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Resumo BNCC

O que a BNCC Ensino Fundamental – Anos Iniciais traz de novidade?


Por fazerem parte de uma mesma Base, a BNCC da Educação Básica, a BNCC Ensino
Fundamental – Anos Iniciais e Anos Finais possuem vários pontos em comum para garantir
o percurso de aprendizagem contínuo, como a divisão por áreas do conhecimento,
componentes curriculares e unidades temáticas.
Áreas do Conhecimento
A organização estrutural da BNCC no Ensino Fundamental como um todo se dá por áreas do
conhecimento, da mesma forma que acontece no Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM). Tal organização busca favorecer a comunicação entre os conhecimentos e
aprendizagens das inúmeras disciplinas, agora chamadas de componentes curriculares.

As áreas do conhecimento previstas pela BNCC são: 1) Linguagens, 2) Matemática, 3)


Ciências da Natureza e 4) Ciências Humanas, sendo que cada uma delas têm competências
específicas de área – reflexo das dez competências gerais da BNCC – que devem ser
promovidas ao longo de todo o Ensino Fundamental.
Resumo BNCC
• ● Componentes curriculares
• O que antes entendíamos como disciplinas ou matérias, chamamos agora de componentes curriculares. Mas como assim? As disciplinas não deixaram de existir, o
que mudou foi: a BNCC não chama mais Língua Portuguesa, por exemplo, de disciplina ou matéria. A Base a compreende como um componente curricular da área de
conhecimento de Linguagens.
Você já sabe em qual área cada componente curricular está presente na BNCC Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Anos Finais? Confira a lista que preparamos para
você!

• Linguagens
• Componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Inglesa.

• Matemática
• Componente curricular: Matemática.

• Ciências da Natureza
• Componente curricular: Ciências.

• Ciências Humanas
• Componentes curriculares: História e Geografia.

• Ensino Religioso
• Componente curricular: Ensino Religioso.
Alfabetização

• Outro aspecto que muda com a BNCC Ensino Fundamental − Anos iniciais é a
alfabetização. A partir da implementação da Base, toda criança deverá estar
plenamente alfabetizada até o fim do 2º ano. Antes, esse prazo era até o
terceiro ano – de acordo com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade
Certa (PNAIC).

• Portanto, nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, o foco da ação


pedagógica deve ser a alfabetização. Isso é sistematizado pela BNCC nos
tópicos abaixo, que mostram as competências e as habilidades envolvidas no
processo de alfabetização, e que a criança deve desenvolver:
Alfabetização
• Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas (outros
sistemas de representação);
• Dominar as convenções gráficas (letras maiúsculas e minúsculas, cursiva e
script);
• Conhecer o alfabeto;
• Compreender a natureza alfabética do nosso sistema de escrita;
• Dominar as relações entre grafemas e fonemas;
• Saber decodificar palavras e textos escritos;
• Saber ler, reconhecendo globalmente as palavras;
• Ampliar a sacada do olhar para porções maiores de texto que meras palavras,
desenvolvendo assim fluência e rapidez de leitura (fatiamento).
Unidades Temáticas

• Com a implementação da BNCC Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Anos


Finais, a forma com que os conteúdos serão trabalhados em sala de aula
ganhou novo foco. A divisão agora é por unidades temáticas, que consiste na
reunião de um conjunto de conteúdos de uma mesma temática em uma
unidade.

• Na BNCC, essas unidades aparecem em praticamente todos os componentes


curriculares ao longo de todo o Ensino Fundamental. Por exemplo, a unidade
temática “Matéria e Energia” de Ciências aparece do 1º ao 9º ano, o que muda
são os objetos de conhecimento e as habilidades exigidas para cada etapa.
Segundo a BNCC:
Unidades Temáticas

• Respeitando as muitas possibilidades de organização do


conhecimento escolar, as unidades temáticas definem um arranjo dos
objetos de conhecimento ao longo do Ensino Fundamental adequado
às especificidades dos diferentes componentes curriculares. Cada
unidade temática contempla uma gama maior ou menor de objetos
de conhecimento, assim como cada objeto de conhecimento se
relaciona a um número variável de habilidades […]. As habilidades
expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas
aos alunos nos diferentes contextos escolares.
Unidades Temáticas

• Portanto, a partir dessas unidades, o conteúdo trabalhado em um ano pode


ser retomado e ampliado nos anos seguintes, permitindo que o professor
trabalhe novas habilidades em sala de aula.

• Entre os componentes curriculares presentes na BNCC, somente o


componente Língua Portuguesa – da área de Linguagens – não está
estruturado em unidades temáticas. Ou seja, ela se organiza em práticas de
linguagem (leitura/escuta, produção de textos, oralidade e análise
linguística/semiótica), campos de atuação, objetos de conhecimento e
habilidades.
Ensino Fundamental – Anos finais

• O Ensino Fundamental é caracterizado por ser a etapa mais longa da Educação


Básica (9 anos). Durante esta fase, os alunos passam por muitas mudanças
relacionadas ao seu desenvolvimento físico, emocional, social, à sua
capacidade cognitiva e à sua rotina dentro e fora da escola. O Ensino
Fundamental atende desde crianças com 6 anos de idade a adolescentes com
14 anos de idade. É um período de grandes transformações!

• Para abranger as competências e habilidades a serem desenvolvidas durante


essa fase tão complexa, divide-se a etapa do Ensino Fundamental entre os
Anos iniciais (1º ao 5º Ano) e os Anos finais (6º ao 9º Ano). A abordagem
pedagógica nessas duas etapas apresenta várias características comuns. Nos
Anos finais do Ensino Fundamental, no entanto, ela se direciona cada vez mais
para a intenção de despertar a autonomia e o protagonismo dos estudantes,
preparando-os para o ingresso no Ensino Médio.
Competências gerais
• Uma das principais mudanças no Ensino Fundamental – Anos finais – e ao
longo de toda a Educação Básica – conforme a proposta da BNCC, é a definição
de um conjunto de 10 competências gerais. As competências gerais são a
“mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades
(práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do
mundo do trabalho.” (BNCC)

• Elas mantêm-se as mesmas da Educação Infantil ao Ensino Médio, mas se


desdobram ao longo de cada uma dessas etapas da educação em diferentes
direitos de aprendizagem, campos de experiência, unidades temáticas, objetos
de conhecimento e habilidades específicas, adequando-se às particularidades
de cada fase do desenvolvimento dos estudantes.
Competências gerais

• Áreas do conhecimento e componentes curriculares


• Enquanto na Educação Infantil a abordagem pedagógica fala em
campos de experiência, direitos e objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento, a partir do Ensino Fundamental a estrutura da Base
Nacional Comum Curricular é organizada em grandes áreas do
conhecimento e seus respectivos componentes curriculares
(anteriormente conhecidos como matérias ou disciplinas). Cada área
e componente curricular possuem competências específicas,
articuladas às dez competências gerais.
Áreas do conhecimento e os componentes curriculares para os
Anos finais do Ensino Fundamental

• Área de Linguagens Área de Matemática


• Língua Portuguesa Matemática
• Arte
• Educação Física Área de Ciências da natureza
• Língua Inglesa* Ciências

Área de Ciências Humanas Área de Ensino religioso


Geografia e História Ensino religioso
Objetos de conhecimento

• Os objetos de conhecimento podem ser entendidos como os principais


conteúdos, conceitos e processos que serão trabalhados dentro de cada
unidade temática. Vamos compreender melhor essa relação utilizando o
mesmo exemplo do tópico anterior.

• Dentro da unidade temática “O sujeito e o seu lugar no mundo”, um aluno do


1º ano deve trabalhar com os objetos de conhecimento “O modo de vida das
crianças em diferentes lugares” e “Situações de convívio em diferentes
lugares”. Enquanto isso, dentro da mesma unidade temática, um estudante do
9º ano trabalhará objetos de conhecimento mais complexos, como “A
hegemonia europeia na economia, na política e na cultura” e as “Corporações
e organismos internacionais”.
Habilidades
• Por fim, as habilidades são as aptidões que o estudante irá desenvolver no
estudo de determinado objeto de conhecimento. Retomando o nosso
exemplo anterior, ao estudar “O modo de vida das crianças em diferentes
lugares”, o aluno do 1º ano deverá ser capaz de “descrever características
observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar
semelhanças e diferenças entre esses lugares” (EF01GE01) e “identificar
semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras de diferentes épocas e
lugares.” (EF01GE02)

• O aluno do 9º ano, por sua vez, ao estudar “a hegemonia europeia na


economia, na política e na cultura”, irá desenvolver a sua habilidade de
“analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida em
várias regiões do planeta, notadamente em situações de conflito,
intervenções militares e/ou influência cultural em diferentes tempos e
lugares”. (EF09GE01)
Protagonismo juvenil

• O termo “protagonismo” aparece inúmeras vezes ao longo da BNCC do Ensino


Fundamental – Anos finais. A intenção evidenciada aqui é que a escola proporcione
um ambiente, projetos e práticas pedagógicas favoráveis para que o adolescente
desenvolva cada vez mais a sua autonomia. Essa autonomia vale tanto para a
administração dos seus próprios estudos, quanto para a sua atuação em sociedade e
para a construção do seu projeto de vida.

• Projeto de vida
• Nos Ensino Fundamental – Anos finais começa a aparecer de forma mais evidente a
definição de projeto de vida dos estudantes, que será trabalhada de modo mais
aprofundado ao longo do Ensino Médio.

• (…) a BNCC propõe a superação da fragmentação radicalmente disciplinar do


conhecimento, o estímulo à sua aplicação na vida real, a importância do contexto
para dar sentido ao que se aprende e o protagonismo do estudante em sua
aprendizagem e na construção de seu projeto de vida.
Qual a abordagem pedagógica da BNCC Ensino
Fundamental – Anos Iniciais?

• Diferente da Educação Infantil, a proposta da BNCC Ensino Fundamental − Anos


Iniciais é a progressão das múltiplas aprendizagens, articulando o trabalho com
as experiências anteriores e valorizando as situações lúdicas de aprendizagem.

• Segundo o documento da BNCC:

• Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas


experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de
relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre
os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma
atitude ativa na construção de conhecimentos.
Qual a abordagem pedagógica da BNCC Ensino
Fundamental – Anos Iniciais?
• Portanto, ao compreender as mudanças no processo de desenvolvimento
da criança − como a maior autonomia nos movimentos e a afirmação de
sua identidade − a BNCC Ensino Fundamental − Anos Iniciais propõe o
estímulo ao pensamento lógico, criativo e crítico, bem como sua
capacidade de perguntar, argumentar, interagir e ampliar sua compreensão
do mundo. Ou seja:

• Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do


conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e
pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência estética e
intercultural das crianças, considerando tanto seus interesses e suas
expectativas quanto o que ainda precisam aprender.
O que a BNCC Ensino Fundamental – Anos Iniciais
traz de novidade?
• A BNCC Ensino Fundamental – Anos Iniciais contempla a primeira etapa do
segmento, bem como estudantes e professores do 1º ao 5º ano, enquanto os
Anos Finais contemplam alunos e professores do 6º ao 9º ano.

• Por fazerem parte de uma mesma Base, a BNCC da Educação Básica, a BNCC
Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Anos Finais possuem vários pontos em
comum para garantir o percurso de aprendizagem contínuo, como a divisão
por áreas do conhecimento, componentes curriculares e unidades temáticas.

• A seguir destacamos alguns destes pontos para você. Vamos conferir?


Áreas do Conhecimento

• A organização estrutural da BNCC no Ensino Fundamental como um todo se dá por


áreas do conhecimento, da mesma forma que acontece no Exame Nacional do
Ensino Médio (ENEM). Tal organização busca favorecer a comunicação entre os
conhecimentos e aprendizagens das inúmeras disciplinas, agora chamadas de
componentes curriculares.
• As áreas do conhecimento previstas pela BNCC são: 1) Linguagens, 2) Matemática, 3)
Ciências da Natureza e 4) Ciências Humanas, sendo que cada uma delas têm
competências específicas de área – reflexo das dez competências gerais da BNCC –
que devem ser promovidas ao longo de todo o Ensino Fundamental.
• De acordo com a BNCC, “as competências específicas possibilitam a articulação
horizontal entre as áreas, perpassando todos os componentes curriculares, e
também a articulação vertical, ou seja, a progressão entre o Ensino Fundamental –
Anos Iniciais e o Ensino Fundamental – Anos Finais e a continuidade das
experiências dos alunos, considerando suas especificidades.”
Componentes curriculares
• O que antes entendíamos como disciplinas ou matérias, chamamos agora de componentes curriculares. Mas
como assim? As disciplinas não deixaram de existir, o que mudou foi: a BNCC não chama mais Língua
Portuguesa, por exemplo, de disciplina ou matéria. A Base a compreende como um componente curricular da
área de conhecimento de Linguagens.
• Você já sabe em qual área cada componente curricular está presente na BNCC Ensino Fundamental – Anos
Iniciais e Anos Finais? Confira a lista que preparamos para você!
• Linguagens
• Componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Inglesa.
• Matemática
• Componente curricular: Matemática.
• Ciências da Natureza
• Componente curricular: Ciências.
• Ciências Humanas
• Componentes curriculares: História e Geografia.
• Ensino Religioso
• Componente curricular: Ensino Religioso.
• Com o intuito de garantir o desenvolvimento das competências específicas de área, cada componente
curricular possui – conforme indicado no texto da BNCC – um conjunto de habilidades que estão relacionadas
aos objetos de conhecimento (conteúdos, conceitos e processos) e que se organizam em unidades temáticas
Base comum x parte diversificada:
• O que é a parte diversificada? De que forma ela difere da Base comum?
• Enquanto a Base comum traz definições pertinentes a todos os estudantes e instituições de ensino
do país, a parte diversificada pode trazer aos currículos das escolas conteúdos complementares, a
serem definidos pelas próprias redes, instituições e sistemas de ensino. A parte diversificada
complementa e enriquece a Base comum, respeitando características regionais e locais da sociedade.
Isso não significa alterar aquilo que já está previsto no documento da BNCC, e sim inserir novos
conteúdos integrados a ele, que estejam de acordo com as competências já estabelecidas.
• Um exemplo é a iniciativa da Prefeitura da Cidade de São Paulo, que optou por inserir, já em 2018,
aulas de programação e letramento digital nas grades das escolas do município. Esse tipo de
conteúdo não está previsto na Base comum, mas alinha-se perfeitamente às competências e
habilidades previstas, além de refletir uma necessidade das escolas da maior cidade brasileira.
• Qual é o objetivo de ter uma parte diversificada no currículo?
• O Brasil é um país extremamente diverso, com dimensões continentais. A parte diversificada serve
para que os profissionais da educação tenham a oportunidade de adequar seus currículos e práticas
à realidade de sua instituição de ensino e do local onde está inserida. Ela dá liberdade para que as
Unidades Federativas, escolas e redes de ensino público e de ensino privado apresentem em suas
grades temas de relevância social e cultural, contextualizados com a realidade dos seus alunos e da
comunidade escolar como um todo. Em suma, o objetivo de ter uma parte diversificada nos
currículos locais é buscar formas de suprir as carências e necessidades das escolas brasileiras, que
experimentam os mais diferentes contextos.
A Base comum e a parte diversificada correspondem a
que porcentagem dos currículos locais?

• A Base comum deve ser contemplada em sua totalidade nos currículos


estaduais, municipais e das instituições de ensino. A parte diversificada, por
sua vez, pode corresponder a até 40% dos currículos locais. Dentro desta
margem, cabe aos profissionais da educação a definição dos conteúdos que
são relevantes para a realidade em que estão inseridos.

• Quais são as 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular?


• 1- Conhecimento: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente
construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e
explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de
uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Quais são as 10 Competências Gerais da Base
Nacional Comum Curricular?

• 2- Pensamento científico, crítico e criativo:


• Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a
criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das diferentes áreas.
• 3 – Repertório cultural:
• Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-
cultural.
Quais são as 10 Competências Gerais da Base
Nacional Comum Curricular?

• 4 – Comunicação: Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-


motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos, além de produzir sentidos que levem ao entendimento
mútuo.
• 5 – Cultura digital: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de
informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
Quais são as 10 Competências Gerais da Base
Nacional Comum Curricular?
• 6 – Trabalho e projeto de vida:
• Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais, apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência
crítica e responsabilidade.
• 7 – Argumentação:
• Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para
formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que
respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento
ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Quais são as 10 Competências Gerais da Base
Nacional Comum Curricular?

• 8 – Autoconhecimento e autocuidado:
• Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo- se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e
as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
• 9 – Empatia e cooperação:
• Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, suas identidades, suas culturas e suas
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Quais são as 10 Competências Gerais da Base
Nacional Comum Curricular?
• 10 – Responsabilidade e cidadania:
• Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
• Todas as competências indicam o que deve ser aprendido pelos estudantes (o objetivo é
identificado por verbos infinitivos que iniciam as descrições), do mesmo modo que
especificam com que finalidade determinada competência deverá ser desenvolvida,
elucidando a sua importância para a formação do estudante ao longo da Educação Básica.
• Vamos tomar a primeira Competência, como exemplo:
• Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social,
cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar
para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
• Partindo dessa descrição, os conhecimentos dos campos de experiência e das áreas
específicas devem ser mobilizados para compreender e explicar a realidade, protagonizar
escolhas e agir de maneira colaborativa, com a intenção de construir uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.
Na Educação Infantil
• Para esta etapa, as 10 Competências Gerais da Base se desdobram
em direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, dentro dos 5 campos de
experiência da Educação Infantil.
• Qual o novo foco com a BNCC na Educação Infantil?
• No próximo ano, a BNCC trará a orientação de trabalhar com foco nos eixos estruturais,
direitos de aprendizagem da criança e campos de experiência. Eles já existiam, mas com a
Base ganham um enfoque maior na prática pedagógica e na rotina escolar.

• Os eixos estruturais, interagir e brincar, são importantes para que a criança consolide sua
aprendizagem. É a partir da brincadeira e da interação que ela desenvolve, nesta etapa, as
estruturas, habilidades e competências que serão importantes ao longo de toda a vida.

• A seguir, vamos explicar os novos focos da BNCC na Educação Infantil: os direitos de


aprendizagem e os campos de experiências, além da divisão da faixa etária e a nomenclatura
usada para as etapas deste segmento. Vamos lá?
Educação Infantil
• Direitos de aprendizagem
• A BNCC na Educação Infantil estabelece seis direitos de aprendizagem:
conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. São eles que
asseguram as condições para que as crianças “aprendam em situações nas
quais possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a
vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam
construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural” (BNCC).

• Confira abaixo como esses direitos de aprendizagem aparecem no documento


da BNCC na Educação Infantil e a proposta de cada um deles:
Direitos de aprendizagem na Educação infantil
• Conviver: Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes
grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do
outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.
• Brincar: Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e
tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e
diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua
imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais,
sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.
• Participar: Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do
planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador
quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das
brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes
linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando.
Direitos de aprendizagem na Educação infantil

• Explorar: Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras,


emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da
natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em
suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.
• Expressar: Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas
necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas,
opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens.
• Conhecer-se: Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural,
constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento,
nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens
vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário
Campos de experiência
• Como vimos anteriormente nesse post, as interações e as brincadeiras fazem
parte dos eixos estruturais da Educação Infantil e são eles que asseguram às
crianças os direitos de aprendizagem. Levando isso em consideração, a BNCC
na Educação Infantil é estruturada em cinco campos de experiência.

• De acordo com a Base:

• Os campos de experiências constituem um arranjo curricular que acolhe as


situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus
saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio
cultural. A definição e a denominação dos campos de experiências também se
baseiam no que dispõem as DCNEI em relação aos saberes e conhecimentos
fundamentais a ser propiciados às crianças e associados às suas experiências.
Assim, ao considerar esses saberes e conhecimentos, a
BNCC estrutura os campos de experiência da seguinte
forma:

• O eu, o outro e o nós: É a partir da interação e do convívio com outras


crianças, que a criança começa a construir sua identidade e a descobrir o
outro. Quando ela chega na escola, seu foco é seu próprio mundo (EU). Com o
trabalho realizado no ambiente escolar, ela passa a perceber seus colegas
(OUTRO) e logo está interagindo no meio dos outros (NÓS).
• Portanto, é na Educação Infantil que a criança amplia sua autopercepção,
assim como a percepção do outro. Além de valorizar sua identidade, ela
aprende a respeitar os outros e a reconhecer as diferenças entre ela e seus
colegas.
Assim, ao considerar esses saberes e
conhecimentos, a BNCC estrutura os campos de
experiência da seguinte forma:

• Corpo, gestos e movimentos:


• A criança explora o espaço em que vive e os objetos a sua volta com o corpo, por
meio dos sentidos, gestos e movimentos. É nesse contexto – a partir das linguagens
como música, dança, teatro e brincadeiras – que elas estabelecem relações,
expressam-se, brincam e produzem conhecimentos.
• É na Educação Infantil que o corpo das crianças ganha centralidade. Por isso, é
importante que a escola promova atividade lúdicas com interações, nas quais as
crianças possam “explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos,
olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e
uso do espaço com o corpo (tais como sentar com apoio, rastejar, engatinhar,
escorregar, caminhar apoiando-se em berços, mesas e cordas, saltar, escalar,
equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.)” (BNCC)
Assim, ao considerar esses saberes e
conhecimentos, a BNCC estrutura os campos de
experiência da seguinte forma:

• Traços, sons, cores e formas:


• A convivência com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas no
espaço escolar possibilita a vivência de várias formas de expressão e
linguagens. A partir dessas experiências, as crianças desenvolvem seu senso
estético e crítico, além da autonomia para criar suas produções artísticas e
culturais.
• Dessa forma, é de extrema importância para a criança da Educação Infantil o
contato com as artes visuais, música, teatro, dança e audiovisual, para que ela
possa desenvolver sua sensibilidade, criatividade e sua própria maneira de se
expressar.
Assim, ao considerar esses saberes e
conhecimentos, a BNCC estrutura os campos de
experiência da seguinte forma:
• Escuta, fala, pensamento e imaginação:
• O contato com experiências nas quais as crianças possam desenvolver sua
escuta e fala são importantes para sua participação na cultura oral,
pertencente a um grupo social. Além da oralidade, é fundamental que a
criança inicie seu contato com a cultura escrita a partir do que já conhecem e
de suas curiosidades.
• Ao escutar histórias, participar de conversas, ter contato com livros, as crianças
irão desenvolver, além de sua oralidade, a compreensão da escrita como uma
forma de comunicação.
Assim, ao considerar esses saberes e
conhecimentos, a BNCC estrutura os campos de
experiência da seguinte forma:
• Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações:
• A criança da Educação Infantil está inserida em um mundo de descobertas, com
espaços e tempos de diferentes dimensões. Logo, é nessa idade que ela começa a
despertar sua curiosidade para o mundo físico, seu corpo, animais, plantas, natureza,
conhecimentos matemáticos, bem como para as relações do mundo sociocultural.
• Por isso, a BNCC entende que, na Educação Infantil, a escola “precisa promover
experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos,
investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação
para buscar respostas às suas curiosidades e indagações.”
• Dessa forma, a instituição cria oportunidades para a criança ampliar seu
conhecimento de mundo, de modo a utilizá-los em seu cotidiano.
Divisão da faixa etária e nomenclatura

• Com a BNCC da Educação Básica, a divisão da faixa etária e a nomenclatura


usada para os segmentos da Educação Infantil foram alterados, levando em
consideração as especificidades necessárias a cada um dos grupos etários que
constituem os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento desta etapa.

• Assim, a divisão etária é estruturada de acordo com a imagem abaixo:


Conclusão
• Nesse post, você viu quais são os novos focos da BNCC na Educação Infantil a partir dos conceitos de
direitos de aprendizagem e campos de experiências, os quais estão ligados com os eixos estruturais
desse segmento – interagir e brincar.

• Nas outras etapas da educação básica, como o Ensino Fundamental, as orientações propostas pela
BNCC também começam a valer a partir de 2019. Aqui, é fundamental entender que a organização
da base é diferente em cada segmento.

• Enquanto na Educação Infantil a BNCC apresenta os direitos de aprendizagem, campos de experiência


e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, no Ensino Fundamental a estrutura se dá pelas
áreas do conhecimento, objetivos específicos de cada componente curricular e as habilidades que o
aluno deve desenvolver ao longo desta etapa.

• Outro ponto importante para ficar atento é a transição entre a Educação Infantil e o Ensino
Fundamental, pois, como aponta a BNCC, é preciso que haja uma continuidade em seu percurso
educativo e “equilíbrio entre as mudanças introduzidas, garantindo integração e continuidade dos
processos de aprendizagens das crianças, respeitando suas singularidades e as diferentes relações
que elas estabelecem com os conhecimentos, assim como a natureza das mediações de cada etapa.”

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