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Pós Graduação

Direito Previdenciário
Módulos e Disciplínas:I. Introdução aos Regimes Previdenciários e ao
Sistema de Seguridade Social. (60 Horas)Professor:
Dr. Theodoro Vicente Agostinho
II. Benefícios Previdenciários. (120 Horas)Professor:
Dr. Claudio Vistue Rios
Módulos e Disciplínas:III. Custeio e Previdência Privada. (80 Horas)
Professor:
Me. Marcelino Alves Alcântara
IV. Processo Administrativo e Judicial Previdenciário. (100 Horas)
Professora:
Dra. Vera Maria Corrêa Queiroz
V. Atividades Complementares. (90 Horas)Professora:
Dra. Vera Maria Corrêa Queiroz
12Mar24 Aula 1

AULA INAUGURALSISTEMA DE
SEGURIDADE SOCIAL –
OPORTUNIDADES
PROF. Vinicius
PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO
PREVIDENCIÁRIOAULA INAUGURAL
SISTEMA DE SEGURIDADE SOCIAL
– OPORTUNIDADESPROF. VINICIUS FIUZA
Vinícius Soutosa Fiuza
Advogado
Mestrando em Direito Previdenciário – PUC/SP
@viniciusfiuza
@fanprev
vinicius@fiuzaadvogados.adv.br
SISTEMA DE SEGURIDADE
SOCIAL
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à
saúde, à previdência e à assistência social.

3 pilares da Seguridade Social


SISTEMA DE SEGURIDADE
SOCIAL
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem
à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.
SISTEMA DE SEGURIDADE
SOCIAL
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
Não contributivo;
Prestada a quem dela necessitar
(...)
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei –
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DE PRESTAÇÃO CONTINUADA
SISTEMA DE SEGURIDADE
SOCIAL
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação
obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a:

I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade avançada – benefícios por incapacidade
Auxílio por incapacidade temporária;
Aposentadoria por incapacidade permanente;
Auxílio acidente.

Aposentadorias programadas Previdenciário


Aposentadoria por idade;
e acidentário
Aposentadoria por tempo de contribuição;
Aposentadoria da pessoa com deficiência (por idade de por tempo de contribuição);
Aposentadoria especial
SISTEMA DE SEGURIDADE
SOCIAL
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de
Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da
lei, a:

II - proteção à maternidade, especialmente à gestante – salário-maternidade;


III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário – seguro
desemprego;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de
baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro
e dependentes, observado o disposto no § 2º.
SISTEMA DE SEGURIDADE
SOCIALSEGURIDADE SOCIAL – ART. 194
RPPS
ASSISTÊNCIA PREVIDÊNCIA
DIREITO À SAÚDE (Art. 40 CF)
SOCIAL SOCIAL - RGPS
(Art. 196 CF) (Art. 201 CF)
(Art. 203 e 204 CF) PREVIDÊNCIA
PRIVADA
(Art. 202 CF)

Para todos Só para os necessitados Só para os que


contribuem (segurados)

Independe de Independe de Benefício e Serviços


Contribuição Contribuição Previdenciários
SISTEMA DE SEGURIDADE
SOCIAL
SEGURIDADE SOCIAL

É apenas uma parte da luta contra os cinco gigantes do mal: contra a miséria física, que o interessa
diretamente; contra a doença, que é, muitas vezes, causadora da miséria e que produz ainda muitos
males, contra a ignorância, que nenhuma democracia pode tolerar nos seus cidadãos; contra a
imundice, que decorre principalmente da distribuição irracional das indústrias e da população; e
contra a ociosidade, que destrói a riqueza e corrompe os homens, estejam eles bem ou mal
nutridos(...) Mostrando que a seguridade, pode combinar-se com a liberdade, a inciativa e a
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) – 8.742/93

Art. 20 – requisitos para concessão do benefício

Hipossuficiência econômica (comum)


Idoso ou pessoa com deficiência

Escritórios especializados em LOAS com


faturamentos altos – excelente nicho
PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS E
RPPS
Seguridade Social x Seguro Social

Gênero e espécie;
Seguro social – Otto Bismark (1883)

Relatório Beveridge (1942) – Seguros Sociais e Serviços Afins


– TROUXE A IDEIA MAIS AMPLA, COM ASSISTÊNCIA
MÉDICA E FINANCEIRA INDEPENDNETE DE
PREVIDÊNCIA PRIVADA
Art. 202 CF - O regime de previdência privada, de caráter
complementar e organizado de forma autônoma em relação ao
regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na
constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e
regulado por lei complementar.

Facultativo
Planos abertos e fechados
Constituição de reservas
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RPPS
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores
titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário,
mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores
ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
LEGISLAÇÃO BÁSICA
Constituição Federal;
Lei 8.213/91 – benefícios;
Lei 8.212/91 – custeio
Decreto 3.048/99
IN 128/2022
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
PRINCÍPIOS – ART. 194
Universalidade da Cobertura e do Atendimento – das maior cobertura possível às
ações da seguridade social;
Distributividade – a seguridade social é um sistema realizador de justiça social, sendo
um instrumento de desconcentração de riquezas;
Solidariedade – protege pessoas em momentos de necessidade. Divide-se os riscos
do particular com toda a sociedade.
Todos contribuem para um único fundo, que paga os benefícios e aposentadorias.
Solidariedade intergeracional – se contribui hoje, mas recebe a prestação no futuro.
Diversidade da base de financiamento – financiamento com múltiplas fontes, para
garantir a solvibilidade do sistema, com participação de toda sociedade de forma
direta e indireta.
Prévia fonte de custeio – art. 195, §5º CF – nenhum benefício será criado ou
majorado sem uma prévia fonte de custeio
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
PRINCÍPIOS – ART. 194
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
CUSTEIO PREVIDENCIÁRIO – ART. 195
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
V - sobre bens e serviços, nos termos de lei complementar.
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
CUSTEIO PREVIDENCIÁRIO – ART. 195
Contribuição previdenciária É TRIBUTO!
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
DIREITO EMPRESARIAL PREVIDENCIÁRIO
Mescla de conhecimentos previdenciários e tributários;
Ramo muito rentável;
Gestão de afastados – impugnações administrativas e judiciais
de benefícios assinalados com a rubrica acidentária (reflexo na
carga tributária)
Açãos regressivas – art. 120 Lei 8.213/91
Repetição de indébito previdenciário - $$$$
Crimes previdenciários.
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
DIREITO EMPRESARIAL PREVIDENCIÁRIO
Ramo muito rentável;
Repetição de indébito previdenciário - $$$$
TEMA 72 STF - É inconstitucional a incidência de
contribuição previdenciária a cargo do empregador sobre o
salário maternidade.
TEMA 478 STJ - Não incide contribuição previdenciária
sobre os valores pagos a título de aviso prévio indenizado, por
não se tratar de verba salarial.
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO
Alterações constantes de Lei;
EC 103/19
Direito adquirido
Regras de transição
Regras transitórias
Boa rentabilidade!
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
DEFESAS ADMINISTRATVAS - MOB
Monitoramente Operacional de Benefícios do INSS – CGU ou
o próprio INSS, ou alguma denúncia, apontam irregularidade no
benefício;
O segurado é notificado para apresentar defesa em 30 dias,
sob pena de suspensão do benefício e posterior cancelamento;
Além disso, é intimado para devolver todos os valores
recebidos de forma indevida.
Apresentar defesa escrita e documentos!
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
DEFESAS ADMINISTRATVAS - MOB
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
SISTEMAS DIGITAIS
Meu INSS – CPF e senha do segurado;
Mesma senha de todos os sites .gov (conect SUS, RFB…)

INSS Digital – acesso para advogados, por meio de convênio


entre OAB e INSS - https://atendimento.inss.gov.br/
Fazer cadastro pelo site da OAB, e após validado terá acesso a
todos os processo que consta como procurador

A DIGITALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS ATENDE A


UNIVERSALIZAÇÃO DO ATENDIMENTO?
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
ATUAÇÃO SEMPRE COM ÉTICA
PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
ATUAÇÃO SEMPRE COM ÉTICA
@viniciusfiuza
@fanprev
vinicius@fiuzaadvogados.adv.br

Obrigado pela atenção e participação. Até a


próxima!
14Mar24 Aula 2

REGIME DE PREVIDÊNCIA
PROFª Pamela
REGIMES DE
PREVIDÊNCIA
Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Este é o regime
mais amplo, administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS). O RGPS é destinado aos trabalhadores da iniciativa
privada, ou seja, aqueles que atuam como empregados,
trabalhadores avulsos, empregados domésticos e também aos
trabalhadores autônomos e facultativos (aqueles que contribuem
por vontade própria, sem vínculo empregatício). O RGPS oferece
uma série de benefícios como aposentadorias, pensão por morte,
auxílio-doença, entre outros.
Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS): Esse regime é
específico para servidores públicos titulares de cargos efetivos, tanto na
esfera federal, estadual, quanto municipal. Os RPPS têm suas próprias
regras de contribuição e de concessão de benefícios, que podem variar de
acordo com a legislação de cada ente federativo. O RPPS, oferece no
mínimo benefícios como aposentadorias e pensão por morte, mas os
cálculos para concessão e valores podem diferir significativamente.
Regime de Previdência Complementar: Este regime é opcional e
serve como um complemento aos benefícios oferecidos pelo RGPS e
pelos RPPS. Ele pode ser dividido em duas grandes categorias: os
planos de previdência complementar abertos, que são acessíveis a
qualquer pessoa, e os planos de previdência complementar fechados,
também conhecidos como fundos de pensão, que são restritos a grupos
específicos, como empregados de uma empresa ou membros de uma
associação. Este regime funciona na modalidade de capitalização, onde
o que é acumulado pelo participante durante o período de contribuição
é o que determinará o valor do benefício a ser recebido no futuro.
REGIME PRÓPRIO
Regime Próprio de Previdência Social - RPPS é o regime de
previdência, estabelecido no âmbito da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios que assegura, por lei, aos
servidores titulares de cargos efetivos, pelo menos, os benefícios de
aposentadoria e pensão por morte previstos no art. 40 da
Constituição Federal.
SEGURADO DO RPPS: O titular de cargo efetivo ou vitalício, desde que o ente político empregador
tenha RPPS instituído (vide ar. 11 da ON 02/09)
DEPENDENTES NO RPPS: Segundo o debatido no MS 31.770 do STF, os regimes próprios são
autônomos para dispor em suas leis locais dos critérios de dependência para fins de pensão por morte,
tese esta a qual nos filiamos, e que é reforçada pelo disposto na Nota Técnica nº. 11/2015
CGNAL/DRPSP/SPPS/MPS, contudo a grande maioria dos RPPS’s tem se alinhado aos critérios
adotados pelo RGPS.
SERVIDOR PÚBLICO

O servidor público é aquele que exerce serviços públicos de forma


direta, nas autarquias ou fundações públicas, por meio de vínculos em
cargos públicos, sendo remunerado pelos cofres públicos da União,
Estados, Municípios ou Distrito federal e organizados
hierarquicamente.
SERVIDOR PÚBLICO

O servidor público classifica-se da seguinte forma:


a) Servidor Público Titular De Cargo Efetivo;
b) Servidor Público Ocupante De Cargo Em Comissão;
b.1) recrutamento amplo;
b.2) recrutamento restrito;
c) Servidor Público Ocupante de Cargo Temporário.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
TEMPO NO CARGO EM QUE SE DER A APOSENTADORIA – ON 02/09
o conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades específicas definidas em
estatutos dos entes federativos cometidas a um servidor aprovado por meio de
concurso público de provas ou de provas e títulos;
TEMPO NA CARREIRA - ON 02/09: a sucessão de cargos efetivos, estruturados
em níveis e graus segundo sua natureza, complexidade e o grau de
responsabilidade, de acordo com o plano definido por lei de cada ente federativo;
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO- ON 02/09: Tempo relacionado ao efetivo
recolhimento de contribuições ou a ele equiparado na forma da lei.
Antes da Emenda Constitucional 103/2019 tínhamos um regramento geral
aplicado aos servidores da União, Estados, Municípios e ao Distrito Federal,
constante no artigo 40, da CF e regras de transição da emenda 20, artigos
41/47 e lei 9717.
Após a EC 103/2019, teremos que verificar a aplicação, pois parte da Emenda
não se aplica diretamente aos Estados, Municípios e o DF, a não ser que o os
entes a incorporem alterando a legislação local.
REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
Processo administrativo
As entidades possuem um manual de
procedimentos ou uma portaria com as normas
internas.;
Os benefícios voluntários precisam de expresso
requerimento administrativo;
Para o requerimento o servidor ou o dependente
deve comparecer no órgão gestor do regime
próprio;
REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

Quais áreas de atuação?


Planejamento;
Concessão de benefícios e recurso administrativo;
Revisão judicial;
Atuação em sede de Tribunal de Contas;
Pensão por morte;
Abono permanência;
Averbação de tempo rural.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA REFLEXOS NO
RPPS
Nota Técnica SEI nº 12212/2019/ME

Nota Técnica SEI nº 12212/2019/ME

Assunto: ANÁLISE DAS REGRAS CONSTITUCIONAIS DA REFORMA


PREVIDENCIÁRIA APLICÁVEIS AOS REGIMES PRÓPRIOS DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS ENTES FEDERADOS SUBNACIONAIS.
READAPTAÇÃO FUNCIONAL

A readaptação funcional torna-se um instituto constitucional,


garantindo ao servidor o pagamento da remuneração oriunda
do seu cargo de origem.
ROMPIMENTO DO VÍNCULO COM A
ADMINISTRAÇÃO AINDA QUE APOSENTADO PELO
RGPS

Com a reforma, não se tem mais dúvidas, de que o servidor público OCUPANTE DE CARGO,
EMPREGO OU FUNÇÃO PÚBLICA, não poderá mais permanecer em exercício, após a
aposentadoria, ainda que a mesma decorra do Regime Geral de Previdência Social - RGPS.
COMPLEMENTAÇÃO DE
APOSENTADORIA

Com a reforma somente será admitida a complementação de aposentadoria nas seguintes hipóteses:
Criação de Regime de Previdência Complementar ou em caso de extinção de Regime Próprio de
Previdência Social a fim de assegurar direitos aos respectivos segurados.
VEDAÇÃO A INCORPORAÇÃO DE VERBAS
TRANSITÓRIAS E DECORRENTES DE CARGOS OU
FUNÇÕES DE CONFIANÇA

A reforma deixa claro que é vedada a incorporação de vantagens de caráter


temporário ou vinculadas ao exercício de cargo ou função de confiança na
remuneração do cargo efetivo, respeitado o direito adquirido.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE
PERMANENTE PARA O TRABALHO

O art. 40, § 1º, I, deixa claro à partir de então o conceito de incapacidade laborativa para fins de aposentadoria antes por
invalidez no RPPS, agora chamada de APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE PARA O
TRABALHO.
Lembrando que a incapacidade deve ser verificada em relação as atribuições do cargo ocupado pelo servidor, observada
inclusive a impossibilidade de eventual readaptação funcional.
LIMITAÇÃO DOS PROVENTOS NO
RPPS AO TETO DO RGPS

Salvo a observância de eventual regra de direito adquirido ou ainda preenchimento de requisitos


referentes as regras de transição, os proventos de aposentadoria PAGOS PELO RPPS não poderão ser
superiores ao teto do RGPS.
POSSIBILIDADE DE ACUMULAÇÃO DE
APOSENTADORIAS DE CARGOS LEGALMENTE
ACUMULÁVEIS

Permitida a acumulação de aposentadoria decorrentes de cargos legalmente


acumuláveis, bem como acumulação decorrentes de benefício decorrente do
RGPS.
RGPS PARA PARLAMENTARES E OUTROS

O RGPS passa a ser adotado como único regime de previdência para ocupantes
de cargos temporários ou mandatos eletivos, ressalvados direito adquirido e regra
de transição.
OBRIGATORIEDADE DE CRIAÇÃO DE REGIME DE
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Lei de iniciativa do Poder Executivo de cada ente criará Regime de Previdência Complementar.

Poderá ser mantido o regime por entidade aberta de previdência complementar.


ABONO DE PERMANÊNCIA

O valor da contribuição previdenciária tornou-se o teto para pagamento do famigerado abono de permanência.

Enquanto não houver regulamentação para os servidores federais e demais sobre a matéria, ainda permanece o valor do abono de
permanência como sendo a totalidade do valor da respectiva contribuição previdenciária.
VEDAÇÃO A CRIAÇÃO DE NOVOS RPPS

Apenas se mantem os RPPS atuais, vedada a criação de novos


RPPS`s.
UNICIDADE DO RPPS E RESPECTIVA UNIDADE
GESTORA

Deverá ser mantida apenas um RPPS e uma unidade gestora em


cada ente federativo.
CONTRIBUIÇÕES DE INATIVOS E
PENSIONISTAS EM CASO DE DÉFICIT
ATUARIAL

Passa a ser admitida contribuição previdenciária sobre os proventos de


aposentadoria e pensão, daqueles que recebam até 1 (um) salário mínimo,
QUANDO HOUVER DÉFICIT ATUARIAL.
CONTRIBUIÇÃO
EXTRAORDINÁRIA

Se a instituição de contribuição inclusive sobre proventos e pensões no


valor do salário mínimo não for suficiente, poderá ser instituída
contribuição extraordinária por prazo determinado, atrelada a tomada de
outras medidas visando atingir o equilíbrio atuarial.
REVOGAÇÃO DA ISENÇÃO DE
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
POR DOENÇAS INCAPACITANTES
A revogação do § 21 do art. 40 da CF, implica dizer que os aposentados e pensionistas portadores
de doenças incapacitantes, que eram isentos do pagamento de contribuição previdenciária até o
limite atual de R$ 11.678,00 (dobro do teto do RGPS), agora perdem aludida hipótese de isenção.
Aplica-se aos segurados e dependentes do RPPS da União.
Entende-se que tal ponto para ser aplicado aos demais entes, carece de regulamentação local, por
força do disposto no art. 35, II da CF.
LIMITAÇÃO DO ROL DE
BENEFÍCIOS

O RPPS apenas concederá à partir da promulgação da PEC e respectivas


regulamentações aposentadorias e pensões.
PERMISSÃO PARA APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO RPPS PARA
EMPRÉSTIMOS AOS SEUS PRÓPRIOS SEGURADOS

Aguarda-se regulamentação específica do


Conselho Monetário Nacional.
SISTEMA INTEGRADO DE INFORMAÇÕES PARA FINS DE
FISCALIZAÇÃO DE BENEFÍCIOS

Art. 12. A União instituirá sistema integrado de dados relativos às remunerações,


proventos e pensões dos segurados dos regimes de previdência de que tratam os arts.
40, 201 e 202 da Constituição Federal, aos benefícios dos programas de assistência
social de que trata o art. 203 da Constituição Federal e às remunerações, proventos de
inatividade e pensão por morte decorrentes das atividades militares de que tratam os
arts. 42 e 142 da Constituição Federal, em interação com outras bases de dados,
ferramentas e plataformas, para o fortalecimento de sua gestão, governança e
transparência e o cumprimento das disposições estabelecidas nos incisos XI e XVI do
art. 37 da Constituição Federal.
“A NOVA INTEGRALIDADE DA
NOVA PREVIDÊNCIA”

Nas hipóteses dos incisos I e II do parágrafo 8 do art. 4, observa-se que a a remuneração do servidor no cargo efetivo para
fins de aposentadoria tornou-se mitigada, na medida que verbas variáveis e as chamadas variações de carga horária serão
computadas proporcionalmente para efeitos de cálculo para aposentadoria do servidor. Ou seja a nova integralidade, uma
integralidade não tão integral assim.
OS EFEITOS DA EC 103/2019 PARA MUNICÍPIOS E
ESTADOS E A NECESSIDADE DE LEGISLAÇÃO LOCAL

Art. 4 - § 9º Aplicam-se às aposentadorias dos servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios as
normas constitucionais e infraconstitucionais anteriores à data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional,
enquanto não promovidas alterações na legislação interna relacionada ao respectivo regime próprio de previdência
social.
FICOU CLARO O CONCEITO DE TEMPO DE EXERCÍCIO EM CARGO
DE NATUREZA ESTRITAMENTE POLICIAL

Art. 5 - § 1º Serão considerados tempo de exercício em cargo de natureza


estritamente policial, para os fins do inciso II do art. 1º da Lei Complementar nº
51, de 20 de dezembro de 1985, o tempo de atividade militar nas Forças Armadas,
nas polícias militares e nos corpos de bombeiros militares e o tempo de atividade
como agente penitenciário ou socioeducativo.
PREVIDENCIA MILITAR
QUEM SÃO OS CLIENTES?

As Forças Armadas, essenciais à execução da


política de segurança nacional, são constituídas
pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, e destinam-se a defender a Pátria
e a garantir os poderes constituídos, a lei e a
ordem.
A Lei nº 13.954/2019
alterou bastante
o Sistema de Proteção Social
dos Militares.
RESERVA REMUNERADA: Não é
aposentadoria, embora não estejam mais mais trabalhando, os
militares continuam à disposição das Forças Armadas em casos
excepcionais, e podem voltar a ativa assim que forem
convocados em situações específicas.
E existe a Reforma do Militar, ou seja, quando ele
de forma definitiva, ficarán afastado ou aposentado
de seu serviço perante as Forças Armadas.
São possibilidades: a) atinge a idade limite de
permanência na reserva remunerada; b)
pessoa apresenta invalidez ou incapacidade física
definitiva, devidamente atestada através de
uma sentença judicial transitada em julgado.
Reserva remunerada (17/12/2019) 35 anos de tempo de serviço,
sendo: a) 30 anos de exercício de atividade de natureza militar nas Forças Armadas,
para os oficiais formados:na Escola Naval;na Academia Militar das Agulhas Negras;na
Academia da Força Aérea;no Instituto Militar de Engenharia;no Instituto Tecnológico de
Aeronáutica;em escola ou centro de formação de oficiais oriundos de carreira de praça e
para as praças.b) ou 25 anos de exercício de atividade de natureza militar nas Forças
Armadas, para os oficiais não enquadrados na hipótese anterior.
Regra de Transição: cumprir 17% do tempo que faltava para você se
aposentar até a vigência da nova norma.Regra anterior: 30 anos de
tempo de serviço para o militar entrar na reserva remunerada.
Antes de 17/12/2019:68 anos para o oficial-general;64 anos
para o oficial superior;60 anos para capitão-tenente, capitão
e oficial subalterno;56 anos para praças.
Depois de 17/12/2019:75 anos para o oficial-general;72
anos para o oficial superior;68 anos para o capitão-tenente,
capitão, oficial subalterno e praça.
Depois de 17/12/2019:75 anos para o oficial-general;72
anos para o oficial superior;68 anos para o capitão-tenente,
capitão, oficial subalterno e praça.
Também podem ser reformados os militares temporários
quando:forem julgados inválidos;forem julgados incapazes,
de forma definitiva, para o serviço ativo das Forças
Armadas, quando a incapacidade decorrer de ferimento
recebido em campanha ou na manutenção da ordem pública;
As situações de reforma são relacionadas a idade, invalidez,
incapacidade, condenação penal e indicação a outro cargo. quando ele
estiver agregado por mais de 2 anos por ser julgado incapaz, de forma
temporária, mediante homologação de Junta Superior de Saúde, ainda
que se trate de moléstia curável; quando ele for condenado à pena de
reforma prevista no Código Penal Militar, por sentença transitada em
julgado;
 sendo oficial, a tiver determinada em julgado do Superior Tribunal
Militar, efetuado em consequência de Conselho de Justificação a que foi
submetido; se Guarda-Marinha, Aspirante a Oficial ou praça com
estabilidade assegurada, for a ela indicado ao Comandante de Força Singular
respectiva, em julgamento de Conselho de Disciplina
Forma de cálculo da aposentadoria do Militar:Eles receberão
exatamente o que ganhavam no último cargo (integralidade), possuindo os
mesmos reajustes dos militares que estão na ativa (paridade).
Proventos da inatividade:Além da integralidade, a legislação militar
estabelece que os proventos na inatividade remunerada são constituídos das
seguintes parcelas:Soldo ou quotas de soldo;Adicional militar;Adicional de
habilitação;Adicional de compensação por disponibilidade militar;Adicional de
tempo de serviço;Adicional de compensação orgânica; eAdicional de
permanência.
Desconto de contribuição mesmo aposentado:a) 7,5% do
seu benefício a título de contribuição previdenciária; b) a
partir do dia 1 de janeiro de 2020, essa alíquota subiu para
9,5%;c) desde o dia 1 de janeiro de 2021, a alíquota subiu
pela última vez, chegando nos 10,5%;
os pensionistas de militares também terão a mesma alíquota
de contribuição para a Previdência.
Aposentadoria da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros: 
Integral, desde que cumprido o tempo mínimo de 35 anos de serviço, dos quais no mínimo 30
anos de exercício de atividade militar; ou Proporcional, com base em tantas quotas de
remuneração do posto ou da graduação quantos forem os anos de serviço, se transferido para a
inatividade sem atingir o referido tempo mínimo. A remuneração do militar reformado por
invalidez decorrente do exercício da função ou em razão dela é integral, calculada com base na
remuneração do posto ou da graduação que possuir por ocasião da transferência para a
inatividade remunerada.
 a transferência para a reserva remunerada, de ofício, por limite de idade
do posto ou graduação deve ser disciplinada por lei estadual. Mas deve
observar como parâmetro mínimo o limite de idade para os militares das
Forças Armadas do correspondente posto ou graduação.
REGIME DE
PREVIDÊNCIA
COMPLEMENTAR
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de
forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo,
baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado
por lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
• Caráter complementar: o RPC complementa os regimes oficiais (públicos) de
previdência (RGPS/RPPS); • Organização autônoma em relação ao RGPS: o RPC
não precisa oferecer os mesmos benefícios oferecidos pelo RGPS; • Filiação
facultativa: não existe imposição quanto à filiação.
• Regime de capitalização: CRIA-SE UM FUNDO PARA FUTURAMENTE
CUSTEAR OS BENEFÍCIOS CONTRATADOS! • Contratual: contrato civil,
onde impera a autonomia da vontade.
Os planos poderão ofertar os seguintes benefícios: •
Programados (aposentadoria); • Não programados (de risco)
Ex: auxílio doença, invalidez. • Continuados; • Em pagamento
único; • Vitalício; • Por prazo determinado.
Nos termos do art. 8º, da L.C. 109/2001:• Participante: a pessoa física que aderir
aos planos de benefícios; • Assistido: o participante ou seu beneficiário em gozo de
benefício de prestação continuada. Diferentemente do que ocorre no RGPS, aqui o
dependente pode ser indicado (qualquer pessoa, além dos dependentes legais)
Benefício definido (BD): aquele cujos
benefícios programados têm seu valor ou
nível previamente estabelecidos, sendo o
custeio determinado atuarialmente, de
forma a assegurar sua concessão e
manutenção.
Contribuição definida (CD): aquele cujos benefícios programados têm seu
valor permanentemente ajustado ao saldo de conta mantido em favor do
participante, inclusive na fase de percepção de benefícios, considerando o
resultado líquido de sua aplicação, os valores aportados e os benefícios pagos.
ABERTAS < - > FECHADAS
VGBL: • o IR incide apenas sobre os rendimentos; • Os prêmios/contribuições
pagos a planos VGBL não podem ser deduzidos na declaração de ajuste anual do
I.R.P.F Modalidade adequada àqueles que utilizam a declaração simplificada do
I.R.P.F ou aos que já ultrapassaram o limite de 12% da renda bruta anual para
efeito de dedução dos prêmios e ainda desejam contratar um plano privado.
PGBL: • o IR incide sobre o valor total a ser resgatado ou recebido sob a forma
de renda.• os participantes que utilizam o modelo completo de declaração de
I.R.P.F podem deduzir as contribuições do respectivo exercício, no limite
máximo de 12% de sua renda bruta anual.
19Mar24 Aula 3

REGIME DE PREVIDÊNCIA
COMPLEMENTAR
PROFª Pamela
Esfera Federal: Polícia Federal (PF):DelegadoPerito CriminalAgente de Polícia
FederalEscrivãoPapiloscopistaRegime Previdenciário: Regime Próprio de
Previdência Social da União (RPPS da União). Polícia Rodoviária Federal
(PRF):Policial Rodoviário FederalRegime Previdenciário: Regime Próprio de
Previdência Social da União (RPPS da União).
Esfera Estadual:

 Polícia Civil:

Delegado

Investigador

Escrivão

Perito

Papiloscopista

Outras carreiras específicas de alguns estados.

Regime Previdenciário: Regime Próprio de Previdência dos servidores do


respectivo estado (cada estado pode ter nuances em seu regime).
Polícia Militar:

Oficial (variando os postos desde o 2º Tenente até Coronel)

Praças (desde Soldado até Subtenente ou Sargento, dependendo do


estado)

Regime Previdenciário: Regime Próprio de Previdência dos servidores do


respectivo estado.
Distrital (Distrito Federal):

Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF):

Mesmas carreiras da Polícia Civil estadual

Regime Previdenciário: Regime Próprio de Previdência Social da União (RPPS da União),


visto que a PCDF é custeada pela União.

Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF):

Mesma estrutura da Polícia Militar estadual

Regime Previdenciário: Regime Próprio de Previdência Social da União (RPPS da União),


assim como a PCDF.
REGIME DE
PREVIDÊNCIA
COMPLEMENTAR
Parte Histórica

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 3, DE 17 DE MARÇO DE 1993:

"Art. 40. O servidor será aposentado:

§ 6.º Asaposentadorias e pensões dos servidores públicos federais serão custeadas com
recursos provenientes da União e das contribuições dos servidores, na forma da lei.
Parte Histórica

A ideia era de que a aposentadoria seria a continuação da renda do servidor, tínhamos a


PARIDADE E INTEGRALIDADE.

Reprodução do padrão de vida do servidor.


Parte Histórica

EC 41/2003 - MUDA A FORMA DE CÁLCULO DA APOSENTADORIA, realizando


a média dos salários
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão
consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos
regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei.

DEIXA DE SER UM PREMIO E PASSA A SER RETRIBUITIVO


Parte Histórica

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 41, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2003


"Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime
de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo
ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
Partes da Relação

Participante – pessoa física que adere aos planos de benefício

Assistido- participante ou beneficiário em gozo de benefício.

Entidade- órgão responsável


Art. 2o O regime de previdência complementar é operado por entidades de previdência
complementar que têm por objetivo principal instituir e executar planos de benefícios
de caráter previdenciário, na forma desta Lei Complementar.
O que é um Plano de Benefício Definido?
O plano de benefício definido é aquele em que participantes e patrocinadora
contribuem, solidariamente, para os benefícios programáveis e de
risco. Nessa modalidade de plano, o participante tem conhecimento prévio do
valor aproximado do benefício futuro, independentemente do montante
acumulado, ou seja, quando ele adere ao plano, já sabe o valor do benefício
que receberá no futuro. De modo geral, é um plano que proporciona um benefício
de complementação de aposentadoria, na forma de renda vitalícia, cujo valor
depende da média salarial e do valor do benefício pago pelo INSS.
O equilíbrio atuarial dessa modalidade de plano é fundamentado no coletivo, em
que há total solidariedade entre os participantes. Em um plano BD, o patrimônio
pertence ao conjunto dos participantes, não sendo alocado em contas
individuais.
A Previdência Complementar do Servidor Público é uma obrigação
legal, trazida pela Emenda Constitucional n° 103/2019, que alterou o
art. 40 da Constituição Federal e determinou que, até 12 de novembro de
2021, todos os Entes federados que possuam Regimes Próprios de
Previdência Social – RPPS, limitem os benefícios de aposentadorias e
pensões para os servidores admitidos após essa data ao teto do INSS
(Regime Geral de Previdência Social).
EC nº103/2019, alterou o art. 40 da CF

“Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de


cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição
do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial.

§ 1ºO servidor abrangido por regime próprio de previdência social será


aposentado:I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em
que estiver investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese em que
será obrigatória a realização de avaliações periódicas para verificação da
continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na
forma de lei do respectivo ente federativo;
.III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se
mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no
âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade
mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e
Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais
requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente
federativo.

§ 2ºOs proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor


mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo
estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social, observado o
disposto nos §§ 14 a 16.
§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão
disciplinadas em lei do respectivo ente federativo.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para
concessão de benefícios em regime próprio de previdência social,
ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º.

Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo


§ 4º-A.
ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para
aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos a
avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar.§
4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente
federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria
de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente socioeducativo ou
de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso
XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.§

4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente


federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria
de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a
agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação
desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou
ocupação
.§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos
em relação às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que
comprovem tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e
no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar do respectivo ente federativo.

§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta


Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime
próprio de previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições para a
acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Previdência
Social.

§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única fonte de renda


formal auferida pelo dependente, o benefício de pensão por morte será concedido nos
termos de lei do respectivo ente federativo, a qual tratará de forma diferenciada a
hipótese de morte dos servidores de que trata o § 4º-B decorrente de agressão sofrida no
exercício ou em razão da função.
O Ente com RPPS tem a obrigação de instituir e ao Servidor é
facultativo a adesão.
Para os servidores públicos a EC nº 103, obriga que os planos
sejam de Contribuição Definida, sem riscos ou obrigações
atuariais, e só podem ser administrado por entidade de previdência
complementar;
Art. 4o As entidades de previdência complementar são classificadas em
fechadas e abertas, conforme definido nesta Lei Complementar.
Abertas:
Fechadas:
Art. 31. As entidades fechadas são aquelas acessíveis, na forma
regulamentada pelo órgão regulador e fiscalizador, exclusivamente:
I - aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas e
aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, entes denominados patrocinadores; e
II - aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter
profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores.
§ 1o As entidades fechadas organizar-se-ão sob a forma de
fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos.
Tema Repetitivo 955:
Inclusão, nos cálculos dos proventos de complementação de aposentadoria das
horas extraordinárias habituais, incorporadas ao salário do participante de
plano de previdência privada por decisão da justiça trabalhista.
I - A concessão do benefício de previdência complementar tem como
pressuposto a prévia formação de reserva matemática, de forma a evitar o
desequilíbrio atuarial dos planos. Em tais condições, quando já concedido o
benefício de complementação de aposentadoria por entidade fechada de
previdência privada, é inviável a inclusão dos reflexos das verbas
remuneratórias (horas extras) reconhecidas pela Justiça do Trabalho nos
cálculos da renda mensal inicial dos benefícios de complementação de
aposentadoria;
Tema Repetitivo 955:
II - Os eventuais prejuízos causados ao participante ou
ao assistido que não puderam contribuir ao fundo na
época apropriada ante o ato ilícito do empregador
poderão ser reparados por meio de ação judicial a ser
proposta contra a empresa ex-empregadora na Justiça do
Trabalho;
Tema Repetitivo 955:
III - Modulação de efeitos (art. 927, § 3º, do CPC/2015):
para as demandas ajuizadas na Justiça Comum até a
data do presente julgamento, e ainda sendo útil ao
participante ou assistido, conforme as peculiaridades da
causa, admite-se a inclusão dos reflexos de verbas
remuneratórias (horas extras), reconhecidas pela Justiça
do Trabalho, nos cálculos da renda mensal inicial dos
benefícios de complementação de aposentadoria,
condicionada à previsão regulamentar (expressa ou
implícita) e à recomposição prévia e integral das
reservas matemáticas com o aporte de valor a ser
apurado por estudo técnico atuarial em cada caso;
Tema Repetitivo 955:
IV - Nas reclamações trabalhistas em que o ex-empregador tiver sido
condenado a recompor a reserva matemática, e sendo inviável a revisão da
renda mensal inicial da aposentadoria complementar, os valores
correspondentes a tal recomposição devem ser entregues ao participante ou
assistido a título de reparação, evitando-se, igualmente, o enriquecimento sem
causa do ente fechado de previdência complementar
Tema Repetitivo 936:
Definir, em demandas envolvendo revisão de benefício do regulamento do
plano de benefícios de previdência privada complementar, se o patrocinador
também pode ser acionado para responder solidariamente com a entidade
fechada.
I - A patrocinadora não possui legitimidade passiva para litígios que envolvam
participante/assistido e entidade fechada de previdência complementar,
ligados estritamente ao plano previdenciário, como a concessão e a revisão de
benefício ou o resgate da reserva de poupança, em virtude de sua
personalidade jurídica autônoma.II - Não se incluem no âmbito da matéria
afetada as causas originadas de eventual ato ilícito, contratual ou
extracontratual, praticado pelo patrocinador.
Tema Repetitivo 941:
Definir se a previsão, no regulamento de plano de
benefícios de previdência privada, de reajuste com base
nos mesmos índices adotados pela previdência pública,
garante também a extensão de índices correspondentes
a eventuais aumentos reais do benefício oficial.
Nos planos de benefícios de previdência complementar
administrados por entidade fechada, a previsão
regulamentar de reajuste, com base nos mesmos índices
adotados pelo Regime Geral de Previdência Social, não
inclui a parte correspondente a aumentos reais.
SÚMULA N. 291. A ação de cobrança de parcelas de complementação de
aposentadoria pela previdência privada prescreve em cinco anos.
SÚMULA N. 427. A ação de cobrança de diferenças de
valores de complementação de aposentadoria prescreve
em cinco anos contados da data do pagamento.
Tema 452, STF
Descrição:Recurso extraordinário em que se discute, à luz do princípio da
isonomia e do artigo 202, caput, e § 1º (redação anterior ao advento da
Emenda Constitucional 20/98), da Constituição Federal, a validade, ou não, de
cláusula de contrato de previdência complementar que, ao prever percentuais
distintos entre homens e mulheres para cálculo e concessão de
complementação de aposentadoria, estabelece valor inferior do benefício para
as mulheres, tendo em conta o seu menor tempo de contribuição.
Tese:É inconstitucional, por violação ao princípio da isonomia (art. 5º, I, da
Constituição da República), cláusula de contrato de previdência complementar
que, ao prever regras distintas entre homens e mulheres para cálculo e
concessão de complementação de aposentadoria, estabelece valor inferior do
benefício para as mulheres, tendo em conta o seu menor tempo de
contribuição.
Ementa
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CIVIL. PREVIDÊNCIA PRIVADA. BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO COMPLEMENTAR. REVISÃO DE PAGAMENTO. CRITÉRIOS DE CÁLCULO. PRODUÇÃO DE PROVA
PERICIAL. NECESSIDADE. EQUILÍBRIO ECONÔMICO-ATUARIAL DO FUNDO.
1. A Segunda Seção desta Corte Superior firmou o entendimento de que deve ser feita perícia técnica nas demandas que envolvam a revisão de
pagamento de benefício previdenciário complementar com a aplicação de critérios de cálculo diversos dos estabelecidos no plano de previdência
privada em virtude de ser necessário verificar a influência dos novos valores no equilíbrio financeiro e atuarial da entidade de previdência
privada.
2. O objetivo do fundo de previdência complementar não é propiciar ganhos reais ao participante, mas garantir o pagamento de benefícios de
longo prazo previstos no plano contratado segundo as reservas financeiras constituídas sob o regime de capitalização. Assim, eventual
determinação de pagamento de valores sem respaldo no plano de custeio pode implicar desequilíbrio contratual, a prejudicar a universalidade
dos assistidos, o que fere os princípios do mutualismo e da primazia do interesse coletivo do plano. 3. Embargos de declaração acolhidos com
efeitos infringentes para restabelecer a decisão de fl. 19 (e-STJ).
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de
forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo,
baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado
por lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
• Caráter complementar: o RPC complementa os regimes oficiais (públicos) de
previdência (RGPS/RPPS); • Organização autônoma em relação ao RGPS: o RPC
não precisa oferecer os mesmos benefícios oferecidos pelo RGPS; • Filiação
facultativa: não existe imposição quanto à filiação.
• Regime de capitalização: CRIA-SE UM FUNDO PARA FUTURAMENTE
CUSTEAR OS BENEFÍCIOS CONTRATADOS! • Contratual: contrato civil,
onde impera a autonomia da vontade.
Os planos poderão ofertar os seguintes benefícios: •
Programados (aposentadoria); • Não programados (de risco)
Ex: auxílio doença, invalidez. • Continuados; • Em pagamento
único; • Vitalício; • Por prazo determinado.
Nos termos do art. 8º, da L.C. 109/2001:• Participante: a pessoa física que aderir
aos planos de benefícios; • Assistido: o participante ou seu beneficiário em gozo de
benefício de prestação continuada. Diferentemente do que ocorre no RGPS, aqui o
dependente pode ser indicado (qualquer pessoa, além dos dependentes legais)
Benefício definido (BD): aquele cujos
benefícios programados têm seu valor ou
nível previamente estabelecidos, sendo o
custeio determinado atuarialmente, de
forma a assegurar sua concessão e
manutenção.
Contribuição definida (CD): aquele cujos benefícios programados têm seu
valor permanentemente ajustado ao saldo de conta mantido em favor do
participante, inclusive na fase de percepção de benefícios, considerando o
resultado líquido de sua aplicação, os valores aportados e os benefícios pagos.
ABERTAS < - > FECHADAS
VGBL: • o IR incide apenas sobre os rendimentos; • Os prêmios/contribuições
pagos a planos VGBL não podem ser deduzidos na declaração de ajuste anual do
I.R.P.F Modalidade adequada àqueles que utilizam a declaração simplificada do
I.R.P.F ou aos que já ultrapassaram o limite de 12% da renda bruta anual para
efeito de dedução dos prêmios e ainda desejam contratar um plano privado.
PGBL: • o IR incide sobre o valor total a ser resgatado ou recebido sob a forma
de renda.• os participantes que utilizam o modelo completo de declaração de
I.R.P.F podem deduzir as contribuições do respectivo exercício, no limite
máximo de 12% de sua renda bruta anual.
SIMULAÇÃO DA PREVCOM
PARA UMA PROMOTORA DE
JUSTIÇA NO ESTADO DE SÃO
PAULO
21Mar24 Aula 4

REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA


SOCIAL – NOÇÕES GERAIS PARTE 1
PROF. VINICIUS FIUZA
PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO
PREVIDENCIÁRIOREGIME GERAL
DE PREVIDÊNCIA SOCIAL –
NOÇÕES GERAIS PARTE 1PROF.
VINICIUS FIUZA
Vinícius Soutosa Fiuza
Advogado
Mestrando em Direito Previdenciário – PUC/SP
@viniciusfiuza
@fanprev
vinicius@fiuzaadvogados.adv.br
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência
Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a:
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade avançada
– benefícios por incapacidade;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante – salário-maternidade;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário – seguro desemprego;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes,
observado o disposto no § 2º.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
RGPS: sistema “supletivo”– faz parte do RGPS aquele que não está vinculado a
algum RPPS;
TODA PESSOA QUE EXERCE ATIVIDADE REMUNERADA NÃO VINCULADA A RPPS,
OBRIGATORIAMENTE É VINCULADA AO RGPS – por isso, deve pagar as
contribuições previdenciárias (Princípio da Solidariedade);
Aquele que não trabalha também pode se filiar ao RGPS e pagar suas contribuições
– faculdade – Princípio da Universalidade de Cobertura e do Atendimento

Ex: estagiário, dona de casa...


REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
Plano básico – benefício previdenciário não tem a finalidade de manter padrão de
vida – Wagner Balera
Quem quer contar com valores maiores deve contratar Plano de Previdência Complementar

Teto RGPS em 2024 – R$ 7.786,01

Nenhum benefício previdenciário substitutivo de renda terá valor inferior ao


salário mínimo – R$ 1.412,00
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
Sistema contributivo de repartição – solidariedade intergeracional – pagamento das
contribuições destinadas a um fundo único, que realiza os pagamentos dos benefícios.

Contraposição ao sistema de capitalização, onde cada um contribui para o seu próprio fundo.

Características: público, contributivo, de filiação obrigatória para os trabalhadores,


solidário e que prima pelo equilíbrio financeiro e atuarial

“RGPS é um pacto político e social intra e intergeracional, haja vista que os inativos
são sustentados pelos ativos da atualidade que, no futuro, serão mantidos pela
próximas gerações de trabalhadores” – Frederico Amado
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
FILIAÇÃO X INSCRIÇÃO
Filiação é automática para os segurados obrigatórios, independe de qualquer
vontade do segurado – exerceu atividade remunerada, automaticamente está
filiado ao RGPS

Inscrição é ato de vontade, a própria pessoa faz independente de exercer ou não


atividade remunerada - https://cnisnet.inss.gov.br/cnisinternet/faces/pages/index.xhtml
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
FILIAÇÃO
Art. 20 Decreto 3.048/99 - Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que
contribuem para a previdência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações.
§ 1o A filiação à previdência social decorre automaticamente do exercício de atividade
remunerada para os segurados obrigatórios, observado o disposto no § 2 o, e da inscrição
formalizada com o pagamento da primeira contribuição para o segurado
facultativo. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
§ 2º A filiação do trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física por prazo de
até dois meses no período de um ano, para o exercício de atividades de natureza temporária,
decorre automaticamente de sua inclusão em declaração prevista em ato do Secretário
Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia por meio de identificação
específica. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
§ 3º O exercício de atividade prestada de forma gratuita e o serviço voluntário, nos
termos do disposto na Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, não geram filiação
obrigatória ao RGPS.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
FILIAÇÃO
Pode se filiar ao RGPS – qualquer pessoa com 16 anos ou mais (via de regra), e
excepcionalmente aquele com 14 anos na condição de aprendiz.
Caso o empregador não respeite o limite mínimo, o trabalhador não pode ser prejudicado, contando o
tempo de contribuição
RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO POR MENOR DE 14 ANOS. POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. 1. A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça, seguindo a orientação do Pretório Excelso, consolidou já
entendimento no sentido de que, comprovado o exercício de atividade laborativa pelo postulante, quando menor de 14 anos de
idade, devida é a averbação desse período para efeitos previdenciários. 2. A limitação da idade para o trabalho é imposta em
benefício do menor e, não, em seu prejuízo, razão pela qual o período de trabalho prestado antes dos 14 anos deverá ser
computado como tempo de serviço para fins previdenciários. 3. A exclusão dos menores de 14 anos do elenco legal dos
segurados é, sem sombra de dúvida, pura conseqüência da sua proteção jurídica, bem definida na proibição de que sejam
empenhados no trabalho, não podendo tal norma de proteção ser invocada em seu desfavor, conseqüencializando-se, ao
contrário, que da sua violação resultam-lhe todos os direitos decorrentes do tempo de serviço, como fato jurídico. É o que
resulta da natureza sistêmica do ordenamento jurídico, tributária do princípio da não-contradição. 4. Recurso especial conhecido
e provido.
(STJ - REsp: 410025 RS 2002/0013646-1, Relator: Ministro HAMILTON CARVALHIDO, Data de Julgamento: 23/04/2002, T6 - SEXTA
TURMA, Data de Publicação: --> DJ 19/12/2002 p. 482)
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
FILIAÇÃO
Pode se filiar ao RGPS – qualquer pessoa com 16 anos ou mais (via de regra), e
excepcionalmente aquele com 14 anos na condição de aprendiz.
Informativo 510 STJ – TEMPO DE TRABALHO RURAL, ANTERIOR A FILIAÇÃO, POR MENOR DE
14 ANOS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO POR TRABALHADOR COM ID ADEINFERIOR A 14 ANOS
EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR.
O tempo de serviço em atividade rural realizada por trabalhador com idade inferior a 14 anos, ainda que não
vinculado ao Regime de Previdência Social, pode ser averbado e utilizado para o fim de obtenção de benefício
previdenciário. Comprovada a atividade rural do trabalhador com idade inferior a 14 anos e realizada em regime
de economia familiar, esse tempo deve ser computado para fins previdenciários. A proibição do trabalho às
pessoas com menos de 14 anos de idade foi estabelecida em benefício dos menores e não deve ser arguida para
prejudicá-los. Precedentes citados: AR 3.629-RS, DJe 9/9/2008, e EDcl no REsp 408.478-RS, DJ 5/2/2007. AR 3.877-
SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgada em 28/11/2012.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
FILIAÇÃO
Pode se filiar ao RGPS – qualquer pessoa com 16 anos ou mais (via de regra), e
excepcionalmente aquele com 14 anos na condição de aprendiz.
ENTENDIMENTO ADMINISTRATIVO POR FORÇA DE ACP – Ofício Circular
Conjunto nº25
Assunto: Decisão proferida na Ação Civil Pública nº 5017267-34.2013.4.04.7100. Admitir ao
menor de dezesseis anos, como tempo de contribuição, o trabalho comprovadamente exercido
de segurado obrigatório, além de aceitar para a comprovação do exercício os mesmos meios
probatórios postos à disposição dos demais segurados obrigatórios maiores de dezesseis anos,
exceto segurado facultativo, em âmbito nacional.
1. Em face da decisão judicial proferida na Ação Civil Pública-ACP nº 5017267-
34.2013.4.04.7100, determinou-se ao INSS que passe a aceitar, como tempo de contribuição, o
trabalho comprovadamente exercido na categoria de segurado obrigatório de qualquer idade,
exceto o segurado facultativo, bem como, devem ser aceitos os mesmos meios de prova
exigidos para o trabalho exercido com a idade permitida.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
FILIAÇÃO
Pode se filiar ao RGPS – qualquer pessoa com 16 anos ou mais (via de regra), e
excepcionalmente aquele com 14 anos na condição de aprendiz.
PARA A TNU – NÃO EXISTE IDADE MÍNIMA
PEDILEF 0001593-25.2008.4.03.6318
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. LABOR URBANO REALIZADO POR MENOR DE
IDADE INFERIOR A DOZE ANOS. RECONHECIMENTO PARA FINS
PREVIDENCIÁRIOS. FINALIDADE PROSPECTIVA-PROTETIVA DA NORMA (...)

TEMA 219 - É possível o cômputo do tempo de serviço rural exercido por


pessoa com idade inferior a 12 (doze) anos na época da prestação do labor
campesino.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
FILIAÇÃO DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
Não basta o exercício da atividade remunerada, é necessário o recolhimento
da contribuição.

FILIAÇÃO DO FACULTATIVO
Necessária prévia inscrição e o efetivo pagamento da primeira contribuição

NÃO EXISTE IDADE MÁXIMA PARA SE FILIAR AO RGPS


REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
INSCRIÇÃO
Art. 18. Decreto 3.048/99 - Considera-se inscrição de segurado para os efeitos da previdência social o ato pelo qual o segurado é
cadastrado no RGPS, por meio da comprovação dos dados pessoais, da seguinte forma:
I - empregado - pelo empregador, por meio da formalização do contrato de trabalho e, a partir da obrigatoriedade do uso do Sistema de
Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial, instituído pelo
Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, ou do sistema que venha a substituí-lo, por meio do registro contratual eletrônico
realizado nesse Sistema;
II - trabalhador avulso - pelo cadastramento e pelo registro no órgão gestor de mão de obra, no caso de trabalhador portuário, ou no
sindicato, no caso de trabalhador não portuário, e a partir da obrigatoriedade do uso do eSocial, ou do sistema que venha a substituí-lo, por
meio do cadastramento e do registro eletrônico realizado nesse Sistema;
III - empregado doméstico - pelo empregador, por meio do registro contratual eletrônico realizado no eSocial;
IV - contribuinte individual:
a) por ato próprio, por meio do cadastramento de informações para identificação e reconhecimento da atividade, hipótese em que o
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS poderá solicitar a apresentação de documento que comprove o exercício da atividade declarada;
b) pela cooperativa de trabalho ou pela pessoa jurídica a quem preste serviço, no caso de cooperados ou contratados, respectivamente, se
ainda não inscritos no RGPS; e
c) pelo MEI, por meio do sítio eletrônico do Portal do Empreendedor;
V - segurado especial - preferencialmente, pelo titular do grupo familiar que se enquadre em uma das condições previstas no inciso VII
do caput do art. 9º, hipótese em que o INSS poderá solicitar a apresentação de documento que comprove o exercício da atividade declarada,
observado o disposto no art. 19-D; e
VI - segurado facultativo - por ato próprio, por meio do cadastramento de informações pessoais que permitam a sua identificação, desde que
não exerça atividade que o enquadre na categoria de segurado obrigatório.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
INSCRIÇÃO
A inscrição gera o Número de Inscrição do Trabalhador (NIT)
Segurado com mais de um NIT – necessário “elar” os NITs

Para quem exerce atividade remunerada, é necessário comprovação do exercício da atividade,


com a filiação e só depois a inscrição.

Dependentes só serão inscritos em caso de requerimento administrativo de benefícios


previdenciário – EC 103/19 criou exceção, no caso de dependente inválido ou com
deficiência intelectual mental ou grave, a condição pode ser reconhecida de forma prévia ao
óbito (art. 23)
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS

INSCRIÇÃO DO SEGURADO ESPECIAL


Deve ser feita com vinculação ao seu núcleo familiar, com informações da
propriedade, a atividade, a que título, se reside nela, o município e a
pessoa responsável pelo núcleo familiar.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
INSCRIÇÃO POST MORTEM - VEDADO
Art. 17, § 7º Não será admitida a inscrição post mortem de segurado contribuinte individual e de segurado facultativo.
EXCEÇÃO PARA O SEGURADO ESPECIAL – art. 18, § 5º do Decreto 3.048/99 - Presentes os
pressupostos da filiação, admite-se a inscrição post mortem do segurado especial

Diferença entre inscrição post mortem e complementação de contribuição post mortem


Tema 286 TNU - Para fins de pensão por morte, é possível a complementação, após o óbito, pelos dependentes, das contribuições
recolhidas em vida, a tempo e modo, pelo segurado facultativo de baixa renda do art. 21, §2º, II, 'b', da Lei 8.212/91, da alíquota de 5%
para as de 11% ou 20%, no caso de não validação dos recolhimentos.
Atualmente é possível que os herdeiros façam complementação agrupamento e utilização do excedente das contribuições do falecido – artigo
26, § 6º EC 103/19.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
INSCRIÇÃO POST MORTEM DO SEGURADO EMPREGADO
Não há previsão expressa, mas como a inscrição dessa espécie de segurado decorre de ato do
empregador, ela é possível.

INSCRIÇÕES DE ATIVIDADES CONCOMITANTES – art. 18, § 3º Decreto


§ 3º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita
ao Regime Geral de Previdência Social será obrigatoriamente inscrito em relação a cada uma
delas

IMPOSSIBILIDADE DE INSCRIÇÃO COMO SEGURADO OBRIGATÓRIO E FACULTATIVO AO MESMO


TEMPO
Art. 13 Lei 8.213/91 - Art. 13. É segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) anos que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, desde que
não incluído nas disposições do art. 11.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Empregado Uma mesma pessoa pode
Empregado doméstico se vincular em mais de
Trabalhador avulso
Segurados
OBRIGATÓR Contribuinte Individual
uma categoria
Ex: advogado e professor
IOS Segurado Especial

FACULTATIVOS – ex: estagiário, estudante, dona


de casa, aquele que exerce atividade fora do Brasil.
Dependentes – rol do art. 16 da Lei 8.213/91
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
Princípio da Territorialidade – via de regra toda pessoa que exercer atividade remunerada no Brasil, e que
não seja vinculada a algum RPPS, é segurado obrigatório do RGPS;
A natureza da atividade (urbana ou rural) é definida pela atividade em si, e não pelo local onde é
desempenhada;
Nem todo trabalhador rural é segurado especial: ele pode se vincular ao RGPS como segurado
empregado, trabalhador avulso rural, contribuinte individual e segurado especial – ATENÇÃO!
É possível vínculo empregatício entre casados sob o regime de comunhão de bens, mas é necessária
comprovação do efetivo recolhimento da contribuição – TNU PUIL 5003697-34.2016.4.04.7210/SC
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
A) SEGURADO EMPREGADO
I - como empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como
diretor empregado;
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de
substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas
missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva
missão diplomática ou repartição consular;
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá
domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital
votante pertença a empresa brasileira de capital nacional;
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais.
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social ;
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
A) SEGURADO EMPREGADO
I - como empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e
mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;

Menor aprendiz – é considerado como empregado, desde que receba remuneração (direta ou indireta)
Súmula 18 TNU e Súmula 24 AGU

Empregado rural – Lei 5.778/73


b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta
serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a
acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;
Trabalhador temporário – prazo máximo de 90 dias com contratação por empresa de trabalho
temporário
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
A) SEGURADO EMPREGADO
I - como empregado:
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou
agência de empresa nacional no exterior;

Para ser considerado empresa brasileira, deve ser constituída nos termos da lei do Brasil, com sede e
administração em território brasileiro;
Pessoa trabalha no exterior, mas o vínculo é com empresa brasileira – exceção ao Princípio da
Territorialidade
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a
órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem
residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva
missão diplomática ou repartição consular;
Crítica doutrinária – deixa o brasileiro desprotegido, caso ele exerça atividade em consulado de país que
não tem tratado internacional com o Brasil.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
A) SEGURADO EMPREGADO
I - como empregado:
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos
quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação
vigente do país do domicílio;
Só se vinculará ao RGPS se não estiver protegido pela legislação previdenciária do país onde exerce a
suas funções.
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa
domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional;
A sede da empresa é no exterior, mas se a maioria do capital votante pertencer a empresa brasileira, o
empregado será vinculado ao RGPS de forma obrigatória
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime
especial, e Fundações Públicas Federais.
Ex: ministros e secretários sem vínculo efetivo
Se estende para os servidores de cargo em comissão dos Estados e Municípios.
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RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
A) SEGURADO EMPREGADO
I - como empregado:
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de
previdência social – JULGADO INCONTITUCIONAL PELO STF

i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto
por regime próprio de previdência social;
ii)

j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de
previdência social – DECORRE DA LEI 10.887/2004
Repetiu a redação a alínea “h”, mas com a EC 20/98, que alterou a redação do artigo 195,II da CF, não
existe mais a inconstitucionalidade alegada.
Aquele de exerceu essa função antes da Lei 10.887/2004 poderá solicitar a manutenção das
contribuições descontadas para cômputo como facultativo, ou buscar a repetição dessas
contribuições junto a RFB.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
A) SEGURADO EMPREGADO
I - como empregado:
k) o estagiário que presta serviço em desacordo com a Lei 11.788/08 ;
É considerado como empregado, e por isso, segurado obrigatório.
l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal e Municípios, por tempo determinado, para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, conforme artigo 37, IX CF
m) servidor contratado por tempo determinado pra cargo em comissão declarado em lei de livre iniciativa
e exoneração
n) o titular de cargo efetivo de ente político que não tenha regime próprio – artigo 12 da Lei 8.213/91
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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
B) SEGURADO EMPREGADO DOMÉSTICO
Aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial, em atividades sem
fins lucrativos – possível atividades externas, desde que direcionadas à família (ex: caseiro, motorista e piloto
particular);
Regido pela LC 150/15;
O que for desenquadrado como doméstico, será enquadrado como segurado empregado;
Idade mínima de 18 anos – EC 72/2013;
NÃO É ADMISSÍVEL VÍNCULO COMO EMPREGADO DOMÉSTICO ENTRE CÔNJUGES PARA
FINS PREVIDENCIÁRIOS.
Empregados de condimínios residenciais (porteiro, jardineiro, etc) não são considerados como domésticos –
não é prestado a uma pessoa ou família.
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RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
C) SEGURADO TRABALHADOR AVULSO
Aquele que presta serviço a diversas empresas, sem vínculo empregatício. É o trabalhador sindicalizado ou
não, que presta serviços por intermédio de órgão gestor de mão de obra (OGMO) ou sindicato da categoria –
principal exemplo: trabalhadores do porto, que transportam as cargas de dentro para fora da embarcação
Trabalhador avulso portuário x trabalhador avulso não portuário – depende onde exerce a atividade
Exemplo não portuário: classificador de café.

OGMO e empresa contratante são os responsáveis pelo recolhimento previdenciário


Avulso não tem vínculo empregatício, diferenciando o CI pela intermediação do OGMO ou sindicato.
Lei 12.815/2013 – avulso que não tiver direito a se aposentar, faz jus ao recebimento de benefício
assistencial, desde que com 60 anos de idade e não tenha condições de prover a sua subsistência.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
D) SEGURADO ESPECIAL
É a pessoa física residente em imóvel rural ou aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em
regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição de
produtor rural que explore atividade agropecuária de até 4 módulos fiscais; seringueiro ou extrativista vegetal; pescador
artesanal.
Regime de economia familiar – art. 9º, §5º Decreto 3.048 – o trabalho dos membros da família é indispensável para a
subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar, exercido sem a utilização de empregados
permanentes.
Módulo fiscal – varia de acordo com a produtividade da terra. É medido em número de hectares, e fixado pelo INCRA.
Essa limitação só se aplica para as atividade rurículas a partir de 26/06/2008

SÚMULA 30 TNU - Tratando-se de demanda previdenciária, o fato de o imóvel ser superior ao módulo
rural não afasta, por si só, a qualificação de seu proprietário como segurado especial, desde que
comprovada, nos autos, a sua exploração em regime de economia familiar - REVOGADA PELA
11.718/08 , PORQUE ANTES NÃO EXISITA A PREVISÃO DO TAMANHO DA ÁREA.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
D) SEGURADO ESPECIAL
STJ vem entendendo que o tamanho da propriedade, por si só, não descaracteriza a qualidade do segurado
especial.
A obtenção de CTPS não constitui presunção do abandono da atividade rural e migração para atividade
urbana – TNU
Pescador artesanal é aquele que faz da pesca habitual o meio principal meio de vida, sem utilizar embarcação
ou utilize embarcação de pequeno porte (igual ou menor a 20AB – volume de tonelada bruta interna).
Integram o grupo familiar – art. 109, § 1º, I IN 128/22 - também podendo ser enquadrados como segurado
especial, o cônjuge ou companheiro, inclusive homoafetivos, e o filho solteiro maior de 16 (dezesseis) anos de
idade ou a este equiparado, desde que comprovem a participação ativa nas atividades rurais do grupo
familiar;
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
D) SEGURADO ESPECIAL
SÚMULA 41 TNU - A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar
desempenhar atividade urbana não implica, por si só, a descaracterização do trabalhador
rural como segurado especial, condição que deve ser analisada no caso concreto.

É necessário preenchimento da autodeclaração para reconhecimento da atividade


rural.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
E) SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
Tem caráter residual – trabalhadores não enquadrados nas hipóteses anteriores – rol da Lei
9.876/99
a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente
ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro)
módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas
hipóteses dos §§ 9o e 10 deste artigo;
Resíduo dos segurados especiais – aqueles que ultrapassem os limites estabelecidos para o segurado
especial, será considerado contribuinte individual;
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter
permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados,
utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
E) SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem
religiosa;
Padres, pastores e assemelhados – inclusive os aspirantes à vida religiosa (REsp 512.549).
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo,
ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;

f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de administração
de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam
remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em
cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito
para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;
Antigos segurados empresários;
O sócio deve exercer função de direção e ter remuneração diante dessa função
Sócio não gestor que só recebe participação de lucros NÃO SE ENQUADRA
Está incluído o síndico de condomínios edilícios, mesmo que com remuneração indireta – REsp 411.832
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
E) SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de
emprego;
Aquele que presta serviço a pessoa jurídica sem relação de emprego
Nesse caso, a responsabilidade de desconto da contribuição e repasse é do tomador (Pessoa Jurídica)
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;

Antigos trabalhadores autônomos;


É a pessoa que exerce qualquer atividade por conta própria, auferindo renda, ainda que sem
finalidade lucrativa, sendo a hipótese de enquadramento mais aberta de todos os trabalhadores do
RGPS.
Inclui o antigo juiz classista da Justiça do Trabalho, o cooperado de cooperativa de produção, o MEI, o
notário ou tabelião, o médico residente, os árbitros de futebol e seus auxiliares, o membro do
conselho tutelar
UBER, vendedor ambulante, feirante, pescador que trabalha em regime de parceria, quem presta
serviços residenciais de forma eventual (diarista)
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS FACULTATIVOS – art. 13 da Lei 8.213/91
Quer dar maior cobertura do sistema previdenciário, a quem não exerce atividade remunerada.
É necessário fazer a sua inscrição e posterior pagamento de contribuição previdenciária – só gera
efeitos a partir do primeiro recolhimento.
Só pode recolher contribuições em atraso se não houver a perda da qualidade de segurado.
Estrangeiro domiciliado no Brasil, que não exerce atividade remunerada, pode se inscrever como
segurado facultativo. Para quem reside fora do Brasil, somente o brasileiro pode se inscrever como
facultativo.
SERVIDOR PÚBLICO VINCULADO A RPPS NÃO PODE SE INSCREVER COMO
FACULTATIVO – vedação do artigo 201, §º 5.
Salvo se afastado sem vencimentos, e desde que o regulamento do RPPS não autorize a contribuição
para o regime.
O pensionista do RPPS pode se filiar ao RGPS como facultativo – interpretação restritiva do
dispositivo constitucional.
O pagamento não gera qualquer efeito – se foi feito, pode pedir restituição.
@viniciusfiuza
@fanprev
vinicius@fiuzaadvogados.adv.br

Obrigado pela atenção e participação. Até a


próxima!
26Mar24 Aula 5

REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA


SOCIAL
NOÇÕES GERAIS PARTE 2
PROF. VINICIUS FIUZA
PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO
PREVIDENCIÁRIOREGIME GERAL
DE PREVIDÊNCIA SOCIAL –
NOÇÕES GERAIS PARTE 2PROF.
VINICIUS FIUZA
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Empregado Uma mesma pessoa pode
Empregado doméstico se vincular em mais de
Trabalhador avulso
Segurados
OBRIGATÓR Contribuinte Individual
uma categoria
Ex: advogado e professor
IOS Segurado Especial

FACULTATIVOS – ex: estagiário, estudante, dona


de casa, aquele que exerce atividade fora do Brasil.
Dependentes – rol do art. 16 da Lei 8.213/91
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
E) SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
Tem caráter residual – trabalhadores não enquadrados nas hipóteses anteriores – rol da Lei
9.876/99
a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente
ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro)
módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas
hipóteses dos §§ 9o e 10 deste artigo;
Resíduo dos segurados especiais – aqueles que ultrapassem os limites estabelecidos para o segurado
especial, será considerado contribuinte individual;
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter
permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados,
utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
E) SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem
religiosa;
Padres, pastores e assemelhados – inclusive os aspirantes à vida religiosa (REsp 512.549).
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo,
ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;

f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de administração
de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam
remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em
cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito
para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;
Antigos segurados empresários;
O sócio deve exercer função de direção e ter remuneração diante dessa função
Sócio não gestor que só recebe participação de lucros NÃO SE ENQUADRA
Está incluído o síndico de condomínios edilícios, mesmo que com remuneração indireta – REsp 411.832
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – art. 11 da Lei 8.213/91
E) SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de
emprego;
Aquele que presta serviço a pessoa jurídica sem relação de emprego
Nesse caso, a responsabilidade de desconto da contribuição e repasse é do tomador (Pessoa Jurídica) – Lei
10.666/03
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;

Antigos trabalhadores autônomos;


É a pessoa que exerce qualquer atividade por conta própria, auferindo renda, ainda que sem
finalidade lucrativa, sendo a hipótese de enquadramento mais aberta de todos os trabalhadores do
RGPS.
Inclui o antigo juiz classista da Justiça do Trabalho, o cooperado de cooperativa de produção, o MEI, o
notário ou tabelião, o médico residente, os árbitros de futebol e seus auxiliares, o membro do
conselho tutelar
UBER, vendedor ambulante, feirante, pescador que trabalha em regime de parceria, quem presta
serviços residenciais de forma eventual (diarista)
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS FACULTATIVOS – art. 13 da Lei 8.213/91
Quer dar maior cobertura do sistema previdenciário, a quem não exerce atividade remunerada.
É necessário fazer a sua inscrição e posterior pagamento de contribuição previdenciária – só gera
efeitos a partir do primeiro recolhimento.
Só pode recolher contribuições em atraso se não houver a perda da qualidade de segurado.
Estrangeiro domiciliado no Brasil, que não exerce atividade remunerada, pode se inscrever como
segurado facultativo. Para quem reside fora do Brasil, somente o brasileiro pode se inscrever como
facultativo.
SERVIDOR PÚBLICO VINCULADO A RPPS NÃO PODE SE INSCREVER COMO
FACULTATIVO – vedação do artigo 201, §º 5.
Salvo se afastado sem vencimentos, e desde que o regulamento do RPPS não autorize a contribuição
para o regime.
O pensionista do RPPS pode se filiar ao RGPS como facultativo – interpretação restritiva do
dispositivo constitucional.
O pagamento não gera qualquer efeito – se foi feito, pode pedir restituição.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
SEGURADOS FACULTATIVOS – art. 13 da Lei 8.213/91
Quer dar maior cobertura do sistema previdenciário, a quem não exerce atividade remunerada.
É necessário fazer a sua inscrição e posterior pagamento de contribuição previdenciária – só gera
efeitos a partir do primeiro recolhimento.
Só pode recolher contribuições em atraso se não houver a perda da qualidade de segurado.
Estrangeiro domiciliado no Brasil, que não exerce atividade remunerada, pode se inscrever como
segurado facultativo. Para quem reside fora do Brasil, somente o brasileiro pode se inscrever como
facultativo.
SERVIDOR PÚBLICO VINCULADO A RPPS NÃO PODE SE INSCREVER COMO
FACULTATIVO – vedação do artigo 201, §º 5.
Salvo se afastado sem vencimentos, e desde que o regulamento do RPPS não autorize a contribuição
para o regime.
O pensionista do RPPS pode se filiar ao RGPS como facultativo – interpretação restritiva do
dispositivo constitucional.
O pagamento não gera qualquer efeito – se foi feito, pode pedir restituição.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS

DEPENDENTES
PREVIDENCIÁRIOS
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição
de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de
qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um)
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave;
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
Para ser dependente previdenciário, o falecido ou preso deve ser segurado do RGPS –
relação derivada, sem autonomia em um primeiro momento (tem exceção).
SÚMULA 416 STJ - É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado
que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a
obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito
Não existe mais dependente designado – era o menor de 21 anos e maio de 60, que estava
no rol do artigo 16, mas o segurado apontava como seu dependente;
Dependentes de uma mesma classe concorrem entre si, em igualdade de condições, no
recebimento do benefício previdenciário.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes
seguintes.
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a
dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento – EC 103/19, no seu artigo 23, §3º exclui o menor sob
guarda.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou
com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada
§ 5º As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos fatos,
produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do
segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito,
conforme disposto no regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 6º Na hipótese da alínea c do inciso V do § 2º do art. 77 desta Lei, a par da exigência do § 5º deste artigo, deverá ser
apresentado, ainda, início de prova material que comprove união estável por pelo menos 2 (dois) anos antes do óbito do
segurado. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 7º Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado criminalmente por
sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime,
cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis
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RGPS
DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de
21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave ;
Dependentes de 1ª classe;
Possuem presunção absoluta de dependência econômica (Tema 226 TNU) – não
precisa fazer essa comprovação, apenas comprovar se enquadrar como dependente;
Preferência com relação a 2ª e 3ª classes
Súmula 336 STJ - É devida pensão por morte ao ex-cônjuge separado judicialmente,
uma vez demonstrada a necessidade econômica superveniente, ainda que tenha havido
dispensa dos alimentos por ocasião da separação – nesse caso precisa comprovar a
dependência econômica.
Mesmo entendimento se aplica ao caso de divórcio, dissolução de união estável.
Vai precisar demonstrar que o falecido prestava um auxílio substancial, ainda que não fossem alimentos
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DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de
21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave ;
Separação de fato afasta a presunção de dependência econômica – Resp 411.194
Sobre comprovação da união estável:
Exigível início de prova material e produzido em período não superior a 24 meses anteriores ao óbito
ou recolhimento à prisão (§5º) – válido para óbitos a partir de 08/09/2019, porque antes era
admitida a comprovação apenas por prova testemunhal (Súmula 63 TNU).
NÃO É NECESSÁRIA AÇÃO PRÉVIA NA JUSTIÇA COMUM PARA RECONHECIMENTO
DA UNIÃO ESTÁVEL – Ação direto na Justiça Federal para obtenção do benefício, onde se faz a
prova a união estável a época do óbito.
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DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de
21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave ;
Relação de concubinato não dá direito ao recebimento da pensão por morte – Tema
526 STF - É incompatível com a Constituição Federal o reconhecimento de direitos previdenciários (pensão por
morte) à pessoa que manteve, durante longo período e com aparência familiar, união com outra casada, porquanto o
concubinato não se equipara, para fins de proteção estatal, às uniões afetivas resultantes do casamento e da união
estável.

Todas as disposições se aplicam também para famílias e união estável decorrentes de


relacionamento homoafetivo.
Filho menor de 21 anos de idade - não se estende, mesmo que esteja cursando ensino
superior (Súmula 37 TNU)
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DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de
21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave ;

Filho menor de 21 anos de idade - não se estende, mesmo que esteja cursando ensino
superior.

Filho emancipado não tem direito a receber pensão por morte – o menor de 21 anos
que constitui união estável não é considerado emancipado para fins de pensão por
morte (Nota Técnica CGMBEN/DIVCONS 26/2008)
Filho e irmão inválido – só cessa a qualidade de dependente se cessada a invalidez.
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DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de
21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave ;

Filho inválido – permanece como dependente mesmo depois de completar


21 anos.
Decreto 3048/99 – art. 108 - Invalidez deve ter se manifestado antes de completar 21 anos de idade,
e antes da data do óbito
A invalidez independe de qualquer declaração prévia, bastando a constatação perla Perícia Médica
Federal no requerimento de benefício – por outro lado, a interdição não exclui a necessidade de
realização de perícia médica no benefício para análise da qualidade de maior inválido.
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DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de
21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave ;
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que
comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento
Apesar de fazerem parte dos dependente de 1ª Classe, esses devem realizar a comprovação da dependência
econômica.

MENOR SOB GUARDA:


STJ – menor sob guarda tem direito de receber pensão por morte em razão do ECA,
mas só até os 18 anos, e sem dependência econômica presumida.
STF – Tema 1.271 – pendente de julgamento - Exclusão da criança e do
adolescente sob guarda do rol de beneficiários, na condição de dependentes, do
segurado do Regime Geral de Previdência Social, implementada pelo art. 23 da
Emenda Constitucional nº 103/2019.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
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DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e
um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave ;

MENOR SOB GUARDA:


EMENTA: AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE. JULGAMENTO CONJUNTO.
DIREITO CONSTITUCIONAL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. ARTIGO 16, § 2º, DA LEI
N.º 8.213/1991. REDAÇÃO CONFERIDA PELA LEI N.º 9.528/1997. MENOR SOB
GUARDA. PROTEÇÃO PREVIDENCIÁRIA. DOUTRINA DA PROTEÇÃO
INTEGRAL. PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA. ART. 227, CRFB. INTERPRETAÇÃO
CONFORME, PARA RECONHECER O MENOR SOB GUARDA DEPENDENTE
PARA FINS DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO, DESDE
QUE COMPROVADA A DEPENDÊNCIA ECONÔMICA.
ADI 4878: “O Tribunal, por maioria, julgou procedente a ação, de modo a conferir
interpretação conforme ao § 2º do art. 16 da Lei nº 8.213/1991, para contemplar, em seu âmbito
de proteção, o “menor sob guarda”, nos termos do voto do Ministro Edson Fachin, Redator para
o acórdão (...)”
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RGPS
DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
II - os pais;
Só tem direito ao recebimento de benefício se não existirem dependentes de 1ª
Classe;
Não possuem dependência econômica presumida, precisam comprovar –
dependência econômica ou simples ajuda é suficiente?
E os avós?
ATENÇÃO: Enunciado 4 CRPS
I - A dependência econômica pode ser parcial, devendo, no entanto, representar um auxílio substancial,
permanente e necessário, cuja falta acarretaria desequilíbrio dos meios de subsistência do dependente.
II - O recebimento de ajuda econômica ou financeira, sob qualquer forma, ainda que superveniente, poderá
caracterizar a dependência econômica parcial, observados os demais elementos de prova no caso concreto.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
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DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
II - os pais;
Dependência Econômica – TNU – EMENTA: PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO
INTERPOSTO PELA PARTE AUTORA. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE.
GENITORES. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA NÃO EXCLUSIVA.
POSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE QUE A AJUDA
DO FILHO ERA INDISPENSÁVEL À SUBSISTÊNCIA DA FAMÍLIA, NÃO
SENDO SUFICIENTE À COMPROVAÇÃO DA DEPENDÊNCIA O MERO
AUXÍLIO FINANCEIRO. INCIDENTE CONHECIDO E IMPROVIDO.
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DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
II - os pais;
Inexiste previsão legal para concessão de pensão por morte aos avós em razão do falecimento do
neto, mas em caso excepcional o STJ já reconheceu o direito
PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 2/STJ. PENSÃO POR MORTE. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA
SOCIAL. ÓBITO DO NETO. AVÓS NA CONDIÇÃO DE PAIS. ROL DO ARTIGO 16 DA LEI 8.213/1991 TAXATIVO. ADEQUAÇÃO LEGAL DA
RELAÇÃO JURÍDICA FAMILIAR. ARTIGO 74 DA LEI 8.213/1991. DIREITO À PENSÃO RECONHECIDO. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E
PROVIDO. 1. A questão recursal gira em torno do reconhecimento do direito dos avós do segurado falecido receberem pensão por morte, nos
termos dos artigos 16 e 74 da Lei 8.213/1991, em razão de terem sido os responsáveis pela criação do neto, falecido em 11/11/2012, ocupando
verdadeiro papel de genitores. 2. O benefício pensão por morte está disciplinado nos artigos 74 a 79 da Lei de Benefícios, regulamentados pelos
artigos 105 a 115 do Decreto 3.048/1999. É devido exclusivamente aos dependentes do segurado falecido, com o intuito de amenizar as
necessidades sociais e econômicas decorrentes do evento morte, no núcleo familiar. 3. O benefício pensão por morte é direcionado aos
dependentes do segurado, divididos em classes, elencados no artigo 16 da Lei 8.213/1991, rol considerado taxativo. A qualidade de dependente é
determinada pela previsão legal e também pela dependência econômica, ora real, ora presumida. A segunda classe de dependentes inclui apenas
os pais. 4. No caso concreto, são incontroversos os fatos relativos ao óbito, a qualidade de segurado, a condição dos avós do falecido similar
ao papel de genitores, pois o criaram desde seus dois anos de vida, em decorrência do óbito dos pais naturais, e, a dependência econômica
dos avós em relação ao segurado falecido. 5. O fundamento adotado pelo Tribunal a quo de que a falta de previsão legal de pensão aos avós não
legitima o reconhecimento do direito ao benefício previdenciário não deve prevalecer. Embora os avós não estejam elencados no rol de
dependentes, a criação do segurado falecido foi dada por seus avós, ora recorrentes. Não se trata de elastecer o rol legal, mas identificar
quem verdadeiramente ocupou a condição de pais do segurado. 6. Direito à pensão por morte reconhecido. 7. Recurso especial conhecido e
provido. Sentença restabelecida.
(STJ - REsp: 1574859 SP 2015/0318735-3, Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, Data de Julgamento: 08/11/2016, T2 - SEGUNDA
TURMA, Data de Publicação: DJe 14/11/2016 RSTJ vol. 245 p. 323 RT vol. 976 p. 547)
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -
RGPS
DEPENDENTES – art. 16 da Lei 8.213/91
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
Só terá direito a receber se não existirem dependentes de 1ª e 2ª Classes;
Também não possuem dependência econômica presumida – necessidade de
comprovação.
Não mais se exige e incapacidade civil – até 18/06/2017 era exigida
@viniciusfiuza
@fanprev
vinicius@fiuzaadvogados.adv.br

Obrigado pela atenção e participação. Até a


próxima!
02Abr24 Aula 6

Manutenção e Perda da Qualidade de


Segurado
PROFª MICHELE MONTEIRO
Curso:
PÓS GRADUAÇÃO DIREITO
PREVIDENCIÁRIO
Professora:
MICHELE CARDOSO MONTEIRO

@oab_santoamaro
MICHELE MONTEIRO
-Advogada com escritório na cidade de São
Paulo
- Pós graduada em Direito de Processo Civil
-Pós graduada em Direito Previdenciário
-MBA em Direito Previdenciário e Direito do
Trabalho
-Membro da Comissão de Direito Previdenciário
da OAB-SP
-Sócia e Fundadora do Monteiro & Lacerda
Cursos Jurídicos ( previdenciando na prática
-Secretária Geral da Comissão Especial de
RPPS.
-Palestrante

@oab_santoamaro
Aula 02/04/2024 - Manutenção e Perda da Qualidade
de Segurado

@oab_santoamaro
QUALIDADE DE SEGURADO - PERÍODO DE GRAÇA
Legislação: Artigo 15 da Lei 8213/91 ; Artigo 13 do decreto 3048/99 e Artigo 184 da IN 128
QUALIDADE DE SEGURADO : È o período em que o segurado continua filiado ao RGPS por
estar contribuindo .
PERÍODO DE GRAÇA: é o período sem contribuição a Previdência Social, porém o segurado
mantém a qualidade de segurado

@oab_santoamaro
QUALIDADE DE SEGURADO - PERÍODO DE GRAÇA

Lei 8.213/91. Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de


contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente;
(Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de
exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou
licenciado sem remuneração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de
segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas
para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

@oab_santoamaro
Auxilio-Acidente - Portaria 231 de 23/03/2020

Art. 1º Diante da alteração promovida no inciso I do art. 15 da Lei nº 8.213/1991,


pela Lei nº 13.846 de 18.06.2019, que excluiu o benefício de auxílio-acidente do rol
de benefícios que garante a manutenção da qualidade de segurado, sem limite de
prazo, para quem está em gozo de benefício, fica estabelecido que:
§ 1º O auxílio-acidente concedido, ou que tenha data da consolidação das lesões,
até 17 de junho de 2019, véspera da publicação da Lei nº 13.846/2019, deve ter o
período de manutenção da qualidade de segurado de 12 meses iniciado em 18 de
junho de 2019, nos termos do artigo 15, inciso II, da Lei 8.213/1991, conforme
entendimento descrito na Nota nº 00011/2020/CCBEN/PFE-INSS.
§ 2º O auxílio-acidente com fato gerador a partir de 18 de junho de 2019 não será
considerado para manutenção da qualidade de segurado.
Exemplificar um caso prático de pensão por morte (falecimento em janeiro de
2020)- tempo rege o ato.

@oab_santoamaro
Prorrogação Período de Graça
1ª Prorrogação : Artigo 15 II da Lei 8213-91
2ª Prorrogação: Art. 15. § 1º. O prazo do inciso II será prorrogado para até 24
(vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte)
contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de
segurado.
3ª Prorrogação: Art. 15. § 2º. Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de
12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa
situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência
Social.
IN 128/2022. Art. 184. § 5º. O prazo do inciso II do caput
ou do § 4º será acrescido de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde
que comprovada essa situação pelo registro no Sistema Nacional de Emprego (SINE)
ou pelo recebimento de seguro-desemprego dentro do período de manutenção da
qualidade de segurado, inexistindo outras informações que venham a descaracterizar
essa condição.

@oab_santoamaro
TEMA 255. TNU. O pagamento de mais de 120 (cento e vinte) contribuições
mensais, sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado, garante
o direito à prorrogação do período de graça, previsto no parágrafo 1º, do art. 15 da
Lei 8.213/91, mesmo nas filiações posteriores àquela na qual a exigência foi
preenchida, independentemente do número de vezes em que foi exercido.

@oab_santoamaro
COMO COMPROVAR O SEGURO DESEMPREGO
Art. 54. Portaria 991/22. O prazo disposto no art. 45 será acrescido de 12 (doze) meses quando ficar
comprovado o desemprego do segurado por meio de registro no órgão competente, inexistindo outras
informações que venham a descaracterizá-lo, podendo comprovar tal condição das seguintes formas:
I - comprovação do recebimento do seguro-desemprego;
II - inscrição cadastral no Sistema Nacional de Emprego – SINE, órgão responsável pela política de
emprego nos Estados da Federação, podendo ser considerados, os seguintes eventos constantes no
CNIS:
a) buscar emprego com sucesso trabalhador – trabalhador busca emprego pela Web/APP com
sucesso, encontrando vaga no perfil ou não;
b) cadastrar encaminhamento – trabalhador ao encontrar uma vaga, escolhe data e cadastra
encaminhamento para participar da seleção;
c) buscar emprego sem resultado trabalhador – trabalhador pesquisou vaga de emprego
no sistema Emprega Brasil, mas não localizou nenhuma no seu perfil profissional;
d) ativar trabalhador – trabalhador foi desativado do sistema Emprega Brasil e, em outro momento,
pelo interesse em participar das ações de intermediação de mão de obra, compareceu a uma unidade
de atendimento do SINE e teve seu cadastro reativado.
§ 1º. Além da informação constante no CNIS indicada no inciso II, também é válida a apresentação de
documento que comprove a situação de desemprego por registro no órgão próprio da Secretaria de
Trabalho – ME.
§ 2º. O início do recebimento de seguro-desemprego ou a inscrição no SINE, mediante registro de um
dos eventos descritos nas alíneas “a” a “d” do inciso II, deverão ter ocorrido dentro do período de
manutenção da qualidade de segurado relativo ao último vínculo do segurado.
@oab_santoamaro
CONTAGEM DO PERÍODO DE GRAÇA
Art. 184, § 1º IN 128. O prazo de manutenção da qualidade de segurado,
ou período de graça, será contado a partir do primeiro dia do mês
seguinte ao das ocorrências previstas nos incisos de II a VI do caput.
( INICIAL)
Art. 14. Decreto 3048/99 O reconhecimento da perda da qualidade de
segurado no termo final dos prazos fixados no art. 13 ocorrerá no dia
seguinte ao do vencimento da contribuição do contribuinte individual
relativa ao mês imediatamente posterior ao término daqueles prazos
( FINAL)

@oab_santoamaro
•Exemplo: José trabalhou na Votorantin de 15/07/2008 até 26/08/2020 quando foi
demitido sem justa causa.
•Possuía mais de 120 contribuições sem perda de qualidade de segurado.

@oab_santoamaro
CONTRIBUIÇÃO ABAIXO DO SALÁRIO MINIMO
Art. 19-E. Decreto 3.048/99. A partir de 13 de novembro de 2019, para fins de
aquisição e manutenção da qualidade de segurado, de carência, de tempo de
contribuição e de cálculo do salário de benefício exigidos para o reconhecimento
do direito aos benefícios do RGPS e para fins de contagem recíproca, somente
serão consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou
superior ao limite mínimo mensal do salário de contribuição.(Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020)
Art. 13. § 8º. Decreto 3.048/99. O segurado que receber remuneração inferior ao
limite mínimo mensal do salário de contribuição somente manterá a qualidade de
segurado se efetuar os ajustes de complementação, utilização e agrupamento a
que se referem o § 1º do art. 19-E e o § 27-A do art. 216. (Incluído pelo Decreto nº
10.410, de 2020)
Art. 184, § 3º. IN 128 Mantém a qualidade de segurado aquele que receber
remuneração inferior ao salário mínimo, na competência, desde que haja o ajuste
das contribuições por meio da complementação, da utilização de excedente ou do
agrupamento.

@oab_santoamaro
Exceção:
Art. 59 Portaria 991: Em caso de requerimento de salário-
maternidade, o benefício será devido, atendidos os demais
requisitos, se a perda da qualidade de segurado vier a
ocorrer no período de 28 (vinte e oito) dias anteriores ao
fato gerador parto.
Ex: Data de Admissão 01/01/2015 e Data de rescisão:
10/11/2018
Recebeu Seguro-desemprego. A criança nasceu em
25/01/2021
Qualidade de segurado até?

@oab_santoamaro
Art. 58 IN 128 Se o fato gerador ocorrer durante os prazos fixados
para a manutenção da qualidade de segurado e o requerimento do
benefício for posterior a esses prazos, este será concedido sem
prejuízo do direito, observados os demais requisitos exigidos.
EX: solicitado beneficio por incapacidade temporária em que na
data de entrada do requerimento (DER) o requerente não possui a
qualidade de segurado, mas na data do inicio da incapacidade
possuia a qualidade de segurado. O benefício poderá ser
concedido, e o efeito financeiro será da DER

@oab_santoamaro
Perda da qualidade de segurado
Ocorrerá no dia seguinte ao término do prazo para o
recolhimento da contribuição referente ao mês
imediatamente posterior ao final do prazo do período de
graça.
E com a perda da qualidade de segurado há o
congelamento da carência

@oab_santoamaro
Quem estuda tem em suas mãos o poder de transformar não só a
própria vida, como também das pessoas que lhe cercam. ( autoria
desconhecida)

@oab_santoamaro
Aula 04/04/2024

Carência no RGPS
PROFª CAMILA BASTOS MOURA
DALBON
Previsão Legal:
Decreto 3.048/99
"Art. 26. Período de carência é o tempo correspondente ao número
mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o
beneficiário faça jus ao benefício, consideradas as competências cujo
salário de contribuição seja igual ou superior ao seu limite mínimo
mensal."
Contagem Mínima → Exigência Legal:

Decreto 3.048/99
"Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de
Previdência Social, ressalvado o disposto no art. 30, depende dos
seguintes períodos de carência:”
Contagem Mínima → Exigência Legal:
Contagem Mínima → Exigência Legal:
Decreto 3.048/99 - Artigo 29:
"I - doze contribuições mensais, nos casos de auxílio por
incapacidade temporária e aposentadoria por incapacidade
permanente; e”
Contagem Mínima → Exigência Legal:
Contagem Mínima → Exigência Legal:
Decreto 3.048/99 - Artigo 29:
"II - cento e oitenta contribuições mensais, nos casos de
aposentadoria programada, por idade do trabalhador rural e
especial;”
Contagem Mínima → Exigência Legal:
Contagem Mínima → Exigência Legal:
Decreto 3.048/99 - Artigo 29:
"III - dez contribuições mensais, no caso de salário- maternidade,
para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa,
respeitado o disposto no § 2o do art. 93 e no inciso II do art. 101”
Contagem Mínima → Exigência Legal:
Contagem Mínima → Exigência Legal:
Decreto 3.048/99 - Artigo 29:
"IV - vinte e quatro contribuições mensais, no caso de auxílio-
reclusão”
Contagem Mínima → Exigência Legal:
Contagem Mínima → Exigência Legal:
Decreto 3.048/99 - Artigo 29:
"Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de
carência a que se refere o inciso III será reduzido em número de
contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi
antecipado.”
Contagem Mínima → Exceção:
Contagem Mínima → Exceção:
Decreto 3.048/99 - Artigo 30:
Pensão por Morte, Salário Família e Auxílio Acidente de qualquer
natureza
Salário Maternidade, para segurados(as)
empregados(as) domésticos(as), e trabalhador(a)
avulso(a)
ADI 2111 STF: “julgou parcialmente procedente o pedido constante da
ADI 2.110, para declarar a inconstitucionalidade da exigência de
carência para a fruição de salário- maternidade, prevista no art. 25, inc.
III, da Lei no 8.213/1991, na redação dada pelo art. 2o da Lei no
9.876/1999"
Contagem Mínima → Exceção:
Contagem Mínima → Exceção:
Decreto 3.048/99 - Artigo 30:
Benefício por Incapacidade com origem em acidente de qualquer
natureza ou causa, doença profissional ou do trabalho.
§2o Doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental,
esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado
avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da
deficiência imunológica adquirida (AIDS) ou contaminação por
radiação, esclerose múltipla, abdome agudo cirúrgico e Acidente
Vascular Encefálico agudo.
Contagem Mínima → Reingresso:
Contagem Mínima → Reingresso:
Decreto 3.048/99 - Artigo 27:
"Art. 27-A. Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins
da concessão dos benefícios de auxílio por incapacidade temporária,
de aposentadoria por incapacidade permanente, de salário-
maternidade e de auxílio-reclusão, as contribuições anteriores à
perda somente serão computadas para fins de carência depois que o
segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com metade do
número de contribuições exigidas para o cumprimento do período de
carência definido no art. 29."
A partir de quando inicia a contagem de
Carência?
A partir de quando inicia a contagem de Carência?
Decreto 3.048/99 - Artigo 28:
Avulso: O tempo de carência conta a partir do momento em que esse
trabalhador começa a exercer sua atividade;
Contribuinte Individual e Facultativo: O tempo de carência se inicia
no primeiro momento que esse cidadão faz seu primeiro pagamento
ao INSS em dia;
A partir de quando inicia a contagem de
Carência?
A partir de quando inicia a contagem de Carência?
Decreto 3.048/99 - Artigo 28:
Empregado Doméstico: O tempo de carência se inicia a partir do
primeiro pagamento realizado, desde que seja efetuado até a data
de vencimento;
Segurados Facultativos: O tempo de carência conta desde o primeiro
pagamento ao INSS em dia;
A partir de quando inicia a contagem de
Carência?
A partir de quando inicia a contagem de Carência?
Decreto 3.048/99 - Artigo 28:
Segurados Especiais/Trabalhadores Rurais: O tempo de carência se
dá, nesse caso, a partir da apresentação dos documentos que
comprovem o período de atividade nessas condições (lavrador,
trabalhador rural, pescador artesanal, marisqueiro, entre outros).
Doença Preexistente → Agravamento
Lei 8.213/91 - Artigo 59:
“§ 1o Não será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar ao
Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da
lesão invocada como causa para o benefício, exceto quando a
incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento da
doença ou da lesão.”
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
Processo no. 0099886-27.2021.4.03.6301
Dona Rosa é do lar, casada, com 2 filhos, nascida no ano de 1985,
nunca teve contribuições ao INSS, ou seja, sem cumprir carência e
não manter qualidade de segurada.No ano de 2019 teve o
diagnóstico de nefropatia, com início de tratamento médico.
Procurou orientação para solicitar o BPC/LOAS, o que não seria
possível pelo vínculo CLT do esposo com salário acima de R$
3.000,00.
O que fazer?Doença Preexistente a inscrição/filiação, renda familiar
supera o limite do BPC.Vida e capacidade laborativa comprometidas
com o diagnóstico e evolução da doença.
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE

Com intenção de programar futura aposentadoria e garantir pensão por morte aos
dependentes, pelo sensível quadro de saúde que não havia previsão de
recuperação, deu início aos recolhimentos como segurada facultativa em 05/2021:

Em 08/2021 começou o tratamento com hemodiálise, e passou por internação para


tratar bactéria no joelho alojada pela baixa imunidade. Resultado de perícia
médica:
Início da Doença: 01/01/2019 | Cessação do Benefício: 30/06/2022 | Início da
Incapacidade: 17/07/2021 Considerações: FAVORAVEL. PORTADORA DE DOENÇA
CRONICA COM COMPLICS NEURLGS DESDE 2019 (DID ), EM 17/7/21 ( DII )
COMPLIC POR PIOARTRITE JOELHO DIR COM INTERNAÇÃO PARA TTO INVASIVO, E
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE

RECOMENDAÇÃO CONJUNTA CNJ/AGU/MTPS No 1 DE 15.12.2015


Dispõe sobre a adoção de procedimentos uniformes nas ações judiciais
que envolvam a concessão de benefícios previdenciários de aposentadoria
por invalidez, auxílio-doença e auxílio-acidente e dá outras providências.
Pontos CRÍTICOS!

Recolhimentos em atraso quando já havia


perdido a qualidade de segurado, não contam
como carência para contagem de reingresso.
Pontos CRÍTICOS!
Aula 11/04/24

R
PROF. Camila
Curso:
PÓS GRADUAÇÃO DIREITO
PREVIDENCIÁRIO
Professora:
CAMILA BASTOS MOURA DALBON

Dependentes no
Definição:
São pessoas, que em virtude de vínculo familiar direto ou dependência
econômica, podem se habilitar a benefício previdenciário por conta do
óbito, ausência, ou prisão do Segurado instituidor, que mantinha
vínculo ativo com INSS na data do fato gerador.
Previsão Legal:
Decreto 3.048/99
" Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na
condição de dependentes do segurado:"
Previsão Legal:
Artigo 16 do Decreto 3.048/99
“I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não
emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos de idade
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual, mental ou grave;"
→ Deve comprovar o vínculo com instituidor. @oab_santoamaro
@previdenciario_oabsantoamaro @esa_santoamaro

Dependentes de 1º Classe
Previsão Legal:
Artigo 16 do Decreto 3.048/99
“II - os pais; ou"

→ Deve comprovar vínculo + dependência econômica com instituidor.

Dependentes de 2º Classe
Artigo 16 do Decreto 3.048/99
"III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e
um anos de idade ou inválido ou que tenha deficiência intelectual,
mental ou grave."

→ Deve comprovar vínculo + dependência econômica com instituidor.

Dependentes de 3º Classe
Previsão Legal:

Artigo 16 do Decreto 3.048/99


" § 1º Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade
de condições."
Cônjuge = Companheiro(a) = Filho ≤21a = Filho ≥21a inválido
Rateio em partes iguais
Previsão Legal:
Artigo 16 do Decreto 3.048/99
"§ 3º Equiparam-se a filho, na condição de dependente de
que trata o inciso I do caput, exclusivamente o enteado e o
menor tutelado, desde que comprovada a dependência
econômica na forma estabelecida no § 3º do art. 22.
§ 4º O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do
segurado mediante apresentação de termo de tutela."
Previsão Legal:
Artigo 16 do Decreto 3.048/99
"§ 5º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que
mantenha união estável com o segurado ou segurada.
§ 6º Considera-se união estável aquela configurada na convivência
pública, contínua e duradoura entre pessoas, estabelecida com
intenção de constituição de família, observado o disposto no § 1º do
art. 1.723 da Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil, desde que
comprovado o vínculo na forma estabelecida no § 3º do art. 22."
Artigo 16 do Decreto 3.048/99
"§ 6º-A As provas de união estável e de dependência
econômica exigem início de prova material contemporânea
dos fatos, produzido em período não superior aos vinte e
quatro meses anteriores à data do óbito ou do
recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova
exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo
de força maior ou caso fortuito, observado o disposto no §
2º do art. 143."
Artigo 16 do Decreto 3.048/99
" § 9º Será excluído definitivamente da condição de
dependente aquele que tiver sido condenado criminalmente
por sentença transitada em julgado, como autor, coautor
ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse
crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados
os absolutamente incapazes e os inimputáveis."
Artigo 16 do Decreto 3.048/99
" § 9º Será excluído definitivamente da condição de
https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/04/inss-
dependente aquele que tiver sido condenado criminalmente
determina-que-suzane-von-richthofen-devolva-r-44-
por sentença transitada em julgado, como autor, coautor
mil-uniao.html#:~:text=Quatro anos depois do
crime,foi condenada a 39 anos.&text=Segundo dados
ou partícipe de homicídio doloso, ou dedo tentativa dessepela morte do pai.
INSS, ela,atualizados)

crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados


os absolutamente incapazes e os inimputáveis."
Perda da condição de Dependente -
Definição:
Significa que o Dependente deixou de manter o vínculo
familiar direto ou por dependência econômica com o
Segurado Instituidor, o que impõe a negativa do benefício
ou encerramento da cobertura que antes vigente.
Previsão Legal:
Decreto 3.048/99
"Art. 17. A perda da qualidade de dependente ocorre:"
Previsão Legal:
Artigo 17 do Decreto 3.048/99
"I - para o cônjuge, pelo divórcio ou pela separação judicial
ou de fato, enquanto não lhe for assegurada a prestação de
alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por
sentença judicial transitada em julgado;"
→ Caso tenha Alimentos, mantém pelo período de
pagamento da obrigação por entender mantida a
dependência econômica.
Previsão Legal:
Decreto 3.048/99
"Art. 17. A perda da qualidade de dependente ocorre:"
Previsão Legal:
Artigo 17 do Decreto 3.048/99
"II - para a companheira ou companheiro, pela cessação da
união estável com o segurado ou segurada, enquanto não
lhe for garantida a prestação de alimentos;"
→ Caso tenha Alimentos, mantém pelo período de
pagamento da obrigação por entender mantida a
dependência econômica.
Perda da condição de Dependente -
Definição:
Significa que o Dependente deixou de manter o vínculo
familiar direto ou por dependência econômica com o
Segurado Instituidor, o que impõe a negativa do benefício
ou encerramento da cobertura que antes vigente.
Previsão Legal:
Artigo 17 do Decreto 3.048/99
"III - ao completar vinte e um anos de idade, para o filho, o
irmão, o enteado ou o menor tutelado, ou nas seguintes
hipóteses, se ocorridas anteriormente a essa idade:
a) casamento;
b) início do exercício de emprego público efetivo;“
Previsão Legal:
Artigo 17 do Decreto 3.048/99
"c) constituição de estabelecimento civil ou comercial ou
pela existência de relação de emprego, desde que, em
função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha
economia própria; ou
d) concessão de emancipação, pelos pais, ou por um deles
na falta do outro, por meio de instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por
sentença judicial, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis
anos completos; e“
Previsão Legal:
@oab_santoamaro
Previsão Legal:
Artigo 17 do Decreto 3.048/99
"IV - para os dependentes em geral:
a) pela cessação da invalidez ou da deficiência intelectual,
mental ou grave; ou
b) pelo falecimento.“
Previsão Legal:
Artigo 17 do Decreto 3.048/99
"§ 1º O filho, o irmão, o enteado e o menor tutelado, desde
que comprovada a dependência econômica dos três últimos,
se inválidos ou se tiverem deficiência intelectual, mental ou
grave, não perderão a qualidade de dependentes desde que a
invalidez ou a deficiência intelectual, mental ou grave tenha
ocorrido antes de uma das hipóteses previstas no inciso III do
caput .“
Casamento → Serviço Público → Economia Própria → Emancipação
Previsão Legal:
Artigo 17 do Decreto 3.048/99
"§ 2º Para fins do disposto no § 1º, a data de início da
invalidez ou da deficiência intelectual, mental ou grave será
estabelecida pela Perícia Médica Federal.“

Manual de Perícia Médica


RESOLUÇÃO Nº 637, DE 19 DE MARÇO DE 2018 e ANEXO
Pontos POLÊMICOS!!!
Novo casamento ou união estável encerram a Pensão por
Morte? NÃO!
A Lei de Benefícios, e outras normas, não tem previsão do fim
de cota individual pela existência de novo casamento ou união
estável.
Jurisprudência POSITIVA!
“Em face do exposto, JULGO PROCEDENTE a pretensão deduzida por AUTORA, nos termos do
art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil, e condeno o INSS a conceder para a autora o
benefício de Pensão por Morte, em caráter vitalício, na condição de companheira de
FALECIDO/INSTITUIDOR, com efeitos financeiros a partir da data da entrada do requerimento
administrativo (23/03/2016), e a proceder ao desdobramento da pensão de EX-ESPOSA DO
FALECIDO, na proporção de 1/2 cota parte para cada uma delas.” 031380-72.2016.4.03.6301
“Outrossim, os depoimentos colhidos foram esclarecedores ao afirmar que o filho falecido, após
a saída do emprego formal, passou a desempenhar atividades informais, onde recebia outros
valores, sendo que parte do valor recebido era utilizado para ajudar sua mãe com os
medicamentos, bem como para a compra de alimentos para a casa e pagamento de algumas
contas. Todo dinheiro recebido pelo filho era dividido com a mãe, que sofre de problemas
médicos como a diabetes e precisa de remédios para manter-se bem, e ao passo que, quando o
Sr. FILHO faleceu, os remédios pararam de ser comprados, ou apenas compra-se os mais
baratos quando possível.” 0026914-40.2013.4.03.6301
Jurisprudência POSITIVA!
“Embora a autora alegue que vivia em união estável com o falecido, o conjunto probatório
demonstra que, na verdade, eram um casal de namorados. Nos termos do art. 1.723 do
CC/2002, é reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher,
configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de
constituição de família, o que não se verifica no presente caso. Diante do exposto, JULGO
IMPROCEDENTE o pedido, resolvendo o mérito, com fundamento no artigo 487, inciso I, do
Código de Processo Civil.” 5007334-21.2022.4.03.6301
“Dessa forma, mesmo demonstrado que a renda familiar diminuiu após o falecimento, não
restou demonstrada a efetiva dependência. Isso porque a caracterização da dependência
econômica exige muito mais do que mera ajuda financeira, de modo que eventual auxílio
prestado pelo filho correspondia a mera participação no orçamento familiar. Destarte,
considerando-se que as provas carreadas dos autos não deixam clara a dependência econômica
da parte autora em relação ao filho falecido, apresenta-se inviável a concessão do benefício
pleiteado.” 0026914-40.2013.4.03.6301
Camila Bastos Moura Dalbon
Advogada → Professora → Networker → 40+ → Casada →Mãe de
Pet
Idealizadora do @VoaPrevidenciarista
Pós Graduada e MBA em Seguridade Social
Pós Graduanda em Docência do Ensino Superior
Experiências no INSS - Execução Fiscal, Procon/SP e JEC Santana
Presidente da Comissão de Direito Previdenciário e Acidentário da
102ª Subseção Santo Amaro
Membro das Comissões de Marketing Jurídico da 102ª Subseção Santo
Amaro, Direito Previdenciário da Seccional/SP e de Ação Social da
125ª Subseção Santana.
Diretora Suplente MKT Lions Clube Centro/SP
WhatsApp (11) 9.3012-3552
Redes Sociais: @Camila_Previdenciarista
Pontos POLÊMICOS!!!
Casamento sob regime de separação total de bens permite aos
viúvos(as) receber Pensão por Morte? SIM!
O regime de bens do casamento refere-se ao patrimônio, e não
reflete na dependência econômica.
Pontos POLÊMICOS!!!
Pensão por Morte prorroga pelo curso profissionalizante ou
universitário? NÃO!
Súmula 37 TNU: A pensão por morte, devida ao filho ate os 21
anos de idade, não se prorroga pela pendencia do curso
universitário.
Pontos POLÊMICOS!!!
Pensão por Morte prorroga pelo curso profissionalizante ou
universitário? NÃO!
Súmula 37 TNU: A pensão por morte, devida ao filho ate os 21
anos de idade, não se prorroga pela pendencia do curso
universitário.
Previsão Legal:
Artigo 16 do Decreto 3.048/99
"§ 2º A existência de dependente de qualquer das classes
deste artigo exclui do direito às prestações os das classes
seguintes.”
Aula

R
PROF.
Aula

R
PROF.

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