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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

ALEIDIANE BARBOSA COELHO


DANIEL DE SOUSA GOMES
DÉBORA CRISTINA DOS SANTOS
GABRIEL DE JESUS PEREIRA DE SOUSA
JÚLIA CONTINO CANDIDO
LARISSA OLIVEIRA SILVA
MANUELA PENIDO MAGNO
MARTHA FIRMINO DOS PASSOS
TAMILES CARVALHO DO ESPIRITO SANTO BARRECE

SISTEMA ENDÓCRINO
GLÂNDULA PINEAL E TIMO

SÃO BERNARDO DO CAMPO


2024
RESUMO

A presente pesquisa trata-se de um estudo sobre o sistema endócrino: glândula


pineal e timo. A pesquisa foi aplicada com base em estudos feitos em sites e com
dinâmicas feitas pelos professores da instituição. Essa pesquisa tem como objetivo
gerar aprendizado sobre o tema para melhor desempenho e capacitação
profissional. De acordo com o estudo bibliográfico desenvolvido, é possível mostrar
o sistema endócrino juntamente com o sistema nervoso, atua no controle e
regulação de diferentes funções no organismo gerando a homeostase. Para o
embasamento teórico se utilizou diversas fontes como base para estudo. Os
métodos utilizados na pesquisa foram “descritivo’, ‘exploratório” e “explicativo”. Por
fim, a pesquisa constatou a importância desse sistema para momentos importantes
da vida como o crescimento, desenvolvimento e reprodução.

Palavras-chave: “descritivo”; exploratório”; “explicativo”; “aprendizado”;


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - sistema endócrino..............................................................................................................6


Figura 2- glândulas exócrinas e endócrinas....................................................................................7
Figura 3- pineocitos...........................................................................................................................14
Figura 4- cortes do timo....................................................................................................................15
Figura 5- localização do timo...........................................................................................................15
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 5
2 O QUE É O SISTEMA ENDÓCRINO 6
2.1 GLÂNDULAS EXÓCRINAS E ENDÓCRINAS 7
2.2 HORMÔNIOS 8
3 GLÂNDULA PINEAL 12
4 TIMO-HISTOLOGIA E LOCALIZAÇÃO 15
4.1 HORMÔNIOS DO TIMO 16
4.2 FUNÇÕES 17
4.3 PATOLOGIAS DO TIMO 18
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 20
6 REFERÊNCIAS 21
5

1 INTRODUÇÃO

O sistema endócrino, composto por glândulas endócrinas e tecidos especializados,


desempenha um papel fundamental na regulação das funções corporais e na
manutenção da homeostase. Além das glândulas endócrinas, como o hipotálamo,
hipófise, tireoide e suprarrenais, que secretam hormônios diretamente na corrente
sanguínea, há também as glândulas exócrinas. Estas mantêm conexão com a
superfície do corpo ou órgãos cavitários através de ductos tubulares, sendo
responsáveis pela secreção de substâncias para fora do corpo ou para o trato
gastrointestinal.

Os hormônios, mensageiros químicos secretados pelas glândulas endócrinas,


coordenam uma variedade de funções biológicas ao interagir com receptores
específicos em células-alvo. Classificados em grupos como peptídeos, esteroides,
aminas e eicosanoides, esses hormônios apresentam distintas características em
relação à síntese, transporte e mecanismo de ação. Enquanto os hormônios
peptídicos e aminas atuam externamente nas células-alvo através de receptores de
superfície, os esteroides e hormônios da tireoide penetram nas células e agem
através de receptores nucleares.

A regulação hormonal envolve padrões cíclicos de liberação, feedbacks complexos e


interações com o sistema nervoso. Os hormônios desempenham papéis cruciais na
regulação do metabolismo, adaptação ao estresse, crescimento, reprodução,
equilíbrio hidroeletrolítico e controle do metabolismo de nutrientes. Seus
mecanismos de ação variam de acordo com o tipo de hormônio, envolvendo
interações específicas com receptores celulares que desencadeiam uma série de
respostas intracelulares.
6

2. O QUE É O SISTEMA ENDOCRINO?


O Sistema endócrino, cuja função básica é a de coordenar e integrar a
atividade das células em todo o organismo por meio da regulação das funções
celular e orgânica e pela manutenção da homeostasia durante toda vida. O Sistema
endócrino é basicamente constituído por glândulas e tecidos orgânicos,
responsáveis pela secreção de substâncias químicas, denominadas de hormônios,
que controlam funções biológicas. Atualmente o sistema é definido como uma rede
integrada de múltiplos órgãos, de diferentes origens embrionários, que liberam
hormônios, incluindo desde pequenos peptídeos a glicoproteínas, que exercem seus
efeitos em células-alvo próximas ou distantes, essa rede endócrina de órgãos e
medidores não atua de maneira isolada e está estreitamente integrada com os
sistemas nervosos central e periférico, além do sistema imune, o que viabiliza o uso
dos termos neuroendócrino ou neuroendócrino-imune com para se referir a estas
interações. As estruturas que compõem o Sistema endócrino são: hipotálamo,
hipófise, glândula pineal, glândula tireoide, glândula paratireoides, glândulas
suprarrenais, pâncreas, ovários.

Figura 1 - sistema endócrino

Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/gl/an/gland1.jpg
7

2.1 GLANDULAS EXÓCRINAS E ENDÓCRINAS


Glândulas exócrinas: mantêm a sua conexão com o epitélio do qual se originaram,
possuem ductos tubulares formados por células que transportam a secreção
glandular para a superfície do corpo ou para o interior (lúmen) de um órgão cavitário.
Exemplo: glândulas sudoríparas, salivares e intestinais.

Glândulas endócrinas: não possuem ductos, a sua conexão com o epitélio foi
obliterada durante o desenvolvimento e sua secreção é liberada diretamente na
corrente sanguínea e transportada para o seu local de ação, o seu "tecido alvo". A
secreção das glândulas endócrinas contém hormônios.

Figura 2- glândulas exócrinas e endócrinas

Fonte:https://miro.medium.com/v2/resize:fit:720/format:webp/1*BXMJ-
xBi5hS4ljU2HdgQ5A.jpeg
8

2.2 HORMÔNIOS
O sistema neuroendócrino coordena o metabolismo nos mamíferos, sendo
essencial para funções como nutrição, crescimento e reprodução. Os hormônios,
mensageiros químicos secretados por células, regulam essas funções através da
interação com receptores específicos nas células-alvo.
Há quatro grupos químicos de hormônios: peptídeos, esteroides, aminas e
eicosanoides. Cada grupo apresenta distintas características relacionadas à síntese,
armazenamento, meia-vida, transporte no sangue e mecanismo de ação. Enquanto
os hormônios peptídicos, aminas e eicosanoides agem externamente nas células-
alvo através de receptores de superfície, os esteroides e hormônios da tireoide
penetram nas células e agem através de receptores nucleares.
Os hormônios podem ser classificados pelo trajeto que percorrem desde o
ponto de liberação até as células-alvo. Os hormônios endócrinos são liberados no
sangue e transportados para as células-alvo em todo o corpo, como a insulina e o
glucagon. Os hormônios parácrinos são liberados no espaço extracelular e se
difundem para células-alvo vizinhas, como os eicosanoides. Os hormônios
autócrinos afetam a própria célula que os libera, ligando-se a receptores na
superfície celular.

Peptídeos
Os hormônios peptídicos podem ter de 3 a mais de 200 resíduos de
aminoácidos. Incluem insulina, glucagon, somatostatina, calcitonina, e hormônios do
hipotálamo e da hipófise. São sintetizados como proteínas precursoras longas nos
ribossomos, processados em vesículas secretoras e convertidos em peptídeos
ativos. Sua alta concentração nos grânulos secretórios permite uma rápida liberação
por exocitose. Os capilares fenestrados nas glândulas endócrinas facilitam sua
entrada na corrente sanguínea para atingir células-alvo em diferentes locais. Agem
ligando-se a receptores na membrana plasmática, desencadeando a geração de
segundos mensageiros no citosol, que modificam a atividade enzimática intracelular
e o metabolismo celular.

Esteroides
Os hormônios esteroides (adrenocorticais e sexuais) são derivados do
colesterol em vários tecidos endócrinos. Transportados na corrente sanguínea por
9

proteínas carregadoras, atuam em células-alvo. No córtex adrenal, mais de 50


corticosteroides são produzidos, derivados do colesterol por reações que alteram
sua estrutura. Os glicocorticoides, como o cortisol, impactam o metabolismo de
carboidratos, enquanto os mineralocorticoides, como a aldosterona, regulam
eletrólitos. Androgênios, como a testosterona, e estrogênios, como o estradiol, são
sintetizados nos testículos e ovários, afetando desenvolvimento e comportamento
sexuais, além de outras funções. Agem via receptores nucleares, alterando a
expressão gênica, e possivelmente também por receptores de membrana
plasmática, para efeitos rápidos.

Aminas
Os hormônios do grupo das aminas incluem as catecolaminas, produzidas
pela medula adrenal e algumas células nervosas, e as iodotironinas, derivadas da
tirosina e exclusivas da tireoide. Adrenalina e noradrenalina são catecolaminas
hidrossolúveis, armazenadas em vesículas secretoras e liberadas por exocitose para
atuar via receptores de superfície. Os hormônios da tireoide, T4 (tiroxina) e T3
(triiodotironina), são sintetizados a partir da tireoglobulina, com iodinação da tirosina.
Atuam via receptores nucleares, estimulando o metabolismo energético,
especialmente no fígado e músculo, aumentando a expressão de genes catabólicos.

Eicosanoides
Os hormônios eicosanoides, como as prostaglandinas, tromboxanos e
leucotrienos, são derivados do ácido graxo araquidonato, composto de 20 carbonos.
Liberados dos fosfolipídios da membrana pela fosfolipase A2, são produzidos
amplamente nos tecidos e atuam localmente como hormônios parácrinos. As
prostaglandinas induzem contração muscular, como no intestino e útero, e medeiam
dor e inflamação, enquanto os tromboxanos regulam a coagulação sanguínea. Os
leucotrienos estimulam a contração muscular lisa e são mediadores da anafilaxia.

CARACTERÍSTICAS DA ATIVIDADE HORMONAL


Os hormônios são substâncias produzidas pelos órgãos endócrinos, cuja
secreção é lançada na corrente sanguínea, diferenciando-se da secreção exócrina
que vai para fora do corpo ou para o trato gastrointestinal. Além dos órgãos
endócrinos, neurônios também secretam hormônios, como a vasopressina e a
10

ocitocina, enquanto algumas áreas cerebrais liberam substâncias com funções de


neurotransmissores, como os hormônios liberadores do hipotálamo e da pituitária.
A liberação hormonal pode seguir padrões cíclicos e, embora tradicionalmente
considerada como sendo transportada pelo sangue do local de produção até o local
de ação, alguns hormônios podem alcançar as células-alvo por difusão passiva.
Além disso, existem substâncias, como as somatomedinas, produzidas no fígado
sob a influência da somatotropina, que compartilham características hormonais,
embora não sejam consideradas estritamente hormônios.
Os hormônios esteroides e tireoidianos são transportados no sangue por
proteínas específicas, como a TBG, CBG (ou transcortina) e SHBG, limitando sua
difusão nos tecidos e protegendo-os da degradação enzimática. Para agir nas
células-alvo, os hormônios devem estar livres, mantendo um equilíbrio entre sua
forma ligada e livre.
Entre as funções hormonais, destacam-se a regulação do metabolismo de
glicídios e lipídeos, adaptação ao estresse, crescimento e maturação, regulação
reprodutiva, equilíbrio hidroeletrolítico, controle do metabolismo de cálcio e fósforo,
modulação das funções digestivas e regulação da taxa metabólica. Esses processos
são controlados principalmente por mecanismos de feedback, que podem ser
simples, como a regulação da secreção de PTH e insulina em resposta aos níveis
sanguíneos de Ca2+ e glicose, respectivamente.
Existe uma regulação de feedback mais complexa, como a que ocorre nos
hormônios liberados pelo eixo hipotálamo-hipofisário. Esses mecanismos incluem
feedback de "alça-longa", predominantemente negativo, onde os hormônios dos
órgãos-alvo inibem a secreção dos hormônios hipofisários e hipotalâmicos. Também
há feedback de "alça curta" e "alça ultracurta", ou auto feedback, que operam mais
rapidamente no nível do eixo hipotálamo-hipofisário.
Os fatores hipotalâmicos são predominantemente regulados por feedback
negativo, podendo ter efeitos liberadores ou inibidores. Além disso, os hormônios
podem ser controlados pelo sistema nervoso, como quando uma fibra pré-ganglionar
simpática estimula a liberação de adrenalina em resposta a um impulso cortical
gerado por um estímulo visual.
11

MECANISMOS DE AÇÃO HORMONAL:


Todos os hormônios agem por meio de receptores específicos encontrados
exclusivamente nas células-alvo. Esses receptores são proteínas que se ligam ao
hormônio correspondente de forma altamente específica, desencadeando mudanças
na célula que afetam seu metabolismo. O número de receptores varia entre os tipos
de células, determinando a resposta celular à ação hormonal.
A ligação hormônio-receptor pode ocorrer em diferentes locais da célula, seja
na membrana celular, no citosol ou no núcleo, dependendo do tipo de hormônio.
Essa interação desencadeia várias consequências intracelulares, como alterações
no potencial de membrana, ativação de enzimas, geração de segundos
mensageiros, ativação de proteínas quinases, interação com moléculas da matriz
extracelular e regulação da expressão gênica por meio de receptores nucleares.
Os mecanismos básicos de ação hormonal variam de acordo com o tipo de
hormônio:
Hormônios peptídicos e catecolaminas, incapazes de atravessar as
membranas celulares, se ligam a receptores na membrana plasmática das células-
alvo. Essa ligação desencadeia mudanças que resultam no aumento de segundos
mensageiros, como nucleotídeos cíclicos ou cálcio, os quais regulam reações
enzimáticas específicas ou alteram a velocidade de transcrição de genes
específicos.
Os hormônios esteroides e tireoidianos têm receptores localizados no núcleo,
pois conseguem atravessar as membranas plasmáticas. A interação hormônio-
receptor nuclear direciona a transcrição de genes específicos. Os hormônios
tireoidianos desempenham papéis cruciais no desenvolvimento, diferenciação e
metabolismo celular. Os receptores para esses hormônios pertencem à mesma
superfamília dos receptores nucleares para hormônios esteroides. A tiroxina (T4)
circula no plasma ligada a proteínas como a globulina de ligação de tiroxina (TBG) e
é convertida em triiodotironina (T3) nos tecidos periféricos pela ação de deiodinases.
O mecanismo de ação dos hormônios peptídicos e das catecolaminas, que
atuam por meio de segundos mensageiros, é mais rápido do que o dos hormônios
esteroides e tireoidianos. Isso ocorre porque os primeiros não precisam entrar na
célula, promovendo modificações metabólicas rápidas ao alterar a atividade de
enzimas específicas. Já os últimos necessitam atravessar a membrana plasmática e
12

o citosol até alcançar o núcleo, demandando tempo para a síntese de mRNA e


subsequente produção de proteínas nos ribossomos.
3. GLÂNDULA PINEAL

A Pineal, é uma glândula de estrutura pequena, aproximadamente 180mg, de


forma cônica, semelhante a uma pinha, mede de 05 a 07mm: situa-se na linha
média encefálica, no epitálamo.
Seu tamanho é proporcionalmente maior na infância e diminui após a
puberdade.
Durante a vida adulta, há na pineal, progressiva calcificação, que resulta em
depósito de cálcio, em grânulos de tamanhos diversos, cujo conjunto é denominado
de Areia Cerebral.
É constituída de células semelhantes a epiteliais, denominadas Pinealócitos e
por células da Glia, além de fibras nervosas simpáticas que chegam através do
diencéfalo.
Seu aspecto histológico é de tecido nervoso.
A glândula pineal é classificada como um dos órgãos circunventriculares
secretores do encéfalo, o que significa que ela possui acesso direto à corrente
sanguínea através dos capilares fenestrados.
A Melatonina é o principal hormônio produzido pelos pinealócitos a partir dos
aminoácidos triptofano, via serotonina, cuja produção, se dá de maneira rítmica,
atuando como mediadora entre o ciclo claro–escuro ambiental, de modo que a
produção da melatonina coincida com a fase escuro, que depende de uma via
neural, chamada via retino-hipotalâmica, (essa via retino-hipotalâmica transmite
sinais da luminosidade do ambiente para os núcleos supraquismáticos do
hipotálamo, nos quais se localiza o chamado ´´relógio biológico arcadiano`` do corpo
que tem origem em fotorreceptores especiais, chamadas células ganglionares
intrinsecamente fotossensíveis; ressaltando que essas células contém um foto
pigmento chamado melanoposina, decomposto especificamente pela luz azul, além
dos processos regulatórios fisiológicos, incluindo a regulação endócrina da
reprodução, regulação dos ciclos de atividade–repouso e sono–vigília e regulação
do sistema imunológico.
13

Os sinais atingem o pineal depois de passarem pelo gânglio cervical superior


no sistema nervoso simpático.
As células da maioria dos órgãos apresentam receptores de membrana para
melatonina, chamados de MT1, MT2, indicando o importante papel fisiológico desse
hormônio.
A principal função da Melatonina é regular o ciclo circadiano, estimulando o
sono ao final do dia e promover o bom funcionamento do organismo; sua secreção
afeta várias funções biológicas e prepara o organismo para funcionar de maneira
específica.
A melatonina controla as sensações do sono, vigília, bem estar, assim como o
humor, em cada um dos períodos dos ciclos carcadianos e sazonais.
Suas funções esclarecem alguns pontos:
• Exemplo Sazonal: Algumas pessoas ficam contentes e animados no
verão e deprimidas no inverno, enquanto ocorre o inverso com outras.
• Outra situação: Crianças e adolescentes permanecem até tarde da
noite em frente a tela do computador, iluminando os olhos no horário dos picos
secretórios, acabam tendo baixa estatura e retardo no amadurecimento sexual.

Os hormônios da glândula pineal têm uma grande importância regulatória,


pois influencia na atividade de outras glândulas endócrinas como a hipófise, a
porção endócrina do pâncreas, a adrenal, a paratireoide, e as gônadas. O efeito da
pineal nessas glândulas é principalmente inibitório, ao reduzir a síntese e a liberação
do hormônio produzido por ela.
A manifestação mais importante da disfunção dessa glândula, tem como
principais sintomas:
• Insônia
• Disfunção da tireoide
• Depressão
• Ansiedade
• Problemas mentais sazonais

A produção de Melatonina pode ser reduzida em pequena escala, por fatores


como:
• Alteração do tempo de exposição a luz;
14

• Atrasos na hora de dormir ou acordar;

Baixos níveis de melatonina estão associados a:


• Puberdade precoce
• Hipergonadismo
Altos níveis de melatonina:
• Retardo na puberdade
• Amenorreia Hipotalâmica

Distúrbios da glândula pineal pode ser causada por:


• Cisto na glândula Pineal
• Calcificação
• Tumores
• Doenças congênitas raras.

Figura 3- pineocitos

http://anatpat.unicamp.br/bineupinealnl.html
15

4. TIMO - HISTOLOGIA
Externamente o timo é envolvido por uma cápsula constituída de tecido
conjuntivo denso não modelado, o qual emite septos que dividem o parênquima do
órgão em lóbulos incompletos. Ao contrário dos outros órgãos linfoides, o timo não
apresenta nódulos. Cada lóbulo é formado por uma parte periférica, fortemente
corada, denominada zona cortical, que envolve a parte central mais clara, a zona
medular. Na medula encontram-se os corpúsculos de Hassall, característicos do
timo e constituído por células reticulares epiteliais achatadas, em arranjo
concêntrico, semelhantes a uma cebola. A região cortical e a medular possuem os
mesmos tipos celulares, os linfócitos T e as células reticulares epiteliais, em
proporções diferentes. A zona cortical cora-se mais fortemente pelo corante de
utilizado, por possuir maior concentração de linfócitos T, em diferentes estágios de
maturação.

Figura 4- cortes do timo

https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/timo/

LOCALIZAÇÃO
O timo é um órgão linfático situado na parte anterior e superior da cavidade
torácica, próximo ao coração. Tem como limites anatômicos superiormente a
traqueia, a veia jugular interna e a artéria carótida comum, lateralmente pelos
pulmões.

Figura 5- localização do timo


16

https://www.oncoguia.org.br/conteudo/o-timo/3796/158/
4.1 HORMÔNIOS DO TIMO
O timo produz diversos hormônios que desempenham papéis importantes na
regulação e no desenvolvimento do sistema imunológico. Alguns dos principais
hormônios associados ao timo incluem:
Timosina:
A timosina é um hormônio ou grupo de hormônios que influencia a produção
e a diferenciação de linfócitos T. Ela ajuda a estimular o desenvolvimento desses
linfócitos no timo e também atua na modulação da resposta imune.
Timopentina:
Este é um peptídeo derivado da timosina que também está envolvido na
maturação e diferenciação dos linfócitos T. É utilizado em algumas terapias
experimentais para estimular o sistema imunológico.
Timulina:
A timulina também está associada ao desenvolvimento e à diferenciação
dos linfócitos T, ajudando a regular a atividade imunológica. Ela pode ter um papel
na resposta do sistema imunológico a patógenos.
Estes hormônios trabalham em conjunto para garantir que os linfócitos T se
desenvolvam adequadamente e que o sistema imunológico funcione de maneira
eficaz. Eles também ajudam a manter a tolerância imunológica, evitando reações
autoimunes em que o sistema imunológico ataca erroneamente as próprias células
do corpo.
Embora o timo diminua de tamanho após a puberdade, os efeitos dos
hormônios produzidos por essa glândula têm impacto significativo no sistema
imunológico ao longo da vida. É por isso que o funcionamento correto do timo é
crucial para a imunidade saudável.
17

4.2 PRINCIPAIS FUNÇÕES DA GLÂNDULA TIMO:


produção e maturação de linfócitos t
O timo é o principal local de desenvolvimento e maturação dos linfócitos T,
um tipo de célula do sistema imunológico. Durante esse processo, os linfócitos T
aprendem a distinguir entre células do próprio corpo (autólogas) e agentes externos
(como vírus e bactérias). Esse processo é crucial para evitar respostas autoimunes,
onde o corpo atacaria a si mesmo. Uma vez que os linfócitos T amadurecem, eles
deixam o timo e passam a circular pelo corpo para desempenhar suas funções no
sistema imunológico.
Regulação do Sistema Imunológico
O timo também secreta hormônios, como a timosina, que ajudam a regular
a atividade dos linfócitos T e de outras células imunológicas. Esses hormônios são
importantes para manter um sistema imunológico equilibrado e eficaz.
Com o passar do tempo, especialmente após a puberdade, o timo começa a
diminuir de tamanho e se torna menos ativo, um processo chamado de involução.
Mesmo assim, o timo desempenha um papel crítico no desenvolvimento inicial do
sistema imunológico e na educação das células T para garantir uma resposta imune
adequada e segura.
18

4.3 PATOLOGIAS DO TIMO

As doenças do timo abrangem uma gama diversificada de condições que


podem ter origens variadas, incluindo infecções virais ou bacterianas,
autoimunidade, fatores genéticos e ambientais. Essas condições podem afetar o
funcionamento normal do timo, um órgão crucial para o sistema imunológico, e se
manifestar de maneiras diferentes.

Uma das categorias principais de doenças do timo envolve as condições


autoimunes, onde o sistema imunológico ataca erroneamente o próprio tecido do
timo. Um exemplo é a miastenia grave, uma doença em que os anticorpos atacam
os receptores musculares, resultando em fraqueza muscular e fadiga. Outro
exemplo é a síndrome de Goodpasture, em que os anticorpos atacam os glomérulos
renais e o tecido pulmonar, causando danos significativos.

Além das doenças autoimunes, infecções virais ou bacterianas também


podem afetar o timo. Infecções como o vírus Epstein-Barr, o citomegalovírus e
bactérias como o Mycobacterium podem causar inflamação do timo, conhecida
como timite. Essa inflamação pode levar a sintomas como dor no peito, dificuldade
para respirar e fadiga.

Fatores genéticos desempenham um papel importante em certas condições


do timo. Por exemplo, a síndrome de DiGeorge é causada por anomalias genéticas
que afetam o desenvolvimento do timo, resultando em um timo subdesenvolvido ou
ausente. Isso pode levar a problemas imunológicos e aumentar a suscetibilidade a
infecções.
19

Além disso, fatores ambientais, como a exposição a substâncias tóxicas ou


poluentes, podem contribuir para o desenvolvimento de doenças do timo. A
exposição ao fumo passivo, produtos químicos industriais ou poluentes ambientais
pode aumentar o risco de desenvolver condições como o timoma, um tumor do timo.

Os sintomas das doenças do timo podem variar amplamente, dependendo da


condição específica e da gravidade do problema. Além dos sintomas mencionados
anteriormente, como dor no peito, dificuldade para respirar, fadiga e fraqueza
muscular, outras manifestações podem incluir perda de peso inexplicável e infecções
frequentes.

Em casos mais graves, as doenças do timo podem levar a complicações


sérias, como miastenia grave não tratada, que pode resultar em dificuldades
respiratórias potencialmente fatais. O diagnóstico e tratamento precoces são
fundamentais para gerenciar eficazmente as doenças do timo e melhorar a
qualidade de vida dos pacientes. O tratamento pode incluir uma combinação de
medicamentos, terapias imunossupressoras, cirurgia ou outras intervenções
médicas, dependendo do diagnóstico específico e das necessidades do paciente.
20

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O sistema endócrino, composto por várias glândulas que produzem e liberam


hormônios, desempenha um papel crucial na regulação e no equilíbrio do corpo
humano. Duas glândulas em particular, a glândula pineal e o timo, destacam-se por
suas funções únicas e essenciais.

A glândula pineal, localizada no cérebro, tem sido objeto de fascínio e mistério


devido ao seu papel na regulação do ciclo circadiano e na produção de melatonina,
um hormônio que influencia o sono e os ritmos biológicos. Além disso, a pineal tem
sido associada a aspectos mais sutis da consciência e da espiritualidade em
algumas tradições filosóficas e religiosas, embora seu papel exato nessas áreas
ainda não seja completamente compreendido pela ciência.

Por outro lado, o timo, situado no mediastino, desempenha um papel


fundamental no sistema imunológico, especialmente durante a infância e a
adolescência. Ele é responsável pelo desenvolvimento e maturação de linfócitos T,
células cruciais para a defesa do organismo contra agentes patogênicos, garantindo
assim uma resposta imunológica eficaz.

Ambas as glândulas, embora distintas em suas funções, ilustram a


complexidade e a interconectividade do sistema endócrino, que regula uma ampla
gama de processos fisiológicos e comportamentais. A compreensão de sua
importância contribui para a melhoria da saúde e do bem-estar humanos.
21

6 REFERÊNCIAS

2. SISTEMA ENDÓCRINO E GLANDULAS EXÓCRINAS E ENDÓCRINAS.


 Molina, P.E. Fisiologia Endócrina. 4ed.Porto Alegre-RS:AMGH Editora,2018

 https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-
metab% C3%B3licos/biologia-do-sistema-end%C3%B3crino/gl
%C3%A2ndulas-end% C3%B3crinas

 https://mol.icb.usp.br/index.php/14-1-glandulas-endocrinas/

2.2 HORMÔNIOS
 https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-content/uploads/2013/10/a
%C3%A7ao_hormoniosTamara.pdf

3. PINEAL
 Bibliografias: Kenhub
 Tradução: Lívia Lourenço e Gabriel Carvalho Lacerda.

 Histologia Essencial
 Autora B. J. Aarestrup
 Guanabara Koogan

 Histologia 1ª. Edição


 Autor: Paulo Abrahamsoln
22

4 HISTOLOGIA E LOCALIZAÇÃO DO TIMO

 https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/timo/
 https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/timo/

4.1/ 4.2 HORMÔNIOS E FUNÇÕES

1. Houaiss A, Villar MS, Franco FMM. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio
de Janeiro, RJ: Objetiva, 2001:2719.

2. Raviola E. Timo. In: Bloom W, Fawcett D. Tratado de histologia. Rio de Janeiro,


RJ: Interamericana, 1977:419–30.

3. Moore KL, Persaud TVN. The branchial or pharyngeal apparatus. In:Moore KL,
Persaud TVN, eds. The developing human. Clinically oriented embryology. 5th ed.
Philadelphia, PA: WB Saunders, 1993:193–200.

4. Saito O, Cerri GG. Massas cervicais. In: Saito O, Cerri GG. Ultra-sonografia:
pequenas partes. São Paulo, SP: Sarvier, 1999:1–13.

5. Siegel MJ. Face and neck. In: Siegel MJ, ed. Pediatric sonography. 3rd ed.
Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins, 2002:124–66.

6. De Caluwe D, Ahmed M, Puri P. Cervical thymic cysts. Pediatr Surg Int 2002;
18:477–9.

7. Chu WC, Metreweli C. Ectopic thymic tissue in the paediatric age group. Acta
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4.3 PATOLOGIA
 https://sensisaude.com.br/glossario/e32-8-outras-doencas-do-timo/

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