3 - DOC EB 6 - Relatório Semanal - Básico 19-03-24

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FACULDADE ANHANGUERA DE INDAIATUBA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS


CURSO DE PSICOLOGIA

RELATÓRIO SEMANAL

1. IDENTIFICAÇÃO
Disciplina: Estágio Básico II - Planejamento de Ações e Projetos de Intervenção
Contextualizada
Data/Semana: 19/03/2024 - Semana 3 Entrega: 26/03/2024
Estagiário: Andréa de S. Martines RA: 395880511833
Instituição Concedente: Prefeitura Municipal de Indaiatuba - CAPS 2
Supervisor de campo: Luana Cezar Machado

2. TAREFAS DESENVOLVIDAS:
Visita ao campo de estágio, realizado no CAPS 2, com objetivo de vivenciar na
prática a teoria aprendida em sala de aula e com olhar para uma possível
intervenção através de oficinas.

3. ANÁLISE DAS TAREFAS DESENVOLVIDAS


Iniciei o estágio de hoje participando de uma reunião com a equipe do CAPs 2,
nessa reunião estavam presentes 20 pessoas, a coordenadora responsável por
conduzir a reunião, segundo informações a mesma tivera de participar de outra
reunião onde trataria do início de estagiários do campo da enfermagem. A equipe
demonstrou desconforto durante a reunião com demanda de agendamentos
realizados no dia 15, um dia exclusivo para tal atividade. Porém a discussão da
reunião girou em torno da necessidade da reorganização da demanda de
agendamentos médicos, um membro da equipe expos a questão para todos
pensarem, explicitou que com chegada de estagiários médicos clínicos e
psiquiatras e com a ajuda da coordenadora poderiam repensar em organizar os
agendamentos diários e não em um único dia.
Ao término da reunião procurei a psicóloga K. para conhecer o trabalho
desenvolvido por ela com pacientes que frequentam diariamente o espaço
permanência Dia. O espaço é destinado para recepção e acolhimento com café da
manhã, de pacientes que transitam o CAPs, mas principalmente de pacientes que
necessitam de um espaço para convivência. A psicóloga K. não foi receptiva
quando solicitei a permissão para conhecer o trabalho que desenvolvia com seus
pacientes. Mas mesmo reticente me atendeu, relatou que trabalha na Prefeitura de
Indaiatuba há 28 anos, e que há 7 anos está no CAPs, e que esse ano ela
aposenta, a mesma ressaltou várias vezes a questão sobre sua aposentadoria. Ao
perguntar sobre o trabalho desenvolvido com seus pacientes, ressaltou que seu
grupo era formado por pessoas com deficiência Intelectual (DI), e que não tinha
como desenvolver nenhuma oficina com o grupo, a atividade realizado por eles
eram apenas de pintura de desenhos simples e bate pato, ainda sim insisti quando
a possibilidade de pensar em alguma oficina para contribuir com seu trabalho e
apoio a grupo, mas foi incisiva em dizer que com eles a atividade deveria ser
muitíssimo simples, ou seja continuar com desenhos e pinturas simples. Agradeci
sua atenção e me coloquei a disposição durante minha permanência de estágio.
Após procurei pelo psicólogo L. para participar da terapia de grupo conduzida por
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R. Claudio Dal Canton, 89 – Cidade Nova II, Indaiatuba – SP. CEP: 13334-390 – Fone: (19) 3885-6757
ele. L. contextualizou que o grupo era formado por pacientes diagnosticados com
Transtorno de Personalidade Borderline, com tentativa e ideações suicidas, abuso
sexual, dependência emocional e outros. Nesse dia compareceram a terapia 2
pacientes, apresentei-me e observei a condução das falas do terapeuta e a
interação das mesmas. L. iniciou a psicoterapia perguntando como as mesmas
haviam passado até o momento, já que na semana anterior não compareceram a
terapia, a paciente D. iniciou a fala dizendo que estava na mesma, que sua rotina
era, dormir, acordar, comer, e voltar a dormir, que não tinha expectativas, que
sentia um grande vazio, e que só compareceu a terapia porque precisou sair para
comprar comida para seu gato. L., foi direcionando sua fala para instiga-la a expor
seus sentimentos, mas repetia as mesmas falas. A postura corporal de D. era
encurvada, com olhar para baixo, tinha várias tatuagens no corpo, inclusive nos
braços, onde tinha várias marcas automutilação. Após L. perguntou a paciente L.
se gostaria de falar algo para a colega, a mesma disse que não, então o psicólogo
direcionou a fala para L. e a mesma discorreu dizendo que estava melhor, porém
conseguia sair para se divertir, ressaltou que sofreu com seus relacionamentos,
pois se entregava plenamente. Falou do relacionamento com pai, que estava
frustrada com a mudança de comportamento do mesmo após o óbito de sua mãe
falecida há pouco mais de 2 anos. Comentou nos últimos dias tem sonhado muito
com a mãe e que sente falta dela. A duração da terapia foi de 40 min. Após o
termino, o psicólogo L. perguntou qual minha percepção sobre as pacientes,
confesso que estava ansiosa para conversar sobre, relatei minha percepção em
relação a paciente D. sobre sua postura corporal, que a fala dela era de sofrimento
e desanimo intenso, isolamento social e baixa estima e da paciente L., minha
percepção foi sobre frustração com relacionamentos, luto, e ciúmes do pai. O
psicólogo L. esclareceu que a paciente D. tinha um histórico de abuso sexual por
parte do pai na adolescência e que em algum momento sentiu prazer com o ato,
com sentimento de culta, com tentativas de suicídio, isolamento social, depressão,
vazio, desanimo o que caracterizou TPB. Quanto a paciente L. o psicólogo
esclareceu que a mesma tinha dificuldade de relacionamentos, sendo divorciada
no primeiro casamento, frustrada com um segundo relacionamento, tendo
dificuldade de desapego, antes do falecimento da mãe, considerava seu pai em
grande estima, mas após voltar a relacionar-se a mesma não aceita. Em seguida L.
perguntou se eu gostaria de saber como funcionava o sistema de agendamento e
descrição do atendimento médico, foi algo interessante, mostrou na descrição
médica o que era importante observar enquanto psicólogos, que o Cid/DSM eram
importantes, mas muito mais a descrição dos detalhes relatados pelo paciente.
Agendamos dois atendimentos para o dia 04/04, L. explicou que o primeiro
atendimento é individual e que é importante que aconteça dessa forma para
conhecer paciente e sua demanda. Somente após a primeira consulta individual o
paciente é inserido na terapia de grupo.
Para meu desenvolvimento enquanto futuro profissional da área da psicologia foi
um momento significativo, uma misto de insegurança e ansiedade por aprender, o
caminhado a ser trilhado para tocar outra alma humana.Foi possível confirmar a
famosa frase de Carl Jung, “ Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas,
mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.

4. LEITURA DA SEMANA
Equipe de Referência e Apoio Matricial
Rede de Atenção Psicossocial

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política
Nacional de Humanização. HumanizaSUS: equipe de referência e apoio matricial /
Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Núcleo Técnico– Brasília: Ministério da
Saúde, 2004.
Rede de Atenção Psicossocial, disponível em:www.saude.gov.br/saudemental

Indaiatuba 26 de março de 2024.

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Andréa de S. Martines Prof. Esp. João Lucas Soares da Silva
RA: 395880511833 CRP 06/166686

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