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Principais Correntes Teóricas Da Sociologia
Principais Correntes Teóricas Da Sociologia
3° ANO C
Feira de Santana-BA
2022
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Resumo
Abstract
In this work we will approach the main theoretical currents of sociology and their
analyzes that influence the form of research in this science. Being them, positivism that was
inspired by the ideal of continuous progress of humanity, the theory of conflict with a focus on
Marxism that works with dialectical historical materialism, and functionalism that was thought
by Durkheim to understand the function of people in society.
Keywords: Positivism, Theory of conflict, Marxism, Functionalism.
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SUMÁRIO
1. Positivismo................................................................ 01
1.1 Auguste Comte.......................................................................... 02
1.2 Lei dos Três Estados.................................................................. 03
2. Teoria do Conflito.................................................... 05
2.1 Quatro Etapas do Conflito........................................................ 06
2.2 Marxismo e exemplos.............................................................. 08
3. Funcionalismo.......................................................... 09
Referências............................................................... 13
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1. POSITIVISMO 1
Antes de tudo, o positivismo era uma doutrina sociológica que se baseava na Lei dos
Três Estados(1.3). A Ciência Social estaria no último e mais avançado estágio de
desenvolvimento da humanidade, acompanhada da Biologia. Isso conferiu ao positivismo o
estatuto de doutrina fortemente ancorada no pensamento científico.
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Em resumo, o positivismo baseava-se em: ciência, ordem social, disciplina e rigor,
além de inspirar a proclamação da república e o lema da bandeira do brasil “ordem e progresso”.
Auguste Comte(1798-1857).
Comte era filho de uma família monarquista francesa tradicional e católica. Estudou
na cidade de Montpellier até mudar-se para Paris, onde ingressou na Escola Politécnica. Após
o fechamento temporário da Escola Politécnica, ele retornou à sua cidade natal para estudar na
Faculdade de Medicina. Antes mesmo de conhecer seu tutor e principal inspirador, Henry de
Saint-Simon, o então jovem já possuía determinada aversão pelo Antigo Regime e pela forma
monárquica de governo, considerada, com o clericalismo, uma instituição social ultrapassada.
Ainda na juventude, quando estudava na Escola Politécnica de Paris, Comte travou contato com
os ideais revolucionários e desenvolveu aversão ao governo Bourbon (que substituíra Napoleão
no comando da França).
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Para Comte, a crença e a permanência dos dogmas seriam obstáculos ao progresso
do conhecimento humano. Esse progresso somente seria possível com a promoção do
desenvolvimento científico e a aceitação das mudanças promovidas por ele em toda a Europa.
Assim, o cientificismo torna-se o cerne do pensamento comteano, obcecado em produzir nas
ciências humanas os mesmos resultados e eficiência que os métodos científicos geraram nas
ciências exatas e biológicas.
A lei dos três estados, é considerada como a lei fundamental de sua teoria e rege o modo
de pensar da humanidade. Ela caracteriza-se por concepções da história humana e indica que
elas passam por três fases: teológica, metafísica e positiva.
... que cada uma de nossas concepções principais, cada ramo de nossos
conhecimentos, passa sucessivamente por três estados históricos diferentes: o estado
teológico, ou fictício; o estado metafísico, ou abstrato; o estado científico ou positivo.
Em outros termos, o espírito humano, por sua natureza, emprega sucessivamente em
cada uma de suas investigações três métodos de filosofar, cujo caráter é
essencialmente diferente e mesmo radicalmente oposto: primeiro, o método teológico,
em seguida, o método metafísico, e finalmente, o método positivo...₁
O estado teológico, ou fictício, é concebido por Comte como aquele em que o espírito
humano busca explicações para os fenômenos sociais e da natureza no sobrenatural, na ação
divina, uma explicação que ainda não estaria voltada para o uso racional da mente humana,
sendo por isso primitivo. Este estado subdivide-se em três fases, a saber: o fetichismo, o
politeísmo e o monoteísmo.
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Comte entende que no fetichismo outros seres possuem vida semelhante à dos seres
humanos, mas com poderes mais elevados, como os astros que são entendidos por ele como
morada dos deuses (SOARES, p.46). O politeísmo onde a vontade dos deuses possuía controle
absoluto sobre todas as coisas e, por último, o monoteísmo onde apenas um deus controlava
todos os fenômenos.
. Por fim, o estado positivo é o estado científico e ocorre quando a observação dá lugar
à imaginação e abstração presentes nos dois estados anteriores. Os fenômenos não dependem
mais das vontades divinas ou do homem. O conhecimento científico encontrou sua perfeição e
é o último estágio da evolução mental da razão humana.
Para Comte a lei dos três estados só tem um sentido rigoroso quando combinada com a
classificação das ciências (ARON, 2009, p. 67). Esta ordem de classificação das ciências nos
explica como os graus de positividade da ciência atuam em diferentes domínios.
₁ COMTE, Auguste. “Cours de philosophie positive”: première leçon. In: La science sociale, 1825, p. 125-126.
² Id., “Cours de philosophie... op. cit., p. 126
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2. TEORIA DO CONFLITO 5
Desde o seu longínquo início, a sociedade esteve disposta a se dividir em grupos, seja
por crenças ou por dote aquisitivo. Graças a isso, a falha criada entre uma parte imperante e a
outra trabalhadora gera conflitos de natureza socioeconômica.
Proposta por Karl Marx, a teoria do conflito defende que a divisão da sociedade em
classe burguesa e operária gera conflitos devidos às suas naturezas. O trabalho afirma que
sempre haverá divergências se houver estabilidade desse sistema na sociedade. Assim,
consideramos a afirmação como verídica, já que o capitalismo se enraizou em grande parte da
sociedade ocidental.
Marx possuía uma visão questionadora da realidade em que vivíamos. Segundo ele, a
classe alta tinha acesso aos fundos que precisava para produzir graças às economias que ele
possuía. Por outro lado, a classe operária não estava preparada financeiramente para ter os
mesmos recursos que sua contraparte.
"Os homens fazem sua própria história; contudo não a fazem de livre e
espontânea vontade, pois não são eles quem escolhem as circunstâncias sobre as
quais ela é feita, mas estas lhes foram transmitidas assim como se encontram."
Como resultado, precisariam oferecer trabalho físico para alcançar tudo o que
precisavam, convergindo com os interesses da burguesia. A partir daí a classe operária se torna
dependente direta do dinheiro da elite. Para sobreviverem, precisam trabalhar continuadamente
para garantir seu sustento. Caso recusem, certamente passarão por dificuldades.
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2.1 QUATRO ETAPAS DO CONFLITO
COMUNISMO PRIMITIVO
O comunismo primitivo mostrava uma maior igualdade entre os membros. Nesta era, a
maioria das sociedades possuíam níveis básicos quanto ao desenvolvimento. Resumindo, a terra
era de todos e não existia escravidão. Tudo o que era produzido através do trabalho servia para
suprir vontades imediatas do coletivo.
SOCIEDADE ANTIGA
Esse período vai desde a criação da escrita até a queda do Império Romano. Essa era é
marcada pela criação de produtos artesanais, além da agricultura e comércio. O modelo lembra
um escopo do que viria a seguir, bem mais bruto, demorado e simples na sua natureza.
SOCIEDADE FEUDAL
A sociedade feudal era fortemente marcada pela hierarquização e um lado estamental.
Dificilmente alguém conseguia alcançar um nível superior. Além disso, as posições eram
definidas de acordo com a família em que a pessoa nasce. Quanto mais posses você e sua família
possuíam, mais elevado era o seu nível.
INCOMPATIBILIDADE
Os interesses de grupos diferentes é a razão aos conflitos intergrupais. Assim sendo, a
incompatibilidade e divergência são os seus catalisadores, acirrando uma disputa pelo bem estar
de cada classe. Seu esforço e medidas corresponderia diretamente à força do seu poder
aquisitivo.
AMEAÇA
Uma ameaça de verdade causa revolta. É como se o próprio movimento agressor
servisse de imã e puxasse eventuais hostilidades no seu caminho. Um grupo identifica atitudes
do lado oposto que o desagradam e se mobiliza de forma imediata contra ele. Dessa forma,
como mencionamos mais acima, isso causa comoção e solidariedade.
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2.2 MARXISMO E EXEMPLOS
“A nova visão de mundo inaugurada por Marx é hoje—em tempos em que o mercado
capitalista se tornou uma verdadeira religião secular—mais atual que nunca. Mas a herança da
análise marxista apresenta também limitações, particularmente no que diz respeito às relações
da produção com a vida social e cultural e com o ambiente natural. E a melhor forma de superá-
las é considerar o pensamento de Marx como um canteiro de obras, sobre o qual continuam a
trabalhar as gerações de marxistas críticos.” ³
Um dos melhores exemplos para visualizar, é a greve dos caminhoneiros, ocorrida entre
o período de 21 a 30 de maio de 2018. Os caminhoneiros de todo o país paralisaram suas
atividades, em decorrência do descontentamento com os empresários e o governo. Assim, como
consequência, a divergência entre grupos resultou numa decadência de todas as operações no
país.
Especialistas apontam como uma das causas a acomodação da classe política na cultura
de evitar problemas. Apenas quando a situação fugiu do seu controle, tomaram a iniciativa de
usar os recursos presidenciais existentes. A ação resultou em um tormento para todas as classes
sociais que perceberam o quanto são dependentes desta outra.
Um movimento interessante observado nessa situação, é que o protesto não foi aderido
voluntariamente por todos, mas recebeu apoio ainda assim. Muitos indivíduos comuns alegaram
que não queriam passar pelo momento, mas precisavam apoiar os caminhoneiros como podiam.
Como visto, as minorias se juntam para lidar com o ente opressor.
Por fim, notamos que a hostilidade é um movimento comum a essa teoria. Isso é uma
resposta imediata à opressão que a classe dominada sofre em relação aos caprichos da categoria
dominante. Mesmo em uma sociedade moderna como a nossa, o padrão continuará a se repetir.
Dado o caminho em que nos encontramos, tende a se perpetuar.
3 Michael Löwy; Lutas sociais, 21-30, 1997
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3. FUNCIONALISMO
É possível fazer analogia entre sociedade e máquina, por exemplo. Diferentes peças e
engrenagens funcionando de maneira ordenada e sistematizada formam uma máquina. Assim
como diferentes fatores sociais funcionando em harmonia e coesão formam uma sociedade.
⁴ A sociologia funcionalista nos estudos organizacionais: foco em Durkheim. Augusto Cabral (pág. 4)
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3.2 FUNÇÃO SOCIAL
Paulo Freire
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Durkheim aponta também que diversas instituições, como a Igreja e as escolas, servem
como uma ferramenta para a propagação das normas sociais e morais que regem o convivo da
sociedade, que quando ausentes certos fenômenos se intensificam como, por exemplo, a
criminalidade e o suicídio.
Émile Durkheim(1858-1917).
Na teoria do fato social o sociólogo discorre sobre as maneiras de pensar e agir que
exercem determinada pressão no indivíduo, forçando ao mesmo as regras da sociedade onde
vive. Segundo Durkheim, “todo caso de morte que resulta, direta ou indiretamente, de um ato
executado pela própria vítima, e que ela sabia que deveria produzir esse resultado”, baseado em
seus estudos o sociólogo concluiu que cada sociedade está predisposta a fornecer um
contingente determinado de mortes voluntários, ou seja, cada sociedade impõe uma atitude
definida em relação ao suicídio.
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Segundo sua etimologia formulou três tipos diferentes de suicídio; o suicídio egoísta,
onde o ego do indivíduo se afirme sobre a sociedade, havendo uma individualização
desmesurada, fazendo com que as relações entre o indivíduo e a sociedade se afrouxamento; o
suicídio altruísta, o qual o indivíduo sente-se obrigado a fazê-lo para se desembaraçar de uma
vida insuportável; e suicídio anômico, ocorre quando há uma ausência de regras na sociedade,
que gera o caos e faz a normalidade social não ser mantida.
Durkheim discorre que o enfraquecimento dos laços sociais nas sociedades orgânicas,
decorre de uma divisão de trabalho que diminui a identidade de seus membros, sendo assim o
indivíduo perde sua individualidade e consequentemente seu eu, se moldando de acordo com
os meios e normas de sociedade que convive.
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REFERÊNCIAS
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/suicidio-3-tipos-de-suicidio-egoista-
altruista-e-anomico.html
https://www.scielo.br/j/icse/a/z8LFQrWWtjRBNhdc8fbrQdJ/?lang=pt
https://www.ebiografia.com/frases_famosas_de_karl_marx_comentadas_para_refletir_sobre_
suas_ideias/
https://www.theoria.com.br/edicao0611/a_postura_do_positivismo.pdf
https://www.scielo.br/j/cebape/a/6dLnKDZcZ9YH6W4kgdCrtVq/?format=pdf&lang=pt
https://www.pensador.com/frase/MTc1ODM3Nw/
https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/funcionalismo
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/positivismo.htm#:~:text=O%20pensamento%20posi
tivista%20postula%20a,positivismo%2C%20chamou%20de%20Ci%C3%AAncias%20Positi
vas.
https://www.psicanaliseclinica.com/teoria-do-conflito/
Feira de Santana-BA
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