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Rafa Alves - Escolhas 1.5 - Faz de Conta Que Acontece
Rafa Alves - Escolhas 1.5 - Faz de Conta Que Acontece
Rafa Alves - Escolhas 1.5 - Faz de Conta Que Acontece
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Obrigada por ter lido!
Série Escolhas
Biografia
Todos os direitos reservados.
Criado no Brasil.
Diagramação / Capa / Editorial: RP Designer Livros.
Esta é uma obra de ficção. Seu intuito é entreter as pessoas. Nomes, personagens, lugares e
acontecimentos descritos são produto da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes,
datas e acontecimentos reais é mera coincidência.
Todos os direitos estão reservados. São proibidos o armazenamento e/ou a reprodução de qualquer
parte dessa obra, através de quaisquer meios - tangível ou intangível - sem o consentimento escrito da
autora. Criado no Brasil. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei nº 9.610/98 e
punido pelo artigo 184 do código penal.
Dedico este spin-of à todas as meninas da LC do Faz de conta que é Amor. Obrigada por embarcarem nesse Faz de conta
comigo. Vocês fizeram eu me reapaixonar por esse casal, e me inspiraram nessa continuação. Vocês são demais!
É simples
Sei lá
Eu só pedi pra você me beijar
1
— EU. NÃO. ESTOU. NEM. AÍ! — grito para Mari rindo e cruzo meus
braços de frente ao peito. — Eu quero que você me conte, agora!
— Não sei não, Mari. — coloco minhas mãos por cima da venda na intenção
de retirar, e ela torna a me impedir. — O que você está aprontando?
Ela se aproxima por trás de mim e começa a me guiar para fora de casa.
Tomando cuidado com a escada, e assim que chegamos na sala ouço a voz de
Cadu.
— Por favor, diz que você não vai vestida assim para sua despedida de
solteira. — Cadu fala.
Mari revira os olhos e começa a rir e Cadu se aproxima por trás de mim me
abraçando e beija meu pescoço.
— Em outro dia, todas as chances. — sussurro. — Mas não vou abrir mão da
melhor noite na vida de uma noiva, Cadu.
— Sei que vai valer a pena o resto das outras noites com você. Mas hoje não.
— abro um sorriso e ele suspira rendido e deita a testa em meu ombro. —
Você também vai pra farra com seus amigos que eu sei, acha mesmo que eu
não vou ter minha despedida de solteira? Qual é.
— É claro que eu sei que vai ter... Mas não custava tentar. — ele se afasta e
então fica ao lado de Mari e me olha de baixo para cima. — Puta que pariu,
você resolveu aderir seu apelido agora? Gostosa!
Dou uma volta sorrindo com o micro vestido preto colado que Mari me fez
vestir. E pisco para ele. Cadu está incrível naquela calça jeans clara e uma
blusa preta colada em seu corpo. Dá até vontade de atacar ele.
Ouço Cadu rir, e então ele se aproxima de mim e me abraça com força.
— Só... Cuidado. — ele fala e beija minha boca com força. — Eu te amo.
Assim que olho para a frente de casa, sorrio ao ver uma limousine preta, e
Gisele, Rachel, Patrícia, Júlia, todas as minhas amigas de pé usando máscaras
e segurando pequenos copos de doses. Elas gritam e eu me empolgo
completamente. Mari segura minha mão e entramos na limousine.
Na parede da sala tem escrito “Chá da Mand”. Viro para elas, que estão
sorrindo e assobiando para mim e as abraço em grupo.
Elas me deram presentes safados para a lua de mel com Cadu, e depois nos
sentamos formando um círculo no chão e colocamos os doces no meio.
Mari mandou fazer vários pênis de chocolate, e isso deixou nossa brincadeira
ainda mais divertida. Tiramos fotos e filmamos com a promessa de não sair
do nosso grupo no whatsapp, e depois de aprontarmos, Mari se aproxima de
mim e segura minha mão.
De repente a sala fica escura. Só ouço as risadas das meninas até finalmente
uma música começar a tocar. I see Red. E uma luz vermelha toma conta do
ambiente.
Fico sem entender até que de repente a porta se abre e entram alguns homens
vestidos de policiais na sala. Senti um pouco de vergonha quando percebi que
eles todos focariam apenas mim, óbvio, a noiva.
Me viro devagar e vejo uma boina de polícia, ele está olhando para baixo,
todo vestido de preto, com um colete da polícia e um cassetete na cintura.
Suas duas mãos seguram meu quadril com força, ele ergue o olhar devagar na
minha direção, e assim que seus olhos encontram os meus, tudo ao meu redor
se congela e ao mesmo tempo incendeia.
Ouço os gritos das meninas e me viro para elas. Rachel está dançando com
um dos outros policiais disfarçados. E assim que olho para Mari, ela sorri e
pisca pra mim. Imediatamente sei que ela também sabia que Cadu viria.
— Acho bom eles não terem feito isso com você. — Cadu diz enquanto um
dos gogo boys dança atrás de Rachel.
Mari joga uma chave para Cadu e então vai levando as meninas e os Gogo
Boys para fora da sala. E assim que elas saem, Cadu me solta, vai até a porta
e a tranca.
Ele retira aquela boina da cabeça, e se aproxima de mim, suas mãos tocam
minha cintura e ele me empurra até fazer com que eu me encoste na parede.
Pressiona seu corpo contra o meu, e sinto o quanto ele está excitado. Sua mão
entrelaça em meu cabelo e ele vira meu rosto e beija meu pescoço. Sobe sua
boca até minha orelha e a mordisca enquanto coloco minhas mãos em seus
ombros para me apoiar. Seu perfume me deixa ainda mais atraída por ele,
assim como essa porcaria de fantasia de policial.
— Viu que deixei a sala com a luz vermelha pra você? — ele sussurra em
meu ouvido, claramente se lembrando do seu quarto de revelação das fotos
em nossa casa, onde achei que ele tinha uma alma de dominador como o de
Christian Grey. E então se aproxima e mordisca minha boca. — Porque não
me mostra qual é o seu fetiche?
— Você é o meu fetiche, ainda mais vestido assim. — seguro sua cintura e o
puxo para mais perto, e toco seu lábio inferior. — Quer me matar ao fazer jus
ao seu apelido de gostoso?
Sorrio e mordo meu lábio e Cadu coloca uma mão de cada lado da minha
cabeça.
E então começo a retirar seu colete, ele não me ajuda, me deixa fazer todo o
trabalho. Jogo o colete no chão, e então seguro a barra de sua blusa preta e a
retiro de seu corpo, revelando aquele corpo malhado, tão perfeito pra mim.
Ele se afasta e ergue os braços e me ajuda a retirar sua blusa. E então ele se
aproxima e abraça meu quadril. Sua boca vem direto contra a minha, e me
abro para o beijo junto com ele. A língua de Cadu invade minha boca e ele
me aprofunda o beijo, ouço seu suspiro e passo minhas mãos por sua cintura
e o puxo para mais perto. Ele me guia no beijo, e me sinto completamente
arrebata e completamente louca por esse homem. E um desejo e um
sentimento de posse passa por minha mente por sentir que ele é meu. E que
daqui uns dias, vai ser meu para sempre.
Unho suas costas e Cadu solta um gemido. Passo minhas mãos por seu
quadril até seu abdômen e o unho levemente, sorrio ao sentir a pele de Cadu
se estremecer ao meu toque. Seguro o cinto em sua calça e o retiro, jogo no
chão, e Cadu separa nossas bocas e começa a beijar meu pescoço. Solto um
gemido quando ele lambe e mordisca minha pele, e então desabotoo sua calça
e desço o zíper, sorrio ao retirar o cassetete na lateral da calça e noto as
algemas presas ali.
Seguro as laterais de sua calça e a empurro para baixo até cair no chão. Ele
pega um dos meus braços e fecha uma algema.
— Depois eu fecho. — ele diz e mordisca meu ombro.
Cadu sorri e se afasta o suficiente para retirar seus sapatos e a calça. E fica
somente de cueca boxer preta na minha frente. Aproveito para contemplar seu
corpo e ele vem até mim, entrelaça a mão em meu cabelo e me beija com
força. E com sua outra mão, agarra minha coxa e puxa minha perna até seu
quadril. Meu vestido sobe e solto um gemido quando apenas o tecido da
minha calcinha e da cueca da Cadu nos separam. Aperto minha perna ao
redor do quadril de Cadu, meu salto alto forçando sua bunda para mais perto,
e ele se esfrega contra mim. Jogo minha cabeça para trás e Cadu sorri e
mordisca minha garganta e meu pescoço.
— Perca seu juízo comigo. — ele sussurra e então sorri. — Ou o que sobrou
dele depois de ter me agarrado aquele dia sem nem me conhecer.
— Estragar? Puta que pariu Mand, tem noção do quanto estava sexy aquele
dia? Se não tivesse feito aquilo, tenha certeza que quem faria seria eu.
— Mas chega de falar... Sei um jeito interessante de calar a boca. — ele fala
e então sua mão em meus cabelos, puxa meu rosto em sua direção e ele me
beija novamente.
Sua língua entra e sai da minha boca em movimentos sensuais, safados e ele
definitivamente quer me enlouquecer quando suas mãos me puxam e me
apertam contra ele. Cadu aperta minha bunda e solta um gemido quando
mordisca meu lábio inferior e beija meu pescoço.
Ele vai me guiando até o fundo da sala que estamos, e assim que chegamos lá
vejo que estamos em uma parte menor e mais privativa. Há vidros por todos
os lados. Me assusto a princípio ao ver todas aquelas pessoas dançando
alheias no andar de baixo.
Cadu me vira de costas para ele, e me faz colocar minhas duas mãos no vidro
a nossa frente, e então se aproxima do meu ouvido.
E isso me deixa ainda mais excitada do que já estou. Ele sorri contra a pele
do meu pescoço, e então sinto sua mão segurar a barra do meu vestido, ele o
puxa um pouco para cima, e sua mão vai decidida até minha calcinha, assim
que ele passa um dedo deslizando pelo tecido me provocando, solto um
suspiro e jogo minha cabeça para trás.
Mordo meu lábio e fecho os olhos a medida que a sensação cresce em mim, e
ainda bem que Cadu está praticamente me segurando, pois já perdi a força
das minhas pernas. Cadu sobe sua outra mão livre até meu seio e o aperta e
morde meu pescoço. E não aguento, tremo violentamente em seus braços
quanto o clímax me invade com tanta força, que Cadu segura meu corpo
enquanto me entrego ao prazer infinito que esse homem me faz sentir com
seu corpo perto do meu e suas mãos, que sabem exatamente onde e como me
tocar para que eu enlouqueça.
Sinto Cadu sorrir contra minha pele enquanto ele retira os dedos de dentro de
mim. Inspiro o ar e busco o fôlego que acabei de perder. Cadu desce meu
vestido e me viro de frente para ele, que abraça minha cintura e me dá um
selinho demorado.
— Acho que esse faz parte do meu fetiche. — ele diz indicando o vidro negro
e as pessoas lá em baixo. — Ter você e mesmo que ninguém veja, me sinto a
porra de um Deus por você ser só minha.
Sorrio e beijo seu queixo. Seguro suas mãos e as coloco no vidro atrás de
mim.
Ele sorri, e suas covinhas aparecem, seus olhos se tornam ainda mais
sombrios. Começo tocando seus braços, seus bíceps, beijo seu pescoço e
enlouqueço novamente com seu perfume, dá a Cadu um ar ainda puta sexy.
Passo minhas mãos por seu peitoral, e desço até chegar em seu abdômen, e
beijo cada novo pedacinho de pele que minha mão toca. Mordisco sua pele
abaixo do umbigo e dou uma lambida sexy e o vejo se arrepiar. Cadu respira
rápido. E o olho sorrindo e ele me encara enquanto beijo seu corpo. E isso
parece o deixar ainda mais louco.
— Não dá para eu ficar de olhos fechados com você toda sexy me segurando
assim.
Passo minha mão por dentro da cueca dele e seguro sua extensão enquanto
Cadu geme e me aperta meu corpo com ainda mais força. Ele está inchado,
macio e quente em minha mão.
— O que eu posso fazer? Minha mente é muito poluída, e você está nela. No
topo dos meus pensamentos mais impróprios. — ele coloca sua mão por cima
da minha que está o segurando e mordisca minha orelha. — Mexe, rápido,
por favor, está me enlouquecendo.
Sorrio com o controle que tenho sobre ele, e então passo minha mão por sua
bunda e a aperto o trazendo para mais perto de mim, e movo minha mão.
Cadu rosna e deita o rosto em meu ombro.
Sorrio e fico excitada ao ouvi-lo gemer e saber que sou eu quem está o
enlouquecendo. Solto minha mão e abaixo sua cueca devagar.
Desço sua cueca e me agacho junto com ela até fazer com ele a retire. E então
olho para cima e Cadu me observa com um sorriso cafajeste. Me apoio em
suas coxas e seguro sua mão e a coloco em meu cabelo. E então seguro seu
pênis e o coloco na boca, e o chupo com força, tirando qualquer pensamento
que ele possa ter.
— Porra Mand. — Cadu geme e seus dedos apertam meus cabelos e ele dita
meus movimentos com a mão.
Posso sentir o quanto ele está no limite. Acelero meu ritmo e amo as reações
de Cadu. O quanto ele fica perdido, a forma como meu nome é sussurrado em
sua boca “Mand” ou “Gostosa”, me deixa ainda mais sedenta por ele. A
forma como seus dedos pressionam meus cabelos.
Mas assim que vejo que ele está quase lá, Cadu me faz soltá-lo e me puxa
para cima, e assim que me levanto ele me beija, com posse. Como se não
soubesse como expressar tudo o que está sentindo. Suas mãos agarram meu
vestido e ele o puxa para cima.
Cadu deita seu rosto em meu ombro, e mete em mim com força, e a cada
estocada sinto que vou desmanchar nos braços dele. Isso tudo vai além do
sexo. Eu e ele é como se fosse uma conexão fora do comum... Como se eu
precisasse dele, de todas as formas. Vai além do ato físico, envolve nosso
emocional. Não me imagino tão entregue a mais ninguém, só ele.
Sua língua invade minha boca e eu o puxo pela cintura para mais perto.
Ambos respirando apressados. Cadu aperta minha cintura e então agarra
minha bunda com força e me ergue do chão, me pegando no colo. Passo
minhas pernas por sua cintura e ele me vira e me coloca contra a parede atrás
dele, e já entra em mim em um movimento único.
Vejo a parede de vidro que agora está atrás dele, e consigo ver a sombra das
pessoas lá em baixo. E isso me excita mais do que pensei, principalmente
quando também vejo o nosso reflexo no vidro, ver ele entrando e saindo de
dentro de mim me leva a outra dimensão. E o vidro me dá uma sensação de
que estou sendo observada. É como se estivéssemos fazendo algo escondido,
e isso me deixa pegando fogo por dentro.
Cadu mordisca e chupa meu seio e eu cravo minhas unhas na pele de suas
costas. Ele se move como se não quisesse parar, mas também, ambos não
queremos que acabe. Cadu beija meu pescoço e o mordisca. Abraço seu
pescoço e Cadu me segura com mais força e passa seus braços por debaixo
dos meus joelhos, me abrindo mais, e assim consegue me penetrar mais
fundo, solto um grito e o ouço gemer.
Ele passa sua mão por minha coxa, e começa a fazer círculos no meu clitóris.
— Cacete, Cadu! — grito e ele morde meu lábio inferior e o chupa com
força. — Eu preciso que me beije.
Ele ergue sua sobrancelha pra mim e ambos sorrimos. Ainda bem que a
música está tocando porque se não a boate toda nos ouviria. Ele se aproxima,
cola sua boca em mim e já sinto toda a onda do prazer se acumulando dentro
de mim, e Cadu mordisca minha orelha e sussurra:
Respiro apressada e dou graças a Deus por estar no colo de Cadu, pois ele me
segura completamente. Assim que recuperamos a consciência, ele me olha
sorrindo e então sai de dentro de mim devagar, e solto um gemido quando
nossos corpos se separam.
Olho para as flores brancas e cor de rosa e meu coração se acelera ainda mais.
Nunca pensei que fosse ficar tão nervosa no dia do meu casamento. Parece
que a qualquer momento algo vai dar errado, ou alguma coisa irá acontecer.
Fora essa vontade de chorar o tempo todo, que graças a Deus: Minha
maquiagem é à prova d´água.
— Só seja feliz, viu? Porque eu estou feliz por estarmos na mesma família.
Agora as festas na família do Arthur terão você também, graças a Deus!
Começo a rir e pisco para ela. E então ela sai e esbarra com meu pai na porta.
Ele está lindo de terno cinza. Ele me estica uma caixinha preta e se aproxima
de mim.
Me aproximo e o abraço, e então olho o terço com mais atenção. E... Espera...
— Aquela sua amiga Rachel é doida, não entendi, mas ela insistiu tanto e...
Coloco o terço em meu pulso e seguro o buquê, coloco minha mão no braço
do meu pai, e então ele começa a me levar.
Assim que ouço a música You Are The Reason tocar, já sinto vontade de
chorar de novo.
Mas me seguro.
Pois eu o vejo.
Alí, parado naquele altar repleto de flores e velas, que dão um ar tão
romântico e mágico. Cadu usa um terno azul, está nervoso, mas assim como
eu, quando olha para mim, parece que as pessoas simplesmente somem ao
nosso redor. Ele está um gato, e meu coração se apaixona por ele mais uma
vez.
Meu pai me leva por entre os convidados, e assim que para e Cadu vem em
nossa direção, parece tudo tão perfeito, que não imaginaria nada melhor. Ele
cumprimenta meu pai, e então se aproxima e beija minha boca.
Ele sorri e beija minha testa, e então segura minha mão e me guia até o altar.
E para ser bem sincera, não prestei atenção em quase nada do que foi falado
alí depois disso. Eu estava tão nervosa, e tinha tantas coisas passando por
minha cabeça, que eu pegava só alguns pedaços do que o padre falava. Parece
que estava em um piloto automático. Só me lembro dele contar uma história
engraçada, falar sobre o amor, e então voltei para a realidade quando ele disse
“O casal escolheu ler os próprios votos”.
Me viro para ficar de frente ao Cadu, que sorri e então a cerimonialista pega
meu buquê e me entrega o microfone e minhas anotações com os votos.
— Amor? — Cadu olha para mim sorrindo. — Hoje chegou o dia que tanto
esperamos. O dia que independente quanto tempo passe, será sempre o nosso
dia. Eu já imagino nesse momento, a gente bem velhinho no futuro. Você
sentado ao meu lado com inúmeros álbuns de fotografia, com todos os
momentos que passamos juntos. E eu, bem... Provavelmente ainda tirando o
seu sossego, que tinha antes de me conhecer. — os convidados começam a rir
e Cadu morde os lábios, sei que faz isso quando está nervoso. — Mas, a
verdade sobre nós dois, é não somos o típico casal convencional. — ele ri e
eu também. — Não somos o tipo de casal que se conhece e demora a se
apaixonar. Nos conhecendo como conheço hoje, até posso arriscar que nos
vimos por acaso em uma festa qualquer, e que logo pensei “Vou me casar
com aquele cara”. — Cadu solta uma risada e eu limpo as lágrimas em meus
olhos. — Sabe porquê? Porque eu acredito que a vida coloca escolhas em
nossos caminhos. Nos dá sinais. E naquele momento eu fiz a minha escolha.
Independente do que iria acontecer depois, independente se iria me retribuir
ou não. Naquele momento, só existia você, sabia? E mesmo que na minha
cabeça eu estivesse pensando “Que erro você está prestes a cometer”. No
momento em que eu te beijei, eu vi que belo acerto eu fiz.
Cadu limpa minhas lágrimas e posso ver que está emocionado também.
Ele sorri e me abraça e limpo uma lágrima em sua bochecha. Cadu beija
minha bochecha e pega o microfone em minha mão, e a cerimonialista
entrega a ele suas anotações.
Ele se agacha e beija sua bochecha e ela sorri pra mim e abraça meu vestido.
Cadu entrega as alianças ao padre, e sorrio quando Cadu segura as minhas
mãos, e o padre nos entrega as alianças. É tudo tão mágico, nossa troca de
alianças, nosso novo acordo, nosso plano mais mágico e irresistível.
Olho para ele em choque com a coincidência do que pensei e ele falou. Mas
seguro o cinto de segurança com mais força perto de mim e me rendo. Meu
coração se aperta ao imaginar todas as vezes que entramos nesse carro, rindo
e nos beijando... Bem diferente do clima que está entre nós nos últimos dias.
— Mas, eu estou bem. — digo. — Não estou sentindo mais nada! Olha só, o
carro está andando e eu nem quero vomitar.
— Agora. — ele diz. — Agora não está sentindo nada, mas eu já estou
ficando preocupado com você passando mal e ficar desmaiando.
— Como assim não anda se alimentando? — noto que ele está fazendo o
possível para manter a paciência.
Engulo em seco.
— Não quero que deixe de se alimentar por causa de coisas bobas, gostosa.
— ele diz. — Sei que ás vezes pego pesado, mas só quero te ver bem. Ok?
— Ok. — sussurro.
É, vai ver será bom uma consulta médica! Cadu sai do carro e eu saio
também, fecho a porta e ajeito minha bolsa em meu ombro. Cadu liga o
alarme do carro e vem até mim, pega minha bolsa antes mesmo que eu possa
reclamar. Ele vai andando em direção ao dono do estacionamento e eu o sigo.
— Boa tarde, aqui está as chaves. — Cadu estica sua mão para o homem, que
por sua vez, agora encara minhas pernas na maior cara de pau. Cadu olha
para mim, noto sua sobrancelha franzida.
Olho ao redor para ter certeza que é comigo mesmo que ele está falando, e
quando vejo que é, fico sem graça, pois ele continua olhando minhas pernas.
Cadu olha para o cara em choque e então dá um passo para trás. Sua mão
segura a minha, seus dedos se entrelaçam aos meus e sua assume rapidamente
uma pose de durão.
— Oi, tudo bem? Posso aju... — o olhar dela se encontra com o de Cadu e ela
meio que perde a fala.
Eu a entendo, porque isso meio que sempre acontece comigo.
— Liguei mais cedo marcando uma consulta. — ele diz alheio aos olhos
devoradores da mulher. — Está no nome de Amanda Lopes.
Cadu me olha e me entrega a bolsa. A abro e tiro tudo o que ela precisa e a
entrego.. Ela digita algumas coisas e logo me entrega novamente.
— Assine essas duas guias, por favor. É a guia da consulta, está bem? Tem
que ser o seu nome por extenso. — ela marca um x nos papéis onde eu tenho
que assinar.
— Você é a próxima, podem aguardar ali, daqui a pouco o Doutor Otávio irá
atendê-la! — ela diz.
Cadu e eu seguimos para a sala de espera. Lá dentro tem uma mulher olhando
alguns exames. Nos sentamos e solto um suspiro. Pego meu celular e olho
alguns posts que Rachel fez no instagram que criou para publicar seus textos.
O Decifrando-te, e fico lendo seus últimos posts.
— Que foi?
— É que... Sabe, eu sei que... É... — ele gagueja e eu franzo minha testa. —
Eu sei que tá chateada comigo por ficar no seu pé... Mas é que eu fico mesmo
preocupado. Principalmente depois do que passei com a minha mãe. Só quero
ter certeza que isso é porra de um virose e que você está bem. Não fica puta
comigo só por eu me preocupar.
Meu coração se aperta, e me aproximo e abraço seu braço e deito meu rosto
em seu ombro.
— É claro que eu não estou puta com você por se preocupar. Só não quero
que toda vez que eu gripar você me traga para o hospital. Ás vezes nos
sentimos mal e isso é normal, Cadu.
Sinto as lágrimas encherem meus olhos. Tem como amar menos este homem?
Meu coração se aperta. Estou prestes a falar para ele que também o amo
quando o médico aparece.
— Amanda Lopes?
O médico é tão jovem que Cadu franze a testa e aperta minha mão. Ciumento
dos infernos! O médico tem um sorriso cativante, e olhos castanhos quase
pretos. Tem uma expressão tão descontraída e serena que me deixa mais
tranquila.
— Boa tarde. — ele diz ao se sentar em sua poltrona. — Sou o Otávio. — ele
digita alguma coisa e então olha para mim. — E aí Amanda, me conta qual é
o problema.
— Então... — fico sem jeito. — Para falar a verdade eu acho uma perda de
tempo vir aqui, porque tenho certeza que é uma virose e que estão todos
exager...
— Ah, porra! — Cadu diz e o médico sorri. — Ela é teimosa doutor, não
repara. — ele diz. — Ela está vomitando muito ultimamente, não está se
alimentando direito.
— É claro que não, Cadu! Eu já disse que nada desce! Nem os biscoitos que
minha mãe faz e eu amo, não consigo comer... Enjoo até do cheiro. — o
médico desvia sua atenção para mim.
— Sim.
— Alguma tonteira?
— Sim.
— Mal estar?
— Certo... Desmaios?
— Ontem ela desmaiou, por isso marquei a consulta. — Cadu diz. — Fiquei
preocupado.
— É... Não.
— Eu tenho uma virose Cadu! — digo alto, sinto tudo rodar e Cadu percebe
pois rapidamente se levanta e suas mãos agarram minha cintura e ele me faz
sentar na cadeira.
Faço o que ele diz. Repito isso umas oito vezes... E tudo vai ficando quieto
novamente. Para de rodar, e minha visão não se turva mais.
— Tá vendo? Depois ela diz que está tudo bem! — Cadu diz, e só então vejo
quão nervoso e tenso ele está.
— Estou bem. — sussurro acariciando seu rosto. — Já vai passar.
— O caralho que vai passar! — ele diz. — Podem passar alguma medicação
para ela?
Cadu fuzila o médico tanto que tenho medo dele partir para cima do cara.
Logo em seguida me olha, e seu olhar se suaviza ao encontrar os meus.
— Eu quero que fique... Mas você precisa esfriar sua cabeça. — digo. — Eu
vou ficar bem.
— Estou logo ali fora. — ele sai e com custo fecha a porta atrás de si.
— Ok.
Aperto minha roupa com a mão livre quando a agulha entra no meu braço.
Mas logo depois não a sinto mais. Ela termina de tirar o sangue e coloca um
adesivo no minúsculo furinho que não para se sangrar.
— Aperta com força para não ficar roxo. — me instrui.— Prontinho Amanda,
daqui uma hora fica provavelmente já estará pronto, o doutor pediu urgência.
Boa sorte!
Boa sorte com o que minha filha? É o que eu quero gritar, mas eu só
murmuro um obrigada e me retiro da sala.
Encontro Cadu e digo a ele que estou esperando os resultados mas que estava
tudo bem. E então pego meu celular e mando uma mensagem para a Mari.
Mari demora mais de vinte minutos para chegar. Enquanto Cadu foi pegar
água e comprar algo de comer, eu fui ate a farmácia do outro lado da rua do
hospital e comprei um teste de gravidez. Nem a pau eu vou esperar aquele
exame se sangue!
E assim que voltei, Mari aparece na porta meio assustada e vem até mim.
Pego sua mão e a levo até o banheiro, e assim que chegamos lá tiro da bolsa o
teste de farmácia e Mari arregala os olhos quando entende o motivo.
— VOCÊ TÁ GRÁVIDA?! — grita.
— Mari! — paro de falar pois me lembro do que ela disse. — Eu nem sei se
tô grávida e você já tá chamando meu bebê de isso?!
— Olha, eu preciso de ajuda. Fiz exame de sangue, mas quis descobrir logo
se realmente existe essa opção.
— Como faz?
— Certo.
— Já. — ela ri. — Três vezes. — sorri. — Me surpreendo você nunca ter
feito.
— O quê?
— Uma foi na minha primeira vez, estava menstruada, mas fiz porque fiquei
meio que cismada com todas aquela superstições que a vovó e todo mundo
contava. — ela ri e numera com os dedos, erguendo o dedo dois. — A outra
foi quando Rick e eu viajamos, a camisinha estourou. — ela ri e levanta o
numero três. — A outra foi mês passado, porque... Desconfiei... Mas, deu
negativo. Uma pena.
— Até parece que nunca vi você fazer xixi, já vi fazer até o número
Dois, quem dirá...
Ela sorri e ficamos esperando. Pouco tempo, eu sei, mas para mim foram
horas, dias, uma verdadeira eternidade. E então Mari morde os lábios e olha
pra mim.
— Que pergunta?
— E?
Solto uma risada e volto a chorar. Mari me puxa para ela e me abraça com
força.
— Calma meu amor... Você e Cadu dão conta! Isso é bom, Mand. — ela
sussurra contra meus cabelos. — Sabe, uma criança é uma bênção na vida de
alguém.
— Eu sei eu... — me afasto dela e então olho para o meu reflexo no espelho.
Minha barriga ainda plana agora não é mais vista da mesma forma. — Eu vou
mesmo ser mãe? — sussurro. — Acabamos de nos casar.
— Calma! — Mari diz. — Esses testes podem dar falso positivo. Fez o de
sangue?
Não sei ao certo o que é melhor... Não estar grávida e não ter que sofrer no
parto, ser apenas uma virose... Ou, ser verdade tudo isso, e sofrer no parto,
porém... Ser mãe.
— Ei, o Cadu precisa participar desse momento. — ela diz. — Eu chamo ele,
e fico esperando vocês lá fora está bem?
Concordo com a cabeça e ela beija minha testa antes de sair junto com o
doutor. Meu coração se aperta ao ficar sozinha, e sem querer eu acabo
colocando a mão por cima da minha barriga. É tão estranho tudo isso. Será
que realmente tem uma vida se formando dentro de mim?
— O que será que vai acontecer se você estiver mesmo aí, em bebê? —
sussurro baixinho, porém minha voz fica alta na sala vazia.
— Vou pegar os exames. — Otávio diz enquanto conversa com outro médico
sobre algum caso específico.
— Ei... Seja o que for eu vou estar do seu lado sempre tá bom? — Cadu diz.
Não sei o que ele fará se descobrir que será pai! A relação com o pai dele já é
uma merda. Ele iria pirar? Me xingaria? Se amaldiçoaria por não ter usado
proteção aquela... Quer dizer, aquelas tantas vezes?
— E então? — ele apela. — Pelo amor de Deus, me diz o que minha mulher
tem!
— Sim, Cadu, vocês! — Doutor Otávio faz uma pausa. — Amanda está
grávida. Vocês vão ser pais!
Eu sabia o que iria acontecer. Cadu ficaria pálido a princípio. Em silêncio,
tentando processar a informação, que sem dúvida mudaria nossas vidas para
sempre. Ele imaginaria todos os dias ficar acordado com um bebê. Porque o
choque foi demais.
— Ai meu Deus! — Cadu sussurra, o médico e eu olhando para ele sem nem
piscar.
Ele olha para mim e eu faço de tudo para não desviar o olhar, não quero ver
repreensão ou incerteza da parte dele. Mas ao contrário disso, vejo tanto amor
em seus olhos, que meu coração instantaneamente se alivia.
— Parabéns aos dois. — o Doutor se vira para mim — Marque uma consulta
com um obstetra para já dar início ao pré natal. Vou já solicitar uma
ultrassonografia para ver se está tudo bem e aí já leva ao médico o resultado
no dia da primeira consulta ok? Lá vai ser mais informada sobre a gestação,
sobre o parto e...
— Nós vamos ter um bebê! Cadu sorri tanto que seu sorriso passa para mim.
Cadu olha para mim com seu sorriso ainda mais largo.
— Vamos?
Concordo e ele segura minha bolsa e a coloca em seu ombro. Passa um braço
ao redor da minha cintura, e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha
orelha.
— Eu vou cuidar de vocês, sabe disso, não sabe? — ele sussurra com
os lábios no meu ouvido.
— Eu nunca duvidei disso, Gostoso. — sussurro, vejo seus olhos brilharem e
então ele sorri, segura minha nuca e sua boca cola na minha. Um milhão de
estrelinhas se explode dentro de mim.
— Deu posi...
— Ah, quero sim. Eu vim rápido porque a Mand disse que precisava de mim
urgente. Vim com a roupa do corpo.
— Bom, ser mimada demais, use isso. Será divertido! Pode ter lugar especial,
catar senhas preferenciais, cacete muitas vantagens tá?! — Mari me
inventiva. — E você ficará linda com aquela barriga redonda linda de viver.
Começo a rir e entramos no carro. Cadu está tão sorridente que qualquer um
nota.
— Meu Deus Cadu está parecendo o pai coruja do ano, e olha que a criança
nem nasceu.
— Estou ótima Cadu, quando chegar em casa minha mãe arruma algo para
comer.
Coloco meu vestido de flores pela terceira vez, e faço uma trança embutida
no meu cabelo. Passo uma maquiagem bem leve, e então vou até o meu
quarto e abro o guarda roupa para tentar pegar minha sapatilha na parte de
cima do guarda roupa. Mari entra no quarto e vai até mim, me afasta do
guarda roupa e pega a sapatilha.
Mari começa a dar pulinhos depois que eu calço a sapatilha, seu sorriso de
orelha e orelha me mostra o quanto ela está feliz.
— Assim que sair do consultório, liga pra mim! — ela exige. — Sem MAS!
Pego minha bolsa e saímos juntas do quarto. Cadu está sentado no sofá da
sala, acho que até mais nervoso do que eu. Mari sorri pra mim e me lança
uma piscadela cúmplice antes de se afastar. Eu e ela bolamos um plano, e
nada pode dar errado.
Dá última vez que Cadu e eu tentamos descobrir o sexo do bebê, ele estava
em uma posição que não permitiu que o médico descobrisse se era menino ou
menina. Cadu se levanta assim que me vê e pega minha bolsa. Segura minha
mão e se aproxima beijando o topo da minha cabeça.
— Já está pronta? — sussurra.
— Tchau Mari, até daqui a pouco. — pisco pra ela que começa a rir
com o nosso plano maluco.
O caminho até a clínica foi silencioso. Cadu estava tão nervoso que dava
vontade de rir. Dá última vez que viemos até aqui, o médico garantiu que
iríamos saber do sexo do bebê, mas pelo visto, ele não estava disposto a
cooperar com o médico. Ele tentou parecer conformado, mas no fundo eu
sabia que ele estava triste.
Assim que ele para o carro já sinto meu coração saltar pela boca. Cadu tranca
o carro enquanto eu já vou entrando na recepção.
— É... Então... Mand, já vou fazer sua ficha, só aguardar. — ela informa.
Demora uns cinco minutos até o Doutor vir chamar a gente. Entramos na sala
de ultrassom, e me ajeito na cama. O médico coloca um lençol brando em
minhas pernas, e eu subo o vestido deixando minha barriga, a mostra.
O médico passa um gel gelado em mim e eu começo a rir. Cadu se aproxima
de mim e segura minha mão quando o exame começa. O médico começa a
mostrar as mãozinhas, falando que está tudo perfeito. E de repente para de
falar. Vejo ele me olhar e nesse momento sei que deu tudo certo. Ele olha
para Cadu e sorri.
— E você diz isso sorrindo? — Cadu pergunta. — Você disse quedaria certo
dessa vez.
— Não, Carlos. Eu disse que em outro dia as chances eram maiores, porém
ele está em posição que está dificultando...
— E não dá pra tentar? Talvez se a gente der chocolate pra Mand comer o
bebê se mexe e aí a gente consegue não?
— Ei... Amor, olha pra mim. — me sento e seguro seu rosto. — Eu sei que
está querendo saber o sexo do bebê. Eu também estou...
— E essa coisa é mais importante do que saber o sexo do nosso bebê? — ele
pergunta e vejo que está claramente chateado comigo.
— Cadu...
— Hoje é meu aniversário, Mand! Seria importante pra mim saber! — ele
Fala.
— Tudo bem, se ele me perdoar depois, isso vai valer a pena. — digo e me
deito novamente.
Ele começa a rir e volta a fazer o exame.
Assim que paramos de frente a nossa casa já sinto meu coração bater mais
rápido. Estaciono o carro e Cadu coloca uma mão em meu joelho.
Ele olha para baixo, e vejo seus olhos irem para o envelope na minha mão.
Cadu franze a testa mas aceita sem reclamar. Assim que ficamos de frente a
nossa casa, eu respiro fundo e decido ser sincera. Assim que ele coloca a
chave na porta eu seguro a sua mão.
— Cadu...
Um sorriso se forma em seus lábios e ele tomba a cabeça para o lado. Ah, se
ele soubesse no quanto fica lindo assim!
— Você mentiu pra mim! — ele diz rindo. — Não me surpreende, vindo de
você.
— Foi por uma boa causa! — me defendo. — A Mari fez umas coisas que eu
pedi, estava tudo pronto, na verdade. Ela estava só esperando saber o sexo
para preparar tudo.
— Então agora abra a porta e seja conquistado por mais um plano meu. —
sussurro e beijo seus lábios.
Cadu sorri tanto que acho que seu sorriso não cabe no rosto. Ele abre a porta
e vejo o quanto ansioso está. Assim que entramos na sala somos recebidos
por uma infinidade de balões cor de rosa. Meu coração para e sinto as
lágrimas nos meus olhos. Tem uma faixa prendendo na parede escrito “Bem
vinda, Sofia!”.
Pego a caixinha e entrego para ele. Ele abre devagar e lá dentro tem um colar
de uma menininha. Vejo os olhos de Cadu se encherem de lágrimas. Me
aproximo dele e beijo sua boca.
— E você será o pai mais perfeito e gostoso desse mundo. — falo e ele
começa a rir. Seguro a foto dela e mostro para ele. — Feliz aniversário,
Cadu!
6
Pego meu vestido longo, e o visto devagar para não estragar meu penteado.
Sofia entra no meu quarto, rodando de um lado para o outro com seu
vestidinho da princesa Elsa, da Frozen, parece uma mini debutante e isso me
faz sorrir imaginando o dia em que ela terá 15 anos e dividisse o salão com
todos os príncipes.
— Olha mamãe... Meu vestido fica todo grande quando eu rodo. — ela diz
rindo.
Sorrio e me mato de fofura por dentro. Porque garotinhas vestidas de
princesas tem que ser tão lindas assim?
— Ah, princesa Elsa, será que você pode ajudar sua mamãe a fechar o zíper
do vestido? — falo me contorcendo tentando alcançar mas não consigo.
— Tá bem. — ela diz parando de rodar e vem até mim.
— Não meu amor, pode deixar que o papai ajuda a mamãe. — Cadu entra
sorrindo e Sofia sai correndo rindo e pula em seu colo.
— PAPAI! — ela o abraça e beija seu rosto. — Olha, olha pra mim! A
mamãe comprou a roupa da Elsa, papai! Ela vem com magia, sabia que eu
sou uma princesa? — ela fala tanto que Cadu puxa sua cabecinha e beija sua
bochecha com força.
— Você é bem mais linda que a Elsa! Que tal a gente fazer um chá de
princesa e o papai tirar muitas fotos suas?
— Vamos!
— Fala para a mamãe que você quando crescer vai ser a pessoa com mais
fotos da infância que todas as outras.
— Dá para parar de falar quando ela crescer? Porque não quero nem imaginar
esse dia chegando! — olho para Sofia enquanto Cadu a coloca no chão. —
Você não vai crescer tá bem? Promete ficar pequenininha pra sempre?
Ela abre o maior sorriso.
— Prometo mamãe. Eu vou sim. — ela corre até mim e salpica beijinhos em
meu rosto.
— Ótimo, agora porque não liga para a Tia Gi perguntando que horas ela vai
passar aqui?— Cadu fala.
— Oba! Tia Gi! — Sofia corre e pega meu celular e me entrega para eu
digitar o número da Gisele.
— Papai, o Tio Tu vai vir também? Vem comigo! — ela segura em sua mão.
— Ele vai, claro que sim! Ele tem que me ajudar a arrumar tudo para quando
o Papai Noel chegar, está bem? Pode ir ligando que eu só vou ajudar a
mamãe a colocar o vestido.
— Tá bem! — ela diz e em seguida abre um sorriso. — Oi Tia Gi!
— Oi coisa linda da Tia! — ouço Gisele do outro lado da linha.
Cadu se aproxima de mim sorrindo e eu me viro de costas para ele.
— Não consigo fechar o zíper, acho que engordei! — reviro os olhos e Cadu
solta uma risadinha.
— Não, está perfeita assim! — ele murmura contra meu ouvido. Sinto um
arrepio percorrer meu corpo. — Agora deixa eu te ajudar a colocar o vestido.
— ele se aproxima e beija meu pescoço devagar. Sobe o rosto até perto do
meu ouvido e o morde levemente. — Porque quando voltarmos, quero tirá-lo
de você.
Sorrio e me viro rapidamente, seguro seu rosto e beijo seus lábios devagar.
Cadu passa suas mãos por minha cintura e me puxa para mais perto. Suas
mãos percorrem meu quadril, descem para minhas coxas, solto uma risadinha
e Cadu me empurra devagar até fazer com que eu me encoste na parede. Ele
beija meu pescoço, trilhando mordidas por toda minha garganta, e depois
sinto sua língua passar por meu pescoço, provando meu sabor.
Tento me soltar, mas ele me lança aquele sorriso cafajeste, e me empurra de
novo, pressionando seu corpo contra o meu. Sua língua invade minha boca,
calando qualquer coisa ( menos Sofia rindo ao celular na sala).
Sua mão desce da minha cintura e Cadu aperta minha bunda com força. E se
não fosse pelas risadinhas ficando mais próximas, acho que o vestido iria ser
tirado de mim antes mesmo da noite acabar. Como se tivéssemos combinado,
Cadu e eu damos um pulo e eu me viro enquanto ele termina de ajeitar meu
vestido, e Sofia entra no quarto pulando.
— Eles chegaram! Ficaram conversando comigo enquanto vinham! — ela
diz.
— Então, vamos lá não é? — Cadu diz sorrindo para ela. — Já pegou todas
as suas coisas?
— Falta pegar a minha coroa, mamãe onde tá? — ela pergunta assustada
olhando para mim.
— Está em cima do seu criadinho, amor.
Ela concorda e sai correndo até seu quarto. Me viro e Cadu está sorrindo, me
aproximo dele e ajeito sua blusa.
— Ainda não terminamos, sabe né? — sussurra.
— Claro que não. Você não vai escapar tão fácil assim de mim. — beijo seus
lábios e ouço a campainha tocar. — Agora vê se sossega aí em baixo antes de
aparecer na sala.
Saio do quarto rindo e ouço as vozes na sala. Ajeito meus cachos e assim que
chego lá Gisele assobia e dá uma voltinha. Ela está deslumbrante. Está
usando um vestido rosa seco, com a parte de cima toda bordada por pérolas.
Ele é longo, porém tem um aberto que vai da sua coxa até o pé.
— Meu Deus! Acho que estou apaixonada! — falo rindo enquanto chego até
ela e a abraço.
— Sempre seremos casadas, mulher! — ela fala rindo. — Você está uma
gata!
Somos interrompidas por Sofia correndo gritando o seu nome. Gi se afasta de
mim e se agacha esperando pelo abraço de urso que ela ama fazer com as
pessoas. Ela se joga contra Gi que se apoia na mesinha para não cair no chão,
e Sofia passa suas perininhas ao redor da sua cintura.
— Você tá igual a uma princesa... Aquela, qual é mesmo o nome dela?
— ELSA! — Sofia fala batendo palminhas.
— Ah, essa mesmo! Tá gata demais!
Sofia abre um sorriso gigante e deita o rosto no ombro dela.
— E já tá com sono é? Cuidado em? Se dormir antes da hora Papai Noel não
vem!
Sofia arregala os olhos assustada.
— ELE NÃO VEM?
— Ela tá brincando. — digo. — Ele jamais se esqueceria de você.
— É, eu só estou brincando! — Gi diz rindo. — Mas tem que brincar muito
antes de dormir, ok?
— Tá bem, Tia Gi!
Ouvimos um barulho na porta, e caio na gargalhada quando Arthur entra
segurando todos os presentes. Esse ano a família de Cadu e a minha
passaríamos o natal juntos. E a família deles é enorme. Quase fui a falência
comprando presentes.
— Meu Deus, deixa eu te ajudar! — digo rindo e pego algumas sacolas da
mão dele.
— Valeu maluca. — Arthur sussurra.
— Ah, eu fiz o bolo, você terá que decorar, tá lembrado né? Um ajudando o
outro. — Gisele fala quando Arthur termina de colocar as sacolas debaixo da
árvore de natal.
— É claro amor. — ele diz e Sofia pula nele. — Meu amor! Dando muito
trabalho já para seu pai?
Gisele sorri e se aproxima deles e pega a Sofia no colo.
— Somos o casal perfeito. — ela diz sorrindo e o beija — Eu fico com ela e
você termina de arrumar a ceia — sussurra. — Sofia vai me levar para me
mostrar o presente dela, já volto.
— Tá, não demora. — ele coloca uma mecha do cabelo dela atrás de sua
orelha e vem na minha direção. — ME SALVA!
Começo a rir e abro os braços e ele se aconchega nos meus braços.
— Como você está? — ele pergunta.
— Tudo bem, no jornal também. Sou uma redatora melhor que você.
Arthur ergue as sobrancelhas e ri debochado.
— Impossível.
Começo a rir e aponto para a ceia.
— Você tem que terminar a ceia, e eu atormentar o Cadu.
Arthur pisca pra mim e vai até a mesa e começa a ajeitá-la. Me aproximo de
Cadu, que está perto da árvore de natal pendurando algumas fotos reveladas
junto com o pisca pisca. E então o abraço e fico entre seu corpo e a árvore de
natal. Coloco minhas mãos por debaixo de sua blusa, e o puxo para mais
perto de mim. Olho para ao redor e como não vejo ninguém solto os dois
primeiros botões de sua blusa, e ele me impede.
— Gostosa! — sussurra. — Tá doida?
— Que foi? Só estou te ajudando a se vestir. — digo abotoando de novo. —
Porque mais tarde, eu vou continuar abrindo e não vou parar. — beijo seu
pescoço e ele estremece.
— Mais que justo. — comenta. — Até lá, tem coisas mais interessantes para
fazer.
Seus olhos queimam de desejo e logo ao redor deles duas ruguinhas se
formam por causa do seu largo sorriso. E ele me puxa para me beijar,
incendiando todo o meu corpo.. Porém, cedo demais... Como em tantas
vezes, somos interrompidos por gritos e risadas vindas de Sofia.
E como sempre, nos afastamos com a maior felicidade do mundo. Pois ela é a
nossa gostosinha, que dá vontade de morder e encher de beijos sempre que
vem em nossa direção. Uma parte de nós, que fizemos com todo o nosso
amor.
Ela é a nossa mais nova rotina, mais novo amor, noites perdidas de sono.
Maior fonte de preocupação...
E ao mesmo tempo.
Ela é de fato, o nosso coração mais importante.
Obrigada por ter lido!
Série Escolhas
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