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PEGAR QUALQUER DEMANDA

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No universo do direito previdenciário, um dos erros mais comuns e
potencialmente prejudiciais que advogados podem cometer é aceitar
indiscriminadamente qualquer demanda que apareça. A especialização
e a seleção criteriosa dos casos são cruciais para o sucesso profissional e
a satisfação do cliente.

Riscos de Não Ser Seletivo

Aceitar qualquer caso que chega até você pode levar a uma série de
problemas:

- Falta de Conhecimento Específico: Cada área do direito


previdenciário tem suas nuances. Sem conhecimento específico, o
advogado pode falhar em fornecer a melhor orientação possível,
comprometendo o resultado do caso.

- Ineficiência: Trabalhar em áreas fora de sua especialização pode exigir


mais tempo para pesquisa e preparação, o que reduz a eficiência geral e
pode aumentar os custos para o cliente.

- Desgaste Profissional: Lidar com uma ampla variedade de casos,


especialmente aqueles fora de sua zona de conforto, pode levar ao
esgotamento profissional, diminuindo a qualidade do trabalho e a
satisfação no emprego.

Construindo uma Prática Direcionada

Para evitar o erro de aceitar qualquer demanda, aqui estão algumas


estratégias que advogados previdenciaristas podem adotar:

- Defina Seu Nicho: Identifique as áreas dentro do direito previdenciário


que mais lhe interessam e nas quais você tem ou deseja desenvolver
expertise. Por exemplo, focar em aposentadorias especiais, benefícios
por incapacidade ou revisões de benefícios.
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- Educação Contínua: Mantenha-se atualizado com as últimas
tendências, leis e práticas em sua área escolhida. A educação contínua é
fundamental para manter a competência e a relevância no mercado.

- Marketing Direcionado: Utilize estratégias de marketing que reflitam


sua especialização. Isso inclui a criação de conteúdo relevante para o
seu público-alvo, participação em eventos especializados e redes sociais
focadas em discussões de tópicos específicos de previdência.

- Triagem Eficaz de Clientes: Desenvolva um processo de triagem para


identificar casos que se alinham com sua área de especialização e rejeite
aqueles que não se enquadram. Isso garantirá que você possa dedicar
seu tempo e recursos aos casos onde pode ter o maior impacto.

Por fim, aceitar qualquer demanda sem critérios pode parecer uma
oportunidade de aumentar o volume de trabalho, mas, a longo prazo,
tende a diminuir a qualidade do serviço prestado e a satisfação dos
clientes. Especializar-se e escolher cuidadosamente os casos não só
aumenta a probabilidade de sucesso em cada processo, como também
solidifica a reputação do advogado como um especialista no campo do
direito previdenciário. Portanto, para uma carreira duradoura e
respeitada, é fundamental ser seletivo e estratégico ao aceitar casos.

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FOCAR NAS DOENÇAS E NÃO NA
INCAPACIDADE

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Um dos erros críticos no direito previdenciário é focar exclusivamente
nas doenças que o cliente possui, sem avaliar adequadamente como
essas condições afetam sua capacidade de trabalho. É de fundamental
importância centrar a análise na incapacidade laborativa e como isso
pode impactar significativamente o resultado dos processos
previdenciários.

Entendendo a Incapacidade Laborativa

A incapacidade laborativa é um conceito fundamental no direito


previdenciário, pois é ela que determina se um indivíduo é elegível para
receber determinados benefícios. Enquanto a doença é uma condição
médica diagnosticada, a incapacidade refere-se ao impacto dessa
doença na capacidade do indivíduo de realizar trabalho ou atividades
diárias. Avaliar corretamente essa incapacidade é crucial para
fundamentar a necessidade e o direito ao benefício.

Riscos de Focar Apenas nas Doenças

Focar somente nas doenças sem considerar a incapacidade pode levar a


vários problemas:

- Interpretação Equivocada: A existência de uma doença não implica


automaticamente em incapacidade para o trabalho. Sem uma análise
detalhada, corre-se o risco de supor erradamente que o cliente tem
direito a um benefício.

- Falhas na Argumentação Legal: Petições que discutem


extensivamente a condição médica sem vinculá-la à incapacidade
laborativa podem ser vistas como insuficientes ou irrelevantes para o
caso, comprometendo a defesa.

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- Desfavorecimento em Avaliações Médicas: Médicos peritos avaliam a
incapacidade, não apenas a doença. Uma abordagem mal direcionada
pode resultar em laudos desfavoráveis, pois não foram adequadamente
destacados os efeitos da doença na capacidade de trabalho do cliente.
Estratégias para Avaliar a Incapacidade

Para evitar o erro de focar apenas nas doenças, advogados


previdenciaristas devem adotar as seguintes práticas:

- Histórico Completo do Cliente: Além do diagnóstico médico, colete


informações detalhadas sobre como a doença afeta as atividades diárias
e profissionais do cliente. Isso inclui tarefas que ele não consegue mais
realizar, ajustes no local de trabalho necessários e como a condição
impacta sua vida diária.

- Uso de Evidências Funcionais: Apresente evidências que mostrem


não apenas a existência da doença, mas como ela impede o cliente de
trabalhar. Isso pode incluir relatórios médicos detalhados e registros de
tratamentos anteriores que demonstram tentativas de mitigar os efeitos
da doença.

- Preparação para Perícias Médicas: Prepare seu cliente para as


perícias, destacando a importância de discutir os impactos práticos da
doença em sua capacidade de trabalho. Garanta que todos os
documentos e evidências que suportem essa incapacidade estejam
organizados e prontos para serem apresentados. O cliente deve enfatizar
suas limitações e restrições laborais para o perito.

Ao mudar o foco das condições médicas para os efeitos práticos na vida


laboral do cliente, o advogado aumenta significativamente as chances
de obter um resultado positivo no processo. Este enfoque não só é
fundamental para a construção de uma argumentação robusta, mas
também para a defesa eficaz dos direitos do cliente.

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NÃO INVESTIGAR A VIDA SOCIAL DO
CLIENTE

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Um erro significativo que os advogados previdenciaristas podem
cometer é negligenciar a investigação da vida social do cliente. A falta de
entendimento sobre as atividades diárias e o ambiente social do cliente
pode impactar adversamente o resultado dos pedidos de benefícios
previdenciários.

É comum encontrar situações em que a narrativa jurídica da petição


inicial é confrontada com dados sobre a vida social do cliente dos quais
o magistrado possui acesso.

A Relevância da Vida Social na Avaliação Previdenciária

No que se refere aos benefícios previdenciários por incapacidade


laborativa, a vida social do cliente pode fornecer insights cruciais sobre
sua real capacidade laboral e sua saúde mental e física. Detalhes como a
frequência com que o cliente participa de atividades sociais, hobbies, e
outros engajamentos podem ser indicativos do seu estado geral de
saúde e capacidade funcional.

Riscos de Ignorar o Contexto Social

Ao não considerar a vida social do cliente, o advogado pode enfrentar


várias dificuldades:

- Avaliações Periciais Contraditórias: Informações sobre a vida social


do cliente podem surgir durante avaliações médicas e contradizer o
argumento de incapacidade, especialmente se atividades são
inconsistentes com as alegadas limitações.

- Falta de Preparação para Arguições da Parte Contrária: Podem ser


utilizadas evidências das atividades sociais do cliente para questionar a
gravidade de sua condição ou incapacidade, surpreendendo o
advogado e prejudicando o caso.

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- Descredibilidade do Cliente: Se revelado que o cliente participa
ativamente em atividades que requerem esforço físico ou mental que ele
alega não poder realizar, isso pode prejudicar seriamente sua
credibilidade e, por extensão, a do caso. Nos pedidos de benefícios
rurais, as pesquisas judiciais e administrativas podem revelar o exercício
de atividade urbana informal que impossibilite a concessão do benefício.

Para evitar esse erro, é essencial adotar uma abordagem mais holística
que inclua a investigação da vida social do cliente:

- Entrevistas Detalhadas: Durante as consultas, faça perguntas


específicas sobre a vida diária do cliente, incluindo passatempos,
interações sociais e rotinas. Essas informações podem oferecer uma
perspectiva mais completa sobre suas capacidades e limitações.

- Documentação e Testemunhos: Incentive o cliente a manter um diário


de atividades ou colete testemunhos de amigos e familiares. Esses
documentos podem ser úteis para corroborar a narrativa do cliente e
fornecer um quadro mais fiel de suas limitações.

- Preparação para Perícias e Audiências: Prepare o cliente para discutir


sua vida social de maneira honesta e precisa em perícias e audiências.

- Verificar redes sociais: Embora não seja algo obrigatório, muitas vezes
é importante perguntar ao cliente se há postagens públicas em suas
redes sociais que possam prejudicar a concessão do benefício.

A vida social do cliente é um aspecto importante e que, se ignorado,


pode levar a surpresas desagradáveis durante o processo, enquanto
uma abordagem meticulosa pode significativamente aumentar as
chances de sucesso.

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NÃO VERIFICAR O CNIS

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Um dos erros fundamentais que advogados previdenciaristas podem
cometer é negligenciar a verificação do Cadastro Nacional de
Informações Sociais (CNIS) de seus clientes. O CNIS tem grande
importância no processo previdenciário e a falta de uma análise
adequada pode prejudicar significativamente o caso.

Importância do CNIS

O CNIS é uma base de dados que reúne informações sobre as relações


de trabalho, contribuições previdenciárias e outros dados relevantes
dos trabalhadores brasileiros. Ele é crucial para a comprovação de
vínculos empregatícios e períodos de contribuição, elementos
essenciais para a concessão de benefícios previdenciários.

Riscos de Ignorar o CNIS

A falta de verificação do CNIS pode resultar em vários problemas:

- Dados Incompletos ou Incorretos: Sem a verificação, podem ocorrer


surpresas desagradáveis, como descobrir tardiamente que há períodos
de contribuição não registrados ou incorretamente reportados.

- Atrasos no Processamento de Benefícios: A ausência de dados


atualizados e precisos pode levar a atrasos substanciais na análise e
concessão de benefícios previdenciários.

- Decisões Desfavoráveis: A falta de evidência de contribuição ou de


vínculos empregatícios corretos pode resultar em decisões negativas,
necessitando de correções e recursos que prolongam o processo.

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Estratégias para Utilizar o CNIS Eficazmente

Para evitar essas complicações, os advogados devem adotar práticas


rigorosas de verificação e gestão de dados do CNIS:

- Acesso e Análise Regular: Assegure-se de ter acesso regular ao CNIS


do seu cliente e faça análises detalhadas para verificar a precisão e a
completude dos registros.

- Correção de Informações: Em caso de discrepâncias, oriente o cliente


sobre como corrigir as informações, seja por meio de contato direto com
o INSS ou através de ajustes nos registros junto aos empregadores
anteriores.

- Documentação Complementar: Prepare e mantenha uma


documentação complementar robusta que possa apoiar qualquer
alegação feita com base nos dados do CNIS, como contracheques,
contratos de trabalho e declarações de imposto de renda.

- Atualização sobre nomenclaturas: Com as constantes inovações,


foram inseridos vários SIGLAS/vínculos que devem ser de conhecimento
do advogado para a correta análise do CNIS.

Verificar e analisar o CNIS não é apenas uma etapa administrativa; é uma


prática crítica que pode definir o sucesso ou fracasso de um pedido de
benefício previdenciário. A precisão dos dados contidos nesse cadastro
é fundamental para a defesa eficaz dos direitos do cliente e para a
agilização do processo. Assim, dedicar tempo e recursos para assegurar
a integridade dessas informações é essencial para qualquer prática
previdenciarista bem-sucedida. Ignorar essa etapa pode resultar em
contratempos significativos e potencialmente comprometer a relação de
confiança com o cliente.

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FAZER UMA PETIÇÃO INICIAL PROLIXA

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Um erro comum e prejudicial na prática previdenciarista é a elaboração
de petições iniciais prolixas. A concisão é essencial e uma petição inicial
prolixa pode diminuir a eficácia do processo jurídico.

A Importância da Concisão nas Petições Iniciais

A petição inicial é o primeiro contato do juiz com o caso. Ela deve ser
clara e objetiva para garantir que o juiz compreenda os fatos essenciais e
as demandas do cliente de maneira eficiente. Petições prolixas podem
obscurecer os pontos importantes, diluindo a argumentação e
dificultando a rápida apreciação do mérito.

Riscos de uma Petição Inicial Prolixa

A elaboração de petições iniciais demasiadamente longas e complexas


traz vários riscos:

- Dificuldade de Compreensão: Textos longos e desnecessariamente


complicados podem confundir não apenas os juízes e suas assessorias,
mas também os próprios clientes e outros advogados.

- Atrasos Processuais: Juízes sobrecarregados com muitos casos


podem adiar a análise de documentos extensos, o que retarda o
andamento do processo.

- Perda de Argumentos Cruciais: Pontos vitais podem se perder em


meio a detalhes irrelevantes, reduzindo a eficácia da argumentação
jurídica.

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Estratégias para Elaborar Petições Eficazes
Para evitar o erro de redigir petições prolixas, é crucial adotar uma
abordagem mais estratégica e consciente:

- Planejamento e Estruturação: Antes de escrever, planeje a estrutura


da petição. Defina os pontos chave e organize-os de maneira lógica e
persuasiva.

- Foco nos Fatos Relevantes: Concentre-se em descrever apenas os


fatos e argumentos que são diretamente relevantes para o caso. Evite
digressões e a inclusão de informações que não contribuem para a
decisão do juiz. É essencial destacar as informações fundamentais. Se o
pedido é de restabelecimento de benefício, é primordial que a
informação sobre o NÚMERO DO BENEFÍCIO (NB) e a Data de cessação
do benefício (DCB) estão destacados na petição.

- Uso de Linguagem Clara e Direta: Utilize uma linguagem simples e


direta. Evite jargões legais desnecessários e frases complexas que
podem obscurecer o entendimento.

- Revisão e Edição: Após escrever a petição, revise-a minuciosamente.


Procure reduzir o volume do texto sem comprometer a integridade dos
argumentos. Peça a um colega ou mentor para revisar o documento com
um olhar crítico.

Uma petição inicial bem elaborada é um componente crucial para o


sucesso de qualquer ação judicial. Ela deve ser suficientemente
informativa para fundamentar o pedido, mas também suficientemente
concisa para facilitar a sua análise. Advogados previdenciaristas devem
resistir à tentação de incluir detalhes supérfluos, focando em apresentar
um documento claro, objetivo e persuasivo. Ao evitar petições iniciais
prolixas, aumenta-se a probabilidade de uma resposta judicial rápida e
favorável, melhorando assim as chances de sucesso no processo.

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NÃO APRESENTAR QUESITOS
PERSONALIZADOS

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Um dos erros significativos na prática previdenciarista é a falta de
apresentação de quesitos personalizados durante as perícias médicas.
Quesitos bem formulados podem influenciar decisivamente o resultado
de um processo.

Importância dos Quesitos Personalizados

Quesitos são perguntas específicas formuladas pelo advogado e


direcionadas ao perito, com o objetivo de esclarecer pontos relevantes
ao caso durante uma perícia médica. Quesitos personalizados ajudam a
garantir que o perito foque nos aspectos mais cruciais da condição do
cliente, relacionados diretamente à sua capacidade laboral e às
especificidades do caso.

Riscos de Quesitos Genéricos ou Ausentes

A utilização de quesitos genéricos ou a ausência de quesitos específicos


podem levar a vários problemas:

- Avaliações Incompletas: Sem direcionamento específico, o perito


pode não fornecer informações detalhadas sobre questões chave que
determinam a concessão de benefícios.

- Interpretações Ambíguas: Quesitos mal formulados ou muito amplos


podem resultar em respostas vagas que não contribuem
significativamente para a defesa do caso.

- Perda de Oportunidades de Argumentação: Perguntas precisas


podem destacar pontos fortes do caso ou contradições nas alegações da
parte contrária, que se perdidas, podem diminuir a força da
argumentação jurídica.

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Estratégias para Formular Quesitos Eficazes

Para maximizar a efetividade dos quesitos, advogados previdenciaristas


devem adotar as seguintes práticas:

- Análise Detalhada do Caso: Antes de formular os quesitos, realize uma


análise meticulosa de todos os aspectos do caso, especialmente
detalhes médicos e funcionais do cliente.

- Consultas com Especialistas: Considerar a consulta com médicos ou


outros especialistas na preparação dos quesitos pode ajudar a garantir
que as perguntas sejam tecnicamente pertinentes e estrategicamente
úteis.

- Personalização de Acordo com o Caso: Adapte os quesitos às


particularidades de cada caso. Perguntas específicas sobre como as
condições do cliente afetam sua capacidade de trabalhar podem ser
cruciais.

- Revisão e Ajuste: Revise os quesitos com atenção à clareza e


relevância. Pergunte-se se cada quesito contribui diretamente para
esclarecer pontos que apoiem o argumento legal.

Quesitos personalizados são fundamentais para a obtenção de laudos


periciais que suportem eficazmente as reivindicações previdenciaristas.
Eles servem como uma ferramenta essencial para direcionar a análise do
perito, focando em informações que são diretamente relevantes para o
caso. Ignorar a importância de formular quesitos personalizados pode
resultar em perícias subutilizadas, onde oportunidades de fortalecer a
argumentação legal podem ser perdidas. Portanto, dedicar tempo e
esforço adequados na preparação de quesitos detalhados e bem
pensados é um investimento que pode ter um retorno significativo no
sucesso dos processos.

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NÃO ORGANIZAR OS DOCUMENTOS
JUNTADOS

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Um erro comum que pode comprometer seriamente a eficácia de uma
ação previdenciária é a falta de organização dos documentos juntados
ao processo. Para evitar essa falha são necessárias estratégias para uma
gestão eficiente de documentos.

A Importância da Organização Documental

A organização adequada dos documentos em um processo


previdenciário é crucial. Documentos bem organizados facilitam a
análise do juiz, da assessoria, da autarquia previdenciária e do perito,
destacando as evidências que suportam o caso. Além disso, uma boa
organização pode influenciar positivamente a percepção da seriedade e
profissionalismo do advogado.

Riscos de Documentação Desorganizada

Documentos desorganizados ou apresentados de maneira confusa


podem levar a diversos problemas:

- Dificuldade de Acesso a Informações Cruciais: Documentos


importantes podem se perder em meio a uma grande quantidade de
papéis, dificultando a defesa eficaz dos direitos do cliente.

- Impressão Negativa: Uma documentação desorganizada pode causar


uma má impressão junto ao judiciário, afetando a credibilidade do
advogado e do caso.

- Atrasos no Andamento do Processo: A desorganização pode retardar


significativamente o processo, pois exige mais tempo para que todas as
partes envolvidas revisem e entendam os documentos.

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Estratégias para uma Gestão Eficaz de Documentos

Para assegurar a organização eficiente dos documentos e evitar os


problemas associados, siga estas práticas recomendadas:

- Categorização e Indexação: Separe e categorize os documentos por


tipo e relevância. Crie um índice detalhado que facilite o acesso rápido a
qualquer documento específico.

- Digitalização e Armazenamento Eletrônico: Com o processo judicial


eletrônico, é recomendável que os documentos digitalizados sejam
nomeados e claramente identificados, de forma que seja facilmente
encontrados quando da análise do processo.

- Checklist de Documentação: Desenvolva uma checklist que cubra


todos os documentos necessários para cada tipo de caso. Isso ajuda a
garantir que nenhum documento importante seja esquecido.

- Revisão Regular: Faça revisões periódicas dos documentos ao longo


do caso para assegurar que tudo está atualizado e corretamente
arquivado conforme novas informações e documentos forem surgindo.

A organização dos documentos juntados é um aspecto fundamental do


processo legal previdenciário que não deve ser negligenciado. Investir
tempo na organização e gerenciamento eficaz dos documentos não só
melhora a eficiência do processo como também reflete positivamente na
reputação profissional do advogado. A adesão a práticas rigorosas de
gestão documental pode ser decisiva para o sucesso de um caso,
facilitando o trabalho do judiciário e garantindo que todos os
argumentos e evidências sejam facilmente acessíveis e compreensíveis.

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NÃO IMPUGNAR LAUDOS
DESFAVORÁVEIS

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Um erro crítico que pode prejudicar significativamente a defesa em
casos previdenciários é a falha em impugnar laudos médicos periciais
desfavoráveis. É imprescindível a importância de uma abordagem
proativa frente a esses laudos com a realização de impugnações
eficazes.

A Importância da Impugnação de Laudos Desfavoráveis


Laudos médicos periciais têm um papel central em processos
previdenciários, influenciando diretamente as decisões sobre
concessões de benefícios. Um laudo desfavorável, se não contestado,
pode ser visto como uma concordância tácita com suas conclusões, o
que pode ser decisivo para o indeferimento de um pedido.

Riscos de Não Impugnar Laudos Desfavoráveis


Ignorar laudos médicos desfavoráveis sem contestação pode levar a
vários problemas:

- Aceitação de Conclusões Errôneas: Se não impugnados, laudos


desfavoráveis podem ser aceitos como verdadeiros, mesmo que
contenham erros ou interpretações questionáveis.

- Perda de Credibilidade: A falha em contestar um laudo pode ser


interpretada como uma falta de diligência ou de confiança na própria
argumentação do advogado.

- Decisões Judiciais Adversas: Laudos não contestados tendem a


fortalecer a posição da parte contrária, podendo resultar em decisões
judiciais desfavoráveis.

- Preclusão: A inercia da parte quando intimada acerca do laudo atrai os


efeitos da preclusão, o que pode impedir futura impugnação em sede
recursal.

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Estratégias para Impugnar Laudos Eficazmente

Para impugnar eficazmente laudos médicos desfavoráveis, é essencial


adotar as seguintes estratégias:

- Análise Detalhada do Laudo: Revise o laudo minuciosamente para


identificar quaisquer inconsistências, erros ou omissões que possam ser
exploradas na impugnação.

- Consulta com Especialistas: Trabalhe em conjunto com médicos ou


outros especialistas para formular uma resposta técnica que questione
os pontos específicos do laudo pericial.

- Preparação de Quesitos Complementares: Se necessário, prepare


quesitos adicionais para uma nova perícia ou para esclarecer dúvidas
específicas que não foram adequadamente abordadas no laudo original.

- Elaboração de uma Argumentação Sólida: Construa uma


argumentação baseada em evidências médicas, testemunhos e na
legislação pertinente para suportar a impugnação, mostrando como o
laudo pericial não reflete adequadamente a situação do cliente.

Uma abordagem passiva diante de laudos desfavoráveis pode minar


seriamente as chances de sucesso do caso. Portanto, o advogado
previdenciarista deve estar esteja preparado para analisar criticamente
tais laudos e contestá-los de forma estratégica e embasada, garantindo
que todas as evidências e argumentos sejam considerados
adequadamente no processo. Ao fazer isso, o advogado não apenas
protege os interesses do cliente, mas também reforça a integridade e a
precisão do sistema judicial.

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NÃO ACOMPANHAR O ANDAMENTO
PROCESSUAL E PEDIR CELERIDADE

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A falta de acompanhamento do andamento processual e de solicitação
de celeridade quando necessário é um erro comum que pode afetar
negativamente a eficácia e o tempo de resolução de um caso
previdenciário. O monitoramento ativo dos processos e uma atuação
proativa pode influenciar positivamente os resultados para o cliente.

A Importância do Acompanhamento Processual

O acompanhamento rigoroso do andamento processual permite ao


advogado estar sempre atualizado sobre o status do caso, identificar
eventuais atrasos e agir prontamente para resolver pendências ou
impasses que possam surgir. Essa vigilância constante favorece o
andamento processual e evitar atrasos desnecessários.

Riscos de Não Monitorar o Processo

Não acompanhar devidamente o processo pode levar a várias


consequências negativas:

- Atrasos no Processo: Sem um acompanhamento ativo, determinadas


etapas do processo podem sofrer atrasos significativos sem que medidas
corretivas sejam tomadas.

- Perda de Prazos Importantes: Falhar em monitorar o processo pode


resultar na perda de prazos para a realização de ações importantes,
como interposição de recursos ou cumprimento de exigências.

- Desinformação ao Cliente: A falta de atualizações frequentes pode


deixar o cliente desinformado sobre o andamento de seu caso,
prejudicando sua confiança no advogado e aumentando sua ansiedade
e frustração.

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Estratégias para um Acompanhamento Eficaz

Para garantir que o processo seja conduzido de maneira eficiente e


proativa, adote as seguintes estratégias:

- Uso de Ferramentas de Gestão: Implemente o uso de softwares de


gestão jurídica que permitam o monitoramento automático de processos
e alertas para datas importantes.

- Agendamento de Revisões Periódicas: Estabeleça um cronograma


regular de revisão dos casos para verificar o progresso e identificar
necessidades de ação rápida.

- Solicitação de Celeridade: Quando apropriado, não hesite em solicitar


celeridade no processo, especialmente em casos que envolvam direitos
de natureza alimentar ou quando houver justificativa de urgência devido
à condição de saúde do cliente.

- Comunicação Ativa com o Cliente: Mantenha uma comunicação


regular e transparente com o cliente, informando-o sobre o status do
processo e as medidas que estão sendo tomadas para avançar o caso.

O acompanhamento ativo do andamento processual é um dever


fundamental do advogado previdenciarista e um elemento importante
para o sucesso do caso. Advocacia proativa não só acelera a tramitação
dos processos como também constrói uma relação de confiança e
satisfação com o cliente. Ao evitar a complacência e ao adotar uma
abordagem diligente e sistemática, o advogado pode significativamente
aumentar as chances de uma resolução favorável e tempestiva do caso.

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DEIXAR DE SE ATUALIZAR

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Outro erro na prática previdenciarista, e em qualquer área do direito, é o
descuido com a atualização constante sobre as novidades legislativas,
jurisprudenciais e as mudanças nas práticas administrativas
previdenciárias.

A Importância da Atualização Contínua

O direito previdenciário é uma área particularmente suscetível a


mudanças frequentes em legislação e interpretações jurisprudenciais.
Manter-se atualizado é necessário para garantir que a advocacia seja
efetiva e que os direitos dos clientes sejam plenamente defendidos sob
as normas mais recentes.

Riscos de Não Manter-se Atualizado

A falha em acompanhar as atualizações pode levar a vários problemas


significativos:

- Aplicação de Normas Desatualizadas: Utilizar leis ou entendimentos


que já foram modificados pode resultar em falhas na aplicação de
direitos, prejudicando o caso e o cliente.

- Perda de Competitividade: Advogados que não se atualizam podem


perder competitividade no mercado, uma vez que clientes e outros
profissionais tendem a preferir aqueles que demonstram conhecimento
atual e profundo.

- Decisões Judiciais Desfavoráveis: A falta de conhecimento sobre as


mais recentes decisões judiciais pode levar à construção de argumentos
fracos ou inaplicáveis, impactando negativamente os resultados dos
processos.

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Estratégias para Manter-se Atualizado

Para evitar esse erro, advogados previdenciaristas devem adotar


estratégias proativas de atualização:

- Educação Continuada: Participar de cursos, seminários e workshops


sobre direito previdenciário. Muitas associações jurídicas oferecem
programas de atualização contínua que podem ser muito benéficos.

- Leitura Regular: Manter uma rotina de leitura de periódicos jurídicos,


decisões recentes dos tribunais superiores e boletins informativos de
órgãos como o INSS e o Conselho Nacional de Justiça.

- Participação em Redes de Profissionais: Integrar redes de


profissionais e fóruns de discussão onde são compartilhadas
experiências, novas leis e interpretações jurisprudenciais.

- Assinatura de Serviços de Alerta: Utilizar serviços que enviam alertas


sobre mudanças legislativas e novas decisões judiciais relevantes para o
direito previdenciário.

Manter-se atualizado é um dever de todo advogado, não apenas para a


eficácia de sua prática, mas como parte de seu compromisso ético-
profissional. A atualização constante permite que o advogado
previdenciarista ofereça o melhor suporte possível aos seus clientes,
garantindo a aplicação correta das leis e maximizando as chances de
sucesso nos processos. Deixar de se atualizar não apenas compromete a
qualidade dos serviços prestados, mas também pode afetar a reputação
e a confiança depositada pelo cliente no profissional.

32
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