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DOCENTE:MUSSA ISSUFO
Genética Definição
Genética (do grego genno; fazer nascer) é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos
organismos. Ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de
geração para geração. O termo genético foi primeiramente aplicado para descrever o estudo da variação e
hereditariedade, pelo cientista Wiliam Batesson numa carta dirigida a Adam Sedgewick, da data de 18 de
Abril de 1908.
Ou área da Biologia que estuda a transmissão das características dos pais para os filhos ao longo das
gerações – hereditariedade ou herança biológica.
Um ser não herda caracteristicas do seus pais, mas as instruções para produzilas. Essas instruções estão
codificadas no DNA na forma de genes.
Fenótipo e genótipo
O termo fenótipo do (grego phenos, evidente, e typos, característica). Refere-se às características
observáveis de um ser vivo.
O termo genótipo do (grego genes, origem, e typos, característica). Designa seu conjunto de genes.
Ex: A cor das flores de uma planta, o tipo de folhas, pelagem de um coelho ou tipo sanguíneo de uma
pessoa, referem-se ao fenótipo. Por outro lado, quando se diz que uma planta tem genes para flore vermelha
ou uma pessoa tem gene para um tipo sanguíneo de sangue, está-se falar de genótipo.
Dois indivíduos ainda que tenham o mesmo genótipo podem apresentar diferenças morfológicas e
fisiológicas por influência do ambiente onde se desenvolvem. Por exemplo, pessoas para o mesmo genótipo
para a cor da pele, terão pele clara ou escura dependendo do tempo de exposição ao sol.
Assim, o fenótipo de um indivíduo é, portanto, determinado pelos genes que ele recebeu de seus pais em
interacção com o ambiente onde ocorre o desenvolvimento.
Genótipo é o conjunto de Plasmon (genes fora do núcleo ou região nuclear) e genes cromossómicos (ou os
que estão no núcleo ou região nuclear). É o complexo de genes que o organismo recebe por parte dos seus
progenitores ou é a constituição genética de um organismo.
Mediante a mutação o genótipo pode adquirir novos genes mutantes que os seus progenitores não possuíam.
A acção dos genes sempre está ligada a condições intracelulares e do meio ambiente, no entanto, as
variações desta acção não podem sair dos limites acessíveis para um gene determinado e o genótipo em
geral. Isto significa que, por exemplo, no caso de altura de uma planta ser determinada pelo seu genótipo, as
condições ambientais como disponibilidade de água e nutrientes do solo influenciam no crescimento da
planta mas ela não crescerá ilimitadamente mas sim dentro dos limites determinados pelo seu genótipo.
Fenótipo é o conjunto das características internas e externas que um organismo apresenta (particularidades
bioquímicas micro e macroscópicas, caracteres físicos como a forma, o tamanho e cor, a composição
química, a base para alguns comportamentos) resultantes da expressão do genótipo sob influência do
ambiente. A expressão ou manifestação do genótipo (o fenótipo) depende das condições ambientais.
Quando se produz uma mutação a nova forma do gene se herda de uma forma estável, justamente como a
forma precedente. O organismo que leva o gene alterado e o próprio gene se chamam mutantes e a forma
não alterada do gene se chama selvagem. O termo «tipo selvagem» pode utilizar-se para descrever tanto o
fenótipo como o genótipo visto que a maioria das mutações danificam a função de uma proteína que terá as
suas implicações no funcionamento do organismo.
Chamamos a atenção para o facto de o termo mutante não significar aberrante, estranho ou esquisito.
Mutante é apenas outra forma do gene (por exemplo o gene que determina a produção de aglutinogénio
nas hemácias humanas tem 3 formas alélicas ou três alelos:
A, B e O ou IA, IB e IO.
O efeito fenotípico de uma mutação pode variar desde o nulo (a mutação não causa um efeito) até um efeito
letal (causa a morte da célula ou organismo que a transporta).
A maior parte da informação genética dos eucariota se encontra no núcleo mas alguns organelos como
mitocóndrias e cloroplastos possuem a sua informação genética.
As bactérias possuem também informação genética fora do «cromossoma principal». Esta informação
genética ou genes situados fora do núcleo ou da região nuclear são denominados plasmagenes ou
plasmídeos e o conjunto de todos plasmagenes é denominado plasmon.
Alelo
Forma alternativa de um gene. Os alelos situam-se em posição equivalente de um par de homólogos e
determinam o mesmo tipo de característica. Por exemplo a forma selvagem de um gene no milho determina
a acumulação de amido nos grãos de forma que o grão fica cheio. A sua forma mutante não determina que o
amido se acumule e por isso os grãos de milho ficam contraídos (com pouco amido no interior). Dizemos
que o gene tem dois alelos: alelo que determina grão cheio (ou liso) e alelo que determina grão contraído.
Locus génico - Local, não exactamente definido no cromossoma, onde se situam os genes (plural locci).
Figura 1. Representação esquemática de genes alelos (ou de dois alelos do mesmo gene)
Mutações e modificações
O material genético sofre diversas mudanças sob acção de factores do meio externo e interno. A composição
molecular do gene e a sua Bioquímica, a estrutura e o número de cromossomas, tudo isto se encontra
submetido a mudanças. Todas as alterações na estrutura génica e cromossómica são mutações que se
autoreproduzem durante a divisão das células e que portanto podem ser herdadas. Desta forma, as mutações
são mudanças moleculares, estruturais e numéricas da informação genética provocadas pela interacção entre
o genótipo e o meio ambiente. A variabilidade de espécies de seres vivos existentes e as diferenças entre
seres vivos da mesma espécie são em grande medida devidas a mutações.
As modificações surgem como resultado da acção entre o meio ambiente e os processos de
desenvolvimento, ou seja, entre o meio ambiente e a realização ou expressão da informação genética no
desenvolvimento do indivíduo. Podemos dizer que as modificações são caracteres adquiridos por meio de
alterações de um e outros aspectos dentro dos processos de desenvolvimento individual, são variações não
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hereditárias. As modificações não são de interesse para o estudo da genética porque não são herdadas por
isso é importante distinguir as modificações das mutações.
Cromatina - no interior do núcleo fica a cromatina. Quimicamente a cromatina é uma molécula formada
por partes iguais (em peso) de DNA e de proteínas que se associam para formar uma fibra; as principais
proteínas que constituem a cromatina são as histonas (ou proteínas histónicas) mas além delas a cromatina
contém uma variedade de outras proteínas (proteínas não histónicas).
Cromossomas - nos eucariota, no momento da divisão celular, particularmente na metáfase, as fibras de
cromatina se enrolam ao longo de todo o seu comprimento e formam corpúsculos visíveis que são os
cromossomas.
Cromossoma homólogo - Cada membro de um par de cromossomas do mesmo tamanho, mesma forma e
posição idêntica de genes. As células diplóides têm pares de homólogos e, cada cromossoma de um par de
homólogos provém de um dos progenitores.
Genoma - Grupo completo de cromossomas (n) portanto de genes, herdado como uma unidade a partir de
um progenitor.
Cariótipo - Constituição cromossómica de uma célula ou de um indivíduo; arranjo cromossómico em ordem
de comprimento e de acordo com a posição do centrómero: é também a fórmula abreviada para constituição
cromossómica, tal como 47,XX+21 para a trissomia. Estudo da individualidade de cada um dos
cromossomas e de todo o número de cromossomas.
Cariograma - Representação esquemática da constituição cromossómica de uma célula. A sua elaboração
baseia-se em estudos feitos, com microscópio electrónico, de cada uma das fases da divisão nuclear.
Princípios de hereditariedade
a) Os filhos herdam dos pais “instruções genéticas”, os genes, a partir das quais desenvolvem as
características;
b) Os genes são transmitidos de geração a geração através dos gâmetas;
c) Cada gâmeta contém um conjunto completo de genes, típico de espécie;
d) Os genes ocorrem aos pares em cada indivíduo, por este se formar pela de dois gâmetas, um de origem
materna e outro de origem paterna.
e) As duas versões de cada gene, uma recebida do pai e outra da mãe, são denominadas alelos, e não se
misturam no filho, separando-se quando este forma gâmetas.
Os princípios expostos podem ser evidenciados por meio de cruzamentos.
1. Os coelhos chinchilas apresentam pelagem cinzenta por ter uma versão do gene que condiciona a
produção de melanina. Por sua vez os coelhos albinos apresentam pigmentação branca por possuir uma
versão do gene que produz a melanina alterada, não funcional.
Designa-se estão a versão funcional por cch, e a versão não funcional por c. Assim as versões cch e c são dois
alelos do gene para a cor da pelagem em coelhos.
Homozigótico – Indivíduo com dois alelos iguais de um gene. Assim teremos:
cch cch é homozigótico e tem pelagem chinchila.
cc é homozigótico e tem pelagem albina.
Heterozigótico – Indivíduo que apresenta dois alelos diferentes de um gene. Assim:
cchc – é heterozigótico e tem pelagem chinchila.
Um caso como esse, em que há apenas um par de alelos envolvido na determinação da característica, origina
o que se chama herança monogénica, ou monohibridismo.
Cruzamento entre os progenitores (Chinchilas homozigóticos e albinos)
Geração parental cchc X cc
ch
Gâmetas 100% c X c 100%
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Genética
Desde os tempos mais remotos o homem tomou consciência da importância do macho e da fêmea na
geração de seres da mesma espécie, e que características como altura, cor da pele etc. eram transmitidas dos
pais para os descendentes. Assim, com certeza, uma cadela quando cruzar com um cão irá originar um
filhote com características de um cão e nunca de um gato. Mas por quê?
Mendel morreu em Brunn, em 1884. Os últimos anos de sua vida foram amargos e cheios de
desapontamento. Os trabalhos administrativos do mosteiro o impediam de se dedicar exclusivamente à
ciência, e o monge se sentia frustrado por não ter obtido qualquer reconhecimento público pela sua
importante descoberta. Hoje Mendel é tido como uma das figuras mais importantes no mundo científico,
sendo considerado o “pai” da Genética. No mosteiro onde viveu existe um monumento em sua homenagem,
e os jardins onde foram realizados os célebres experimentos com ervilhas até hoje são conservados.
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Os experimentos de Mendel
A escolha da planta
A ervilha é uma planta herbácea leguminosa que pertence ao mesmo grupo do feijão e da soja. Na
reprodução, surgem vagens contendo sementes, as ervilhas. Sua escolha como material de experiência não
foi casual: uma planta fácil de cultivar, de ciclo reprodutivo curto e que produz muitas sementes. Desde os
tempos de Mendel existiam muitas variedades disponíveis, dotadas de características de fácil comparação.
Por exemplo, a variedade com flores púrpuras podia ser comparada com a que produzia flores brancas; a que
produzia sementes lisas poderia ser comparada cm a que produzia sementes rugosas, e assim por diante.
Outra vantagem dessas plantas é que estame e pistilo, os componentes envolvidos na reprodução sexuada do
vegetal, ficam encerrados no interior da mesma flor, protegidas pelas pétalas. Isso favorece a
autopolinização e, por extensão, a autofecundação, formando descendentes com as mesmas características
das plantas genitoras.
A partir da autopolinização, Mendel produziu e separou diversas linhagens puras de ervilhas para as
características que ele pretendia estudar. Por exemplo, para cor de flor, plantas de flores de cor de púrpura
sempre produziam como descendentes plantas de flores púrpuras, o mesmo ocorrendo com o cruzamento de
plantas cujas flores eram brancas. Mendel estudou sete características nas plantas de ervilhas: cor da flor,
posição da flor no caule, cor da semente, aspecto externo da semente, forma da vagem, cor da vagem e
altura da planta.
quanto de óvulos: RV, Rv, rV e rv. O modelo também exigia que estas classes deveriam aparecer em igual
frequência - 25 % cada.
Os números observados correspondiam aos obtidos experimentalmente por Mendel e os números esperados
correspondiam à proporção exata de 9:3:3:1.
Factores (genes) que condicionam duas ou mais características separam-se durante a formação dos
gâmetas, recombinando-se ao acaso, de maneira a estabelecer todas as possíveis combinações entre si.
Determinação de tipos diferentes de gâmetas de um indivíduo
Para esse efeito, usa-se uma regra simples, que diz Nº de gâmetas=2n, na qual:
n= número de caracteres com genótipo híbrido ou heterozigótico. Veja os exemplos a seguir:
Indivíduo Aa – nesse caso, só existe um genótipo heterozigótico, assim, n=1, e teremos Nº de gâmetas =
21=2. i.e. produz dois tipos de gâmetas, A e a.
Indivíduo AaBb – existem dois genótipos heterozigóticos. Assim, teremos 2 2=4, tipos de gâmetas
diferentes.
Inivíduo AaBBCcDd - existem três genótipos heterozigóticos. Então teremos 23 = 8.
Indivíduo AaBBCcDDEeFFGg – teremos 24 = 16.
Cruzamento-teste e retrocruzamento
Cruzamento-teste: quando estamos fazendo um cruzamento e não sabemos se o indivíduo dominante é
homozigoto ou heterozigoto (V? ), realizamos um cruzamento dele com um indivíduo recessivo e a resposta
estará nos descendentes. Se nascerem descendentes recessivos também, indica que o progenitor é
heterozigoto. Se todos os filhos tiverem o fenótipo dominante, indica que o progenitor genótipo
desconhecido era homozigoto:
Como na geração F1 nasceram filhos verdes, isso indica que o amarelo testado era heterozigoto Vv, pois
quando cruzamos um heterozigoto com um recessivo, 50% da prole é dominante (heterozigota) e 50% é
recessiva.
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Como toda a geração F1 é amarela, logo, o progenitor amarelo é homozigoto dominante. Quando cruzamos
dois indivíduos homozigotos (puros), sendo um dominante e um recessivo, 100% da prole é heterozigota
(híbrida).
Retrocruzamento: é um processo muito parecido com o cruzamento teste, pois utiliza a mesma técnica,
porém o indivíduo recessivo utilizado no teste é de algum ancestral do indivíduo com genótipo dominante
desconhecido.
Mendel ao realizar estas experiências apercebeu-se que não podia distinguir se os indivíduos de fenótipo
dominante eram heterozigóticos ou homozigóticos dominantes. Planeou então uma outra série de
experiências recorrendo ao cruzamento-teste e retrocruzamento. No retrocruzamento o individuo cujo
genótipo é desconhecido é cruzado com um indivíduo duma linha pura seja ela dominante ou recessiva. Nos
cruzamentos-teste, cruzam-se indivíduos com fenótipo dominante cujo genótipo se desconhece com um
homozigótico recessivo para o mesmo carácter. Nos cruzamentos-teste podem surgir dois resultados:
1.Toda a descendência com fenótipo igual ao do progenitor com genótipo desconhecido se este for
homozigótico dominante.
2.Se o progenitor com genótipo desconhecido se este for heterozigótico a descendência terá 50% fenótipo
dominante e 50% fenótipo recessivo.
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Ex:
1) Qual a probabilidade de obtermos face 5 no arremesso de um dado?
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Visto que um dado tem 6 faces, a probabilidade calcula-se dividindo o número de eventos favoráveis (1)
pelo número de eventos possíveis (6), ou seja, 1 / 6 ou 16,66%.