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A História Contemporânea da Psicologia

Conteudista: Prof.ª M.ª Janaina Cristina Barêa de Assis


Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco

Objetivos da Unidade:

Refletir sobre a teoria e prática psicológica, a práxis da profissão;

Contribuir para a construção da identidade profissional ética, crítica e


comprometida com a transformação da realidade social;

Conhecer a história dos órgãos que regulamentam a profissão.

ʪ Material Teórico

ʪ Material Complementar

ʪ Referências
1 /3

ʪ Material Teórico

Introdução
Caro(a) aluno(a),

Neste momento você já compreendeu não só informações quanto à Ciência da Psicologia no


âmbito mundial, sabendo como aconteceu seu processo de consolidação e regulamentação de
profissão aqui, no Brasil.

Após a regulamentação em agosto de 1962, a Psicologia e o Brasil passaram por transformações


importantes e que continuaram constituindo o processo de identidade da profissão em nível
nacional.

Assim, nesta Unidade conheceremos um pouco da história dos primeiros anos de profissão, das
formações iniciais e da criação dos conselhos de classe, do Conselho Regional de Psicologia e do
Conselho Federal de Psicologia, que regulamentam e fiscalizam o exercício profissional.

Abordaremos algumas reflexões sobre pontos da história silenciados, devido ao nosso processo
histórico de colonização e alguns desafios e compromissos da história da Psicologia na
atualidade.

Bom estudo!

A Psicologia Após sua Regulamentação


Logo em seguida à aprovação da Lei 4.119, foi aprovado um parecer que, de acordo com Antunes
(2001), estabeleceu um currículo mínimo para a formação do novo profissional e foi a partir da
regulamentação da profissão e aprovação desse parecer que entramos, no que essa autora
denomina quinto período da história da Psicologia do Brasil, no momento profissional.

Em meados da década de 1960 houve a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases, conferindo


responsabilidade da educação ao Poder Público, liberada também às iniciativas privadas, além de
atribuir ao Conselho Federal de Educação o estabelecimento da direção e do currículo mínimo
dos cursos de Ensino Superior (TAVERNA, 1999).

Segundo Taverna (1997), esse currículo mínimo é estipulado com o objetivo de reconhecer a
profissão de psicólogo, fixar normas para sua formação profissional, estimular a criação de
novos cursos e proporcionar uma formação generalista, que garantisse ao psicólogo a
possibilidade de atuar em qualquer área da Psicologia (clínica, de trabalho e educacional),
contemplando as seguintes disciplinas:

“Fisiologia, Estatística, Psicologia Geral e Experimental, Psicologia do

Desenvolvimento, Psicologia da Personalidade, Psicologia Social, Psicopatologia


Geral, Psicopatologia Geral, para os cursos de Bacharelado e Licenciatura, com
duração de 4 anos e um currículo com matérias Técnicas de Exame e
Aconselhamento Psicológico, Ética Profissional, além de mais três dentre as de
Psicologia do Excepcional, Dinâmica de Grupo e Relações Humanas, Pedagogia
Terapêutica, Psicologia Escolar e Problemas de Aprendizagem, Teorias e Técnicas
Psicoterápicas, Seleção e Orientação Profissional e Psicologia da Industria,
incluindo o estágio supervisionado, num total de 500 horas, para o curso de
formação de psicólogo, com duração de 5 anos.”

- TAVERNA, 1997, p. 17
Os primeiros psicólogos, antes da formação em Psicologia, segundo Antunes (2000), foram,
principalmente, filósofos, pedagogos e profissionais com Especialização nos cursos de
Psicologia no Sedes, na Pontifícia Universidade Católica (PUC) e no Instituto de Psicologia da
Universidade de São Paulo (USP). Lourenço Filho (1969) acrescenta que também era conferido o
título de psicólogo aos profissionais que comprovassem que atuavam na área da Psicologia
Aplicada por mais de 5 anos e que sua especialidade fosse satisfatória dentro do campo de
atuação de Psicologia.
Figura 1 – Manuel Bergström Lourenço Filho
Fonte: inep80anos.inep.gov
“Manuel Bergström Lourenço Filho (1897-1970): Importante nome durante o

período de regulamentação da história brasileira. Em 1922/1923 criou um


laboratório de Psicologia na Escola Normal de Fortaleza. Em 1925, foi diretor do
laboratório e catedrático de Psicologia da Escola Normal de São Paulo, sucedendo
Sampáio Dória. Assumiu, em 1930, a Direção Geral do Ensino do Estado de São
Paulo. Foi professor de Psicologia na Escola Normal do Rio de Janeiro, no ano de
1932, colaborando com Anísio Teixeira. Foi também catedrático de Psicologia na
Faculdade Nacional de Filosofia e na Universidade do Brasil. Em 1938, foi nomeado
diretor da Inep (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos). No Dasp
(Departamento administrativo do Servidor Público) foi colaborador. Foi
cofundador da Associação Brasileira de Psicologia. Foi também um dos criadores e
colaboradores do Idort (Instituto de Organização Racional do Trabalho) e um dos
fundadores da Sociedade Psicanalítica Brasileira. Lourenço Filho foi um dos mais
importantes nomes na consolidação da Psicologia no Brasil. Entre outras coisas,
liderou o processo que resultou na regulamentação na profissão e implementação
dos cursos específicos para a formação do psicólogo.”

- ANTUNES, p. 209, 2001.

O Ministério da Educação, na forma de lei através da Portaria 227, de 9 de outubro de 1962,


designou uma comissão de professores especialistas em Psicologia Aplicada, que seria
responsável por examinar os documentos dos candidatos ao registro de psicólogo (LOURENÇO
FILHO, 1969). A comissão inicialmente foi constituída pelo:

“Professor padre Antônio Benkö, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de

Janeiro; professora Carolina Martuscelli Bori, da Universidade de São Paulo;


professor Enzo Azzi, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; professor
Pedro Parafita Bessa, da Universidade de Minas Gerais, além do signatário deste
artigo, como presidente.”

- LOURENÇO FILHO, 1969, p. 117

A Lei 4.119 prevê três modalidades de curso de Psicologia para as faculdades de Filosofia, o
Bacharelado, que possibilita a realização de pesquisas na área e a Licenciatura, que confere o
direito de lecionar, e a de psicólogo que, além de ensinar, confere o direito de exercer a profissão
de psicólogo. O psicólogo tem por função privativa a utilização de técnicas e métodos
psicológicos, com o objetivo de diagnosticar psicologicamente e fornecer orientação e seleção
profissional, dar orientação psicopedagógica, solucionar problemas de ajustamento e colaborar
com outras ciências, no que diz respeito a assuntos psicológicos (LOURENÇO FILHO, 1969).

Segundo Pessotti (1975), depois da criação dos cursos de Psicologia em São Paulo e do Conselho
Federal de Educação terem fixados os currículos mínimos para estes, ainda em São Paulo a
Congregação da Faculdade de Filosofia estabeleceu um currículo pleno, incluindo disciplinas que
necessitavam de professores estrangeiros que foram devidamente autorizados e contratados.
Entre eles Fred Simmons Keller, quem revolucionou a Psicologia Experimental brasileira, Durval
Marcondes com o ensino da Terapia e da Teoria Freudiana e Aníbal Silveira, que difundiu o
ensino do Psicodiagnóstico de Rorschach.

“Fred Simmons Keller (1899-1996) – Nasceu e Rural Grover – Nova Iorque. Em

Harvard, estabeleceu uma amizade com Skinner, tanto no campo pessoal, como no
profissional. Foi um grande promotor e divulgador da Análise do Comportamento,
estando presente em todos os eventos que contribuíram para a formação dos
primeiros pesquisadores da abordagem analítico-comportamental. Foi professor
de várias universidades, entre elas: Universidade de São Paulo, 1961. O
compromisso de Keller com a educação revelou-se na sua maneira de ensinar, na
sua ação humanitária, na relação amigável com seus colaboradores e alunos e no
método de ensino que desenvolveu, conhecido como Plano Keller. Depois de duas
estadas na Universidade de São Paulo e na Universidade de Brasília, retornou ao
País várias vezes para participar de eventos científicos. A última viagem de Keller
ao Brasil foi como convidado especial da Associação brasileira de Psicoterapia e
Medicina Comportamental – ABPMC – para a reunião realizada na cidade de
Campinas-SP, em 1994.”

- CUNHA, p. 185, 2001.

“Durval Bellegarde Marcondes (1899-1981) – Médico psiquiatra brasileiro foi o

primeiro no Brasil a se interessar em praticar na clínica as descobertas de Freud.


Praticou em consultório a análise de pacientes neuróticos com o apoio científico
do já aposentado Franco da Rocha. Em 1927, funda em São Paulo a Sociedade
brasileira de Psicanálise onde Franco da Rocha foi nomeado presidente. Em 1938
cria uma Seção de Higiene Mental Escolar na Secretaria de Educação. Participou do
reconhecimento do Grupo Psicanalítico de São Paulo em 1943 e da Sociedade
Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), em 1951, na qual foi presidente nas
gestões de 1944/49, 1955/56, 1967/69. Em 1934 a 1938 foi assistente de Psicologia
Social e de 1940 a 1949 foi professor de Psicanálise e de Higiene Mental na Escola
Livre de Sociologia e Política. No Instituto de Higiene, atualmente, Faculdade de
Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo foi professor de Higiene
Mental de 1934 a 1937. Foi convidado em 1954 por Annita de Castilho e Marcondes
Cabral a dar aulas de Psicologia Clínica na Faculdade de Filosofia da Universidade
de São Paulo, onde criou a clínica psicológica para que os alunos exerçam seu
aprendizado prático.”
- SAGAWA, p. 219, 2001

Quando foi regulamentada a profissão e formação em Psicologia, o ensino não estava preparado
para a parte teórica dessa formação, pois não se conseguia manter distância da aplicação, o que
acabou por não favorecer na formação de pesquisadores e teóricos, mas apenas de técnicos que
atendessem às necessidades da sociedade da época. A Psicologia, assim como outras ciências da
área de Humanas, foi criada com um compromisso com a política educacional e estava definida a
partir das necessidades concretas dos brasileiros, tornando-se, assim, disciplina que atendia ao
modelo sociopolítico vigente (TAVERNA, 1997).

O modelo da época era o nacional-desenvolvimentista, que visava o desenvolvimento da


educação e estava também a serviço do desenvolvimento econômico. A formação do psicólogo
se dava de forma fragmentada, não havendo conexão entre os cursos da área básica de teoria e
pesquisa e os de área prática. Os cursos, muitas vezes, trabalhavam para o período e
representavam o interesse da burguesia nacional.

Com menos de 2 anos da regulamentação da profissão, após um golpe militar, vivemos um


período de ditadura até a década de 1980. Durante esse período, em 1968 foi promulgada a Lei
5.540, conhecida como Reforma Universitária e que autorizava a abertura de instituições
privadas para o Ensino Superior. Essa estratégia, de acordo com Mitsuko Antunes (2012), teria
sido para silenciar e reprimir movimentos estudantis e de docentes, que eram considerados os
mais organizados em oposição ao regime militar vigente.

A Reforma Universitária aconteceu somente em 1968, com influência da ideologia estabelecida


após o golpe de 1964, que buscava a modernização, na tentativa de facilitar o funcionamento dos
processos de concentração e centralização de capital e ajustado dentro do padrão desse
desenvolvimento econômico, com a perspectiva técnico-administrativa, que por sinônimo de
modernização tinha a eficiência e produtividade, sem incentivo ao saber crítico.
“De qualquer modo, o governo pretendia enquadrar o movimento estudantil e a

universidade no novo regime, que incentivava a mentalidade empresarial dos


tecnocratas para promover o desenvolvimento, eficiência e produtividade, porém,
num clima político de medidas de exceção e de repressão.”

- TAVERNA, 1997, p. 21

O período de criação dos cursos de Psicologia, segundo Taverna (1997), acabou por coincidir
com esse momento da Reforma Universitária e com a expansão do Ensino Superior. As escolas
particulares possuíam mais vagas que as públicas e, segundo Ozella (apud TAVERNA, 1997),
devido a essa quantidade de cursos e de vagas, as instituições começaram a atender a uma
população bem diversificada, o que transformou a educação em uma empresa bastante lucrativa.

Ozella, nas palavras de Taverna (1997), acredita que após essa expansão do Ensino Superior e do
aumento das escolas particulares, estas muitas vezes possuíam uma visão empresarial e criavam
cursos noturnos, sem condições adequadas para formar bons profissionais: o corpo docente era
improvisado, às vezes recém-formado e sem preparação, com formações em conteúdos e
técnicas de base estrangeira.

Os profissionais formados após a Reforma, que tinha por objetivo preparar pesquisadores,
gerou muitas vezes técnicos para atender às necessidades de mercado, sem uma visão crítica e
comumente sem a preocupação de criar alternativas para transformar a realidade social
(TAVERNA, 1997).

Essa lei aumentou significativamente a quantidade de estabelecimentos que passaram a ofertar


a formação de psicólogos. Muitas eram de qualidade questionável e desvinculadas da extensão e
pesquisa. Ainda segundo Mitsuko Antunes (2012), o número de psicólogos formados durante
esse período era maior do que o mercado conseguia absorver.

As principais críticas feitas à profissão nos primeiros anos de atuação, de acordo com Mitsuko
Antunes (2012), eram acerca do caráter elitista dos psicólogos clínicos e da postura dos
psicólogos no campo do trabalho, que pareciam atender mais aos interesses do sistema do que
aos dos trabalhadores.

No campo da Educação as críticas também existiam, principalmente às práticas clínicas


individuais dentro do contexto escolar e em intervenções no campo psicodiagnóstico, muitas
vezes para justificar práticas excludentes, que encobriam problemas estruturais do ensino e
responsabilizavam e condenavam a criança e sua família por seu fracasso. Para Mitsuko Antunes
(2012) eram poucos os profissionais da época que conseguiam realizar um trabalho de
intervenção no contexto escolar de forma mais ampla.

Nesses primeiros anos de profissão a Psicologia também procurou criar formas de resistência,
buscando dar respostas aos problemas sociais brasileiros, começando a realizar trabalhos para
além das áreas já conhecidas, iniciando, assim, intervenções na área da Psicologia Comunitária,
Hospitalar (que futuramente se ampliaria para a saúde) e Jurídica. Eram ações comprometidas
com as questões sociais e que buscavam a transformação da sociedade (ANTUNES, 2012).

Nas primeiras formações também se iniciaram críticas teóricas importantes, que denunciavam a
importação de conteúdos estadunidenses e europeus que eram aplicados em nosso contexto,
desconsiderando as particularidades do nosso ambiente sócio-histórico-cultural. Mitsuko
Antunes (2012) relata que a produção de conhecimento nacional melhorava qualitativamente
com a criação dos cursos de Pós-graduação que, apesar de pouco recursos, devido ao baixo
investimento para a pesquisa no País, apresentavam produções articuladas aos problemas
sociais de forma crítica, competente, original e criativa.

“Pode-se afirmar, assim, que a Psicologia no Brasil passou por significativas

transformações nesse período que se seguiu à regulamentação da profissão. Das


limitações teóricas e da escassez de mercado de trabalho, da precariedade de
formação de grande contingente de formandos, das limitações dos campos de
atuação, do comprometimento com interesses dominantes à crítica que
identificava as contradições e buscava a superação tanto de suas teorias como de
suas modalidades práticas, buscando comprometer-se com os interesses e
necessidades da maioria da população, a Psicologia caminhou para um novo
patamar de produção e para um salto qualitativo em sua atuação profissional.”

- ANTUNES, 2012, p. 62

No início da década de 1980, o Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo, juntamente com
o Conselho Regional de Psicologia – 6ª Região –, realizaram uma pesquisa com o objetivo de
caracterizar o perfil do psicólogo no Estado de São Paulo. Segundo Taverna (1997), os dados
obtidos revelaram que havia, além de diversas faculdades de Psicologia, particulares (somente
na Grande São Paulo havia 11 das 20 do Estado), 66% dos psicólogos do Estado de São Paulo
exerciam a profissão.

“A área clínica é a mais concorrida entre aqueles que trabalham em uma única

área, concentrando mais do que a quarta parte dos casos. A segunda área mais
concorrida é a de Psicologia Organizacional. Nas áreas de ensino da Psicologia,
Psicologia Escolar e Psicologia Comunitária ou Social, as porcentagens de
psicólogos dedicados exclusivamente a elas são muito reduzidas. Não há ninguém
que se dedique integralmente à pesquisa. Um pouco mais de um quarto dos
psicólogos entrevistados exercem atividades em mais de uma área; em alguns
casos, uma dessas áreas é fora da Psicologia. Por outro lado, quase um quarto dos
psicólogos amostrados só exercem atividades profissionais fora da Psicologia.”

- SinPsi, p. 27, 1997


Apesar do grande número de profissionais atuando na área clínica, segundo Taverna (1997), a
área que apresenta rendas mais elevadas é a organizacional e os profissionais desta área tendem
a possuir um único emprego, ao contrário dos profissionais das áreas clínica e educacional, que
atuam, muitas vezes, em mais de um emprego.

Devido à necessidade da implantação de uma reforma universitária, em 1992 aconteceu, em


Serra Negra, SP, um encontro de representantes de instituições formadoras de psicólogos de
todo o País. Segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP), foi o primeiro evento que reuniu
um número expressivo de representantes de instituições interessadas na formação do
psicólogo. Nessa mobilização foram levantadas as necessidades de mudança na formação dos
psicólogos e teve como produto uma carta, que ficou conhecida como Carta de Serra Negra, que
descrevia princípios e sugestões para essas mudanças. O interesse por refletir e criar
alternativas para solucionar os problemas na formação do profissional de Psicologia está
relacionado ao contexto social, econômico e político do Brasil das décadas de 1980 e 1990,
diferentemente do contexto da década de 1970, que visava a um projeto de modernidade, de
forma repressora (TAVERNA, 1997).

Taverna (1997) conta que esse projeto nacional fracassou e não houve outro para o substituir,
significando que as faculdades continuaram formando de acordo com o projeto anterior.

“Todas elas continuam “fabricando seu produto” conforme o projeto anterior, na

ilusão de certezas, aprisionadas ao passado e ao presente, negando a velocidade


com que o mundo se modifica, negando influência da tecnologia, a contestação dos
objetivos e métodos na criação do pensamento, longe de assumir o novo papel que
lhes é exigido – promover trabalho de todas as áreas do conhecimento em um
esforço interdisciplinar, com vistas ao futuro.”

- TAVERNA, 1997, p. 30
Na década de 2000 foi possível identificar atuações da Psicologia mais próximas das demandas
sociais e com a transformação da realidade. A inserção dos psicólogos no setor público,
compondo as equipes e os coletivos que concretizam as políticas públicas é um exemplo de
reconhecimento e valorização do trabalho da Psicologia em nossa sociedade (ANTUNES, 2012).

Apesar dos avanços da prática psicológica, Mitsuko Antunes (2012) considera certa
heterogeneidade no movimento histórico psicológico nacional, sendo que apesar do avanço de
alguns grupos, outros ainda respondem tardiamente às demandas sociais e há aqueles que ainda
resistem.

A Criação dos Conselhos de Psicologia


Em 1974, durante o regime militar, ano no qual o general Geisel se elegeu presidente da
República por via indireta, instalou-se o Conselho Regional de Psicologia – 6ª Região (CRP-06),
no dia 27 de agosto. O CRP-06 tinha por dever “[...] orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício
da profissão de psicólogo nos Estados de São Paulo e Matogrosso [...]” (BOLETIM DO CRP-06
apud MUNAKATA, 1994, p. 15).

O CRP-06 se instalou, segundo Kazumi Munakata (1994), em uma sede improvisada na Avenida
Ipiranga, número 395, nas instalações da Sociedade de Psicologia de São Paulo e nas mesmas
dependências em que funcionavam a Associação Brasileira de Psicólogos e o Sindicato dos
Psicólogos no Estado de São Paulo.

Os Conselhos Regionais de Psicologia (CRP), assim como o Federal foram criados a partir da Lei
5.766, de 20 de dezembro de 1971, a qual definiu o conflito formado pelo CRP e o CFP “[...] como
uma autarquia dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia
administrativa e financeira, mas vinculada ao Ministério do Trabalho [...]” (MUNAKATA, 1994,
p. 16).

O CFP foi instalado no dia 20 de dezembro de 1973, de acordo com Kazumi Munakata (1994),
com nove conselheiros efetivos e nove suplentes, com um mandato de 3 anos e possibilidade de
se reelegerem uma vez. Os primeiros conselheiros (suplentes e efetivos) do CFP foram eleitos
pelos delegados das associações de psicólogos, de acordo com a Lei 5.766.
“Primeiro Conselho (1974-1977)

Efetivos: Geraldina Porto Witter, José Glauco Bardella, Lygia de Sá Fortes


Neddermeyer, Lúcia Carvalhaes Bonilha, Maria do Rosário Brant de Carvalho,
Marilia Albino do Amorim, Romeu de Moraes Almeida, Susy Vijande Cambraia e
Waldecy Alberto Miranda.

Suplentes: Samuel Pfromm Netto, Antônio Waldir Biscaro, Antônio Carelli,


Therezinha Moreira Leite, Joel Antônio Gosling, Heriberto Belcufine, Dante
Moreira Leite, Carlos Del Nero, Sérgio Villela Monteiro, Walter Trinca, Myriam
Augusto da Silva Vilarinho, Maria Ignez-Longhin de Siqueira e Marcos Pontual.”

- MUNAKATA, 1994, p. 4

Com o início de suas atividades, o CFP se preocupou em organizar a sua estrutura administrativa,
comprando uma sede e instalando os CRP nas regiões brasileiras. Através da Resolução 2, de 1 de
julho de 1974, fixavam-se as atribuições dos sete CRP, os membros e o dia de sua instalação,
marcado para o dia 27 de agosto de 1974 como o Dia Nacional do Psicólogo (MUNAKATA, 1994).

De acordo com Munakata (1994), as atividades do CRP-SP eram basicamente reuniões plenárias
semanais para analisar os processos de inscrição dos psicólogos. No primeiro ano de Conselho,
este verificou 400 processos de inscrição de psicólogos que já exerciam a profissão em São
Paulo e no Mato Grosso, os quais substituíram os seus certificados do Ministério da Educação
(MEC), até então responsável pelos processos de inscrição dos psicólogos, pela carteira do CRP.

Em 1975, no dia 14 de janeiro, aconteceu uma assembleia geral extraordinária que tratou da
questão da compra de um imóvel próprio para a sede do Conselho, tendo em vista o crescimento
do número de psicólogos. A diretoria decidiu adiar a compra e alugar uma casa na Avenida
Brigadeiro Luis Antonio, porém, a compra voltou a ser cogitada a partir do segundo semestre de
1976. Então, o CRP adquiriu um espaço em um condomínio na Avenida Brigadeiro Faria Lima,
onde foi instalada a nova sede. A inauguração que era para ter acontecido no dia 27 de agosto de
1977, juntamente com as eleições para a composição dos novos conselhos, tendo em vista o
término da gestão do primeiro, devido a alguns atrasos na documentação aconteceu apenas em
meados de 1978 (MUNAKATA, 1994).

“Segundo Conselho (1977-1980)

Efetivos: Samuel Pfromm Netto, Carlos Del Nero, Maria Ignez-Longhin de


Siqueira, Rachel Lea Rosenberg, Antônio Carelli, Luiz Antônio Guimarães Cancello,
Myriam Augusto da Silva Vilarinho, Saulo Monte Serrati, Therezinha Moreira Leite
e Waldecy Alberto Miranda.

Suplentes: Elvira C. A. M. Wagner, Eugênia C. Paredes, Heriberto Belcufine, Ilda A.


C. Silva, Maria José Beraldi, Reinier J. A. Rozestraten, Sérgio V. Monteiro e Walter
Trinca.”

- MUNAKATA, 1994, p. 4

Em 1978, segundo Kazumi Munakata (1994), o CRP-06, tendo em vista um melhor atendimento
aos psicólogos dos outros municípios e dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (que
tinham sido desmembrados do Mato Grosso desde outubro de 1977), criou, em 1 de janeiro de
1979, as delegacias de Campo Grande, MS, e de Cuiabá, MT, e no Estado de São Paulo, as de
Assis, Bauru, Campinas, Lorena, Ribeirão Preto e Santos.
Conforme Kazumi Munakata (1994), a implantação das delegacias não foi apenas para atender
melhor aos psicólogos, mas também para zelar pela ética profissional e pelo cumprimento do
Código. A primeira versão do Código de Ética Profissional do Psicólogo foi aprovada pelo CFP e
publicada no Diário Oficial da União em 1975.

Para cuidar das questões referentes à ética profissional, o CRP criou a Comissão de Ética, que
tinha por atividades orientar e esclarecer testemunhas e psicólogos envolvidos em processos
éticos, fiscalizar o exercício da profissão e assegurar as competências privativas do psicólogo
com métodos e técnicas.

Em 1978, para assegurar a fiscalização das questões referentes à profissão, o Conselho criou a
Comissão de Fiscalização, que tinha por objetivos, entre outros, verificar o exercício ilegal da
profissão.

O CRP, de acordo com Kazumi Munakata (1994), tinha por prática homenagear alguns
psicólogos no Dia do Psicólogo. A cada ano era escolhido um profissional para ser
homenageado; porém, em 1979 foi diferente, sendo realizado um evento em comemoração ao
centenário da Psicologia como Ciência, sendo oficializada pelo CFP através da Resolução 18, de
20 de dezembro de 1978.

Para o evento o CRP-SP publicou um texto sobre Wilhelm Wundt, escrito por Maria Dulce
Nogueira Garcez e no dia 27 de agosto, dia das comemorações oficiais, homenageou vários
psicólogos com a Medalha do Centenário da Psicologia Científica, contemplando profissionais
de São Paulo que se destacavam na docência da Psicologia, psicólogos que contribuíram para a
Ciência Psicológica com publicações, pesquisas e trabalhos reconhecidos, psicólogos que
trabalharam para o reconhecimento da Psicologia como profissão no Brasil e os atuais
conselheiros do CRP e CFP, tanto efetivos quanto suplentes. Entre os homenageados estavam
alguns nomes da história da Psicologia, tais como Aniela Meyer Ginsberg, Anita Cabral, Carolina
Martuscelli Bori, Madre Cristina Maria, Roberto Mange, Oswaldo de Barros Santos, Fred Keller,
Lourenço Filho e Myriam Vilarinho.
“Aniela Meyer Ginsberg (1902-1986) – Nasceu em Varsóvia. Em 1936, chega ao

Brasil acompanhando o marido e em 1937, é nomeada assistente da cadeira de


Psicologia Social da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, permanecendo
nessa instituição até 1940. Na ocasião, dirige o Laboratório de Psicologia Social,
atividade anexa à cadeira de Psicologia Social então ministrada por Noemy Silveira
Rudolfer. Entre os anos de 1941 e 1958 organiza e dirige o Centro de Orientação
Profissional, anexado ao Idort, tendo oportunidade de trabalhar com a amiga Betti
Katzenstein, com quem, desenvolve pesquisas onde são utilizados basicamente
testes projetivos para diagnosticar a personalidade. De 1952-1959, a convite de
Enzo Azzi, passa a trabalhar no Instituto de Psicologia da PUC-SP, organizando e
dirigindo aí o centro de Orientação Psicológica. A partir de 1959, passa a chefiar a
clínica psicológica da PUC-SP exercendo essa atividade até 1962. No próprio
Instituto de Psicologia da PUC-SP. Aniela ocupa o cargo de Vice-diretora do
Departamento de Pesquisa, período compreendido pelos anos de 1963 a 1970. Em
1972 ajuda a criar o curso de Pós-graduação em Psicologia Social da PUC-SP,
ocupando o cargo de coordenadora e professora do referido curso, ministrando
seminários teóricos e metodológicos, além de orientar e compor bancas de defesa
de teses e dissertações.”

- AZEVEDO, p. 166, 2001

“Carolina Martucelli Bori (1924-2004) – Natural de São Paulo, SP, foi uma

expressiva personalidade da Psicologia brasileira, destacou-se por sua atuação no


fortalecimento da pesquisa científica e na introdução da Análise Experimental do
comportamento no Brasil. Carolina participou da implantação da Psicologia
Experimental na USP, em Rio Claro e nas Universidades Federais de São Carlos, da
Bahia, do Pará e do Rio Grande do Norte. Integrou o grupo de professores que
participou, com Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira, da função da Universidade de
Brasília – UNB, onde coordenou o Instituto de Psicologia e criou o laboratório de
Psicologia Experimental. Foi membro de diretorias de Sociedades Científicas,
como a Associação Brasileira de Psicologia, a Sociedade de Psicologia de São Paulo,
a Associação de Modificação do Comportamento e a Sociedade Brasileira de
Psicologia. Foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência –
SBPC (1986-1989). No período da ditadura Carolina tomou o partido da
democracia, onde se preocupou com questões políticas e sociais.”

- BORGES, p. 97, 2001

Em 1979, candidatou-se à eleição do CRP-SP uma nova chapa, a qual de oposição, vencendo as
eleições e assumindo o Conselho em 1980.

“Terceiro Conselho (1980-1983)

Efetivos: Luiz Otávio de Seixas Queirós, Yvonne Gonçalves Khouri, Luiz Celso
Manço, Ghislaine Gliosce da Silva Moreira, Moysés Campos de Aguiar Netto,
Osmir F. Gabbi Júnior, Gerson Roberto Correia, Vera Lúcia Collucci, Carmem Lúcia
Rittner.

Suplentes: Sigmar Malvezzi, Abelardo de Almeida, Tatiana Werniko , Miriam S.


Vianna, José Roberto Tozoni Reis, Lazslo A. Ávila, Sérgio Antônio da Silva Leite,
Maria Clotilde Barros Magaldi e Maria Aparecida C. da Cunha.”

- MUNAKATA, 1994, p. 4
Por acaso, você sabe quem são os psicólogos que compõem a chapa do Conselho Federal e do
Conselho Regional de Psicologia? Que tal aproveitar para conhecer um pouco sobre quem faz
esta história na atualidade?

A História da Psicologia Brasileira Hoje


A esta altura você já deve ter percebido que as referências desse trabalho carregam o primeiro
nome junto ao último nome – e não só as iniciais, tal como é orientado nas normas e produções
de textos acadêmicos. Infelizmente, quando estamos diante apenas do sobrenome tendemos a
achar que se trata sempre de alguém do sexo masculino.

Essa maneira de registrar permite que você visualize quantas mulheres foram citadas ao longo
dos nossos estudos, de modo a reconhecer um grande número, pois a maior parte das nossas
referências nas pesquisas em história da Psicologia é composta por mulheres incríveis e que
tecem essas tramas de forma cuidadosa, crítica, competente e brilhante.

Lucas Motta Veiga (2019), em um artigo publicado na “Revista de Psicologia Fractal”, faz
considerações importantes sobre a história da Psicologia Preta em oposição a um conhecimento
impregnado do colonialismo. Considera que a formação do psicólogo é realizada, em sua grande
maioria, por pensamentos de homens brancos europeus ou estadunidenses.

Diante das pertinentes considerações de Lucas Veiga (2019), considere fazer uma rápida
pesquisa sobre quem foram os pioneiros e as pioneiras da história da Psicologia brasileira,
inclusive, contemplando os nascidos no País, de descendência africana e mulheres. Certamente
você se surpreenderá com as produções desses profissionais e as significativas produções que
tiveram na construção da identidade da Psicologia brasileira. Para essa tarefa utilize o Dicionário
Biográfico da Psicologia no Brasil: pioneiros, de 2001 e organizado pela professora Regina
Helena de Freitas Campos.

Em abril de 2022 somos 423.107 psicólogos no Brasil. Segundo o site do CFP, desses
profissionais 121.252 estão localizados no Estado de São Paulo, sendo 104.031 psicólogas e
16.478 psicólogos, atuando em diferentes contextos, técnicas e teorias.
Em Síntese
Há 60 anos tivemos a profissão de psicólogo regulamentada, porém,
algumas lutas do período ainda carregamos até os dias atuais, a fim de
continuarmos em defesa da nossa ciência e profissão. Alguns membros
da classe médica, por exemplo, ainda questionam o exercício de as
psicoterapias ser realizado por psicólogos, havendo movimentos como
o chamado Ato Médico, tentando retroceder essa conquista (ANTUNES,
2012).

Outro fato ocorreu em março de 2021, em que tramitaram no Supremo


Tribunal Federal pedidos para a comercialização de testes
psicológicos, então de uso exclusivo do psicólogo.

Para que tenhamos uma atuação crítica e comprometida com a


realidade social brasileira e não atuemos para a manutenção do status
quo e a serviço do sistema econômico é imprescindível o conhecimento
de nossa história e a compreensão do contexto sócio-histórico-
cultural no qual participaremos.

É importante você saber que existem diversas outras histórias ligadas a


alguns conteúdos psicológicos, com as áreas de atuação do psicólogo,
a entrada das abordagens psicológicas no País e a história dos
movimentos de saúde mental que, embora não abordadas nesta
oportunidade, serão contempladas na formação em outras disciplinas
e/ou pesquisadas autonomamente por você.

Que este conteúdo tenha contribuído para a sua formação e que você se
perceba como protagonista na construção da história da Psicologia
brasileira, tanto nas atuações com intervenções potentes e
comprometidas com as demandas sociais que nos atravessam, quanto
no campo da pesquisa, produzindo conhecimentos relevantes para o
nosso país.

É no conhecimento e na compreensão da nossa história profissional


que seguiremos enfrentando os problemas sociais, compreendendo as
subjetividades e transformando a realidade.
Figura 2 – Para compreender e descontrair
Fonte: Adaptada de Freepik
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ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Site

Museu Virtual de Psicologia


No site a seguir, organizada por pesquisadores de história da Psicologia do Sul do País, você
encontrará alguns textos clássicos da história da nossa profissão.

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Livro

Filósofas: a Presença das Mulheres na Filosofia


Organizado por Juliana Pacheco, este livro apresenta mulheres importantes na Filosofia.
Precisamos compreender que a história que nos é contada não é a única e que muitas vezes
alguns personagens são silenciados. Que tal conhecer esta história?
PACHECO, J. (org.). Filósofas: a presença das mulheres na filosofia. Rio Grande do Sul: Editora Fi,
2016. 395 p. ISBN 978-85-5696-050-4. Disponível em: <https://www.editorafi.org/filosofas>.
Acesso em: 25/05/2022.

Leitura

A Psicologia em Números
No infográfico a seguir, organizado pelo Conselho Federal de Psicologia, você acompanhará o
número de psicólogos inscritos no Brasil, por região e sexo. É importante acompanhar a nossa
história, considerando a quantidade de profissionais que compõe essa trajetória.

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Memorandum
Revista eletrônica que apresenta artigos na área da história da Psicologia. Você encontrará
artigos para aprofundar os conteúdos estudados na Disciplina.

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ACESSE
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ʪ Referências

ANTUNES, M. A. M. A psicologia no Brasil: um ensaio sobre suas contradições. Psicol. Ciênc.


Prof., Brasília, DF, v. 32, n. esp., p. 44-65, 2012. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/pcp/v32nspe/v32speca05.pdf>. Acesso em: 06/05/2022.

________. A psicologia no Brasil: leitura histórica sobre sua constituição. 2. ed. São Paulo:
Unimarco/Educ, 2001.

ARQUIVOS BRASILEIROS DE PSICOTÉCNICA. A formação de psicologistas no Brasil. v. 11, n. 3-4,


p. 87-115, 1959.

CAMPOS, R. H. F. (org.). Dicionário da psicologia no Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro: Imago, 2001.

FAUSTO, B. História do Brasil. 2. ed. São Paulo: USP, 1995.

JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (org.). História da psicologia: rumos e


percursos. 1. ed. Rio de Janeiro: Nau, 2006.

JACÓ-VILELA, A. M. Formação do psicólogo: um pouco de história. Interações, v. 4, n. 8, p. 79-


91, 1999.

LOURENÇO FILHO, M. B. A psicologia no Brasil nos últimos 25 anos. 1. ed., 1969.

MASSIMI, M. História dos saberes psicológicos. São Paulo: Paulus, 2016.


________. As origens da Psicologia brasileira em obras do período colonial. Cadernos PUC,
São Paulo, n. 23, p. 95-117, 1987.

MOTTA, J. M. Fragmentos da história e da memória da Psicologia no mundo do trabalho no


Brasil: relações entre a industrialização e a Psicologia. 2004, 238 f. Tese (Doutorado em Saúde
Coletiva) – Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, Campinas,
2004.

MUNAKATA, K. Uma profissão chamada psicologia: CRP-06, 20 anos. 1. ed. Brasília, DF:
CFP/CRP, 1994.

PAIS, A. P. Padre Antônio Vieira. 1. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.

PESSOTTI, I. Notas para uma história da Psicologia no Brasil. In: Quem é o psicólogo brasileiro?
1. ed. Brasília, DF: Conselho Federal de Psicologia, 1988.

SINDICATO DOS PSICÓLOGOS DO ESTADO DE SÃO PAULO; CONSELHO REGIONAL DE


PSICOLOGIA – 6ª REGIÃO. Perfil do psicólogo no Estado de São Paulo. São Paulo, 1984.

TAVERNA, C. S. R. O Ensino Superior e a Psicologia no Brasil. Psicologia da Educação, n. 5, p. 9-


33, 1997.

________. Um estudo histórico sobre a Psicologia escolar na Secretaria Municipal de


Educação da Prefeitura de São Paulo. 2003, 139 f. Tese (Doutorado em Psicologia Social) –
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2003.

VEIGA, L. M. Descolonizando a Psicologia: notas para uma psicologia preta. Fractal Revista de
Psicologia, v. 31, n. esp., p. 244-248, 2019. Disponível em: <https://doi.org/10.22409/1984-
0292/v31i_esp/29000>. Acesso em: 20/12/2019.

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