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2. Considerar como atributos de avaliação e definição de valores os aspectos cronológicos, tecnológicos, morfológicos, cenográficos,
conjecturais e hipotéticos, nos paradigmas de tempo, espaço, forma, uso, função e ausência, objetivando a originalidade e
autenticidade, visto que permitam a compreensão do processo de apropriação, criação, ocupação, evolução e transformação do solo
ou das estruturas edificadas, bem como da morfologia e do ordenamento urbano ou do edificado. Desta forma, pode-se valorar e
identificar o acervo existente – praça, quadra, lote, edifício, evolução de partido de planta do edificado e de suas técnicas
construtivas – considerando os parâmetros: largura e características das vias, parcelamento do solo, taxa de ocupação de quadras e
lotes, impermeabilização, pavimentos, volumes de cheios e vazios, cobertura, materiais e técnicas construtivas, serviços e demais
demarcadores – muros, arrimos, aterros, canais, obras de arte, cotas de nível, marcadores urbanos de posturas municipais, dentre
outros, com seus diferentes usos, funções, ampliações, remodelações e supressões ao longo do tempo.
3. Sustentabilidade à reincorporação de antigos demarcadores urbanos ou construídos, tais como: paredes, muros, muralhas, bastiões,
baterias, revelins, vias, guias, cotas de soleiras, portas, janelas, arcos, vãos e demais elementos urbanos e arquitetônicos sejam
eles oficiais, civil, religioso ou militares, bem como todo descarte da cultura material do construído e de consumo – o rico lixo
composto por cerâmicas, faianças, vidros, metais e restos alimentares, manilhas, telhas, tijolos, cantarias, dentre outros – que
caracterizam a denominada tralha doméstica do cotidiano do aglomerado urbano da cidade, promovendo processos de
reapropriação destes elementos pela população, enquanto documentos históricos. Somente a partir dessa relação, o patrimônio
urbano e construído será transformado em herança e contribuirá para a construção das identidades.
Programa de Arqueologia Urbana
para a Cidade do Recife.
Projeto 1: Bairro do Recife
4. Elaborar, em harmonia com a proposta de uma arqueologia preventiva programada, a Carta de Valoraçao Arqueológica do Construído
nos seus diversos paramentos como instrumento técnico que servirá a todos profissionais envolvidos com a gestão administrativa
do patrimônio construído da área em estudo. A Carta de Valoração Arqueológica do Construído deve ter como objetivo a
individualização do construído em unidades crono-tecno-morfológicas. A individualização de uma área considerada unidade crono-
tecno-morfológica não comporta automaticamente um vínculo de interesse arqueológico. Só a intervenção arqueológica
estratigráfica de cotas positivas e negativas do construído pode conduzir a tal valoração definitiva que, pela peculiaridade da
pesquisa arqueológica, pode dar resultados extremamente diversos e não codificados a priori.
5. Estudar conhecer e reconhecer a evolução do patrimônio construído de uma cidade ou de um monumento deve servir para agregar
novos elementos de juízo e singularizar elementos, tipologias, soluções arquitetônicas, sistemas construtivos, estratégias de
parcelamento ou subdivisão do espaço, dentre outros. Sem investigação não há elementos de juízo que permitam valorar um
elemento construído adequadamente. Atribuir apriorísticamente uma não singularidade de um bem devido ao desconhecimento
deste é cientificamente incorreto ;
6. Aplicar prospecções arqueológicas no solo e nos elementos construídos, sejam imóveis ou conjuntos, enquanto técnicas de
investigação que permitem a valorização, a singularização e a reabilitação de um bem quando objeto de projetos públicos ou
privados de conservação. A arqueologia estratigráfica de cotas positivas e negativas contribui para o entendimento das
transformações e características construtivas do imóvel, como os materiais utilizados, as técnicas construtivas aplicadas, as
cronologias relativas reveladas, as distribuições espaciais de todos os elementos evidenciados, as soluções estruturais reveladas
e, portanto, serve para subsidiar os projetos de gestão, atendendo a anteprojetos e o projeto arquitetônico e/ou urbanístico, bem
como os projetos complementares.
7. Adotar os procedimentos técnicos característicos da condução de um programa geral de pesquisa de sítios arqueológicos
pluriestratificados nos projetos de intervenção da infra-estrutura de serviços públicos e privados, subterrâneos ou aéreos, a
exemplo da energia elétrica, telefonia, fibra ótica, gás, água, esgotamento sanitário, drenagens e similares.
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Coordenadas Planas: sistema de coordenadas de um plano horizontal, utilizado para descrever as posições dos pontos com uma origem arbitrária. A origem é
estabelecida por dois eixos que se cruzam em ângulos retos. A posição de um ponto é determinada pelas distâncias perpendiculares a esses eixos.
Grid: divisão das poligonais em espaços regulares quadrados, com medidas definidas pelo pesquisador.
Altura: medida estabelecida em relação ao sistema planialtimétrico definido para o sítio, podendo ser positiva ou negativa em relação ao ponto zero inicial ou RN
( Referência de Nível).
Mega Quadra: unidade espacial definida de 20 em 20 Km, por se trabalhar com a cidade atual, esta unidade espacial, facilitará no entendimento de
incorporações de unidades arqueológicas independentes, que hoje passam a ser componentes de um sítio maior.
Hiper Quadra: unidade espacial definida de 2 em 2 Km, adequada para as unidades funcionais e administrativas de uma cidade com bairros.
Super Quadra: unidade espacial definida de 200 em 200 metros que se coadunam com a unidade de demarcação urbana como quarteirão ou quadra.
Quadra: subdivisão da unidade espacial definida para o sítio por um grid de referência, aqui definido, de 20 por 20 metros, tornando-se a quarta unidade de
referência dentro do sistema planialtimétrico já definido.
Quadrícula: subdivisão do grid de quadra em cem unidades de 2 por 2 metros, tornando-se o quinta divisão do sistema de referência.
Subquadrícula: subdivisão das quadrículas em quatro unidades de 1 por 1 metro, tornando-se a sexta divisão do sistema de referência.
Célula: menor subdivisão dos sistemas de referência, obtida pela divisão das subquadrículas em cem unidades de 10 por 10 centímetros.
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Hiper quadras
(2km X2 km)
Com o mapa do
bairro ao fundo.
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•Grid 2
•Grid 20
•Grid 200
•Grid 2000
•Texto 2
•Texto 20
•Texto 200
•Texto 2000
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* Layers : camadas do
desenho
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4. Vamos tomar como estudo de caso, uma edificação localizada na Rua Bom Jesus
11. A localização dos lotes da Rua do Bom Jesus então terá no grid de
posicionamento espacial planialtimétrico a seguinte referência numérica:
00, 00, 30
31
40
41
Hiper quadra
Quadras
Super quadra
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12. Com o intuito de facilitar o uso do grid de quadras por arquitetos e arqueólogos e
demais pesquisadores que integrarão a equipe de projetos dentro do perímetro de
preservação definidos pela instituição, o IPHAN irá fornecer um arquivo digital
contendo todo o grid de referência de nível e estabelecerá um RN inicial, como
mostra o exemplo a seguir:
RN
Fachada Alfredo Lisboa
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COTA POSITIVA
RN
COTA NEGATIVA
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Corte / perfil
Nas unidades do sistema de referência tais como células, quadrículas, sempre voltado para
a fachada principal das unidades crono-tecno-morfológicas ou das unidades que a compõem
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13. Adotando-se o RN 00 numeração das Hiper quadras e Super quadras sempre será
feita:
• da ESQUERDA para a DIREITA;
• no sentido HORÁRIO.
00 01
03 02
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Planta de Situação
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zachariaswagenerhouse
Fachada Rua do Bom Jesus (antiga rua dos judeus e rua da cruz) Fachada Rua Alfredo Lisboa (antiga winestrass e rua álvares cabral)
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Fotografia da Rua dos Judeus em 1859 Detalhe das casa na fotografia de 1859
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Rua da Cruz (último quartel do século 19) Rua do Bom Jesus ( 1° quartel do século XX)
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Térreo
parede sul, iniciando a remoção do reboco parede sul, iniciando a remoção do reboco
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detalhe de um dos armários entaipados, parede sul marcação dos barrotes, parede sul
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Térreo
armário entaipado na
armário entaipado na parede sul parede norte
Térreo
fundações da fachada
barrotes na parede norte primitiva
fundações da fachada
remanescentes do piso em primitiva
tijoleira
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Térreo
Térreo
fundações
1° Pavimento
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2° Pavimento
Fachada e platibanda
seteira rua do bom Jesus
Armário
Fachada e platibanda,
Rua do bom Jesus
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3° Pavimento
3° Pavimento
Artefatos vítreos
lacre de chumbo de dutch black glass 1ª metade séc. 17 gargalos de dutch black glass 1ª metade séc. 17
bases de dutch black glass 1ª metade 1 séc. 17 borda de cálice 1 século 16-17
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Artefatos cerâmicos
cerâmica de borda reforçada, século 16-17 barro vermelho fino sem vidrado, estremóis, 1ª metade séc. 17
barro vermelho fino sem vidrado, estremóis, 1ª metade séc. 17 cerâmica utilitária esmaltada em verde e amarelo Port. século 17
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Projeto 1: Bairro do Recife
Kraakporcelaine
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Artefatos Ferrosos
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