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Trabalho de Pesquisa sobre o Texto Argumentativo

1. Com Base em dois ou mais autores diferentes (seguir as normas exigidas pela
ocorrência de uma citação no seu texto), apresente:

1.1. O conceito de texto argumentativo/argumentação:


Resposta: Natália Petrin definiu os textos argumentativos como sendo “aqueles
que tem como principais características defender uma ideia, hipóteses, teoria opinião
com o objectivo de convencer o leitor” (Petrin,2018 ).
O texto argumentativo pode também ser visto como “ Todo e qualquer texto que
visa convencer o se ouvinte ou leitor da tese nele defendida” (Nascimento, 2014).
1.2. A noção de argumentos e contra-argumentos;
Resposta: Segundo o Dicionário Online de Português, argumento é um meio usado
para persuadir, para tentar convencer alguém, fazendo com que essa pessoa mude de
ponto de vista ou de maneira de agir e vê o contra-argumento como o a prova ou
afirmação que se opõe a outra.
E de acordo com o Dicionário da Porto Editora, o argumento é o raciocínio
destinado a provar ou refutar uma determinada tese e o contra-argumento é o
argumento que se opõe a outro ou é apresentado para contestar.

1.3. A noção de prova/demonstração ou exemplos que reforçam os


argumentos.
Resposta: A demostração no texto argumentativo é a ocorrência no texto de provas
que mostram a validade da tese defendida (Nhacumbe, 2019).
E ainda, Eudenise Limeira vê a prova de um argumento como “ comprovação
pela experiência ou observação por meio da documentação de dados que
confirmem sua validade”.

2. Qual é a finalidade ou objetivos comunicacionais dos textos argumentativos?


Resposta: Os textos argumentativos tem como objectivo ou finalidade a defesa de
uma tese ou princípios com a apresentação de dados e observações que a confirmem,
em suma, em suma, os textos argumentativos tem a finalidade ou objectivo de
convencer alguém das nossas ideias.

3. Elabore sobre a estrutura (organizacional) do texto argumentativo, podendo, se


necessário apresentar o esquema correspondente.
Resposta: Os textos argumentativos são organizados da seguinte forma:
 Introdução: corresponde a fase de exposição da tese que vai ser
discutida;
 Desenvolvimento: é a fase mais longa e corresponde a fase
argumentativa, aqui são expostos os diversos argumentos que sustentam
a tese;
 Conclusão: nesta fase faz-se a síntese dos argumentos apresentados e faz-
se a confirmação da tese;
4. Aspectos linguísticos da argumentação:

4.1. Discuta e exemplifique os marcadores de discurso/ conectores frásicos


que intervém na elaboração do texto argumentativo (se necessário, apresente um
quadro-resumo explicativo dos marcadores mais importantes).
Resposta: Os textos argumentativos apresentam os seguintes conectores frásicos
nos seguintes momentos:
 Introdução - comecemos por…, analisemos primeiro…, recordemo-nos
de …, a principio…;
Exemplo: “ Convém realçar, a princípio, o estabelecimento do comércio
virtual a sua contribuição para a continuidade da problemática…”
(Admirável Chip Novo, Varela, 2018)
 Demonstração/exemplo: em primeiro lugar…, em segundo lugar…, tais
como…, a saber…, tal é o caso de …, como acontece com/em…, por
exemplo…, como o exemplo de…;
Exemplo: “Em primeiro plano, evidencia-se, por parte do estado, a
ausência de políticas públicas…” (Cine Hollywood, Gomes,2017)
 Conclusão: portanto…, por isso…, acreditamos/dizemos/estamos
convictos de que…;
Exemplo: “Portanto, indubitavelmente, medidas são necessária para
resolver esse problema ….” (Desafios para a formação educacional de
surdos no Brasil, Castelo Branco,2017).

4.2. Reflita sobre a função da linguagem e o nível de língua predominantes


nos textos argumentativos (apresente exemplos recolhidos em textos
argumentativos selecionados por si).
Resposta: quanto a linguagem os textos argumentativos são caraterizados por:
 Possuem linguagem clara, formal e objectiva;
Exemplo: “Nesse contexto não há dúvidas de que a formação educacional de
surdos é um desafio no Brasil o qual ocorre, infelizmente…o preconceito da
sociedade”. (Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil,
Castelo Branco,2017)
 Maior parte dos verbos encontram-se na 3ª pessoa gramatical;
Exemplo: “Em primeiro plano, evidencia-se, por parte do estado, a
ausência de políticas públicas…” (Cine Hollywood, Gomes,2017)
 Predominância da função apelativa ou imperativa;
Exemplo: “ É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para
facilitar o acesso democrático ao cinema no país” (Cine Hollywood,
Gomes,2017).

5. Nos textos em anexo ao presente texto, faca uma leitura critica e refira:

5.1. A tese defendida em cada texto;


Resposta: O texto «A televisão» defende que a televisão não tem influência na
corrupção dos valores morais, sociais, culturais e políticos dos telespectadores.
Por sua vez, o texto «Videoclipes: Moda ou Sexismo» defende que a postura das
mulheres presente nos videoclipes nacionais é sexista e promove uma imagem errada da
mulher.

5.2. Os argumentos e respetivas provas ou exemplos (estudar cada texto


separadamente);
Resposta: Os argumentos apresentados no texto «A televisão» são:
“ Vários trabalhos sociológicos se tem debruçado sobre os efeitos
morais, sociais, culturais e políticos da televisão. Esta, de uma maneira
geral, não determina informações tao importantes como se julgo muitas
vezes…”
“…Mas na realidade, parece antes que, se os programas de televisão dão
um lugar muito importante as imagens de violência. Isso não transforma
em delinquentes os indivíduos que não tinham uma predisposição para a
violência.”
“...Mas pode também ter, por vezes, efeitos catárticos, oferecendo uma
saída imaginaria para as tendências agressivas, graças a processos de
identificação e de projeção.”
“…Na realidade, os efeitos da televisão exercem-se n interior de grupos
sociais distintos e é provável que o conjunto dos telespectadores se torne
cada vez mais diversificado.”
“… Mais exatamente, o pequeno ecrã amplifica as tendências pré-
existentes …mas só raramente cria tendências”

E os argumentos do texto «Videoclipes: Moda ou Sexismo» são:


“A moda não tem nada a ver com o sexismo. Tanto uma coisa como
outara tem sentidos diferente...”
“… Enquanto que moda significa… a maneira essencialmente mutável e
passageira de se comportar e, sobretudo de se vestir o que mais se usa; o
sexismo, de acordo com o dicionário de língua portuguesa quer dizer: “...
Atitude de descriminação tomada por muitos homens contra as mulheres,
que tem por base o sexo””.
“… Quando três ou meia dúzia de jovens vestidas, á maneira, como
dizem …trata-se, pura e simplesmente, de sexo fora de contexto, e não
de moda…”
“… Apresentar a mulher assim torna-se sexista, pois reforça o
estereótipo, segundo o qual a mulher “só é boa para isso”, é um objecto
sexual”

5.3. A conclusão apresentada (em cada);


Resposta: A conclusão apresentada no texto «A Televisão» é a de que a
televisão não influi nos comportamentos violentos ou faz baixar o êxito escolar
das crianças.
E a conclusão que do texto «Videoclipes: Moda ou Sexismo» é que os
videoclipes musicais atuais retratam as mulheres de uma forma sexista e que
reforça o estereótipo “machista” da mulher

5.4. O tipo de linguagem e caracterize-a de forma desenvolvida (use


exemplos retirados dos textos em analise).
Resposta: A linguagem usada nos textos é clara, objetiva e formal. Isso serve
para que o texto seja abrangente ao público em geral e para que seja percetível a
todo público-alvo.
Exemplo: “ Qualquer telespectador, atento ou não, que gosta de músicas deve ter
reparado nas figurantes que acompanham os nossos cantores, e, em alguns casos
cantoras. Meninas de calças, vulgo colantes,…Será moda? Sexismo? Ou as duas
coisas?”
Quanto ainda a linguagem, este tipo de texto possuí como função de linguagem a
função apelativa ou imperativa. Isto ocorre porque o objectivo principal deste
tipo de texto é o de persuadir o leitor a mudar a aderir ao nosso ponto de vista.
Exemplo: “… Apresentar a mulher assim torna-se sexista, pois reforça o
estereótipo, segundo o qual a mulher “só é boa para isso”, é um objecto sexual”
Neste tipo de texto, encontram-se também, os verbos empregues na 3ª pessoa,
isto ocorre co forma do autor conecar.se mais com o leitor.
Exemplo: ”Entendamo-nos bem: Não estou aqui para fazer a moral a nenhuma
mulher…”

6. Fruto da leitura e seleção por si efetuada, anexe ao presente trabalho três textos
argumentativos (indicando a fonte/ referencias bibliográficas).
Resposta:

“Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”


Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra
morro acima eternamente. Todos os dias, Sísifo atingia o topo do rochedo,
contudo era vencido pela exaustão, assim a pedra retornava à base.
Hodiernamente, esse mito assemelha-se à luta cotidiana dos deficientes auditivos
brasileiros, os quais buscam ultrapassar as barreiras as quais os separam do
direito à educação. Nesse contexto, não há dúvidas de que a formação
educacional de surdos é um desafio no Brasil o qual ocorre, infelizmente, devido
não só à negligência governamental, mas também ao preconceito da sociedade.
A Constituição cidadã de 1988 garante educação inclusiva de qualidade aos
deficientes, todavia o Poder Executivo não efetiva esse direito. Consoante
Aristóteles no livro "Ética a Nicômaco", a política serve para garantir a
felicidade dos cidadãos, logo se verifica que esse conceito encontra-se deturpado
no Brasil à medida que a oferta não apenas da educação inclusiva, como também
da preparação do número suficiente de professores especializados no cuidado
com surdos não está presente em todo o território nacional, fazendo os direitos
permanecerem no papel.
Outrossim, o preconceito da sociedade ainda é um grande impasse à
permanência dos deficientes auditivos nas escolas. Tristemente, a existência da
discriminação contra surdos é reflexo da valorização dos padrões criados pela
consciência coletiva. No entanto, segundo o pensador e ativista francês Michel
Foucault, é preciso mostrar às pessoas que elas são mais livres do que pensam
para quebrar pensamentos errôneos construídos em outros momentos históricos.
Assim, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para transpor as
barreiras à formação educacional de surdos.
Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse
problema. Cabe ao Ministério da Educação criar um projeto para ser
desenvolvido nas escolas o qual promova palestras, apresentações artísticas e
atividades lúdicas a respeito do cotidiano e dos direitos dos surdos. - uma vez
que ações culturais coletivas têm imenso poder transformador - a fim de que a
comunidade escolar e a sociedade no geral - por conseguinte - conscientizem-se.
Desse modo, a realidade distanciar-se-á do mito grego e os Sísifos brasileiros
vencerão o desafio de Zeus.

Isabella Barros Castelo Branco

"Admirável Chip Novo"

A obra musical "Admirável Chip Novo", da cantora Pitty, retrata a manipulação


das ações humanas em razão do uso das tecnologias, que findam por influenciar
o comportamento dos indivíduos. Não obstante, tal questão transcende a arte e
mostra-se presente na realidade brasileira através da filtragem de dados na
internet e sua utilização como ferramenta de determinação de atitudes,
consequência direta do interesse do mercado globalizado e da vulnerabilidade
dos usuários. Assim, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do
pleno funcionamento da sociedade.
Convém ressaltar, a princípio, o estabelecimento do comércio virtual e sua
contribuição para a continuidade da problemática. Quanto a esse fator, é válido
considerar a alta capacidade publicitária da web, bem como sua consolidação
enquanto espaço mercantil - possibilitador de compra e venda de produtos. Sob
esse aspecto, o célebre géografo, Milton Santos, afirma a existência de relação
entre o desenvolvimento técnico-científico e as demandas da globalização,
justificando, assim, a constante oferta de conteúdos culturais e comerciais que
podem ser adquiridos pelos usuários, de modo a fortalecer o mercado mundial e
o capitalismo.
Paralelo a isso, a imperícia social vinculada ao déficit em letramento digital
fomenta a perpetuação do impasse. Nesse viés, as instituições educacionais
ainda não são eficazes na educação tecnológica, por não contarem com estrutura
profissional e material voltado ao tema. Ademais, a formação de indivíduos
vulneráveis possibilita a ação do mecanismo que pode transformar
comportamentos, tornando-os passíveis de alienação. Essa conjuntura contraria o
Estado proposto pelo filósofo John Locke - assegurador de liberdade -, gerando
falsa sensação de autonomia e expondo internautas a um ambiente não
transparente, em que decisões são previamente programadas por outrem.
Em suma, faz-se imprescindível a tomada de medidas atenuantes ao entrave
abordado. Posto isso, concerne ao Estado, mediante os Ministérios da Educação
e Ciência e Tecnologia, a criação de um plano educacional que vise a elucidar a
população quanto aos riscos da navegação na rede e à necessidade de adaptação
aos novos instrumentos digitais. Tal projeto deve ser instrumentalizado na oferta
de aparelhos tecnológicos às escolas, para a promoção de palestras e aulas
práticas sobre o uso da tecnologia, mediadas por técnicos e professores da área,
objetivando a qualificação dos usuários e a prevenção de casos de manipulação
de atitudes. Dessa maneira, o Brasil poderá garantir a liberdade de seus cidadãos
e o Estado lockeano poderá ser consolidado."

Rylla Lídice Varela de Melo

“Cine Hollywood”

O filme “Cine Hollywood” narra a chegada da primeira sala de cinema na cidade


de Crato, interior do Ceará. Na obra, os moradores do até então vilarejo
nordestino têm suas vidas modificadas pela modernidade que, naquele contexto,
se traduzia na exibição de obras cinematográficas. De maneira análoga à história
fictícia, a questão da democratização do acesso ao cinema, no Brasil, ainda
enfrenta problemas no que diz respeito à exclusão da parcela socialmente
vulnerável da sociedade. Assim, é lícito afirmar que a postura do Estado em
relação à cultura e a negligência de parte das empresas que trabalham com a
“sétima arte” contribuem para a perpetuação desse cenário negativo.
Em primeiro plano, evidencia-se, por parte do Estado, a ausência de políticas
públicas suficientemente efetivas para democratizar o acesso ao cinema no país.
Essa lógica é comprovada pelo papel passivo que o Ministério da Cultura exerce
na administração do país. Instituído para ser um órgão que promova a
aproximação de brasileiros a bens culturais, tal ministério ignora ações que
poderiam, potencialmente, fomentar o contato de classes pouco privilegiadas ao
mundo dos filmes, como a distribuição de ingressos em instituições públicas de
ensino básico e passeios escolares a salas de cinema. Desse modo, o Governo
atua como agente perpetuador do processo de exclusão da população mais pobre
a esse tipo de entretenimento. Logo, é substancial a mudança desse quadro.

Outrossim, é imperativo pontuar que a negligência de empresas do setor —


como produtoras, distribuidoras de filmes e cinemas — também colabora para a
dificuldade em democratizar o acesso ao cinema no Brasil. Isso decorre,
principalmente, da postura capitalista de grande parte do empresariado desse
segmento, que prioriza os ganhos financeiros em detrimento do impacto cultural
que o cinema pode exercer sobre uma comunidade. Nesse sentido, há, de fato,
uma visão elitista advinda dos donos de salas de exibição, que muitas vezes
precificam ingressos com valores acima do que classes populares podem pagar.
Consequentemente, a população de baixa renda fica impedida de frequentar
esses espaços.

É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para facilitar o acesso


democrático ao cinema no país. Posto isso, o Ministério da Cultura deve, por
meio de um amplo debate entre Estado, sociedade civil, Agência Nacional de
Cinema (ANCINE) e profissionais da área, lançar um Plano Nacional de
Democratização ao Cinema no Brasil, a fim de fazer com que o maior número
possível de brasileiros possa desfrutar do universo dos filmes. Tal plano deverá
focar, principalmente, em destinar certo percentual de ingressos para pessoas de
baixa renda e estudantes de escolas públicas. Ademais, o Governo Federal deve
também, mediante oferecimento de incentivos fiscais, incentivar os cinemas a
reduzirem o custo de seus ingressos. Dessa maneira, a situação vivenciada em
“Cine Hollywood” poderá ser visualizada na realidade de mais brasileiros.

Daniel Gomes
Referências bibliográficas

PETRIN, Natália. Texto Argumentativo. Todo Estudo. Disponível em:


https://www.todoestudo.com.br/portugues/texto-argumentativo Acesso em: 12 de
November de 2021.
MACIE. F, Pré-universitário Português 11ª Classe, 2ª ed. Maputo, Longman, 2009.
GUIMINO JUNIOR. E, Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa, Maputo,
Universidade Pedagógica
NASCIMENTO. A, Argumentação. Disponível em:
http://educacao.globo.com/portugues/assunto/texto-argumentativo/argumentacao.html
acesso em 11 de novembro de 2021
Dicionário online em Português, https://www.dicio.com.br/argumento/ , acesso a 10 de
novembro de 2021
Porto Editora – argumento no Dicionário infopédia da Língua Portuguesa Porto: Porto
Editora. Disponível em
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/argumento Acesso 2021-11-14
18:30:19.

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