Apostila Coem

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COMANDO DA AERONÁUTICA

CENTRO DE TRANSPORTE LOGÍSTICO DA AERONÁUTICA

CURSO DE OPERADOR DE EQUIPAMENTOS


MECANIZADOS
COEM
Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

OBJETIVO

A presente apostila tem por objetivo orientar os procedimentos no uso dos equipamentos
do SISCAN, para que se obtenha o máximo de eficiência no seu manuseio, observando-se ainda as
regras de segurança necessárias para sua utilização.

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

Sumário
CAPÍTULO I................................................................................................................................................ 7
1 EQUIPAMENTOS DE APOIO E DE PROTEÇÃO...............................................................................7
1.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 7
1.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL(EPI)................................................................8
1.2.1 Levantamento, transporte e descarga individual de materiais....................................................11
1.3 EQUIPAMENTOS DE PALETIZAÇÃO E APOIO AO SOLO......................................................12
1.3.1 PALLET 108”X88” MEDIDAS................................................................................................ 13
1.3.1.1 Utilização e conservação do pallet......................................................................................... 13
1.3.2 REDE P/ AMARRAÇÃO DE CARGA (PALLET 108”X88”)...............................................16
1.3.2.1 Utilização e conservação de redes........................................................................................... 18
1.3.3 Fita de amarração de carga......................................................................................................... 19
1.3.3.1 Utilização e conservação de fitas............................................................................................ 20
1.3.4 Acoplador para pallet 108”x88”................................................................................................... 20
2 AMARRAÇÃO DA CARGA................................................................................................................. 21
2.1 MONTANDO O PALLET 108” X 88”.......................................................................................... 21
2.2 DISTRIBUIÇÃO DA CARGA...................................................................................................... 21
2.3 MONTANDO E DOCUMENTANDO O PALLET........................................................................22
2.4 TÉCNICAS DE AMARRAÇÃO..................................................................................................... 22
3 PALLETS ACOPLADOS...................................................................................................................... 23
4 CARRETA DE 03 PALLET................................................................................................................... 23
5 DOLLY................................................................................................................................................... 24
6 CARRO PORTA BAGAGEM COM REBOQUE..................................................................................25
7 EMPILHADEIRA MANUAL.............................................................................................................. 25
8 BALANÇA PALETIZADA................................................................................................................... 26
9 BALANÇA P/ CARGA.......................................................................................................................... 27
10 UNHA DE CARGA............................................................................................................................. 28
11 EQUIPAMENTOS MOTORIZADOS................................................................................................. 28
11.1 EMPILHADEIRA COM CAP. DE 2.5 TON...............................................................................28
11.2 EMPILHADEIRA COM CAP. DE 7 TON................................................................................29
11.3 TRATOR..................................................................................................................................... 30

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TRATOR................................................................................................................................................ 30
11.4 ESTEIRA..................................................................................................................................... 30
11.5 LOADER – PFA-25...................................................................................................................... 31
12 CARACTERISTICAS INTERNAS DO C-130................................................................................... 32
12.1 SALÃO DE CARGA...................................................................................................................... 32
12.2 RAMPA....................................................................................................................................... 32
13 CARACTERISTICAS INTERNAS DO AMAZONAS C-105..........................................................32
13.1 DADOS OPERACIONAIS............................................................................................................. 32
13.2 GABARITO PARA PALLET (ANV C-105 AMAZONAS).........................................................33
CAPÍTULO II............................................................................................................................................. 34
EMPILHADEIRA...................................................................................................................................... 34
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 34
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................................................................ 35
1.3 OBJETIVOS OPERACIONAIS...................................................................................................... 35
1.4 INSTRUÇÃO DE OPERAÇÕES.................................................................................................... 36
1.4.1 ESTABILIDADE FRONTAL................................................................................................... 36
1.4.2 ESTABILIDADE LATERAL.................................................................................................... 38
1.4.3 PARTES QUE COMPÕEM A EMPILHADEIRA...................................................................40
1.4.4 COMANDOS............................................................................................................................. 42
1.5. INSTRUMENTOS DE CONTROLE............................................................................................ 47
1.6 TROCA DO BOTIJÃO DE GÁS.................................................................................................. 49
2 REGRAS BÁSICAS PARA OPERAR A EMPILHADEIRA.............................................................51
3 MANUTENÇÃO................................................................................................................................... 54
3.1 MANUTENÇÃO PREVENTIVA – CHEQUE SEMPRE:..............................................................54
3.1.2 COMO VERIFICAR............................................................................................................... 54
3.2 SUBSTITUIÇÃO DO CILINDRO DE GLP..................................................................................56
4 PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO.................................................................................................. 56
4.1 OPERAÇÕES COM CARGA......................................................................................................... 58
5 SINAIS APLICADOS NO LANÇAMENTO DE CARGA:.................................................................61
6 REGRAS DE SEGURANÇA............................................................................................................... 62
Obs: UNIDADES DE MEDIDA........................................................................................................ 63
CAPÍTULO III............................................................................................................................................ 63
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE SOLO DO BOEING 767-300 ER..............................................63
1 OBJETIVO ESPECÍFICO....................................................................................................................... 63
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2 APRESENTAÇÃO DOS PORÕES........................................................................................................ 64


3 DIMENSÕES DO LD-2....................................................................................................................... 64
4 - DIMENSÕES DO LD-8........................................................................................................................ 65
5 - DIMENSÕES DO PALLET 60.4” X 96” (PNA/PPC/FQA)..............................................................65
6 PALLET 125” x 96” (PMC).................................................................................................................. 66
7 - DIMENSÕES DO PALLET 125” X 88” (PAG/PAJ/PAP)...................................................................66
8 – BULK CARGO COMPARTIMENTO................................................................................................. 67
9 - DISPOSIÇÕES FINAIS....................................................................................................................... 67

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

CAPÍTULO I
1 EQUIPAMENTOS DE APOIO E DE PROTEÇÃO

1.1 INTRODUÇÃO

Os equipamentos, como serão vistos com bastantes detalhes durante o curso, são essenciais e de
suma importância na logística de materiais do SISCAN.
Conhecendo-se o princípio de funcionamento e a correta utilização dos diversos equipamentos, os
Terminais de Transporte Aéreo podem otimizar os processos de recebimento e expedição da carga.

USO DE CARRETA P/ 03 PALLETS USO DE EMPILHADEIRA

LANÇAMENTO DE CARGA

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1.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL(EPI)

COMENTÁRIO:
O que é um EPI?
EPI é a sigla para “Equipamento de Proteção Individual”, ou seja, é todo dispositivo ou produto
de uso individual utilizado pelo trabalhador com o intuito de protegê-lo dos riscos capazes de
ameaçar a sua segurança e a sua saúde.
Toda atividade laboral deve ser antecipada por uma “Análise Preliminar de Risco” (APR), na
qual se observará todos os riscos apresentados pelo ambiente e pela atividade a ser desempenhada.
Mediante tal identificação, busca-se primeiramente eliminar os riscos apresentados. Não sendo
possível eliminá-lo, busca-se em segundo plano minimizá-lo através de um “Equipamento de
Proteção Coletiva” (EPC) e, caso não seja possível a implementação desse EPC, recorre-se então ao
uso do EPI, como último recurso de proteção.
Exemplo:
Observa-se que em determinado setor da “Empresa ABC” há uma máquina cujo motor é
extremamente ruidoso, ultrapassando os limites, em decibéis, estabelecidos em normas técnicas para
a permanência de pessoal por mais de 8 horas de trabalho diário.
1º passo: Eliminar o risco de perda auditiva (Retirar a máquina desse ambiente para outro local);
2º passo (caso o 1º passo não possa ser implementado): Reduzir o risco de perda auditiva de
forma coletiva através de EPC - Substituir o motor da máquina por outro mais silencioso ou
encapsular o motor a fim de que o ruído seja reduzido para níveis permissíveis;
3º passo (caso o 1º e o 2º passo não possam ser implementados): Uso obrigatório de protetores
auriculares.
Por que usar o EPI?
Um operador que se utiliza do EPI apenas para não ser advertido pela chefia, acaba por não fazer
o seu uso da forma correta. O trabalhador inteligente valoriza sua saúde usando o EPI para protegê-
la, e não somente para livrar-se de advertências.

Um acidente de trabalho gera problemas para a OM ou Empresa, mas também para a família do
acidentado pois, ao ficar incapacitado (temporária ou permanentemente), sobrecarrega suas
atividades sobre outros membros e gera uma despesa com cuidados (tratamentos médicos, remédios,
fisioterapias, transporte, etc.) que, certamente, não estavam no orçamento familiar.

Quando o operador entende a importância e faz o correto uso do EPI, conforme o que lhe foi
determinado, demonstra que é uma pessoa comprometida com sua OM e seus regulamentos, trazendo
sobre si um olhar positivo por parte de seus pares e superiores.

Lembre-se: Qualquer incômodo causado pelo uso do EPI é passageiro, mas as sequelas de
um acidente ou doença decorrente de sua não utilização podem ser permanentes.

REGULAMENTAÇÃO:

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 Conforme a Norma Regulamentadora nº 6, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),


considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI), todo o dispositivo ou produto, de uso
individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.
 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser
posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do MTE. Este CA é
uma garantia da qualidade do produto para proteção do trabalhador durante sua utilização na
tarefa para a qual foi direcionada.
 Todo EPI deverá apresentar de forma visível o nome comercial da empresa fabricante, o lote
de fabricação e o número do CA. Caso seja material importado, deverá indicar também o nome
do importador.
 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas, e
c) Para atender a situações de emergência.

 Cabe à chefia do operador:


a) Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
b) Exigir seu uso;
c) Fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e
g) Registrar o seu fornecimento ao trabalhador.

 Cabe ao operador:
a) Usar, utilizando-se apenas para a finalidade a que se destina;
b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) Comunicar à chefia qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e
d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

 Os EPI são específicos e destinados à proteção:


a) Da cabeça.
b) Dos olhos e face.
c) Auditiva.
d) Respiratória.
e) Do tronco.
f) Dos membros superiores.
g) Dos membros inferiores.

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h) Do corpo inteiro.
i) Contra queda com diferença de nível.

EPI mais usados nos serviços em atividades do SISCAN:

PROTETOR AURICULAR LUVAS

ABAFADOR CAPA DE CHUVA

BOTAS ÓCULOSDE PROTEÇÃO

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1.2.1 Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

Conforme a Norma Regulamentadora 17 (Ergonomia), deve-se observar os seguintes preceitos:

- Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado
inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.
(17.2.1.1)

- Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou
que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas. (17.2.1.2.)

- Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18 (dezoito) anos e maior de
14 (quatorze) anos. (17.2.1.3.) .

- Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo
peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. (17.2.2.) .

- Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve
receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar,
com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. (17.2.3.) .

- Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão ser usados meios
técnicos apropriados. (17.2.4.) .

- Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o
peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não
comprometer a sua saúde ou a sua segurança. (17.2.5.) .

- O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos,
carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço
físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a
sua saúde ou a sua segurança. (17.2.6.)

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1.3 EQUIPAMENTOS DE PALETIZAÇÃO E APOIO AO SOLO

PALLET 108” X 88” ACOPLADORES (P/ PALLET 108” X 88”)

REDE PARA C-130 (PALLET 108” X 88”) CARRETA PARA TRÊS PALETES

LUVA COM ROLETES BALANÇA

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FITA COM CATRACA DOLLY

1.3.1 PALLET 108”X88” MEDIDAS

Destina-se a servir de base para um ou mais itens de carga, formando um único volume. Este
pallet é utilizado para acondicionar cargas a serem transportadas nas ANV, C-130 (Hércules) e C-105
(Amazonas).

Características:
Comprimento: 2,74 m (108”)
Largura: 2,23 m (88’)
Espessura: 0,07 m (2,25”)
Peso: 290 Lbs. (120kg)
Cap. máxima de carga: 10.000Lbs (4.545 kg)
Limite de carga concentrada: 330 Lbs (166g/cm)
Número de argolas de amarração: 22, sendo 12 (doze) na posição 108” (seis de cada lado do
pallet) e 10 (dez) na posição 88”(cinco de cada lado).

OBS.: Havendo o empeno do pallet com medida superior à 3/8” da sua área total, o mesmo torna-
se inoperante para utilização em aeronave C-130 (Hércules) e C-105 (Amazonas).

1.3.1.1 Utilização e conservação do pallet

É o elemento básico de um Sistema Paletizado.


O pallet antes de ser utilizado deve ser limpo,
retirando-se todos os vestígios de lama, sujeira,
óleo e manchas. Deve- se cuidar para que os
produtos químicos de limpeza não danifiquem o

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alumínio e verificar se o mesmo encontra-se aberto ou empenado, pois sua utilização pode
comprometer seriamente a segurança da aeronave;

Não se deve empilhar os pallets vazios com a face superior para baixo, pois as argolas de
amarração se apoiarão no pallet inferior e assim que o peso sobre este aumentar, as argolas poderão
danificá-lo;
Se um pallet tiver que ser puxado do avião ou empurrado para dentro dele, pelo menos dois
pontos deverão ser utilizados para isso, de preferência usar as argolas dos extremos. Em nenhuma
condição, puxe um “pallet” carregado por um único ponto. Se esse método não for obedecido,
danos irreparáveis poderão ocorrer;

Nunca arraste um pallet sobre o piso, seja qual for a situação, pois foram construídos para
deslizarem unicamente sobre roletes ou carretilhas;

Assegure-se de que as fitas ou redes de amarração estejam propriamente ajustadas e em condições


normais de trabalho, garantindo para os pallets maior durabilidade.
Observe os apoios, pois um simples rolete desalinhado/desnivelado ou uma seção de trilhos
empenados, podem provocar sérios danos aos pallets;

O número máximo para empilhamento de pallet é de 10 (dez) unidades;

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Nunca devemos tentar levantar ou abaixar um pallet apoiando o garfo da empilhadeira nos
ressaltos do perfil ou nas cantoneiras;

Para armazenar pallets carregados, se não houver porta pallets, use sempre três linhas de apoio,
isto é, três caibros de madeira de 05 x 10 cm ou 10 x 25 cm;
A cubagem do pallet configurado para passageiro é de 9,50m 3 (com 40 cm nas laterais) e sem
passageiro é de 12,00m3(com 16 cm nas laterais);

No acondicionamento da carga, deverá ser observado o limite máximo de peso e altura para cada
pallet, de acordo com o tipo de aeronave que o mesmo será embarcado;

ERRADO

Quando for necessário o aproveitamento de um mesmo pallet, para acondicionar volumes


destinados a mais de uma localidade, os mesmos deverão ser posicionados de maneira a facilitar a
identificação e liberação dos mesmos;

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Na montagem de pallets em que existam volumes pesados de embalagens mais resistentes à tensão
das fitas e havendo necessidade de aproveitamento de espaço no pallet com volumes leves e de
embalagens frágeis, deverá ser feita uma amarração independente para cada grupo acima citado;

CORRETO

Na montagem de pallets em que existam somente volumes leves e frágeis deverão ser utilizadas
cantoneiras de papelão para a proteção dos mesmos, da tensão das fitas de amarração, a não ser que o
Terminal possua rede para amarração de carga;

Quando se tratar de tambores, deverá ser utilizada uma superfície intermediária (compensado)
entre esse tipo de carga e a superfície do pallet para aumentar a área de ação do peso concentrado, e a
sua amarração deverá ser feita lançando-se mão de cantoneiras de madeiras.

1.3.2 REDE P/ AMARRAÇÃO DE CARGA (PALLET 108”X88”)

Este tipo de rede é utilizado somente no pallet 108”x88”.

Características:

Tipo: fabricação americana


Cap. de resistência máxima; 10.000Lbs (4.545kg)
Confecção da rede: fitas de fio de nylon
Composição do conjunto: 02 (duas) redes laterais e 01 (uma) rede de topo

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REDE DE TOPO

REDE LATERAL

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

CANTO

CARGA PALETIZADA COM REDE E TOPO

1.3.2.1 Utilização e conservação de redes

As redes são recomendadas para amarração da carga ao pallet, cujas embalagens são frágeis, de
pouco peso, e não resistentes à tensão das fitas;

As redes deverão ser dobradas ou penduradas em local adequado (não deixá-las expostas ao
tempo).

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1.3.3 Fita de amarração de carga


Esta fita é utilizada para amarrar a carga a ser transportada sobre o pallet ou piso da aeronave, de
modo que a mesma não se mova em qualquer condição, exigida pela aeronave.
Características:
Tipo: catraca
Comprimento: 8,0 m
Largura: 0,04 m
Espessura: 0, 002 m
Confecção da fita: fita de nylon
Cap. de resistência máxima: 5.000Lbs (2.270kg)

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1.3.3.1 Utilização e conservação de fitas

O tensor das fitas de amarração foi projetado e construído para ser acionado apenas com as mãos,
nunca utilizando alavancas ou qualquer outra ajuda para travá-lo ou destravá-lo;
As fitas não poderão estar torcidas no ato da amarração, conter qualquer espécie de nó e não
poderão ser utilizadas se estiverem puídas;
As fitas deverão ser enroladas e guardadas em local adequado (não deixá-las exposta).

1.3.4 Acoplador para pallet 108”x88”

Este equipamento é utilizado para manter dois ou mais pallet unidos, de modo a permitir um
perfeito travamento no sistema do avião, mantendo o conjunto fixo, em decorrência do volume a
ser transportado não ser compatível com as dimensões de um único pallet.

Acoplador para pallet 108” x 88”

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2 AMARRAÇÃO DA CARGA

A amarração da carga nos pallets requer a máxima atenção do pessoal especializado. Os


equipamentos empregados atualmente proporcionam grande margem de segurança, se forem bem
utilizados;
Uma carga mal amarrada, ou uma rede ou fita de amarração de carga que estiver danificada, perde
a sua integridade estrutural, podendo comprometer seriamente a segurança de vôo.

2.1 MONTANDO O PALLET 108” X 88”

Coloque 03 escoras para cada pallet, em um piso nivelado, atentando para a obrigatoriedade de
possuírem alturas iguais.

ESCORAS

2.2 DISTRIBUIÇÃO DA CARGA

• Montando-se a carga adequadamente consegue-se um meio seguro de movimentá-la e


embarcá-la.
• Distribua a carga em formato piramidal ou de cubo.
• Procure distribuir o peso da carga adequadamente, bem como etiquetá-la de maneira clara e
bem visível!

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

2.3 MONTANDO E DOCUMENTANDO O PALLET

• Amarre a carga no pallet utilizando somente material e procedimentos adequados


• Meça a altura do pallet
• Pese o pallet
• Registre todos os volumes paletizados no manifesto de carga
• Todos os volumes devem estar adequadamente identificados no que tange a destino, peso e
volume.

CARGA COM MANIFESTO

2.4 TÉCNICAS DE AMARRAÇÃO

As técnicas de amarração irão variar de acordo com a carga a ser imobilizada no pallet.
A amarração pode ocorrer com fitas ou correntes.
Veículos paletizáveis e itens de grande volume podem ser acorrentados ao pallet.

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• Instalação da Rede
-Redes são utilizadas para fixar múltiplos objetos soltos para que se ajustem adequadamente ao
volume útil do pallet.
a- Centralize o topo da rede no alto da carga, observando a combinação dos lados do topo com o
pallet.
b- Enganche a rede de topo nas redes laterais usando os O-rings superiores das redes laterais
(quando a carga for alta) ou nos O-rings a meia-altura (quando a carga for baixa).
c- Comece por um dos cantos e circule a carga com redes laterais, observando a combinação do
lado maior da rede com o lado maior do pallet (108”).
d- Prenda os ganchos inferiores das laterais nas argolas do pallet.
e- Puxe as redes e una as pontas das redes laterais.
f- Para esticar a rede, tencione as fitas, simultaneamente, em lados opostos da carga
g- Prenda as pontas soltas das fitas na própria rede, evitando que as mesmas possam se prender
em outros objetos ou na empilhadeira, durante procedimentos de carga/descarga.

3 PALLETS ACOPLADOS

• Pallets acoplados tornam-se uma estrutura rígida depois que travados nos trilhos da aeronave.
• Pallets acoplados devem ser mantidos nivelados durante operações de carga e descarga.
• Devem ser montados em carretas de três pallets ou outro equipamento que permita o
acoplamento desejado, cuja atividade de embarque/desembarque não incorra em desnivelamento do
conjunto acoplado.

ACOPLADO DE DOIS PALLETS


4 CARRETA DE 03 PALLET

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

Esta carreta é utilizada na movimentação de carga paletizada entre os pontos de interesse do


SISCAN. Quando recolhidos os trilhos com roletes, essa carreta pode transportar carga não
paletizada de qualquer tipo, dentro de suas limitações. É utilizada principalmente no transporte de
pallet acoplado.
Esta carreta requer certa manutenção periódica, para tanto devem ser cumpridos os seguintes itens:
 Lubrificar todos os pinos da carreta, a cada 90 dias, com graxa para chassis;
 Lubrificar os rolamentos dos roletes a cada 12 meses com graxa para
rolamentos; Remover ferrugem e pintar quando se fizer necessário;
 Verificar pressão dos pneus, ajustando a calibragem de acordo com o especificado
no manual do proprietário.

Características:
Comprimento: 8,00 m
Largura: 2,78 m
Altura: 0,90m
Peso: 3.200kg
Capacidade; 13.500 kg
Quant. de pneus: 08 unidades
Tipo de pneu: 700x12 com 12 lonas
Fabricante: EMPRETEC

Carreta de 3 Paletes

5 DOLLY

Utilizado para transportar a carga acondicionada em um pallet.

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

Características:

Comprimento: 3,35 m + 1,20 m (garfo p/ reboque)


Largura: 2,35 m +0, 50 m (de cada lado), referente à adaptação para pallet 125”.
Quantidade de adaptadores: 04 (quatro)
Altura: 0,50 m
Capacidade: 4.500 kg
Fabricante: EMPRETEC

OBS.: O referido equipamento deverá ser aerotransportável em aeronave C-130.


O pallet deverá ser colocado no Dolly no sentido da maior dimensão (posição 108”).

Dolly

6 CARRO PORTA BAGAGEM COM REBOQUE

Este carro é utilizado para transportar as bagagens até a aeronave.

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Carro Porta-Bagagem

7 EMPILHADEIRA MANUAL

É utilizado no manuseio de carga dentro do armazém, especialmente em áreas de espaço restrito.

Capacidade: depende da marca e modelo.


Fabricantes: FILIZOLA, YALE, CHIALVO

Empilhadeira manual

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

8 BALANÇA PALETIZADA

É utilizada para pesagem de cargas paletizadas. Possui roletes em sua plataforma e pode ter
capacidade para mais de um pallet.

Características:

Capacidade máxima de pesagem: 10.000kg (22.000Lbs).


Fabricante: FILIZOLA, YALE, CHIALVO, TOLEDO

Balança para um pallet.

9 BALANÇA P/ CARGA

É utilizada para pesar a carga, individualmente, quando recebida no armazém.

Características:
Capacidade: 1.500kg
Fabricante: FILIZOLA, YALE, CHIALVO, TOLEDO

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Balança de Carga

10 UNHA DE CARGA

Características:
Capacidade: 2278 kg (500Lb)
Cabo: madeira
Rodagem: ferro com proteção de borracha

Unha de carga

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

11 EQUIPAMENTOS MOTORIZADOS

11.1 EMPILHADEIRA COM CAP. DE 2.5 TON.


Características:
Motor: Perkins (diesel)
Rodagem: pneumático
Garfo: 1,75”x5”x42”
Iluminação de serviço
Deslocador lateral
Fabricante: YALE, CLARK, MITSUBISHI, HYSTER.

OBS.: O equipamento deverá ser aerotransportável em ANV C-130.

EMPILHADEIRA 2,5 TON.

11.2 EMPILHADEIRA COM CAP. DE 7 TON.


Características:
Rodagem: pneumática
Motor: Perkins (diesel)
Garfo: 2,5”x 6”x 96”
Altura máxima da torre: 2,67 m (totalmente abaixada)
Deslocador lateral
Iluminação de serviço
Fabricante: YALE, CLARK, MITSUBISHI, HYSTER
OBS.: O equipamento deverá ser aerotransportável em ANV C-130.
A empilhadeira deverá sempre ser operada por elementos capacitados, os quais tenham
conhecimento geral das instruções de operação e regras de segurança.

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

Empilhadeira de 7 Toneladas
11.3 TRATOR

Constitui o maior movimentar de equipamentos nos aeroportos. Cabe ainda reiterar alguns
cuidados em sua operação:
Velocidade máxima de 20 Km/h;
Nunca trafegue sob asas ou fuselagem de aeronaves. Mantenha sempre a distância mínima de
segurança, conforme as normas previstas por tipo de aeronave.
É obrigatório o uso de EPI.

Características:
Motor: Perkins (diesel)
Rodagem: pneumático.
Capacidade: 15 ton. de carga rolante.
Iluminação de serviço
Fabricante: FORD, CBT, YANMAR

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TRATOR

11.4 ESTEIRA

Este equipamento é utilizado para auxiliar o embarque/desembarque de pequenos volumes na


ANV.
Características:
Marca: Walk-Behind belt loader (WASP)
Motor: perkins14Hp (diesel)
Rodagem: pneumática
Capacidade: 909 kg (2.000Lbs)
Comprimento máximo: 6,01 m (237”)
Largura máxima: 1,82 m (72”)
Altura máxima: 3,02 m (119”)
Altura mínima; 0,74m (29.50”)

Esteira de bagagem

11.5 LOADER – PFA-25

O Loader PFA-25 é um importantíssimo equipamento de transporte e movimentação de cargas.


Suas dimensões são compatíveis para o transporte nas aeronaves C-105, C-130 e, com adaptador,
poderá ser utilizado junto ao Boeing C-767-300R. É dotado de cilindros hidráulicos para elevação e
movimentos laterais; sua plataforma possui roletes motorizados que podem movimentar os pallets de
um lado para o outro e sua cabine é retrátil.

Peso: Aproximadamente 12.000 kg;

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Capacidade de Carga: 25.000 Kg;


Capacidade de Pallets “108 x 88” – 05 (cinco) pallets

Loader PFA-25

12 CARACTERISTICAS INTERNAS DO C-130

12.1 SALÃO DE CARGA


A altura da carga é mensurada a partir da base inferior do pallet. Como instrumento auxiliar,
poderá ser utilizado um gabarito, o qual impedirá o excesso de altura.

12.2 RAMPA

Altura máxima da carga no pallet: 1,93 m


A aeronave C-130 tem capacidade de transportar até 06 paletes carregados, sendo que um deles
será acondicionado na rampa.
OBS1: Pallet de salão da 1ª a 4ª posição: Capacidade máxima de 10.000lbs (4.545kg).
Pallet de salão da 5ª posição: Capacidade máxima de8.500lbs (3.863kg).
Pallet de rampa: Capacidade máxima de 4.664lbs(2.120kg).
OBS 2: As capacidades citadas acima dependerão de outras condições como: estratégia de voo,
limitação da aeronave, fadiga de material, etc.

13 CARACTERISTICAS INTERNAS DO AMAZONAS C-105

13.1 DADOS OPERACIONAIS

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

A aeronave C-105 tem capacidade de transportar até 05 pallets carregados, sendo que um deles
será acondicionado na rampa.

Altura limite no compartimento de carga: 1,55m;


Altura máxima da carga na rampa: 1,40m x 0,70m.

LIMITAÇÕES:

Capacidade de carga na rampa: 800 Kg incluindo o pallet.


Peso máximo do pallet com carga: 2.640 Kg.
Capacidade máxima de passageiros: 64 Pax.
Cubagem utilizável no compartimento de carga: 40 m³

Com
partimento de carga
do Amazonas C-
105

13.2 GABARITO
PARA PALLET (ANV
C-105 AMAZONAS)
CROQUI PARA A CONFECÇÃO DE UM PALETE DE SALÃO DA
AERONAVE C105 – AMAZONAS - SALÃO

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CROQUI PARA A CONFECÇÃO DE UM PALETE DE RAMPA DA AERONAVE


C105 – AMAZONAS - RAMPA

CAPÍTULO II

EMPILHADEIRA

1 INTRODUÇÃO

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

A empilhadeira é um dos equipamentos essenciais no processo de carregamento/descarregamento


de cargas.

Empilhadeira de 7 Toneladas

1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

Treinar pessoal especializado no intuito de otimizar o uso das empilhadeiras, proporcionando


maior segurança e eficiência na utilização deste equipamento.

1.3 OBJETIVOS OPERACIONAIS

1 – Proporcionar aos futuros operadores de empilhadeira os conhecimentos básicos de


operações, normas de segurança, pontos de manutenção, bem como o desenvolvimento dos reflexos
básicos para sua manobrabilidade;

2– Conscientizar os operadores de que o desempenho da empilhadeira estará sempre condicionado


à forma como ela é operada. A eficiência do operador vai depender de sua experiência, de seus
reflexos nas operações, da observância das normas de segurança e do conhecimento dos pontos de
manutenção, cujo cheque diário é de sua responsabilidade.

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

1.4 INSTRUÇÃO DE
OPERAÇÕES

1.4.1 ESTABILIDADE
FRONTAL

O primeiro ponto que o operador deve conhecer bem é a forma como é feito o equilíbrio entre a
carga e a empilhadeira. Para explicar essa idéia, lembremo-nos de uma gangorra, aquele brinquedo
formado por uma prancha apoiada em um suporte. Em cada uma das extremidades da prancha senta-
se uma criança e o brinquedo funcionará se as duas crianças tiverem mais ou menos o mesmo peso.
Caso contrário, se for colocado um garoto com menor peso que o outro, a gangorra ficará inclinada
para o lado da criança mais pesada.

Gangorra

Na empilhadeira, a idéia utilizada é semelhante à gangorra: as rodas dianteiras, que ficam mais
próximas da carga, funcionam como ponto de apoio. O contrapeso fica numa das extremidades e a
carga na outra. O conjunto estará equilibrado sempre que for apanhada uma carga dentro da
capacidade especificada pelo fabricante da empilhadeira, ou seja, sempre que se transportar qualquer
mercadoria, deverá ser observado o seu peso e o seu centro de carga, que é o ponto Localizado no
interior de qualquer corpo, e que pode ou não coincidir com o centro da mesma. A capacidade da

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

empilhadeira varia de acordo com a distância entre o centro de massa da carga e a face do protetor
de carga da empilhadeira.

O operador tem um auxílio para saber os dados relativos a peso e centro de massa da carga na
própria empilhadeira, é a placa ou plaqueta de identificação, onde são descritas várias relações
entre peso e centro de massa da carga.

Para que as cargas sejam mantidas firmes em cima dos garfos, o comprimento destes deverá
atingir pelo menos ¾ da profundidade da carga, ou seja, 75 %. Caso contrário, poderá haver
comprometimento da segurança.

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

Carga em equilíbrio sobre os garfos da empilhadeira.

1.4.2 ESTABILIDADE LATERAL

Outro ponto muito importante sobre a empilhadeira que todo operador deve conhecer é a
estabilidade lateral, ou seja, como operar a máquina sem correr o risco de que ela tombe para os
lados.
Para que se entenda bem como funciona a estabilidade lateral da empilhadeira, vamos começar
estudando a “idéia” de base. Qualquer objeto tem uma base de apoio. Por exemplo: um edifício tem
como base o piso que se apóia sobre seus alicerces.

Na empilhadeira a base é feita em três pontos: dois deles estão na parte frontal da máquina, ou
seja, as rodas de tração dianteiras e o terceiro ponto está sobre o pino montado no meio do eixo
traseiro de direção e fixação do chassi.

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Mas, por que o eixo traseiro é montado em um só ponto?


O eixo traseiro de direção é montado por um pino, o qual permite que as rodas de direção
acompanhem as irregularidades do terreno, fazendo com que as quatro rodas sempre estejam tocando
o solo, evitando o tombamento da empilhadeira.
Numa empilhadeira o centro de gravidade (CG) [também chamado de “centro de massa”] está
localizado em algum lugar na região do motor. Como a empilhadeira é um equipamento para
carregamento, elevação e transporte de carga, não se deve esquecer que esta carga também tem um
centro de gravidade. Desta forma, o que vai importar no estudo da estabilidade lateral será outro
centro de gravidade que vai estar em um lugar diferente do CG da empilhadeira e do CG da carga.
Este terceiro CG vai ser resultado da combinação dos dois primeiros e vai variar com toda a
movimentação feita com a carga, seja através da inclinação da torre, seja através da elevação dos
garfos ou, ainda, as duas ações.
Desta forma, quanto mais elevarmos a torre, o centro de gravidade vai ficando cada vez mais alto.

Com elevação da carga, o CG também se elevará, aumentando a probabilidade de


tombamento durante o movimento frontal ou lateral da empilhadeira.

Por isso é obrigatório que a carga seja transportada com pouca elevação (ᴝ20 cm do solo) e
inclinação para trás (apoiando a carga no “protetor de carga”).

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Padrão para deslocamento com carga (Ré - 20 cm do solo – carga apoiada no “protetor de carga”.

1.4.3 PARTES QUE COMPÕEM A EMPILHADEIRA


Depois de conhecidos os princípios de equilíbrio e estabilidade da empilhadeira, é importante que
o operador tenha alguns conhecimentos sobre quais partes e sistemas vão formar uma empilhadeira.
Conhecer a mecânica do equipamento permitirá ao operador saber o porquê dos procedimentos de
operação, levando-o a um respeito maior pelo seu instrumento de trabalho.

São elas:

• Chassi e contrapeso
O chassi é a carcaça (o “esqueleto”) da empilhadeira. Nele vão montados sistemas e componentes.
Completando o “esqueleto”, o contrapeso é a parte maciça da empilhadeira que forma a “gangorra”,
ou seja, é montado na extremidade do chassi (do lado contrário da carga), é o elemento que
possibilita o equilíbrio entre a empilhadeira e a carga.

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• Motor e trem de força


Dos componentes que serão instalados no chassi, o motor é sem dúvida, o mais importante. É nele
que vai ser originada toda a energia (força) para dar movimento aos sistemas da empilhadeira.
Assim, a partir do motor, sai o movimento que, através do trem de força, fará a empilhadeira se
deslocar. É também do motor que sai a energia que possibilita o funcionamento das bombas
hidráulicas que irão trabalhar na elevação, inclinação e no sistema de direção da empilhadeira.
Atualmente, são aplicados em empilhadeiras motores que utilizam diferentes tipos de
combustíveis [gasolina, gás liquefeito de petróleo (GLP), diesel, álcool e elétrica].

• Sistema hidráulico
Para acionar os conjuntos de elevação, abaixamento, inclinação e de direção, a empilhadeira é
dotada de um sistema hidráulico.
Na empilhadeira existe um reservatório onde se armazena todo o óleo utilizado no sistema. Duas
bombas, uma para o conjunto de elevação e inclinação e outra para o sistema de direção. Estas são
alimentadas através de mangueiras que conduzem o óleo do reservatório. O óleo é levado até as
válvulas que regulam e dirigem o fluxo para os cilindros de elevação, inclinação e de direção.

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• Sistema frontal
Tudo o que está acoplado ao cilindro de elevação forma o sistema frontal, ou seja: torre, carrinho,
corrente e garfos. A torre, normalmente, é formada por dois quadros: um interno e outro externo. O
quadro externo é fixado ao chassi e o quadro interno corre dentro dele, acionado pelo cilindro de
elevação e pelas correntes que estão ligadas ao quadro e ao pistão.
No carrinho, são montados os garfos, que podem ser do tipo gancho (utilizado na empilhadeira
menor) e do tipo pino (utilizado no modelo maior).
As torres podem ser fabricadas em diferentes medidas (altura) segundo as necessidades do
usuário, assim como os garfos que também podem ser fornecidos em diferentes medidas
(comprimento), segundo o volume das cargas que devem ser transportadas.

• Sistema de rodagem
É formado pela rodagem propriamente dita, ou seja, rodagem pneumática e rodagem maciça.
Pneumática: pneus sem câmara ou com câmara de ar.
Maciça ou sólida: sobre o cubo da roda é montado um aro de borracha maciça.

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1.4.4 COMANDOS
São os elementos que permitem ao operador comandar as várias funções das empilhadeiras através
dos pedais, alavancas, etc.

• Chave de contato
As empilhadeiras podem ser ligadas por chave de ignição ou botão de partida. O desligamento
pode ser direto na chave ou através de estrangulador.

• Botão do aquecedor
O motor possui um aquecedor para clima frio, instalado no coletor de admissão. O sistema de
aquecimento é acionado através de um botão no painel de instrumentos da empilhadeira.

Em clima frio, pressione o botão do aquecedor por 15 segundos com a chave ligada e depois dê
partida no motor. Se o motor não funcionar, aperte novamente o botão do aquecedor por mais 10
segundos, sempre com a chave de ignição ligada.

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Curso de Operador de Equipamentos Mecanizados – COEM

Obs: As empilhadeiras mais modernas não possuem esse sistema de aquecedor.

• Estrangulador do motor (estrangulador para o motor diesel e afogador para o motor a


gasolina).
Antes de desligar o motor, deixe-o funcionando em marcha lenta por alguns minutos.

OBS: As empilhadeiras mais modernas não possuem esse sistema.

• Alavanca de controle hidráulico


As alavancas de controle hidráulico estão instaladas do lado direito do operador. A alavanca do
esquerda controla a elevação e a direita controla a inclinação. Algumas empilhadeiras também
possuem alavanca de jogo lateral. As alavancas de controle são providas de mola que permitem o
retorno automático à posição neutra quando soltas.

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Obs: Existem empilhadeiras que possuem três alavancas, sendo a terceira para movimento
lateral do “carrinho” (alinhamento lateral).

• Alavanca direcional
A alavanca direcional está localizada junto à alavanca de velocidade, à esquerda da coluna de
direção. Quando for mudar a direção do movimento (para frente ou para trás), certifique-se sempre
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que a alavanca seja movida para a direção oposta somente quando a empilhadeira estiver
completamente parada.
Algumas empilhadeiras possuem alavanca de velocidade e permitem o uso de duas marchas.
É obrigatório o uso da marcha baixa (tartaruga) durante o transporte em rampas e pisos
irregulares. Use a marcha alta (coelho) somente onde as condições permitirem. A alavanca de
velocidade pode ser trocada em movimento.

• Pedais de freio (Se a empilhadeira for equipada com transmissão “powershift”).


O pedal do lado esquerdo funciona como um segundo pedal de freio, sendo usado na prática como
um pedal de aproximação, reduzindo a velocidade de movimento.

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Obs: Existem empilhadeiras que não possuem o powershift, e empilhadeiras que o camando de
direção (frente ou ré) encontra-se no pedal (um toque a empilhadeira vai para frente, dois
toques para ré).

• Alavanca do freio de estacionamento


Possui posicionamento diferenciado, de acordo com o fabricante.

1.5. INSTRUMENTOS DE CONTROLE


São os instrumentos da empilhadeira que permitem ao operador controlar o bom
funcionamento da máquina.

• Indicador de carga da bateria


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Ele nos informa se o alternador está trabalhando corretamente. A indicação é feita através de uma
lâmpada piloto que acende quando a chave de contato é ligada e apaga quando o motor entra em
funcionamento. Se a lâmpada permanecer acesa após o funcionamento do motor ou acender-se
durante a operação, o motor deverá ser desligado e a causa verificada por técnico mecânico.

Indicador de temperatura do motor


A temperatura normal do motor é indicada por uma lâmpada piloto no painel de
instrumentos. Caso a lâmpada acenda durante a operação, desligue o motor e o deixe esfriar. Após o
resfriamento, ligue a empilhadeira e complete o nível da água do radiador. Caso a temperatura
permaneça alta, desligue o motor e chame o mecânico.

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Indicador de pressão de óleo do motor


A pressão de lubrificação de óleo do motor é indicada por uma lâmpada piloto no painel de
instrumentos. Quando a chave de ignição estiver ligada e o motor não estiver funcionando, a lâmpada
deverá acender. Se a lâmpada acender durante a operação, desligue imediatamente o motor, e
comunique a falha ao encarregado da manutenção.

• Indicador de combustível
O indicador de combustível mostra a quantidade de combustível existente no tanque. O operador
deverá verificar o nível de combustível antes de iniciar o serviço.
Em empilhadeira equipada com sistema de gás liquefeito de petróleo (GLP), o indicador está
localizado no botijão de gás.Caso não haja este indicador, o cilindro de GLP deverá ser trocado
quando a empilhadeira apresentar os primeiros sinais de falha.

 O horímetro registra as horas de operação da máquina. Dependendo do tipo de empilhadeira,


ele começa a funcionar quando a chave é girada para a primeira posição (energizar) ou quando o
motor entra em funcionamento.

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1.6 TROCA DO BOTIJÃO DE GÁS

Quando for necessário trocar o botijão de gás, proceda da seguinte forma:

•Feche a válvula de passagem de gás do botijão, girando-a no sentido horário e deixe o motor
funcionar até parar;
•Desligue a ignição;
•Desconecte a mangueira do botijão;
•Desaperte a armação e remova o botijão vazio;
•Troque por um botijão cheio;
•Aperte a amarração do botijão e conecte a mangueira;
•Abra a válvula de passagem girando-a no sentido anti-horário.

NOTA: FUMAR E MEXER COM FOGO É ESTRITAMENTE PROIBIDO DURANTE A


TROCA DE BOTIJÃO DE GÁS. O BOTIJÃO NÃO DEVE SER TROCADO DENTRO DE
GARAGENS OU LUGARES FECHADOS.
A VÁLVULA DE PASSAGEM DE GÁS É EQUIPADA COM UM DISPOSITIVO DE
SEGURANÇA, O QUAL PREVINE VAZÃO EXCESSIVA DE GÁS.

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Botijão gás GLP

Mangueira

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Fechando a válvula

2 REGRAS BÁSICAS PARA OPERAR A EMPILHADEIRA

Antes de pensar em operar uma empilhadeira, o futuro operador deve conhecer, logo de início, as
seguintes regras básicas:

A empilhadeira é direcionada pelas rodas traseiras.


O conhecimento desta regra é fundamental na operação da máquina, pois o fato de ter as rodas de
direção na parte posterior faz da empilhadeira um veículo que executa manobras com mais facilidade
que os outros. Para tornar as manobras ainda mais fáceis, além da direção na traseira, as rodas de
direção “fecham” muito mais que, por exemplo, as rodas de direção de um caminhão. Desta forma, o
espaço ocupado pela empilhadeira para fazer uma curva é extremamente pequeno. Mas como tudo
que traz vantagem também possui desvantagens, neste sistema combinado de direção na parte traseira
e rodas que “fecham” muito, o raio de curva exige maior cuidado na sua aplicação, pois, se uma
curva for tomada em excesso de velocidade, a empilhadeira poderá “sair” de traseira e o operador
pode perder o seu controle.

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A empilhadeira é direcionada pelas rodas traseiras

A empilhadeira é mais facilmente manobrável com carga do que sem carga.


Lembrando-se do princípio de equilíbrio frontal da empilhadeira, fica fácil entender esta regra,
pois no momento em que a empilhadeira tem carga, significa o mesmo que colocar peso na
extremidade da gangorra oposta ao contrapeso e, então, equilibrar o sistema. Desta forma, o peso será
aliviado sobre as rodas de direção, tornando as manobras mais fáceis.

Manobra com carga

- A empilhadeira trabalha tanto para frente como para trás, indistintamente!


Quando a carga a ser transportada não permitir perfeita visibilidade ao operador, o deslocamento
deve ser feito em marcha a ré (independente da distância a ser percorrida).

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Manobra de ré

Como a empilhadeira possui várias alavancas de comando, o operador deve saber conduzir seu
equipamento utilizando uma só mão, deixando a outra para manejá-las.

Conhecidas as regras básicas, já podemos começar a pensar em operações propriamente ditas.


A primeira providência a ser tomada pelo operador quando iniciar sua jornada de trabalho é fazer
uma verificação dos principais pontos de sua máquina, a chamada manutenção preventiva, que tem
por objetivo determinar se a empilhadeira tem condições ou não de executar os trabalhos a ela
determinados.
Esta é uma medida muito importante para o operador, principalmente em se tratando de
empilhadeira que executa mais de um turno de serviço com diferentes condutores. Desta forma, será
possível detectar um provável problema no início e evitar uma pane no meio de uma operação.

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3 MANUTENÇÃO

3.1 MANUTENÇÃO PREVENTIVA – CHEQUE SEMPRE:

• Nível de óleo do motor;


• Nível do óleo hidráulico;
• Nível de água do radiador;
• Estado Geral da empilhadeira [- estado do filtro de ar; - abastecimento; - estado dos pneus
(retirando pregos, cavacos, lascas de chapas e qualquer material estranho preso à carcaça, além da
observação da pressão de ar);
• Funcionamento da Empilhadeira (freios, direção, luzes e buzinas);
• Funcionamento dos instrumentos (horímetro, amperímetro, marcador de nível de combustível,
lâmpada de pressão de óleo); e
• Verificar o estado da bateria, inclusive os pólos (positivo e negativo).

3.1.2 COMO VERIFICAR

• Verifique o nível do óleo do motor


• Retire a vareta de nível e limpe-a com um pano limpo. Coloque a vareta
• no seu alojamento até ela se encaixar totalmente. Retire novamente a vareta e verifique o nível
de óleo. Ele deve estar entre as marca de máximo e mínimo.
• Reabasteça com óleo conforme necessário e verifique o nível.

Obs.: não verifique o nível de óleo imediatamente após desligar o motor (o óleo em circulação
precisa de pelo menos alguns minutos para escorrer de volta ao cárter).

• Verifique o nível da água do radiador


• Verifique o nível da água do radiador com o motor frio e parado.
• Complete o nível quando necessário e faça o motor funcionar em baixa rotação.

CUIDADO!

- NUNCA ABRA A TAMPA DO RADIADOR QUANDO O MOTOR ESTIVER AQUECIDO!

• Verificação da pressão dos pneus

Pressão inadequada nos pneus pode prejudicar a estabilidade de sua empilhadeira. Verifique-a
regularmente.

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• Limpeza do filtro de ar

A contaminação do filtro de ar prejudica sensivelmente a performance do motor e, não


raramente, provoca falhas imediatas. Portanto, dê atenção especial para o filtro de ar, limpando-o em
intervalos regulares. O intervalo de troca depende do grau de contaminação.
Para uso em ambiente limpo, uma limpeza semanal é adequada. Para uso em ambientes severos,
entretanto, exige-se limpeza diária.
Para limpar o filtro, remova a tampa e depois remova a borboleta do elemento filtrante. Remova o
elemento e limpe-o com jato de ar comprimido, não usando mais do que 30 Lbs/pol de pressão.
Limpe a carcaça com um pano.

• Verificação do nível de óleo de freio

O nível de óleo do freio deverá estar entre as indicações de máximo e mínimo do seu respectivo
reservatório. Complete o nível se este não estiver correto.

• Verificação do nível do óleo hidráulico


O óleo hidráulico deve ser verificado com a torre na vertical e os garfos apoiados no chão.
Remova a tampa e limpe a vareta com um pano e recoloque-a no tanque. Retire a vareta novamente e
verifique o nível do óleo. O nível deve estar entre as duas marcas.

• Verificação do nível de água da bateria


A bateria deve ser preenchida até 5 mm acima das placas. Existem baterias seladas que não
necessitam de manutenção.

CUIDADO!

- Somente complete o nível de uma bateria não selada com água destilada. Nunca use ácido
de bateria. Mantenha a bateria limpa e seca

• Lubrificação
Lubrifique cuidadosamente a empilhadeira baseando-se na tabela de manutenção e lubrificação.
Antes de lubrificar, limpe as conexões de lubrificação e depois de lubrificar remova o excesso de
graxa nos pontos de lubrificação.
Aproveite a oportunidade e lubrifique todas as juntas e articulações dos eixos e do controle
hidráulico com almotolia.

• Lubrificação da corrente de elevação


A lubrificação da corrente de elevação é uma parte importante da manutenção. As correntes de
elevação estão expostas a condições severas e podem ter a sua vida aumentada se forem reguladas e

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lubrificadas adequadamente. Para isto, use óleo lubrificante SAE 20 o qual assegura uma lubrificação
eficiente.

• Troca de óleo do motor


O óleo e o filtro do motor devem ser trocados de acordo com o previsto no manual do proprietário.

CUIDADO!

- Certifique-se de que nenhuma impureza entrará no motor. Antes de trocar o óleo e o filtro, limpe
a área ao redor da tampa do bocal de abastecimento e do filtro de óleo. Para assegurar uma boa
drenagem do óleo usado, o motor deve estar moderadamente quente.
Troque o filtro enquanto o óleo estiver sendo drenado. O filtro é rosqueado (do tipo caneca).
Limpe a região de vedação da caneca do filtro e coloque um novo elemento filtrante. Umedeça o anel
de vedação do filtro com um pouco de óleo do motor antes de rosqueá-lo. Depois que o óleo for
completamente drenado, instale o bujão do dreno e aperte-o convenientemente.

3.2 SUBSTITUIÇÃO DO CILINDRO DE GLP

 Para esta verificação, leve a sua empilhadeira para um local bem ventilado.
 Fumar é proibido durante a verificação. Assegure-se de que não há chamas ou outro objeto
que possa soltar faíscas nas proximidades. As linhas não devem ser removidas enquanto o tubo de
escapamento estiver quente. O GLP é altamente inflamável.
 Para a verificação, limpe todas as mangueiras e conexões. Se você sentir cheiro de gás quando
estiver limpando ou encontrar áreas geladas, será sinal de que há vazamento na sua instalação de
GLP (Vazamentos podem ser detectados com auxílio de espuma de sabão).

4 PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO

 Verificar se a alavanca de marcha da empilhadeira está no ponto neutro antes de dar a partida.
 Os garfos deverão ser levantados (aproximadamente 20 cm) e inclinados um pouco para trás.
 “Engate” o sentido de direção que desejar, frente ou ré, solte o freio de mão e saia.
 Acelere gradualmente para evitar que a máquina deixe marcas de pneus no chão ou saia
pulando.
 Depois de iniciar o movimento, o operador deverá passar da marcha de força para a de
velocidade, sempre que isto for possível.
 Durante o caminho, se houver uma rampa, seja para subir ou para descer, deverá ser usada a
velocidade engrenada com marcha de força.
 Se for necessário mudar o sentido de deslocamento de frente para ré ou vice-versa, o operador
deverá parar totalmente a empilhadeira para depois engatar o sentido desejado.

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A empilhadeira, por ter a direção nas rodas traseiras e “fechar” muito nas curvas, é mais fácil de
ser manobrada que outros equipamentos. Portanto, é preciso saber utilizar corretamente o sistema de
direção da empilhadeira. Uma das vantagens que este sistema oferece é a economia no espaço que
deve ser deixado para deslocamento dentro de armazéns. Como estes corredores normalmente são
estreitos, somente com a medida necessária para a manobra da empilhadeira, é preciso saber como
dirigir dentro deles.
A primeira regra a ser observada pelo operador é manter a máquina sempre no meio do corredor.
Quando for fazer a passagem de um corredor para outro, ao se aproximar da esquina, deverá levar a
máquina para o lado em que irá executar a curva. Quando o centro da roda dianteira coincidir com a
esquina do corredor, será o momento certo para se utilizar de todo o “fechamento” das rodas de
direção, pois desta forma, a empilhadeira gira sobre si mesma e se posiciona corretamente no outro
corredor.
 Percurso: sempre que o operador for iniciar um trabalho em local desconhecido por ele, a
primeira medida a ser tomada é fazer um reconhecimento dos locais onde irá operar a máquina, a fim
de verificar o tipo de piso, obstáculos aéreos, cruzamentos, óleo ou água derramada no chão, etc...
(APR – Análise Preliminar de Risco).
 Rampas: para subir ou descer uma rampa, com ou sem carga, o operador deverá sempre
manter os garfos apontados para o alto da mesma, ou seja, deverá subir de frente e descer de ré.

Subida de rampa

• Parada e estacionamento

Da mesma forma que na saída, a parada deve ser suave.


Ao final da operação, quando for estacionar a empilhadeira, o operador deverá colocar no neutro,
puxar o freio de mão, baixar os garfos, tomando o cuidado de incliná-los levemente para frente,

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fazendo com que as pontas dos garfos, que são chanfradas, fiquem bem rentes ao chão (este cuidado
é muito importante para evitar acidentes). Depois disso, deverá desligar o motor. Se a empilhadeira
for a gás, após o expediente, é necessário fechar o registro do botijão.

Parada e estacionamento

4.1 OPERAÇÕES COM CARGA

Até este ponto, o operador pôde observar como operar a empilhadeira sem carga. A partir daqui,
serão vistos os procedimentos para manuseio de cargas, empilhamento e desempilhamento.

Operação de recolhimento de carga:

Quando for recolher uma carga, seja um pallet, um feixe de perfis metálicos, um fardo de algodão
ou uma pilha de tábuas, ou qualquer outro tipo de carga, os garfos deverão ser colocados de forma
que o “CG” da carga coincida com o “meio” dos garfos. Assim, o peso ficará distribuído igualmente
para os dois lados, havendo equilíbrio.

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Operação de recolhimento de carga

Quando for recolher um objeto cilíndrico, um tambor por exemplo, os garfos deverão ser
inclinados para frente para evitar que suas pontas possam danificar a carga. Quando esta estiver
totalmente sobre os garfos, inclina-se a “torre” (“chamar”) para trás, apoiando-a no protetor de carga.
Ao descarregar uma carga que não tenha na base um apoio que permita uma separação entre esta e
o piso deve-se usar calços que, além de permitirem a saída dos garfos, facilitarão sua entrada quando
for necessário apanhá-la novamente.

• Posicionamento da carga sobre os garfos

Depois de recolher a carga, antes de iniciar o deslocamento, deve-se inclinar os garfos para trás o
suficiente para que o material fique encostado no protetor de carga.

Deve ser lembrado também que a altura de levantamento dos garfos para o transporte não deve ser
maior que 20 cm, aproximadamente, a não ser que as condições locais exijam procedimento
diferente.

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Equilíbrio das cargas

• Lançamento de carga

O operador somente poderá aproximar-se da aeronave sob o comando do Load-Master.


Após atingir o local ideal para lançamento, o Load-Master fará o sinal de “parar”. Em seguida, o
operador deverá colocar a alavanca direcional na posição “neutro” e acionar o freio de mão. Após
esses procedimentos, o equipamento estará pronto para o lançamento da carga de acordo com o
comando do mestre de carga.

Ao comando do Load-Master

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• LoadMaster Ou Mestre de Carga

É o militar que faz parte da tripulação da aeronave, conhecido como loadmaster ou mestre de
carga.
Objetivos Específicos: identificar as particularidades de peso e balanceamento da aeronave,
fazendo a distribuição dos pallet”s no salão, conforme o peso de cada um. O pallet de rampa é
específico, devendo ter peso e altura diferente dos demais, conforme cada tipo de aeronave.
Objetivos Operacionais: No carregamento da aeronave, o mestre de carga faz a coordenação das
cargas juntamente com o operador de empilhadeira, fazendo sinais com a mão direta até seu
carregamento final. Jamais, o operador de empilhadeira deverá aproximar-se da aeronave sem
autorização do mestre de carga, devendo manter distância, aguardando o mestre de carga para
conduzi-lo até a aeronave.

5 SINAIS APLICADOS NO LANÇAMENTO DE CARGA:

LANÇAR A CARGA PARAR A CARGA

CHAMAR A CARGA SUBIR A CARGA


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6 REGRAS DE SEGURANÇA

Qualquer pessoa tem condições de operar uma empilhadeira, mas somente os peritos podem fazê-
lo com segurança. Portanto, os operadores devem ser treinados e qualificados para operá-la.
Evite levantar ou transportar qualquer carga que possa cair sobre o operador ou outra pessoa.
Uma empilhadeira com protetor de operador e protetor de carga protege o operador contra quedas de
objetos, mas não o protege contra outros tipos de acidentes.

Nunca transporte pessoas como “passageiro”!

Quando estacionar a empilhadeira, deixe-a sempre em uma superfície plana, baixe completamente
os garfos com as pontas apoiadas no solo, coloque a alavanca direcional na posição neutro, puxe o
freio de mão e desligue o motor. Não deixe a carga nos garfos.
Ao descer ou subir rampas, com ou sem carga, mantenha sempre os garfos voltados para a direção
do topo da rampa.

Não abasteça a máquina com o motor em funcionamento. Incêndio e explosões poderão


ocorrer com a não observância desta simples regra!

Evite saídas ou paradas bruscas que possam ocasionar queda da carga. Lembre-se: marcas de
pneus no piso são sinais de uma má operação.
Observe cuidadosamente o espaço disponível, assim você evitará colisões, especialmente com os
garfos, torre de elevação, protetor de operador ou com o contrapeso.
Mantenha distância e não deixe que outras pessoas se aproximem do mecanismo de elevação
quando a empilhadeira estiver sendo movimentada.
Não permita que ninguém passe ou fique embaixo da carga ou do carro de elevação.
Comunique imediatamente ao seu superior qualquer falha ou dano à empilhadeira. Aguarde o
conserto dos defeitos antes de continuar o trabalho.
Evite a passagem por buracos, manchas de óleo e materiais soltos que possam fazer a
empilhadeira derrapar ou tombar.
Faça curvas lentamente e dirija com cuidado. Nas esquinas, utilize sempre a buzina.
Não transporte cargas superiores à capacidade nominal da máquina.
Não movimente cargas instáveis ou desequilibradas, coloque-as sempre sobre um estrado.
Centralize a carga sobre os garfos, de maneira que não fique excesso de peso para um lado só,
especialmente para cargas de grandes dimensões (equilíbrio da carga).
Não transporte cargas apoiadas em um só garfo.
Tome cuidado para que cargas cilíndricas e compridas não girem sobre os garfos.
Mantenha a carga encostada no carro de elevação.
Nunca transporte uma carga elevada. Quando as cargas são transportas em posição elevada a
estabilidade da máquina fica comprometida.

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Para melhor visibilidade e segurança, com cargas altas, transporte-as em marcha à ré, mas sempre
olhando na direção do movimento, mantendo a carga normalmente inclinada para trás, especialmente,
em rampas com mais de 10º de inclinação.
Eleve ou abaixe a carga sempre com a torre na vertical ou um pouco inclinada para trás. Incline-a
para frente somente quando ela estiver sobre o local de empilhamento.
Dirija com cuidado. Observe as regras de trânsito e mantenha sempre o controle da empilhadeira.
Conheça bem todas as regras de operação segura, contidas no manual do operador fornecido com a
empilhadeira.

ATENÇÃO!

- RESPEITE AS NORMAS!
- DIRIJA COM SEGURANÇA!
- “OPERADOR EFICIENTE É AQUELE QUE DIRIGE COM CUIDADO”!

Obs: UNIDADES DE MEDIDA

1Lb = 0,45 kg 1 Pol = 2,5 cm


10Lbs = 4,50 kg 3 Pol = 7,5 cm
100 Lbs = 45,00 kg 6 Pol= 15,0 cm

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CAPÍTULO III

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE SOLO DO BOEING 767-300 ER

1 OBJETIVO ESPECÍFICO
Identificar as particularidades dos compartimentos de carga da aeronave Boeing 767 300 ER,
visando à devida adequação da carga/bagagem com o perfil dos referidos compartimentos; e
Identificar os principais equipamentos de apoio de solo, visando ao adequado manuseio e à
operação de carregamento e descarregamento da aeronave Boeing 767-300 ER. Esse modelo
possui todo o sistema de carregamento mecanizado para acomodar somente PALLETS ou
somente CONTAINERS ou os dois de maneira combinada.
Este modelo de aeronave é composto de 03 (TRÊS) COMPARTIMENTOS DE CARGA:
DIANTEIRO, TRASEIRO E BULK CARGO.

2 APRESENTAÇÃO DOS PORÕES

Os porões de carga são da classe ”C” e possuem sensores de detecção de fumaça e garrafas de
extinção para combate ao fogo.
Eles possuem ainda ferragens, trilhos e locks, com a finalidade de realizar com maior eficiência
a retenção das CARGAS em PALLET’S ou ULD’s (LD 2 e LD 8 ).
Ainda se necessário, existe a possibilidade do uso de fitas (STRAPS) para amarração de cargas
pontiagudas e/ou que necessitem de uma melhor retenção em quaisquer sentidos.

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O C-767 possui dois porões, um dianteiro e um traseiro. O porão dianteiro é dividido em


compartimento nomeados 1 e 2, e o porão traseiro é dividido em compartimento 3 e 4 e Bulk
cargo.
As portas de acesso aos porões dianteiro e traseiro são localizadas no lado direito da aeronave e do
bulk cargo no lado esquerdo.
Os porões possuem uma capacidade volumétrica utilizável total de aproximadamente 118 m3 e
uma capacidade de peso total de aproximadamente 36.440 kg. Possuem trilhos para
direcionamento e travas para a fixação dos Pallet`s e Container`s (ULD).
Os Container`s e Pallet`s disponíveis para o melhor uso dos porões na ANV C-767 são
Container`s LD2, LD8, Pallets 125 x 96, 60.4 x 96 (PNA/PPC/FQA) e 125 x 88 (PAG/PAJ/PAP).

OBS: AS CAPACIDADES DOS PORÕES ESTÃO DIRETAMENTE LIGADAS ÀS


DIMENSÕES E CAPACIDADES DOS ULDs (PALLETS OU CONTAINERS), DAS PORTAS
DE ACESSO E DAS CARACTERÍSTICAS DE BALANCEAMENTO DA AERONAVE.

3 DIMENSÕES DO LD-2
PESO VAZIO 67 kg;
CAPACIDADE VOLUMÉTRICA 3,4 m3; e
CAPACIDADE DE 1.225 kg.
CAPACIDADE PORÃO TRASEIRO 14 UNIDADES
CAPACIDADE PORÃO DIANTEIRO16 UNIDADES

4 - DIMENSÕES DO LD-8

PESO VAZIO 123 kg;


CAPACIDADE VOLUMÉTRICA 7,2 m3; e
CAPACIDADE DE 2.450
CAPACIDADE PORÃO TRASEIRO 7 UNIDADES
CAPACIDADE PORÃO DIANTEIRO 8 UNIDADES

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5 - DIMENSÕES DO PALLET 60.4” X 96” (PNA/PPC/FQA)

PESO VAZIO 73 kg; e


CAPACIDADE DE 2.438 kg.

6 PALLET 125” x 96” (PMC)

PESO VAZIO 127 kg; e


CAPACIDADE DE 6.804 kg.

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7 - DIMENSÕES DO PALLET 125” X 88” (PAG/PAJ/PAP)

PESO VAZIO 113 kg; e


CAPACIDADE DE 6.804 kg.

8 – BULK CARGO COMPARTIMENTO

NÃO PALETIZÁVEL (APENAS PEQUENOS VOLUMES LIMITADOS A 60 KG POR


UNIDADE)

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9 - DISPOSIÇÕES FINAIS

PROCEDIMENTO PARA APROXIMAÇÃO NA AERONAVE


a) Após o táxi da aeronave e estacionamento no local estabelecido, o Load Master sairá da aeronave
pela porta de acesso ao compartimento eletrônico (EE), localizada logo atrás do trem de pouso de
nariz, primeiramente calçando as rodas do respectivo trem, inserindo o pino de segurança e
estabelecendo comunicação com a cabine de comando. Somente após este momento, fará as devidas
coordenações de aproximação dos equipamentos necessários;

b) Nenhum operador de equipamento de apoio ao solo deve se aproximar de qualquer extremidade da


aeronave com proximidade menor de 30 metros de distância. A partir desta distância, deve aguardar o
balizamento e a coordenação de um tripulante da aeronave C-767 (Comissário ou Load Master);

c) Para toda e qualquer aproximação de equipamentos de apoio ao solo e/ou viaturas, a velocidade de
aproximação, bem como a de afastamento da aeronave, deve ser sempre a velocidade de um homem
andando (Mandatório);
d) A aproximação somente deve ser realizada após o estacionamento da aeronave, motores cortados
anticolisão desligada, e o tripulante que conduzirá a aproximação dos equipamentos necessários estar
posicionado;

e) Em hipótese alguma deve ser realizado trânsito de equipamentos sob as asas e em áreas próximas
aos motores;

f) A remoção/afastamento dos equipamentos, após a utilização na aeronave, também deve ser


conduzida por um tripulante da aeronave;

g) Durante os momentos de estacionamento da aeronave, serão posicionados cones balizadores sob o


nariz da aeronave, ponta das asas, cauda, à frente dos motores e algum outro ponto que necessitar.
Sendo assim, os operadores/condutores dos equipamentos devem obrigatoriamente respeitar tais
limites de aproximação em cada área;
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h) Todos os envolvidos na operação de solo devem permanecer atentos aos movimentos dos demais
equipamentos que estejam ocorrendo de maneira concomitante;

i) Todos os envolvidos na operação de solo devem permanecer sempre atentos à operação de


abastecimento da aeronave, respeitando os limites do caminhão ou do ponto abastecedor, para evitar
a obstrução da rota de fuga do caminhão;

j) Após o término de utilização do EAS e mediante coordenação com o tripulante, para o devido
afastamento da aeronave, o referido equipamento deverá ser posicionado em local seguro e distante o
suficiente para a saída da aeronave; e

k) No momento de preparação para o deslocamento da aeronave, os tripulantes conduzirão a remoção


dos equipamentos, livrando a área de manobra, permanecendo apenas os equipamentos necessários a
sua saída, os quais serão removidos no momento adequado, sempre coordenado por um tripulante.

Atualizada em maio de 2018.


(Cap R1 Barcellos, 1S R1 Ademilton e CB SAD D. Mello)
SEÇÃO DE COORDENAÇÃO SISCAN e SEÇÃO DE INSTRUÇÃO DO CTLA.

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