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CURSO DE GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA E PRIVADA

ALUNO: SAMUEL OLIVEIRA BATISTA MELO

MECANISMOS UTILIZADOS PARA A DEFESA


DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS

GOIÂNIA (GO)
Ninguém Pode
Ser Punido Pelo
Que Pensa ou
Pelo Modo de
Viver: A
Proibição de
Punir Estilos de
Vida na
Constituição
Federal do Brasil
Introdução

A Constituição Federal de 1988, conhecida como a "Constituição

Cidadã", estabelece um conjunto de direitos e garantias

fundamentais que protegem a dignidade da pessoa humana e

asseguram a liberdade individual. Um dos princípios centrais dessa

Carta Magna é a impossibilidade de punição baseada em

pensamentos ou no estilo de vida de um indivíduo, requerendo

sempre a realização de um fato concreto para qualquer

responsabilização penal. Este trabalho analisa como os artigos 136

a 141 da Constituição Federal reforçam essa proteção, garantindo

que ninguém possa ser punido por mera cogitação ou pelo modo de

viver.

A Proteção Constitucional aos Direitos


Fundamentais
Artigo 136: O Estado de Defesa
O artigo 136 da Constituição Federal regulamenta o Estado de

Defesa, previsto para ser utilizado em situações de grave e iminente

instabilidade institucional ou calamidades de grandes proporções na

natureza. Mesmo nestes contextos, a proteção aos direitos

fundamentais permanece. Especificamente, o § 2º do artigo 136

garante a preservação dos direitos à vida, à integridade física e


mental, à liberdade, ao devido processo legal, e ao sigilo da

correspondência e das comunicações, exceto em situações

específicas ordenadas judicialmente.

Artigo 137: O Estado de Sítio


O artigo 137 trata do Estado de Sítio, que pode ser decretado em

casos de comoção grave de repercussão nacional ou na ocorrência

de fatos que comprovem a ineficácia das medidas adotadas durante

o Estado de Defesa. Mesmo sob estas condições, o artigo 139

assegura que a liberdade de pensamento e expressão não pode ser

completamente suprimida, sublinhando a importância de não se

punir alguém por suas cogitações ou estilo de vida.

A Necessidade de Fato Concreto para a


Responsabilização Penal
Artigo 138: A Limitação dos Poderes Durante o
Estado de Sítio
O artigo 138 estabelece a duração e as normas que regem o

Estado de Sítio. Durante este período, ainda que medidas mais

drásticas possam ser adotadas, a Constituição impõe limites que

garantem a proteção dos direitos fundamentais. Isso inclui a

proibição de punições baseadas apenas em pensamentos ou

modos de vida, destacando a necessidade de um fato concreto para

a responsabilização penal.
Artigo 139: As Medidas Excepcionais
O artigo 139 detalha as medidas que podem ser tomadas durante o

Estado de Sítio, como a obrigação de permanência em localidade

determinada e a detenção em edifício não destinado a acusados ou

condenados por crimes comuns. Importante, o inciso III deste artigo

assegura que a liberdade de pensamento e expressão não será

restringida, reforçando a ideia de que a simples cogitação não é

passível de punição.

A Proibição de Punir Estilos de Vida


Artigo 140: A Fiscalização e Proteção dos Direitos
Fundamentais
O artigo 140 estabelece a fiscalização do cumprimento das medidas

adotadas durante o Estado de Defesa e o Estado de Sítio, com o

objetivo de assegurar que os direitos fundamentais sejam

respeitados. A fiscalização reforça a proibição de qualquer forma de

punição que não esteja baseada em atos concretos e comprovados,

prevenindo abusos e garantindo que os direitos individuais sejam

preservados.

Artigo 141: A Defesa das Garantias Individuais


O artigo 141 reforça a proteção das garantias individuais, afirmando

que qualquer cidadão pode ser responsabilizado penalmente

apenas com base em um fato concreto. Este artigo sintetiza os


princípios constitucionais discutidos, afirmando claramente que a

simples cogitação ou o modo de viver não podem ser objeto de

punição penal.

Conclusão
A Constituição Federal de 1988 estabelece de forma clara que

ninguém pode ser punido pelo que pensa ou pelo seu modo de

viver. A responsabilização penal deve estar sempre baseada na

realização de um fato concreto, assegurando que a liberdade de

pensamento e expressão sejam respeitadas, mesmo em situações

de crise. Os artigos 136 a 141 reforçam essa proteção, garantindo

que as liberdades individuais sejam preservadas e que a dignidade

da pessoa humana seja valorizada e protegida. Este princípio é

fundamental para a manutenção de uma sociedade justa e

democrática, onde os direitos fundamentais são respeitados e

protegidos em todas as circunstâncias.

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