Você está na página 1de 10

ÍNDICE

ARTE POPULAR
01. A estética do cangaço como expressão do irredentismo brasileiro
Frederico Pernambucano. Texto a ser publicado no catálogo da.Mostra do Redescobrimento, no módulo Arte popular.
31. Festas Populares Brasile"iras
org. Claudia Mareia Ferreira. Biblioteca Eucatex de Cultura Brasileira. São Paulo: Prémio Editorial, 1987. :i
45. Bumba-meu-boi '·
ln: Festa Popular. Cáscia Frade et alii. Rio de Janeiro: Livroarte, 1980. pp. 45-51
52.Animando a brincadeira
ln: O reinado da Lua - escultores populares do Nordeste. Silvia Coimbra. Rio de Janeiro: Salamandra, 1980.
66.Ex-voto
Lélia Coelho Frota. Cadernos História da Pintura no Brasil - Pintura Colonial. Banco de Dados Culturais/ Módulo
Pintura. Instituto Cultural ltaú, 1994.

NEGRO DE CORPO E ALMA


72. Manifesto ainda que tardio
Rubem Valentim. ln: A mão afro-brasileira. Significados da contribuição artlstica e histórica. Org. Emanoel Araújo.
São Paulo: TENENGE, 1988. 1~
il
84. "Nó de pinho": imaginária católica afro-brasileira em São Paulo H
Francisco de Castro R. Neto. ln: Os herdeiros da noite - fragmentos do imaginário negro. Textos de Emanoel Araújo
et alii. Pinacoteca do Estado de São Paulo, 1995.
92.Hierofanias Estéticas
et
Juana Elbein dos Santos. ln: Os herdeiros da noite- fragmentos do imaginário negro. Textos de Emanoel Araújo
alil. Pinacoteca do.Estado de São Paulo, 1995.

96.Texto de Nelson Aguilar a ser publicado no catálogo da Mostra do Redescobrimento, no módulo Negro
de

Corpo e Alma.
99. Negro de Corpo e Alma - projeto para a exposição
Pinacoteca do Estado de São Paulo. Curadoria de 'Emanoel Araújo. São Paulo, março de 1999.
106. Arte afro-brasileira: o que é afinal?
Kabengele Munanga. Texto do curador do módulo Arte Afro-Brasileira a ser publicado no catálogo da Mostra do
Redescobrimento.
128.Cem anos de arte afro-brasileira
Maria Heloisa Leuba Salum. Texto a ser publicado no catálogo da Mostra do Redescobrimento, no módulo Arta Afro-
Brasi/elra.
1:
141. Arte afro-brasileira: origens e desdobramentos
Dilma de Melo Silva. Tese do Departamento de Comunicação e Artes da ECA-USP. Novembro de 1989.
148. Africa: um continente artístico
Dilma de Melo Silva.
157. Criação Liminar na Arte do Povo: a presença do negro
Lélia Coelho Frota. ln: A mão afro-brasileira. Significados da contribuição artistica e histórica. Org. Emanoel Araújo.
sao Paulo: TENENGE, 1988.

•. 1
l.

AFRICA:UM CONTINENTE ARTfSTICO


Profa.dra.Dilma de Melo Silva

Nos últimos anos temos nos debruçado sobre a pesquisa

referente á arte africana e afro-brasileira.d eparando-nos

com uma enorme lacuna de estudos nessa área. Tivemos que

iniciar por uma revisão conceitual dentro da Estética e da


História da Arte euro-americanas.
O desconhecimento do "outro",de -suas instituições sociais e
organizacionais, contribuiu para a aceitação de idéias de uma

Arte Universal ,baseada em padrões dos centros

·hegemônicos,com consequente negação da existência de uma

estética(e arte) no continente africano.Desse modo.toda

produção artística africana foi encarada em função da

religião.Do mesmo modo que a Antropologia e Etnologia do

século XIX elaboraram conceit.os de "selvagem/civiliz ado"

para justificar o colonialismo,tamb ém no campo da Estética


se cristalizou a noção de uma Arte '' Primitiva" uma vez

que os padrões e cânones se r·eferiam _a formas, linguag"ens e


expressões predominantes na Europa no período em

questão(século XIX e anos iniciais deste século).Como afirma


Bastide, ( 1) a maioria dos estetas procura fundamentar suas

teorias· ·em· bases etnográficas, e, hoje, ê mais que conhecids o


nascimento _espúrio de tais estudos,na expansão do

Colonialismo.
Em nosso país torna-se imprescindível o conhecimento da

produção africana pois sabemos que a marca do estilo

~fricano está presente no barroco pela mão do escravo na


3

a
estétic a subjac ente á visão de mundo que valoriz am tanto
e
forma quanto seu conteud o simból ico.Ess e conteúd o soment
apreen sível pelo estudo do univer so cultur al dos
seria
produt ores.

No univer so african o temos que atenta r para a exiate ncia de


de
um sistem a lógico ,própr io,cen trado na idéia da existê ncia
:/
t
imanen te a todos os
1

uma energi a, uma força - ser vital


uma
fenôme nos;des se modo,o s objeto s,as obras concre tizam
cativa, domina da,em dispon ibilida de para ser
energi a
forma
utiliza da por todos do.gru po;nes se tipo de produç ão,a
torna
não é apenas a aparên cia sensív el do conteú do,ela se
esse contúd o,o objeto materi aliza o imater ial.
para a
O predom ínio da forma sobre a função é válido ,apena s,
omo
arte produz ida no mundo ociden tal pelo capital ismo,c
da autonom ia de de certos objeto s ou da
conseq uência
ou
qualida de dos mesmo s.Isso não é válido para outras épocas
é a
para outras cultura s,evide nciand o que o estétic o não
eza
essênc ia de certos objeto s ou uma dispos ição da "natur
humana ",mas "um modo de relaçã o dos homens com os
as,os
objeto s,cujas caract erístic as variam segund o as cultur
modos de produç ão e as classe s sociai s" (3)
ARTE AFRICANA
a
Os primei ros estudo s sistem áticos sobre a produç ão estétic
cem a
do contin ente africa no,fei tos por Froben ius(4)r econhe
nhando
existe ncia de um verdad eiro "estilo african o" testemu
o por
a presen ça de uma verdad eira civiliz ação african a,pond
apena s um conti nente
terra a afirm ação de que a Afric a seria
de "negr os bárba ros".
am a apree nsão da
Estud os reali zado s anter iorm ente não visav
estét ica negro -afric ana,m as,pa ra atrav és dela
produ ção
unive rso cultu ral dos costu mes,d a chama da
pene trar no
para melh or domi nar os povos
"proç lução mate rial"
os arque ológi cos
colon izado s. Em anos mais recen tes os achad
izaçõ es com eleva do
compr ovam a dinâm ica de cultu ras e civil
dos histó ricos que
grau de domín io forma l e técni co em perío
ssos- é o caso dos
a Europ a ainda não domin ava tais proce
fundi da.Ce ntena s de
bronz es do Beni n,obt idos atrav és da cera
ndo os preci osos
tais peças foram levad as á Europ a forma
entes na Europ a e
acerv os dos Museu s de Arte Afric ana exist
USA.
afric anas procu ramo s
Para eluci darm os as quest ões estét icas
postu ra "deda ns"co mo
autor es que tives sem pesqu isado numa
não de fora. Dess e
afirm a Basti de
(8 )ofer ecem
modo , Temp els, ( 5 ).Kagame ( 6) ,Oben ga, ( 7 )JAHN
ar para o estud o da
subs ídios capaz es de nos instr umen taliz
estud os desse s autor es fica
produ ção afric ana.N os
desen volve ram acura do
evide nciad o que as popu lação afric anas
conce pção de Belo é
senso de obser vação e críti ca da-fo Tma.A
iado igual ment e ás
desig nada por termo lingu ístic o assoc
ito.A ssim, em língu a
noçõe s de Bem ,de Verd adeir o e de Perfe
bela está impl icíto
Bantu , ao se afirm a que algum a coisa é
perfe ição
que é igual ment e boa,v erdad eira, e perfe ita.A
que liga a categ oria
forma l impli ca numa nocão mais profu nda

j5)
5

estética -o belo-á categori a moral-o bem- e á outra categori a


lógica=- º verdadei ro.

O mesmo termo linguísti co reúne numa unidade profunda o


belo(por suas
linhas,vo lume,dim ensões,p ática,pro porções, luminosi dade) ao
que _é eficiente ( capaz de ser eficaz e competen te em suas
funções de manipula r as forças vitais)ao poder
ontológi co(concr etizar o imateria l).Desse modo,uma
máscara,u ma estaueta, um banco,de ve expressa r a tradição
ancestra l,ligar o passado ao presente ,colocar o indivíduo em
relação com o sagrado.S egundo a filosofi a bantu o mundo é
uma hierarqu ia de forças energias em constant e dinâmica ,com
momento de ordem/de sordem/c aós, e os homens são capazes de
manipula r as mesmas,n ecessitan do para isso de certos
suportes materiais .O universo é regido por forças que se
confronta m, ê le se estrutur a a partir de ações e reações
entre fenômeno s num processo dialético de equlíbri o e
desequil ibrio provocad o pelas forças contidas nos mesmos. O
equilíbr iio concebid o sempre como instável .
Um estudo dos termos linguísti cos iorubás também nos
comprovam um acurado sentido para a apreensã o da realidade
estética. Cunha(9 ) aponta para a existênc ia de 19 termos em
ioruba para tal.Entre êles: jijora:se melhanç a ao
modelo,e quilíbrio entre o retrato e a

abstraçã o;ifaraho n:visibil idade do plano de


trabalho ;didon:lu minosida de.brilho ,luz e
sombra ;~:arraj no simétric o na

lS \
6

escul tura; odod :repr esent ação do indiv íduo em pleno


vigor ;tatu :sere nidad e,com pustu ra,co ntenç
ão.
Os estud os Temp els,e os de Jahan , expli citam
eleme ntos
básic os sobre a estét ica bantu ,most rando
que os conc eitos
funda ment ais se refer em semp re á raiz NTU
que expre ssa a força -ser, o ser-f orça
,a energ ia cósm ica
prese nte em todas as suas forma
s revel adora s e que
const ituem o mundo visív el e. invis
ível, o mate rial e o
imat erial ,o exist ente e o prá-e xiste
nte.S ão quatr o as
categ orias do NTlJ :a la. MUNTU refer
ente ao home m,cuj o
plura l é BANTU(ou seja, os home ns)co mpree
ndend o tanto os
vivos quant o os mort os,a força dotad a
de intel igênc ia,ca paz
de mani pular a força -ser.

A 2a. categ oria é KINTU que comp reend e as força s que não
podem atuar por si mesm as,e,q ue se fazem
ativa s pela atuaç ão
de um MUNTU (home m) ,os BINTU são como
"forç as coagu ladas "á
esper a de uma ordem de um MUNTU.A esta
categ oria perte ncem
as plan tas,o s anim ais,a s ferra ment as,os uten sílic is.,o s
mine rais.
A 3a. categ oria é HANTil é a força que
situa no espaç o e no
tempo todos os acont ecim entos , tudo o que seja
"mov ·imen to"As sim,n o pensa mento afric anos
lugar ·· e ·temp·o se
confu ndem .Aper gunta :Onde ?Ê poss ível respo
nder: Sob o reina do
do Rei. .. A pergu nta:Q uando você o viu?A
respo sta pode ·ser:
Na canoa .A prim eira vista isso pode nos
parec er absur do,m as
quand o olham os um relóg io estam os vendo
o tempo num lugar .A
'(

4a, categoria é KUNTU a força modal,um modo de ser,uma

modalidade:a beleza,a alegria, o prazer,a felicidade.

Com êsses dados podemos começar a entender os princípios da


estética africana,o "belo" ligado ao "bom" e ao

"verdadeiro" .Assim,uma estátua deve e será bela ,por suas

linhas,volume,pátina,dimensões se também for verdadeira,por

sua natureza de potência ontológica,e boa se servir aos

propósitos de sua função.O belo/bom/verdadeiro - o estético-


se coloca na categoria KUNTU a beleza se equipara a

qualidade e á eficacia.
A dificuldade dos europeus foi em não distinguir KINTU-
coisa- de KUNTU-ação modal inerente á obra.Assim a arte não
é apenas o objeto artístico mas, sempre uma força que
faz,que desencadea comportamentos,sentimentos,sensações=

Assim sendo,qual seria o papel do artista?Aquele capaz de

transformar o KINTU em KUNTU,aquele capaz de criar,a partir

da madeira,argila,ferro, sentimentos,sensações,fruições,o
utilitario se converte em estético.Entre os BANTU há uma
palavra que desgna o artista/escultor,essa palavra é
umfanakisi. aquele que por seu _genio criador faz objetos

absolutamente identicos ás forças mesmas.Nessa palavra estão


contidas:semelhanç.a,identidade,aparencia e ancestral.O
importante para o artista não é o resultado final,mas o modo
de atuação do conteúdo,pois a estética africana repouda na

categoria KUNTU
Desconhecendo estes principias estruturadores da realidade
africana,e os atos geradores ou desencadeadores da força ou

15~
8

energia vital torna-se impossív el apreende r o papel do

artista, indivíduo ao mesmo tempo gerador e garantid or da

atuação sobre as energias vitais.

A historio grafia brasilei ra sobre Arte,em sua grande maioria


omite o trabalho e o talento da "mão afro-bra sileira" .No

período colonial se fizeram conhecer vários nomes como

Aleijadin ho,Chaga s,Valenti m Fonseca que contribui ram para

desvincu lação da Artes Plástica s brasilei ras da hegemoni a


européia ,criando uma linguagem e visualida de barroca

tropical na qual o elemento afro é ingredie nte essencia l

para sua compreen são. Cunha ele bora um esboço histórico do


elemento negro em nossa Arte durante os séculos VXII e

XVIII,mo strando como detalhes ou símbolos do imaginár io

catolico -cristão encobriam ou disfarçav am a presença

africana .
Araujo ( 10) também organizo u uma publicaç ão na qual outras
linguage ns são abordada s,além da pintura,b uscando o

"signific ado da contribu ição artístic a e histórica "num

painel da presença africana em diversas manifest ações

culturai s:artes
plasticas ,música, literatur a, teatro_, dança. Nesse trabalho

Araujo oferece argument os para a discussã o sobre o segmento


negro como formador da nacional idade brasileir a,demon strando
que a cultura e arte não são abstraçõe s,mas

concretu des,mate rialidade s históric as que conservam e

sintetiza m a experiên cia coletiva de nossos segmento s

sociais.
9

Sabemos que tal experiência não constitui um todo

homogênio, que a cultura é antes de tudo, uma cultura de

classe;as diferentes classes

sociais,grupos,seg mentos,experimen tam, contraditoriamen te, a


historia da sociedade, que é reelaborada a partir desses

enfoques diferenciados e diferenciadores.N ão há pois urna

cultura- e uma ARTE - atemporal,genéric a,mas sim culturas

que concretizam desigualdades raciais e sociais.


E,também,diferen tes reelaborações simbólicas das estruturas
materiais:nessa dinâmica social de definições e redefinições
parece-nos imprescindível o conhecimento da matriz africana
presente tanto na cultura material como nos valores

brasileiros,mas que por razões da ideologia da" democracia


racial brasileira"tem sido mantida invisível,ou camuflada.
NOTAS BIBLIOGRAFICAS

1-BASTIDE,Roger- Ensaio de uma estética afro-brasileira "O


Estado de S.Paulo,nov.dez.1 848-Arquivo do IEB/USP
2--------------- Arte e Sociedade,São Paulo,Cia Ed.
Nacional,1971

3-CANCLINI,N.G.- A socialização da arte-


S.Paulo,Cultrix,1 980
4-FROBENIUS.L. - L'Art Africain in Cahier d' Art n.8-9,1930
5-TEHPELS,P. La ph11osophie bantoue.Paris,Pre sence
Africaine,1949
6-KAGAHE,A. La philoaophie bantoue comparée-Presenc e
Africaine,Paris-1 976
7-0BENGA,T. Caracteriatiauea de 1·estht1aue bantu in
HUNTU.,Revue scientifique et culturelle du CICIBA,no.1,1984 ,
8-JAHN,J. • HUNTU-Laa culturas de la negritud-
Ediciones Guadarrama,Hadri d,1970
9-CUNHA,H.C. Arte afro-brasileira ,in Historia Geral da
Arte no Brasil,Zanini(org .)S.Paulo,1983
10-ARAUJO,E. A mão afro-brasileira-S ignificado da
Contribuição artística e histórica.SP-TENE NGE-1988

~s5
A cultu ra estét ica do Ocide nte
1196 ~ 199 ..
13õõ 1600 1750 pós modernismo
feuda lismo renasc iment o arte profan a indus triali z ção
·------ -· •
3a. estéti ca
2º estét ica ·····-· •
la. estét ica ---1----- ••••• ·-····--- -·•--·•- I·-••-·· ---···-

simbo lizaçã o do sublim e belez a e natur alis-


ismos ..... anti- ismos ....
mo greco- roman anos ARTES 1
.IGRE JA,.
INDIV!DUO TEMAS BURGUESES... MASSAS i
laiciz açãq._
i
1 desig n·- ir1du strial cultu ral
artesa nato gremi al
' 1 at idio-v su_ais , iconi. co/vi sua L
. _j - - .. --· --, .• _ _ ,
'4 1
' '·,
• Am\ri ca Latina '\.
Af · .. - ., _, "li estéti ca hegem ônica '
rica -
' 'i- 1 - A·cultu ra -199- ..
1810 - Repub lica 1950
-----· t 1~0 ~Colo nia !\ desE !llvm tment ismo
Ta--: -estét ica • 2a. estét ica ka .' estét ica : ' ••• / .
~ -.
1 i\ono grafia catól i~
r bet-ez a e natur ali~
'
forma ção ar;ísti c:a,.,-
arte, cultu ra pré-co loro-
ca Dr"(e nasce ntis,- mo greco- roman nos /
biana s
f3. • I 1 \ ARTES des1g (
o, sublim o, o feio, O drá-
matic e do terro r , I i J. !
., I
/
- 1- - ··--···· ------ ---- • -=---'- --------- - ·---- - ---- -·
.... ----,- -·-··-1 I
A cultu ra astét ica popul ar
.,,,
mestiç agem
/ 3a. esté-tic:.i,
la. estét ica pes téti ba . I
0

icato\ icism o,pop ular forma ção do; cintu rões d,? misér ia
artesa nato futóc tone 1 • favel as, conce ntraçã o urb,rn a
músic a,bail s,ca~ ções, 1 artEjf anato gremi al
forma çao artesa nal ' -
oralid ade,p oduça o pr2 ,art~ anato topul ar
~ ..-- 1 ormaç ao
- estet • t ema d e va 1 ores
' ica- si.s·
f e re l J. i.osa
·i· ! --- ------------
-fj ana
- - - 1 ornam entaça -o
~ 1
l

Você também pode gostar