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Paulo Reglus Neves Freire

Paulo Freire
Por Ana Maria Araújo Freire
Educador e filósofo brasileiro.

Considerado um dos pensadores mais notáveis


na história da pedagogia mundial.
Influenciou o movimento chamado pedagogia
crítica.
Patrono da Educação Brasileira.
Nasceu no dia 19 de setembro de 1921, em Recife, Pernambuco.

Faleceu no dia 2 de maio de 1997, em São


Paulo, São Paulo.
Formado pela Faculdade de Direito do
Recife, PUC-SP - Campus Monte Alegre
(Perdizes).
Começou a leitura da palavra, orientado pela mãe,

escrevendo palavras com gravetos das


mangueiras, à sombra delas, no chão do
quintal da casa onde nasceu, na Estrada do
Encanamento, 724, no bairro da Casa Amarela,
como tanto gosta de lembrar e de dizer.
Aos 10 anos de idade

foi morar nas vizinhanças da capital pernambucana, em


Jaboatão, uma cidadezinha 18 quilômetros distante de
Recife.
Aos 13 anos de idade, experimentou a dor da perda de
seu pai.
Ingressou, aos 22 anos de idade, na Faculdade de Direito
do Recife. Fez esta “opção” por ser a que se oferecia
dentro da área de ciências humanas. Na época não havia
em Pernambuco curso superior de formação de educador.
Antes de ter concluído seus estudos universitários

casou-se em 1944, com a professora primária Elza Maria


Costa Oliveira, com quem teve cinco filhos.
Nesse tempo, tornou-se professor de língua portuguesa
do Colégio Oswaldo Cruz, educandário que o tinha
acolhido na adolescência.
É interessante lembrar que foi este trabalho de professor
mais seu corpo franzino que o pouparam de ir lutar com
a F.E.B. nos campos da Itália, quando da II Grande
Guerra.
Após a experiência de docência

no mesmo estabelecimento de ensino em que havia


estudado, foi diretor do setor de Educação e
Cultura do SESI de 1947 a 1954 e foi
Superintendente do mesmo de 1954 a 1957.
Em 1958 participa de um congresso educacional na
cidade do Rio de Janeiro, onde apresenta um
trabalho sobre educação e princípios de
alfabetização.
No começo de 1964, foi convidado pelo presidente João Goulart
para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização.
Logo após o golpe militar, o método de alfabetização de Paulo
Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militares.
Em setembro de 1964, Paulo Freire partiu para a Bolívia levando
na bagagem uma trajetória de experiências singulares na
alfabetização de adultos.
Viveu no exílio no Chile e na Suíça, onde continuou produzindo
conhecimento na área de educação. Sua principal obra,
Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969. Nela, Paulo Freire
detalha seu método de alfabetização de adultos.
Retornou ao Brasil no ano de 1979, após a Lei da Anistia.

Em 1988, durante a prefeitura de Luiza Erundina,


em São Paulo, exerceu o cargo de secretário
municipal da Educação. Depois deste importante
cargo, onde realizou um belo trabalho, começou a
assessorar projetos culturais na América Latina e
África.
Morreu na cidade de São Paulo, de infarto, em
2/5/1997.
O Método Paulo Freire
Aplicado há mais de 50 anos (1963), o
método Paulo Freire de Alfabetização
foi testado pela primeira vez na
cidade de Angicos, no sertão do Rio
Grande do Norte.
Como começou...

Paulo Freire tinha uma meta ousada: alfabetizar adultos


em 40 horas de aula, sem cartilha. Com isso, pretendia
despertar a consciência política.
Freire teve um contato prévio com os participantes,
estudando suas realidades, as histórias de vidas e o
contexto em que os aprendizes estavam inseridos.
Um grupo de educadores esteve junto de Freire nesta
experiência em Angicos.
Na década de 1960, o nordeste possuía aproximadamente
15 milhões de analfabetos (50% da população nordestina).

A primeira experiência foi realizada com


300 trabalhadores rurais, sem acesso à
escola, e que formavam um grande
contingente de excluídos da participação
social.
Angicos era uma cidade de 13 mil
habitantes e 75% eram analfabetos.
O método Paulo Freire

Estimula a alfabetização dos adultos


mediante a discussão de suas experiências
de vida entre si, através de palavras
presentes na realidade dos alunos, que são
decodificadas para a aquisição da palavra
escrita e da compreensão do mundo.
Círculo de cultura

Os participantes do “círculo de cultura”, em diálogo


sobre o objeto a ser conhecido e sobre a representação
da realidade a ser decodificada, respondem às questões
provocadas pelo coordenador do grupo, aprofundando
suas leituras do mundo.
O debate que surge daí possibilita uma releitura da
realidade, de que pode resultar o engajamento do
alfabetizando em práticas políticas com vista à
transformação da sociedade.

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