Trabalho de Educacao Não Formal - 6 Grupo

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Elvira Benilde Humberto Ninlaval

João Gabriel Inácio


Maria Ercilia Hilários
Paulina Paulino Rafael Mussa
M'pokassye Patric M'pokassye

Contabilidade de Organizações sem fins Lucrativos

Universidade Rovuma

Nampula
2022
João Gabriel Inácio
4
Jaceline Damião Messa

Melito Augusto Miguel

Amade Mahando Autaual

Elsa Artur Baltazar

4° Ano em Contabilidade e Auditoria, Pós-Laboral

O presento trabalho da Cadeira de


Contabilidade Sectorial tem como tema
Contabilidade de Organizações sem fins
Lucrativos, leccionada pelo docente,
dr João Mualete

Universidade Rovuma

Nampula

2020

Sumário
Introdução......................................................................................................................................4

5
Práticas contabilísticas das organizações sem fins lucrativos.........................................................5

Prestação de contas das organizações sem fins lucrativos...............................................................6

Normas de Contabilidade Aplicáveis ao Terceiro Setor..................................................................8

Características Básicas da Contabilidade do Terceiro Setor........................................................8

Fundos Especificados...................................................................................................................9

Outras Características..................................................................................................................9

Contabilização dos Principais Eventos Ocorridos na Entidade sem Finalidade de Lucros


.........................................................................................................................................................9

Conclusão......................................................................................................................................12

Referências Bibliográficas...........................................................................................................13

Introdução

6
O presente trabalho tem como tema: Andragogia e Pedagogia, também o mesmo têm
objectivo de descrever os temas atrás citado.
Este, vem estruturado da seguinte maneira: Capa, Contracapa, Índice, Introdução,
Desenvolvimento do trabalho, Conclusão, e por último referencias bibliografias, e a
metodologia usada pelo grupo foi a consulta bibliográfica e digital e as obras usadas
para mesmo, encontram-se patente na última página.
As instituições de Educação Profissional têm, em sua maioria, classes formadas por
adultos. Faz-se necessário que se desenvolvam metodologias pedagógicas voltadas a
atender os anseios deste aluno, que precisa saber o que e para que está estudando e
como poderá aplicar este conhecimento no futuro. A Andragogia, através de seus
métodos, se apresenta como importante ferramenta, favorecendo e estimulando o adulto
a aprender.
Andragogia é a arte ou a ciência de orientar adultos a apreender. O modelo andragogico
foi formulado por Knweles a partir de 1935, só em 1980 a teoria têm um modelo
definido e constituído sob três fontes de dados: o individuo, a organização e a
sociedade. A educação de adultos passou a merecer atenção a partir com a alfabetização
e com treinamento empresarial. A maior diferença entre outras teorias e a relação entre
o facilitador e o aprendiz. O facilitador está sempre nesse processo e o aprendiz adulto e
responsável activo e participante da sua aprendizagem. Os princípios básicos da
andragogia são necessidades de aprender, autoconceito, experiencia prévias, prontidão,
orientação para aprendizagem.

Segundo Gil (2007, p. 12-13), a Andragogia fundamenta-se nos seguintes princípios:

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1. Conceito de aprendente. Este conceito é adoptado como alternativa ao de
“aluno” ou “formando”. O aprendente, ou aquele que aprende, é
autodirigido, o que significa que é responsável pela sua aprendizagem e
estabelece e delimita o seu percurso educacional.
2. Necessidade do conhecimento. Os adultos sabem melhor que as crianças
da necessidade do conhecimento. Eles se sentem muito mais responsáveis
pela sua aprendizagem e pela delimitação do seu percurso educacional.
3. Motivação para aprender. O modelo andragogico leva em conta as
motivações externas, como melhor trabalho e aumento salarial, mas
valoriza, particularmente, as motivações internas, relacionadas com a sua
própria vontade de crescimento, como auto-estima, reconhecimento,
autoconfiança e actualização das potencialidades pessoais.
4. O papel da experiência. Os adultos entram num processo educativo com
experiências bastante diversas e é a partir delas que eles se dispõem a
participar ou não de algum programa educacional. Por isso essas
experiências devem ser aceitas como fonte de recursos a serem valorizados
e partilhados e servir de base para a formação. Os conhecimentos do
professor e os recursos instrucionais, como os livros e as projecções, são
fontes que por si só não garantem o interesse pela aprendizagem. Devem
ser vistos como opções que são colocadas à disposição para a livre escolha
do aprendiz.
5. Prontidão para o aprendizado. O adulto tem uma orientação mais
pragmática do que a criança. O adulto está pronto para aprender o que
decide aprender. Ele se torna disponível para aprender quando pretende
melhorar seu desempenho em relação a determinado aspecto de sua vida.
Sua relação de aprendizagem é natural e realista; por isso ele se nega a
aprender o que os outros lhe impõem. Além disso, sua retenção tende a
decrescer quando percebe que o conhecimento não pode ser aplicado
imediatamente. Assim, convém organizar as experiências de aprendizagem
de acordo com as unidades temáticas que tenham sentido e sejam
adequadas as tarefas que os alunos são solicitados a realizar nos seus
diversos contextos de vida.

Origem da Andragogia
O termo Andragogia, apesar de a educação de adultos existe há mais de 2000 anos, o
termo andragogia é mais recente, tendo sido cunhado pelo professor alemão Alexandre
Kapp.
A andragogia (do grego: andros – adulto e agogus – educador) é a arte e a ciência da
educação de adultos. É um caminho educacional que busca compreender o adulto,

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promover o aprendizado através da experiência, fazendo com que a vivência estimule a
assimilação, é uma forma de aprender a aprender.
De acordo com Rocha (2012, p.1), o estudo da andragogia pode ser feito com base em
dez pressupostos que facilitam a orientam a aprendizagem entre adultos. São eles:
autonomia, humildade, iniciativa, dúvida, mudança de rumo, contextos, experiência de
vida, busca, objectividade e valor agregado.
A partir de 1970, Malcom Knowles trouxe as ideias de Linderman. Publicou, em 1973,
“The adult Learner – A Neglected Species”. Começou na tentativa de formular a Teorias
de Aprendizagem de adultos em 1950.
Em 1960 teve contacto, pela primeira vez, com a palavra Andragogia através de um
educador Yuguslavo, que ele considerou a mais adequada para expressar a “arte e
ciência de ajudar adultos a aprenderem.” Knowles começou a construir o modelo
andragogico de educação como antítese do modelo pedagógico.
Segundo a análise de Knowles, no modelo pedagógico o professor tem total
responsabilidade sobre o que será ensinado, como este conteúdo será trabalhado e
decide a forma de avaliar e se o conteúdo foi aprendido. Nesse modelo, o aluno tem
uma postura de submissão aos ensinamentos do professor.
A andragogia questiona o modelo da pedagogia aplicado à educação de adultos, porque
entende que o adulto é o sujeito da educação, não o objecto.

Comparando pedagogia e andragogia foram destacadas as seguintes diferenças:


Características da
Aprendizagem
Pedagogia Andragogia
Professor é o centro das acções, A aprendizagem adquire uma
decide o que ensinar, como característica mais centrada no aluno,
Relação Professor/Aluno ensinar e avalia a na independência e na autogestão da
aprendizagem. aprendizagem.
Crianças (ou adultos) devem Pessoas aprendem o que realmente
aprender o que a sociedade precisam saber (aprendizagem para a
Razões da Aprendizagem espera que saibam (seguindo aplicação prática na vida diária).
um currículo padronizado)
O ensino é didáctico, A experiência é rica fonte de
Experiência do Aluno padronizado e a experiência do aprendizagem, através da discussão e
aluno tem pouco valor. da solução de problemas em grupo.
Aprendizagem por assunto ou Aprendizagem baseada em
Orientação da Aprendizagem matéria. problemas, exigindo ampla gama de
conhecimentos para se chegar a
solução.
Quadro1 – As diferenças entre Pedagogia e Andragogia, Cavalcanti (1999, p. 23)
Andragogia e Pedagogia

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Conhecida desde a década dos anos 1970, andragogia defende um ensino baseado na
motivação e no autoconhecimento como combustível por se tratar de uma abordagem
realizada em faca avançada da vida, já foi referida como educação continuada ou
aprendizagem ao longo da vida por organizações como a UNESCO.
Assim como a pedagogia, a andragogia e uma ciência que estuda a aprendizagem. Mas
diferente da pedagogia que tem o foco nas crianças, a andragogia busca as melhores
práticas e estratégias para ajudar adultos no processo de aprendizagem.
A Andragogia diz respeito a educação para adultos, e seu uso e amplo, extrapolando,
muitas vezes o ambiente da sala de aulas. Nessa vertente de ciência de educação pode
ser aplicada tanto no meio académico, na educação formal, quanto no contexto social e
político (palestras, discursos, debates) ou empresarial (treinamento, palestras e
reuniões). Para andragogia a experiencia do aluno e fundamental para o seu
desenvolvimento, já que parte do principio de trabalhar os conteúdos por meio de
situações comuns do dia-a-dia. A intenção e proporcionar um aprendizado mais
consciente e disseminado de maneira mais madura. Esse e um ponto-chave que da
metodologia, que busca compreender o adulto: trabalhar os conteúdos com maturidade.
Não podemos ser ingénuos de achar que o individuo que busca educação na vida adulta
e inexperiente. Na verdade, ele provavelmente já apreendeu muita coisa, ainda que
esteja acostumado com outro método de ensino. O aluno adulto busca na educação
continuada a sua realização pessoal e profissional, e aprendendo muito melhor quando
tem valor de uso imediato.
Por tanto, e tarefa do educador e das instituições de ensino apresentar soluções para
problemas reais e que farão diferença na sua vida quotidiana.
Enquanto:
Pedagogia é um conjunto de técnicas, princípios, métodos e estratégias d educação e do
ensino, relacionados a administração de escolas e a condução dos assuntos educacionais
em um determinado contexto.
A pedagogia estuda as ideias de educação, segundo uma determinada concepção de
vida, e dos processos e técnicas mais eficientes para realiza-los, visando a perfeições e
estimulará a capacidade das pessoas seguindo objectivos definidos.
A palavra tem origem, no grego, onde andros significa homem e gogos quer dizer
educar. Kapp emprega, o termo pela primeira vez em 1833 no seu livro Teorias
educacionais de Platão.

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Na obra, ele dedica cada capitulo para o ensino em uma fase diferente da vida,
abordando desde a educação infantil (pedagogia até chegar na andragogia justificando
que este seria o termo mais apropriado para definir esse conceito.
O termo dado pelo alemão, acabou sendo bem aceite e produzido em diversos idiomas:
do alemão (Andragogik), ao Francês (Andragogie), ao inglês (Andragogy), o espanhol
(Andragogia, entre outros).
KAPP (1883), no seu livro de teorias educacionais de Platão, destaca o factor da relação
entre andragogia e pedagogia que deve ser entendida como uma relação de completude
e não rompimento. O papel da andragogia no ensino superior moderno deve ser o de
municiar o professor de alternativas inteligentes e eficazes para obtenção de melhores
resultados, mais sem renegar os princípios da pedagogia, que seguem a orientar a
educação infantil.

Andragogia Vs. Pedagogia

Observando os conceitos por trás dessas duas abordagens ligadas ao ensino,


conseguimos perceber facilmente a diferença entre as duas:
Enquanto a pedagogia esta mais relacionada ao individuo na infância e suas
descobertas, a Andragogia é focada em considerar as experiencia e necessidades dos
adultos
Andragogia Pedagogia
Voltado para homem adulto Voltado para crianças e jovens
Parte da antropologia Parte da andragogia
Processo orientação-aprendizagem Processo ensino aprendizagem
Existe uma comunicação reciproca e horizontal Existe uma comunicação receptiva e vertical
Propicia a autogestão Efectua-se o ensino directo
O aprendiz se encontra numa posição mais O aprendiz se encontra em situação mais
independente independente
Aplicação imediata dos conhecimentos dos Aplicação tardia dos conhecimentos
conhecimentos
Relação estudante orientador Relação estudante-docente
Seu objectivo e que o individuo alcance a auto Seu objectivo é formação para um
realização desenvolvimento adequado
É mais activo a participação do aprendiz é É mais passiva, sua intervenção é importante, mas
fundamental não tão central em sua estrutura

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É importante o ambiente para que exista uma É importante a dinâmica do ambiente além da
dinâmica sendo mais produtiva a aprendizagem família
Orientado para um ambiente do trabalho Orientado para um ambiente de trabalho e
académico
O tutor é considerado um facilitador ou orientador
Baseado no princípio da horizontalidade
Quadro 2: Andragogia Vs. Pedagogia
Adaptado.

Objectivos da Andragogia
Como todas ouras vertentes da ciência de educação, a andragogia têm como objectivo a
transmissão de conhecimento para um ou mais adultos. A particularidade de ser uma
metodologia dedicada especificamente ao ensino de adultos das com que alguns
caminhos diferentes sejam traçados para alcançar o objectivo final.
O ponto de partida deve ser a compreensão, já que dar aulas para adultos coloca o
docente em contacto com a realidade e necessidades muito diferentes, essa compreensão
exige que a andragogia considera os aspectos psicológicos, biológicos, e sociais de cada
aluno.
O tempo é um factor decisivo nesse sentido, já que são pessoas que provavelmente já
trabalham, muitas vezes precisam atender sua família, e tudo isso torna o tempo
disponível mais escasso. Não só mais escasso como também a qualidade de tempo é
outro.

Campos de Acção
A andragogia vem sendo aplicada nas empresas para melhorar seu treinamento e outros
processos de aprendizado corporativo.
Esta metodologia têm algumas características especificas voltadas para o ensino de
adultos, trazendo assim novas possibilidades e vantagens para e educação empresarial.

 Formação de Professores
Nessa especialização e área de actuação, é muito comum que o profissional
desenvolva a sua didáctica e práticas de ensino voltadas especificamente à
capacitação de educadores. Assim, ele poderá actuar preparando professores para
utilizarem abordagens educativas diferenciadas.

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 Educação de Jovens e Adultos
Para quem quer trabalhar com jovens e adultos, também existe uma pós-graduação e
uma área de actuação exclusiva para isso. Portanto, aquelas pessoas que não
terminaram seus estudos dentro do tempo regular podem fazer uma formação
especial, e você emprega métodos, abordagens e técnicas certas para ajudá-los a
aprender.

 Treinamento e Desenvolvimento
Há também aqueles que optam por trabalhar com o treinamento e o
desenvolvimento de habilidades organizacionais. Assim, o foco é o ensino de
adultos, mas com uma abordagem um pouco diferente, mais prática e voltada para
resultados. Dentro desse campo de trabalho, também há os que se especializam em
cursos livres de capacitação internos ou externos a uma única organização. Um
gestor especialista em uma determinada área, por exemplo, pode desenvolver suas
habilidades com um Curso de Andragogia e passar a terceirizar seus serviços de
treinamento, por exemplo.

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Conclusão
Após a realização de trabalho, o grupo conclui que falar de Andagogia A contribuição
da andragogia para a evolução do indivíduo e dos sistemas no qual ele se insere, torna
primordial o estudo dessa importante área da educação.
A busca pela elevação da qualidade de ensino é algo presente em todos os países que já
entenderam que a melhor forma de se desenvolver é através do aprendizado de seus
cidadãos.
Nesse sentido, a andragogia ganha cada vez mais destaque no cenário mundial, vez que,
ao influenciar o conhecimento do adulto, implica de forma direta na evolução desse
como pessoa e como profissional. O aluno adulto passa a ser visto, então, como um
indivíduo que precisa de educação diferenciada, inserida em sua realidade de vida e é
nesse contexto que a andragogia deve se desenvolver e criar mecanismos aptos a cada
adulto que dela necessite.
Sob essa perspectiva, importante ressaltar que, mesmo com o crescimento do estudo
sobre a andragogia, sua evolução deve ser em conjunto com a da pedagogia. Ambas
devem, assim, se complementarem. O papel da andragogia deve ser o de actuar na
melhoria e formação daqueles que a pedagogia orientou, ou não, de forma que uma
actue ajudando a outra.
Por todo o exposto, evidente fica que a educação deve continuar sendo vista e
incentivada como a melhor forma de se desenvolver os países e mundo como um todo,
estando sempre atenta as particularidades e situações a que seus alunos estão inseridos,
independentemente do contexto social e idade em que se encontram.

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Referências Bibliográficas
Sharan B.Merriam (2001) Andragogy and self-Directed learning: pillares of adult
learng theory.new directions for adult and continuing education.2001 (89):10
Cavalcanti, R.Educcao de adultos: um campo e uma problematica. Lisboa educa, 1999,
pg.132,133.
Bellan, Z, S. Andragogia em acção: como ensinar adultos se tornar maçante, Santa
Bárbara do Oeste, Socep editora 2005, www.Fia.com.br»blog>andragogia. Acessado no
dia 19 de Setembro de 2022
WILDNER, Maria Claudete Schorr. Educação Profissional e Mercado de Trabalho.
2016. Texto do curso Pós Graduação em Educação Profissional, Unidade IV -
Educação Profissional e o Mercado de Trabalho. Universidade do Vale do Taquari.
2016.
DEAQUINO, Carlos Tasso Eira. Como aprender: andragogia e as habilidades de
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ROCHA, Enilton Ferreira. Os dez pressupostos andragógicos da aprendizagem do
adulto: um olhar diferenciado na educação do adulto. 2012. Disponível em:
<http://www.abed.org.br/arquivos/os_10_pressupostos_andragogicos_ENILTON.pdf>.
Acesso em: 16 out. 2015.

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