, les poupées russes,
ou de créer des métaphores sur les poupées en géneral. Dans le contexte, le mot clef
est bien gigognes, comme le démontre la note donnée par le jury à la réponse ci-
dessous, qui a obtenu le maximum de points pour le contenu (R=2): On emboîte des
poupées gigognes l’une à l’intérieur de l’autre. D’une manière similaire, l’auteur
propose que chaque «Organisation» peut être en même temps une unité active, de
sorte qu’elle contienne aussi une autre «Organisation».

(Cité avec la permission de L. M. B.) 13. D’après la définition de T. de Montbrial,


l’ONU constitue-t-elle une puissance?

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• Selon les paragraphes 2 et 4, il est possible de répondre à cette question par


l’affirmative: • Paragraphe 2: «Les ressources, humaines et matérielles, sont donc à
la base de la puissance. Par ressources humaines, j’entends le capital humain [...]
mais aussi les forces morales, typiquement dérivées de la culture, de l’idéologie, de
la religion ou des émotions.».

• Paragraphe 4: «J’ai défini le pouvoir comme la capacité de mobiliser des


ressources dans une direction déterminée. Cette mobilisation et cette direction sont
décidées par une Organisation [...]».

14. Redéfinissez avec vos propres mots la notion de ressources humaines, telle que
l’entend T. de Montbrial.

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• La maîtrise des techniques de la paraphrase est indispensable pour répondre à ce


type de question sans copier des passages du texte.

• Puisque le jury demande au candidat de rédiger un paragraphe argumenté, il est


recommandé de bien organiser sa réponse pour s’assurer un maximum de points.

15. Dans quel domaine le Brésil peut-il, selon vous, accroître son rayonnement?

Réponse: • Question mixte: types «D’après vous» + «Mobilisation de connaissances


hors texte».
• Veillez à bien tenir compte de la connotation très positive du mot rayonnement: il
s’agit d’une qualité associée à la lumière et au feu, définie par le Larousse comme
l’influence exercée par quelqu’un, un pays, en raison de so• prestige.

• Voici une question que tous les candidats à la carrière diplomatique doivent être
toujors prêts à répondre. Tout candidat bien préparé sera prêt à rédiger une variation
sur ce thème, en tenant en compte les idées du texte. Il est toutefois vivement
recommandé d’éviter les clichés et les phrases toutes faites.

• Pour assurer la clarté et l’ organisation de votre paragraphe, ne cédez pas à la


tentation d’inclure toutes les idées du texte dans la réponse. Vous pourriez en choisir
une ou deux et les mettre en rapport dans votre argumentation: • soit avec des
principes et des traditions de la diplomatie brésilienne (la vocation pacifique du
Brésil et la question de la puissance militaire; l’Itamaraty en tant qu’«usine de
production des décisions», le rayonnement culturel/social/sportif...).

• soit avec des sujets d’actualité (le soft power et les grands évènements sportifs au
Brésil dans les années 2010; le cyber-pouvoir et la convocation par le Brésil d’un
sommet inédit en avril 2014 sur la gouvernance d’internet à la suite du scandale des
écoutes de la National Surveillance Agency américaine...).

16. Donnez une définition complète ainsi qu’un exemple de ce que J. Nye appelle
«smart power».

Réponse: • Question du type «D’après le texte», qui pourrait aussi être répondue
comme une question du type «Mobilisation de connaissances hors texte».

• Il fallait résumer l’ information qui se trouve dans le cinquième paragraphe pour


définir ce que J. Nye appelle «smart power»: Toujours inspire pour forger de
nouvelles expressions, Joseph Nye parle aussi de smart power pour qualifier ce type
de couplage, ou le hard power intervient en soutien au soft power et non l’inverse. Il
fut un temps ou l’Union sovietique excella dans ce domaine et, de nos jours, les
exemples abondent. Je pense par exemple aux Jeux Olympiques. Les unites actives,
en particulier les unites politiques, sont inegalement habiles face a l’exercice du
smart power. En particulier, quand il s’agit de travailler sur leur image et leur
reputation.

• Pour ce qui est de l’exemple, l’ auteur avance une suggestion: «Il fut un temps où
l’Union soviétique excella dans ce domaine et, de nos jours, les exemples abondent.
Je pense par exemple aux Jeux Olympiques.» Le candidat bien préparé pourrait
aisément faire appel à ses connaissances hors texte pour en fournir d’autres.

• Notez que, pour inclure la définition complète ainsi que l’exemple sollicités par le
jury dans l’espace de cinq lignes, il faut choisir une seule manière de définir ce que
J. Nye appelle «smart power» parmi les caratéristiques présentées par l’ auteur, sans
copier le texte. Cette question fait donc appel aux capacités d’ analyse et de synthèse
du candidat.

17. Pour vous, l’organisation de grands événements sportifs relève-t-elle d’un acte
de soft power prépondérant pour l’essor d’un pays?

Réponse: • Question du type «D’après vous».

• Attention: certes, le jury vous demande votre opinion, mais il faut toujours tenir
compte de ce que dit le texte dans votre réponse. Vous n’ êtes pas obligé d’être
d’accord avec l’ auteur, mais ignorer son opinion peut donner au jury l’impression
que vous n’ avez pas bien compris le texte.

• Compétences requises: comment donner son opinion?

• Argumenter, formuler des hypothèses • Juger, donner son avis, prendre parti •
Situer dans l’espace et dans le temps • Analyser, justifier, expliquer...

18. Comment comprenez-vous l’affirmation suivante: «Les usines de production des


décisions» occasionnent une forme de séparation des pouvoirs bien différente de
celle de Montesquieu (paragraphe 6)?

Réponse: • Question du type «D’après le texte», qui pourrait aussi être répondue
comme une question du type «Mobilisation de connaissances hors texte».

• Plutôt que votre opinion, on vous demande d’expliquer ce que dit le texte/ce que
veut dire le texte.

• Au cas où le candidat serait prêt à citer la séparation des pouvoirs bien différente
de celle de Montesquieu, il pourrait illustrer le contraste entre les deux formes de
séparation des pouvoirs en faisant ressortir les différences.

• Une autre démarche possible serait partir de la «tendance à l’organisation du


pouvoir par ressource» pour en arriver aux types de puissance («catégorie de
ressources»), en passant par les «catégorie[s] d’objectifs pensés comme susceptibles
d’être atteints par leur mobilisation».

19. Selon T. de Montbrial, quel pouvoir a-t-il fait son apparition au cours du
XXIème siècle? Citez quelques exemples de son potentiel d’action.

Réponse: • Question mixte: types «D’après le texte» + «Mobilisation de


connaissances hors texte».

• La réponse est, bien sûr, «l’apparition du cyber-pouvoir» (paragraphe 7).


• Pour les exemples, vous pourriez citer ceux qui se trouvent dans le texte
(«L’affaire Wikileaks», «[interventions]sur les installations nucléaires iraniennes»,
«cyber-attaques quotidiennes») ou enrichir votre réponse en faisant appel à vos
connaissances hors texte. Vous pourriez développer, par exemple, l’ idée de «la
nationalisation du Web», sujet d’actualité très intéressant.

• Attention à bien éviter l’effet liste dans les questions qui vous demandent de faire
une énumération.

20. A la fin du texte, l’auteur avance l’idée suivante: «Le ralentissement de la


mondialisation et le retour partiel aux formes plus classiques de la puissance.»
(paragraphe 7). Explicitez ce que pourrait être «un retour aux formes classiques de
puissance.»

Réponse: • Question du type «D’après le texte» qui demande au candidat de


combiner deux niveaux de compréhension: non seulement résumer les idées ou les
informations présentées dans le texte, mais aussi identifier les idées implicites.

• Alors que dans la question 16 il fallait résumer les idées du texte, dans la question
20 on vous demande d’adopter la démarche inverse, c’ est-à-dire développer une
idée avancée dans le texte.

• Le verbe expliciter fait directement appel à votre capacité d’interprétation. Le jury


vous invite à aller plus loin, à vous demander quels sont les enjeux au-delà de ce
que dit le texte.
2012
Características da prova:

• As questões da prova de 2012 são simples e diretas, com o objetivo principal de


avaliar a compreensão literal dos textos propostos.

• Um texto jornalístico com 487 palavras e um texto acadêmico com 672 palavras
serviram como referência para as dez questões da prova. A novidade foi o segundo
texto, mais denso e complexo que os habituais textos jornalísticos.

OBS.: A tendência de mudança em relação ao tipo de texto havia sido anunciada no


Manual do Candidato (FUNAG, 2012), à página 20, com grifo da autora da referida
obra: “De 2006 à 2011 tous les articles provienent du journal Le Monde (quotidien,
diplomatique, blog), mais cela ne veut pas dire que ce sera également le cas des
prochains.”

• A orientação geral enfatiza a penalização de cópia do texto (“Employez vos


propres mots et expressions. L’utilisation d’extraits du texte sera pénalisée.”).
Texte pour les questions de 11 à 15
1 L’élection de François Hollande a bouleversé la donne en Europe. La gauche
européenne a repris des couleurs. Les prémices de ce changement sont apparues un
peu avant la présidentielle française, avec l’éclatement fin avril du gouvernement de
coalition néerlandais, qui était l’un des plus fervents partisans de l’austérité au sein
de la zone euro, et la victoire en mars du social-démocrate Robert Fico en
Slovaquie. Les échecs cumulés du parti conservateur de la chancelière allemande
lors de plusieurs scrutins régionaux sont autant d’autres signes avant-coureurs. Mais
la victoire de François Hollande pourrait marquer un tournant décisif.

8 De nouvelles alliances sont désormais possibles. Les socialistes et démocrates au


Parlement européen, qui militent depuis longtemps pour la mise en œuvre d’une
politique de croissance, ont reçu le soutien explicite du nouveau président français.
Plusieurs mesures visant à promouvoir l’investissement public pour le ramener au
niveau d’avant la crise sont sur la table. Il faudra faire des choix.

13 Il faudra avant tout transformer la ‹‹règle d’or››, et les restrictions économiques


qu’elle entraîne, pour en faire une règle d’or de l’équilibre budgétaire obtenu par
une relance de la croissance grâce à des investissements publics.

16 La correction des inégalités dans la redistribution des revenus et des richesses


fait aussi partie intégrante du redressement économique de l’Union européenne
(UE). Le fossé entre les riches et les pauvres s’est creusé dans plusieurs pays
européens. En ramenant la distribution de la richesse au niveau d’il y a vingt ans,
nous pourrions relancer l’emploi par une reprise de la consommation.

21 Les propositions fiscales de François Hollande et de Barack Obama vont dans la


même direction: corriger les inégalités et augmenter les recettes de l’Etat ainsi que
sa capacité d’investissement. Une stratégie commune tenant compte des différences
et particularités nationales doit être développée pour faire avancer cet objectif. Il
nous reste néanmoins une tâche immense pour rééquilibrer et ajuster les marchés
financiers.

26 En outre, la coopération entre les socialistes et démocrates européens et les


démocrates américains doit s’intensifier en matière d’immigration, de droits de
l’homme et de droits civiques. Nos sociétés sont des sociétés de grande diversité.
Nous ne pouvons plus les diviser entre majorité et minorités, entre nous et eux.

30 La mondialisation ne peut pas être arrêtée et ne doit pas s’arrêter. Mais nous
avons besoin d’une forte coopération transatlantique pour la rendre plus juste. Pas
d’une coalition rassemblant des pays prêts à intervenir dans un pays étranger sans le
soutien des Nations unies. Nous avons besoin d’une alliance transatlantique des
forces progressistes qui veulent apporter plus d’équité et de justice.

35 L’échec des politiques conservatrices en Europe, avec son lot de chômage élevé
et de montée de la xénophobie, d’un côté, et l’élection de François Hollande, de
l’autre, ouvrent la perspective d’une nouvelle alliance globale. La coopération entre
l’UE et les Etats-Unis doit en être le ciment, mais tout en invitant d’autres pays à y
participer.

Hannes Swoboda. «Construisons une alliance transatlantique progressiste». In: Le


Monde, 23/5/2012. (487 mots) Répondez aux questions suivantes en rédigeant un
paragraphe de trois à cinq lignes en français standard. Employez vos propres mots et
expressions. L’utilisation d’extraits du texte sera pénalisée.

11. Selon Hannes Swoboda, quels sont les quatre évènements récents qui laissent
présager d’un changement dans la gestion de la crise économique au sein de l’Union
européenne?

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• La question est très précise: on demande au candidat de faire référence aux


évènements d’actualité par rapport à la date de l’article (23/5/2012) cités dans le
premier paragraphe.

1. L’élection de François Hollande; 2. L’éclatement du gouvernement de coalition


néerlandais (avril); 3. La victoire du social-démocrate Robert Fico en Slovaquie
(mars); 4. Les échecs cumulés du parti conservateur de la chancelière allemande.

• Puisque la copie du texte est pénalisée par le jury, la maîtrise des techniques de la
paraphrase est indispensable pour répondre aux questions de ce type.

• Il faut toujours éviter l’«effet liste», car une énumération n’est pas un paragraphe
argumenté.

12. Quel est, selon Hannes Swoboda, l’élément essentiel et son corolaire social qui
permettra à l’Union européenne de sortir de la crise économique?

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• On demande au candidat de faire référence à • l’élément essentiel qui permettra à


l’Union européenne de sortir de la crise économique: «une règle d’or de l’équilibre
budgétaire obtenu par une relance de la croissance grâce à des investissements
publics».

• son corolaire social: «La correction des inégalités dans la redistribution des
revenus et des richesses».
• L’élément essentiel est clairement signalé par la phrase «Il faudra avant tout
transformer la ‹‹règle d’or›› (L. 13).

• Attention, la copie du texte est à éviter!

13. Quel est l’objectif central de l’argumentation de l’auteur pour la reprise


économique (objectif partagé selon lui par certains chefs de gouvernement)?

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• La réponse se trouve dans les lignes 21 à 24: «Les propositions fiscales de


François Hollande et de Barack Obama vont dans la même direction: corriger les
inégalités et augmenter les recettes de l’Etat ainsi que sa capacité d’investissement.
Une stratégie commune tenant compte des différences et particularités nationales
doit être développée pour faire avancer cet objectif.»

• Cette idée est renforcée tout au long du texte.

• lignes 30-31: «La mondialisation ne peut pas être arrêtée et ne doit pas s’arrêter.
Mais nous avons besoin d’une forte coopération transatlantique pour la rendre plus
juste».

• lignes 32-34: «Nous avons besoin d’une alliance transatlantique des forces
progressistes qui veulent apporter plus d’équité et de justice».

• lignes 37-38: «La coopération entre l’UE et les Etats-Unis doit en être le ciment,
mais tout en invitant d’autres pays à y participer».

• Encore une fois, la maîtrise des techniques de la paraphrase est indispensable pour
répondre aux questions de ce type.

14. Selon vous, que veut dire l’auteur par: ‹‹La mondialisation ne peut pas être
arrêtée et ne doit pas s’arrêter. Mais nous avons besoin d’une forte coopération
transatlantique pour la rendre plus juste›› (R.30-31)?

Réponse: • Question du type «D’après le texte» où le jury vous invite à interpréter


les idées de l’auteur.

• Pour répondre à ce genre de question, il est essentiel d’être capable de faire des
inférences, de percevoir les aspects implicites d’un texte, aussi bien que de situer le
texte dans son contexte (historique, politique, économique, idéologique, social,
culturel, etc.).

• Mettez en valeur votre argumentation par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation, avec une conclusion pertinente.
15. Selon vous, quel genre de coopération pourrait être envisagée entre l’Europe et
les Etats-Unis?

Réponse: • Question mixte: types «D’après vous» + «Mobilisation de connaissances


hors texte».

• Le jury vous invite à donner des exemples et à avancer des suggestions.

• Quoiqu’on vous demande votre opinion, tenir compte de ce que dit le texte est
toujours une bonne idée.

• Vous pourriez développer les idées du passage «En outre, la coopération entre les
socialistes et démocrates européens et les démocrates américains doit s’intensifier
en matière d’immigration, de droits de l’homme et de droits civiques. Nos sociétés
sont des sociétés de grande diversité. Nous ne pouvons plus les diviser entre
majorité et minorités, entre nous et eux».
Texte pour les questions de 16 à 20
Le Brésil n’est pas une contrée exotique. C’est aussi le creuset d’avant-gardes
culturelles qui rivalisent depuis la fin du XXe siècle avec l’Europe et l’Amérique du
Nord.

Être bloqué à minuit dans le Théâtre Amazonas de Manaus, au cœur de l’Amazonie,


par un déluge équatorial, après avoir assisté à une remarquable représentation des
Dialogues des carmélites de Francis Poulenc, voilà de quoi recadrer notre idée de
culture brésilienne. Le Brésil n’est pas qu’une contrée exotique, sensuelle et
tropicale. C’est aussi un pays de culture pleinement occidentale dont la contribution
aux formes les plus sophistiquées de la modernité rivalise avec celles d’Europe et
d’Amérique du Nord. Mais depuis toujours cette culture dialogue avec une culture
populaire qui préserve un dynamisme exceptionnel.

Cette porosité entre action savante et inspiration populaire est même une des
caractéristiques du Brésil, c’est une résultante des métissages que cette terre a
toujours connus, c’est aussi une source d’ambiguïté. (…) Le Brésil est d’abord l’une
des terres de prédilection du grand roman moderne dont l’apparition remonte aux
œuvres de Machado de Assis (1839-1908), qui construit à la fin du XIXe siècle une
somme romanesque d’une intensité exceptionnelle à la hauteur d’un Gustave
Flaubert ou d’un Oscar Wilde. On lira, toutes affaires cessantes les Mémoires de
Bras Cubas (1880) ou L’Aliéniste (1881). Avec le modernisme, qui explose au début
des années 1920, le Brésil de Oswald de Andrade et Mario de Andrade rejoint le
train des avant-gardes européennes en même temps qu’il s’interroge sur la
singularité de cette région du monde et qu’il révolutionne la langue portugaise.

Le génie d’un livre comme Macunaima (1928) de Mario de Andrade est d’avoir
installé au cœur d’un roman picaresque un ‹‹héros sans caractère››, dont on
comprend aujourd’hui qu’il préfigure le destin balloté de l’être globalisé. Le
modernisme cède place dans les années 1930 au roman régionaliste, inspiré par
l’âpreté des terres du Nordeste. Guimarães Rosa et Graciliano Ramos dominent
cette production qui ne se limite pas aux livres que Jorge Amado a consacrés au
monde fascinant et coloré de la région de Bahia.

L’extraordinaire travail sur le langage auquel se livre Guimarães Rosa et sa manière


unique de rendre universelle l’expérience du sertão, ce bout du monde aride, en font
l’auteur majeur du XXe siècle brésilien et son chef-d’œuvre, Grande sertão: veredas
(1956, traduit en français sous le titre Diadorim), symbiose de réalisme poétique et
de construction épique, constitue l’une des plus puissantes réussites romanesques du
milieu du XXe siècle, tous continents confondus. C’est plus tard, dans les années
1960, que l’héritage de l’avant-garde moderniste ressurgit sous la plume de Clarice
Lispector, et notamment dans La passion selon G.H., dont l’inspiration se rattache
aux ouvrages de James Joyce ou de Virginia Woolf. Avec cette Brésilienne d’origine
ukrainienne triomphe le roman de l’introspection dans des constructions
vertigineuses qui ne laissent jamais indifférent. L’essor de la vie littéraire est
indissociable d’un formidable travail de réflexion critique dont la portée dépasse
largement les frontières du pays. Pas de meilleurs guides pour se familiariser avec
les auteurs brésiliens que Antonio Candido, Gilda de Melo ou encore Benedito
Nunes, dont les essais incisifs nous en apprennent autant sur la littérature
occidentale que sur la création du Brésil. Emblème du Brésil moderniste, vieux
bientôt d’un siècle, le Manifeste anthropophage de Oswald de Andrade (1928)
symbolise à lui seul la rencontre de l’hémisphère Sud avec la modernité européenne.
C’est dire que le Brésil a beaucoup apporté à la pensée contemporaine, autant en
explorant les racines d’une histoire née au confluent de trois mondes (Racines du
Brésil de l’historien Sergio Buarque de Holanda) qu’en s’interrogeant sur les effets
du métissage et l’esclavage: à découvrir ou à redécouvrir, l’un des sommets de
l’œuvre du sociologue Gilberto Freyre, Maîtres et esclaves (1933), qui garde toute
son actualité aujourd’hui. A tous ces classiques des lettres et de sciences sociales, il
faudrait ajouter une pléiade d’auteurs contemporains, jeunes et moins jeunes qui,
dans la fiction, le théâtre ou la réflexion philosophique, font du Brésil l’interlocuteur
obligé des vieux pays de l’hémisphère Nord.(…) Serge Gruzinski. «L’invention
d’une culture moderne». In: L’Histoire, n. 366, 2011. (672 mots) 16. Pourquoi, selon
Serge Gruzinski, la culture brésilienne est-elle dotée d’un grand dynamisme?

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• Attention à ne pas répéter l’argumentation d’un paragraphe à l’autre pour bien


distinguer votre réponse de celle de la question 19 (De quelles formes Oswald de
Andrade et Mario de Andrade influencèrent-ils la culture brésilienne du XXe
siècle?) et de celle de la question 20 (Comment le Brésil a-t-il contribué à la pensée
contemporaine, selon l’auteur?).

• Au-delà des clichés européens («Le Brésil n’est pas qu’une contrée exotique,
sensuelle et tropicale»), le texte est riche en exemples du dynamisme de la culture
brésilienne: • «C’est aussi un pays de culture pleinement occidentale dont la
contribution aux formes les plus sophistiquées de la modernité rivalise avec celles
d’Europe et d’Amérique du Nord. Mais depuis toujours cette culture dialogue avec
une culture populaire qui préserve un dynamisme exceptionnel».

• «Cette porosité entre action savante et inspiration populaire est même une des
caractéristiques du Brésil, c’est une résultante des métissages que cette terre a
toujours connus, c’est aussi une source d’ambiguïté».

• «L’essor de la vie littéraire est indissociable d’un formidable travail de réflexion


critique dont la portée dépasse largement les frontières du pays.».
• Au lieu de seulement citer des exemples tirés du texte, le candidat pourrait
préparer une synthèse des idées de l’auteur et se servir d’un ou de deux exemples
pour l’illustrer.

17. Selon l’auteur, en quoi le modernisme brésilien va dans le même sens que les
mouvements littéraires européens?

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• Attention à ne pas répéter l’argumentation d’un paragraphe à l’autre pour bien


distinguer votre réponse de celle de la question 20 (Comment le Brésil a-t-il
contribué à la pensée contemporaine, selon l’auteur?).

• On peut élaborer une réponse fondée sur un choix personnel parmi les arguments
du texte: • «Le Brésil n’est pas qu’une contrée exotique, sensuelle et tropicale. C’est
aussi un pays de culture pleinement occidentale dont la contribution aux formes les
plus sophistiquées de la modernité rivalise avec celles d’Europe et d’Amérique du
Nord. Mais depuis toujours cette culture dialogue avec une culture populaire qui
préserve un dynamisme exceptionnel».

• «L’extraordinaire travail sur le langage auquel se livre Guimarães Rosa et sa


manière unique de rendre universelle l’expérience du sertão, ce bout du monde
aride, en font l’auteur majeur du XXe siècle brésilien et son chef-d’œuvre, Grande
sertão: veredas (1956, traduit en français sous le titre Diadorim), symbiose de
réalisme poétique et de construction épique, constitue l’une des plus puissantes
réussites romanesques du milieu du XXe siècle, tous continents confondus».

• «C’est plus tard, dans les années 1960, que l’héritage de l’avant-garde moderniste
ressurgit sous la plume de Clarice Lispector, et notamment dans La passion selon
G.H., dont l’inspiration se rattache aux ouvrages de James Joyce ou de Virginia
Woolf. Avec cette Brésilienne d’origine ukrainienne triomphe le roman de
l’introspection dans des constructions vertigineuses qui ne laissent jamais
indifférent».

18. En quoi le héros de Macunaima est-il d’actualité?

Réponse: • Question du type «D’après le texte». Connaître le sens précis d’ un mot


ou expression (dans ce cas, «balloté») aurait été utile, mais n’ était pas indispensable
pour répondre à la question posée.

• On vous demande de développer une idée avancée dans le texte: «Le génie d’un
livre comme Macunaima (1928) de Mario de Andrade est d’avoir installé au cœur
d’un roman picaresque un ‹‹héros sans caractère››, dont on comprend aujourd’hui
qu’il préfigure le destin balloté de l’être globalisé».
19. De quelles formes Oswald de Andrade et Mario de Andrade influencèrent-ils la
culture brésilienne du XXe siècle?

Réponse: • Au contraire des questions précédentes, celle-ci est formulée de manière


ouverte, de sorte que le candidat aurait le choix de l’interpréter soit comme du type
«D’après le texte», soit comme du type «D’après vous», en tenant compte des
arguments de l’auteur.

• On peut élaborer une réponse fondée sur les arguments du texte: • «Avec le
modernisme, qui explose au début des années 1920, le Brésil de Oswald de Andrade
et Mario de Andrade rejoint le train des avant-gardes européennes en même temps
qu’il s’interroge sur la singularité de cette région du monde et qu’il révolutionne la
langue portugaise».

• «Emblème du Brésil moderniste, vieux bientôt d’un siècle, le Manifeste


anthropophage de Oswald de Andrade (1928) symbolise à lui seul la rencontre de
l’hémisphère Sud avec la modernité européenne.».

• Un candidat bien préparé pourrait développer ces arguments et illustrer son


opinion personnelle à l’aide de un ou deux exemples hors texte, comme une citation
de la Semaine d’art moderne de 1922.

• Attention à ne pas répéter l’argumentation d’un paragraphe à l’autre pour bien


distinguer votre réponse de celle de la question 16 (Pourquoi, selon Serge Gruzinski,
la culture brésilienne est-elle dotée d’un grand dynamisme?) et de celle de la
question 20 (Comment le Brésil a-t-il contribué à la pensée contemporaine, selon
l’auteur?).

20. Comment le Brésil a-t-il contribué à la pensée contemporaine, selon l’auteur?

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• Attention à ne pas répéter l’argumentation d’un paragraphe à l’autre pour bien


distinguer votre réponse de celle de la question 17 (Selon l’auteur, en quoi le
modernisme brésilien va dans le même sens que les mouvements littéraires
européens?) et de celle de la question 19 (De quelles formes Oswald de Andrade et
Mario de Andrade influencèrent-ils la culture brésilienne du XXe siècle?).

• La réponse devrait se baser sur les arguments du texte: • «Le Brésil n’est pas
qu’une contrée exotique, sensuelle et tropicale. C’est aussi un pays de culture
pleinement occidentale dont la contribution aux formes les plus sophistiquées de la
modernité rivalise avec celles d’Europe et d’Amérique du Nord».

• «C’est dire que le Brésil a beaucoup apporté à la pensée contemporaine, autant en


explorant les racines d’une histoire née au confluent de trois mondes (Racines du
Brésil de l’historien Sergio Buarque de Holanda) qu’en s’interrogeant sur les effets
du métissage et l’esclavage: à découvrir ou à redécouvrir, l’un des sommets de
l’œuvre du sociologue Gilberto Freyre, Maîtres et esclaves (1933), qui garde toute
son actualité aujourd’hui».

• «A tous ces classiques des lettres et de sciences sociales, il faudrait ajouter une
pléiade d’auteurs contemporains, jeunes et moins jeunes qui, dans la fiction, le
théâtre ou la réflexion philosophique, font du Brésil l’interlocuteur obligé des vieux
pays de l’hémisphère Nord.»
2011
Características da prova:

• As questões da prova de 2011 são simples e diretas, com o objetivo principal de


avaliar a compreensão literal dos textos propostos.

• Na prova de 2011, a maioria das questões é do tipo “D’après le texte”.

• Dois textos jornalísticos, com 487 palavras e com 672 palavras, ambos do jornal
Le Monde, servem como referência para as dez questões da prova.

• A orientação geral pede que a resposta seja estruturada como um parágrafo (“un
paragraphe en français standard”) e enfatiza a penalização de cópia do texto
(“Employez vos propres mots et expressions. L’utilisation d’extraits du texte sera
pénalisée.”).
Texte pour les questions de 11 à 15
Les deux défis de l’Europe (601 mots)

1 (…) Vu d’Europe, nous sommes face à deux défis: assurer le bien-être de nos
citoyens et propager la prospérité et la stabilité dans le reste du monde, en
commençant par les pays voisins.

3 Depuis la crise bancaire de 2008, l’Union européenne a évité l’effondrement de


l’économie et jeté les bases pour une croissance et des emplois durables. Elle
préserve la stabilité financière de la zone euro, au prix d’immenses efforts. La crise
de la dette souveraine, déclenchée par une tempête venue d’ailleurs, a mis à
l’épreuve notre détermination. L’enjeu est de taille.

7 Je sais que nous vivons une période éprouvante. Certains ont perdu leur emploi,
d’autres sont confrontés à de graves difficultés; la concurrence économique
mondiale fait sentir ses effets. Et pourtant nous voyons aussi des jeunes qui créent
des entreprises, des femmes et des hommes qui prennent des initiatives, des gens qui
s’entraident. Le courage et la capacité à rebondir dont les Européens ont fait preuve
dans cette crise sont le meilleur indicateur de la force qui est la nôtre. (…)

13 Quant au deuxième défi, c’est à nos portes que se forge notre crédibilité au
niveau mondial. A l’Est et au Nord, ainsi qu’au Sud.

15 L’éveil démocratique du monde arabe ébranle d’anciennes convictions. Tout


comme il y a vingt ans, lorsque beaucoup d’entre nous furent stupéfaits de voir l’Est
de notre continent renverser ses dictateurs, les événements qui se déroulent
aujourd’hui au sud de la Méditerranée nous prennent par surprise. Il est réconfortant
que les mouvements de Tunis, du Caire et de Benghazi ne soient pas liés à
l’extrémisme: les manifestants demandent des emplois, aspirent à la justice, veulent
avoir un avenir dans leur pays. (…)

21 Nous devons toutefois reconnaître que, par le passé, nous n’avons pas toujours
respecté nos propres valeurs, en privilégiant plutôt l’intérêt de la stabilité régionale,
en acceptant même des régimes qui n’étaient pas démocratiques pour contrer le
risque de dictatures fanatiques. En fait, l’appel de la jeunesse arabe aux valeurs
universelles que sont la liberté et la démocratie nous a réveillés. L’Europe est
déterminée à appuyer toutes les initiatives en faveur d’une transformation
démocratique et de réformes économiques qui profiteront à la population. Nous
voulons que les pays d’Afrique du Nord et du Proche-Orient deviennent une zone de
prospérité. Le commerce et les investissements peuvent contribuer à créer un
environnement propice à la libre entreprise plutôt qu’un capitalisme corrompu. Les
jeunes, hommes et femmes, de l’Algérie au Yémen, devraient pouvoir se construire
un avenir dans leur propre pays.

31 Pour être à la hauteur de ces deux défis - à l’intérieur et à l’extérieur de nos


frontières -, l’Union européenne doit renforcer ses capacités et ses moyens. Sur le
papier, nous avons tous les atouts en main. Notre marché unique offre des
possibilités encore non exploitées. Economiquement, nous constituons un bloc doté
d’une capacité de levier importante sur la scène internationale. Ensemble, le
nouveau service diplomatique européen et les 27 services des Etats membres
possèdent une expérience et une expertise inégalées dans le monde. Sur le plan
militaire aussi, nous disposons, si nous le souhaitons, d’un véritable potentiel. Pour
que ces possibilités se concrétisent, il faut que tous les acteurs coopèrent et que tous
les instruments soient mobilisés, plus que jamais. C’est précisément ce que font, au
sein du Conseil européen, les 27 chefs d’Etat et de gouvernement.

41 Je suis fermement convaincu que l’Union européenne peut répondre à ces deux
défis et faire en sorte que le vieux continent, fort de son dynamisme, reste le
meilleur endroit du monde pour vivre.

Herman Van Rompuy. In: Le Monde, 9/5/2011 (adapté)

Répondez aux questions suivantes en rédigeant un paragraphe en français standard


de trois à cinq lignes. Employez vos propres mots et expressions. L’utilisation de
extraits du texte sera pénalisée.

11. Selon M. Rompuy, quels sont les aspects positifs de l’actuelle période de crise?

Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• On demande au candidat de faire référence au troisième paragraphe: «Et pourtant


nous voyons aussi des jeunes qui créent des entreprises, des femmes et des hommes
qui prennent des initiatives, des gens qui s’entraident. Le courage et la capacité à
rebondir dont les Européens ont fait preuve dans cette crise sont le meilleur
indicateur de la force qui est la nôtre».

• On vous demande soit de citer les exemples donnés par l’auteur, soit de développer
une idée avancée dans le texte: «Le courage et la capacité à rebondir dont les
Européens ont fait preuve dans cette crise».

• Parce que la copie du texte est pénalisée par le jury, la maîtrise des techniques de
la paraphrase est indispensable pour répondre aux questions de ce type.

• Il faut toujours éviter l’ «effet liste» dans les énumérations.


12. Quels sont les événements du XXe siècle évoqués par M. Rompuy et pourquoi
ont-ils suscité un sentiment similaire à celui du ‹‹Printemps arabe›› chez les
Européens?

Réponse:

• Question «D’après le texte».

• On demande au candidat de faire référence au cinquième et au sixième


paragraphes:

• «L’éveil démocratique du monde arabe ébranle d’anciennes convictions. Tout


comme il y a vingt ans, lorsque beaucoup d’entre nous furent stupéfaits de voir l’Est
de notre continent renverser ses dictateurs, les événements qui se déroulent
aujourd’hui au sud de la Méditerranée nous prennent par surprise»;

• «Nous devons toutefois reconnaître que, par le passé, nous n’avons pas toujours
respecté nos propres valeurs, en privilégiant plutôt l’intérêt de la stabilité régionale,
en acceptant même des régimes qui n’étaient pas démocratiques pour contrer le
risque de dictatures fanatiques. En fait, l’appel de la jeunesse arabe aux valeurs
universelles que sont la liberté et la démocratie nous a réveillés».

• Attention, la copie du texte est à éviter!

13. Selon l’auteur, sur quels domaines les Européens peuvent-ils compter pour
relever les deux défis dont parle le texte?

Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• On demande au candidat de faire référence aux capacités et moyens de l’Union


européenne dont il est question dans le septième paragraphe: «Pour être à la hauteur
de ces deux défis - à l’intérieur et à l’extérieur de nos frontières -, l’Union
européenne doit renforcer ses capacités et ses moyens. Sur le papier, nous avons
tous les atouts en main. Notre marché unique offre des possibilités encore non
exploitées. Economiquement, nous constituons un bloc doté d’une capacité de levier
importante sur la scène internationale. Ensemble, le nouveau service diplomatique
européen et les 27 services des Etats membres possèdent une expérience et une
expertise inégalées dans le monde. Sur le plan militaire aussi, nous disposons, si
nous le souhaitons, d’un véritable potentiel. Pour que ces possibilités se
concrétisent, il faut que tous les acteurs coopèrent et que tous les instruments soient
mobilisés, plus que jamais. C’est précisément ce que font, au sein du Conseil
européen, les 27 chefs d’Etat et de gouvernement».
• Pour assurer la clarté et l’ organisation de votre paragraphe, ne cédez pas à la
tentation d’inclure tous les détails du texte dans la réponse. Respectez la consigne de
l’énoncé: on vous demande sur quels domaines les Européens peuvent-ils compter
pour relever les deux défis.

14. Que veut dire M. Rompuy par l’affirmation: ‹‹l’appel de la jeunesse arabe (...)
nous a réveillés›› (R.24-25)?

Réponse:

• Question mixte: types «D’après le texte» + «Mobilisation de connaissances hors


texte». Question qui demande au candidat d’ identifier les idées implicites dans le
texte.

• Le jury vous invite à interpréter le texte, à aller au-delà de ce que dit l’auteur et à
faire référence à l’actualité: en 2011, le «Printemps arabe» a reçu ce nom parce que
les manifestations qui déferlaient sur le monde arabe semblaient annoncer
l’établissement de régimes démocratiques. A l’époque, la presse et l’académie ont
exploré l’analogie entre les mouvements populaires de la jeunesse arabe et la chute
du mur de Berlin.

15. Résumez les deux défis de l’Europe mentionnés par l’auteur.

Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• La consigne est claire, on vous demande tout simplement de résumer le septième


paragraphe: «Pour être à la hauteur de ces deux défis - à l’intérieur et à l’extérieur
de nos frontières -, l’Union européenne doit renforcer ses capacités et ses moyens.
Sur le papier, nous avons tous les atouts en main. Notre marché unique offre des
possibilités encore non exploitées. Economiquement, nous constituons un bloc doté
d’une capacité de levier importante sur la scène internationale. Ensemble, le
nouveau service diplomatique européen et les 27 services des Etats membres
possèdent une expérience et une expertise inégalées dans le monde. Sur le plan
militaire aussi, nous disposons, si nous le souhaitons, d’un véritable potentiel. Pour
que ces possibilités se concrétisent, il faut que tous les acteurs coopèrent et que tous
les instruments soient mobilisés, plus que jamais. C’est précisément ce que font, au
sein du Conseil européen, les 27 chefs d’Etat et de gouvernement».

• La maîtrise des techniques de la paraphrase est indispensable pour répondre aux


questions de ce type.
Texte pour les questions de 16 à 20
Faire renaître le projet européen pour lutter contre les nationalismes (693 mots) 1 Le
monde traverse une zone de turbulence alimentée par des déséquilibres
économiques et financiers qui touchent en particulier l’Europe, continent
historiquement dominant, en perte de vitesse. Au niveau national, cela se traduit par
une perte de confiance de nos concitoyens, un repli 4 sur soi et une montée des
populismes et autres nationalismes.

Ceux-ci ont beau jeu d’incriminer l’Europe et l’un de ses principaux symboles,
l’euro, devenu

bouc émissaire de tous nos maux. Pourtant, compte tenu des enjeux actuels et à
venir pour nos

7 sociétés et de la dynamique croissante et complexe de mondialisation, il n’y a pas


d’autre alternative qu’un projet européen réaffirmé et renouvelé, qui en plus
d’apporter des solutions concrètes, sera porteur de sens.

10 (…)

Les responsables politiques semblent impuissants à trouver des solutions, plus


concernés par

les prochains enjeux électoraux que par la nécessité de répondre aux préoccupations
des citoyens.

13 (…)

Et c’est là que les partis nationalistes et autres extrémistes attaquent! Le Front


National pour

la France, les Vrais Finlandais, ou les autres partis extrémistes européens n’ont pas
cessé

16 d’enregistrer des succès depuis le tournant du siècle. Quelles sont leurs recettes?
Des réponses simplistes à des problèmes complexes, un rejet de l’immigration
responsable selon eux du chômage croissant et enfin un euroscepticisme violent:
l’Europe est en effet accusée d’être le ‹‹cheval de 19 Troie›› de la mondialisation et
incapable d’apporter des solutions. Or si l’on y regarde d’un peu plus près, il
apparaît vite que les réponses apportées par ces partis sont facilement contestables et
surtout d’un autre temps!
22 Concernant la sortie de l’euro, par exemple, au-delà des conséquences politiques
difficilement prévisibles d’un pays à l’autre, la plupart des économistes estiment que
cela serait catastrophique. (…)

25 Quant à l’immigration, il devient urgent d’expliquer simplement qu’elle n’est pas


la raison du chômage et que les emplois occupés par les immigrés ne sont pas ceux
que veulent les chômeurs

français car ils sont plus pénibles, moins bien payés et ne correspondent pas aux
aspirations d’un 28 certain nombre de nos concitoyens. Par ailleurs, compte tenu de
l’effondrement démographique en Europe, l’immigration va être de plus en plus
nécessaire. A partir de 2015, l’évolution démographique

de l’ensemble de l’Union européenne sera négative. Or pour les économistes, le


premier facteur de 31 décroissance est la baisse de la population. L’immigration est
donc le premier moteur de la future croissance européenne.

Les marges financières restreintes pour la plupart des nations européennes sont un
argument

34 de plus pour une mise en commun de nos moyens au niveau européen. C’est
notamment vrai pour les investissements en recherche et innovation qui pourraient
permettre de créer les industries du futur, porteuses de croissance et pourvoyeuses
d’emplois qualifiés qui seuls permettront de faire 37 baisser le chômage. Enfin,
concernant l’immigration, au-delà de l’argument sur la force de travail nécessaire, il
est urgent d’instaurer entre l’Europe et ses voisins du Sud une véritable politique de
mobilité et d’intégration, avec, à la clé, des visas de travail, des coopérations
universitaires, 40 l’harmonisation des formations professionnelles et des
programmes spécifiques pour les migrants à leur retour dans leur pays. C’est notre
devoir et c’est aussi la meilleure solution pour développer des relations équilibrées
et pacifiées autour de la Méditerranée.

43 Mais l’Europe doit aussi répondre aux aspirations plus immatérielles des
citoyens. L’évolution du monde et sa complexité, les bouleversements des repères
traditionnels comme la famille, le

travail, la place de l’Eglise, contribuent à créer un sentiment de perte de repères


pour l’individu, qui 46 s’exprime notamment dans les différentes enquêtes
d’opinion, en particulier chez les jeunes. Ainsi selon l’indice 2011 de l’Observatoire
de la confiance de la poste, 83% des jeunes français entre 15

et 25 ans pensent que le monde va mal et 71% ne font pas confiance à l’Etat!

49 Face aux nationalistes qui jouent sur ces craintes, la peur de l’autre et du
déclassement, qui prônent un repli sur soi et la fermeture des frontières, il faut oser
réaffirmer que l’Europe, c’est aussi un projet de civilisation basé sur des valeurs
fortes telles que la non-discrimination, la tolérance, la 52 justice, la solidarité et
l’égalité.

Thomas Houdaille. In: Le Monde, 5/5/2011 (adapté).

16. À votre avis, pourquoi l’Europe est-elle ‹‹en perte de vitesse ›› (R.2-3)?

Réponse:

• Question du type «D’après vous».

• Pour répondre à ce genre de question, il est essentiel d’être capable de faire des
inférences, de percevoir les aspects implicites d’un texte, aussi bien que de situer le
texte dans son contexte (historique, politique, économique, idéologique, social,
culturel, etc.).

• Vous pourriez faire mention à la place du Brésil dans le contexte international en


tant que puissance émergente.

• Quoiqu’on vous demande votre opinion, tenir compte de ce que dit l’auteur est
toujours une bonne idée. Cela prouve que vous avez bien compris le texte.

• Mettez en valeur votre argumentation par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation, avec une conclusion pertinente.

17. À votre avis, pourquoi l’Europe est-elle considérée comme un ‹‹cheval de


Troie›› (R.18-19) par les extrémistes européens?

Réponse:

• Question du type «D’après vous». Il fallait connaître le sens précis d’ un mot ou


expression (dans ce cas, «cheval de Troie») pour justifier l’emploi du terme dans le
texte.

• Selon le dictionnaire Larousse, un «cheval de Troie» est un cheval de bois


construit par les Grecs dans lequel se dissimulèrent leurs guerriers pour s’emparer
par ruse de Troie.

• Pour répondre à ce genre de question, il est essentiel d’être capable d’établir des
rapports entre la question posée et l’actualité, de percevoir les aspects implicites
d’un texte, aussi bien que de situer le texte dans son contexte (historique, politique,
économique, idéologique, social, culturel, etc.).

• Quoiqu’on vous demande votre opinion, tenir compte de ce que dit l’auteur est
toujours une bonne idée. Cela prouve que vous avez bien compris le texte.
18. Qu’est-ce que le chômage et, d’après M. Houdaille, pourquoi l’immigration n’en
est-elle pas la cause et pourquoi deviendra-t-elle de plus en plus nécessaire?

Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• On vous demande de définir le mot «chômage», qui veut dire situation d’un salarié
qui, bien que apte au travail, se trouve privé d’emploi.

• Les réponses se trouvent dans le cinquième et le sixième paragraphes: • pourquoi


l’immigration n’ est pas la cause du chômage: «Quant à l’immigration, il devient
urgent d’expliquer simplement qu’elle n’est pas la raison du chômage et que les
emplois occupés par les immigrés ne sont pas ceux que veulent les chômeurs
français car ils sont plus pénibles, moins bien payés et ne correspondent pas aux
aspirations d’un certain nombre de nos concitoyens». «Les marges financières
restreintes pour la plupart des nations européennes sont un argument de plus pour
une mise en commun de nos moyens au niveau européen. C’est notamment vrai
pour les investissements en recherche et innovation qui pourraient permettre de
créer les industries du futur, porteuses de croissance et pourvoyeuses d’emplois
qualifiés qui seuls permettront de faire baisser le chômage».

• pourquoi l’immigration deviendra de plus en plus nécessaire: «Par ailleurs, compte


tenu de l’effondrement démographique en Europe, l’immigration va être de plus en
plus nécessaire. A partir de 2015, l’évolution démographique de l’ensemble de
l’Union européenne sera négative. Or pour les économistes, le premier facteur de
décroissance est la baisse de la population. L’immigration est donc le premier
moteur de la future croissance européenne».

19. Que veut dire l’auteur par ‹‹Face aux nationalistes qui (...) prônent un repli sur
soi›› (R.49-50)?

Réponse:

• Question du type «D’après le texte» où le jury vous invite à interpréter les idées de
l’auteur.

• On demande au candidat d’interpréter une idée avancée dans le dernier


paragraphe: «Face aux nationalistes qui jouent sur ces craintes, la peur de l’autre et
du déclassement, qui prônent un repli sur soi».

• Voici une opportunité de développer le thème classique de la peur de l’autre, de


l’étranger, du barbare ennemi de la civilisation, toujours présent dans l’histoire de
l’Europe.
• Mettez en valeur votre argumentation par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation, avec une conclusion pertinente.

20. En quoi le rassemblement des forces européennes constitue-t-il un atout pour la


lutte contre le chômage?

Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• Il fallait connaître le sens d’ un mot à connotation vivement positive (dans ce cas,


«atout», qui veut dire «trunfo» en portugais) pour bien répondre.

• Les arguments pour justifier que le rassemblement des forces européennes


constitue un atout pour la lutte contre le chômage se trouvent non seulement entre
les lignes 28-37, mais aussi ligne 39 et entre les lignes 49-52: 28 (...) Par ailleurs,
compte tenu de l’effondrement démographique en Europe, l’immigration va être de
plus en plus nécessaire. A partir de 2015, l’évolution démographique de l’ensemble
de l’Union européenne sera négative. Or pour les économistes, le premier facteur de
décroissance est la baisse de la population. L’immigration est donc le premier
moteur de la future croissance européenne.

(...)

33 Les marges financières restreintes pour la plupart des nations européennes sont
un argument de plus pour une mise en commun de nos moyens au niveau européen.
C’est notamment vrai pour les investissements en recherche et innovation qui
pourraient permettre de créer les industries du futur, porteuses de croissance et
pourvoyeuses d’emplois qualifiés qui seuls permettront de faire baisser le chômage.
(...) 43 Mais l’Europe doit aussi répondre aux aspirations plus immatérielles des
citoyens.

(...)

49 Face aux nationalistes qui jouent sur ces craintes, la peur de l’autre et du
déclassement, qui prônent un repli sur soi et la fermeture des frontières, il faut oser
réaffirmer que l’Europe, c’est aussi un projet de civilisation basé sur des valeurs
fortes telles que la non-discrimination, la tolérance, la justice, la solidarité et
l’égalité.
2010
Características da prova:

• Na prova de 2010, a maioria das questões é do tipo misto («D’après vous» +


«Mobilisation de connaissances hors texte»). O candidato deveria dar sua opinião e
recorrer a seus conhecimentos extratextuais de modo a dialogar com o autor, sempre
à luz das ideias e informações apresentadas no texto.

• Um texto do Atlas 2010 do Le Monde diplomatique, com 697 palavras,


relativamente curto para os padrões da prova, serve como referência para as dez
questões da prova.

• Segundo a orientação geral, a resposta deve ser estruturada como um parágrafo.


Há ênfase na penalização de cópia do texto (“Employez vos propres mots et
expressions. L’utilisation d’extraits du texte sera pénalisée.”).

De l’hégémonie occidentale au polycentrisme (697 mots)

La renaissance de l’Asie et le développement rapide d’autres régions mondiales au


cours des dernières décennies constituent une des plus importantes mutations des
relations internationales depuis la révolution industrielle. Longtemps confinées aux
marges des centres historiques du capitalisme, ces “zones émergentes” sont
(re)devenues - ou sont en voie de (re)devenir - ce que François Perroux appelait des
“unités actives [...] dont le programme n’est pas simplement adapté à [leur]
environnement, mais qui [adaptent] l’environnement à [leur] programme”.

En dépit de situations variées et d’écarts importants - reflet de conditions initiales et


de trajectoires historiques différentes -, l’étendue, l’intensité et la persistance de
cette transformation ne laissent aucun doute sur son caractère structurel. L’évolution
est particulièrement marquée en Asie, foyer des deux tiers de la population
mondiale: la part de la Chine et de l’Inde dans le produit intérieur brut (PIB)
mondial, calculé en parité de pouvoir d’achat (PPA), est passée de 3,2% et 3,3% en
1980 à 13,9% et 6,17% en 2006; en dollars de 2007 constants, leur PIB (PPA) par
habitant a été multiplié par 16 pour la Chine (passant de 419 à 6.800 dollars) et par
cinq pour l’Inde (de 643 à 3.490 dollars). Mais elle est manifeste aussi au Brésil, où
le PIB par habitant a presque triplé (de 3.744 à 9.080 dollars), ainsi qu’en Russie,
où, après la dépression des années 1990, le PIB par habitant a atteint 13.173 dollars
en 2006.

Un rééquilibrage historique
Ce mouvement ascendant s’accompagne d’une forte tendance vers la régionalisation
en Asie orientale - les échanges intrarégionaux ont crû de 40% du total de leurs
échanges en 1980 à 50% en 1995 et à près de 60% aujourd’hui - et d’un début de
régionalisation en Amérique du Sud (Marché Commun du Sud). En supposant que
l’actuelle crise économique mondiale ne remette pas fondamentalement en cause
cette dynamique, leur part totale du PIB mondial devrait atteindre près de 60% en
2020-2025, dont 45% pour l’Asie. Le développement économique se traduira
nécessairement par une plus grande autonomie politique.

Le système international du XXIe siècle sera donc décentré et doté d’une


multiplicité de pôles de décision. Ce rééquilibrage est, sur le plan historique, une
révolution, qui clôt le cycle long de deux siècles de la prépondérance occidentale. Il
marque le retour, dans des conditions nouvelles, à la configuration mondiale
polycentrique qui a précédé la “grande divergence” entre l’Europe et le monde
extraeuropéen.

De nombreuses recherches récentes démontrent en effet que ce n’est qu’à partir du


début du XIXe siècle, puis au cours de la révolution industrielle et de la “première
mondialisation”, que se sont instituées les hiérarchies qui ont durablement divisé le
monde entre centres dominants (pays développés) et “périphéries” coloniales
dépendantes (les “tiersmondes”).

A la fois cause et conséquence de la divergence économique et technologique


croissante entre l’Europe et le reste de la planète au cours du XIXe siècle,
l’expansion internationale de l’Occident a engendré un monde dual. Intégrées dans
les aires formelles ou informelles des centres impériaux, les “périphéries” nouvelles
sont devenues des composantes subalternes d’un système de production et
d’échange mondialisé, organisé de façon coercitive autour des besoins des
métropoles.

Alors que les niveaux de vie des sociétés asiatiques, ottomane et européennes
étaient globalement comparables jusqu’en 1800, ceux-ci ont ensuite
considérablement divergé, l’expansion occidentale s’accompagnant d’une régression
puis d’une stagnation des niveaux de vie dans les régions dépendantes (le Japon
étant une exception notable en Asie; l’Argentine et l’Uruguay, en Amérique latine).
Ainsi, le produit national brut moyen par habitant des “tiersmondes” était à peine
plus élevé en 1950 qu’en 1750 (+0,6%). L’inégalité Nord-Sud diminue de façon
variable avec la décolonisation, l’autonomie politique voilant souvent la persistance
des situations de dépendance.

La mutation contemporaine met donc fin à une structure historique qui a duré. Le
polycentrisme implique non seulement une distribution internationale plus équitable
des richesses, mais aussi un bouleversement des rapports politiques: les institutions
internationales établies après la Seconde Guerre Mondiale (Organisation des
Nations Unies, Fonds Monétaire International, Banque Mondiale, sans parler du G7-
G8, transformé en G20) devront inévitablement évoluer pour refléter les nouvelles
réalités. Etant donné la multiplicité et l’ampleur des défis mondiaux, la mutation
pose à nouveau de façon urgente la question de la coopération.

Philip S. Golub. «Atlas 2010». Monde Diplomatique.

Répondez aux questions suivantes en rédigeant un paragraphe en français standard


de trois à cinq lignes. Employez vos propres mots et expressions. L’utilisation de
extraits du texte sera pénalisée.

1. Quels sont les trois principaux facteurs dégagés par l’auteur qui, selon lui, mènent
au bouleversement inéluctable du système international?

Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• On vous demande de citer les idées clefs données par l’auteur dans la première
partie du texte:

• La renaissance de l’Asie et le développement rapide d’autres régions mondiales au


cours des dernières décennies.

• La régionalisation en Asie orientale et le début de régionalisation en Amérique du


Sud.

• Le développement économique qui se traduira nécessairement par une plus grande


autonomie politique.

• Parce que la copie du texte est pénalisée par le jury, la maîtrise des techniques de
la paraphrase est indispensable pour répondre aux questions de ce type.

• Il faut toujours éviter l’ «effet liste» dans les énumérations.

2. Comment la notion «d’inégalité» apparaît-elle dans le texte?

Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• On vous demande d’expliquer une idée avancée par l’auteur: L’inégalité Nord-
Sud, c’est--à-dire la «grande divergence» entre l’Europe et le monde extraeuropéen.

• Mettez en valeur votre explication par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation.

3. Caractérisez la «première mondialisation» évoquée par l’auteur.


Réponse:

• Question mixte: types «D’après vous» + «Mobilisation de connaissances hors


texte» Le jury vous invite à expliquer et à approfondir une idée avancée par l’auteur.

• On vous demande d’expliquer un terme («première mondialisation») qui se trouve


dans le passage «De nombreuses recherches récentes démontrent en effet que ce
n’est qu’à partir du début du XIXe siècle, puis au cours de la révolution industrielle
et de la «première mondialisation», que se sont instituées les hiérarchies qui ont
durablement divisé le monde entre centres dominants (pays développés) et
«périphéries» coloniales dépendantes (les «tiersmondes»)».

• Le terme «première mondialisation», s’applique à la période entre 1870 et 1914,


marquée par l’ expansion rapide du commerce et de l’investissement au-delà des
frontières nationales des pays européens.

• Mettez en valeur votre explication par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation.

4. Quels sont les deux principaux domaines dans lesquels l’auteur prévoit un
«rééquilibrage» des relations internationales?

Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• On vous demande de citer les idées clefs données par l’auteur dans la conclusion
du texte:

• une distribution internationale plus équitable des richesses.

• un bouleversement des rapports politiques qui entraînera l’évolution inévitable des


institutions internationales établies après la Seconde Guerre Mondiale.

• Parce que la copie du texte est pénalisée par le jury, la maîtrise des techniques de
la paraphrase est indispensable pour répondre aux questions de ce type.

5. Pourquoi l’auteur peut-il affirmer que le développement des pays émergents est
d’ordre structurel?

Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• On vous demande d’expliquer une idée avancée par l’auteur: L’étendue, l’intensité
et la persistance de cette transformation (le développement des pays émergents) ne
laissent aucun doute sur son caractère structurel.

• Vous pouvez développer les données fournies par le texte. Attention à ne pas vous
limiter à recopier des chiffres; il serait plus intéressant de les mettre en valeur par
l’analyse et la synthèse.

• Mettez en valeur votre explication par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation.

6. Quel rôle imaginez-vous que le Brésil jouera dans le nouvel ordre mondial
évoqué par l’auteur?

Réponse:

• Question du type «D’après vous».

• Voici une question que tous les candidats à la carrière diplomatique doivent être
toujors prêts à répondre. Tout candidat bien préparé sera prêt à rédiger une variation
sur ce thème, en tenant en compte les idées du texte. Il est toutefois vivement
recommandé d’éviter les clichés et les phrases toutes faites.

• Pour assurer la clarté et l’ organisation de votre paragraphe, ne cédez pas à la


tentation d’inclure toutes les idées du texte dans la réponse. Vous pourriez en choisir
une ou deux et les mettre en rapport dans votre argumentation:

• soit avec des principes et des traditions de la diplomatie brésilienne (la candidature
brésilienne à un siège permanent au CSNU; la multipolarité de coopération; la
construction d’un ordre mondial stable, plus juste, plus prévisible, et fondé sur les
principes du droit international...)

• soit avec des sujets d’actualité (La banque de développement des BRICS en 2014)

7. A votre avis, de quelle façon l’actuelle crise économique pourrait-elle remettre en


cause la croissance des «zones émergentes»?

Réponse:

• Question mixte: types «D’après vous» + «Mobilisation de connaissances hors


texte».

• Le jury vous invite à donner votre avis, à commenter les évènements de l’actualité
(les effets de la crise économique mondiale en 2010) et à avancer des hypothèses.

• Mettez en valeur votre argumentation par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation, avec une conclusion pertinente.
8. D’après vous, l’émergence de nouvelles zones de pouvoir est-elle forcément liée
au déclin de l’hégémonie occidentale?

Réponse:

• Question mixte: types «D’après vous» + «Mobilisation de connaissances hors


texte».

• Le jury vous invite à donner votre avis, à argumenter et à avancer des hypothèses.

• Des exemples tirés des évènements de l’actualité et des initiatives de la diplomatie


brésilienne seraient fort utiles pour illustrer votre argumentation.

9. Êtes-vous d’accord avec l’auteur sur l’existence d’une configuration polycentriste


du monde avant la révolution industrielle? Expliquez.

Réponse:

• Question mixte: types «D’après vous» + «Mobilisation de connaissances hors


texte».

• Le jury vous invite à prendre parti, à argumenter et à soutenir une hypothèse.

• Ce qui importe, c’est de bien soutenir votre opinion. Vous pouvez ne pas être
d’accord avec ce que propose l’auteur si votre argumentation est convaincante.

• Pour répondre à ce genre de question, il est essentiel d’être capable d’établir des
rapports entre la question posée et vos connaissances historiques, aussi bien que de
situer le texte dans son contexte (historique, politique, économique, idéologique,
social, culturel, etc.).

10. L’évolution des institutions internationales évoquée par l’auteur est-elle


souhaitable au sein de l’ONU ou pensez-vous qu’une nouvelle structure devrait voir
le jour?

Réponse:

• Question mixte: types «D’après vous» + «Mobilisation de connaissances hors


texte».

• Le jury vous invite à donner votre avis et à avancer des suggestions.

• N’oubliez pas que, quoiqu’on vous demande votre opinion, tenir compte de ce que
dit le texte est toujours une bonne idée.

• Vous pourriez développer des idées choisies dans les quatre derniers paragraphes
du texte:
• monde divisé entre centres dominants (pays développés) et «périphéries»
coloniales dépendantes (les «tiersmondes»).

• les «périphéries» nouvelles sont des composantes subalternes d’un système de


production et d’échange mondialisé, l’autonomie politique voilant souvent la
persistance des situations de dépendance.

• Le polycentrisme implique non seulement une distribution internationale plus


équitable des richesses, mais aussi un bouleversement des rapports politiques: les
institutions internationales établies après la Seconde Guerre Mondiale (Organisation
des Nations Unies, Fonds Monétaire International, Banque Mondiale, sans parler du
G7-G8, transformé en G20) devront inévitablement évoluer pour refléter les
nouvelles réalités.

• Pour assurer la clarté et l’organisation de votre paragraphe, ne cédez pas à la


tentation d’inclure toutes les idées du texte dans la réponse. Vous pourriez en choisir
une ou deux et les mettre en rapport dans votre argumentation:

• soit avec des principes et des buts de la diplomatie brésilienne (candidature


brésilienne à un siège permanent au CSNU; Brésil, acteur global; multipolarité de
coopération...)

• soit avec des sujets d’actualité (Banque de développement des BRICS inaugurée
en 2014)
2009
Características da prova:

• Primeira prova composta apenas por questões discursivas.

• Na prova de 2009, a maioria das questões é do tipo “D’après le texte”

• Em algumas questões mistas do tipo “D’après le texte” + “D’après vous”, o


candidato deveria dar sua opinião fundamentando-se, necessariamente, nas ideias e
informações apresentadas ao longo do texto.

• A maioria das questões inclui palavras-chave no enunciado, que facilitam a


identificação dos trechos do texto onde se encontram os elementos necessários para
fundamentar a resposta.

• Uma entrevista publicada em blog do jornal lemonde.fr, com 1 175 palavras, serve
como referência para as dez questões da prova.

• Segundo a orientação geral, a resposta deve ser estruturada como um parágrafo.


Há ênfase na penalização de cópia do texto (“Employez vos propres mots et
expressions. L’utilisation d’extraits du texte sera pénalisée.”).

Lisez attentivement le texte ci-dessous, tiré d’un blog de LEMONDE.FR, du


19/5/2009.

L’Europe ne redémarrera que si la réconciliation avec les populations est scellée (1


175 mots) 1 A: Dans quels domaines de la vie internationale l’ Union Européenne
(UE) se présente aujourd’hui comme un acteur au rôle et à l’influence reconnus?

Bertrand Badie: L’influence est le terme qui convient. Tous les sondages qui ont été
4 administrés de par le monde indiquent que l’Europe intéresse et rassure par
l’influence qu’elle exerce beaucoup plus que par la puissance qu’elle n’a plus, en
tous les cas dans le domaine militaire. Cela étant posé, l’influence est difficile à
analyser et encore plus à 7 suivre.

A mesure qu’elle se constituait, l’Europe s’imposait d’abord comme un modèle

d’intégration régionale: telle a été probablement sa première réussite. Elle a peu à


peu 10 donné l’exemple de la réconciliation, de la coopération et de formes subtiles
d’intégration qui ont été imitées en Amérique latine, mais aussi en Afrique et en
Asie orientale.
En s’inscrivant délibérément dans l’axe de la démocratie et des droits de l’homme,
elle 13 a également pesé dans différentes régions du monde, notamment auprès de
ceux des Etats qui entendaient la rejoindre. Son rôle dans la démocratisation des
pays d’Europe centrale et orientale, mais aussi dans la transformation de la Turquie,
n’est pas à

16 négliger.

Elle a su acquérir aussi une sorte de leadership moral dans les domaines de l’aide au

développement et dans la promotion des biens communs de l’humanité tels qu’ils

19 s’inscrivent dans les logiques récentes de la mondialisation. Ici est probablement


son point le plus fort: n’étant pas un Etat et ne portant pas un intérêt national, l’UE
est crédible lorsqu’elle promeut des biens collectifs inscrits dans la logique de la

22 mondialisation et lorsqu’elle se fait le pilier le plus sûr du multilatéralisme.

Toute la question est maintenant de savoir si on ne décrit pas, à travers ces


hypothèses, une sorte d’âge d’or de l’Europe correspondant à la dernière décennie
du siècle précédent 25 et dont on peut craindre qu’il est aujourd’hui remis en cause.
L’Europe a su démarrer très fort dans le contexte de la post-bipolarité, elle est
dangereusement bloquée depuis

quelques années par un élargissement bâclé, par les séquelles du traumatisme


irakien

28 qui l’a profondément divisée, par sa paralysie institutionnelle, et j’ajouterai par


un vent de conservatisme (peut-être de néoconservatisme?) qui souffle depuis
quelques années.

B: L’UE est-elle une puissance en elle-même?

31 Bertrand Badie: Non, je ne crois pas que l’on puisse utiliser ce terme, en tous les
cas dans son sens strict. Si la puissance se définit comme la capacité d’imposer à
l’autre sa propre volonté quels que soient les moyens utilisés, l’Europe est dans ce
domaine mal

34 placée.

Être une puissance suppose en effet une unification nationale autour d’un intérêt
affirmé et à partir de la mobilisation de moyens coercitifs qui donnent bien entendu
à

37 l’instrument militaire une prime particulière.


Non seulement cette conception de la puissance s’accorde mal à la structure plurale
de l’Europe, mais on comprendra aisément que face aux Etats-Unis, la puissance
militaire

40 européenne ne compte pratiquement pas. Si les Etats-Unis trouvent face à eux


des rivaux de puissance, c’est plus du côté de la Chine et de la Russie qu’on est
amené à regarder.

On peut même considérer que l’Union a été en avance sur ce terrain: conduite à
renoncer 43 à la puissance, elle a été amenée à inventer de facto des formes
nouvelles d’action diplomatique où, précisément, l’influence, les effets de réseau, le
rayonnement social et culturel jouent un rôle plus déterminant, sans oublier bien
entendu ses performances

46 commerciales, car l’UE reste la première puissance commerciale du monde.

C: N’y a-t-il pas contradiction pour l’UE, construite sur l’idée de dépassement de la
souveraineté nationale, à défendre le système onusien et le droit international public
en
49 général, qui sont eux basés sur un strict respect des souverainetés des Etats?

Bertrand Badie: On ne peut pas poser le problème du multilatéralisme en ces termes.

C’est vrai que le système onusien dérive d’un compromis passé en 1945 entre 52
l’intégration et le souverainisme, entre l’union de tous et la puissance des plus
grands.

Ce compromis représentait pourtant une étape nouvelle qui dépassait le


souverainisme statonational. Observons que l’Europe, notamment durant la
décennie 1990 qui fut pour 55 elle une décennie de fortune, appuyait tout ce qui
aidait à dépasser le souverainisme d’antan.

Il ne faut pas négliger cette dynamique multilatérale qui s’est exprimée notamment à
58 travers l’élaboration de nouvelles conventions, la promotion d’enjeux sociaux
internationaux, la mise en place de grandes conférences thématiques internationales
et l’essor de ce que Kofi Annan appelait le “polylatéralisme”, qui permettait
d’associer au 61 système onusien des acteurs non étatiques comme les ONG, les
grandes firmes multinationales, voire l’opinion publique internationale. Le rôle de
l’Europe a été de témoigner et de pousser en ce sens, c’est peut-être là qu’on peut
retrouver ses vertus 64 autrefois novatrices.

D: On avait pensé un moment que le régionalisme compensait les défaillances de la


communauté internationale. Vu la crise que l’UE traverse, le régionalisme est-il à
son 67 tour remis en question? Si oui, que reste-t-il comme solution?

Bertrand Badie: C’est vrai, la crise attaque doublement et dangereusement le


régionalisme.

70 D’abord parce que face à une crise mondiale, la délibération ne peut être que
mondiale, et surtout les solutions ne peuvent être l’exclusivité d’un seul ensemble
régional, aussi vaste et puissant soit-il.

73 D’autre part, on a pu effectivement observer qu’avec la crise, l’UE devenait de


façon décevante un espace d’orchestration des égoïsmes nationaux. Les dissonances
et les divisions observées à l’intérieur de l’Europe depuis le début de cette crise
laissent 76 apparaître une concurrence entre nations, chacune porteuse d’intérêts et
de pathologies spécifiques, et qui ont ainsi d’autant plus de mal à s’accorder.

Prenons garde à ce que, dans un contexte critique, la région ne devienne pas une 79
machine à fabriquer et à nourrir les nationalismes.

E: Dans quelle mesure l’absence de personnalité juridique handicape-t-elle l’UE sur


la scène internationale?
82 Bertrand Badie: Il est vrai que l’Europe souffre aujourd’hui gravement d’un
défaut d’identité institutionnelle. Elle s’en trouve handicapée sur la scène
internationale, mais aussi face à sa propre opinion publique et dans l’organisation
même de son jeu interne.

85 Mais il ne faut pas se leurrer: le défaut d’armature institutionnelle est


principalement l’expression d’un désir insuffisant d’Europe. Les institutions suivent
les comportements sociaux et les attentes sociales. C’est sur ceux-ci qu’il convient
d’abord de travailler.

88 Ajoutons une autre considération: probablement de façon erronée, nombreux


étaient ceux qui pensaient que le succès du modèle européen tiendrait à sa souplesse
et à des institutions qu’on rendait volontairement incertaines, capables de réaliser
cette 91 quadrature du cercle en conciliant souveraineté statonationale et intégration.

Avec les paramètres nouveaux, et notamment l’apparition d’une monnaie unique, ce


choix évidemment ne tient plus. D’où, probablement, l’un des facteurs de crise avec
94 lequel l’Europe doit compter.

L’autre coût est à placer du côté de la démocratie: face à l’incertitude


institutionnelle, le débat démocratique européen a du mal à trouver sa niche. Ce qui
détourne le citoyen et 97 rend opaque le processus de décision.

Répondez aux questions suivantes en rédigeant un paragraphe en français standard


de trois à cinq lignes. Employez, autant que possible, vos propres mots et
expressions. L’utilisation de longs extraits du texte sera pénalisée.

1. D’après Bertrand Badie, dans quels domaines l’influence de l’Europe se fait-elle


le plus sentir?

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• Attention au mot clef de la question: «dans quels domaines l’influence de l’Europe


se fait-elle le plus sentir». On ne vous demande donc pas de parler l’influence de
l’Europe en général, mais des domaines dans lesquels elle est prépondérante: • (L.
19-22): Ici est probablement son point le plus fort: n’étant pas un Etat et ne portant
pas un intérêt national, l’UE est crédible «lorsqu’elle promeut des biens collectifs
inscrits dans la logique de la mondialisation «et lorsqu’elle se fait le pilier le plus
sûr du multilatéralisme».

• Puisque la copie du texte est pénalisée par le jury, la maîtrise des techniques de la
paraphrase est indispensable pour répondre aux questions de ce type.

2. Selon Bertrand Badie, quels sont les éléments qui paralysent l’Europe de ces
dernières années?
Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• Attention au mot clef de la question: «quels sont les éléments qui paralysent
l’Europe de ces dernières années», repris à la lettre dans le passage suivant: •
«L’Europe a su démarrer très fort dans le contexte de la post-bipolarité, elle est
dangereusement bloquée depuis quelques années par un élargissement bâclé, par les
séquelles du traumatisme irakien qui l’a profondément divisée, par sa paralysie
institutionnelle, et j’ajouterai par un vent de conservatisme (peut-être de
néoconservatisme?) qui souffle depuis quelques années».

• Puisque la copie du texte est pénalisée par le jury, la maîtrise des techniques de la
paraphrase est indispensable pour répondre aux questions de ce type.

3. Dans quelle mesure l’Europe exerce-t-elle sur la scène internationale une


influence jugée positive par Bertrand Badie?

Réponse: • Question du type «D’après le texte», très ouverte; beaucoup de réponses


sont possibles.

• (L. 8-19) «A mesure qu’elle se constituait, l’Europe s’imposait d’abord comme un


modèle d’intégration régionale: telle a été probablement sa première réussite.

• Elle a peu à peu donné l’exemple de la réconciliation, de la coopération et de


formes subtiles d’intégration qui ont été imitées en Amérique latine, mais aussi en
Afrique et en Asie orientale.

• En s’inscrivant délibérément dans l’axe de la démocratie et des droits de l’homme,


elle a également pesé dans différentes régions du monde, notamment auprès de ceux
des Etats qui entendaient la rejoindre. Son rôle dans la démocratisation des pays
d’Europe centrale et orientale, mais aussi dans la transformation de la Turquie, n’est
pas à négliger.

• Elle a su acquérir aussi une sorte de leadership moral dans les domaines de l’aide
au développement et dans la promotion des biens communs de l’humanité tels qu’ils
s’inscrivent dans les logiques récentes de la mondialisation».

• Mettez en valeur votre analyse des idées de l’auteur par un paragraphe bien
structuré comme une mini dissertation, avec une conclusion pertinente.

4. Que pensez-vous de l’affirmation suivante: «cette conception de la puissance


s’accorde mal à la structure plurale de l’Europe» (R.38-39)?

Réponse: • Question mixte: types «D’après vous» + «D’après le texte».


L’examinateur vous demande franchement de prendre parti sur ce que dit le texte.
• La question fait directement appel à votre capacité d’interprétation. Voici une
opportunité de vous demander quels sont les enjeux au-delà de ce que dit le texte.

• Vous n’ êtes pas obligé d’être d’accord avec l’ auteur, mais ignorer son opinion
peut donner au jury l’impression que vous n’ avez pas bien compris le texte.

• Mettez en valeur votre argumentation par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation, avec une conclusion pertinente.

5. D’après Bertrand Badie, pourquoi l’UE n’est-elle pas une puissance en elle-
même?

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• Il y a plusieurs passages dans le texte où la réponse peut être trouvée: •


«L’influence est le terme qui convient. Tous les sondages qui ont été administrés de
par le monde indiquent que l’Europe intéresse et rassure par l’influence qu’elle
exerce beaucoup plus que par la puissance qu’elle n’a plus, en tous les cas dans le
domaine militaire».

• «Être une puissance suppose en effet une unification nationale autour d’un intérêt
affirmé et à partir de la mobilisation de moyens coercitifs qui donnent bien entendu
à l’instrument militaire une prime particulière. Non seulement cette conception de la
puissance s’accorde mal à la structure plurale de l’Europe, mais on comprendra
aisément que face aux Etats-Unis, la puissance militaire européenne ne compte
pratiquement pas».

• «conduite à renoncer à la puissance, elle a été amenée à inventer de facto des


formes nouvelles d’action diplomatique où, précisément, l’influence, les effets de
réseau, le rayonnement social et culturel jouent un rôle plus déterminant, sans
oublier bien entendu ses performances commerciales».

• Mettez en valeur votre analyse des idées de l’auteur par un paragraphe bien
structuré comme une mini dissertation, avec une conclusion pertinente.

6. Selon Bertrand Badie, quel a été le rôle de l’Europe dans un contexte de


«polylatéralisme»?

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• Attention à la mise en rapport des temps verbaux dans votre Réponse: on vous
demande de faire référence au passé («la décennie 1990 qui fut pour [l’Europe] une
décennie de fortune»).

• (L. 17-19) «Elle a su acquérir aussi une sorte de leadership moral dans les
domaines de l’aide au développement et dans la promotion des biens communs de
l’humanité tels qu’il s’inscrivent dans les logiques récentes de la mondialisation».

• (L. 54-64) «Observons que l’Europe, notamment durant la décennie 1990 qui fut
pour elle une décennie de fortune, appuyait tout ce qui aidait à dépasser le
souverainisme d’antan».

• «l’essor de ce que Kofi Annan appelait le ‹polylatéralisme›, qui permettait


d’associer au système onusien des acteurs non étatiques comme les ONG, les
grandes firmes multinationales, voire l’opinion publique internationale.

• «cette dynamique multilatérale qui s’est exprimée notamment à travers


l’élaboration de nouvelles conventions, la promotion d’enjeux sociaux
internationaux, la mise en place de grandes conférences thématiques
internationales».

• «Le rôle de l’Europe a été de témoigner et de pousser en ce sens, c’est peut-être là


qu’on peut retrouver ses vertus autrefois novatrices».

• Pour assurer la clarté et l’ organisation de votre paragraphe, résumez le rôle de


l’Europe dans le contexte demandé au lieu d’inclure toutes les idées du texte dans la
réponse.

7. D’après Bertrand Badie, comment est-ce qu’on doit poser le problème du


multilatéralisme?

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• Attention au terme clef de la question: «le problème du multilatéralisme», qui


apparaît explicitement dans le texte dans la réponse de Bertrand Badie à la troisième
question posée: • «On ne peut pas poser le problème du multilatéralisme en ces
termes. C’est vrai que le système onusien dérive d’un compromis passé en 1945
entre l’intégration et le souverainisme, entre l’union de tous et la puissance des plus
grands. Ce compromis représentait pourtant une étape nouvelle qui dépassait le
souverainisme statonational. Observons que l’Europe, notamment durant la
décennie 1990 qui fut pour elle une décennie de fortune, appuyait tout ce qui aidait à
dépasser le souverainisme d’antan».

8. Selon Bertand Badie, quels sont les effets nocifs de la crise actuelle au sein de
l’UE?

Réponse: • Question du type «D’après le texte».

• La maîtrise des techniques de la paraphrase est indispensable pour répondre à ce


type de question sans copier des passages du texte.
• Bertand Badie avance une idée principale («La crise attaque doublement et
dangereusement le régionalisme»), puis énumère les effets nocifs de la crise actuelle
au sein de l’UE dans réponse à la question D (L. 65-79): • «Face à une crise
mondiale, la délibération ne peut être que mondiale, et surtout les solutions ne
peuvent être l’exclusivité d’un seul ensemble régional».

• «Avec la crise, l’UE devenait de façon décevante un espace d’orchestration des


égoïsmes nationaux. Les dissonances et les divisions observées à l’intérieur de
l’Europe depuis le début de cette crise laissent apparaître une concurrence entre
nations».

• «Prenons garde à ce que, dans un contexte critique, la région ne devienne pas une
machine à fabriquer et à nourrir les nationalismes».

9. En quoi consiste la «quadrature du cercle» (R.91) mentionnée par Bertrand


Badie?

Réponse: • Question du type «D’après le texte». Il fallait connaître le sens précis d’


un mot ou expression (dans ce cas, «quadrature du cercle») pour expliquer l’emploi
du terme dans le texte.

• Selon le dictionnaire Larousse, l’expression «quadrature du cercle» est un terme


mathématique qui s’applique à tout problème insoluble.

• Si le candidat ne connaissait pas le sens de l’expression, il pourrait répondre tout


de même par une paraphrase de la phrase dans laquelle elle apparaît: «réaliser cette
quadrature du cercle en conciliant souveraineté statonationale et intégration».

10. Dans quelle mesure partagez-vous l’opinion de Bertrand Badie au sujet de


l’Europe?

Réponse: • Question mixte: types «D’après vous» + «D’après le texte».

• Attention: Vous n’ êtes pas obligé d’être d’accord avec Bertrand Badie, mais dans
ce cas le jury vous demande, sans l’ombre d’un doute, de tenir en compte son
opinion.

• Veillez à bien mettre en valeur l’opinion de Bertrand Badie pour éviter de donner
au jury l’impression que vous n’ avez pas bien compris le texte.

• Compétences requises: comment donner son opinion?

• Argumenter, formuler des hypothèses • Juger, donner son avis, prendre parti •
Situer dans l’espace et dans le temps • Analyser, justifier, expliquer...
2008
Características da prova:

• O candidato devia optar por uma segunda língua estrangeira, que pode ser Alemão,
Árabe, Chinês (Mandarim), Espanhol, Francês, Japonês ou Russo.

• No concurso de 2008, foram aplicadas provas de Francês, Alemão e Espanhol.

• A prova de Francês, com o valor máximo de 50 (cinquenta) pontos, foi constituída


por questões de compreensão de texto(s) em língua francesa. As respostas deviam
ser dadas em Francês (cinco linhas).

• As duas questões de interpretação simbólica, as mais sutis e complexas, tinham


pontuação de dois e três pontos; as demais questões valiam cinco pontos.

• Quarta Fase: prova escrita, de caráter exclusivamente classificatório.

• Questões objetivas e discursivas.

Lisez attentivement le texte ci-dessous, puis suivez les consignes indiquées pour
répondre à chacune des 4 premières questions.

Les murs de la peur

1 En ce début de siècle, on n’a jamais autant évoqué la tolérance, le dialogue


interculturel,

les échanges entre les peuples. Pourtant, un peu partout, se dressent de nouveaux
murs: à

Bagdad, en Cisjordanie, à Padoue (Italie), au Botswana, comme hier à Cuincy


(France) ou à Ustí

4 nad Labem (République tchèque), etc. Sans omettre les murs virtuels du Web dont
l’accès

nécessite un code pour franchir le portail... Le mur protège moins bien qu’il ne
sépare, il y a

toujours des brèches ou des armes plus sophistiquées pour le franchir. Pourtant cela
n’empêche
7 pas sa multiplication, comme s’il s’avérait plus indestructible symboliquement
qu’il n’est vulnérable

matériellement.

Les murs appartiennent aux plus anciens vestiges archéologiques, et la Grande


Muraille de

10 Chine - élevée au cours des IIIe et IVe siècles avant Jésus-Christ, longue de
plusieurs milliers de

kilomètres - est visible sur les photographies prises depuis la Lune. Les historiens
s’accordent

pour dire que la plupart des villes se sont dotées de remparts et de portes gardées la
nuit afin

13 d’assurer la paix aux citadins. Le mot «mur» vient du reste du latin murus, qui
désigne

l’«enceinte» d’une ville, à distinguer de «murailles» (moenia) et du «mur de


construction»

(paries), qui donnera en français «parois»). D’abord simple palissade en bois,


comme en

16 témoignent, par exemple, les découvertes archéologiques du premier site de la


future Lutèce, puis

en pierres avec chemin de ronde et tours. L’amélioration de l’armement aux XVe et


XVIe siècles

oblige les ingénieurs à concevoir de nouvelles configurations défensives, dont


l’apogée sera le

19 plan en étoile si cher à Vauban.

La suprématie de l’armée française permet alors à Louis XIV de bâtir des portes

monumentales sans mur (porte Saint-Martin et porte Saint-Denis), car il n’a aucune
crainte pour

22 la sûreté de la capitale. Les murs qui suivront seront principalement d’octroi (1),
dans la plupart

des villes. Ainsi, à Paris, le mur des Fermiers généraux, dont la construction est
lancée en 1784,
répond avant tout à un motif fiscal. Cette enceinte devait être équipée de portes (ou
barrières)

25 dessinées par l’architecte Claude Nicolas Ledoux (par exemple la rotonde de la


Villette, l’octroi de

la place de la Nation). Un perspicace observateur contemporain, Louis Sébastien


Mercier, note

alors la formule populaire qui circule: «Le mur murant Paris rend Paris murmurant.»
Il est vrai

28 que le mécontentement enfle et que la révolution s’annonce... L’arrivée des


Russes dans la

capitale française en 1814, faute de fortifications efficaces, entraîne certains


parlementaires à

exiger, dès 1818, un mur protecteur. Ce n’est qu’en 1840, sous l’impulsion
d’Adolphe Thiers, que

31 l’édification d’une nouvelle enceinte est décidée. Elle n’empêchera pas la défaite
face aux

Prussiens en 1870, et sera décriée par des parlementaires réclamant sa démolition,


qui ne sera

décidée qu’en avril 1919.

34 Paris, même sans ses fortifications - mais il existe une autoroute périphérique
qui, de fait,

constitue un mur infranchissable pour les piétons entre la capitale et ses banlieues -,
distingue

ce qui lui est intra-muros et extra-muros. Ainsi parle-t-on d’un mur inexistant,
invisible qui

37 délimiterait encore la ville.

Héritage des conditions géopolitiques du règlement de la seconde guerre mondiale


et de

la bipolarisation du monde: le mur de Berlin. L’Allemagne vaincue est divisée en


deux, Berlin
40 aussi. Afin d’enrayer l’hémorragie démographique (plus de trois millions et demi
d’Allemands ont

quitté la République démocratique allemande [RDA] entre 1949 et 1960), un mur


est édifié dès

juin 1961, et sa surveillance requiert la mobilisation de quatorze mille gardes et six


mille chiens.

43 Willy Brandt déclare, le jour de son installation: «Die Mauer muss weg!» («Le
Mur doit

disparaître!») Ce n’est que le 9 novembre 1989, presque trente ans plus tard, qu’il
sera

déconstruit, dans la liesse populaire et surtout dans un nouveau contexte


géopolitique, la fin du

46 bloc soviétique. La chute du Mur constitue dorénavant un repère de choix dans la


chronologie de

l’histoire de l’humanité.

Ce que dit le mur relève avant tout de la crainte et du repli: je m’enferme afin de
n’être pas

49 exposé à l’Autre, que je ne comprends pas et que je ne souhaite pas rencontrer. Il


semble une

mesure préventive, comme pour les gated communities (lotissements-bunkers) qui


s’entourent de

fossés végétalisés ou plus autoritairement de grillages, avec une seule porte gardée
par des

52 hommes armés. Leurs habitants redoutent le frottement avec d’autres populations


et sélectionnent

leurs relations par le biais d’une urbanité discriminante: ceux de mon enclave
résidentielle

sécurisée, et les autres. On doit montrer «patte blanche» à l’entrée du lotissement


emmuré,

55 qu’on vienne livrer une pizza ou dîner chez des amis.


Ce sentiment d’isolement quasi sanitaire est grandement partagé, de Los Angeles à
Rio,

de Buenos Aires à Istanbul, de Varsovie à Moscou, de Shanghaï à Bombay, des


banlieues de

58 Toulouse à celles de Paris... Il correspond à la peur du différent. Celle-ci explique


mais ne saurait

en aucun cas justifier les édiles de Padoue (Démocrates de gauche) qui, le 10 août
2006, ont fait

ériger un mur d’acier de 84 mètres de long sur 3 mètres de haut, sous protection
policière, afin

61 de séparer la ville «convenable» de la ville gangrenée par les dealers. Notons


que, de ce côté-ci

de la barrière, on ne trouve que des Tunisiens et des Nigérians.

Des immigrés clandestins qui tentent de franchir la clôture de 6 mètres de haut


encerclant

64 Melilla (ville espagnole au Maroc), le 28 septembre 2005, essuient des tirs (2);
six sont tués. Un

mur de 23 kilomètres «protège» San Diego de l’arrivée des Mexicains de Tijuana et


préfigure le

mur de 3 200 kilomètres de béton que l’administration Bush espère réaliser entre les
Etats-Unis

67 et le Mexique, d’où viennent chaque année quatre cent mille travailleurs illégaux.
Même scénario

entre le Botswana et le Zimbabwe: un «mur» anti-immigration, guère efficace du


reste. L’Autre

ici a le visage de l’Etranger, du migrant, celui qui vient «manger notre pain» et
déstabiliser

70 «notre» société.

Les Américains ont promis aux Irakiens la paix et la démocratie, mais nourrissent
surtout
les oppositions et les tensions. Ils divisent le territoire pour mieux le contrôler, du
moins

73 l’espèrent-ils. Et, à Bagdad, ils montent des murs entre des quartiers à majorité
chiite et des

quartiers peuplés principalement de sunnites. Le résultat n’est guère probant.


Pourquoi? Parce

qu’un «tout» n’est jamais réductible aux «parties» qui le constituent, il est toujours
au-delà et

76 intègre les entre-deux, les liants, les combinaisons hybrides, les contradictions
explicites ou

sourdes, les séparations d’une autre nature que géographique... Le mur exprime

l’incompréhension, la séparation, la ségrégation. Il est alors perçu comme une


violence, un

79 empêchement à la paix, comme à Belfast, où les peacelines marquent une


frontière impossible.

Celle-ci résulte nécessairement d’un accord, c’est-à-dire d’une négociation qui ne


peut jamais être

menée à distance.

82 Mais les réalisations les plus impressionnantes, en matière d’urbanisme


discriminant, sont

le fait d’Israël. Des colonies juives avec des remparts, des réseaux de caméras de
surveillance

qui forment un mur virtuel, et la construction d’un véritable mur à partir d’avril
2002, dénommé

85 «clôture de sécurité» (security fence), longeant en Cisjordanie la «ligne verte»


(frontière de

1967). Or il s’agit d’un ouvrage en béton, haut de 8 à 9 mètres, avec alarme


électrique, qui est

fréquemment doublé par des fossés, des barbelés, et qui s’éloigne de la «ligne verte»
de 60 à
88 80 mètres. Il est prévu sur plus de 700 kilomètres. Sa présence perturbe non
seulement les

possibilités de paix, mais désorganise également l’économie locale en coupant en


deux des

champs, des villages, des quartiers, en empêchant les flux habituels de travailleurs
palestiniens

91 vers Israël et entre localités palestiniennes, ainsi que les relations familiales.

L’image du mur est évidente: la peur d’autrui. Il s’agit bien sûr du mur à l’échelle
d’un

quartier ou d’un territoire - non du muret qui enclôt le jardin de la maison -, du mur
qui divise,

94 oppose, agresse. Il procure une puissance illusoire et retarde la solution des


conflits, l’échange

de paroles, la plus élémentaire urbanité. Le bâtisseur de mur est un pollueur


d’humanité! Il

n’imagine pas non plus que le mur, n’importe quel mur, suggère la liberté, appelle
au départ, à

97 l’aventure. Faites le mur (3), pas la guerre!

NOTES:

1. Octroi: droit d’entrée, impôt perçu par certaines municipalités sur les
marchandises de consommation locale.

2. Essuyer des tirs: recevoir des tirs

3. Faire le mur: sortir sans permission en escaladant un mur.

Thierry Paquot. Philosophe de l’urbain, professeur à l’institut universitaire


professionnalisé (IUP) de Paris-XII, auteur notamment de Terre urbaine. Cinq défis
pour le devenir urbain de la planète, La Découverte, Paris, octobre 2006. (Le Monde
diplomatique, octobre 2006, Page 32)

Consignes pour les questions n. 1, 2 et 3: Notez la lettre correspondant à la bonne


réponse dans la case à droite du numéro. La flèche (↓) indique la colonne où vous
devez noter vos réponses.
1. Qui est qui?

un roi de France ayant ordonné la construction de la


Vauban 1 A
porte Saint-Denis

Louis Sébastien
2 B un architecte concepteur de la rotonde de la Villette
Mercier

un homme politique à l’origine de la construction d’un


Louis XIV 3 C
mur autour de Paris en 1840

Claude Nicolas
4 D un ingénieur et militaire spécialiste du plan en étoile
Ledoux

un homme de lettres auteur de témoignages sur les


Adolphe Thiers 5 E
mœurs de son époque

(5 points)
2. Que s’est-il passé en...?

Avril 2002 1 A déconstruction du mur de Berlin

1919 2 B édification d’un mur à Cuincy (France)

Août 2006 3 C début de la construction d’un mur en Israël

1989 4 D décision d’abattre le mur de Thiers

Octobre 2006 5 E édification d’un mur à Padoue

(5 points)

3. Donnez un synonyme aux mots du texte. (L. = ligne du texte)

enclore (L.93) 1 A arrêter

biais (L.53) 2 B joie

enrayer (L.40) 3 C craindre

redouter (L.52) 4 D ceindre

liesse (L.45) 5 E moyen

(5 points)
4. Notez si, selon le texte, les affirmations suivantes sont vraies (V) ou fausses (F).
Notez F ou V dans la colonne de droite marquée d’une flèche.

1 Les mots «mur» et «paroi» ont la même origine étymologique.

2 Le mur est moins difficile à détruire matériellement que symboliquement.

Des immigrés clandestins ont ouvert le feu pour tenter de franchir la clôture
3
d’enceinte de Melilla au Maroc.

Au XVIIIe siècle à Paris, la construction du mur des Fermiers généraux rassure


4
les parisiens qui ont peur de la révolution.

Pour entrer dans un lotissement sécurisé, il faut présenter toutes les garanties
5
nécessaires.

(5 points)

Répondez à chacune des questions suivantes par des phrases complètes en français
formant un paragraphe argumenté d’environ 5 lignes, sans recopier des passages
entiers du texte mais en reformulant la pensée de l’auteur ou en exprimant la vôtre
dans vos propres mots.

5. Le texte évoque cinq murs qui ont existé ou existent sur le site de l’actuel Paris
depuis ses origines. Quels sont-ils? (5 points)

Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• Quand le jury vous demande de présenter plusieurs exemples tirés du texte, il faut
éviter l’ «effet liste» et présenter votre énumération sous la forme d’un paragraphe
en utilisant des liens logiques.

• Selon le texte, les cinq murs qui ont existé ou existent sur le site de l’actuel Paris
depuis ses origines sont:
1. [Une] «simple palissade en bois, comme en témoignent...., les découvertes
archéologiques du premier site de la future Lutèce» (Paris);

2. [Un mur] «en pierres avec chemin de ronde et tours»;

3. «le mur des Fermiers généraux, dont la construction est lancée en 1784»;

4. «une nouvelle enceinte» (muraille) «en 1840, sous l’impulsion d’Adolphe Thiers
(L’enceinte de Thiers)»;

5. «un mur inexistant, invisible»: «une autoroute périphérique qui, de fait, constitue
un mur infranchissable pour les piétons entre la capitale et ses banlieues».

6. Précisez la fonction attribuée à chacun de ces murs. (5 points)

Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• Encore une fois, quand le jury vous demande de présenter plusieurs exemples tirés
du texte, il faut éviter l’«effet liste» et présenter votre énumération sous la forme
d’un paragraphe.

1. [Une] «simple palissade en bois» pour délimiter le périmètre de la ville;

2. [Un mur] «en pierres avec chemin de ronde et tours» avait une fonction défensive
et de surveillance (rondes de soldats, tours de garde);

3. «le mur des Fermiers généraux, dont la construction est lancée en 1784», mur
d’octroi (collection d’impôts sur les marchandises) qui répond à un motif fiscal;

4. «une nouvelle enceinte» (muraille) «en 1840, sous l’impulsion d’Adolphe Thiers
(L’enceinte de Thiers)», fortification militaire qui n’a cependant pas empêché la
défaite française lors de la guerre franco-prussienne en 1870;

5. «un mur inexistant, invisible»: «une autoroute périphérique qui, de fait, constitue
un mur infranchissable pour les piétons entre la capitale et ses banlieues», qui
«distingue ce qui lui est intra-muros et extra-muros» et sépare donc la population
des banlieues de celle de la capitale.

• Pour répondre à cette question en cinq lignes, une bonne capacité de synthèse est
indispensable.

7. Expliquez le sens de la phrase: «Le mur murant Paris rend Paris murmurant»
(L.27). (2 points)

Réponse:
• Question «d’après le texte», l’une des plus sophistiquées de l’histoire de l’épreuve.

• Pour bien expliquer cette phrase, un peu de grammaire et un peu de poésie.

• Le participe présent joue le rôle de verbe dans le mur murant Paris (=le mur qui
mure Paris); dans ce cas, il est invariable.

• Ensemble, les mots mur murant forment un terme homophone de murmurant,


participe présent à fonction adjectivale qui marque l’état, la qualité de Paris (Paris
murmure); en tant qu’adjectif, il s’accorde en genre et en nombre. En français, les
noms de ville qui finissent en consonne sont masculins en général, alors que ceux
qui finissent en -e ou -es sont féminins. Si on parlait de Rome on dirait alors Rome
murmurante.

• On a bien compris que le mur qui mure Paris fait murmurer Paris; cependant, pour
que l’interprétation soit complète, il faut prendre en compte la résonance suggestive
de la phrase.

• Cet effet sonore et rhythmique est une allitération. Cet effet très courant en poésie
et en prose s’obtient par la «répétition des consonnes initiales ou intérieures dans
une suite de mots pour obtenir un effet d’harmonie, de pittoresque ou de surprise»
selon la définition du Larousse.

• La combinaison des consonnes m et r et des voyelles nasales a• et e• évoque la


sensation de chuchotements indistincts.

8. «Faites le mur, pas la guerre» (L.97). Sur le modèle de quel slogan célèbre cette
expression a-t-elle été inventée? Pourquoi ce modèle est-il particulièrement adéquat
ici? Expliquez le jeu de mot fait par l’auteur en tenant compte du sens de
l’expression «faire le mur». (3 points)

Réponse:

• Question mixte: types «D’après le texte» + «Mobilisation de connaissances hors


texte». Question qui demande au candidat d’ identifier les idées implicites dans le
texte.

• Voici un exemple de calembour, jeu de mots typique de l’humour français, «fondé


sur la différence de sens entre des mots qui se prononcent de la même manière»,
selon le Larousse.

• Le modèle de «faites le mur, pas la guerre» est «faites l’amour, pas la guerre»,
traduction en français du slogan pacifiste de la contre-culture des années 1960 aux
États-Unis, «make love, not war», depuis devenu un mot d’ordre contre la guerre en
général.
• Il fallait aussi connaître l’expression «faire le mur», qui veut dire sortir sans
permission en escaladant un mur; quitter la caserne, l’établissement scolaire, le
domicile sans permission et en général sans passer par la porte, comme, par
exemple, dans le cas d’adolescents qui veulent sortir le soir sans que leurs parents le
sachent.

• L’expression «faites le mur, pas la guerre» est donc employée par l’auteur comme
un appel à la rencontre de l’Autre, au plaisir et à la liberté, et, par extension, le refus
«du mur qui divise, oppose, agresse» (L.93-94), «de la crainte» des autres peuples et
«du repli» sur sa propre culture (L.68).

9. On lit à la fin de ce texte la phrase suivante: «Le bâtisseur de mur est un pollueur
d’humanité» (L.95). Qu’est-ce que l’auteur cherche à exprimer par cette formule?
Partagez-vous cette opinion? Justifiez votre réponse. (5 points)

Réponse:

• Question mixte: types «D’après vous» + «D’après le texte».

• La question fait appel à votre capacité d’interprétation. Le jury vous invite à


expliquer et à approfondir une idée avancée par l’auteur.

• On vous demande d’expliquer une formule (Le bâtisseur de mur est un pollueur
d’humanité) qui se trouve dans le denier paragraphe, une tirade sur les méfaits de la
ségrégation symbolisée par le mur:

• «L’image du mur est évidente: la peur d’autrui. Il s’agit bien sûr du mur à l’échelle
d’un quartier ou d’un territoire - non du muret qui enclôt le jardin de la maison -, du
mur qui divise oppose, agresse. Il procure une puissance illusoire et retarde la
solution des conflits, l’échange de paroles, la plus élémentaire urbanité».

• Attention à ne pas vous limiter à recopier des phrases du texte; il serait plus
intéressant de les mettre en valeur par votre analyse.

• Mettez en valeur votre explication par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation.

10. Pensez-vous, comme l’auteur, que la négociation d’une frontière ne peut jamais
être menée à distance (L.77-81)? Justifiez votre réponse. (5 points)

Réponse:

• Question mixte: types «D’après vous» + «Mobilisation de connaissances hors


texte».
• La question fait appel à votre capacité d’analyse. Question ouverte, plusieurs
réponses sont possibles.

• Voici une opportunité d’utiliser vos connaissances historiques, géographiques et


géopolitiques.

• Justifiez votre réponse et mettez en valeur votre argumentation par un paragraphe


bien structuré comme une mini dissertation, avec une conclusion pertinente.

11. Selon vous, quel rôle les murs ont-ils le mieux rempli au cours des siècles
passés? Un rôle protecteur ou un rôle répressif? Et aujourd’hui? (5 points)

Réponse:

• Question mixte: types «D’après vous» + «Mobilisation de connaissances hors


texte».

• La question fait appel à votre capacité d’analyse, comparaison et/ou contraste.

• Voici encore une opportunité d’utiliser vos connaissances historiques,


géographiques et géopolitiques.

• Puisqu’on vous demande d’analyser des évènements passés et de les comparer


avec le présent, attention à la mise en rapport des temps verbaux.

• Justifiez votre réponse et mettez en valeur votre argumentation par un paragraphe


bien structuré comme une mini dissertation, avec une conclusion pertinente.
2007
Lisez attentivement le texte ci-dessous, puis suivez les consignes indiquées pour
répondre à chacune des dix questions proposées.

La seconde mort de la peine de mort (892 mots)

1 La seconde mort de la peine de mort est programmée dans un avenir proche

lorsque le Parlement réuni en congrès à Versailles inscrira son abolition dans le


marbre

de la Constitution, un geste à haute valeur symbolique voulu par Jacques Chirac au

4 crépuscule de sa vie politique. La patrie de Voltaire, Hugo et Camus, qui a tardé à


abolir

la peine capitale, se veut dorénavant aux avant-postes de cette grande cause, dont les

partisans ne cessent de gagner du terrain partout dans le monde.

7 La France, qui accueille à Paris du 1er au 3 février le congrès mondial contre la

peine de mort, est un excellent terrain d’observation de cette évolution historique.


En

1981, lorsqu’elle a aboli la peine capitale, elle était la seule démocratie d’Europe

10 occidentale à l’appliquer encore. Aujourd’hui, dans l’Europe entière, seule la


Biélorussie

fait de la résistance. Il y a un quart de siècle, la France était le 36e

pays à y renoncer, alors que, aujourd’hui, quelque 130 Etats sont abolitionnistes de
jure ou de facto.

13 Jacques Chirac, qui veut laisser de lui l’image d’un abolitionniste convaincu, a

longtemps barguigné (1). Candidat à la présidentielle en 1981, il ne s’était prononcé


qu’à

la dernière minute contre la peine capitale. En février 1981 encore, il était d’avis de

16 laisser les Français décider, en les interrogeant par référendum, ce qui supposait,
sur une
telle question, de réviser la Constitution. Autant dire que, en donnant ainsi la parole
au

peuple, la guillotine aurait encore eu de beaux jours devant elle. Car dans leur
grande

19 majorité les Français étaient opposés à sa disparition.

Par une ironie de l’histoire, c’est un repenti qui présentera dans quelques jours,

au nom du gouvernement, le projet de loi voulu par Jacques Chirac: Pascal Clément,
le garde de

22 sceaux (2), qui fut longtemps réfractaire à l’abolition. En juin 1981, modeste

député UDF de la Loire, il avait défendu à l’Assemblée nationale la question


préalable (3),

dont l’adoption aurait coupé court au débat voulu par le nouveau président de la

25 République, François Mitterrand. “La société», affirmait alors M. Clément, “a le


droit de

donner la mort pour se défendre.” Sinon, plaidait-il, il faut être logique: “Soyons

pacifistes et refusons d’armer les bras de nos soldats.” A quoi Robert Badinter, le
ministre de la justice,

28 répliqua qu’il en allait (4), à cette heure solennelle, “d’une certaine conception

de l’homme et de la société”.

C’est cette conception de l’homme que Jacques Chirac a avalisée en décidant

31 d’inscrire dans la Constitution le principe selon lequel “nul ne peut être


condamné à la

peine de mort”. Comme le président de la République, comme le garde de sceaux, la

société française a beaucoup évolué en vingt-cinq ans. Majoritairement favorable à


la

34 peine capitale lorsque celle-ci a été abolie - dans une proportion de 60% -, elle se
dit

opposée aujourd’hui à son rétablissement, à 52% selon un sondage TNS-Sofres de


septembre 2006.

37 Seuls de tous les candidats à l’élection présidentielle, Jean-Marie Le Pen et

Philippe de Villiers parlent encore de la réhabiliter. Et il ne s’est trouvé que 47


députés

de la majorité pour signer, en avril 2004, une proposition de loi rétablissant le


châtiment

40 suprême contre les auteurs d’attentats terroristes, parmi lesquels Alain Marleix,
le

secrétaire national de l’UMP chargé des investitures pour les législatives.

Certains abolitionnistes ne le sont qu’à demi. Abolitionnistes bien sûr, sauf pour:

43 les terroristes, les violeurs d’enfants, les meurtriers de vieilles dames ou de


gendarmes,

selon les peurs du moment. Pour les abolitionnistes de principe, au contraire, c’est
face

aux terroristes, face à la violence aveugle qu’une démocratie affirme le mieux ses
valeurs

46 en refusant la loi du talion (5).

Une victoire du “sens commun”

En dépit des Le Pen, Villiers ou Marleix, la peine de mort est désormais perçue par

49 les Français comme contraire aux principes républicains.

A quoi attribuer leur adhésion à cette éthique de la justice? Le sociologue

Raymond Boudon (Renouveler la Démocratie, Odile Jacob, 2006) y voit une


victoire

52 de ce qu’il appelle, en se référant à Max Weber, le “sens commun”. De même


que la

démocratie s’est imposée en France comme le mode de gouvernement le plus


rationnel,

la sagesse des citoyens les aurait instruits contre la peine de mort, qui ne leur semble
55 aujourd’hui ni dissuasive ni morale.

Dans Contre la Peine de Mort (Fayard, 2006), Robert Badinter se dit lui aussi

convaincu que la peine capitale “est vouée à disparaître de ce monde”. Sous


l’influence

58 de juristes dont il est et conformément aux principes des Nations Unies, ni la


Cour

internationale ni les juridictions créées après les génocides en ex-Yougoslavie, au

Rwanda et au Cambodge ne peuvent envoyer un homme à la potence (6). On


mesure le

61 chemin parcouru depuis le procès de Nuremberg.

Au nom de cette morale internationale, les Nations Unies et le Conseil de l’Europe

invitent aujourd’hui leurs pays membres à s’interdire de rétablir la peine capitale.


Tel est

64 l’objectif du “protocole facultatif (...) visant à abolir la peine de mort” (ONU). Et


du

protocole n./13 à la Convention européenne des droits de l’homme “relatif à


l’abolition

de la peine de mort en toutes circonstances” (Conseil de l’Europe). Deux textes


ayant

67 valeur de traités que la France prévoit de ratifier lorsque’elle aura révisé sa


Constitution

en février.

1 - barguigner: hésiter

2 - le garde des sceaux: le ministre de la justice

3 - la question préalable: motion proposée à la Chambre des Députés pour écourter


le débat avant de passer au vote

4 - en aller de: s’agir de

5 - le talion: châtiment qui consiste à infliger au coupable le traitement même qu’il a


fait subir à sa victime
6 - envoyer à la potence: condamner à mort

Bertrand Le Gendre. Le Monde, 30/1/2007.

Consignes pour les questions n. 1, 2 et 3: Notez la lettre correspondant à la bonne


réponse dans la case à droite de chaque numéro. La flèche (↓) indique la colonne où
vous devez noter vos réponses.

1. Qui est qui? (5 points)

Pascal Clément 1 A sécretaire national de l’UMP

Robert Badinter 2 B candidat à l’élection présidentielle 2007

Alain Marleix 3 C ministre de la justice en 1981

Raymond Boudon 4 D ancien député UDF de la Loire

Philippe de Villiers 5 E sociologue et écrivain


2. Que s’est-il passé en...? (5 points)

1981 1 A proposition de loi rétablissant la peine de mort contre les terroristes

2004 2 B l’abolition de la peine de mort est inscrite dans la Constitution

2006 3 C congrès mondial en France contre la peine de mort

2007 4 D abolition de la peine de mort en France

2007 5 E sondage sur le rétablissement de la peine de mort en France

3. Donnez un synonyme aux mots du texte (les verbes sont présentés à l’infinitif). (5
points)

dorénavant (R.5) 1 A assassin

couper court (R.24) 2 B faire cesser

plaider (R.26) 3 C destiner

meurtrier (R.43) 4 D désormais

vouer (R.57) 5 E défendre


4. Notez si, selon le texte, les affirmations suivantes sont vraies (V) ou fausses (F).
Notez V ou F dans la colonne de droite marquée d’une flèche (↓). (5 points)

1 La France a été un des premiers pays d’Europe à abolir la peine de mort.

C’est François Mitterrand qui a inscrit dans la Constitution l’abolition de la


2
peine de mort.

3 Déjà en 1981 Robert Badinter soutenait l’abolition de la peine de mort.

Les sondages en France en 1981 étaient favorables à l’abolition de la peine de


4
mort.

5 La Cour pénale internationale ne peut pas condamner à la peine de mort.

Consignes pour les questions suivantes (5 à 10): Répondez aux questions avec vos
propres mots et par des phrases entièrement rédigées en français. (HUIT LIGNES).

5. Donnez trois éléments du texte qui montrent que la France a longtemps hésité
avant d’abolir la peine de mort. (5 points)

Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• Quand le jury vous demande de présenter plusieurs exemples tirés du texte, il faut
éviter l’«effet liste», car une énumération n’est pas un paragraphe argumenté.

• (L. 4-10) «La patrie de Voltaire, Hugo et Camus, qui a tardé à abolir la peine
capitale, se veut dorénavant aux avant-postes de cette grande cause, dont les
partisans ne cessent de gagner du terrain partout dans le monde. La France, qui
accueille à Paris du 1er au 3 février le congrès mondial contre la peine de mort, est
un excellent terrain d’observation de cette évolution historique. En 1981, lorsqu’elle
a aboli la peine capitale, elle était la seule démocratie d’Europe occidentale à
l’appliquer encore.»
• (L. 15-19) «En février 1981 encore, il était d’avis de laisser les Français décider,
en les interrogeant par référendum, ce qui supposait, sur une telle question, de
réviser la Constitution. Autant dire que, en donnant ainsi la parole au peuple, la
guillotine aurait encore eu de beaux jours devant elle. Car dans leur grande majorité
les Français étaient opposés à sa disparition.»

• (L. 25-27) «La société», affirmait alors M. Clément, «a le droit de donner la mort
pour se défendre.» Sinon, plaidait-il, il faut être logique: «Soyons pacifistes et
refusons d’armer les bras de nos soldats».

• (L. 42-44) «Certains abolitionnistes ne le sont qu’à demi. Abolitionnistes bien sûr,
sauf pour: les terroristes, les violeurs d’enfants, les meurtriers de vieilles dames ou
de gendarmes, selon les peurs du moment.»

6. Donnez trois éléments du texte qui montrent que les opinions sur la peine de mort
ont considérablement évolué en France. (5 points)

Réponse:

• Question du type «D’après le texte». Le candidat n’avait que l’embarras du choix,


plusieurs combinations seraient possibles.

• Veillez à présenter votre réponse comme un paragraphe argumenté; il faut toujours


éviter l’ «effet liste» lorsque le jury vous demande de faire une énumération.

• Plusieurs choix d’ arguments pour répondre à la question posée se trouvent entre


les lignes 4 et 10:

• La patrie de Voltaire, Hugo et Camus, qui a tardé à abolir la peine capitale, se veut
dorénavant aux avant-postes de cette grande cause.

• La France, qui accueille à Paris du 1er au 3 février le congrès mondial contre la


peine de mort, est un excellent terrain d’observation de cette évolution historique.

• En 1981, lorsqu’elle a aboli la peine capitale, elle était la seule démocratie


d’Europe occidentale à l’appliquer encore.

• L.37-41: Seuls de tous les candidats à l’élection présidentielle, Jean-Marie Le Pen


et Philippe de Villiers parlent encore de la réhabiliter. Et il ne s’est trouvé que 47
députés de la majorité pour signer, en avril 2004, une proposition de loi rétablissant
le châtiment suprême contre les auteurs d’attentats terroristes, parmi lesquels Alain
Marleix, le secrétaire national de l’UMP chargé des investitures pour les
législatives.

• Beaucoup d’exemples sont concentrés entre les lignes 48 et 55:


• En dépit des Le Pen, Villiers ou Marleix, la peine de mort est désormais perçue par
les Français comme contraire aux principes républicains.

• A quoi attribuer leur adhésion à cette éthique de la justice? Le sociologue


Raymond Boudon (Renouveler la Démocratie, Odile Jacob, 2006) y voit une
victoire de ce qu’il appelle, en se référant à Max Weber, le «sens commun».

• De même que la démocratie s’est imposée en France comme le mode de


gouvernement le plus rationnel, la sagesse des citoyens les aurait instruits contre la
peine de mort, qui ne leur semble aujourd’hui ni dissuasive ni morale.

7. Donnez trois éléments du texte qui montrent que la France cherche maintenant à
jouer un rôle moteur pour l’abolition de la peine de mort dans le monde. (5 points)

Réponse:

• La patrie de Voltaire, Hugo et Camus, qui a tardé à abolir la peine capitale, se veut
dorénavant aux avant-postes de cette grande cause.

• La France, qui accueille à Paris du 1er au 3 février le congrès mondial contre la


peine de mort, est un excellent terrain d’observation de cette évolution historique.

8. Expliquez deux des raisons qui permettent à Bertrand Le Gendre, l’auteur du


texte, de comparer une inscription dans la Constitution à une inscription dans du
marbre.(5 points)

Réponse:

• Question du type «D’après le texte». Il fallait saisir la portée symbolique de


l’expression «inscription dans du marbre» pour répondre à la question posée en
expliquant l’analogie formulée par Bertrand Le Gendre.

• Selon le Larousse, inscrit dans le marbre veut dire établi de façon sûre et
définitive. L’expression laisse entendre que la peine de mort en France n’avait pas
encore été abolie de façon irrévocable lors de la parution de l’article, interprétation
confirmée par le titre: «La seconde mort de la peine de mort».

• Voici quelques extraits du texte de l’épreuve où l’on peut trouver des arguments
qui justifient l’analogie formulée par l’auteur:

L.25-32: «La société», affirmait alors [en 1981] M. Clément, «a le droit de donner la
mort pour se défendre.» Sinon, plaidait-il, il faut être logique: «Soyons pacifistes et
refusons d’armer les bras de nos soldats.» A quoi Robert Badinter, le ministre de la
justice, répliqua qu’il en allait, à cette heure solennelle, «d’une certaine conception
de l’homme et de la société» C’est cette conception de l’homme que Jacques Chirac
a avalisée en décidant d’inscrire dans la Constitution le principe selon lequel «nul ne
peut être condamné à la peine de mort». Comme le président de la République,
comme le ministre de la justice, la société française a beaucoup évolué en vingt-cinq
ans.

9. Quelle est aujourd’hui la position du Conseil de l’Europe sur la peine de mort? (5


points)

Réponse: L. 63-68: Au nom de cette morale internationale, les Nations Unies et le


Conseil de l’Europe invitent aujourd’hui leurs pays membres à s’interdire de rétablir
la peine capitale. Tel est l’objectif du «protocole facultatif (...) visant à abolir la
peine de mort» (ONU). Et du protocole n. 13 à la Convention européenne des droits
de l’homme «relatif à l’abolition de la peine de mort en toutes circonstances»
(Conseil de l’Europe). Deux textes ayant valeur de traités que la France prévoit de
ratifier lorsqu’elle aura révisé sa Constitution en février.

10. Expliquez le sens symbolique du titre de l’article. (5 points)

Réponse: La connotation symbolique la plus évidente est l’ironie de «la mort» de la


peine de mort, «soumise», pour ainsi dire, au même sort des condamnés auxquels
elle a été apliquée.

Pour aller plus loin dans l’interprétation, il faut également saisir la différence entre
seconde et deuxième. Selon le Larousse, l’on doit employer deuxième dans une
énumération de plus de deux éléments, second(e) lorsque l’énumération s’arrête à
deux.

Voilà pourquoi, en français, la Grande guerre ne devint la Première guerre mondiale


qu’à la suite de la Seconde guerre mondiale. D’ailleurs, apeller celle-ci la
«Deuxième» guerre mondiale équivaudrait à laisser entendre qu’on s’attend à ce
qu’il y en ait une «Troisième»!

Le texte nous fait savoir que la peine de mort avait été abolie en 1981 (L. 4-10):

«La patrie de Voltaire, Hugo et Camus, qui a tardé à abolir la peine capitale, se veut
dorénavant aux avant-postes de cette grande cause, dont les partisans ne cessent de
gagner du terrain partout dans le monde. La France, qui accueille à Paris du 1er au 3
février le congrès mondial contre la peine de mort, est un excellent terrain
d’observation de cette évolution historique. En 1981, lorsqu’elle a aboli la peine
capitale, elle était la seule démocratie d’Europe occidentale à l’appliquer encore.»

Cependant, à l’époque, l’abolition de la peine de mort n’était soutenue que par une
minorité des Français (L. 15-19):

«En février 1981 encore, il était d’avis de laisser les Français décider, en les
interrogeant par référendum, ce qui supposait, sur une telle question, de réviser la
Constitution. Autant dire que, en donnant ainsi la parole au peuple, la guillotine
aurait encore eu de beaux jours devant elle. Car dans leur grande majorité les
Français étaient opposés à sa disparition.»

«La seconde mort de la peine de mort» s’inscrit dans le contexte de l’année 2007,
tout à fait différent (L. 48-55):

«En dépit des Le Pen, Villiers ou Marleix, la peine de mort est désormais perçue par
les Français comme contraire aux principes républicains.(...) De même que la
démocratie s’est imposée en France comme le mode de gouvernement le plus
rationnel, la sagesse des citoyens les aurait instruits contre la peine de mort, qui ne
leur semble aujourd’hui ni dissuasive ni morale.»

Le titre La seconde mort de la peine de mort veut donc dire que l’auteur espère que,
grâce à l’évolution historique, éthique et politique de la société française, la peine de
mort sera enfin abolie une fois pour toutes.
2006
Características da prova: O candidato devia optar entre francês ou espanhol na prova
da Terceira Fase, como disposto no Edital de 2006, subitem 5.6/subitem 10.3.3: •
5.6 No momento da inscrição, o candidato deverá optar pela segunda língua
estrangeira - Francês ou Espanhol - para efeito de realização da prova da Terceira
Fase.

• 10.3.3 A prova de Francês (como opção de segunda língua estrangeira - vide


subitem 5.6 deste Edital), com o valor máximo de 50 (cinquenta) pontos, constará
de questões de compreensão de texto(s) em língua francesa. As respostas deverão
ser dadas em Francês.

• Questões objetivas e discursivas.

Lisez attentivement le texte ci-dessous, puis suivez les consignes indiquées pour
répondre à chacune des 4 premières questions.

Manifs de France

1 Peut-être est-il temps de s’intéresser à la nature profonde des défilés de ces


dernières semaines? Qu’est-ce qu’une manifestation à la Française? Comment
décrypter (1) le code génétique de ces cortèges que le monde entier nous envie avec
une pointe d’effarement (2)?

5 Un détour par l’étranger peut servir. Assez justement, un éditorialiste du Herald


Tribune a établi un parallèle entre les grandes manifestations qui ont scandé (3) la
crise du CPE (4) et les processions religieuses de nos grands-parents, quand Dieu
était encore de ce monde et les athées des orgueilleux magnifiques. Un chroniqueur
de l’hebdomadaire The Village Voice constate, lui, que le mouvement parti des
universités pour se répandre 10 sur tout le territoire «occupe un espace sacré dans le
génome social du pays, un peu comme le base-ball et le boursicotage aux Etats-
Unis».

C’est bien dit, mais insuffisant. On ne va tout de même pas laisser le dernier mot à
la presse étrangère! En réalité, la manifestation est consubstantielle à la République
française. Donc impénétrable aux regards extérieurs. On se moque à peine... La 15
première manifestation de l’histoire moderne en France remonte au 14 juillet 1790,
lorsque le peuple parisien convergea vers l’esplanade du Champs-de-Mars pour
célébrer le premier anniversaire de la prise de la Bastille. Manif mémorable: on
bivouaqua sur place, on pique-niqua. Cent soixante mille personnes étaient assises.
150 000 debout, et 50 000 hommes défilèrent en armes. Les chiffres sont de la
responsabilité de l’historien 20 Jules Michelet (1798-1874).
A partir de ce jour, il y eut deux sortes de manifestations: les festives et les
contestataires (on caricature par souci d’efficacité). Les festives correspondent à ces
rares moments d’union et de ferveur nationale qui ponctuent notre histoire: manifs
de la Victoire (1918), de la Libération (1944), du bonheur (8 mai 1945).

25 Pour le reste, les manifestations ont le plus souvent pris l’allure (5) de longs
cortèges revendicatifs sur fond de pompes funèbres. Pour contourner l’interdiction
de se rassembler, les républicains avaient pris l’habitude au XIX ème siècle de
suivre les obsèques de figures emblématiques de leur cause. Citons pour mémoire
les enterrements des généraux Foix et Lamarque (1825 et 1832) ou encore du
journaliste 30 Victor Noir (1869), tué en duel par le prince Pierre Bonaparte. A
chaque fois, des foules de plusieurs dizaines de milliers de personnes se
retrouvaient. C’était le temps des manifs en noir. Le temps du défi.

Un temps qui s’est perpétué au XX ème siècle dans le registre de la colère et de la


gravité avec les obsèques des neuf victimes du métro Charonne (1962), du militant
35 gauchiste René-Pierre Overney (1972) ou dans la volonté d’affirmation d’une
force politique avec les enterrements des dirigeants communistes comme Maurice
Thorez (1964) ou Jacques Duclos (1975).

Depuis, tout s’est compliqué. Sinon inversé. A partir de 1995, les Français ont
littéralement réinventé l’art de manifester. D’abord, on ne revendique plus; on
défend 40 des droits acquis. On ne défile plus pour soi, mais pour les autres. Du
moins le dit-on.

Ainsi les «protégés» manifestent en faveur des «précaires». Les syndiqués du


secteur public assurent descendre dans la rue pour les salariés du privé qui n’en ont
ni le temps ni la possibilité.

Ensuite, la manifestation a quitté le champ purement social. Elle est tantôt un coup
de 45 semonce (6) à l’adresse du pouvoir, tantôt un lever de rideau électoral. Elle
joue le rôle d’une Cour suprême populaire dont la vocation ultime est de censurer
les lois qui ne lui agréent pas. Changement proprement révolutionnaire. La manif
s’est muée en acte politique majeur. Le législateur vote la loi, elle peut dévoter. Le
président de la République promulgue, elle abroge. Ce n’est pas rien. C’est made in
France.

1. décrypter: déchiffrer

2. effarement: peur, frayeur

3. scander: rythmer

4. CPE: Contrat Premier Emploi

5. prendre l’allure de: ressembler à


6. un coup de semonce: un avertissement

Laurent Greilsamer, Le Monde (11/04/06).

Consignes pour les questions n. 1, 2 et 3: Notez la lettre correspondant à la bonne


réponse dans la case à droite du numéro.

1. Qui est qui? (5 points)

Jean Maximillien Lamarque 1 A Un secrétaire général du PCF

Maurice Thorez 2 B Un membre d’un parti d’extrême gauche

Victor Noir 3 C Un général de l’armée française

Pierre Bonaparte 4 D un neveu de Napoléon ler

René - Pierre Overney 5 E Un rédacteur du journal la Marseillaise.


2. Que s’est-il passé en...? (5 points)

1832 1 A naissance de Jules Michelet

1869 2 B fin de la première guerre mondiale

1945 3 C assassinat de Victor Noir

1798 4 D victoire alliée en France

1918 5 E funérailles de Lamarque

3. Donnez un synonyme aux mots du texte (L. = ligne du texte ci-dessus). (5 points)

cortège (L.3) 1 A marquer

bivouaquer (L.17) 2 B enterrement

ponctuer (L.23) 3 C défilé

obsèques (L.28) 4 D manifester

descendre dans la rue (L.42) 5 E camper

4. Notez si, selon le texte, les affirmations suivantes sont vraies (v) ou fausses (f)


1 Les manifestations en France ont commencé en mai 1968

L’enterrement des généraux Foix et Lamarque eut lieu dans la plus stricte
2
intimité

3 Les manifestations ont récemment pris une tournure très politique

Au XIXème siécle les républicains utilisaient les enterrements pour contourner


4
l’interdiction de manifester

5 Les manifestations sont le plus souvent festives.

Vous devrez répondre aux questions suivantes (5 à 8) par des phrases complètes en
français (cinq lignes).

5. D’après le premier exemple historique qu’en donne Laurent Greilsamer, comment


se passe une manifestation festive? (5 points) Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• Voici le premier exemple historique donné par Laurent Greilsamer: «La première
manifestation de l’histoire moderne en France remonte au 14 juillet 1790, lorsque le
peuple parisien convergea vers l’esplanade du Champs-de-Mars pour célébrer le
premier anniversaire de la prise de la Bastille. Manif mémorable: on bivouaqua sur
place, on pique-niqua».

• Voici la caractérisation des manifestations festives: «A partir de ce jour, il y eut


deux sortes de manifestations: les festives et les contestataires (on caricature par
souci d’efficacité). Les festives correspondent à ces rares moments d’union et de
ferveur nationale qui ponctuent notre histoire: manifs de la Victoire (1918), de la
Libération (1944), du bonheur (8 mai 1945)».

6. Expliquez à quoi correspond «le temps du défi» dans l’histoire des manifestations
françaises? (5 points) Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• Attention à la mise en rapport des temps verbaux dans votre réponse: on vous
demande de faire référence au passé («le XIXème siècle»).
• «Pour contourner l’interdiction de se rassembler, les républicains avaient pris
l’habitude au XIXème siècle de suivre les obsèques de figures emblématiques de
leur cause. Citons pour mémoire les enterrements des généraux Foix et Lamarque
(1825 et 1832) ou encore du journaliste Victor Noir (1869), tué en duel par le prince
Pierre Bonaparte. A chaque fois, des foules de plusieurs dizaines de milliers de
personnes se retrouvaient. C’était le temps des manifs en noir. Le temps du défi».

7. «Le législateur vote la loi, [la manif] peut dévoter»: qu’entendez-vous par cette
expression? (5 points) Réponse:

• Question mixte: types «D’après vous» + «D’après le texte».

• La question fait appel à votre capacité d’interprétation.

• Vous n’ êtes pas obligé d’être d’accord avec l’auteur, mais ignorer son opinion
exprimée dans le dernier paragraphe peut donner au jury l’impression que vous
n’avez pas bien compris le texte.

• «[La manifestation] est tantôt un coup de semonce à l’adresse du pouvoir, tantôt un


lever de rideau électoral. Elle joue le rôle d’une Cour suprême populaire dont la
vocation ultime est de censurer les lois qui ne lui agréent pas. Changement
proprement révolutionnaire. La manif s’est muée en acte politique majeur. Le
législateur vote la loi, elle peut dévoter. Le président de la République promulgue,
elle abroge. Ce n’est pas rien. C’est made in France».

• Mettez en valeur votre argumentation par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation, avec une conclusion pertinente, avec vos propres mots.

8. Montrez, en vous appuyant sur le texte, quels sentiments animent l’auteur dans sa
critique des nouvelles manifestations à la française. (5 points) Réponse:

• Question mixte: types «D’après vous» + «D’après le texte».

• Le jury vous invite à expliquer les aspects subjectifs de la critique des nouvelles
manifestations à la française avancée par l’auteur.

• Vous pouvez reprendre les mots qui expriment un profond sentiment national dans
le texte: • «En réalité, la manifestation est consubstantielle à la République
française. Donc impénétrable aux regards extérieurs»; «Les festives correspondent à
ces rares moments d’union et de ferveur nationale qui ponctuent notre histoire»; «A
partir de 1995, les Français ont littéralement réinventé l’art de manifester»;
«Changement proprement révolutionnaire. La manif s’est muée en acte politique
majeur».

«Ce n’est pas rien. C’est made in France».


• Attention à ne pas vous limiter à recopier des phrases du texte; il serait plus
intéressant de les mettre en valeur par votre analyse.

• Mettez en valeur votre explication par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation.

9. Résumez le texte ci-dessus avec vos propres mots. Vous pouvez reprendre
quelques mots-clés mais il vous est interdit de recopier des passages du texte. Votre
résumé comportera un minimum de 30 mots et un maximum de 50 mots. (10 points)
Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• La consigne est claire, on vous demande tout simplement de résumer le texte sans
avoir recours à la copie.

• Voici une opportunité de montrer que vous avez bien compris quelles sont les idées
les plus importantes de l’auteur.

• La maîtrise des techniques de la paraphrase est indispensable pour répondre aux


questions de ce type.
2005
Características da prova: O candidato devia optar entre francês ou espanhol na prova
da Terceira Fase, como disposto no Edital, subitem 5.7/subitem 10.3.3: • 5.7 No
momento da inscrição, o candidato deverá optar pela segunda língua estrangeira -
Francês ou Espanhol - para efeito de realização da prova da Terceira Fase.

• 10.3.3 A prova de Francês (como opção de segunda língua estrangeira - vide


subitem 5.7 deste Edital), com o valor máximo de 50 (cinquenta) pontos, constará
de questões de compreensão de texto(s) em língua francesa. As respostas deverão
ser dadas em Francês.

• Questões objetivas e discursivas.

Bertrand Delanoë à Alger: La colonisation est un fait «particulièrement regrettable»


(613 mots) 1 Le maire de Paris, Bertrand Delanoë, a affirmé lundi 25 avril, peu
après son arrivée à Alger que «la colonisation est un fait historique particulièrement
regrettable», et qu’il n’y a de «sociétés civilisées» que s’il y a «des peuples égaux».

4 «C’est mon sentiment de citoyen», a précisé le maire de Paris devant le wali


(préfet) d’Alger, Mohammed Kebir Addou, l’ambassadeur de France, Hubert Colin
de Verdière, et de nombreuses personnalités de la ville. «Il faut oser la vérité», a
ajouté M. Delanoë. «Pour moi, la colonisation n’est pas un fait positif, «des sociétés
civilisées ne sont civilisées que si les peuples sont égaux».

8 «Nous avons une histoire commune, cette histoire a créé des affections, mais aussi
des souffrances et des blessures», a-t-il souligné. «Quand des fautes sont commises,
tout le monde doit les regarder en face» M. Delanoë a rappelé les paroles de
l’ambassadeur de France, qui constatait en parlant de «tragédie inexcusable».

12 «Il faut poursurvivre sur ce chemin», a-t-il souligné, rappelant qu’il avait fait
mettre en place à Paris une plaque à la mémoire des Algériens jetés à la Seine le 17
octobre 1961 - «et je l’ai changée chaque fois qu’elle a été abîmée» - et baptiser une
place au nom de Maurice Audin, mort en 1957, en pleine guerre d’Algérie, sous la
torture des militaires français.

16 «Le fait colonial est injuste, ce qui est juste, c’est un peuple libre», a dit encore le
maire de Paris, pour qui «un peuple ne peut accéder a l’égalité avec un autre que par
l’indépendance». «Quand Willy Brandt s’est mis à genoux pour demander pardon au
nom de l’Allemagne, il a grandi l’Allemagne», a-t-il jugé: «On ne s’abaisse pas
quand on reconnaît ses fautes».
20 Interrogé par des journalistes sur l’éventualité d’un «acte fort» de Jacques
Chirac, il a estimé que la question était «pertinente». «Mais, a-t-il ajouté, je ne vais
pas faire la leçon au président de la Republique, c’est sa responsabilité».

«RÔLE POSITIF DE LA PRÉSENCE FRANÇAISE»

24 Les déclarations du maire de Paris à Alger ne sont sans doute pas étrangères au
début de la polémique qui a éclaté en France au mois de février dernier. En effet, le
23 février, le Parlement français votait une loi dont un des articles demandait que les
programmes scolaires «reconnaissent en particulier le rôle positif de la présence
française outre-mer».

28 Peu de temps après avoir été votée, cette loi a provoqué de vigoureuses
protestations, notamment d’historiens et d’enseignants, pointant «le mensonge
officiel sur des crimes, sur des massacres allant parfois jusqu’au génocide».

31 Signataires d’une pétition lancée en mars et qui a recueilli un millier de


signatures, des historiens comme Claude Liauzu, Gérard Noiriel et Gilbert Meyriel
ont demandé l’abrogation d’une loi qui «impose une histoire officielle, contraire à la
neutralité scolaire et au respect de la liberté de pensée qui sont au cœur de la
laïcité». Affirmant que sa colère serait la même si «on demandait de dire que la
colonisation était épouvantable», Gilbert Meyniel a expliqué qu’il craignait avec
cette loi «des exagérations des deux côtés», alors qu’en Algérie, par exemple, un
effort était fait pour donner aux manuels scolaires une vision moins unilatérale de la
guerre d’Algérie.

38 Les protestations contre la loi du 23 février sont également intervenues dans un


contexte de revendications, par différents groupes communautaires musulmans et
noirs africains et d’outre--mer, de reconnaissance du poids de la colonisation et de
l’esclavage sur les discriminations vécues aujourd’hui par les enfants d’immigrés.

Le Monde, 25.04.2005

Consignes pour les questions n. 1, 2 et 3: Notez la lettre correspondant à la bonne


réponse dans la case à droite du numéro.
1. Qui est qui? (5 points)

Bertrand Delanoë 1 A. est l’ambassadeur de France

Maurice Audin 2 B. est le maire de Paris

Hubert Colin de Verdière 3 C. est le wali d’Alger

Mohamed kebir Abdou 4 D. est un historien

Gérard Noiriel 5 E. est une victime.

2. Que s’est-il passé le...? (5 points)

Le 17 octobre Des massacres sont commis dans la région de


1 A.
1961 Constantine

Le 25 avril 2005 2 B. Le parlement français adopte une loi.

Le 8 mai 1945 3 C. Des Algériens ont été jetés à la Seine.

Le 23 février 2005 4 D. L’ambassadeur de France prononce un discours à Sétif

Le 27 février 2005 5 E. Le maire de Paris arrive dans la capitale algérienne


3. Donnez um synonyme aux mots du texte. (5 points)

Préciser (L.4) 1 A Parvenir

Oser (L. 6) 2 B Juger

Accéder (L.16) 3 C Spécifier

Estimer (L.18) 4 D Réunir

Recueillir (L.26) 5 E Risquer

4. Notez si, selon le texte, les affirmations suivantes sont vraies (v) ou fausses (F).
(5 points)

La loi du 23 février 2005 valorise le présence française outre-mer mais dénonce


1
aussi les exactions et les crimes commis par les Français.

Ce sont uniquement les historiens et les enseignants qui ont protesté contre la loi
2
votée par le parlement le 23 février.

3 Gilbert Meyniel est absolument contre la colonisation.

Les manuels scolaires algériens présentent l’histoire de la guerre d’Algérie


4
d’une manière plus impartiale qu’en France.

Plusieurs groupes communautaires estiment que les discriminations vécues


5 aujourd’hui par les enfants d’immigrés sont liées à la colonisation et à
l’esclavagisme.

5. «C’est mon sentiment de citoyen» (L.4). Expliquez, en vous appuyant sur le texte,
ce sentiment éprouvé par Bertrand Delanoë. (5 points) Réponse:

• Question mixte: types «D’après vous» + «D’après le texte».


• Le jury vous invite à expliquer les aspects subjectifs de la critique da la
colonisation française présentée par Bertrand Delanoë.

• Vous pouvez reprendre les idées qui expriment un sentiment anti colonisatio• dans
le texte: • «Pour moi, la colonisation n’est pas un fait positif, «des sociétés civilisées
ne sont civilisées que si les peuples sont égaux»; «Nous avons une histoire
commune, cette histoire a créé des affections, mais aussi des souffrances et des
blessures»; • «Quand des fautes sont commises, tout le monde doit les regarder en
face»; • «tragédie inexcusable»; • «Le fait colonial est injuste, ce qui est juste, c’est
un peuple libre».

• Attention à ne pas vous limiter à recopier des phrases du texte; il serait plus
intéressant de les mettre en valeur par votre analyse.

• Mettez en valeur votre explication par un paragraphe bien structuré comme une
mini dissertation.

6. Pourquoi d’après vous, la plaque fixée à la mémoire des Algériens jetés à la Seine
en 1961 est-elle de temps en temps abîmée? (5 points) Réponse: • Question mixte:
types «D’après vous» + «Mobilisation de connaissances hors texte».

• Il vous fallait expliquer que l’action de vandales en est la cause probable.

• Voici une opportunité de prendre parti au sujet du vandalisme qui a pour cible la
mémoire des Algériens jetés à la Seine en 1961.

7. Expliquez l’expression «on ne s’abaisse pas quand on reconnaît ses fautes»


(L.19), au regard des faits évoqués dans ce texte. (5 points) Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• La reconnaissance de la colonisation et de la guerre d’Algérie comme une


«tragédie inexcusable» est impérative, selon Bertrand Delanoë: • «Il faut oser la
vérité»; «Pour moi, la colonisation n’est pas un fait positif, «des sociétés civilisées
ne sont civilisées que si les peuples sont égaux»; «Nous avons une histoire
commune, cette histoire a créé des affections, mais aussi des souffrances et des
blessures», a-t-il souligné. «Quand des fautes sont commises, tout le monde doit les
regarder en face»; «Il faut poursurvivre sur ce chemin».

8. Pourquoi la loi du 23 février 2005 a-t-elle déclenché de vigoureuses


protestations? (5 points) Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• Il fallait expliquer que la loi du 23 février 2005 «demandait que les programmes
scolaires «reconnaissent en particulier le rôle positif de la présence française outre-
mer»».

• Il fallait citer dans votre réponse que les historiens et les enseignants se sont
opposés • Au «mensonge officiel sur des crimes, sur des massacres allant parfois
jusqu’au génocide»; • A l’ «imposition d’une histoire officielle, contraire à la
neutralité scolaire et au respect de la liberté de pensée qui sont au cœur de la
laïcité».

• Il fallait citer aussi le contexte de «revendications, par différents groupes


communautaires musulmans et noirs africains et d’outre-mer, de reconnaissance du
poids de la colonisation et de l’esclavage sur les discriminations vécues aujourd’hui
par les enfants d’immigrés».
9. Résumez le texte ci-dessus (pages 1 et 2) avec vos propres mots. Vous pouvez
reprendre quelques mots-clés mais il vous est interdit de recopier des passages du
texte. Votre résumé comportera un minimum de 30 mots et un maximum de 50
mots. (10 points) Réponse:

• Question du type «D’après le texte».

• La consigne est claire, on vous demande tout simplement de résumer le texte sans
avoir recours à la copie.

• Voici une opportunité de montrer que vous avez bien compris quelles sont les idées
les plus importantes de l’auteur.

• La maîtrise des techniques de la paraphrase est indispensable pour répondre aux


questions de ce type.
2004
O candidato realizaria provas escritas de Espanhol Instrumental e Francês
Instrumental, de caráter classificatório, na Quarta Fase do concurso, como disposto
no Edital de 2004, subitem 12.4, e no Guia de Estudos 2004: • 12.4 As provas
escritas de Espanhol Instrumental e Francês Instrumental, de caráter classificatório,
visarão aferir a capacidade do candidato de compreender textos escritos nesses
idiomas. Terão o valor de 50 (cinquenta) pontos cada.

• Guia de Estudos 2004, p. 95: O Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata


passou a incluir, a partir do segundo certame de 2003, provas de Espanhol e
Francês. Estas provas não têm caráter eliminatório, mas contribuirão para
determinar a ordem de ingresso na Carreira Diplomática.

As provas de Espanhol e Francês visarão, nesta fase, aferir o conhecimento


instrumental dos idiomas. Consistirão de textos e perguntas de compreensão de
leitura; as respostas devem ser completas (verbo, predicado, complemento), e serão
dadas em Português.
2003
O candidato realizaria provas escritas de Espanhol Instrumental e Francês
Instrumental, de caráter classificatório, na Quarta Fase do concurso, como disposto
no Edital de 2004, subitem 12.4:

• 12.4 As provas escritas de Espanhol Instrumental e Francês Instrumental, de


caráter classificatório, visarão aferir a capacidade do candidato de compreender
textos escritos nesses idiomas. Terão o valor de 50 (cinquenta) pontos cada.

4. Exercices
1. Exercices du type «D’après vous”

a. Langue maternelle et langue d’écriture

«Je parle une autre langue: qui suis-je?” Dans L’Arbre à dires, Mohammed Dib
ouvre une interrogation fondamentale: changer de langue, est-ce changer d’identité,
ne plus être soi, devenir autre? De quelle identité s’agit-il, de quelle élaboration
multiple: historique? sociale? culturelle? familiale? individuelle?

Quitter le territoire de la langue maternelle

Pour certains, quitter définitivement le pays natal, c’est devoir abandonner avec son
territoire celui de la langue, dans une volonté de rupture avec le passé, en particulier
pour des raisons politiques. Le changement d’identité linguistique s’impose alors,
tout comme l’installation en France répond le plus souvent à un choix revendiqué de
démocratie et de culture.

Pour d’autres, le français comme langue d’écriture de l’exil politique est bien plus
qu’un nouvel ancrage: c’est une force de libération idéologique. Atiq Rahimi,
écrivain et cinéaste, né en 1962 à Kaboul (en Afghanistan) et réfugié politique en
France en 1984, s’en explique à propos de Syngué sabour, Pierre de patience, son
premier roman écrit en français: «Ma langue maternelle, le persan, m’impose des
tabous, des interdits. La langue maternelle dit l’intime, c’est elle qui nous apprend la
vie, l’amour, la souffrance, elle qui nous ouvre au monde. C’est aussi la langue de
l’autocensure. […] Avec le français, j’étais libéré de tonnes de contraintes affectives.
Jusqu’en 2002, quand je suis retourné dans mon pays après dix-huit ans d’exil,
j’étais incapable d’écrire en français. Je retrouve donc mon pays, ma culture, ma
langue, et là, mystère, je ne pouvais plus écrire en persan.” Le français, pour
l’écrivain afghan, instaure une distanciation libératrice avec les interdits.

La langue mère dans les pays colonisés


Dans les pays qui ont été colonisés par la France, le français était langue officielle.
C’était celle de l’école et des institutions. L’arabe ou le berbère dans les pays du
Maghreb, par exemple, étaient infériorisés parce qu’appartenant aux «indigènes” et
notamment perçus comme étrangers au processus artistique et culturel. En Afrique,
certaines langues, dont la pratique n’est qu’orale, ne peuvent se substituer au
français écrit. C’est ce qu’explique Léonora Miano, née au Cameroun en 1973 et
installée en France depuis 1991: «Ma langue d’auteur n’est un français classique
qu’en apparence. […] Ma ponctuation n’est pas toujours orthodoxe. Elle cherche
des rythmes non européens. Il y a toujours une multitude d’autres langues. Celles
dans lesquelles je ne pense pas, mais que je ressens. J’écris dans l’écho des cultures
qui m’habitent: africaine, européenne, afro-américaine, caribéenne. Tout cela vient
naturellement se loger dans le texte. Mon esthétique est donc frontalière.”

Alain Mabanckou, né en 1966 au Congo Brazzaville, insiste également sur ce point:


«Cela fait partie de ma propre culture puisque la plupart des langues africaines que
je parle sont orales. N’ayant pas de base écrite, elles n’existent qu’à travers cette
oralité. Finalement, dans Mémoires de porc-épic, la langue est française, mais le
rythme est congolais. C’est celui de mon ethnie, de ma tribu. De ce rythme dans la
langue provient toute l’oralité du récit.” Aux périodes troublées de la colonisation, la
question de la langue, depuis plus apaisée, a été vive. Le français, c’est alors la
langue du colon. C’est, comme le dit Charles Bonn, universitaire spécialiste des
littératures du Maghreb, «l’instrument d’une profonde blessure identitaire autant que
politique. Le choix de cette langue est parfois vécu comme celui de la capitulation,
et il est à l’origine celui des pères défaillants dans leur rôle de garants de la loi que
représente la langue.”

Martine PAULIN. Hommes & Migrations 2010/6 (n. 1288). Texte adapté.

http://www.cairn.info/revue-hommes-et-migrations-2010-6-page-118.htm
1. Commentez le rôle de la langue du colonisateur comme «l’instrument d’une
profonde blessure identitaire autant que politique».

2. À la lumière de la colonisation de l’Amérique du Sud, commentez la phrase:


«J’écris dans l’écho des cultures qui m’habitent: africaine, européenne, afro-
américaine, caribéenne».

b. L’Europe, un rêve que nous avions

L’Union européenne est comme un rêve étrange que nous avons fait; il s’agissait de
façonner et de ciseler un ensemble de valeurs politiques pour l’insérer dans un
système complexe qui devait placer les valeurs humaines, la richesse culturelle et
l’idée d’égalité au centre même de nos préoccupations. Il s’avère que l’Union
européenne, en tant que système, pouvait résister à tout sauf à une crise. A présent,
sous la pression d’une crise financière, les pays n’ont plus qu’une seule certitude:
que leurs propres frontières et leurs propres intérêts comptent davantage que le bien
collectif. Le sens commun s’est orienté vers les vieilles monnaies et les barrières
commerciales. Sous la pression, nos loyautés vont aux Etats-nations, alors même
que nos banques fonctionnent selon un nouvel agencement mondial. L’argent circule
libre comme l’air, poussé ça et là par le vent, dérégulé, instable, incertain. Ce sont
les idées qui sont restées verrouillées. Et, avec les idées, les identités.

Il importe de se rappeler la signification du rêve. Il importe maintenant, à la


périphérie de l’Europe où je vis, de recommencer à employer le langage de
l’idéalisme politique et culturel, de reconsidérer le langage qui a été déraciné par
nos maîtres politiques pour voir si certains (ou incertains) mots ou concepts
signifient quelque chose [...]L’Europe a été synonyme de progrès, surtout dans des
pays tels que la Grèce, le Portugal, l’Espagne et l’Irlande qui avaient de mauvaises
routes et des politiques rétrogrades. Elle a été synonyme de paix dans les pays qui
avaient connu la guerre. Nous avons amélioré notre infrastructure grâce à l’Europe
et, peu à peu, notre politique culturelle a changé aussi. Mais parfois l’Europe n’a
signifié qu’argent et pouvoir.

Vint aussi l’opacité qu’affectionnent ceux qui aiment le pouvoir. L’Union


européenne s’est fondée sur un système diplomatique plutôt que parlementaire,
disons. Ainsi, ce qui s’est passé derrière des portes closes, pour apparaître dans des
notes secrètes, a davantage affecté nos vies que ce qui s’est passé dans nos
parlements. Tout ce que nous savions de la Commission européenne, c’étaient ses
décisions, dans lesquelles nous n’avions aucune part. Quand les membres des
conseils des ministres européens se réunissaient, ils faisaient des déclarations
vagues et posaient pour une photo. Personne ne savait ce qu’ils avaient vraiment
décidé, ni comment. Le Parlement européen n’est qu’un vaste et coûteux alibi pour
la transparence.

Cela étant, [les dirigeants européens] ont apporté certains changements formidables.
Nous pouvions franchir les frontières intérieures sans faire tamponner nos
passeports et sans être jamais contrôlés sur les routes. Nous pouvions échanger des
marchandises sans payer de droits de douane, dans la plupart des cas. Nous
pouvions vivre et travailler où bon nous semblait en Europe. J’ai été ravi que
l’Europe de l’Ouest englobe les pays de l’Est après 1989. J’ai adoré l’idée que
l’Europe allait devenir un ensemble de villes plutôt qu’un ensemble d’Etats, parce
que nos villes, avec les idées et les images qui s’y déploient, étaient notre grande
création. J’ai adoré l’idée que les concepts de nationalité et de nationalisme allaient
appartenir à un rêve du XIXe siècle et à un cauchemar du XXe, à présent fini. J’ai
même adoré l’euro à sa naissance, j’ai été fier que l’Irlande l’adopte d’emblée. J’ai
adoré les nouveaux décrets européens sur l’environnement, j’ai adoré la
dérégulation des transports aériens. J’ai même cru que l’Europe allait bientôt avoir
un poids dans le monde, que notre concept des droits de l’homme allait s’imposer
comme l’euro et marquer la différence avec ce qui se pratique en Chine ou au
Moyen-Orient.

En attendant, l’Allemagne se prend ouvertement pour la source de toute sagesse en


Europe et, ce qui est peut-être plus grave, la source de toute autorité. Sous la
pression, l’idée de l’Union européenne a cédé. Il n’y a plus désormais que des Etats-
nations veillant à leurs propres intérêts. Nous nous sommes réveillés du beau rêve. Il
fait jour en Europe. Notre seul réconfort est notre aptitude à rire de notre sottise et
de la leur; il ne nous reste que le souvenir de ce qui fut jadis possible. Et puis les
tableaux, les livres, les idées, les chansons, les symphonies, les grands musées et
galeries, bibliothèques et édifices publics qui fardent notre culture. Nous pouvons
déambuler seuls la nuit dans les rues de Lisbonne et Riga, Paris et Dublin,
Constance et Copenhague, en nous disant que l’élan vers la solidarité sociale et
l’idéalisme politique peut revenir, et avec peut-être plus d’intensité maintenant que
nous le savons fragile. Mais pas tout de suite.

Par COLM TÓIBÍN Journaliste et romancier irlandais. Libération, 23 juillet 2012

Traduit de l’anglais par Jean-François Kleiner.

Selon vous, que veut dire Colm Tóibín par «les tableaux, les livres, les idées, les
chansons, les symphonies, les grands musées et galeries, bibliothèques et édifices
publics qui fardent notre culture»?

c. Géopolitique: la puissance
Le terme de puissance est synonyme de pouvoir. Les langues anglaise avec power
ou allemande avec Macht utilisent d’ailleurs le même mot. En géopolitique, comme
dans les relations internationales, la notion de puissance fait le plus souvent
référence à des États mais aussi à d’autres acteurs sont dotés d’une puissance
indéniable, notamment les institutions financières, les firmes transnationales ou les
organisations non gouvernementales majeures, pour ne pas parler des organisations
criminelles.

S’inspirant de Raymond Aron, Serge Sur écrit: «On définira la puissance comme
une capacité - capacité de faire; capacité de faire faire; capacité d’empêcher de faire;
capacité de refuser de faire.»

Un premier exemple: les Etats-Unis ont réussi à imposer au gouvernement français


de F. Fillon (2007-2012) une participation au système de défense antimissile pour
l’Europe - qui devient ainsi un élément avancé de la défense des États-Unis - alors
que les stratèges français sont convaincus que la France n’a rien à y gagner, bien au
contraire. Paris, en l’occurrence, n’a pas pu refuser de faire. Et Washington a pu
imposer sa capacité de faire faire.

Un deuxième exemple: la Russie de V. Poutine a pris à contrepied le président F.


Hollande dans le déroulé de son intervention militaire en Syrie, annoncée comme
quasi certaine lors de la conférence des Ambassadeurs fin août 2013, puis suspendue
dans le vide tant par l’hésitation du président des Etats-Unis que par la proposition
du Kremlin au sujet du contrôle des stocks d’armes chimiques de Damas. Il s’agit
ici d’une «capacité d’empêcher de faire.»

La puissance caractérise donc la capacité d’un acteur du système international à agir


sur les autres acteurs et sur le système lui-même pour défendre ce qu’il croît être ses
intérêts, atteindre ses objectifs, préserver sa suprématie. Robert Kagan résume ainsi
la puissance comme la capacité à faire l’Histoire, avec un H majuscule.

La puissance: un concept multiforme

On distingue d’abord les puissances régionales des puissances mondiales. La


puissance implique, en effet, une hiérarchie des acteurs: hyperpuissance,
superpuissance, puissance moyenne, puissance déclinante, ancienne puissance,
puissance ré-émergente, puissance émergente... Le système international évolue en
fonction de cette hiérarchie mouvante des puissances et des capacités variables des
Etats.

Le système international est multipolaire si plusieurs puissances sont en


concurrence, bi-polaire si deux d’entre-elles dominent comme durant la Guerre
froide (1947-1990), ou unipolaire si un seul Etat impose son hégémonie comme
c’est le cas après la disparition de l’Union soviétique en 1991. Nous sommes
actuellement dans une période de transition entre un monde unipolaire - dominé par
les Etats-Unis - et un monde multipolaire marqué par l’émergence ou la
réémergence de puissances comme le Brésil, la Russie, l’Inde, la Chine - les fameux
BRIC - et bien d’autres, par exemple l’Afrique du Sud.

La puissance s’est d’abord manifestée par la coercition. La guerre, l’impérialisme,


l’invasion de territoires expriment une forme de domination fondée sur la force. De
façon plus récente, la notion de soft power a été formulée en 1990 par Joseph Nye
dans son article «Soft Power», publié par Foreign Policy. Cet auteur entend par là un
pouvoir d’attraction ou d’influence d’ordre culturel et commercial plutôt
qu’étatique. J. Nye souhaite mettre en évidence le pouvoir d’attraction qu’exerce un
mode de vie, les valeurs ou les institutions des Etats-Unis.

Les puissances n’hésitent pas à utiliser également le hard power, par exemple sous
la forme d’un tapis de bombes en 2003 sur l’Irak après avoir prétexté de la menace
d’armes de destructions massives qui n’ont jamais été trouvées. En 2009, la
secrétaire d’Etat Hillary Clinton prétend mettre en place une politique extérieure
dite du smart power, la puissance intelligente. La problématique consistait à
restaurer l’image des Etats-Unis dans le monde. Soft, hard ou smart, il s’agit
toujours de power…

La puissance: un concept évolutif

S’il est facile de comprendre et d’admettre que la puissance d’hier n’est pas celle
d’aujourd’hui, il est plus déstabilisant de réaliser que la puissance d’aujourd’hui
n’est très probablement pas celle de demain. Qui aurait deviné, il y a vingt ans, que
le revue Politique étrangère publierait durant l’été 2012 un numéro intitulé:
«Internet, outil de puissance»? Il s’agit à la fois d’outils de dissémination et de
collecte - parfois secrète - de l’information. C’est bien le signe qu’apparaissent de
nouveaux facteurs de la puissance. C’est encore la preuve de notre difficulté à
identifier les signaux qui construisent le monde de demain sous nos yeux.

La puissance: un concept relatif

Jusqu’à ce jour, aucune puissance n’a été capable de contrôler l’ensemble de la


planète. A la frontière entre le Pakistan et l’Afghanistan, les Etats-Unis ne maîtrisent
pas totalement la situation, en dépit de l’usage des drones... dont les effets s’avèrent
parfois contreproductifs. Et il leur a fallut 10 ans pour mettre la main sur Oussama
Ben Laden et l’exécuter. Plus on s’éloigne du centre, plus le pouvoir tend à
s’amenuiser. Cependant, il arrive que la puissance soit contestée jusque dans son
centre, par des experts (E. Snowden) ou des militants, des partis ou des médias…

La puissance est toujours éphémère. Le Professeur Jean-Baptiste Duroselle n’a-t-il


pas intitulé un livre «Tout empire périra. Une vision théorique des relations
internationales», édité aux Publications de la Sorbonne en 1981?
De surcroît, la puissance n’est jamais une garantie de succès. Pour s’en convaincre il
suffit de considérer les fiascos des Etats-Unis en Afghanistan comme en Irak.
Fiascos qui ont projeté leurs effets jusqu’en Libye lorsqu’en 2011 les Etats-Unis ont
tout fait pour ne pas apparaître au premier plan, laissant la France et le Royaume-
Uni sous les projecteurs.

La hiérarchie des puissances est fortement déterminée par les conditions techniques
dominantes mais elle dépend aussi de la perception que les autres acteurs en ont. Le
facteur temps joue ici un rôle parce qu’après avoir longtemps admis la puissance
d’un acteur les autres peuvent progressivement s’apercevoir que «Le roi est nu» et
contester sa domination.

Par Pierre VERLUISE, directeur du Diploweb.com. P. Verluise enseigne la


Géographie politique à la Sorbonne, au Magistère de relations internationales et
action à l’étranger de l’Université Paris I

http://www.diploweb.com/Geopolitique-La-puissance.html, 10 novembre 2013.


Texte adapté.

1. Que pensez-vous des tendances actuelles au sujet de la puissance des acteurs non
étatiques?

5
2. Êtes-vous d’accord avec l’auteur au sujet de son analyse de la notion de smart
power?

d. La Russie et le Moyen-Orient

Au-delà des intérêts de puissance, le rejet de l’islamisme et de l’occidentalisme


explique la position présente de la Russie au Moyen-Orient. Dans les relations entre
la Russie et l’Occident, la crise syrienne a exacerbé des tensions développées dès les
années 1990. Aux frontières de l’Ouest et de l’Est, la nation russe a cherché à
intégrer les influences des deux mondes. À la civilisation occidentale l’unit une
forte affinité culturelle. L’Europe, l’Occident en général, ont figuré l’Autre et
occupé une place centrale dans les débats de l’Empire sur l’identité nationale.

L’histoire russe est marquée par une volonté de reconnaissance par l’Autre
occidental et de modernisation sur son modèle. Cette identification à la civilisation
occidentale explique la tendance historique de la Russie à rechercher la coopération
de l’Occident, et en particulier des nations européennes. Moscou s’est ainsi attaché à
développer ses relations avec l’Europe et a combattu à ses côtés dans de multiples
conflits, dont la première guerre nordique contre la Suède (1655-1660), la guerre de
Sept Ans contre la Prusse (1756-1763), la guerre contre la France napoléonienne, les
Première et Seconde Guerres mondiales et, plus récemment, la «guerre contre le
terrorisme».

Nation chrétienne, la Russie a pourtant noué des liens forts avec les populations
musulmanes d’Eurasie. C’est entre chrétiens et musulmans que les relations étaient
les plus difficiles, mais la Russie a peu à peu appris à cohabiter avec l’islam. De fait,
à compter de la seconde moitié du XIXe siècle, les penseurs russes ont commencé à
remettre en question leur tropisme européen pour se tourner vers l’Est, vu non plus
comme un territoire arriéré mais comme une source d’enseignements utiles. À la
suite de l’humiliante défaite russe en Crimée, certains philosophes réticents vis-à-vis
de l’Europe soutiennent que la Russie constitue un «type historico-culturel
spécifique», étranger à la civilisation européenne. Au début du XXe siècle, des
intellectuels émigrés élaborent la théorie d’une Russie comme civilisation
essentiellement non européenne, mais «eurasienne» - théorie encore influente
aujourd’hui.

Le discours dominant actuellement en Russie décrit une culture intégrant à la fois


des éléments occidentaux et orientaux, tout en préservant sa propre spécificité et sa
cohérence. Pour les adeptes de cette approche, face à la crise économique mondiale,
Moscou doit s’appuyer sur un nouveau projet civilisationnel pour réassurer ses
fondations culturelles et préserver ses relations avec les autres puissances. Le
discours culturel commence à se faire entendre au Kremlin et les débats de politique
étrangère sont davantage articulés en termes de catégories culturelles. Les dirigeants
russes ont identifié deux menaces majeures, qui s’opposent à leur vision de la
Russie comme civilisation au carrefour de l’Occident et du monde islamique.

La politique russe au Moyen-Orient reflète la crainte du Kremlin d’une «guerre des


civilisations» qui s’intensifierait entre nations occidentales et monde islamique,
ainsi que son refus d’impliquer la Russie dans une telle guerre. Moscou considère
comme catastrophique la cristallisation d’un front occidentaloislamique dans lequel
la Russie se retrouverait impliquée. Pour le Kremlin, la menace islamiste en Russie
ne peut être combattue efficacement que par une politique de la main tendue au
monde islamique. La volonté russe de conciliation avec l’Iran, le Hamas et la Syrie
vise ainsi à contrebalancer les erreurs commises par les nations occidentales dans la
région et à trouver une issue à la logique de confrontation intercivilisationnelle.

Par Andreï P. Tsygankov, professeur de relations internationales et de science


politique à l’université d’État de San Francisco. Politique étrangère, vol. 1.2013.
Texte adapté.
Commentez la position stratégique de la Russie comme «civilisation au carrefour de
l’Occident et du monde islamique».

e. La politique étrangère brésilienne: les défis du développement

Selon les projections de l’Economist Intelligence Unit (EIU), le Brésil deviendra en


2030 la quatrième économie du monde, gagnant trois positions par rapport à son
septième rang aujourd’hui. Dans son vaste territoire, le pays dispose de ressources
naturelles et minérales abondantes qui, à l’avenir, pourraient se raréfier dans
d’autres régions (par exemple: l’eau, le pétrole ou les terres rares).

il reste des défis importants et centraux pour l’État et la société brésilienne. Le pays
est encore classé au 85e rang de l’Indice de développement humain des Nations
unies, avec des faiblesses qui doivent être dépassées dans les domaines de la santé et
de l’éducation. Des goulets d’étranglement liés à l’infrastructure et à l’efficience
productive persistent. Le pays doit aussi franchir une étape qui lui permette d’arriver
à des niveaux d’innovation technologique avancés.

Ce que l’on peut observer dans les actions extérieures des autorités brésiliennes
traduit exactement les besoins et intérêts du pays à affirmer une volonté d’influer
dans l’organisation d’une nouvelle dynamique internationale qui favorise son
objectif majeur. D’où l’intense activité, dans les dix dernières années, de la
diplomatie brésilienne, qui ne se limite pas à des thèmes spécifiques ou
géographiquement déterminés. On note dans l’activisme extérieur brésilien
précisément l’intérêt à agir en tant qu’acteur mondial, intégré dans les débats sur les
principaux sujets de l’agenda international.

Une circonstance géographique


L’action extérieure brésilienne se déploie à partir d’une circonstance historique et
géographique: l’Amérique du Sud et l’Atlantique Sud. Dans le Mercosur et
l’UNASUR, ainsi que dans d’autres cadres, le discours brésilien est qu’une
éventuelle diversité de stratégies économiques et politiques n’empêche pas la
coopération. Il en est de même pour l’Amérique latine dans son ensemble, un
deuxième cercle stratégique régional, aujourd’hui représenté par la Communauté
des États latino-américains et des Caraïbes (CELAC).

L’Atlantique Sud est l’autre côté de cette frontière brésilienne. C’est sur cet océan
que circule la plus grande partie du commerce extérieur brésilien. Depuis son
plateau continental vient également presque toute la production de pétrole du pays,
qui augmentera une fois qu’aura débuté l’exploitation des grands gisements du «pré-
sel». La protection de cette zone est au cœur, par exemple, de l’initiative de pays
sud-américains et de l’ouest africain de créer, dès les années 1980, une Zone de paix
et de coopération de l’Atlantique Sud (ZOPACAS). La dimension sud-atlantique
encourage, de plus, le rapprochement du Brésil et de l’Afrique, continent auquel il
est aussi attaché par des liens historiques et culturels.

Les dimensions sud-américaine/sud-atlantique et celle de pays en voie de


développement déterminent le point de départ de la politique étrangère brésilienne.
C’est en fonction de cette perspective que les autres priorités établies sur les plans
bilatéral, régional et multilatéral se définissent. Le stade actuel de développement
brésilien dépend du commerce et d’autres initiatives à ces trois niveaux. Il pousse
aussi à demander une réforme des institutions de gouvernance internationales,
comme le Conseil de sécurité des Nations unies.

Ce qui peut être perçu dans l’action brésilienne est la traduction de ce principe
d’autonomie dans la recherche de la multiplication et de la diversification des
relations, de façon à éviter la dépendance à un seul pays ou petit groupe de pays.
Les politiques de coopération sud-sud ne sont pas pour autant en contradiction avec
les alliances traditionnelles. Si c’était le cas, ces initiatives iraient en sens inverse à
la stratégie même de la politique étrangère brésilienne, d’élargir les échanges avec le
monde entier, afin de donner plus d’élan au développement national.

Une tradition: la diplomatie brésilienne

Le ministère des Relations extérieures du Brésil a développé une forte tradition


diplomatique, notamment à partir du mandat du Baron de Rio Branco (1902-1912),
considéré comme le «patron» de la diplomatie brésilienne. Grâce à Rio Branco et à
d’autres hommes d’État, le mouvement de consolidation des frontières brésiliennes,
élément fondamental de la politique étrangère de tout pays, s’est fait par des moyens
exclusivement pacifiques, et à partir de l’action diplomatique, par le biais de
l’arbitrage ou de la négociation directe. Cette particularité a permis à la diplomatie
brésilienne de s’affirmer comme l’une des plus respectée parmi ses homologues
internationaux, et au Brésil de se projeter comme un acteur dont l’insertion
internationale est de nature essentiellement pacifique.

La diplomatie brésilienne - qui vise le développement et le positionnement du pays


en tant que «global player» - a connu, au cours de la dernière décennie, une forte
croissance de sa présence internationale, que ce soit sur le plan thématique, comme
dans le cadre de conférences internationales sur l’environnement, telles que Rio+20
(en 2012), ou dans l’expansion de ses relations bilatérales. Aujourd’hui, le Brésil
entretient des relations diplomatiques avec tous les États présents aux Nations unies.
Son réseau diplomatique s’est étendu, et comportait, en 2011, 226 postes, avec 138
ambassades, 13 missions, 3 bureaux, 7 consulats, 54 consulats-généraux et 11 vice-
consulats. En Afrique - continent sur lequel la présence brésilienne, par le biais
d’organismes du gouvernement et d’acteurs du secteur privé, a considérablement
augmenté - le nombre d’ambassades permanentes du Brésil est passé de 17 en 2002
à 37 en 2011.

La diplomatie brésilienne traverse un moment délicat, alors qu’elle se transforme en


politique publique plus ouverte et participative, dans les limites possibles pour
l’exercice de la politique étrangère. Ce processus de dialogue et de réflexion doit
aboutir en 2014 à l’élaboration d’un Livre Blanc sur la politique étrangère
brésilienne. Le document définira les principes et axes de l’action extérieure du
Brésil pour les prochaines années, et servira également de référence pour le débat
public qui sera nécessaire à l’adaptation de la diplomatie nationale à une réalité
internationale plus incertaine, exigeante, et en mutation rapide.

Par Hélio Franchini NETO, le 18 mai 2014. Texte adapté.

http://www.diploweb.com/La-politique-etrangere-bresilienne.html

À votre avis, quelle est l’importance du Livre Blanc sur la politique étrangère
brésilienne dans le contexte de la diplomatie nationale?

5
2. Exercices du type «D’après Le texte”

a. La situation géographique

On distingue trois types principaux de position géographique. Un territoire


totalement entouré d’eau - île ou archipel - occupe une situation d’insularité. Un
territoire disposant d’une façade maritime se trouve en situation de littoralité. Un
territoire dépourvu d’accès à la mer se caractérise par une situation d’enclavement.

L’accès à la mer constitue, a priori, un avantage stratégique et économique puisqu’il


permet d’accéder à des ressources (pêche, hydrocarbures, pour l’essentiel
aujourd’hui), de s’intégrer aux échanges internationaux sans intermédiaire(s), de
développer les revenus touristiques et d’intervenir directement dans les affaires
mondiales. Mais il faut disposer de la capacité d’exploiter cet atout: avoir des
produits à exporter, au moins un port en eaux profondes, des capitaux. En outre, et
ce n’est pas le moins important, il faut disposer des moyens de défendre cet atout,
faute de quoi il ne présente aucun intérêt ou, pire, il devient un handicap car il
suscite la convoitise et ouvre une possibilité d’invasion par la voie maritime. Cette
dernière s’avère plus difficile à l’encontre d’un État insulaire, l’histoire de la
Grande-Bretagne en offrant un exemple: la dernière invasion réussie fut celle des
Normands, en… 1066. Toutes les tentatives ultérieures (Philippe II en 1588,
Napoléon Ier en 1803, Hitler en 1940, en particulier) échouèrent.

Aux termes de la convention de l’ONU pour le droit de la mer, signée à Montego


Bay, en 1982, et entrée en vigueur en 1994, insularité et littoralité placent les États
en possession d’eaux territoriales (d’une largeur de 12 milles marins/22,224 km à
partir des côtes), sur lesquelles ils exercent leur pleine et entière souveraineté, ainsi
que d’une zone économique exclusive allant jusqu’à 200 milles marins/370,4 km de
leurs côtes. Les États riverains conservent la propriété exclusive et le droit
d’exploitation des ressources marines et du sous-sol marin sur leur plateau
continental. Ce dernier correspond au prolongement du continent sous la mer et
recèle l’essentiel des ressources. La largeur généralement retenue correspond aux
200 milles marins de la zone économique exclusive. Mais dans les cas où le rebord
géologique externe de la marge continentale est nettement marqué, la convention de
1982 prévoit qu’elle peut atteindre 350 milles marins/648,2 km (mais les droits de
pêche et de police ne s’y appliquent pas). Qu’il s’agisse des zones de pêche, de
forages d’hydrocarbures ou d’exploitation de nodules polymétalliques, l’affirmation,
la défense ou l’extension de la souveraineté sur le plateau continental suscitent de
multiples conflits. Par exemple, les États ont mené, au début durant les années 2000
des campagnes de relevés sous-marins pour défendre devant une commission de
l’ONU une éventuelle extension de leur plateau continental. Observons que cette
question des limites ne prend tout son intérêt géopolitique que si l’on relie la
dimension géographique et juridique aux perspectives nouvelles ouvertes par le
réchauffement climatique, aux tensions liées aux besoins énergétiques ou aux
rivalités entre États, par exemple.

Les mers fermées posent un problème particulièrement ardu: s’agit-il de lacs salés
ou de mers? Par exemple, les États riverains - Kazakhstan, Turkménistan, Iran,
Azerbaïdjan, Russie - se disputent la mer Caspienne (380 000 km2), riche en
hydrocarbures et en caviar. Selon le statut juridique retenu, le partage n’est pas le
même: s’il s’agit d’une mer, la règle des zones économiques exclusives s’applique.
Sinon, le droit des lacs limite la souveraineté aux eaux territoriales, le reste étant
considéré comme bien commun et faisant l’objet d’un partage.

La puissance d’un État non-enclavé passe en partie par la maîtrise maritime, comme
l’avait compris l’amiral américain Mahan à la fin du XIXe siècle. Outre les
richesses auxquelles elle donne accès, la mer est également un espace de projection
des forces. La politique de la Chine illustre cette règle: Pékin affirme sa
souveraineté - contestée - en mer de Chine du Sud, tant pour contrôler les matières
premières qui s’y trouvent, que pour sécuriser une voie d’approvisionnement vitale.
La montée en puissance de la flotte de guerre et des forces aéronavales chinoises
accompagne et soutient ces revendications. La capacité navale des États-Unis
domine celles de tous les autres pays réunis, ce qui n’est pas le moindre outil de la
puissance américaine. Après vingt ans d’absence, la flotte russe revient en
Méditerranée et Moscou ne cache pas qu’il s’agit d’un moyen (parmi d’autres), de
réaffirmer sa puissance.

La question est particulièrement sensible dans les passages étroits. Le détroit


d’Ormuz (60 kilomètres entre l’Iran et la péninsule arabique), comme celui de Bâb
el Mandeb (30 kilomètres entre la péninsule arabique et l’Afrique orientale), voient
transiter l’essentiel du pétrole du Proche-Orient et constituent des artères vitales
pour l’ensemble du monde, donc des cibles de choix pour tous ceux qui désirent
déstabiliser ce dernier. Cela suffit à en montrer l’importance pour l’économie
mondiale et en expliquer l’attrait pour les terroristes ou les pirates. Inférieurs ou
égaux à la limite de souveraineté étatique des 12 milles marins, comme Gibraltar,
seule porte de la mer Méditerranée (14 kilomètres entre l’Espagne et le Maroc, avec
une enclave britannique), ils suscitent des frictions entre riverains et des inquiétudes
pour les utilisateurs. Le droit international impose la liberté de passage s’il s’agit de
simple transit et s’il n’y a pas de menace ou d’usage de la force.

L’enclavement place toujours un territoire en état d’infériorité stratégique et


économique. Il peut essayer de compenser cet inconvénient par l’action militaire ou
une diplomatie habile (neutralité, jeu de bascule), voire en se rendant indispensable
(position ou matière première stratégique, statut politique, activités financières).
Toutefois, l’isolement plane, comme une épée de Damoclès, sur l’État enclavé:
l’étranglement économique le menace à tout moment. L’enclavement du
Turkménistan relativise l’atout considérable que constituent ses abondantes réserves
de gaz naturel. Il ne peut l’exporter que par l’intermédiaire de ses voisins. La guerre
qui ravage le pays exclut l’évacuation par l’Afghanistan vers les ports du Pakistan;
les sanctions internationales interdisent le passage par l’Iran. Il ne reste donc plus
que la mer Caspienne. Mais Achgabat doit choisir entre un gazoduc relié à la Russie
et un gazoduc relié à la Turquie via l’Azerbaïdjan et la Géorgie. Cela illustre le
dilemme commun à l’ensemble des États d’Asie centrale: subir des mesures de
rétorsion russes ou mécontenter les Occidentaux, alors que l’enclavement
commande une politique de bascule pour échapper à une emprise russe totale et
bénéficier de l’aide ainsi que des investissements occidentaux.

Il existe également des passages maritimes, naturels (détroit de Gibraltar entre mer
Méditerranée et océan Atlantique, cap de Bonne-Espérance entre océan Atlantique
et Océan Indien, détroit de Magellan entre océan Atlantique et océan Pacifique,
principalement) ou artificiels (canal de Suez entre mer Rouge et mer Méditerranée,
canal de Panama entre océan Atlantique et océan Pacifique, notamment). Tous
constituent des enjeux essentiels puisque les hommes et les richesses circulent par la
voie maritime.

Le cas de Panama constitue un exemple instructif: alors que leur puissance


s’affirmait, les États-Unis renforcèrent leur emprise sur l’Amérique latine et
acquirent la maîtrise de l’isthme central du continent. Le raccourcissement des
distances entre les rives atlantique et pacifique du pays (la liaison New York-San
Francisco passa de 22 000 à 9 500 kms) constituait un double enjeu: économique et
militaire. Aussi, le président Théodore Roosevelt n’hésitat-il pas, en 1903, à susciter
la sécession du Panama pour contourner l’opposition de la Colombie à la cession
d’une bande de territoire pour la construction du canal. Il constitue la principale
source de revenus de la minuscule république, ce qui nourrit le sentiment anti-
américain de la population et explique l’acharnement des Panaméens à y recouvrer
leur souveraineté. Le président Torrijos obtint gain de cause en 1977 et les États-
Unis rétrocédèrent la zone du canal en 2000. Afin de tirer le meilleur parti de cet
atout, les Panaméens ont décidé par référendum, le 22 octobre 2006, d’élargir le
canal d’ici à 2014.

Patrice Gourdin, Manuel de géopolitique, éd. Diploweb.com, 2015.


Énumérez les vunérabilités entraînées par la condition géographique de pays
enclavé.

b. Les trois modèles historiques de l’Amérique «latine»

À une époque où le métissage culturel et biologique est totalement revendiqué


comme ciment identitaire des nations, le concept de «latinité» peut sembler non
seulement archaïque, mais encore, comme l’écrit Carlos Fuentes, «ségrégationniste
et réducteur»: «Nous sommes, écrit l’auteur mexicain, indiens, noirs, créoles, métis,
mulâtres et de mille autres nuances intermédiaires... nous appartenons à la culture
indienne des Amériques, à la culture noire de l’ Afrique et à une mouture occidentale
qui ne se limite pas aux modèles «latins»...».

Cette difficulté à «nommer» le sous-continent a été aussi soulignée par Octavio Paz:
«Voici plus de deux siècles que les équivoques s’accumulent sur la réalité historique
de l’Amérique latine. Même les noms qui prétendent la désigner sont inexacts:
Amérique latine, Amérique hispanique, Ibéroamérique, Indo-amérique? Chacun de
ces noms laisse dans l’ombre une partie de la réalité. Infidèles aussi, les étiquettes
économiques, sociales et politiques..., «sous-développement»,...«Tiers Monde»...
Nous les Latinoaméricains, nous parlons l’espagnol ou le portugais; nous sommes
ou avons été chrétiens; nos coutumes, nos institutions, nos arts et nos littératures
sont directement issus de ceux de l’Espagne et du Portugal».

Et pourtant l’expression «Amérique latine», si banale en France, semble aller de soi,


telle une évidence. Celle-ci cumule deux interprétations complémentaires. Dans un
premier sens, la notion de «latinité» renvoie aux influences durables de la
colonisation hispanique et portugaise. Dans un second sens, elle désigne tout ce qui
n’est pas l’«Amérique du Nord anglo-saxonne», «légitime», blanche, développée,
dominante. On peut proposer une évolution en trois étapes.

Jusqu’à l’indépendance, la culture dominante, celle des colonisateurs, s’est voulue


totalement latine, extirpant l’hérésie, gommant le passé précolombien, pourtant
encore si présent dans les communautés indiennes; au XIXe siècle, la valeur de la
latinité (ibérique) est en recul, en partie rejetée par les élites créoles qui se veulent et
se disent «américaines», mais qui restent tributaires d’une «double alimentation»
(Pierre Monbeig) qui les pousse, à la fois, vers l’Europe toute entière, et de plus en
plus, vers les États-Unis. A partir de l’Entre-deux-guerres, la prise de conscience
d’appartenir à une culture complexe semble regagner du terrain, comme si les
«Latinos» commençaient à reconnaître toutes leurs racines: indo-latines,
européennes et aussi pan-américaines: cette Amérique latine contemporaine se
revendique de plus en plus «métisse».

L’expression «Amérique latine» a une histoire

Durant toute l’époque coloniale, l’expression «Amérique latine» est ignorée des
chroniqueurs. Le nouveau continent, baptisé «Amérique» par Mathias Ringman dès
1512, devient aussi le «Nouveau Monde» (par exemple sous la plume de Michel de
Montaigne), et plus souvent les «Indes», ou «Indes occidentales». Par la suite, aux
XVIIe-XVIIIe s., le «Nouveau Continent» (une expression favorite du savant
allemand Alexandre de Humboldt) était indifféremment nommé: «Empire espagnol
d’Amérique», «Amérique espagnole» et «Amérique portugaise»

Ces formulations perdurèrent durant tout le XIXe siècle, jamais supplantées par
l’expression «Amérique latine», qui fait son apparition sous le Second Empire. On
sait que Napoléon III, désireux de s’opposer à la «Manifest Destiny» et à la
Doctrine de Monroe, avait lancé vers le Mexique la malheureuse expédition de
Maximilien (1862/65). Mais jusque dans l’ Entre--deux-guerres, cette expression
politico-culturelle d’origine française «Amérique latine» ne fit pas recette. Dans
leurs Géographies Universelles, Elisée Reclus (1875-94) et Vidal La Blache (1927)
deux géographes de culture française, avaient préféré des définitions spatiales:
«Amérique du Sud», «Mexique» ou «Amérique centrale».

En France, V. Tapié faisait paraître en 1945 la première Histoire de l’Amérique


latine en langue française. Ce titre lui paraissait préférable à l’expression
concurrente «Amérique, ibérique», qui négligeait, à ses yeux, l’histoire récente, non
seulement celle de l’immigration européenne, mais encore celle de la diffusion des
sciences humaines françaises - on se souvient des missions scientifiques de Cl.
Lévi-Straus, de F. Braudel et de Pierre Monbeig à São Paulo dans les années 1930.

Certes, l’expression «Amérique latine» est claire dans son opposition à l’Amérique
«anglo-saxonne». Mais au delà de la commodité du mot, on peut s’interroger sur
son adéquation à la «réalité intrinsèque» de l’objet qu’elle désigne. Car depuis un
siècle, les «nations latines» ont évolué; ou plus précisément, la conscience qu’ont de
leur histoire les «Latinos» s’est approfondie: ils prennent la mesure de la complexité
de leurs racines, des 35.000 ans d’héritage indigène (et non pas indien!), des trois
siècles et demi de colonisation, des flux de peuplement venus de tous les horizons,
Afrique noire, Europe latine et germanique, Moyen Orient, Inde, Japon... Quelle est
l’expression juste qui pourrait donner sens à cet insaisissable objet? Un bref retour
vers le passé «latino-américain» suggère la complexité des racines, et par
conséquent, de l’identité d’un continent quasiment... innommable.

Pierre Vayssière. Caravelle, n. 62, 1994. L’expression des identités américaines à


partir de 1492. Texte adapté.

1. Comment le «métissage culturel et biologique» est-il revendiqué en tant que


«ciment identitaire» dans le cas de la culture brésilienne?

5
2. Commentez l’évolution historique de l’expression «Amérique latine» selon les
idées présentées dans le texte.

c. L’Europe et l’avenir du monde

«Le monde, dit-on parfois, a besoin d’un nouveau rêve américain. N’est-il pas
temps pour les Européens d’assumer leur histoire récente sans introspection
permanente, de se convaincre de la validité de leur singularité et de leur modèle?»
Michel FOUCHER

Initiée dans le contexte de la Guerre froide, la construction européenne a pour


ambition première de réunir les régimes démocratiques européens adeptes de
l’économie de marché. Sur cette base, et entre 1957 et 1992, se développe ce que
Michel Foucher appelle l’«européanisation», soit la prise de conscience du caractère
essentiellement politique du projet européen. Et pourtant, cette construction qui
mêle aussi bien réalisme qu’idéalisme se heurte à un déficit d’identité. Ses
ressortissants ne voient en l’intégration de nouveaux membres qu’une source de
contrariété: délocalisations, immigration, blocage des institutions...

La majorité des Européens ne se sent donc pas européenne. Ce constat, Michel


Foucher le met en perspective avec le regard admiratif que portent certaines
puissances étrangères. La Chine par exemple où, à l’Institut des affaires étrangères
du peuple chinois de Pékin, l’UE est décrite comme «une force majeure dans le
système international de pouvoir, une communauté de sécurité et de prospérité, une
union animée par le soft power, un partenaire commercial de premier plan et un
acteur stratégique facilitant l’évolution vers un ordre mondial «multipolaire et
multiple». L’UE y est vue comme une réussite (monnaie unique, coopération
régionale très avancée, réussite d’un élargissement constant malgré la diversité
linguistique et culturelle). Elle est de fait «la seule civilisation qu’elle reconnaisse
comme comparable à la sienne».

Michel Foucher se préoccupe non pas tant de l’image qui est renvoyée que de
l’identité qui doit se construire, d’autant plus que l’UE perçoit ses valeurs non
comme les siennes propres mais comme appartenant à l’Occident (attachement fort
à la démocratie et aux droits de l’Homme notamment).

Selon Michel Foucher, l’UE aura les limites qu’elle se donnera en fonction de la
façon dont ses citoyens se la représentent: une communauté de valeur dans un
marché libre ou bien un ensemble fondamentalement politique? Loin de donner une
réponse tranchée, l’auteur projette ces interrogations sur deux grands voisins de
l’UE, la Russie et la Turquie, avant d’en livrer son analyse.

En ce qui concerne la Turquie, les démocrates-chrétiens s’opposent à son intégration


sur la base de valeurs culturelles; les sociaux-démocrates veulent récompenser la
laïcité et encourager le modèle turc dans le monde musulman. Cette dernière
approche rend Michel Foucher circonspect, considérant que les pays arabes ne
voient en la Turquie qu’un héritier de l’Empire Ottoman et non pas une référence. Si
l’argument juridique (trop grande différence des systèmes légaux de l’Union et de la
Turquie) ainsi que culturel ne semble pas convaincre Michel Foucher, il en arrive
très vite à l’établissement d’un ensemble d’obstacles empêchant la Turquie
d’intégrer à court terme l’Union, parmi lesquels le manque de transparence du
pouvoir politique turc ainsi que des activités économiques. Pour autant, rappelant sa
distinction entre limite et borne, Michel Foucher évoque sa préférence pour la
première: «Même située en dehors du plan institutionnel formel, la Turquie sera
toujours là, dans le voisinage et comme acteur dans les régions importantes pour
elle. Raisonner en termes de bornage est tout simplement irréaliste et contraire à
l’intérêt européen».

Quant à la Russie, elle fut admise au Conseil de l’Europe en 1996 dans l’espoir
d’encourager les progrès démocratiques. Pour autant, la Fédération de Russie ne
revendique pas sa candidature, à la fois du fait des critères d’adhésion, du partage
des compétences mais également de son immense taille. Une fois cette question
traitée, reste à savoir quel genre de partenariat est à établir avec la Russie. Or, sur ce
point, la position des Etats-membres de l’Union européenne diverge complètement.
Pour les Etats Baltes ainsi que la Pologne et la République Tchèque, la Russie est
une menace que seule l’OTAN peut véritablement tenir à l’écart. D’un autre côté,
l’Italie, la Grèce, l’Autriche et la Bulgarie ont des rapports plus courtois car plus
intéressés, notamment en matière énergétique et financière. Enfin de nombreux
Etats fondateurs entretiennent une collaboration économique, technologique et
stratégique poussée avec la Fédération de Russie.

Insatisfaite de son identité, indécise sur ses frontières, l’Union européenne semble
mal partie pour s’imposer sur la scène internationale. Et pourtant, selon Michel
Foucher, elle a toute ses chances. N’est-elle pas en effet le premier marché au
monde? Certes elle nécessite de profondes réformes. Cependant, l’UE ne doit pas
s’arrêter là et une politique d’influence plus large que la simple sphère économique
est à développer: le climat, de l’Etat de droit ainsi que des droits de l’Homme en
sont autant d’exemples.

Une autre approche doit être développée: les anciennes puissances impériales
doivent utiliser leurs liens historiques (la France avec l’Afrique, l’Espagne avec
l’Amérique latine, l’Allemagne avec la Turquie, le Royaume-Uni avec l’Inde) pour
mettre en commun leurs ressources. En Afrique, les Etats européens les plus
engagés (Royaume-Uni, France, Allemagne, Italie, Belgique, Espagne, Portugal)
devraient concevoir et engager avec certains Etats africains des programmes
d’actions à long terme, faute de quoi ils perdraient définitivement la main face à des
puissances émergentes qui investissent ce continent. Pour l’Amérique latine et
l’Asie du sud des partenariats stratégiques ont été lancés (Inde en 2004, Brésil en
2007, Mexique en 2008).

Borne: point au-delà duquel ne peuvent aller ou s’étendre une action, une influence,
un état, etc.

Limite: Ligne séparant deux pays, deux territoires ou terrains contigus: Le Rhin
marque la limite entre les deux pays.

Ressortissant, ressortissante: personne protégée par les représentants diplomatiques


ou consulaires d’un pays donné, lorsqu’elle réside dans un autre pays

Présentation d’un classique de géopolitique: Michel Foucher, L’Europe et l’avenir


du monde, Ed. Odile Jacob, 2009.

Par Vincent SATGE, 15/11/2013. Texte adapté.

http://www.diploweb.com/M-Foucher-L-Europe-et-l-avenir-du.html
1. Dans le contexte des relations de voisinage entre la Turquie et l’Union
européenne, que veut dire Michel Foucher par «distinction entre limite et borne»?

2. Pourquoi l’auteur affirme-t-il que les anciennes puissances coloniales «perdraient


définitivement la main» face à des puissances émergentes» en Afrique?

d. Les drames de la Méditerranée: entre compassion, xénophobie et politique de


l’autruche

«L’Europe ne peut accueillir toute la misère du monde mais elle doit en prendre sa
part.» Michel Rocard
Les médias se focalisent sur les drames de la mer et les boat people, avec le
naufrage dans la nuit du 18 au 19 avril 2015 d’un bateau de pêche entraînant la mort
de plus de sept cents personnes. Ce drame fait suite à la noyade de quatre cents
personnes le 12 avril. On ne peut évidemment qu’être scandalisé par ces naufrages
et par la faillite, la passivité et l’indifférence des Européens vis-à-vis des naufragés
alors que la priorité est de sauver des vies humaines. Le débat est largement pollué
par des considérants électoraux, la montée du populisme et de mouvements
xénophobes en Europe. Les termes de migrants sont confondus avec ceux de
réfugiés et le droit d’asile fait place à des mesures répressives. L’arsenal juridique
mis en place au niveau international et européen ainsi que l’ensemble des politiques
mises en œuvre notamment au niveau européen sont peu ignorés alors que l’histoire
bégaye en partie tout en étant caractérisée par de nouveaux drames. Comment croire
que les zones de conflits et les divers trafics qui les accompagnent, n’auraient pas
d’impact sur l’Europe alors qu’elle a 90 000 kilomètres de frontières avec les pays
du Sud? Les conflits sont générateurs d’activités illicites. Au niveau mondial, les
trafics humains sont devenus une activité florissante.

On estime que 3,2% de la population mondiale (232 millions de personnes) est en


situation de mobilité internationale, multipliée par trois en quarante ans. L’essentiel
de la migration internationale demeure largement Sud/Sud; les frontières du Nord
sont de plus en plus fermées alors qu’il y a, par contre, de plus en plus de candidats
vers l’Europe. La Méditerranée est caractérisée par des flux croissants avec une
forte hausse de l’immigration irrégulière du fait d’une combinaison de politiques
répressives et de facteurs de répulsion accélérés par les conflits. Ce sont les pays
«pauvres» comme la Jordanie, la Tunisie, le Liban ou encore la Turquie qui
accueillent l’essentiel des réfugiés. Alors que les pays d’Europe, sauf certains du
Sud comme l’Italie ou du Nord comme la Suède, sont caractérisés par un égoïsme
national, le «petit» Liban accueille 1,2 millions de réfugiés contre 170 000 pour
l’Europe. En France, les Organisations non gouvernementales (ONG) chargées de
l’accueil, telles la CIMADE ou le Secours catholique, ont vu leurs dotations se
réduire. Le dispositif Frontex, mission de contrôle et de surveillance maritime des
mers a été renforcé aux dépens des opérations de sauvetage.

Il importe, également, de rappeler qu’il existe un arsenal juridique important tant au


niveau international qu’au niveau européen. Le droit d’asile est un droit universel
reconnu par la Convention de Genève de 1951 en conformité avec la Déclaration
universelle des droits de l’homme de 1948 avec des procédures particulières
régionales. L’Europe a signé en 1990 les accords de Dublin mettant en œuvre une
politique de coopération régionale européenne en conformité avec la Convention de
Genève pour «partager le fardeau» du traitement des demandeurs d’asile. Elle a
signé en 2003 les accords de Dublin II. Les politiques vis-à-vis des migrants, des
déplacés et des réfugiés ont été approfondies par le processus de Barcelone (1995-
2005), le dialogue 5+5 lancé à Rome en 2005, l’Union pour la Méditerranée (UPM)
créée en 2008 ou l’initiative Eurosud de 2008.
La grande majorité des économistes met en avant l’avantage réciproque de la
mobilité du travail qui doit accompagner la mobilité des marchandises et des
capitaux, et l’avantage de politiques moins restrictives de visas qui réduiraient la
clandestinité. L’octroi de visas payants de manière plus libérale limiterait le travail
au noir. Les philosophes universalistes «kantiens» se réfèrent à une citoyenneté
mondiale et «un vivre ensemble dans un monde plein». Les démographes
privilégient le différentiel entre l’Europe stagnante et vieillissante, et l’Afrique dont
la population croît et rajeunit. Les humanitaires privilégient la solidarité, la
compassion, l’égale dignité des hommes et la responsabilité face aux naufrages qui
s’ajoutent aux drames de la guerre, de la dictature ou de l’extrême vulnérabilité
humaine.

Face à ces arguments, les «républicains» privilégient la préférence nationale, la


citoyenneté nationale ainsi que les processus d’intégration autour de valeurs
républicaines aux dépens de la liberté, de l’égalité et de la fraternité des hommes.
Les défenseurs des milieux populaires mettent en avant la concurrence des étrangers
travaillant au noir vis-à-vis des emplois et des droits des travailleurs. De nombreux
élus sont pris dans des contradictions entre leurs convictions et leurs intérêts, et sont
sensibles aux arguments électoraux liés au populisme.

Il faut également intégrer les nouvelles interdépendances entre le Nord et le Sud qui
remettent en question les frontières. Le dispositif de l’Union européenne, qui
différencie l’Afrique subsaharienne, l’Afrique du Nord et le Moyen Orient, n’est
plus adapté. Le chaos libyen a rétroagi sur l’ensemble des pays du Sahel et sur
plusieurs pays du Maghreb/Machrek. La Libye, qui était à l’époque de Mouammar
Kadhafi un filtre, est devenue un «aspirateur» de clandestins et de demandeurs
d’asile en Europe. Les conflits de la Syrie, de l’Irak, de l’Erythrée ou de la Somalie
ont conduit à une explosion du nombre de réfugiés. L’absence de contrôle des
territoires a favorisé l’explosion des réseaux de trafics humains qu’ils soient
contrôlés par les Touaregs ou les Toubous au sein de l’arc sahélo/saharien ou par des
passeurs appartenant à des réseaux mafieux. Les trafiquants sont liés notamment à
l’organisation de l’État islamique et à leurs exactions contre les réfugiés chrétiens,
éthiopiens ou érythréens.

Les réponses à apporter à ces différents problèmes sont bien connues: agir dans
l’urgence et porter assistance à personne en danger en se mobilisant pour sauver des
vies humaines, respecter le droit international, ne pas se voiler la face, prendre en
compte les responsabilités des puissances qui ont participé aux chaos en Irak, en
Libye ou en Syrie, remplacer la peur de l’autre par l’assistance et la solidarité,
mutualiser l’accueil des réfugiés par une responsabilité partagée et ne pas se
cantonner au rôle de surveillance des côtes de la Méditerranée, mettre en place une
opération Mare nostrum Europe. Plus fondamentalement, il faut agir en amont sur
les causes des conflits, sur les trafics, sur les différentiels de niveau de
développement ou les questions de gouvernance au Sud.
Il importe également de prendre en compte les perspectives futures qui ne pourront
qu’accentuer la pression migratoire avec l’accroissement du différentiel
démographique entre l’Europe et l’Afrique, avec les réfugiés climatiques et les
limites à la migration Sud/Sud accentuant une migration Sud/Nord. Dans un
contexte de vulnérabilité économique et environnementale, d’arbitraire politique et
d’insécurité, les pressions migratoires seront de plus en plus fortes de la part de
jeunes prêts à payer jusqu’à 5 000 euros le périple et à risquer leur vie. Les Etats
européens ne peuvent se replier sur des frontières nationales qu’en perdant de la
puissance et de la richesse et en accentuant les tensions internes

Comment donner une crédibilité au projet européen si l’Union européenne ne se


positionne pas sur les droits à la vie, l’accueil des réfugiés notamment syriens ainsi
que la mutualisation des opérations de sauvetage? La politique de la forteresse et de
l’autruche, qui s’explique par les peurs et les fantasmes, et préfère le simulacre aux
politiques responsables, est non seulement indifférente aux drames humains mais
surtout suicidaire à terme. Il est de la responsabilité des hommes politiques et des
citoyens de droite et de gauche de prendre clairement position et de se démarquer
d’un populisme électoraliste court-termiste.

Les drames de la Méditerranée: entre compassion, xénophobie et politique de


l’autruche. 23 avril 2015 Par Philippe Hugon

http://www.iris-france.org/les-drames-de-la-mediterranee-entre-compassion-
xenophobie-et-politique-de-lautruche/

1. Expliquez le choix de l’épigraphe d’après les idées du texte.

5
2. Résumez les enjeux pour l’Europe en ce qui concerne les migrations et les
politiques migratoires.

e. Les espaces de la globalisation

La globalisation constitue le stade suprême de l’internationalisation, l’amplification


en «système monde» de tous les lieux et de tous les individus. Quoique à des degrés
divers. En ce sens, avec l’unification de la planète, la terre devient, un seul et unique
«monde», et on assiste à une refonte de la «totalité-terre».

Il s’agit d’une nouvelle phase de l’histoire humaine. Chaque époque est caractérisée
par l’apparition d’un ensemble de nouvelles possibilités concrètes qui modifient les
équilibres préexistants et cherchent à imposer leur loi. Cet ensemble est systémique:
nous pouvons donc admettre que la globalisation constitue un paradigme pour la
compréhension des différents aspects de la réalité contemporaine.

Le système-monde vu à travers l’espace géographique

Comme toute totalité, la globalisation ne s’exprime qu’à travers ses


fonctionnalisations. L’une d’elles est l’espace géographique. Notre communication
se limitera à cet aspect, partant du principe qu’une approche partielle peut aider à
comprendre le tout.

Comment se caractérise l’espace géographique dans cette phase de globalisation?

Il faut peut-être, et avant tout, expliciter la notion d’espace, de milieu. Nous le


considérons comme quelque chose de dynamique et d’unitaire, réunissant
matérialité et action humaine. L’espace serait l’ensemble indissociable de systèmes
d’objets naturels ou fabriqués et de systèmes d’actions, délibérées ou pas. A chaque
époque, de nouveaux objets et de nouvelles actions viennent s’ajouter aux autres,
modifiant le tout, aussi bien formellement que substantiellement.

Aujourd’hui, les objets culturels ont tendance à devenir chaque fois plus techniques
et spécifiques, et sont délibérément fabriqués et localisés pour mieux répondre aux
objectifs préalablement arrêtés. Quant aux actions, elles tendent à être de plus en
plus rationnelles et concertées. Devenus des objets géographiques, les objets
techniques sont d’autant plus efficaces qu’ils sont adaptés aux actions visées,
qu’elles soient économiques, politiques ou culturelles.

Le milieu scientifico-technico-informationnel

Le milieu géographique en voie de constitution (ou de reconstitution) a une


substance scientifico-technologico-informationnelle. Ce n’est ni un milieu naturel,
ni un milieu technique. La science, la technologie et l’information sont à la base
même de toutes les formes d’utilisation et de fonctionnement de l’espace, de même
qu’elles participent à la création de nouveaux processus vitaux et à la production de
nouvelles espèces (animales et végétales). C’est la scientificisation et la
technicisation du paysage. C’est aussi l’informatisation ou plutôt
l’informationnalisation de l’espace. L’information est aussi présente dans les choses
qu’elle est nécessaire à l’action réalisée sur ces choses.

Les espaces ainsi requalifiés répondent surtout aux intérêts des acteurs
hégémoniques de l’économie et de la société et sont de cette façon incorporés de
plain-pied aux courants de globalisation.

Actuellement, malgré une diffusion plus rapide et plus étendue qu’aux époques
précédentes - les nouvelles variables, ne se répartissent pas uniformément à l’échelle
de la planète. La géographie ainsi recréée est, encore, inégalitaire.

Ce sont des inégalités d’un type nouveau, et par leur constitution, et par leurs effets
sur les processus productifs et sociaux. Du point de vue de la composition
quantitative et qualitative des sous-espaces (apports de la science, de la technologie
et de l’information), il y aurait des aires de densité (des zones «lumineuses»), des
aires pratiquement vides (des zones «opaques») et une infinité de situations
intermédiaires, chaque combinaison étant en mesure de supporter les différentes
modalités de fonctionnement des sociétés concernées.

Ce milieu technique, scientifique et informationnel est présent partout, mais ses


dimensions varient selon les continents, les pays, les régions: surfaces continues,
zones plus ou moins vastes, simples points.

C’est dans ce milieu que viennent s’implanter, à la campagne comme à la ville, les
productions matérielles ou immatérielles caractéristiques de l’époque. En une
formule, nous pourrions dire que les actions hégémoniques se mettent en place, se
réalisent et ont pour objet des objets hégémoniques. Comme dans un système de
systèmes, le reste de l’espace et le reste des actions y collaborent.

Chaque combinaison a sa logique propre et autorise des formes d’actions


spécifiques aux agents économiques et sociaux.

Ces nouveaux sous-espaces sont donc plus ou moins capables de rendre rentable une
production donnée. Nous pouvons parler de productivité spatiale, notion qui
s’applique à un lieu, mais en fonction d’une activité ou d’un ensemble d’activités.
Cette catégorie tient davantage de l’espace productif que de l’espace produit. Sans
minimiser l’importance des conditions naturelles, ce sont les conditions
artificiellement créées qui priment, en tant qu’expression des processus techniques
et des repères spatiaux de l’information.

On serait face à un déterminisme d’un type nouveau, un néodéterminisme de


l’espace artificiel et cela d’autant plus que la production envisagée est moderne.
Dans ces conditions, et comme résultat de la globalisation, l’espace lui-même
devient une donnée de la régulation, soit par l’horizontalité (le processus direct de la
production), soit par la verticalité (les processus de circulation). Il y aurait des
espaces plus ou moins réactifs, plus ou moins dociles aux autres formes de
régulation. Ceux-ci seraient les «espaces de la rationalité», dont la constitution est
davantage marquée par la science, la technologie et l’information, espaces plus
ouverts à la réalisation de la rationalité des divers acteurs.

Milton SANTOS, Les espaces de la globalisation

http://www.gemdev.org/publications/cahiers/pdf/20/Cah_20_Santos.pdf
1. Comment l’auteur définit-il l’espace géographique?

2. Quels sont les buts de la requalification de l’espace (paragraphe 7), d’après


Santos?

3. Exercices du type «Mobilisation de connaissances hors texte»

a. L’invention des relations internationales

Il n’y a pas de définition universelle, a-historique, de la frontière internationale.


Comme l’a notamment montré le géographe Michel Foucher, le statut et le
fonctionnement des frontières ont considérablement varié selon les époques et les
lieux de la planète (Foucher, 1991). La frontière contemporaine a fini par s’imposer
au monde entier vers la deuxième moitié du XIXe siècle, en même temps que
s’établissait un système international unifié à l’échelle planétaire. Cette
universalisation de la frontière internationale est l’aboutissement d’un long
processus historique, fait d’innombrables négociations locales et régionales, soutenu
par un rapport de forces de plus en plus marqué des plus puissantes nations
européennes sur le reste du monde, culminant à la fin du XIXe siècle.

On sait bien que l’héritage du tracé des frontières internationales par la colonisation
européenne, particulièrement en Afrique, est resté problématique. Par ailleurs, le
sens même que l’on donne au rôle des frontières dans la vie internationale continue
de varier sensiblement selon les trajectoires historiques. L’expérience européenne à
cet égard est fortement singulière. Source de droit et de régulation, source de conflit,
voire de destruction, la frontière internationale en Europe a fini par prendre une
nouvelle signification qui a éclairé la construction européenne après 1945. Hors
d’Europe, la frontière, en tant que marqueur physique de la souveraineté, est très
différente, pour une raison première aussi profonde qu’évidente. La souveraineté
comme principe d’organisation des relations internationales est une notion inventée
par les Européens, puis exportée par ces derniers à travers le monde.

Les puissances européennes inaugurèrent un système international pour un espace


mondial fini, dont les contours étaient précisément ceux du globe terrestre. Pour les
nations d’Amérique du Sud par exemple, qui, via une trajectoire historique
différente de leurs voisines du Nord, mais également très marquée par les conquêtes
européennes, avaient déjà construit une conception des relations internationales à
l’image de celle du vieux Continent, la projection en question était vraisemblable.
Mais la notion d’un système international unique aux dimensions de la planète
n’avait en revanche rien d’évident pour certaines entités qui avaient conservé leur
propre mode de régulation des rapports entre nations, élaboré au cours des siècles,
étranger à la dynamique européenne.

Vers le milieu du XIXe siècle, c’était encore le cas de l’Empire ottoman et de


l’empire dit du Milieu, organisé autour de la puissance chinoise. Pour les Ottomans
comme pour les Chinois, il existait un système international dont la validité
s’arrêtait aux bornes de leurs empires. En d’autres termes, pour les Ottomans, les
Chinois et les nations qui en étaient tributaires, «leur» monde était «le» monde. Si la
globalisation, au sens littéral du terme, du système international européen durant la
fin du XIXe siècle fut, pour ces derniers, un formidable défi conceptuel et politique,
l’acceptation du principe westphalien de souveraineté et son expression territoriale -
les frontières entre les nations - fut redoutablement complexe.

L’histoire de la frontière nationale en Europe, depuis la guerre de Trente Ans (1618-


1648) jusqu’au traité de Maastricht (1992), pourrait être comparée à un drame en
trois actes: I/naissance de la souveraineté stato-nationale qui fait de la frontière
l’instrument de la régulation pacifique, II/développement des nationalismes qui
cristallise sur la frontière les forces de rivalité et de destruction, III/ambition
supranationale transformant la frontière en un site de gestion de la gouvernance
européenne. Les trois décennies qui ensanglantèrent l’Europe pendant la première
moitié du XVIIe siècle engendrèrent donc la volonté de mettre en place un
mécanisme durable de prévention des conflits, connu sous le nom de Paix de
Westphalie. Si celle-ci ne fixa pas de manière irrévocable le tracé des lignes de
partage territoriales, elle donna un sens nouveau aux frontières internationales en
affirmant le principe de souveraineté absolue des États-nations établis à l’intérieur
de celles-ci. Par la suite, l’épanouissement de l’idée de nation, puis celui de
libération nationale et, enfin, l’irruption des nationalismes à travers le continent
européen durant le long XIXe siècle, transformèrent progressivement la
signification de la frontière. Il faudra les ravages croissants de l’affrontement
franco-allemand pour pointer les effets périlleux pour la paix en Europe de
l’excessive sacralisation de la frontière internationale. Il aura fallu ces traumatismes
collectifs majeurs pour considérer que ces barrières territoriales étaient
potentiellement toxiques, et pour estimer par ailleurs qu’elles pouvaient aussi
générer leur propre antidote.

La mondialisation engendre un accroissement de problèmes communs à l’échelle


planétaire, nécessitant idéalement une gouvernance globale solide. La notion d’un
monde «sans frontières» fait écho à la vision européenne d’un pacifisme prospère,
supra ou post-national. Mais appréhender ainsi la mondialisation de l’après-guerre
froide c’est oublier le long trajet, tout à fait spécifique à l’Europe, qui a permis de
donner une certaine réalité à une telle vision. Sans doute oublie-t-on aussi qu’une
autre mondialisation, celle qui eut lieu à la fin du XIXe siècle et se poursuivit
jusqu’en 1914, n’empêcha pas l’expression de nationalismes exacerbés, de
revendications territoriales intenses et déboucha sur un des conflits les plus
ravageurs de l’histoire connue de l’humanité.

Si la mondialisation contemporaine nous paraît spectaculaire et potentiellement


génératrice de changements profonds - à l’instar de la révolution internet - elle n’est
pas pour autant normative a priori. La mondialisation précédente fut elle aussi
prodigieuse. Elle fut soutenue par des technologiques réductrices de temps et
d’espace - télégraphe, chemin de fer, téléphone, automobile - qui permirent un
accroissement extraordinaire des flux mondiaux de biens, de personnes et d’idées.
Elle fut aussi porteuse de rêves de communion universelle. La mondialisation
d’aujourd’hui présente à cet égard des similitudes: elle pose de nombreuses
questions collectives mais n’apporte pas de réponses prédéfinies. Le traumatisme
colonial, encore visible à travers la planète, peut plutôt laisser à penser que le
système international global n’est pas encore entré dans l’ère d’un monde
véritablement «sans frontières».

Par Karoline POSTEL-VINAY. CERISCOPE Frontières, 2011. Texte adapté


http://ceriscope.sciencespo.fr/content/part1/la-frontiere-ou-linvention-des-relations-
internationales

1. Donnez un exemple de ce que Karoline Postel-Vinay appelle «l’irruption des


nationalismes» (paragraphe 5).

2. Pour vous, comment peut-on comprendre la notion de frontières dans le contexte


historique de l’Amérique latine?

5
3. À la lumière du texte, peut-on affirmer que le Brésil a contribué à la stabilité
régionale par la gestion des différends frontaliers?

b. Frontières et stéréotypes

«Les frontières ne s’effacent jamais, elles se redessinent» Marc Augé

Les migrations représentent une partie intégrante du monde contemporain dit


globalisé, soumis à la triple accélération des connaissances, des technologies et du
marché. Dans ce monde, l’écart est chaque jour plus grand entre la représentation
d’une globalité sans frontières - qui permettrait aux biens, aux hommes, aux images
et aux messages de circuler sans limitation -, et la réalité d’une planète divisée,
fragmentée, où les divisions déniées par l’idéologie du système se retrouvent au
coeur du système.

Ces deux points sont contradictoires: d’un côté une représentation de la réalité sans
frontières et de l’autre l’existence de frontières difficiles à franchir. Ils sont
profondément liés avec la frontière entre le public et le privé, autrement dit entre le
rapport du discours public, qui se présente comme vrai, et la réalité quotidienne.

Or, en paraphrasant Michel Foucault on peut dire qu’il n’est pas évident que tous les
migrants soient des migrants transnationaux; que tous les acteurs aient «un billet
d’entrée» dans le monde des réseaux transnationaux; n’est pas si évident que toutes
les personnes puissent quitter leurs pays. Finalement ce n’est pas si évident que
«L’Autre» majeur dans la société française soit «depuis toujours» une personne
«d’origine maghrébine.

«Le redessinement» de la frontière: «nous» et «eux»


L’image de «l’Autre» change dans la société selon les enjeux de l’époque
considérée. L’expérience française montre qu’au cours des siècles, on a pris
«l’Autre» pour quelqu’un d’autre, changeant selon le contexte. À l’époque post-
révolutionnaire et post-napoléonienne, les villageois agriculteurs étaient perçus par
les élites «civilisées» comme quasiment «non-humains» et «sauvages». Dans les
années 1840, la frontière entre les individus «civilisés» et «peu civilisés» est
différente: la paysannerie n’est plus au centre des préoccupations politiques, elle a
été supplantée par les ouvriers.

A la fin du XIXe siècle, la naissance de l’Etat-nation français redessine à nouveau


cette frontière: c’est l’opposition entre le national et l’étranger qui entre dans le sens
commun. Après la deuxième guerre mondiale, durant la prospérité économique et le
rétablissement de la France, la frontière entre «nous et eux» devient plus floue.
Mais, à partir des années 1980, «l’Autre» redevient l’étranger, en particulier ceux
venus d’Afrique du Nord. Ces derniers commencent à être associés aux difficultés et
menaces culturelles et sociales que connaît la France.

Cette frontière a fait naître un grand nombre d’autres frontières omniprésentes qui
doivent être franchies chaque jour. Par exemple, entre «la banlieue» et le centre qui
représente «un autre monde». Entre être au chomâge ou être employé, on risque de
se retrouver isolé car on devient «différent». Chaque jour on traverse des frontières
culturelles et sociales entre «moi» et «l’Autre», «nous» et «eux». L’individu qui est
pris pour «un Autre» n’est pas obligatoirement celui ou celle qui migre: les Français
qualifiés «d’une certaine origine» ou de «deuxième, troisième génération» en sont
des exemples. Celui ou celle qui est considéré(e) comme «l’Autre», n’est même pas
obligatoirement autre physiquement, car on peut devenir l’Autre par le simple fait
d’être au chômage.

Le stéréotype de «l’Autre» a aussi la capacité de se projeter dans les politiques et les


procédures administratives. Dans ce domaine on retrouve les abus en vue de la
construction de la peur de «l’Autre» qui érige des barrières et accroît le capital de
différents types. Concrètement, les immigrés sont choisis selon différents points de
vue, faisant la différence entre les «bons» (les Portugais, les Espagnols...) et
«mauvais» (les Mahgrébins surtout) immigrés, une ligne directrice reprise en 2006
par Nicolas Sarkozy afin de «lier l’immigration avec l’intégration».

Dans le contexte des années 1980, un facteur politique commence à imposer une
influence substantielle sur la société française: le Front national. Les immigrés, en
particulier d’Afrique du Nord, sont publiquement considérés de façon négative et
susceptibles d’atteinte à «l’identité nationale».

Le dernier exemple choisi date des années quatre-vingt-dix: dans le cadre de la


politique de la ville et afin d’assurer plus de sécurité et de meilleures conditions de
vie en banlieue, des contrôles policiers plus fréquents ont été institués. Avec ce
dispositif, la frontière entre les corps, être ou ne pas être contrôlé, s’est trouvée
renforcée. Il est évident que pour rester sur le territoire national ou devenir
«national» il faut le «mériter», sauf que certaines origines et nationalités ne sont pas
prises en considération.

L’expérience française permet de montrer que les questions liées à l’immigration


dépendent surtout des transformations de la société qui redessinent le regard sur les
nouveaux arrivants ainsi que sur ceux qui ne sont pas inclus dans le «nous»
collectif. Autrement dit: elles contribuent à la construction et à la redéfinition des
frontières. Cela signifie que les questions d’(im)migration ne peuvent pas être
expliquées par l’origine des immigrants, mais par les transformations récentes de la
société.

Pavel SITEK. Dossier du CERI sur le thème «frontières et migrations». Octobre


2013. Texte adapté.

http://www.sciencespo.fr/ceri/fr/content/frontieres-et-stereotypes?d03

En quoi la présence d’immigrants de plus en plus nombreux peut-elle redefinir les


frontières culturelles et sociales au sein de la société brésilienne, selon les idées
présentées dans le texte?

c. Le système international et les bouleversements contemporains

Il est connu que le bouleversement du système international a montré ses premiers


effets dans l’Europe de l’Est et les Balkans. Ces pays qui ont changé de régime
d’une manière très rapide ont perdu leurs repères et leurs alliés. Par exemple, la
transformation en Roumanie a commencé à la suite de la condamnation à mort de
Ceausescu, ce qui est quelque peu similaire à ce qui s’est passé en Libye avec la
mort de Kadhafi. On peut également établir un parallèle entre les actions de l’union
syndicale Solidarnosc en Pologne et ce qui s’est passé sur la place Tahrir en Egypte.
On peut même imaginer que la guerre dans les Balkans ressemble à la guerre civile
en Syrie.

Le nouveau système qui est apparu avec la fin de la Guerre froide a obligé tous les
acteurs de l’ancien système à se transformer. D’une part les régimes, d’autre part les
frontières ont changé. La Yougoslavie s’est démembrée, la Tchécoslovaquie s’est
scindée en deux et l’Allemagne s’est réunifiée. Ce qui s’est passé à cette époque en
Europe de l’Est et en Union soviétique a démontré quel genre de changements est à
attendre quand les Etats et les régimes n’arrivent pas à s’adapter aux changements
des dynamiques dans le système international. Le bloc de l’Est a vécu un
changement critique dans les années 1990; dans les années 2000 ce changement a
commencé à affecter d’autres géographies. Il est possible d’analyser ce qui se passe
au Moyen-Orient dans cette perspective. Il est indispensable que les changements
radicaux dans une région donnée provoquent des changements dans d’autres
régions. En d’autres termes, comme l’effondrement du bloc de l’Est a totalement
modifié les relations entre la Russie et les Etats-Unis, la structure de l’OTAN ou de
l’UE, le printemps arabe va aussi changer les équilibres de puissances et les
relations entre divers acteurs du système international.

L’équilibre des puissances peut être défini comme un moyen d’organiser la rivalité
entre les grandes puissances afin de définir le système international. Les acteurs
capables d’influer sur le système sont appelés «grandes puissances»; mais dans le
cas d’un «équilibre», aucune grande puissance n’est capable de faire ce qu’elle
désire unilatéralement. Dans ce cadre, il convient d’étudier les rivalités entre ces
grandes puissances. Il est possible de définir «l’équilibre des puissances» de
plusieurs manières différentes. Le point commun de toutes les définitions est le fait
d’avoir deux ou plusieurs acteurs puissants qui sont incapables de changer le
système individuellement et qui sont liés entre eux par des liens d’interdépendance.

Dans le système de l’équilibre des puissances, les Etats font tout ce qui est possible
pour minimiser le coût de leurs efforts en vue d’augmenter leurs puissances et leurs
capacités. La guerre et le conflit n’interviennent que lorsque les Etats ratent toutes
les occasions d’augmenter leurs capacités par d’autres moyens. Dans ce système, il
n’est pas question qu’un acteur soit détruit, l’objectif est de faire en sorte de
transformer l’acteur qui pose problème, car chaque acteur, c’est-à-dire chaque Etat,
est un compagnon de route.

Les grands acteurs utilisent donc des instruments économiques, financiers,


diplomatiques et culturels; même le droit international est instrumentalisé dans
l’objectif d’arrêter et de limiter les actions des rivaux. L’équilibre des puissances à
la fin de la Seconde guerre mondiale a créé une structure dualiste et la rivalité
essentielle s’est développée autour de la suprématie militaire. Les parties ont
délimité leurs zones d’influence et même si toutes les deux superpuissances furent
d’accord pour préserver le statu quo, ils ont transformé leurs relations en une rivalité
extrême. Mais suite à la fin de la Guerre froide, cette structure s’est effondrée et il
est devenu pratiquement impossible de maintenir le statu quo. Par conséquent, la
structure même du système international a changé, ainsi que les particularités des
acteurs en rivalité et les sujets des antagonismes.

Quand on parle de nouveaux équilibres des puissances, il est souvent question de


pays comme les Etats-Unis, la Russie ou la Chine. Les Etats-Unis maintiennent leur
position essentiellement parce qu’ils contrôlent les régions pétrolifères et la Russie,
les régions gazières. Quant à la Chine, ce pays continue de faire sentir son poids
dans le système comme troisième puissance depuis le début des années 2000 grâce à
son économie émergeante et sa capacité militaire, ainsi que sa capacité
démographique.

D’un point de vue historique, la Syrie, l’Egypte et la Libye ont toujours forgé leurs
politiques étrangères en prenant en considération la rivalité entre les Etats-Unis et la
Russie et ils ont vu les pays européens comme les garants de cet équilibre. A cette
nouvelle époque, les relations entre la Russie et les Etats-Unis peuvent être
qualifiées en tant qu’une «rivalité contrôlée». Dans ce cadre, il faut se souvenir que
la position d’Israël est aussi devenue délicate. Ce pays a perdu sa position d’allié
sans réserve des Etats-Unis, le Président Obama a multiplié les appels pour la
création d’un Etat palestinien et comme l’Etat hébreu n’a pas changé de position, les
relations entre la Turquie et Israël sont entrées dans une zone de turbulence. Le
nouvel équilibre de puissance entre la Russie et les Etats-Unis a modifié les points
de références des leaders de la région et ceux-ci ont du faire face à la pression
croissante de la rue. Ils ont progressivement perdu leurs influences politiques et les
opposants ont trouvé d’autres moyens pour s’exprimer.

Le problème essentiel, c’est que les pays du Moyen-Orient n’ont pas réussi à se
structurer selon les nouvelles exigences de la mondialisation. Étant données les
nouvelles réalités globales, il est indispensable que les régimes, voire même les
frontières des pays de la région, soient modifiés. En fait, le printemps arabe n’est
rien d’autre que l’étape moyen-orientale du processus de changement global. Mais il
n’est pas aisé de déterminer quels types de régimes vont émerger à la suite de ces
bouleversements dans la région.

L’influence du «Printemps Arabe» sur l’équilibre des Grandes Puissances, par Beril
Dedeoglu. Géographies, Géopolitiques et Géostratégies Régionales, Vol. I, (1), 2013

http://www.rsijournal.eu/Foreign/French/GGGR_Dec_2013.pdf
Êtes-vous d’accord avec l’auteur lorsqu’il affirme que «Le problème essentiel, c’est
que les pays du Moyen-Orient n’ont pas réussi à se structurer selon les nouvelles
exigences de la mondialisation»? Justifiez votre réponse.

d. L’Affaire du génocide: Bosnie et Serbie devant la Cour internationale de Justice

«Un massacre judiciaire», tel est le titre d’un article d’Antonio Cassese, ancien
Président du Tribunal pénal international pour l’ex-Yougoslavie (TPIY), un jour à
peine après que la Cour internationale de Justice (CIJ) ait rendu son arrêt dans
l’Affaire relative à l’application de la Convention pour la prévention et la répression
du crime de génocide.

En 2007, la Cour a jugé que la Serbie avait enfreint la Convention pour la


prévention et la punition du crime de génocide et continuait de l’enfreindre
puisqu’elle n’avait cherché ni à prévenir le génocide de Srebrenica, ni à en punir les
auteurs, en premier lieu Radovan Karadžić et Ratko Mladi, anciens président et chef
d’État-major de la Republika Srpska, la république autoproclamée des Serbes de
Bosnie transformée par les Accords de Paix de Dayton de décembre 1995 en une
entité fédérée de la République de Bosnie-Herzégovine.

La Serbie devenait ainsi le premier État dont on ait jugé qu’il avait violé la
Convention Génocide. A cet égard, le verdict prononcé par la Cour est sans conteste
le plus infamant jamais rendu dans l’histoire de la justice internationale. La cause
plaidée par la Bosnie, ce qu’elle «priait la Cour de dire et juger», allait bien au-delà
cependant et c’est de cette disproportion entre la cause défendue et le verdict rendu
qu’Antonio Cassese et bien d’autres s’indignèrent.
Tandis que la Bosnie accusait le régime de MiloševiĆ d’avoir trois ans durant
recherché la destruction des non-Serbes, la Cour jugea simplement que la Serbie
avait laissé faire KaradžiĆ et Mladi pendant quelques jours - et ne devait donc
aucune réparation à la Bosnie, le prononcé de son jugement valant à lui seul
«satisfaction». Plus précisément, alors que la Bosnie décrivait un génocide commis
sur l’ensemble de son territoire entre 1992 et 1995, la Cour a considéré que le
génocide n’était avéré que dans les massacres qui suivirent la chute de Srebrenica le
11 juillet 1995, ce qu’avait déjà jugé le TPIY.

La Bosnie alléguait également qu’outre sa responsabilité «par omission», celle de


n’avoir ni prévenu ni puni le génocide, la Serbie portait une responsabilité
véritablement active et bien plus lourde donc; or la Cour jugea que la preuve n’avait
pas été apportée de cette responsabilité de la Serbie jusque dans le projet et la mise
en œuvre du génocide de Srebrenica. Enfin, la justification de la requête bosnienne
était bien particulière: il ne s’agissait pas tant de demander à la Cour de déterminer
des droits litigieux, en fixant des dommages dus par exemple, que de confirmer, par
une décision insusceptible d’appel, un récit de la guerre.

C’est donc la vérité bien plus que ses droits que disait plaider la Bosnie. Et la vérité
en effet était devenue un enjeu central de cet affrontement judiciaire dont l’intensité
atteignit sans doute son maximum lorsqu’en 1997, deux ans après Srebrenica, la
Serbie, niant en bloc toutes les allégations bosniennes, consacra plus de la moitié de
son Contre-Mémoire, soit pas moins de 520 pages, à égrener les lieux de ce qu’elle
présentait comme un génocide des Serbes.

En outre, la description de la guerre par la Serbie est totalement différente de celle


défendue par la Bosnie. Là où la Bosnie s’attache à reconstruire une politique et un
processus de génocide, la Serbie allègue un embrouillamini indescriptible, moins
par son horreur que par sa confusion. Le conflit armé, «bien plus compliqué que le
requérant ne le présente», était «une guerre civile et interne, dont le but était le
contrôle des territoires» et non «la tentative du peuple serbe ou de l’État serbe de
détruire un autre groupe ethnique, national ou religieux». Les thèses de certains
diplomates occidentaux que la Cour a été accusée de valider dans son verdict sont
reprises par la Serbie qui réintroduit ainsi au cœur des plaidoiries les atermoiements
de la «communauté internationale» lorsqu’il fallut qualifier la guerre et désigner un
agresseur.

Le conflit des descriptions de «Srebrenica» n’engage pas de simples questions de


faits et de morale. Devant les juges en effet, chaque partie produit une description
qui se veut juridiquement pertinente. Cependant, le travail des plaideurs ne se
résume pas à écrire l’histoire en référence à une norme juridique donnée; il est aussi
de définir cette norme selon laquelle les faits pourront être juridiquement évalués.
Les avocats de la Bosnie-Herzégovine ont du ainsi affronter un autre problème de
taille: déterminer les critères juridiques permettant d’attribuer à un État la
responsabilité d’actes commis par des individus. Au travers des controverses
développées à l’audience se joue ainsi l’institution internationale de l’État.

Faute de documents officiels qui puissent l’attester de manière irréfutable, la Bosnie


peine à prouver aux juges que la Serbie a participé à la perpétration du génocide à
travers ses «organes de jure», ceux qui sont soumis à son autorité hiérarchique -
l’armée, les services secrets et la police serbes - et dont l’action engagerait
automatiquement la responsabilité de l’État. Elle défend donc, «subsidiairement»,
une deuxième thèse: la Serbie a participé au génocide à travers des groupes qui,
parce qu’elle les contrôlait, doivent être considérés comme ses «organes de facto»,
c’est-à-dire à travers les institutions de la Republika Srpska et les «paramilitaires»
serbes dont l’indépendance n’était que de façade. C’est cette thèse subsidiaire que
plaide le professeur Pellet.

Se pose dès lors une question: celle «de savoir jusqu’à quel degré le contrôle en
question doit s’exercer». Alain Pellet lie cette question - qui posée de manière
générale concerne l’attribution à un État des actes commis par des personnes et
groupes qu’il contrôle, et ce indépendamment de la nature de ces actes - à la
spécificité des actes dont il est question en l’espèce, des actes de génocide.

Par Pierre-Yves CONDÉ. L’Affaire du génocide. Bosnie et Serbie devant la Cour


internationale de Justice ou la dénonciation à l’épreuve du droit international. 2009

http://droitcultures.revues.org/2126?lang=en

Expliquez l’importance de l’action des «organes de jure» et celle des «organes de


facto», selon l’avis du professeur Alain Pellet, dans le contexte du jugement de la
Cour internationale de Justice.

5
8
Références Bibliographiques
Isabel Botelho Barbosa. Manual do Candidato-Francês. Fundação Alexandre de
Gusmão.

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Ph.D, historien - https://carlpepin.com/

Éduscol, portail national d’histoire-géographie - http://eduscol.education.fr/histoire-


geographie/

1
<http://media.education.gouv.fr/file/special_6/21/8/programme_francais_general_33
218.pdf>. Acesso em: 11 dez. 2015.

2 <http://www.uc.pt/fluc/cl/diplomas/qecr>. Acesso em: 6 fev. 2016.


3 <http://leconjugueur.lefigaro.fr/frtop20.php>. Acesso em: 31 out. 2015.

4 Le monde diplomatique: <http://boutique.monde-diplomatique.fr/la-naissance-du-


monde-moderne-1780-1914-1637.html>.

5 Le monde diplomatique: <http://boutique.monde-diplomatique.fr/la-naissance-du-


monde-moderne-1780-1914-1637.html>.

6 Etudes littéraires: <http://www.etudes-litteraires.com/indicatif-passe-simple.php>.

7 <http://larousse.fr/dictionnaires/francais/ainsi/1937/difficulte>. Acesso em: 20


dez. 2015.

8 <http://grammaire.reverso.net/3_1_44_on_lon.shtml>.

9 Grammaire Bescherelle.

10 Encyclopédie Larousse en ligne.

11 Expressions et définitions: <http://www.larousse.fr/dictionnaires/francais>.

12 Exemples: <http://www.monde-diplomatique.fr/archives>.

13 CHEVAILLIER, Bruno. L’interprétation (essai de clarification conceptuelle).


2008. http://www.orleans-
tours.iufm.fr/ressources/ucfr/philo/chevaillier/chevaillier1.htm.

14 D’après Marie-France SCULFORT, Textes et méthodes 3e, NATHAN, 1999.

15 <http://www.monde-diplomatique.fr/2014/03/CAMUS/50209>.

18 <http://www.education.gouv.fr/pid25535/bulletin_officiel.html?cid_bo=61536>.

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