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CURSO TÉCNICO DE

ENFERMAGEM

DISCIPLINA HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM
PROF.: ELILDA DE ALMEIDA ALVES
ALUNA(O) _______________

TEORIAS DE

ENGERMAGEM
Nesta aula, abordaremos o tema Teorias de Enfermagem, de forma que você
saiba o que realmente é cobrado nos certames do conteúdo. Fique atento(a) aos
grifos e caixas de textos, além dos comentários das questões.

Introdução
A viabilidade da organização da assistência de enfermagem está direcionada
as ações sistematizadas e inter-relacionadas, ou seja, o Processo de Enfermagem
(PE) representa uma abordagem ética e humanizada de enfermagem, focando a
resolução de problemas dirigidos às necessidades de cuidados de enfermagem e
saúde de um cliente. A SAE é uma atividade regulamentada pela Lei do Exercício
Profissional da Enfermagem, como apontam Horta (1979) e Duarte (2007). O mé-
todo mais usual no Brasil foi teorizado, estudado e desenvolvido na década de 1960
por Wanda de Aguiar Horta, designando Processo de Enfermagem (PE), dirigindo a
assistência ao ser humano e dividindo-o em fases: histórico de enfermagem;
diagnóstico de enfermagem; plano assistencial; plano de cuidados; evolu-
ção; e prognóstico de enfermagem (VENTURINI et al., 2009).
Por meio da Lei do Exercício Profissional (Lei n. 7.498/1986), em seu artigo 8°,

a legislação brasileira dispôs a participação do enfermeiro na elaboração,


execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde. A Resolução do COFEN
n. 272/2002, revogada pela n. 358/2009, discorrendo sobre a Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE) nas Instituições de Saúde Brasileira, colaborou
com a necessidade de normatização desta prática. A SAE é a principal forma para

a melhoria da qualidade da assistência e fortalecimento da enfermagem como

profissão (TAYLOR, 2007).


Conforme Taylor (2007), os propósitos da SAE são: permitir utilizar o conheci- mento e
habilidade de forma organizada e orientada; viabilizar a comunicação do en- fermeiro com
outros profissionais e demais colegas de outras especialidades, englo- bando os problemas
atuais no cotidiano do cuidado; prover um cuidado abrangente e qualificativo para o
paciente; avançar no combate para a autonomia profissional; e desmitificar a ideia que a
prática de enfermagem é apenas baseada na pres- crição médica. Justifica-se esta
temática em virtude de que , na literatura científica, não foram encontrados nenhum
periódico citando a realização da SAE na região Nor- te, e devido a sua obrigatoriedade na
Lei do Exercício Profissional e da Resolução do COFEN, as quais tornaram obrigatória a SAE
em instituições de saúde pública ou pri- vada e em qualquer ambiente em que haja
cuidados de enfermagem. Dessa forma, este estudo teve como objetivo realizar uma
revisão sistemática da literatura sobre as teorias/teóricas de enfermagem e sua
importância na implementação da SAE.

1. Teorias de Enfermagem

1. Estruturação das Teorias de Enfermagem

Meleis (2007 apud TANNURE e PINHEIRO, 2015, p. 18) define teoria de enfer- magem
como um conjunto de afirmações sistemáticas, relacionadas com questões importantes
de uma disciplina, que são comunicadas de modo coerente, sendo compostas por
conceitos que se relacionam entre si.
Ainda de acordo com a referência citada, as teorias devem direcionar as ações do
enfermeiro, de modo que se possa responsabilizá-lo pelos cuidados a serem pres- tados
aos pacientes, não mais de forma empírica.

As teorias de enfermagem possuem elementos que as caracterizam e são indispen-


sáveis para torná-las completas.
De acordo com Tannure e Pinheiro (2015), as teorias completas possuem con-
texto, conteúdo e processo.

Componentes das Teorias de Enfermagem

As teorias contêm elementos fundamentais que representam sua estrutura cen-


tral. De acordo com Tannure e Pinheiro (2015), esses elementos são denominados
metaparadigmas da enfermagem e se constituem em quatro:

Metaparadigmas da Enfermagem
1. Para implantar a Sistematização da Assistência
de Enfermagem em uma unidade ambulatorial, os enfermeiros da unidade, inicial-
mente, devem adotar um marco conceitual que fundamente a prática assistencial
que o serviço almeja alcançar. Este marco denomina-se

a) Teoria de Donabedian.
b) Regimento de Enfermagem
c) Diagnóstico de Enfermagem.
d) Manual de Normas e Rotinas de Enfermagem.
e) Teoria de Enfermagem.
1.2. Níveis de Teorias

Segundo Dickoff et al. (1968 apud TANNURE e PINHEIRO, 2015, p. 20), as teo-
rias são classificadas em quatro níveis de acordo com sua finalidade, quais sejam:

2. Sobre a classificação dos níveis da teoria de enfermagem assinale a


alternativa correta:
a) Nível I: Exige a correlação ou a associação de fatores de tal maneira que repre-
sentem significativamente uma situação maior.
b) Nível II: Produtora de situações, controla ou faz mais do que explicar, descrever
ou prever.

c) Nível III: Relacionamento de situações, explica e prevê como as situações estão


relacionadas.
d) Nível IV: É descritivo por natureza, envolve a denominação ou a classificação de
eventos.
Partindo das contribuições teóricas apresentadas até o momento, consoante os
elementos necessários para a validação de uma teoria, bem como os metaparadig-
mas da enfermagem, que são elementos inerentes às teorias, vamos nos aprofun-
dar e conhecer um pouco mais as teorias de enfermagem mais cobradas em prova.

2. Teoria Ambiental – Florence Nightingale (1820/1910)

Haddad e Santos (2011) afirmam que o princípio fundamental do legado de Flo-


rence para a prática da profissão é a questão do ambiente. Os ideais referentes a
esse princípio foram fundamentados na Teoria Ambientalista e foram considerados
primordiais para o sucesso do trabalho de Florence e suas aprendizes, sendo veri-
ficados na eficaz redução do número de mortes de soldados feridos por infecção e
na recuperação de pacientes.

Florence introduziu uma visão de enfermagem não só de intervenção direta no do-


ente, mas da mesma forma ampliou as funções para o meio ambiente, organi-
zando os serviços de lavanderia, rouparia, cozinha, dietética, almoxarifado e limpeza,
tendo o controle deste [ambiente hospitalar] por meio de observação e supervisão
rigorosas: organizou a hierarquia do serviço e introduziu o rigor da disciplina na Enfer-
magem (FORMIGA e GERMANO, 2005).
Segundo George et al. (1993), há quatro conceitos principais que refletem a visão
de Florence, trazendo significação à sua teoria; tais conceitos conferem um amplo
espectro de mundo, no qual devemos contextualizar o profissional de enfermagem:
• homem ou indivíduo – possui poderes reparadores vitais para lidar com
a doença;

• enfermagem – a meta é colocar o indivíduo na melhor condição à ação da


natureza que se dá, basicamente, por meio do impacto sobre o ambiente;

• saúde/doença – o foco recai sobre o processo reparador de melhora;


• sociedade/ambiente – envolve aquelas condições externas que afetam a
vida e o desenvolvimento da pessoa. O foco recai sobre a ventilação, o calor,
os odores, os barulhos e a iluminação.

Resumo da Teoria Ambiental de Florence


3. O conceito básico mais característico
dos trabalhos escritos por Florence Nightingale é o de:

a) energia.

b) ambiente.

c) cultura.

d) interação.

e) diagnóstico.

4. Considerando as teorias de enfermagem, é correto afirmar que a Teoria


Ambientalista foi proposta por
a) Hildegard Peplau.

b) Florence Nightingale.

c) Madeleine Leiningher.

d) Imogene King.

e) Dorothea Orem.
5. A teoria ambiental tem como foco principal o Ambiente e descreve que o homem é
um indivíduo cujas defesas naturais são influenciadas por um ambiente saudável ou
não. Essa teoria foi desen- volvida por:
a) Dorothea Orem.
b) Irmã Calista Roy.
c) Wanda Horta.
d) Florence Nightingale.

6. (EXATUS/IF-TO/2012) A história da enfermagem teve seu início com Florence


Nightingale na sua teoria sobre o ambiente, ventilação, limpeza, luz e etc. O perí-
odo desta teórica da enfermagem é compreendido como:

a) 1870 a 1914.
7- A teoria ambiental, descrita por Florence Nightingale
(1820/1910), dispõe que a enfermagem deve trabalhar para modificar os aspectos

não saudáveis do ambiente, a fim de colocar o paciente na melhor condição para

ação da natureza. O homem, nesta teoria, é considerado como

a) indivíduo que luta para reduzir a tensão gerada pelas necessidades.

b) indivíduo de necessidades humanas com significado e valor singular a cada

pessoa.

c) indivíduo cujas defesas naturais são influenciadas por um ambiente saudável

ou não.
d) ser social, mental, espiritual e físico, afetado por estímulos do ambiente interno

e externo.

e) indivíduo que utiliza o autocuidado para manter a vida e a saúde, recupera-se

da doença e consegue enfrentar seus defeitos.


2. Teoria das Necessidades Básicas – Virgínia Henderson

Segundo Araújo et al. (2013), Virgínia Henderson baseia a sua concepção de


enfermagem nos seguintes pressupostos:
• tanto o enfermeiro como a pessoa valorizam a independência sobre a depen-

dência;

• a saúde tem um significado social, bem como um significado individual;


• toda pessoa tende a alcançar o mais alto nível de saúde ou, na sua impossi-

bilidade, uma morte serena;


• quando a pessoa tem conhecimento, força e/ou vontade, tende a alcançar a

saúde;

• tanto a pessoa como o enfermeiro devem definir objetivos congruentes;


• os cuidados de enfermagem devem basear-se na satisfação de 14 necessida-

des básicas;

• o enfermeiro deve ter em conta o plano terapêutico prescrito pelo médico ao

definir os objetivos dos cuidados;


• a prática profissional do enfermeiro deve basear-se nos contributos gerados

pela investigação em enfermagem/conhecimento.


Ainda de acordo com os autores supracitados, para Virgínia Henderson, todas
as necessidades se encontram relacionadas, sendo a satisfação de qualquer uma

delas diferente de pessoa para pessoa, variando de acordo com os fatores psicoló-

gicos, sociais, culturais, e também de acordo com sua percepção do que é certo ou

normal.
Segundo Henderson (2004, p. 114 apud ARAÚJO et al. 2013), as 14 necessida-
des básicas são:

• respirar normalmente;

• comer e beber adequadamente;

• eliminar os resíduos corporais;

• mover-se e manter posturas corretas;

• dormir e descansar;

• vestir-se e despir-se, selecionando vestuário adequado;

• manter a higiene e proteção da pele;

• evitar perigos ambientais e evitar que prejudiquem os outros;


• comunicar-se com os outros, expressando emoções, necessidades, receios e

opiniões;

• viver segundo crenças e valores;

• trabalhar de forma a obter realização e satisfação;

• participar de diferentes atividades recreativas;


• aprender, descobrir ou satisfazer a curiosidade que conduz ao desenvolvi-

mento normal e a saúde, utilizando os meios disponíveis;

• manter a temperatura corporal, adaptando o vestuário e modificando o am-

biente.
Resumo da Teoria das Necessidades Básicas, de Vírginia Henderson

8. Acerca das teorias de enfermagem, julgue os itens a


seguir:
Virgínia Henderson baseia a sua concepção de enfermagem no pressuposto de que
os cuidados de enfermagem devem basear-se na satisfação de 14 necessidades
básicas.
3. Teoria do Autocuidado – Dorothea Orem

Segundo Diógenes e Pagliuca (2003), a teoria de enfermagem do déficit de


autocuidado (teoria geral de enfermagem de Orem) é composta de três teorias
inter-relacionadas, a saber: a do autocuidado; a do déficit de autocui-
dado; e a dos sistemas de enfermagem. Incorporados a essas três teorias,
Orem preconizou seis conceitos centrais e um periférico. Os seis conceitos
centrais são: autocuidado, ação de autocuidado, déficit de autocuidado,
demanda terapêutica de autocuidado, serviço de enfermagem e sistema de
enfermagem. A autora determinou, como conceito periférico, os fatores con-
dicionantes básicos, que são relevantes para a compreensão de sua teoria geral da
enfermagem.

1. Teorias inter-relacionadas

A teoria do autocuidado
Diógenes e Pagliuca (2003) afirmam que, no intuito de entendermos a teoria do au-
tocuidado, é necessário definir os conceitos relacionados, como os de autocuidado,
ação de autocuidado, fatores condicionantes básicos e demanda terapêutica de
autocuidado. Para os autores, o autocuidado é a atividade que os indivíduos praticam
em seu benefício para manter a vida, a saúde e o bem-estar. Ainda de acordo com os

autores, a ação de autocuidado é a capacidade de o homem engajar-se no autocuidado.

São fatores condicionantes básicos, quando se trata de autocuidado:


• idade;

• sexo;

• estado de desenvolvimento;

• estado de saúde, a orientação sociocultural; e

• fatores do sistema de atendimento de saúde (DIÓGENES e PAGLIUCA, 2003).

A teoria do déficit de autocuidado


Para Diógenes e Pagliuca (2003), o déficit de autocuidado ocorre quando o ser
humano se acha limitado para prover autocuidado sistemático, necessitando de
ajuda de enfermagem. Dessa forma, constitui-se a essência da teoria geral de en-
fermagem de Orem, pois possibilita apontar a necessidade de enfermagem.

A teoria dos sistemas de enfermagem


De acordo com Diógenes e Pagliuca (2003), essa teoria subdivide-se em:
• sistema totalmente compensatório: quando o ser humano está incapaz de

cuidar de si mesmo e a enfermeira o assiste, substituindo-o, sendo suficiente


para ele;
• sistema parcialmente compensatório: quando a enfermeira e o indivíduo par-
ticipam na realização de ações terapêuticas de autocuidado;
• sistema de apoio-educação: quando o indivíduo necessita de assistência na

forma de apoio, orientação e ensinamento.


Resumo da Teoria do Autocuidado

9. A teórica Dorothea Orem identificou três classifica-


ções de sistemas de enfermagem para satisfazer aos requisitos de autocuidado do
paciente. Os sistemas são os seguintes:

a) hospitalar, domiciliar para o autocuidado e de autoajuda.


b) psicobiológico, psicossocial e psicoespiritual.
c) sociais (sociedade), interpessoais (grupos) e pessoais (indivíduos).
d) totalmente compensatório, parcialmente compensatório e de apoio-educação.
e) de ação, reação e interação.
A teoria de sistemas de enfermagem é dividida em sistema totalmente compensa-
tório, quando o ser humano está incapaz de cuidar de si mesmo e a enfermeira o
assiste, substituindo-o, sendo suficiente para ele; sistema parcialmente compensa-
tório, quando a enfermeira e o indivíduo participam na realização de ações terapêu-
ticas de autocuidado; e sistema de apoio-educação, quando o indivíduo necessita
de assistência na forma de apoio, orientação e ensinamento.

10. Assinale alternativa CORRETA. Segundo Orem (2006), a


teoria de enfermagem do déficit do autocuidado está constituída por três teorias de
sua autoria.

a) Teoria do autocuidado, teoria do déficit do autocuidado e teoria das ações de


enfermagem.
Teoria do autocuidado, teoria do déficit do autocuidado e teoria do sistema de
enfermagem.
Teoria do autocuidado, teoria do déficit do autocuidado e teoria da demanda do
autocuidado terapêutico
Teoria do déficit do autocuidado, teoria das ações de enfermagem e teoria do
sistema de enfermagem.
Teoria do déficit do autocuidado, teoria das ações de enfermagem e teoria da
demanda do autocuidado terapêutico.
11. As teorias de enfermagem podem ajudar a compreender a prática.

A teoria do deficit de autocuidado foi desenvolvida por

a) Madeleine Leininger.
b) Virgínia Henderson.
c) Betty Neuman.
d) Jean Watson.
e) Dorothea Orem.

12. (IADES/CORREIOS/2017) O sistema de enfermagem planejado pelo profissio-


nal tem base nas necessidades de autocuidado e na capacidade do paciente para a
execução de atividades de autocuidado. Para satisfazer os requisitos de autocui-
dado do indivíduo, Dorothea Orem identificou três classificações de sistemas de
enfermagem, que são o sistema
a) totalmente compensatório, o sistema parcialmente compensatório e o sistema
de apoio-educação.
b) totalmente compensatório, o sistema parcialmente compensatório e o sistema
livre de compensação.
c) parcial de autonomia, o sistema total de autonomia e o sistema de apoio-edu-
cação.
d) parcial de autonomia, o sistema total de autonomia e o sistema interligado de
autonomia.
e) de autocuidado parcial, o sistema de autocuidado total e o sistema de autocui-
dado complementado.
13. A educação para o autocuidado requer
não apenas o treinamento de práticas de autocuidado, mas também o desenvolvimen-
to de conhecimentos, habilidades e atitudes positivas relacionadas ao autocuidado. O
processo de se autocuidar é fundamental para o equilíbrio de diversas condições pato-
lógicas, principalmente as crônicas, como a hipertensão arterial, o Diabetes mellitus, a
insuficiência renal, entre outras. A teoria de enfermagem que apresenta como conceito
básico a prática de atividades executadas pelo próprio indivíduo em seu benefício, para
manutenção da vida, da saúde e do bem-estar é conhecida como Teoria

a) de Neuman.
4. Teoria da Adaptação – Sister Calista Roy (1939)

Segundo afirma Rodrigues et al. (2004), Roy desenvolveu um modelo conceitual


para a enfermagem a partir de sua experiência como enfermeira pediátrica, admi-
tindo que o conceito de adaptação poderia se constituir como um eixo orientador
para a prática de enfermagem. Sob a influência dos escritos de Dorothy Johnson
sobre modelos conceituais de enfermagem e baseada na Teoria do Nível de Adap-
tação, de Helson’s (1964), Roy publicou seu primeiro manuscrito, conceitualizando
homem como sistema adaptativo. Mais tarde, influenciada pela socióloga Ralph
Turner, Roy derivou sua explicação do autoconceito e função de papéis.
Ainda de acordo com os autores supracitados, durante o ano de 1990, como pro-
fessora e teórica da Escola de Enfermagem da Faculdade de Boston, Roy focalizou
sua atenção nos movimentos contemporâneos sobre conhecimento de enfermagem
e aprofundou a espiritualidade com uma compreensão do papel da enfermagem
na promoção da adaptação. Roy considera como metaparadigmas em seu modelo:

pessoa, ambiente, saúde e meta de enfermagem.


Além desses quatro grandes conceitos que constituem o domínio da enferma-
gem, Roy descreve uma classe de estímulos que interagem com a pessoa: es-
tímulos focais, definidos como estímulos internos ou externos, que confrontam
imediatamente a pessoa; contextuais, estímulos que influenciam a situação; e
residuais, estímulos presentes ou não na pessoa, relevantes à situação, mas cujos
efeitos são indefinidos (RODRIGUES et al., 2004).

Resumo da Teoria da Adaptação, de Sister Calista Roy


14. (QUESTÃO INÉDITA/2018) Acerca das Teorias de Enfermagem, julgue o item
a seguir:
A Teoria da Adaptação, de Sister Calista Roy, conceitualiza o homem como sistema
adaptativo e considera como metaparadigmas: pessoa, ambiente, saúde e meta de
enfermagem.

5. Teoria das Relações Interpessoais – Hildegard Peplau (1952)

Peplau, em sua teoria, define homem como um organismo que “luta à sua pró-
pria maneira para reduzir a tensão gerada pelas necessidades” e, ainda, estabelece
saúde como “uma palavra simbólica que implica o movimento adicional da perso-
nalidade e de outros processos humanos em curso na direção de uma vida criativa,
construtiva, produtiva, pessoal e comunitária” (GEORGE, 1993).
Dessa forma, sobre as interações terapêuticas oriundas do processo de relação
interpessoal ou relacionamento enfermeiro-cliente, Peplau conceitua como sendo
aquelas em que duas pessoas chegam a se conhecer suficientemente para enfren-
tar os problemas que surjam de forma cooperativa. Para que a dinâmica da rela-
ção interpessoal possa acontecer, é necessário que as ações do enfermeiro sejam
destinadas às pessoas que necessitem de cuidados, de tal modo que essas possam

refletir na comunidade em que vivem (MORAES et al., 2006).


Morais et al. (2006) afirmam, ainda, que , em sua teoria, Peplau explica o processo
de relação interpessoal da enfermagem em quatro fases sequenciais: orientação,
identificação, exploração e solução. Essas etapas estão superpostas e devem
ser consideradas de forma relacionada, à medida que o processo evolui na direção
de uma solução, e podem ser correlacionadas com as etapas tradicionais do proces-
so de enfermagem, a saber: levantamento de dados, diagnósticos de enfermagem,
planejamento e implementação de intervenções e avaliação, respectivamente.

Resumo da Teoria das Relações Interpessoais, de Hildegard Peplau


15. Uma teoria de enfermagem é uma conceitualização de
alguns aspectos da enfermagem que descrevem, explicam, preveem ou prescre-
vem os cuidados de enfermagem. Dentre as teóricas de enfermagem, assinale
aquela cuja teoria é concentrada sobre as relações interpessoais entre a enfermei-
ra, o paciente e a família do paciente e no desenvolvimento da relação enfermeira-
paciente.

a) Florence Nightingale.

b) Virgínia Henderson.

c) Dorothea Orem.

d) Hildegard Peplau.

e) Madeleine Leininger.
16. As definições e as teorias de enfermagem po-dem ajudar a compreender a
prática profissional. A concepção teórica de Enfermagem desenvolvida por Hildegard
Peplau.
a) concentrou-se nas relações interpessoais entre a enfermeira, o paciente e a
família.

b) promoveu a teoria da diversidade cultural de cuidados e universalidade.


c) definiu a enfermagem como a ajuda ao indivíduo, doente ou sadio, no desempe-
nho das atividades que ele realizaria sem ajuda, se tivesse a força, a vontade, ou
os conhecimentos necessários.

d) apresentou a teoria do autocuidado baseada no modelo de sistemas.


e) discutiu o cuidado transpessoal.

17.A Teoria das Relações Interpessoais introduziu um novo paradigma para


enfermagem, que se processa entre a enfermeira e o paciente. A autora dessa teoria
é

a) Hildegard Peplau.
b) Wanda Horta.
c) Madeleine Leininger.
d) Imogene King.
e) Dorothea Orem.
6. Teoria Holística – Myra E. Levine (1967)
Segundo Piccoli e Galvão (2005), em seu modelo conceitual, Levine desenvol-
veu quatro princípios de conservação: de energia; da integridade estrutural; da
integridade pessoal; e da integridade social do paciente. O modelo con- ceitual
de Levine centraliza-se na intervenção da enfermagem, na adaptação e na reação
dos pacientes à doença.
Segundo Leonard (1993 apud PICCOLI e GALVÃO, 2005), Levine entende que o
ser humano deve ser visto como um todo, o que leva a definição de indivíduo a um
ser complexo, que é dependente de sua relação com os outros. As dimensões dessa
dependência estão ligadas com os quatro princípios de conservação. Essa
dependência existe em todas as passagens de sua existência e na sobrevivência.
Afirma também que o enfermeiro deve estar consciente dessa dependência e estar
preparado para atuar na transformação que o estresse causado por algum dese-
quilíbrio pode causar no funcionamento do organismo humano. Levine acredita que o
enfermeiro deve assumir a ajuda ao paciente para transformá-lo e auxiliá-lo na
adaptação às mudanças oriundas da doença.

A conservação da energia que consiste no primeiro princípio, refere-se ao equilí- brio


entre a energia de saída e a energia de entrada, com o propósito de evitar cansaço
excessivo utilizando repouso, nutrição e exercícios adequados. Levine acrescenta que a
habilidade do corpo humano, é dependente do seu balanço de energia, e a energia exi-
gida pelas alterações fisiológicas durante a doença, representa uma exigência adicional
nos sistemas de produção para a cura.
O segundo princípio, conservação da integridade estrutural, refere-se à manu- tenção ou
recuperação da estrutura do corpo, ou seja, a prevenção do colapso físico e a promoção da cura.
O terceiro princípio, conservação da integridade pessoal, refere-se à manutenção ou recuperação da
identidade e autoestima do paciente, sendo que para Levine o senso de identidade é a mais completa
evidência de totalidade.
O último princípio, conservação da integridade social, consiste no reconhecimento do paciente como
um ser social, envolve a interação humana, particularmente aquelas que são importantes ao paciente
(LEVINE, 1973 apud PICCOLI e GALVÃO, 2005).

Segundo essa teoria, a integridade do homem é conseguida por sua adaptação a


quatro níveis de resposta do organismo, as quais são fisiologicamente determinadas
para que haja a interação do homem com seu ambiente interno e externo, a saber:

Resumo da Teoria Holística, de Myra E. Levine


18. Tendo em vista que o processo de enfermagem,
também conhecido como metodologia de assistência, consiste em um conjunto de
ações sistematizadas e holísticas empregado com a finalidade de melhorar a assis-

tência prestada ao indivíduo, à família e à comunidade, julgue os itens seguintes.


De acordo com a teoria de Levine, o paciente deve ser auxiliado pelo enfermei- ro

quanto ao alcance do autocuidado terapêutico, estendendo-se esse auxílio aos


membros da família e da comunidade.

7. Teoria das Necessidades Humanas Básicas – Wanda Horta

O trabalho de Wanda Horta é baseado na teoria da motivação humana de


Abraham Maslow, a qual está fundamentada nas necessidades humanas básicas.
Para ela, o ser humano é o único dotado de particularidades e características que o
diferenciam de qualquer outro ser existente no universo (HORTA, 1979 apud OLI-
VEIRA, 2001).
Horta (1979, p. 29 apud OLIVEIRA, 2001) conceitua a enfermagem como

a ciência e a arte de assistir o ser humano. No atendimento de suas necessidades


básicas, de torná-lo independente desta assistência, quando possível pelo ensino do
autocuidado, de recuperar, manter e promover a saúde em colaboração com outros
profissionais.

A partir do conceito visto anteriormente, a enfermagem reconhece o ser hu-


mano como elemento participante e ativo no seu cuidado. Então, Horta divide as
funções do enfermeiro em três áreas:
• específica: ato de assistir o ser humano nas suas necessidades básicas, en-
sinando-lhe o autocuidado;
• interdependência com outras profissões: ato de manter, promover e re-
cuperar a saúde;
• social: diz respeito ao ensinar, pesquisar e administrar com responsabilidade,
dentro dos preceitos éticos-legais, devendo ser membro integrante de asso-
ciações de classe.

O ser humano deve ser compreendido como indivíduo, família e comunidade, constituin-
do o mesmo tema central da Teoria das Necessidades Humanas Básicas, proposta por
Wanda de Aguiar Horta (OLIVEIRA, 2001).

As Necessidades Humanas Básicas (NHB) são entendidas como “estados de ten-


são. Conscientes ou inconscientes, resultantes dos desequilíbrios hemodinâmicos
dos fenômenos vitais” (Horta, 1979, p. 39 apud OLIVEIRA, 2001).
O Processo de Enfermagem é definido por Horta (1979) como “a dinâmica das
ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando a assistência ao ser humano” e
corresponde à relação do profissional com a clientela, por meio de um método que
se compõe de seis fases ou passos inter-relacionados e de igual importância.
Horta (1979 apud OLIVEIRA, 2001) propõe, como metodologia para o processo
sistematizado de enfermagem, as seguintes fases, baseando-se no processo de
enfermagem:

• histórico;

• diagnóstico de enfermagem;

• plano de assistência;

• prescrição;

• evolução;

• prognóstico.

Resumo da Teorias das Necessidades Humanas Básicas


19. No histórico de enfermagem foi informado
que o trabalhador teve afetada sua necessidade básica por ter apresentado proble-
mas respiratórios ao desenvolver trabalho em espaço confinado.
Nessa forma de registro, o informe da enfermeira está sustentado na teoria de
a) Sister Callista Roy .
b) Wanda de Aguiar Horta.
c) Marjorie Gordon.
d) Madeleine Leininger.
e) Martha Rogers.
20. O processo de enfermagem consiste em um método
utilizado para ordenar a assistência de enfermagem e é composto por fases. O au-
tor que divide esse processo em seis fases é

a) Imogene King.
b) Rosalinda Alfaro Lefevre.
c) Wanda de Aguiar Horta.
d) Florence Nightingale.
e) Patricia Iyer.

21. De acordo com a teoria das necessidades humanas básicas


de Maslow, no planejamento da assistência de enfermagem ao indivíduo doente, o
enfermeiro deve considerar que
a) as necessidades humanas básicas fisiológicas consistem em hidratação, nutri-
ção, eliminação, sono e oxigênio, dentre outras.
b) o indivíduo precisa satisfazer as necessidades de nível superior para sentir a
necessidade de atender as de nível inferior.
c) as necessidades humanas básicas estão hierarquizadas em cinco níveis, de-
nominadas fisiológicas, de segurança e proteção, de propriedade e de afeição, de
poder e de autorrealização.
d) as intervenções a serem executadas devem ser baseadas nas necessidades co-
letivas dos individuos.
e) ao satisfazer uma necessidade de nível superior do indivíduo, concomitante-
mente, estará contemplando as necessidades de nível inferior.
22. Os modelos teóricos e as teorias de enfermagem são ferramentas que
possibilitam a operacionaliza- ção da sistematização da assistência de
enfermagem por meio da aquisição de um referencial teórico. No Brasil, Wanda
Horta, fundamentada na teoria da motivação humana de Maslow, elaborou o
modelo conceitual
a) do déficit do autocuidado.
b) da ciência humanista da enfermagem.
c) das necessidades humanas básicas.

d) do cuidado transcultural.
e) do processo interpessoal.

23. Em relação aos princípios e características da Teo-


ria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta, assinale a opção
incorreta.
a) Cada necessidade será conceituada à luz dos conhecimentos científicos que as
determinam, os sinais e os sintomas que caracterizam seu não atendimento ou a
inadequação dos meios para sua satisfação.
b) Em todas as necessidades estudadas serão incluídos os fatores que modificam
suas manifestações e atendimento, a correlação entre eles e os seus níveis de sa-

tisfação.
c) Essa teoria se fundamenta em três leis gerais, são elas: lei do equilíbrio (home-
ostase ou hemodinâmica); lei da adaptação; e lei do holismo.
d) O processo de enfermagem proposto por Horta é constituído de cinco etapas:
1) levantamento de dados; 2) diagnóstico de enfermagem; 3) Plano de cuidados;
4) prescrição de enfermagem; e 5) Prognóstico.
e) O objetivo da enfermagem é auxiliar os seres humanos a manterem seu equilí-
brio dinâmico, seja prevenindo estados de desequilíbrio ou revertendo desequilíbrio
em equilíbrio no tempo e no espaço, pois a finalidade é alcançar o mais alto grau
de bem-estar.

24. Considerando as necessidades humanas básicas (NHB),


assinale a alternativa correta.
a) A teoria do Autocuidado visa a identificação das NHB, que as classifica em três
níveis: necessidades psicobiológicas, necessidades psicossociais e necessidades
es- pirituais.

b) Segundo João Mohana, em teoria da motivação humana, afirma que todo


ser
humano tem necessidades comuns que motivam o seu comportamento.
c) A teoria de Maslow classifica as NHB em dois níveis: necessidades psicobiológi-
cas e necessidades psicossociais.
d) Para Horta, as NHB são conceituadas como estado de tensões, conscientes ou
in-
conscientes, que resultam dos desequilíbrios hemodinâmicos dos fenômenos
vitais.
Ainda de acordo com os autores supracitados, as proposições da Teoria do Al-
cance de Metas estão apresentadas de forma bastante explícita, ao King afirmar
que: se a percepção é acurada nas interações, ocorrerão as transações; se o en-
fermeiro e cliente fazem transações, os objetivos serão alcançados; se os objetivos
forem alcançados, ocorrerá satisfação; se ocorrerem transações nas interações, o
crescimento e o desenvolvimento serão fortalecidos; se as expectativas do papel
e seu desempenho são percebidos pelo enfermeiro e pelo cliente e forem con-
gruentes, ocorrem transações; se houver conflito de papéis, ocorre estresse; se o
enfermeiro, com conhecimentos e habilidades especiais, comunica informações
apropriadas, haverá alcance mútuo de objetivos.

Resumo da Teoria do Alcance dos Objetivos

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