Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Back216 VEROCAI
Back216 VEROCAI
www.backstage.com.br 3
SOM NAS IGREJAS
4 www.backstage.com.br
SOM NAS IGREJAS
www.backstage.com.br 3
SOM NAS IGREJAS
4 www.backstage.com.br
SOM NAS IGREJAS
www.backstage.com.br 5
SOM NAS IGREJAS
6 www.backstage.com.br
SOM NAS IGREJAS
www.backstage.com.br 7
SOM NAS IGREJAS
8 www.backstage.com.br
SOM NAS IGREJAS
www.backstage.com.br 9
SOM NAS IGREJAS
10 www.backstage.com.br
SOM NAS IGREJAS
www.backstage.com.br 11
Sumário
Ano. 19 - novembro / 2012 - Nº 216
88
44
Os 40 anos do Projeto Aquarius
Técnicos de som contam os desafios de
sonorizar o projeto, realizado ao ar livre na
“
praia de Copacabana.
NESTA EDIÇÃO
Com a quinta edição lançada 16 Vitrine 38 Gramophone
oficialmente em outubro, o Rock A nova guitarra da Cort, Antes ignorado no mercado bra-
inspirada na guitarra-machado sileiro, Arthur Verocai agora vi-
in Rio, que acontece em de Gene Simmons, e os novos rou ícone entre os mais descola-
setembro de 2013 na capital falantes da JBL Selenium são dos que adoram um som mais
umas das novidades. experimental.
fluminense, ganhou uma
merecida coletânea onde foram 26 Rápidas e rasteiras 54 O som dos PAzeiros
A fusão entre duas locadoras de Na segunda reportagem da sé-
documentados os shows das áudio baianas e entre duas rie conversamos com Biggu e
principais bandas brasileiras grandes gravadores. com Alexandre Rabaço.
94
Brasil recebe mais visitantes e expositores. Diretor
Nelson Cardoso
nelson@backstage.com.br
Gerente administrativa
Stella Walliter
stella@backstage.com.br
Financeiro
Rafael Pereira
adm@backstage.com.br
Coordenadora de redação
Danielli Marinho
redacao@backstage.com.br
Revisão
Heloisa Brum
Revisão Técnica
José Anselmo (Paulista)
Tradução
Fernando Castro
Colunistas
Cristiano Moura, Elcio Cáfaro, Gustavo Victorino,
Jorge Pescara, Jamile Tormann, Julio Hammer-
schlag, Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, Marcello
Dalla, Nilton Valle, Ricardo Mendes, Sergio
60
Foto: Divulgação
Publicidade:
Hélder Brito da Silva
PABX: (21) 3627-7945
publicidade@backstage.com.br
Webdesigner / Multimídia
Leonardo C. Costa
Interfaces limitadas multimidia@backstage.com.br
Com o crescente mercado em busca Assinaturas
Maristella Alves
de interfaces com limitados núme- PABX: (21) 3627-7945
ros de canais, sugem três que se des- assinaturas@backstage.com.br
Circulação
tacam nesse novo segmento. Adilson Santiago, Ernani Matos
ernani@backstage.com.br
Crítica
66 Logic 76 Sibelius broncalivre@backstage.com.br
Backstage é uma publicação da editora
Nessa edição, mais duas Ignorado por muitos, o Quick H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.
Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá
seções do ES 2: modulação e Start pode ser uma opção para Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150
saída geral. acelerar diversos procedimentos Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549
CNPJ. 29.418.852/0001-85
70 Cubase
no Sibelius. Distribuição exclusiva para todo o Brasil pela
mou a decisão errada ou que algo não está indo bem, uma vez que está
todo mundo no mesmo barco. Então, unifica-se o discurso, que será
tomado como verdade para quem quiser acatar.
Boa Leitura.
Danielli Marinho
siga: twitter.com/BackstageBr
15
VITRINE ÁUDIO E ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
AKG
http://br.akg.com
O modelo K404 é o novo minifone da
AKG lançado no Brasil. Dentre suas
excelentes características, destaque
para: dobrável, leve e portátil. O equi-
pamento oferece alta performance de
som em todas as frequências e ainda
possui almofadas de couro para o con-
forto do usuário. O headphone é com-
patível com iPhone.
CORT
www.equipo.com.br
Inspirada na lendária guitarra Machado, de Gene Simmons, a nova gui-
tarra da Cort é adornada com a assinatura de Gene no headstock. Possui
16
JBL
www.jbl.com/pt-br HOHNER
A JBL Selenium acaba de atualizar suas linhas de www.proshows.com.br
falantes, a CV e a PW, e lançou os novos alto-fa- A Hohner, marca distribuída pela Proshows, lançou
lantes CV5 E PW7 durante a Expomusic 2012, mais uma homenagem aos grandes nomes da música. A
que ocorreu em setembro. Maior potência de som Gaita Diatônica com a assinatura do lendário John
e transmissão cristalina de áudio são os maiores Lennon já está disponível nas principais lojas especia-
diferenciais dos produtos. lizadas do país. Ela possui Tom C, número de vozes igual
a 20, afinação Richter, 10,5 cm de tamanho e está dis-
ponível na cor branca.
17
PIONEER
www.pioneer.com.br
VITRINE ÁUDIO E ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
CADAC
www.decomac.com.br
A CADAC apresentou um novo console digital para produção ao vivo, o CDC
Eight. Ele é indicado para shows e aplicações de instalações fixas, possui 128 canais
com 256 entradas disponíveis e um monitor HD LCD de 24 polegadas touch-
screen, dando grande agilidade nos controles. O console CDC Eight é inteligente,
18
YAMAHA
www.br.yamaha.com
Os saxofones YAS/YTS-280 da nova linha de instrumentos para estudan-
tes, são desenhados tendo em mente os jovens principiantes. Com um
peso relativamente baixo e um formato ergonômico, são fáceis de segurar
e de tocar. A entoação é perfeita e é fácil tirar dele um grande som. O
design Yamaha proporciona aos principiantes um apoio excelente, tor-
nando mais fácil a aprendizagem, o progresso e a criatividade.
GRETSCH
www.sonotec.com.br
O novo “Pad de estudo Gretsch”, distribuído pela So-
notec, é uma borracha de estudo que reproduz o desenho
dos tambores da marca americana. Os pads de estudo têm
uma superfície em gel de sílica com uma base de madeira de
alta densidade, que acrescenta durabilidade e uma sensa-
ção de realidade quando se pratica, pois o rebote é muito
parecido com o do próprio instrumento. Na base, estão as
borrachas antiderrapantes que permitem que você prati-
que em qualquer superfície plana, sem escorregar.
19
VITRINE ÁUDIO E ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
SANTO ANGELO
www.santoangelo.com.br
A Interface Digital CSA é projetada para uso em dispositi-
vos móveis da plataforma iOS, como iPhone, iPodTouch ou
iPad. Este novo lançamento da Santo Angelo é simples, bas-
tando conectar a guitarra, violão ou baixo na entrada P10 do
CSA e na saída da Interface, um fone de ouvido ou um am-
plificador. Um ponto positivo é a mobilidade que ele pro-
porciona ao músico, permitindo-o tocar um instrumento
em qualquer lugar, desde que utilize esta interface CSA.
20
MACKIE
www.habro.com.br
A linha DLM Series, da Mackie, divulgadas pela Habro,
oferece sistemas de reforço de som que são capazes de uma
reprodução de alta qualidade, combinando uma enorme
série de funcionalidades e tecnologias. As caixas DLM têm
amplificação Classe D integrada de surpreendentes 2000
watts, um mixer e processador digital integrados que po-
dem criar uma combinação incrível de potência.
EMINENCE LL ÁUDIO
www.cvaudio.com.br www.llaudio.com.br
A Eminence anuncia o lançamento do EJ1250, um fa- A LL Áudio está com novidades na sua linha de caixas
lante de guitarra signature em alnico desenvolvido com o acústicas compactas LX. Elas foram completamente
lendário guitarrista Eric Johnson. O EJ1250 possui 12" reestilizadas com um novo design e agora também estão
e 50 watts de potência, e sonoridade vintage graças ao disponíveis na versão com rádio FM e USB. Essa linha ofe-
alnico. Possui ainda graves poderosos, médios guturais e rece praticidade, fácil transporte e acompanha qualquer
agudos definidos. situação, desde uma palestra a um churrasco. Com certeza
ninguém vai ficar na mão com a LX.
21
VITRINE ÁUDIO E ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
LEXSEN
www.proshows.com.br
O mixer amplificado LPM-8USB da Lexsen, marca
distribuída pela Proshows aqui no Brasil, possui
seu MP3 player com entradas USB e SD e display
digital em LCD tornando-o um dos mixers favori-
tos em bares, restaurantes e casas noturnas. Ele
possui 8 kg, proteção contra curto-circuito e efeito
LEAC’S
www.leacs.com.br
‘Delay’ selecionável e controle de volume, efeitos e
A Leac’s anunciou o lançamento da It, uma
frequências graves e agudos por canal.
linha completa de gabinetes fabricados em
plástico que estão disponíveis em várias cores
e tamanhos. São vários os modelos da linha:
It! Cinema, It! Jardim, It! Arandela, It! Som
EMINENCE Ambiente e o It! Ativa, entre outros. Eles
22
TSI
www.tsi.ind.br
A TSI acaba de lançar seu kit de microfones para bateria, o
DSM-7, desenvolvido para configuração clássica ou de
acordo com a preferência do músico. Ele é composto por 7
microfones, 4 clamps e 2 windscreen. O kit possui, no total,
um peso de 4,030 kg, possibilitando um melhor desloca-
mento do equipamento.
23
VITRINE ÁUDIO E ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
ACME
www.proshows.com.br MARTIN
Pequeno e fácil de transportar, a XP-5R Beam, da www.proshows.com.br
Acme, é um moving head de 189W, de alta per- Chega ao mercado o novo projetor motorizado da
formance e incrível brilho. Com um design ar- Martin, marca distribuída pela Proshows aqui no
rojado de material plástico resistente ao fogo, o Brasil. O MAC Viper Profile combina um sistema
produto ainda possui uma fonte de luz Phillips óptico muito eficiente com uma fonte HID de 1000
MSD Platinum 5R, foco eletrônico, com dimen- watts, capaz de produzir mais de 25.000 lúmens,
sões 415 x 343 x 487 mm. com enorme brilho e eficiência energética. Sem
contar com o corpo extremamente compacto e ágil
em termos de movimentos.
24
DEDOLIGHT
www.telem.com.br ROBE
O DLED 4.0, novidade da Dedolight que a Telem traz com www.robe.cz
exclusividade ao Brasil, oferece o que há de mais avança- O novo produto da Robe, o Robin DLS Profile,
do em fontes de luz, nos modelos daylight, tungstênio e possui LED RGBW de alta potência e apresenta
bicolor. Disponível nas versões mobile e studio (que tam- um suave sistema de disparo rápido de luz. Cada
bém oferece controle DMX), o equipamento tem eficiên- uma das quatro lâminas do obturador pode ser
cia impressionantemente alta; dimerização separada, que controlada individualmente e posicionada em
permite ajuste de intensidade sem mudança de cor; varia- ângulo, ou o módulo inteiro, podendo ser girado
ção de foco de 60º para 4º e um feixe de luz sem dispersão com a máxima flexibilidade.
e perfeitamente balanceado.
25
RÁPIDAS & RASTEIRAS | www.backstage.com.br
vende artistas como Mumford and Sons, Garbage e Two Door Cinema
Club. A Universal também assumiu o compromisso de vender 50% da
participação da EMI na compilação popular (Joint Venture) “Now! That’s ENQUETE
What I Call Music” e continuar licenciando seu repertório para tal com-
pilação nos próximos dez anos, entre outras medidas. Você costuma ter cuidado
Para saber mais veja: http://ec.europa.eu/competition/elojade/isef/ ao fazer o aterramento dos
case_details.cfm?proc_code=2_M_6458 equipamentos
nal. O Audio Calc Toolkit é uma ferramenta que permite a conversão Sei que é importante, mas nem sempre
os envolvidos em um show estão preo-
e o cálculo de medidas ou tempos de delay. Outra função do app é cal- cupados. (44,44 %)
cular o tempo de offset para timecode. Para o futuro, a marca pretende Nem sempre dá tempo de fazer como
introduzir mais funções ao aplicativo, através de atualizações. Saiba manda a norma. (11,11 %)
mais: http://www.soundcraft.com/apps/audio-calc-toolkit.aspx Nunca me preocupei com isso. (0,00 %)
SAPPHIRE FOI APRESENTADA AO PÚBLICO BRASILEIRO
27
RÁPIDAS & RASTEIRAS | www.backstage.com.br
29
GUSTAVO VICTORINO | www.backstage.com.br
A CARA DO BRASIL
Fiscalização trabalhista, bombeiros, fis-
calização sanitária, meio ambiente...
Teve de tudo na hora de apertar os ex-
positores. É a burocracia brasileira tam-
bém faturando...
ABEMUSICA
Uma silenciosa guerra pelo poder começa DESATENÇÃO GERAL
a inquietar os bastidores da Abemusica. Um projeto do deputado federal Valdir
Desde há muito que Enquanto a atual direção finge não ver a Colatto, do PMDB de Santa Catarina,
desconfio dos disputa, alguns movimentos políticos co- está propondo no Congresso Nacional
números que o meçam a se articular para formar uma co- a redução da carga tributária sobre a
alizão e tentar vencer o próximo pleito. A produção e importação de instrumen-
mercado anuncia
30
coisa é tão séria que até a criação de outra tos musicais no Brasil. Com a volta do
como produto de entidade faz parte dos planos oposicionis- ensino musical às escolas, o deputado
eventos ou balanço tas. E tem traíra dos dois lados... quer produtos mais baratos e com um
mínimo de qualidade nas mãos dos es-
de promoções INSATISFAÇÃO tudantes e músicos brasileiros. O proje-
tópicas. O valor das Cresce a insatisfação de expositores com to foi apresentado no final do ano pas-
vendas anunciadas a Francal e de resto com a Expomusic. O sado e, acredite se quiser, ninguém do
custo do evento não se justifica mais e segmento sabia disso.
na Expomusic 2012 muita gente já estuda discretamente a
notadamente não possibilidade de se afastar em 2013. Os UTILIDADE
grandes clamam por novidades e um A Santo Angelo lançou um brinque-
passa nem perto do
maior enfrentamento ao devastador dinho imperdível por sua extrema utili-
número realmente mundo da tecnologia da informação que dade e preço convidativo. Uma pequena
apurado. A derruba resultados e afasta compradores interface do tamanho de uma caixa de fós-
presenciais. Os pequenos reclamam de foros possibilita a conexão de instrumen-
“chutometria”
tudo e a maioria com razão. O evento so- tos de corda a qualquer produto da Apple
generalizada levou fre de fadiga de metais e precisa ser re- (iPhone, iPad, iBook, iPod, Aipim...) que
os realizadores do pensado ou renovado. Hoje o lucro real é dispondo de utilitários instalados e dis-
só da Francal e da Abemusica. poníveis aos montes na internet pode
evento a divulgar substituir pedaleiras, simuladores e ou-
números risíveis DESLEIXO E OPORTUNISMO tros equipamentos. Para quem odeia
para quem conhece Os pavilhões do Center Norte, sede da carregar tralhas, o paraíso chegou.
Expomusic, parecem sofrer dos mesmos
há décadas o problemas que o shopping que refe- NA MOSCA
encontro e os seus rencia o local. Acuado por ações do po- Encontro o especialista e grande amigo
bastidores. der público paulistano que já chegou a José Luiz Barci na Expomusic e ele dis-
interditar o shopping center, o local do para... “Os fabricantes estão substituindo os
evento dá indícios de decadência, deslei- engenheiros por designers”. Parei para pen-
xo e uma insegurança assustadora. Lâm- sar e concordei na hora. Grande parte
padas queimadas, banheiros com vaza- dos “lançamentos” tem apenas mudan-
GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR
ças estéticas sobre um conteúdo tes doando guitarras Seizi persona- tuindo a reclamação vazia e a cho-
praticamente igual. Definitiva- lizadas para arrecadar fundos para rumela inútil. No mês que vem eu
mente, alguns segmentos precisam menores abandonados. Distribuí- conto os bastidores do encontro.
se reinventar. das pela Royal, aos poucos as guitar-
ras Seizi começam a cair no gosto INEXPLICÁVEL
XODÓ popular e a conquistar espaço pela De forma surpreendente, o cantor
A guitarra nascida da parceria da notória credibilidade de quem as Leoni recusou participar da Festa
Roland com a Fender foi o xodó do assina e avaliza. Quem foi rei será 2012 onde seria homenageado por
estande da quarentona empresa ja- eterna majestade. se negar a encontrar pessoas com
ponesa. Com preço convidativo – as quais discorda politicamente na
os modelos vão custar menos de STANER administração de direitos autorais.
US$ 2 mil nas lojas – o produto tem Cada vez mais, a empresa de Presi- Ficou esquisito porque o debate é o
tudo para decolar de vez e acabar dente Prudente consolida o seu con- ponto de partida da convergência
com o estigma de que a parceria dos ceito como o maior fabricante de e da solução de impasses políticos.
dois gigantes tropeça no preço. As áudio profissional de grande porte Bola fora do artista que ao fugir da
guitarras Fender Stratocaster equi- no Brasil. Focada em PAs de alto de- discussão incorpora razão aos seus
padas originalmente com o sistema sempenho, a Staner agrega novida- opositores. Apesar de respeitado e
GK da Roland ficaram acessíveis e des ao seu catálogo mantendo o foco querido pela categoria, a atitude do
marcam um avanço tecnológico num mercado que ainda cresce em músico foi considerada incompre-
que vai mudar o conceito e o mer- níveis superiores aos demais seg- ensível para muitos e lamentável
cado das guitarras sintetizadas. mentos de áudio e instrumentos. para todos.
31
DANIELLI MARINHO | REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR
PLAY REC | www.backstage.com.br
O ARQUITETO
Quaterna Réquiem
A ideia de que mú-
sica e arquitetura
tenham de certa for- LAGOA
ma a mesma função: Fábio Caiaffa
preencher espaços,
físicos ou cronoló- O violonista e gui-
gicos, norteou a tarrista procurou
concepção desse extrair da memória
trabalho. A obra é os melhores mo -
dedicada a Oscar mentos da infância,
Niemeyer e, talvez passados em um sí-
por isso, traga em tio em Saquarema
32
33
ESPAÇO GIGPLACE | www.backstage.com.br
Profissões do
‘backstage’
L U I Z P O R T O
TOUR MANAGER
redacao@backstage.com.br
Fotos: Arquivo pessoal / Divulgação
34
Luiz Porto resume a profissão de Tour Manager como o responsável por cuidar de todos os aspectos de uma turnê
Foto: Cláudia Alongi / Divulgação
O Tour Manager conta com o auxílio de outros profissionais, como Road Managers e Production Managers
35
ESPAÇO GIGPLACE | www.backstage.com.br
ção
muito sobre como lidar com grandes
Divulga
grupos enquanto projetos grandes co-
longi /
mo o os Jogos Pan-americanos, o Rock
in Rio, shows internacionais como U2
láudia A
“
Você faz parte da Ícone Produtores
Associados, como funciona sua pro-
dutora e que serviços ela presta?
Montei a produtora inicialmente
para ser uma pessoa jurídica e fazer
O tempo que
36
”
no Brasil melhorou muito e está muito para o futuro próximo. Daqui a 10 anos
mais profissionalizada, mas ainda temos gostaria de estar fazendo a mesma coisa
um certo caminho pela frente. e meu desejo mais sincero é que o merca-
do, como um todo, esteja aquecido e
Fale de um ou de alguns trabalhos que muito mais profissional ainda.
você considera importantes em sua
carreira. Este espaço é de responsabilidade
Tive a oportunidade de fazer alguns da Comunidade Gigplace. Envie
eventos e conhecer algumas pessoas que críticas ou sugestões para con-
ajudaram a me definir como profissional tato@gigplace.com.br ou reda-
cao@backstage.com.br. E visite o
(e como pessoa) e sou muito grato por
site: http://gigplace.com.br.
isso. O tempo que trabalhei com diver-
37
SEÇÃO GRAMOPHONE | www.backstage.com.br
SOMENTE AGORA
38
COMPREENDIDO
A sofisticação e experimentação
Um dos discos
brasileiros mais
É possível afirmar que parte da histó-
ria da música nacional passou pelo
“Toque de Midas” desse arranjador, pro-
como Som Livre Exportação e Chico City,
ambos da TV Globo, sem falar nas cam-
panhas publicitárias, criando jingles.
dutor, compositor e violonista chama- No entanto, foi em 1972 que Arthur fa-
cultuados e do Arthur Verocai. Nascido no Rio de ria um trabalho transformado, quatro
aclamados no exterior Janeiro, em 1945, o músico trabalhou décadas mais tarde, em um ícone no ex-
como arranjador para diversos artistas terior. O álbum homônimo, que saiu na
completa 40 anos. da música brasileira, entre eles Ivan época pela gravadora Continental, era
Lins, Jorge Ben, Tim Maia, Gal Costa, seu primeiro trabalho solo. Pouca gente
Victor Bello Erasmo Carlos, Leny Andrade, Célia, O entendeu “aquelas maluquices experi-
redacao@backstage.com.br Terço, Marcos Valle, além de ter sido di- mentais”, com inúmeras influências
Fotos: Internet / divulgação retor musical e arranjador de programas que misturavam jazz, bossa-nova, soul,
A GRAVAÇÃO
Gravado no extinto estúdio SOMIL,
em Botafogo (RJ), em quatro canais,
os instrumentos utilizados por Ar-
thur foram um violão Do Souto e
por artistas do hip hop americano guitarras Gibson, pedal Color Sound
como Little Brother, Ludacris e e amplificadores Altec. O técnico
música erudita, ecos da música mi- MF Doom e ganhou uma mixtape de som foi o Célio Moreira. O dis-
neira etc. Comercialmente malsu- inteira em sua homenagem elabo- co teve arranjos e regência do pró-
cedido, com pouca repercussão, o rada pelo DJ e produtor brasileiro prio Verocai “A criação musical é a
Rodrigo Nuts, que trabalha com minha paixão e fazer arranjos é cri-
Marcelo D2. ar. Também acho que foi a primeira
39
SEÇÃO GRAMOPHONE | www.backstage.com.br
40
“
época, combinando influências brasi- e arranjos muito focada na formação que
leiras e as experimentações baixo-lo-fi reuniu através do álbum. O disco conti-
eletrônicas de artistas americanos co- nua surpreendente, inquietante e, no
mo Shuggie Otis e as orquestrações do que é mais positivo, finalmente começa
Verocai produtor Charles Stepney. O produtor a chegar ao Brasil. É referência para no-
transcendeu, também estava sob a influência da fase vos músicos e arranjadores” observa o
elétrica de Miles Davis e do rock experi- jornalista Antônio Carlos Miguel.
tangenciou
mental de Frank Zappa. “Verocai trans- Caboclo, música que abre o disco, é uma
diferentes gêneros cendeu, tangenciou diferentes gêneros parceria com Vitor Martins e tem influ-
com uma com uma concepção de instrumentação ência da música de Milton Nascimento
concepção de
Ficha Técnica
instrumentação e
Arranjos e Regências: Arthur Verocai Luis Carlos, Paulinho e José Carlos
arranjos muito Participações: Faixa 10: Guitarra: Helinho / Sax tenor:
focada na Faixa 1: Guitarra e Voz: Arthur Verocai / Nivaldo Ornelas / Trombone: Édson Maciel
Coral: Luis Carlos, Paulinho e José Carlos Instrumentistas:
formação que Faixa 2: Sax alto: Oberdan / Vocal: Luis Carlos Helio Delmiro (guitarra)
reuniu através do Faixa 3: Flauta: Oberdan Robertinho Silva, Paschoal Meirelles
Faixa 4: Piano: Aloísio Aguiar / Vocal: Gilda (bateria)
álbum Horta, Toninho Horta, Toninho Café e D. Carlos Luiz Alves (baixo)
Faixa 5: Vocal: Luis Carlos, Paulinho e Aloysio Aguiar (piano)
José Carlos Nivaldo Ornellas, Paulo Moura (sax)
”
Faixa 6: Vocal: Célia Oberdan (sax, flauta)
Faixa 7: Vocal: Luis Carlos, Paulinho e Edson Maciel (trombone)
José Carlos Celia, D. Carlos, Gilda Horta, Jose Carlos,
Faixa 8: Vocal: Gilda Horta, Toninho Horta, Luiz Carlos, Paulinho, Toninho Café,
Toninho Café e D. Carlos Toninho Horta (vocais)
Faixa 9: Sax soprano: Paulo Moura / Vocal: Arthur Verocai (vocal, guitarra)
O jornalista Antônio Carlos Miguel
41
SEÇÃO GRAMOPHONE | www.backstage.com.br
Janeiro de 1985.
Nesta data o Rio de
Janeiro e o Brasil
viveram um dos
maiores eventos que já
havia acontecido no
mundo e que se
tornaria o divisor de
águas na história
musical desse país. O
Rock in Rio se
superou em números e
expectativas juntando
44
em um mesmo palco
nomes de gigantes da
cena musical
internacional e
DEVIDAMENTE
lançando para o
mundo o rock and roll
nacional. O sucesso
que tornou o festival
DOCUME
um dos maiores do
mundo fez com que o
empresário Roberto
Medina repetisse a
façanha mais três
vezes no Rio e levasse
a marca RiR para
Lisboa e Madri.
Danielli Marinho
P ara deixar documentada essa parte
da história e as noites memoráveis
que mudaram de uma vez por todas o
Mazzola conta como surgiu a ideia, fala
sobre a dificuldade para conseguir recu-
perar as gravações originais e obter a au-
jeito de se fazer shows no Brasil, o pro- torização dos artistas para lançar o pri-
redacao@backstage.com.br
dutor Marco Mazzola resgatou algumas meiro pacote com seis DVDs com os
Fotos: Divulgação
fitas e transformou alguns shows em shows do Rock in Rio.
DVDs, através de sua produtora MZA,
em parceria com a Sony Music. Nesta Backstage - Como surgiu esse projeto de
entrevista exclusiva à Backstage, Marco lançar os shows do Rock in Rio em DVD?
NTADO
Marco Mazzola - Essa ideia começou
mais ou menos em 2004. Não conse-
guia entender como não tínhamos um
doras na casa do Roberto Medina, eu
sugeri tentar recuperar esse material.
45
CAPA | REPORTAGEM| www.backstage.com.br
46
47
CAPA | REPORTAGEM| www.backstage.com.br
49
EQUIPAMENTOS| www.backstage.com.br
50
Penta5witch
No meio de um
Rogério Leão
mar caótico de redacao@backstage.com.br
cabos e pedais Foto: Internet / Divulgação
surge um pouquinho
de lógica e ordem.
O Pedrone
Q uando muitos músicos, como eu,
começaram a tocar guitarra, a ex-
pectativa de uma pedaleira recheada
sicos amadores ou semiprofissionais. De
lá pra cá muita, mas muita coisa mu-
dou. Além das questões econômicas, o
Penta5witch é de pedais não era muito presente. grunge confinou os racks nos estúdios
um dos primeiros Não se esqueçam de que isso foi há e a cultura dos vintages abriu espaço
loopers de mais de vinte anos. As grandes estre- para os equipamentos de boutique e
las internacionais ainda estavam handmades. Nos dias de hoje, a maioria
efeitos 100% carregando seus enormes racks de dos guitarristas profissionais tem diver-
analógicos equipamentos, com dezenas de apa- sos pedais diferentes em seus arsenais.
relhos engaiolados em geladeiras gi- Distorções, modulações, delays, etc, di-
produzidos
gantescas. As grandes estrelas nacio- videm espaço em cases cada vez mais
no Brasil. nais se arrumavam como podiam - em super lotados e o sapateado nos pedais
uma época em que a importação de fica cada vez mais inevitável para cada
equipamentos de qualidade já era difí- apresentação musical. E esse sapateado
cil para eles, era muito mais para os mú- é o único problema dos pedais? A res-
51
EQUIPAMENTOS| www.backstage.com.br
posta é, obviamente, não. Quan- do um Looper de efeitos. O Penta- todas as outras mandadas. É possí-
do você decide usar um novo pe- 5witch tem um preço acessível e é vel usar os outros canais para en-
dal você está escolhendo mais ca- construído como um pequeno trada de um novo sinal e deixar
bos, mais conectores, mais swit- tanque azul. Ele tem cinco pe- mandadas posicionadas antes do
ches e, dependendo da sua esco- dais, cada um selecionando o mesmo, funcionando ou não. Es-
lha, mais equipamentos deterio- preset a que está associado ou co- sas mandadas só afetariam o sinal
rando o seu timbre. A sombra da- locando o aparelho em true by- antes dele na cadeia, logo, o sinal
quela dificuldade financeira pode pass. Cada um desses presets vindo da primeira guitarra. É
ainda estar por aí, mas até para a pode ou não incluir no sinal da possível, também, transformar o
maioria de nós os pedais estão dis- guitarra qualquer uma, ou mais Penta5witch em um seletor para
poníveis e acessíveis. Era então de uma, das mandadas posici- seis instrumentos diferentes (1 em
inevitável que a ótima solução onadas na parte de trás do apare- cada preset e 1 em modo bypass).
que começou nas mãos de uma lho. O Penta5witch tem na parte Vale lembrar que nesse caso não
meia dúzia de engenheiros talen- superior cinco grupos de seletores haveria mais nenhuma mandada
tosos trabalhando para superes- em miniatura chamados Mini Dip disponível para outros usos, mas
trelas virasse um padrão. Switches. Cada um desses grupos esse tipo de escolha megalomanía-
Os loopers de efeitos surgiram tem seis seletores de duas posições ca não acontece todo dia mesmo!
ainda no final da década de seten- que controlam as já citadas man- De uma forma inversamente se-
ta. Pete Cornish e Bob Bradshaw dadas, além de controlar um con- melhante, é possível usar o Penta-
foram dois dos pioneiros na cons- tato para ser usado selecionando 5witch para selecionar mais de
52
trução dos loopers de efeitos. os canais de um amplificador de uma saída. Usando o Send de nú-
Seus aparelhos tinham algumas guitarra. É simples assim, se o mero cinco conectado a um segun-
do amplificador, esse estará funci-
“
“
onando toda vez que a mandada
Em prosseguimento à série
de reportagens sobre como
O som de
alguns dos mais
renomados profissionais
D a mesma maneira como acontece
na criação musical com os artistas,
também entre os profissionais de áudio
pressa em cada nova empreitada, seja ela
com quem for: a busca pela limpeza no
som, com a manutenção, tanto quanto
de áudio imprimem uma não existe uma única fórmula mágica, possível, dos timbres de cada instrumen-
que seja sinônimo de sucesso, especial- to, sem que uns atrapalhem os outros.
sonoridade própria ao seu
mente quando o assunto é a sonori- “Acredito que o técnico deve reproduzir
trabalho ao vivo, nessa zação ao vivo. Cada técnico tem a sua para o público o que está acontecendo
edição conversamos com maneira de trabalhar, sempre de acordo no palco, mas algumas vezes, para isso,
com as exigências do artista com o qual precisamos modificar levemente o tim-
os técnicos Alexandre
está lidando, e acaba fazendo desse bre de fontes que possuam característi-
Rabaço e Biggu. modus operandi a sua marca pessoal, que cas semelhantes”, revela.
se reflete no seu som. Essa adequação do jeito de atuar de Ale-
Alexandre Coelho O técnico Alexandre Rabaço, atual- xandre Rabaço às características sono-
redacao@backstage.com.br mente responsável pelo PA do cantor ras e estilísticas de cada artista ou gêne-
Revisão Técnica: Lulu Santos, por exemplo, diz que procu- ro musical requer, no entanto, que o téc-
José Anselmo “Paulista” ra moldar o seu estilo de mixagem ao do nico faça o velho conhecido “dever de
Fotos: Arquivo Pessoal / artista. Ainda assim, uma marca regis- casa”. Ele explica que, como cada gênero
Internet / Divulgação trada do seu trabalho acaba sendo im- musical tem seus instrumentos de des-
taque, costuma estudar previa-
mente o estilo com o qual vai tra-
balhar, a fim de estabelecer qual ou
quais instrumentos terá que res-
saltar na mixagem.
“Sabendo disso, procuro colocar os
demais instrumentos de forma que
não atrapalhem a sonoridade dos
principais, sempre com o objetivo
de manter a mixagem bem limpa e
inteligível, mas sem esconder ne-
nhum elemento. Nem sempre te-
nho sucesso nesta empreitada. O
Alexandre Rabaço
arranjo é de vital importância para
que o resultado seja bom”, observa. pequenas coisas que ele aprende a tra- xandre Rabaço entende que, em
balhar da melhor maneira possível algumas situações, é necessário,
FIDELIDADE com cada artista. sim, um esforço maior para ade-
Se Alexandre Rabaço molda o seu “Cada estilo musical tem uma ca- quar o seu som pessoal ao do con-
estilo ao do artista com quem está racterística própria, uma tendên- tratante. “Muitas vezes, alguns es-
trabalhando, o técnico Biggu, atu- cia ou instrumento de destaque, e é tilos musicais pedem mixagens
almente responsável pelo PA da isso que devemos observar. Não mais sujas, com menos definição
cantora Alcione e pelo monitor do tem nada a ver mixarmos uma gui- de alguns instrumentos. Já aconte-
ceu, sim, de eu ter que mudar a mi-
nha forma de atuar, mas foram
cada PA
poucas vezes”, admite.
Da mesma forma como citou o
gênero musical e os instrumen-
tos que devem ser destacados em
cada estilo como um detalhe que
faz toda a diferença, na hora de se
tirar o melhor som possível do
PARTE 2 PA, Rabaço lembra que, antes de
qualquer coisa, é preciso contar
com um sistema de qualidade e
cantor Lenine, garante que procura tarra alta no samba, mas ela tem o funcionando da melhor maneira
ser um reprodutor fiel do som que seu lugar na mix e precisa estar au- possível. “Um correto alinha-
está sendo executado pelo músico. dível”, exemplifica. mento do sistema de sonorização
“Eu cuido para amplificar exata- Se por um lado Biggu garante que é imprescindível para que eu al-
mente como a música foi criada, nunca precisou mudar seu estilo cance a sonoridade que busco.
apenas fazendo adaptações ao am- pessoal ao sonorizar um PA, Ale- Geralmente, passo um bom tem-
biente (equalização) e ao sistema de
“
“
sonorização que está sendo utiliza-
do. Quando é permitido, ou seja,
quando a música pede, eu gosto de Um correto alinhamento do
usar efeitos, tais como o reverb e o
delay”, ilustra. sistema de sonorização é imprescindível
Um detalhe, porém, faz com que a for-
ma de trabalhar dos dois profissionais
esteja em convergência: a observação
para que eu alcance a sonoridade que
do tal instrumento, ou instrumentos
de destaque de cada gênero musical. busco (Alexandre Rabaço)
Segundo Biggu, é na percepção dessas
55
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
56
MENOS É MAIS
Para ilustrar essa sua maneira de trabalhar, Biggu recorda
uma situação profissional em que precisou até mesmo abrir
mão das modernas tecnologias para melhor servir à músi-
ca, ao áudio e, principalmente, ao cliente.
“Certa vez, fui convidado para trabalhar com uma banda
cover dos Beatles, no Rio de Janeiro. Antes do trabalho,
58
Na matéria
publicada nesta
coluna na edição
Portáteis
de nº 162 (maio de
2008), intitulada
“Expandindo
Horizontes no
Áudio”, falamos
um pouco sobre
alguns padrões de
que falam como “Gente Grande”
60
interfaces de áudio
consolidados pelo
mercado, dando Luciano Freitas é técnico de
áudio da Pro Studio americana
destaque aos
com formação em ‘full mas-
modelos de pré- tering’ e piano erudito
amplificadores de
oito canais (outro
padrão) que
poderiam J á na matéria publicada em abril de
2009 (edição de nº 173), com o tí-
tulo “Estamos por um Fio”, retomamos
res”), mas que não abrem mão de obter a
melhor qualidade sonora disponível na
atualidade. Para essa parcela de consu-
complementar estes o mesmo assunto, no entanto, tratando midores, dedicamos esta matéria abor-
equipamentos. especificamente das interfaces com dois dando as principais características de
canais de entrada e dois canais de saída três, entre uma pequena quantidade de
de áudio (padrão 2x2 canais). equipamentos, que se destacam neste
Pouca coisa mudou desde a publicação novo segmento de mercado.
daquelas matérias até hoje no que se re-
fere à oferta (quantidade e diversidade) APOGEE – DUET 2
desses equipamentos. No entanto, po- Construída para ser o benchmarking das
demos perceber o surgimento de um interfaces de gravação portáteis, os en-
mercado emergente que busca por in- genheiros da Apogee utilizaram no de-
terfaces com número limitado de canais senvolvimento da Duet 2 a mais recen-
(geralmente com dois canais de entrada te tecnologia de conversão disponível
de áudio, aquelas que até pouco tempo em seus produtos, aplicando toda a expe-
eram taxadas como “interfaces popula- riência obtida na criação da sua inter-
face/conversor top de linha, a Symphony I/O, para oferecer ao seu usuário
dimensão e pureza sonora dificilmente encontrada nesta categoria de pro-
dutos. Seus pré-amplificadores utilizam componentes que garantem a cap-
tura de todos os detalhes das fontes sonoras com maior transparência e
menor nível de ruído de fundo, enquanto os seus conversores permitem
operar em amostragens de até 192kHz/24 Bits.
A comunicação com o computador é realizada por meio do protocolo USB2
(permitindo seu uso com praticamente qualquer laptop da Apple) e a comu-
nicação de áudio por meio de um breakout cable (cabo de áudio), o qual per-
mite a conexão de dois microfones ou dois instrumentos musicais elétricos
simultaneamente (conectores XLR combo) e duas saídas de áudio
(conectores P10 balanceados), sendo que, no corpo da interface, o usuário
ainda encontra-
“
“
rá uma saída de
61
TECNOLOGIA |SINTETIZADOR| www.backstage.com.br
“
cais elétricos e si-
nais de linha) com o
máximo de integri-
dade possível.
As entradas de A qualidade sonora
da Forte é a mesma
áudio da Duet 2
encontrada nos in-
ainda contam tegrantes da família
com a RedNet (linha de
interfaces de áudio
ferramenta Soft
da Focusrite basea-
Limiter, o da na tecnologia
famoso limitador DanteTM, a qual u-
tiliza as redes digi-
de sinal
tão disponíveis em abas de fácil acesso). tais Internet Protocol - IP e componen-
analógico da As entradas de áudio da Duet 2 ainda tes como cabos Ethernet, roteadores e
62
Apogee que desde contam com a ferramenta Soft Limiter, o switches para transportar até 256 ca-
famoso limitador de sinal analógico da nais de áudio em alta resolução e baixa
a década de 1990 Apogee que desde a década de 1990 im- latência), oferecendo a melhor tec-
imprime suas prime suas características sonoras na nologia de conversão A/D e D/A pre-
características maioria dos hits produzidos pela indús- sente atualmente nos equipamentos da
tria do áudio profissional. Este dispositi- Focusrite: amostragens de áudio em até
sonoras na vo previne a saturação digital (distorção) 192kHz/24Bits, margem dinâmica do
maioria dos hits agindo nos picos dos transientes antes chipset de 120 dB (medição real de 117 dB
produzidos pela da etapa de conversão A/D, proporcio- no conversor A/D e 118 dB no conversor
nando o vital incremento de alguns D/A), Distorção Harmônica Total infe-
indústria do decibéis no sinal registrado. rior a 0,0008% nas entradas (microfone)
áudio e saídas de áudio (inclusive na dedicada
profissional FOCUSRITE - FORTE aos fones de ouvido) e tecnologia
O conceito adotado pela Focusrite na JetPLLTM de redução de jitter (distor-
concepção da Forte foi o de oferecer ao ções de fase decorrentes de erros ocor-
”
mercado uma interface de dois canais de ridos no momento da digitalização da
amostra de áudio, devido à rápida PRISM SOUND – LYRA 2
mudança de amplitude). Oferecendo a inconfundível so-
Seus dois pré-amplificadores de micro- noridade da Prism Sound em um
fones são remotamente controláveis, patamar de preços nunca antes
semelhantes aos utilizados na interface visto, a Lyra 2 entra neste seg-
RedNet 4, no entanto, possibilitam até mento de mercado oferecendo a
75dB de ganho. Com resposta de fre- mesma qualidade do seu big brother
quências de +/- 0.1 dB (entre 50 Hz e Orpheus (considerada o “Rolls-
42 kHz), a Forte disponibiliza ao usuá- Royce” entre as interfaces de áudio
rio um filtro de passagem de altas firewire 18x18 canais) em uma ver-
frequências (HPF de 12 dB por oitava são USB (USB Audio Class - UAC
abaixo de 75 Hz), alimentação phantom 2, com um processador “Xcore”
power (quando utilizada com o ali- ARM-Cortex que permite suporte
mentador AC, incluso no pacote), pad nativo em plataformas Mac, Win-
de -10 dB e inversor de polaridade, to- dows, Linux e Android) compacta
dos independentes para cada canal. com dois canais analógicos de en-
Já no quesito controle, a Forte ofere- trada e quatro canais analógicos de
ce quatro botões sensíveis ao toque saída de áudio (além da saída es-
(selecionam as seções de monito- téreo independente para os fones de
ração, entrada de sinal, fones de ouvi- ouvido). O equipamento também
do e controle remoto da DAW), um desfruta da mesma estabilidade de
“
“
Seus dois pré-amplificadores de
microfones são remotamente controláveis,
semelhantes aos utilizados na interface
RedNet 4
knob multifunções (atribui valores e clock (circuito CleverClox DPLL -
seleciona funções na seção seleciona- Dual Digital Phase-Locked Loop,
da) e um visor de OLED colorido permitindo amostragens de até
(permite verificar os níveis de sinal e 192kHz/24Bits), das mesmas bar-
as funções selecionadas pelos botões reiras de proteção contra possíveis
e pelo knob giratório). interferências (geradas pelos com-
Acompanham o equipamento um ponentes do computador) e da ar-
breakout cable (com conectores XLR e quitetura totalmente balanceada
TRS para entrada de sinal, sendo que que fizeram da Orpheus destaque
as saídas de áudio encontram-se no entre as melhores interfaces dispo-
corpo da interface), o software de níveis atualmente no mercado.
controle do equipamento (Forte Resultado de anos de pesquisa e
Control) e o pacote de plug-ins Mid- extensivo diálogo com seus clien-
night, versão digital dos lendários tes, a Prism Sound coloca na Lyra 2
módulos ISA 110 Eq e ISA 130 (de- o mesmo conceito que solidificou o
senvolvidos por Rupert Neve e utili- nome da empresa entre os profissi-
zados no console Forte, o qual empres- onais mais exigentes do mercado:
ta o nome para a interface). oferecer equipamentos que apre-
63
TECNOLOGIA |SINTETIZADOR| www.backstage.com.br
“
meticulosamente desenhado que pro- tamente na interface (monitoração sem
porciona uma experiência auditiva latência), garantindo uma mixagem
transparente e inigualável. com “qualidade de estúdio”, onde cada
Em cada canal de entrada analógico, a canal de entrada e cada canal de retorno
Lyra 2 oferece o mesmo pré-amplifica- do software (DAW) tem o seu próprio
64
”
Prism Sound SNS), permitindo ao usu- interface Symphony I/O (da Apogee) em
ário gerar cópias do sinal com configu- sua configuração de entrada (2x6), o
rações diferentes à do projeto aberto na qual se mostra mais flexível em termos
DAW (o equipamento também propor- de possibilidades de configuração e
ciona sincronismo via wordclock). O também proporciona uma qualidade
usuário ainda encontrará no painel tra- sonora impecável.
seiro da interface um conector RJ45
(rede Ethernet) que, por meio de atuali- Para saber mais
luciuspro@ig.com.br
zações futuras de firmware, possibilitará
65
MAIS SOBRE
TECNOLOGIA| LOGIC | www.backstage.com.br
PROGRAMAÇÃO DO
ES 2
66
67
“
“
TECNOLOGIA| LOGIC 9.1 | www.backstage.com.br
Este processador
possui alguns efeitos padrão
que podem ser aplicados nos
sons gerados
tensão do uso do modo Vetor é muito abrangente e mais
complexa e talvez possamos abordar este assunto numa
matéria específica. Porém, quis deixar a mensagem sobre
sua importância para que você possa pesquisar seu uso.
Temos ainda uma área importante no ES2 que é o
processador de efeitos (vide figura 1 – Saídas e efeitos).
Este processador possui alguns efeitos padrão que po-
dem ser aplicados nos sons gerados e lembra um pouco
os pedais de efeito, uma vez que apresentam os básicos
Distorção, Chorus, Phaser e Flanger. Em alguns casos
eu não utilizo os efeitos do ES2 e acabo por utilizar ou-
tros efeitos semelhantes, como plug-ins.
68
vera.medina@uol.com.br
www.veramedina.com.br
69
TECNOLOGIA| CUBASE | www.backstage.com.br
Figura 1
REVERENCE
Olá, amigos.
Durante a última
70
Expomusic estive
com a equipe da
Steinberg, no
estande da O sucesso de reverb de convolução
Yamaha, seguindo nativo Steinberg continua no Cubase 6.5
nossa tradição de
levar informação Marcello Dalla é enge-
através de nossas nheiro, produtor mu-
sobre diversos
temas em criação
musical e áudio
com o Cubase. Bom
N uma das palestras voltei a abordar
o Reverence, reverb nativo do
Cubase. Detalhei a base teórica da
Na verdade, o uso no dia a dia de produ-
ção é que traz a experiência e as escolhas
de programação do reverb; mas, mesmo
tecnologia de convolução e também o assim, as possibilidades são muito gran-
público, boas
upgrade no algoritmo da versão 6.5. O des e conhecer em detalhes os parâ-
perguntas e muito interesse neste tema sempre é de todos. metros de programação e como o plug-in
interesse no aspecto A espacialização da música e a coloca- se comporta faz toda a diferença.
ção dentro de um ambiente virtual para
criativo e em
trazer a sensação de “palco” numa Vamos lá, então: a pedidos, um tutorial de
técnicas de mixagem é uma das principais funções visita aos recursos e controles do Reve-
finalização do reverb. Saber usar um bom reverb é rence, além de algumas dicas interessan-
prerrogativa presente em qualquer esti- tes para tirar o máximo desse plug-in que
(mixagem e lo musical. Existe pouca literatura a res- já valeria o software. Vou dar uma breve
masterização). peito para explorar as possibilidades. noção sobre o funcionamento e depois
partimos para os parâmetros de controle. Reverbs de microfones posicionados de forma a reproduzir a
convolução têm um princípio de funcionamento ba- espacialidade do ambiente.
seado na resposta real do ambiente. Um pulso de Quando a fonte sonora é deslocada pelo panorâmico
sample é gerado por alto-falantes em um ambiente e a surround, a resposta acontece no espectro “3D” com
resposta desse ambiente é captada por microfones de diferentes respostas de cada ponto de referência da
precisão em diferentes pontos e é “codificada” em mesma maneira que no ambiente original. Cabe aqui
vários parâmetros. Esta codificação é chamada de uma observação importante: no recém-lançado
“Respostas de impulso“ (Impulse Responses). Sabemos Nuendo 5, o Reverence vem com dois bancos de res-
que qualquer som gravado digitalmente é uma se- postas de impulsos, o banco original do Cubase 5 e
quência de samples (Impulsos) tomados em uma de- mais um banco repleto de ambientes voltados para o
terminada taxa de amostragem (48KHz, 44.1 KHz etc). desenho de som em filmes: interior de veículos, salas
Então, ao passarmos esta sequência de samples pelo nos- de recepção, salas de aula, quartos, corredores, gara-
so simulador codificado com as respostas do ambiente gens. Enfim tudo o que é necessário à ambientação de
para um sample, ele responderá com o mesmo resultado falas e sons em cinema. (Figuras 2 e 3).
em nossa sequência de samples.
Ou seja, estamos virtualmente levando
nossa sequência de samples (nosso
áudio) para o mesmo ambiente no qual
foi codificado o sample padrão. Essa
grande sacada resulta em um reverb
denso, rico, repleto de profundidade e
riquesa harmônica. Como é um proces-
samento elaborado, naturalmente de-
manda DSP, leia-se RAM, pois é execu-
tado em tempo real.
O Reverence de fato pede que você es-
teja atento ao DSP do seu projeto. Por
isso, vale a pena recordar as dicas que
passei nos artigos da série “Farinha
pouca seu pirão primeiro – Administre
seu DSP”, porque com essas dicas você
abre caminho para usar e abusar do
Reverence em projetos com muitos ca-
Figura 2 - Reverence Nuendo 5
nais. Obviamente, se você tem uma
máquina ultratop, com memória RAM
em baldes e processadores em cachos,
sua preocupação será menor. Mas mes-
mo assim, recomendo as dicas, pois
você poderá ter situações de uso de di-
ferentes algoritmos do Reverence, em
“racks” diferentes.
O Reverence traz uma diversidade mui-
to interessante de ambientes. Tanto em
aplicações musicais quanto em desenho
de som e simulação de ambientes, os
algoritmos originais são sempre muito
úteis. A referência pela foto do ambiente
ajuda muito. Na figura 1 vemos o al-
goritmo “Austrian Concert Hall”. Al-
guns dos algoritmos vêm nas versões
estéreo e surround. Isto mesmo, algumas
respostas de impulso foram obtidas com Figura 3 - Reverence Nuendo 5
71
TECNOLOGIA| CUBASE | www.backstage.com.br
Vamos aos parâmetros do Reverence. resultar em texturas variadas. Os efeitos são surpreen-
Podemos usar a figura 1 para visualizar. dentes. O número de canais desses arquivos vai de 1 a 5
(5.0) e o Reverence ajusta a resposta automaticamente.
Program Name – Nome da resposta de impulso fonte
do programa em uso. Quando você carrega o programa Program slots 1 to 36 – A lista de números de 1 a 36
é mostrado neste campo, por alguns segundos, o nú- permite que a troca de programa Reverence seja
mero de canais e o tempo de duração do reverb. automatizada. Este recurso é importante para que se
possam trocar os programas sem a necessidade de ter
Browse – Abre a lista de respostas de impulso disponí- diferentes “Reverences” carregados, o que consumiria
veis para carregar. memória RAM.
Import – Permite importar respostas de impulso diver- Smooth parameter changes – Entre o Program Slots e
sas nos formatos wav e aiff. Desde respostas de outros os botões Store, Recall, Erase, há um pequeno botão.
programas até arquivos de áudio da sua escolha que vão Quando ativado, ele promove uma transição suave en-
tre dois programas do Reverence evitan-
do ruídos digitais e transições bruscas.
“
“
O Reverence também dispõe de um
equalizador próprio de três bandas que atua
em seu sinal de resposta, além dos
parâmetros de volume da saída (out)
Time Scaling Wheel – O dial em vol- reverb original, características da
ta do botão Play permite ajustar o sala, número de canais, observa-
tempo de reverb. ções gerais. Muito útil. Vemos na
Figura 5.
Time domain display – Mostra a Abaixo do display do Reverence
waveform da resposta de impulso. temos uma linha horizontal que
Quando giramos o dial, a waveform termina em um botão. Esse botão
mostra as alterações. ativa o Trimmer para ajuste dos
Figura 6 - Trimming
73
TECNOLOGIA| CUBASE | www.backstage.com.br
“ Quando
adicionamos um
canal de FX, o
Cubase cria um
Figura 7 - Inserts
canal dedicado pare que o ajuste é feito mediante corte des de mixagem e de criação de texturas
e coloca o abrupto, sem fade. Observe o efeito ou- sonoras. O que vem na sequência dos
vindo o resultado final. O “Impulse inserts é do gosto e da criatividade de
Reverence como Trimming Button” ativa o “Trimming cada um. Podemos processar o som do
Insert deste Slider” na barra e você pode usar a roda reverb com qualquer efeito desejado.
canal. A partir do mouse para fazer os ajustes (Figura 6). Experimentem, testem configura-
Tenho a dizer que o equalizador do ções diferentes, explorem as possibi-
deste momento, Reverence é bastante eficiente. Mas lidades desse plug-in sensacional.
o Reverence aqui vai uma dica para quem deseja Tenho feito isso desde o Cubase 5 e
passa a aparecer equalizar de uma forma refinada os agora no Cubase 6.5 e o que tenho a
sons que passam pelo reverb. Quando dizer é que as possibilidades são ain-
em todos os adicionamos um canal de FX, o Cubase da mais surpreendentes.
comandos Sends cria um canal dedicado e coloca o Grande abraço. Até a próxima
Reverence como Insert deste canal. A
dos canais de Para saber online
partir deste momento, o Reverence
áudio passa a aparecer em todos os comandos
Sends dos canais de áudio. Até ai tudo
”
bem. Bom, já que o Reverence ocupa
um dos inserts do seu canal dedicado,
nada impede que na sequência de in-
serts a gente use um equalizador mais
refinado como o GEQ 30, por exemplo,
para equalizar o som que passa pelo
Reverence. Dependendo do efeito que
se deseja, podemos ocupar o insert se- dalla@ateliedosom.com.br
guinte com um compressor e “apertar” www.ateliedosom.com.br
um pouco o som do reverb, indepen- Facebook: ateliedosom
Twitter:@ateliedosom
dente do som direto. Vemos na Figura 7
75
EXPLORE
SIBELIUS| www.backstage.com.br
O QUICK START
DO SIBELIUS 7
76
Assim que o
Sibelius 7 é
carregado, uma
L EARN
Logo na primeira aba, à esquerda, te-
mos a opção “Learn”, que foi uma opção
funcionamento básico do Sibelius 7. A
opção “Quick Tour” são vídeos voltados
aos usuários novos e apresenta de forma
dos desenvolvedores para que usuários muito clara a interface e também como
caixa de diálogo de todos os tipos pudessem entender o dar os primeiros passos no aplicativo.
chamada “Quick
Start” (fig.1) é
apresentada e
muitas vezes é
subestimada ou até
ignorada por
muitos usuários.
Porém, o “Quick
Start” é repleto de
opções para
acelerar diversos
procedimentos.
Neste artigo, vamos
explorar cada parte
desta tela inicial.
Figura 1
Logo abaixo, a opção “What’s New”
foi criada pensando nos usuários
mais antigos que, a princípio, iriam
se assustar e se desapontar com a
nova interface do Sibelius, pois nes-
ta versão, todo o sistema de menus e
funções foi reformulado e a primeira
impressão para um usuário antigo é
de estar num software completa-
mente diferente.
Por último, a opção “Sibelius for
Switchers” é a maneira que os
desenvolvedores encontraram pa-
ra estimular e agradecer usuários
de outros softwares como Finale,
Figura 2
Motion ou Encore pela iniciativa
de experimentar o Sibelius 7. celente maneira de começar a exer- tação. Estas pré-configurações são
Na direita, existem diversos docu- citar com projetos e exemplos reais. chamadas de “manuscript paper” e
mentos para ler e o meu destaque é opções como quarteto de cordas,
para o primeiro item “Sibelius 7 NEW SCORE grupo vocal, formação de big band
Tutorials”. Este documento é um A segunda aba é utilizada para cri- e até de orquestra completa estão
passo a passo para a criação de diver- ar uma nova partitura e seu grande disponíveis. Se nada interessar,
sas partituras, e, mesmo para quem atrativo é o fato de vir com muitas utilize a opção “blank” e selecione
tem apenas o inglês básico, é uma ex- pré-configurações de instrumen- os instrumentos à sua escolha.
77
SIBELIUS| www.backstage.com.br
LATEST NEWS
A última opção não é nada
mais do que um agregador
de notícias dos posts do
www.sibeliusblog.com, que
é um excelente local para
aprender e discutir sobre
Sibelius, apesar de infeliz-
mente, ser em inglês.
CONCLUSÃO
Eu recomendo a todos a as-
sistirem os vídeos assim
que possível e, para se man-
Figura 3
terem atualizados, sempre
78
São muitas opções e o usuário pode até passar pelas últimas notícias na última
criar suas próprias pré-configurações e, aba. O Quick Start é uma ótima opção,
“
para facilitar a busca pelo que deseja, o mas demora um pouco para se acostumar,
Sibelius 7 incorporou duas funções que, principalmente para aqueles que viveram
apesar de simples, são extremamente anos e anos clicando nos labirintos de
úteis: um campo de busca no lado supe- menus e submenus dos softwares.
rior direito e um slider de zoom na parte Por último, sabemos como é difícil agra-
Photoscore e inferior (fig.2) dar a todos e, por isso, o pessoal do
Audioscore são Sibelius implementou funções para
RECENT desativar a apresentação do Quick Start.
softwares inclusos Não há muito que falar da aba Recent, No final da janela (fig. 3), se a opção
na compra do que apenas apresenta as últimas parti- “Show Quick Start when Sibelius 7
turas abertas, mas gostaria de reforçar o starts” for desmarcada, o Quick Start
Sibelius 7, e o
fato de também possuir o campo de bus- não será mais apresentado a cada vez que
primeiro possibilita ca e slider de zoom. se iniciar o Sibelius. A segunda opção
detectar e importar “Show Quick Start again after closing
partituras
IMPORT last score” também deve ser desmarcada
O Sibelius 7 pode receber e converter ar- para que, ao fechar uma partitura, o
scaneadas, enquanto quivos de outros formatos para seu forma- Quick Start não seja apresentado.
o segundo converte to nativo, e por esta aba, o usuário pode
realizar funções interessantes. Photos- Para saber online
um áudio gravado core e Audioscore são softwares inclusos
para partitura na compra do Sibelius 7, e o primeiro pos-
sibilita detectar e importar partituras
scaneadas, enquanto o segundo converte
”
um áudio gravado para partitura.
À direita, a opção MIDI File permite
importar arquivos no formato MIDI
que foram gerados num teclado se-
quenciador ou um software de produ-
ção musical como Pro Tools, Sonar,
Logic etc. Mais abaixo, a opção Mu-
sicXML File permite importar materi- cmoura@proclass.com.br
al gerado em outros softwares de nota- http://cristianomoura.com
79
PRODUÇÃO MUSICAL| www.backstage.com.br
O tamanho
do seu
Guitarras... Alguns
“concorrentes” já
me “elogiaram”
dizendo que eu sou
um especialista em
Estúdio
80
81
“
PRODUÇÃO MUSICAL| www.backstage.com.br
Outra coisa
interessante de se
ter em seu
“arsenal”
guitarrístico é uma
coleção de pedais,
em especial os de
“boost”, over-drive e
distortion. Estes
pedais podem ser
combinados com os
amplificadores que
você tem
82
”
Na família “hi-gain”, sou fã dos Mesa/ pressor e efeitos de phaser, flanger,
Boogie como os antigos Studio-Pre- detune e chorus.
amp e o Quad-Preamp e os mais novos Os pedais de boost são literalmente
Dual Rectifier. Gosto também dos inúmeros. Overdrive, Super-Over-
Peavey 5150. Da mesma maneira drive e Turbo -Overdrive, da Boss.
como os anteriores, também exis- Tube-Screamer, da Ibanez, O Rat, da
tem vários outros... ProCo, V-Twin da Mesa/Boogie, O
Outra coisa interessante de se Sans Amp GT2, da Tech 21. Dos wah-
ter em seu “arsenal” guitar- wah, os mais clássicos são o Crybaby e
rístico é uma coleção de pe- o Vox. Dos compressores, acho o CS2
dais, em especial os de da Boss imbatível. Todos os de pitch da
“boost”, over-drive e dis- Bosss são bons, mas os da TC Elec-
tortion. Estes pedais po- tronics são insuperáveis.
dem ser combinados Gravar guitarra é quase como que pintar
com os amplificado- um quadro, pois quanto mais opções de
res que você tem, cores o artista tiver na sua paleta, mais
aumentando em rico de possibilidades será o quadro. Com
muito a gama de um número razoável de tubos com dife-
som e opções para rentes cores de tinta, as combinações se-
você ou seu clien- rão infinitas. Uma vez montado o setup de
te. Se tiver outros guitarra, vamos ver como captar este som,
pedais de efeitos, mas isso fica para o próximo mês.
além dos de boost Abraços a todos os especialistas em gra-
e overdrive, me- var guitarra do planeta!!!
lhor ainda, pois alguns
efeitos ficam melhores quando Para saber mais
colocados na hora de tocar, antes do
redacao@backstage.com.br
amplificador, como wah-wah, com-
83
BAIXO ELÉTRICO| www.backstage.com.br
NEW
84
BASS SCHOOL
incluir pedais de outros fabrican-
tes. Um acelerômetro de 3 eixos de
100 metros e se encaixa conforta-
velmente na mão, pé ou headstock
Soundblox 2, Pro Soundblox e de-
mais pedais da Source Audio atra-
movimento traduz-se em um sinal do instrumento. vés da saída do sensor de 1/8". A
de expressão dinâmica e precisa, a O Hot Hand 3 conecta-se a todos estação base receptora também
qual pode ser aplicada a uma série os pedais modelos Soundblox ®, possui uma saída padrão de expres-
de parâmetros, incluindo o efeito são ¼” compatível com a maioria
de varreduras de filtro, os níveis de dos pedais de terceiros equipados
drive e de modulação e mix entre com uma entrada de expressão de
sinais wet/dry. O anel de luz, sem ¼”, tais como o PS-5 Pitch Shifter
fio, é capaz de transmitir mais de Chief, Eventide Space Reverb,
Line 6 DL4 e muitos mais.
O sistema consiste de um anel de
sensores sem fio, fonte de alimen-
tação anel carregador DC, estação
base, receptor e cabo do sensor. O
anel é alimentado por uma bateria
recarregável de íons/lítio subs-
tituível, com um tempo médio de
operação de 6 horas entre as cargas.
O que se percebe neste sistema é
uma total interação entre movi-
mento e música. O instrumentista
pode literalmente usar sua cria-
tividade musical desenhando on-
85
BAIXO ELÉTRICO| www.backstage.com.br
das e movimentos que controlam os •Pode ser usada até quatro unidades
efeitos de formas distintas. Com isto, Hot Hand separadas, simultanea-
a consciência de que o movimento, mente, sem interferência no sinal.
assim como o silêncio, está intima- •Licença gratuita para uso wireless ao
mente relacionado à música, ultrapas- redor do Globo (ISM band).
sará os limites atuais. Se você é um gearcrazy ou mesmo
Com o que se pode verificar em vídeo ansioso por novidades tecnoló-
no Youtube, este tipo de equipamento gicas-musicais, se cansou do “mais
leva-nos a outro patamar sonoro. do mesmo” e quer experimentar
Claro, para tocar samba, choro, bossa novidades, este é um dos muitos
etc, isto pode não servir; mas para fu- dispositivos que esperam por sua
sões, world music, rock experimental criatividade.
e para não criarmos raízes no chão, aí Paz Profunda .:.
sim, esta é uma caixinha mágica!
Para saber online
ESPECIFICAÇÕES
•Compatível com todos os pedais
Soundblox, Soundblox 2, Soundblox
Pro e Hot Hand.
•Trabalha com diversos pedais e racks
de efeito equipados com entrada ¼”
Expression. Chave DIP facilita confi-
guração do efeito.
•Seleção entre 3 diferentes movi-
mentos (X, Y e Z).
•Transmissor RF capaz de atingir aci- jorgepescara@backstage.com.br
ma de 30 metros. http://jorgepescara.com.br
87
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
88
Do dia 30 de abril de
1972, quando a
Orquestra Sinfônica
Brasileira tocou as
Os 40 anos
do Projeto Aquarius
primeiras notas da
Alvorada, de Carlos
Gomes, no Parque do
Flamengo, até os dias
J á faz quarenta anos que o Projeto
Aquarius traz espetáculos de músi-
ca clássica para o grande público. A co-
PRODUÇÃO
Pela grande quantidade de músicos e
as dimensões dos espetáculos, os con-
de hoje, muita coisa memoração foi no dia 15 de setembro, certos do Projeto Aquarius sempre re-
mudou. Mas, ainda com um show no palco montado em presentaram um grande desafio para
frente ao Hotel Copacabana Palace, em empresas de sonorização e para a pro-
hoje, o Projeto Copacabana, no Rio de Janeiro. dução em geral. Filho de Péricles de
Aquarius continua Dirigido pela diretora do Theatro Muni- Barros, criador do Projeto com Ro-
cipal, Carla Camurati, o show teve a par- berto Marinho, Luciano Costa, nasci-
desafiando os
ticipação, mais uma vez, da OSB, regida do no ano de fundação do Aquarius, é
profissionais de áudio. pelo maestro e diretor musical Roberto o diretor de produção. “Com certeza,
Minczuc. Além da orquestra, também hoje é mais simples que há 15, 20
Miguel Sá participaram o Coro Sinfônico do Rio de anos. Porém, ao mesmo tempo, pro-
redacao@backstage.com.br Janeiro e o Coro Infantil da OSB. A bai- curamos coisas novas, e aí criamos
Revisão Técnica: larina Ana Botafogo dançou coreografia também as dificuldades. Ou seja, eu
José Anselmo “Paulista” especialmente feita para a ocasião. A sou o próprio culpado da minha difi-
Fotos: Divulgação apresentação foi do jornalista Pedro Bial. culdade”, brinca o produtor.
Luciano ressalta o pioneirismo
tecnológico do Projeto Aquarius.
“A primeira vez que se usou raio
laser no Brasil, a primeira câmera
filmando sobre um balé e a primei-
ra vez que foi usado um line array
em concerto aberto, ao ar livre, no
Brasil, foi no Projeto Aquarius”,
enumera. O amplo uso de microfo-
nes DPA e de LED na iluminação e
no telão mostram que o evento
continua atualizado com relação
às tendências tecnológicas.
A pré-produção do evento dura
cerca de seis meses. O início é a
reunião com o realizador, que é o
Jornal O Globo. “Aí nós definimos
Monitores para o maestro
a pauta do ano e, em cima disso,
criamos uma série de situações. Hoje, a sonorização é feita pela tos que participam da festa. No
Depois, conversamos com o Abel Event Solutions (EVS) em parceria caso desse evento, para ter um som
Gomes para criar a cenografia. A com a Gabisom. Por conta de vento, o menos vulnerável possível às
partir dai, está criada a criança”, condições acústicas desfavoráveis e condições desfavoráveis, a opção
detalha Luciano. Após a ideali- da quantidade de pessoas no públi- foi microfonar cada instrumento
zação e a montagem da estrutura co, a sonorização de uma orquestra individualmente, e não por nai-
de palco, a colocação de som e luz se torna algo bastante complexo. pes, como é mais comum. “Aqui
demora uma semana. Para “domar” um som feito para tem microfone Neumann no co-
soar acusticamente, é necessário ro, DPAs diversos para cada tipo
CAPTANDO A ORQUESTRA investir em microfonação e canais, de instrumento, Isomax, SM- 57
Fernando Scholl começou a traba- muitos canais. Mais de 120 no caso na percussão, Sennheiser MD 421,
lhar no Projeto Aquarius ainda do Projeto Aquarius. Das percus- RE-20, Countrymans, Sennheiser
quando a empresa que sonorizada o sões às cordas, cada instrumento é ME66, AKG C3000. A maioria
evento era a MacAudio. “Aprendi microfonado individualmente. Isso dos microfones é condensador”,
muito com o Roldão”, diz o técnico. sem contar os coros infantis e adul- expõe Fernando.
89
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
“ Se for estabelecer
90
”
as laterais e a parte de trás do palco fos-
sem fechadas com panos e, é claro, ocor-
reu o farto uso de windscreens.
MIXAGEM
Fazer uma mixagem ao vivo com mais
de 100 canais pode parecer uma missão
impossível, mas uma orquestra é prati-
camente um organismo, com músicos
extremamente treinados e acostuma-
dos a tocar juntos, todos reproduzindo
uma dinâmica muito próxima. No en-
tanto, a posição dos microfones precisa Kako, da Gabisom
91
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
Amek Recall
para receber o sinal da percussão.
fícil é chegar no equilíbrio entre or- Evandro Kako foi o funcionário da
questra e coro. Tem que saber que Gabisom que trabalhou no evento,
hora é mais orquestra, mais coro. acompanhado por Alessander Bri-
Por isso, quando é estabelecido o to e Reinaldo Oliveira. Como não
programa, a produção me manda as foi feita microfonação do ambien-
trilhas, converso com o maestro, te para orquestra, foram usadas
ele diz o que é mais importante. São três máquinas Lexicon de reverbs:
dois meses de pré-produção comi- uma 300 e duas PCM 80. Os com-
go”, detalha o técnico. pressores Avalon foram usados
Bolinho, responsável pelo projeto de luz
A mesa master - que mandava o som para as madeiras (clarone, clarine-
para as 28 V-Dosc do PA (14 de cada nas para bailarinos e maestro, já que te, etc), que tem muito ataque, e
lado), os nove subs Meyer Sound 700 músicos de orquestra não gostam de para os coros.
HP e as oito CQ2 do front fill, tam- tocar com retorno – foi feita com
bém da Meyer Sound – foi uma caixas da Clair Brothers. As cordas COMEMORAÇÃO
Amek Recall. A monitoração – ape- foram mixadas em grupos na Mi- No decorrer destas quatro décadas,
foram 325 espetáculos realizados
em todo o Brasil. Muitos deles mo-
Iluminação numentais, como a reconstituição
do Grito do Ipiranga em São Paulo,
O projeto cenográfico de Abel Gomes Tem equipamento Grand MA que grava
foi montado em um palco de mil e du- (as programações) no estúdio, tem a
em 1981, assistido por 500 mil pes-
zentos metros quadrados. A cenografia 3D, então sobra mais tempo para cuidar soas. A procura pela popularização
foi feita de forma a integrar o painel de da programação, criação, tudo graças da música sinfônica também levou
LED e a iluminação. Valmor Neves, da à evolução da tecnologia. Eu já tinha a a encontros pouco comuns, como
Zuluz, conhecido como Bolinho, foi o planta do cenário e chego aqui com qua- o que aconteceu na inauguração do
responsável pelo projeto de iluminação. se toda a programação feita, mas tem Sambódromo, em 1984, quando as
Ele usou LEDs RGBW e moving lights sempre uma mudança de última hora”,
bandas de rock Blitz e Barão Ver-
pelas facilidades de cores e de progra- comenta o lighting designer.
mações. Foram 300 LED RGBW, 24 Valmor trabalhou com uma equipe de 20 melho tocaram com a OSB. “Es-
moving heads Vari-Lites 3000 e 12 DTS. pessoas, entre técnicos de dimmer, de tamos fazendo 40 anos de um con-
Valmor está há 28 anos no Projeto moving lights, operadores de canhões, certo que, apesar de ser com or-
Aquarius. “Todo ano tem uma evolução rack man, etc. “Fico muito feliz em fazer o questra sinfônica, é, sempre foi e
grande em equipamento de luz. Antes Aquarius nestes anos todos, fico sempre sempre será um show”, define
era mais lúdico, hoje é mais técnico. muito emocionado”, acrescenta. Luciano Costa.
93
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
94
Lighting
Expositores e palestras
voltadas para o setor de
iluminação fizeram da
movimenta 20% do
terceira edição da Lighting
Week Brasil, entre os dias 19 e
23 de setembro, um local
perfeito para troca de
A feira mudou de local e a edição 2012
da Lighting Week Brasil, que este
ano ocorreu no Expo Center Norte, em
estimados em R$ 120 milhões. Mais de
três mil profissionais do setor de ilumina-
ção, entre projetistas, consultores, técni-
São Paulo, contou também com dois dias cos, arquitetos, engenheiros, designers, ci-
informações entre os de palestras com profissionais consagra- neastas, artistas e diretores, passaram pe-
profissionais. dos, além de expositores nacionais e es- los corredores do Expo Center Norte.
trangeiros. A estimativa da organização é Nomes como dos brasileiros Cesio
redacao@backstage.com.br que o evento tenha movimentado cerca Lima, Jamile Tormann, Joel Brito e do
Fotos: Divulgação de 20% do faturamento anual do setor, sueco Nicklas Arvidsson, que apresen-
Feira de iluminação estreia novo local em 2012
Week 2012
mercado
tou uma palestra sobre wireless e
DMX, foram uns dos destaques da
programação deste ano, totali-
zando mais de 10 horas de pales-
tras. Segundo Esteban Risso, dire-
tor da Gobos do Brasil e presidente
da Associação Brasileira de Ilumi-
nação Profissional (Abrip), o ob-
jetivo das palestras técnicas, por Césio Lima fala sobre a iluminação nas Olimpíadas de Londres
95
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
“ Buscamos
palestrantes ícones
no mercado
96
trabalho, até a de
entretenimento,
(Esteban)
” Joel Brito alertou sobre segurança nas instalações Daniel Ridano: novas tecnologias nas mesas grandMA
97
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
98
Jamile Tormann encerrou o último dia de palestras com um bate-papo entre os profissionais
99
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
A capital de
NO RUMO
São Paulo foi palco
de mais uma edição
da Expocristã,
evento dedicado ao
segmento gospel e
CERTO
MERCADO GOSPEL SEGUE SE PROFISSIONALIZANDO
que reúne, em um
só local, editoras,
gravadoras e
produtos para
S egundo os organizadores, nos seis
dias de feira, foram movimentados
mais de R$ 100 milhões em negócios.
cristã, o Ecad (Escritório Central de
Arrecadação e Distribuição) aproveitou
os cinco dias para divulgar dois traba-
102
103
SOM NAS IGREJAS | www.backstage.com.br
San
104
da
Igreja da Penha - Duas caixas na parte frontal da Igreja
parte do santuário.
tuário
Penha, RJ
O templo fica no alto de uma grande pedra e, para parte da zona norte do Rio de
subir até lá, o fiel pode usar o plano inclinado que Janeiro. É claro que não poderia
vem desde o portão de entrada do Santuário, ou subir faltar uma estrutura de sono-
os 382 degraus da tradicional escadaria, que foram
esculpidos diretamente na pedra em agradecimento a
Concha acústica: Sistema K-Array 400
uma graça alcançada no início do século XIX. Desde com um sub e duas caixas
então, o lugar já ganhou até música na voz de Luiz
Gonzaga, Baião da Penha, onde ele pede a bênção para
a “gente brasileira que quer paz para trabalhar”.
SONORIZAÇÃO
Desde que o complexo de favelas do Alemão – no
qual fica incrustada a igreja – foi ocupado pelo exérci-
to, em 2010, e depois ganhou uma Unidade de Polícia
Pacificadora (UPP), o local vem sendo revitalizado e
recebe cada vez mais visitantes. Além dos fiéis que
vão assistir à missa e pagar promessas, o local também
recebe turistas em busca da vista panorâmica de boa Soundcraft SI Compact
105
SOM NAS IGREJAS | www.backstage.com.br
NOVO SISTEMA
PARA A CONCHA ACÚSTICA
Se no sistema regular não há novidades,
na concha acústica ocorreu um investi-
mento em novos equipamentos de sono-
rização da K-Array. A concha fica ao ar li-
vre, em um local com capacidade para até
30 mil pessoas. A decisão pela compra do
equipamento foi um processo lento, que
durou dois anos. “Devido ao custo do alu-
guel, padre Serafim (Serafim Fernandes,
reitor do Santuário) queria adquirir um
Padre Serafim Fernandes e Jucyer Falcão sistema de sonorização para a concha
rização. A gerência deste sistema é feita acústica”, relembra Jucyer Falcão.
por Jucyer Falcão. O técnico ofereceu três opções de sistema
Quando começou a trabalhar no local, ao padre. No fim das contas, ele escolheu
quatro anos atrás, havia um sistema mon- os sistemas da K- Array: o KR 400 para o
tado com linha de tensão constante de 70 PA frontal e o KR 200 para cobrir as late-
106
volts. Este tipo de sistema é usado quando rais do palco. Os testes definitivos para a
é necessário que o som chegue a longas compra do equipamento foram feitos em
distâncias com poucas perdas durante o parceria com a Gobos do Brasil, represen-
caminho por longos cabos, como é justa- tante da K-Array no país, durante os even-
mente o caso do santuário. “O som vem tos do Mês de Maria, em maio de 2012, que
aqui para a igreja, vai para as caixas da es- incluíram uma missa campal com Dom
cadaria e chega até a loja lá embaixo”, ex- Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janei-
plica Falcão. O sistema tem três caixas em ro. “Eram mais de dez mil pessoas”, comen-
cada lado externo da igreja, três no lado ta Falcão. Além dos sistemas K-Array, fo-
interno mais um retorno para o padre, um ram adquiridas quatro caixas de retorno
para o coral, duas caixas na parte traseira e VRM 1550A da Attack e o console digital
na frontal, quatro caixas na escadaria e Soundcraft Si Compact. No feriado de 12
mais duas na loja, já na parte de baixo do de outubro, dia de Nossa Senhora de
santuário. Quando há missa, o som vem Aparecida, aconteceu a 377a Festa de Nos-
dos microfones Gooseneck da TSI que sa Senhora da Penha. O equipamento foi
captam a voz do padre e é emitido por novamente usado para a missa e no show
tfodas estas caixas, da igreja à loja. do cantor católico Izaías Carneiro, presi-
O coro que atua nas missas é captado dente da Comunidade Coração Novo.
por um pequeno microfone JTS CM
502, específico para coral. “O padrão po- Para saber online
lar dele é cardióide, com uma abertura de
mais ou menos 120 graus. Coloquei-o a
uma altura que pega todo o coral”, espe-
cifica o técnico de som. Em horários de-
terminados, são tocados CDs com a Ave
Maria e o Terço. “Tem que ser em um vo-
lume bem agradável, de som ambiente
mesmo”, explica Falcão.
Na capela Sagrado Coração de Jesus, na
www.santuariopenhario.org.br
parte de baixo do Santuário, também há
www.gobos.com.br
Caixa na escadaria um sistema de som de configuração seme-
107
BOAS NOVAS | www.backstage.com.br
Rachel Malafaia
retoma produção de novo CD
Após período de maternidade com a da sem título definido. A sessão de fotos
LEANDRO chegada de seu segundo filho, a cantora realizada para seu álbum foi em um pon-
VINÍCIUS RECEBE Rachel Malafaia voltou à Central Gos- to turístico de Niterói (RJ), após Rachel
TROFÉU DE OURO pel Music para reunião com seus repre- descobrir sobre sua gravidez. O lança-
Aconteceu no último dia
04 de outubro a entrega sentantes a fim de selecionar as fotos mento do CD está previsto para o pri-
do “Troféu de Ouro”. A que irão ilustrar seu terceiro álbum, ain- meiro semestre de 2013.
celebração teve como
apresentadores os jura-
MK Music
dos do Programa Raul
Gil, José Messias e Si-
mony e a cantora Thais
Séliguer. Entre os premia-
dos, Jotta A, como melhor recebe três troféus na ExpoCristã
cantor, Leandro Vinícius,
como melhor cantor mirim, A MK Music recebeu três troféus na bém de Aline Barros e CIA 3 e o “Prê-
108
Cristina Mel, como melhor ExpoCristã, ocorrida no Anhembi, São mio Consumidor Cristão/EBF”. O CD
cantora, e Fat Family como Paulo. Os prêmios recebidos foram na Extraordinário Amor de Deus foi certifi-
melhor grupo. categoria “Mais Vendidos Consumidor cado com um Disco de Diamante por
Cristão” pelo álbum Extraordinário mais de 360 mil cópias vendidas, e o CD
Amor de Deus, de Aline Barros, catego- e DVD Aline Barros e Cia 3 já conquista-
ria “CD e DVD infanto-juvenil” tam- ram Discos de Ouro.
Sandro Nazireu recebe disco de ouro Cristo Vivo indicado ao Troféu Promessas
109
Lançamentos
BOAS NOVAS | www.backstage.com.br
redacao@backstage.com.br
www.backstage.com.br 3
SOM NAS IGREJAS
4 www.backstage.com.br