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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

Instituto de Ciências Humanas – ICH


CURSO DE PSICOLOGIA
Campus Chácara II

RELATÓRIO PARCIAL DA ATIVIDADE PRÁTICA


DE ESTÁGIO EM PSICOPATOLOGIA GERAL

1 IDENTIFICAÇÃO

Estagiários
Joyce Gleyce Pires Gaia RA: N3956B0 TURMA: PS8T07
Amanda Carneiro de Oliveira RA: N395DB-2 TURMA:PS8T07
Jonathan Aparecido Diniz RA: D95047-9 TURMA:PS8T07
Luciana Macedo Paulino de Freitas RA: T87466-1 TURMA:PS8T07
Tatiana Zavatini de Castro RA: T87562-5 TURMA:PS8T07

Professor Orientador de Estágio


Profº. Pedro Desidério Checchetto

Instituição de Ensino
Universidade Paulista - UNIP/Curso de Psicologia

2 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE

No dia 24/09/2022, realizamos a segunda visita ao Centro Integrado de


Assistência e Saúde Nossa Senhora de Fátima e visitamos uma das alas
masculinas.
3 IMPRESSÕES/PERCEPÇÕES

Na visita de hoje estivemos em uma das alas masculinas onde conversamos


com o paciente J.

J. se aproximou do grupo e começou a contar sua história. Ele, com 24 anos


de idade, percebeu que estava começando a se sentir de uma forma como não se
sentia antes, às vezes ficava muito nervoso e seus movimentos não respondia os
seus comandos, e às vezes muito passivo, onde fazia de tudo por sua namorada e
enteado (sic) (estavam morando juntos), deixando seus sentimentos de lado, se
importando apenas com o outro e não se priorizando. De acordo com seus
discursos, antes que o pior acontecesse e ele pudesse surtar, se internou
voluntariamente, pois ultimamente estava se sentindo extremamente ansioso. Nos
relatou que estava aproveitando esse tempo no hospital para olhar para dentro de si,
se conhecer e criar sua personalidade, recorrendo a livros de autoajuda e conversas
com o psiquiatra do local e colegas de internação que estavam lhe dando o apoio
que precisava. Disse que após muitas leituras, criaria o “mapa do EU” [sic], onde
traçaria seu perfil e conseguiria por fim, dar mais atenção ao que ele gosta,
buscando assim, cuidar mais dele, já que havia se deixado de lado há um tempo. A
namorada atual terminou com ele, mas como estava medicado e controlado [sic],
não conseguiu nem chorar.

Enquanto uma parte do grupo conversava com ele, a outra foi à enfermaria
verificar seu prontuário.

No documento, consta que J. foi internado involuntariamente, após pular do


carro de seu irmão em movimento e ficar seis dias desaparecido, quando foi
encontrado em surto pela polícia, o levaram direto para o hospital e ali ele
permaneceu desde então. De acordo com seu prontuário, ele foi casado, tem três
filhos e os sintomas começaram a aparecer depois que foi deixado por sua esposa.

J. não cuida de sua higiene, tem ideação suicida, anedonia, que é a perda da
satisfação e interesse em realizar as atividades do dia a dia, como tomar um café
com os amigos, passear com o cachorro ou levar os filhos num passeio diferente,
que antes eram consideradas agradáveis. Se enquadra atualmente no CID f32.2. De
acordo com a classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID - 10,
um indivíduo que se encaixa nessa classificação possui: episódio depressivo onde
vários dos sintomas são marcantes e angustiantes, tipicamente a perda da
autoestima e ideias de desvalia ou culpa. As ideias e os atos suicidas são comuns e
observa-se em geral uma série de sintomas “somáticos” como a depressão: agitada,
maior (episódio único sem sintomas psicóticos) e vital.

Em sua narrativa, J. a todo momento tentava se autodiagnosticar com


transtorno de personalidade borderline onde o indivíduo possui condutas impulsivas
ou de autodestruição que se mostram por excessos com gasto, sexo, abuso de
substâncias, direção irresponsável, compulsão alimentar ou recorrência de gestos.
Machucam a si mesmas, ameaçam ou têm comportamento suicida.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

J. criou sua própria versão dos fatos ao apresentar os motivos pelos quais se
encontra internado e tudo o que aconteceu para ele notar que precisava de ajuda. É
nítido que, apesar de apresentar uma versão não condizente com o seu prontuário,
J. está de alguma forma procurando ajuda, tentando compreender sua
personalidade e entender o que é ter autoestima. Como futuros profissionais de
psicologia, a interação com este paciente foi enriquecedora, pois tivemos o desafio
de separar o que o paciente afirmou do que consta em seu prontuário sem
questioná-lo. Apenas abrimos espaço para que ele se sentisse à vontade e seguro
para contar sua história e, assim aconteceu, ele confiou nos estagiários ao seu redor
e se sentiu ouvido.

5 REFERÊNCIAS

Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID - 10: descrições


clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artmed, 1993.

Dalgalarrondo, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto


Alegre, 2000. Editora Artes Médicas do Sul.
ASSINATURAS

São Paulo, 25 de setembro de 2022.

Estagiário: Amanda Carneiro de Oliveira RA: N395DB-2

Estagiário: Jonathan Aparecido Diniz RA: D95047-9

Estagiário: Joyce Gleyce Pires Gaia RA:N3956B0

Estagiário: Luciana Macedo Paulino de Freitas RA: T87466-1

Estagiário: Tatiana Zavatini de Castro RA: T87562-5

Pedro Desidério Checchetto


Profº. Pedro Desidério Checchetto
Funcional: Supervisor das Atividades Práticas de Estágio

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