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28/07/2022

Livro: Frederico Amado e Marisa Ferreira dos Santos.

Introdução:

Seguridade Social: previdenciário (contributivo), saúde e assistência social →


Riscos sociais são cobertos pela seguridade social.

Art. 149 CF - Contribuição Social: bancar o sistema da seguridade social.

Lei n. 8.213/91.
Emenda Constitucional n. 103/2019.
Lei n. 8.212/91.

Fontes formais: legais, que regulam aquela situação.

- Primárias: Constituição Federal e Leis.

- Secundárias: Atos normativos. Decreto 3.048/99 (regulamenta a Lei n.


8.213/91).

Fontes materiais: fatos ou documentos, que trazem embasamento para aquela


situação jurídica. Riscos sociais. Jurisprudência não é fonte, salvo se for súmula
vinculante.

04/08/2022

A previdência é para pessoas que estejam com dificuldade de se sustentar ou


impossibilidade de ter renda → Risco social (ou infortúnio). Essas situações são
contingências previdenciárias (acontecimento danoso que gera a cobertura
previdenciária).
Art. 201 da CF. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral
de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei
(a lei irá esmiuçar a proteção previdenciária), a:

I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho


e idade avançada; (auxílio doença, aposentadoria por incapacidade permanente e
aposentadorias)

II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; (salário maternidade)

III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (seguro


desemprego está fora da proteção previdenciária por causa do FAT - Fundo de
Amparo ao Trabalhador, é um benefício trabalhista)

IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa


renda;

V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e


dependentes, observado o disposto no § 2º.

Pensão por morte: recebe 50% + 10% por dependente.

Sistemas Previdenciários:

Contributivo: preciso contribuir para usufruir. ADOTADO NO BRASIL.

Não-Contributivo: pode usufruir do benefício mesmo sem contribuição.

Regimes: conjuntos de regras que vão determinar o tipo de cobertura


previdenciária.

Regime Geral da Previdência Social - RGPS: quem trabalha na iniciativa privada,


os empregados públicos (regidos pela CLT), cargos em comissão, *servidores
públicos que não tenham seu próprio regime → INSS.
Regime Próprio da Previdência Social - RPPS: abrange apenas os servidores
públicos → Alguns municípios têm o regime próprio, aí pede para o município. Os
que não têm regime próprio pedem ao INSS.

- Os servidores públicos militares têm o Regime Militar de Previdência Social


- GMPS: aeronáutica, marinha e exército. Quando se aposentam sobem de
patente.

Regime de Previdência Complementar - RPC: previdência privada ou pública, ou


seja, facultativo.

Modelos:

Repartição: solidariedade (todo mundo contribui para todo mundo), cria-se um


fundo financeiro comum. RGPS e RPPS.

Capitalização: fundo financeiro próprio (eu pago para eu usufruir). RPC.

STJ: o Brasil adota o modelo de diferentes pilares.

Princípios:

Art. 194 da CF. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de


iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a


seguridade social, com base nos seguintes objetivos (leia-se princípios):

I - universalidade da cobertura (de riscos sociais/contingências - análise objetiva) e


do atendimento (do maior número possível de pessoas - análise subjetiva); (buscar a
maior cobertura e atendimento possível)
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e
rurais (merecem tratamento igual, dentro da isonomia, ou seja, iguais de forma igual
e os desiguais na medida de suas desigualdades - discriminação positiva);

III - seletividade (selecionar quais serão os riscos sociais cobertos e os requisitos) e


distributividade (distribuir o custeio dos benefícios da previdência social - art. 195 da
CF) na prestação dos benefícios e serviços;

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; (tem que preservar o valor real do


benefício, corrigir com a inflação)

V - eqüidade na forma de participação no custeio; (não é igualdade, forma justa de


custeio, quem pode mais paga mais)

VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis


específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde,
previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência
social; (se diz que o dinheiro é do INSS é só do INSS, não pode pegar pra fazer
outras coisas)

VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão


quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Conselho Nacional da
Previdência Social)

18/08/2022

Princípios específicos (só para a previdência social):

Benefício previdenciário não pode ser inferior a um salário mínimo: tem


exceção: salário família e auxílio-acidente, os quais são benefícios previdenciários
com finalidade indenizatória, por isso que a lei não é inconstitucional, pois não visa
substituir a renda.

No caso de servidor público que já tenha uma renda e for receber pensão por morte,
essa pensão pode ser inferior ao salário mínimo.
Art. 201 da CF. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral
de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei,
a:

§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do


trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.

“Tempus Regit Actum”, ou seja, o tempo rege o ato: a lei vigente ao tempo do
risco social é a que será aplicada, independentemente se lei posterior for benéfica
ou prejudicial.

In dubio pro misero: em caso de dúvida vamos julgar em favor do hipossuficiente.

Dispositivos Constitucionais:

Proibição de requisitos diferenciados: pode para pessoas com deficiência e com


condições especiais, desde com lei complementar.

Art. 201 da CF. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral
de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei,
a:

§ 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para


concessão de benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a
possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra
geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados:

I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada


por equipe multiprofissional e interdisciplinar;
II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses
agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. Ex.: vigia
armado, mina de carvão, usina nuclear…

Correção dos salários de contribuição: todos os salários de contribuição (100%)


são considerados, mas são corrigidos. Se ganhava pouco antigamente se lascou.

§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício


serão devidamente atualizados, na forma da lei.

§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados


ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão
em benefícios, nos casos e na forma da lei.

Preservação do valor real dos benefícios: preservar o valor de poder de compra


do benefício. Na realidade, o que se reajusta é para preservar o valor nominal.

§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter


permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei.

Vedação de filiação:

§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de


segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.

Inclusão previdenciária: Os que normalmente não pagariam, fazem uma alíquota


mais baixa.

§ 12 Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas


diferenciadas, para atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se
encontram em situação de informalidade, e àqueles sem renda própria que se
dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência,desde
que pertencentes a famílias de baixa renda.
§ 13. A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12 terá valor de 1
(um) salário-mínimo.

Contagem recíproca: RGPS + RPPS, mas não pode somar períodos simultâneos.

§ 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem recíproca do tempo de


contribuição entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes próprios de
previdência social, e destes entre si, observada a compensação financeira, de
acordo com os critérios estabelecidos em lei.

§ 9º-A. O tempo de serviço militar exercido nas atividades de que tratam os arts. 42,
142 e 143 e o tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou a
regime próprio de previdência social terão contagem recíproca para fins de
inativação militar ou aposentadoria, e a compensação financeira será devida entre
as receitas de contribuição referentes aos militares e as receitas de contribuição aos
demais regimes.

Beneficiários: Segurados e dependentes serão beneficiados com uma prestação


ou um serviço.

Pode ser segurado cuja filiação (não inscrição) seja:

- Obrigatória: atividade remunerada. Filiação imposta.

LEI 8.213/91 - Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as


seguintes pessoas físicas.

I - como empregado: alíneas “a” a “i”. Empregado público, cargo em comissão,


mandato eletivo se não tiver regime próprio (vereadores), aluno aprendiz se receber
remuneração. Existem situações em que se aplica a lei 8.213/91 fora do território
brasileiro, quando não se tem proteção naquele país (alínea c - contrato no BR,
trabalho no exterior, alínea d, e, f).
II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a
pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
Mais que duas vezes na semana e maior que 18 anos.

Como contribuinte individual: que trabalha por conta própria. Ex.: diarista, uber,
empresário do MEI, notários, médicos, advogado, padre.

V - como contribuinte individual:

a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a


qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro)
módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou
atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou
ainda nas hipóteses dos §§ 9o e 10 deste artigo; O segurado especial a área é
menor que 4 módulos fiscais. Um módulo é 20 alqueires.

b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral -


garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de
prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda
que de forma não contínua;

c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de


congregação ou de ordem religiosa;

e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do


qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando
coberto por regime próprio de previdência social;

f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro


de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de
indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de
seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de
direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade,
bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção
condominial, desde que recebam remuneração; Síndico pode ser remuneração
indireta tbm.

g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou


mais empresas, sem relação de emprego; Igual trabalhador avulso, mas é pra uma e
mais empresas e ele faz a intermediação/ligação, se tiver órgão gestor de mão de
obra é trabalhador avulso.

h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza
urbana, com fins lucrativos ou não;

§ 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade


remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente
filiado em relação a cada uma delas.

VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo


empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento;
Sindicato ou órgão gestor.

VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em


aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de
economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:
(Indubio pro misero). Garimpeiro não é, bóia fria STF entende que é. R.E.F sujeito
trabalha junto com sua família. Eventual?

§ 7o O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo


determinado ou de trabalhador de que trata a alínea g do inciso V do caput, à razão
de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia no ano civil, em períodos corridos
ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo
computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de
auxílio-doença. 120 pessoas por dia, 60/2dias, 30/4dias, 2/60dias, 12/10dias.
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade
ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que,
comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo. Participação ativa.

§ 1o Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho


dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao
desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de
mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes.

§ 6o Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou companheiro e os


filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou os a estes equiparados deverão ter
participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar.

Equiparado a filho é o menor tutelado e o enteado (art. 16, § 2º).

a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro


outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:

1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;

2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do


inciso XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas
atividades o principal meio de vida;

b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual


ou principal meio de vida; e

§ 8o Não descaracteriza a condição de segurado especial:

I – a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até


50% (cinqüenta por cento) de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4
(quatro) módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a
respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar;
II – a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com
hospedagem, por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano;

III – a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade


classista a que seja associado em razão da condição de trabalhador rural ou de
produtor rural em regime de economia familiar; e

IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente que
seja beneficiário de programa assistencial oficial de governo;

V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo


de beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 da Lei
no 8.212, de 24 de julho de 1991; e

VI - a associação em cooperativa agropecuária ou de crédito rural; e

VII - a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o produto


das atividades desenvolvidas nos termos do § 12.

§ 9o Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de
rendimento, exceto se decorrente de:

I – benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor


não supere o do menor benefício de prestação continuada da Previdência Social;

II – benefício previdenciário pela participação em plano de previdência


complementar instituído nos termos do inciso IV do § 8o deste artigo;

III - exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 (cento e vinte)
dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13 do art. 12
da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;

IV – exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria


de trabalhadores rurais; Sindicato Rural.
V – exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a atividade
rural ou de dirigente de cooperativa rural constituída, exclusivamente, por segurados
especiais, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991;

VI – parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I


do § 8o deste artigo;

VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo


grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a
renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação
continuada da Previdência Social; e

VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de
prestação continuada da Previdência Social.

- Facultativa: não exerce atividade remunerada e não tem proteção


previdenciária pelo regime próprio - RPPS.

LEI 8.213/91 - Art. 13. É segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) anos que se
filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, desde que não
incluído nas disposições do art. 11.

REGULAMENTO 3.048/99: Segurado facultativo maior de 16 anos. Feito com base


na CF.

Art. 7º da CF. XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a


menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

Depende do caso concreto.

01/09/2022
Dependentes: dependência econômica relacionada à pessoa do segurado.
1ª classe: cônjuge, companheiro (comprovar) e filho (dependência presumida). 2ª
classe: pais (provada). 3ª classe: irmão (provada). A comprovação tem que ser de
24 meses anteriores à morte ou prisão. Ordem de preferência e exclusividade.
Pensão por morte e auxílio reclusão.

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave; Filho comporta equiparação:

§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do


segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma
estabelecida no Regulamento. E o menor sob guarda? Entra, segundo o STJ. A
Emenda Constitucional 103 diz que o menor sob guarda não tem direito.

II - os pais; Polipaternidade e polimaternidade pode.

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do


direito às prestações os das classes seguintes.

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a


das demais deve ser comprovada.

§ 5º As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova


material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e
quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não
admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de
força maior ou caso fortuito, conforme disposto no regulamento.
§ 7º Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido
condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como autor,
coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido
contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os
inimputáveis.

2º BIMESTRE

06/10/2022

Manutenção/perda da qualidade de segurado: enquanto estiver contribuindo está


mantendo a qualidade de segurado.

Período de graça: período em que mesmo sem contribuir terá direito a proteção
previdenciária.

Lei nº 8.213/1991:

Art. 15 § 3º - Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus


direitos perante a Previdência Social.

Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:

I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente;


(auxílio-acidente é pago junto a remuneração da pessoa).

II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar
de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver
suspenso ou licenciado sem remuneração; (Esse prazo pode ser até triplicado, 12
meses é regra geral; pode ser 12 meses + 12 meses se tiver mais de 120
contribuições; pode ser 12 meses + 12 meses + 12 meses se mais de 120
contribuições e registro oficial de desemprego; pode ser 12 meses + 12 meses, se
apenas com registro oficial).
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o
segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem
interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o


segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no
órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de


doença de segregação compulsória; (Ex.: Covid-19. Aplica apenas se antes ele era
segurado).

IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; (Preso em


regime fechado).

V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças


Armadas para prestar serviço militar; (Não é o obrigatório).

VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do


prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da
contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados
neste artigo e seus parágrafos.

Carência: tempo de contribuição mínimo para a pessoa ter direito ao benefício.

Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais


indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do
transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências. (pode trazer período
do RGPS para o RPPS, se parou o RGPS).

Art. 27. Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições:


I - referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência
Social (RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos
trabalhadores avulsos; (independente de pagamento).

II - realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem


atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com
atraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados contribuinte
individual, especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos V e VII do
art. 11 e no art. 13.

Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência


Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art.
26:

I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;


(incapacidade temporária ou permanente).

II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria


especial: 180 contribuições mensais.

III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do caput


do art. 11 e o art. 13 desta Lei: 10 (dez) contribuições mensais, respeitado o disposto
no parágrafo único do art. 39 desta Lei; e (individual, facultativo e especial).

Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se


refere o inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número
de meses em que o parto foi antecipado.

IV - auxílio-reclusão: 24 (vinte e quatro) contribuições mensais.

Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;

II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer


natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de
segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e
afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da
Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de
estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira
especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados


especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;

IV - serviço social; (INSS não faz).

V - reabilitação profissional.

VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e


empregada doméstica.

Art. 27-A Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão


dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de
salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da
data da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos
nos incisos I, III e IV do caput do art. 25 desta Lei. (antes era 1/3).

Salário de Benefício: base de cálculo para a renda mensal inicial. Não é o valor do
benefício.

Art. 28. O valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido por norma
especial e o decorrente de acidente do trabalho, exceto o salário-família e o
salário-maternidade, será calculado com base no salário-de-benefício.

● Média aritmética simples: considera 100%.


● Fator previdenciário: não se fala mais! Só para aposentadoria especial p/
pessoa com deficiência e regras de transição. Escolhe o que for mais
benéfico.
● Teto: mínimo 1 salário mínimo (salário família e auxílio acidente pode).
Máximo 7.087,22, salvo em caso de grande invalidez, pois recebe mais 25%
por ter que ser cuidada por outra pessoa.
Art. 29. O salário-de-benefício consiste: Não foi recepcionado, por causa da E.C
103.

I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média


aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta
por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário;

II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na


média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a
oitenta por cento de todo o período contributivo.

Renda mensal: RMI (renda mensal inicial) ou RMA (renda mensal atualizada). Valor
efetivamente pago ao beneficiário.

Aqui utiliza-se coeficiente (%). Salário de benefício x % = Renda mensal. Não se


aplica esse coeficiente para o salário família e salário maternidade.

● Regra: Homem (20 anos de tempo de contribuição) e Mulher (15 anos de


tempo de contribuição). Se atingir isso vai se aposentar com 60% + 2% por
ano de contribuição. Ex.: Homem p/ 100% tem que contribuir mais 20 anos =
40 anos; Mulher p/ 100% tem que contribuir mais 20 anos = 35 anos.

Ex.: Homem com renda de 3 mil reais. Tempo de contribuição de 35 anos.

35 - 20 = 15 x 2 = 30%. Então 60% + 30% = 90%. Então, 3 mil x 90% = 2.700.

Ex.: Mulher com renda mensal de 3 mil reais. Tempo de contribuição de 20


anos.

60% + 10% = 70%. Então, 3 mil x 70% = 2.100.


20/10/2022

Pensão por morte: Os dependentes (beneficiários) que recebem.

Precisa verificar se a pessoa é segurada (instituidor da pensão por morte - o morto)


e carência. Pensão por morte NÃO TEM CARÊNCIA.

● Tempus Regit Actum: verificar qual lei é aplicável na data da morte,


independentemente de ser mais benéfica ou não.

● Filhos ou equiparados: recebem até 21 anos de idade, mesmo que estejam


na faculdade.

● Novo casamento/união estável: não perde a pensão por morte.

● Habilitação tardia: é autorizada pela lei, mas recebe a partir da habilitação e


não da morte. Os dependentes normais têm até 90 dias para requerer e
outros dependentes (menores de 16 anos) terão até 180 dias. Não significa
que se pedir depois não terá direito, é que se pedir dentro desse período o
pedido retroage até a data do óbito.

● Requisitos:

- Positivo: qualidade de segurado e dispensa de carência.

- Negativo: não pode ter condenação transitada em julgado por


homicídio consumado ou tentado. A cota parte fica suspensa até a
condenação, aí depois divide com os outros, ou em caso de absolvição
vai pra pessoa.

Não pode haver fraude ou simulação no casamento ou união estável.

● Renda Mensal Inicial: cota familiar (fixa em 50%) e individual (variável em


10% por dependente). Até o limite de 100%. A soma (valor global) não pode
ser inferior a 1 salário mínimo, o rateio pode. Se for dependente inválido ou
deficiente grave a cota é única e de 100%.

O dependente saiu (completou 21 anos ou morreu), vai diminuir o %. A cota é


personalíssima.

● Cessação: morte do dependente; dependente se recupera da invalidez ou


deficiência se maior de 21 anos; ao completar 21 anos se não for invalido ou
defeciente.

- Cônjuge ou companheiro não cumprido os requisitos: casamento


ou união estável de mínimo 2 anos e no mínimo 18 meses de
contribuições previdenciárias. Quando tiver menos de 2 anos ou
menos de 18 contribuições, a pensão será de apenas 4 meses.

- Cônjuge ou companheiro cumprido os requisitos: viúva menos de


21 anos recebe por 3 anos; 22/26 recebe 6 anos; 27/29 recebe 10
anos; 30/40 recebe 15 anos; 40/43 recebe 20 anos; mais de 44 recebe
pra sempre.

Auxílio-Reclusão: dependentes igual da pensão por morte; a renda mensal inicial é


igual da pensão por morte, porém, o valor é fixo, 1 salário mínimo; datas é igual mas
retroage à data da prisão.

● Geral: é um benefício destinado aos dependentes do preso segurado. O


preso segurado tem que ser de baixa-renda, ou seja, até R$ 1.655,98 (não a
família). Baixa-renda é calculada pela média dos últimos 12 salários de
contribuição.

Preso em regime fechado ou qualquer prisão que seja semelhante ao regime


fechado.

● Tempus Regit Actum: verificar qual lei é aplicável na data da prisão.


● Requisitos:

- Positivo: qualidade de segurado preso, qualidade de dependente e


baixa-renda.

- Negativo: não pode ter renda alguma de empresa (mas se tiver


trabalhando na penitenciária daí recebe) ou de benefício, salvo
auxílio-acidente.

A cada trimestre a família tem que levar uma certidão de recolhimento de preso.

Fuga suspende o auxílio reclusão. Na recaptura tem que ver se ainda é segurado,
se for no período de graça (até 12 meses) aí poderá reativar o auxílio-reclusão.

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