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O “mundo” da simetria

Reflectindo sobre desafios do PMEB

Ana Maria Roque Boavida


ana.boavida@ese.ips.pt
PFCM 2010/2011 ESE/IPS

Observando o PMEB tendo a simetria por horizonte

Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 2
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Que imagens têm ou não têm simetria?

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Simetria: Que significado?


Serão as mãos simétricas?

Será a nossa cara simétrica?

Serão os bonecos simétricos?

Afinal, de que falamos quando falamos em simetria?

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Simetria: Que significado?


 A noção de simetria, sendo essencial em Matemática,
não é exclusiva deste campo
Simetria é uma ideia que o homem tem usado ao longo dos tempos
para tentar compreender e criar ordem, beleza e perfeição. (Serra,
1993, p. 304, cit. Weyl)

A noção de simetria é deveras importante em Matemática, nas


artes visuais e em diversas ciências como a Cristalografia e a
Física. (Oliveira, 1997, p. 70)

 Em geometria, simetria define-se em termos de isometrias


Quando a imagem de uma figura, através de uma isometria diferente
da identidade, coincide com a figura original, então a figura tem
simetria. (Serra, 1993)

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Simetria: Estabilizando um significado


 Falar de simetria é falar de simetria de uma figura.
Figura: um subconjunto de pontos do plano ou do (Bastos, 2006)

espaço. Exs: Recta, rectângulo, esfera, desenho


artístico,...

 Não tem sentido perguntar se as duas bonecas (duas figuras) são


simétricas...

... embora possa perguntar-se se a boneca (uma figura)


tem simetria.

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Simetria de uma figura: Estabilizando um significado


Focando-nos nas figuras do plano
 Simetria de uma figura não é o mesmo que simetria axial de uma
figura: a figura pode ter simetrias que não sejam axiais
Simetria de uma figura F é uma particularidade dessa figura. Significa
que existe uma isometria T do plano que deixa a figura invariante, isto é,
tal que T (F ) = F. (adaptado de Bastos, 2006)

 Invariante significa globalmente invariante


Podem alguns ou todos os pontos da figura mudar de posição, mas a
figura, como um todo, fica invariante. (Veloso, 1998, p. 182)
 Manutenção da congruência e da posição
O transformado da figura através da isometria coincide com a figura original:
as figuras são geometricamente iguais e além disso ocupam a mesma posição
no plano, mesmo que haja pontos que não coincidam com as suas imagens.

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Revisitando isometrias a propósito de simetria

 Analisar a simetria de uma figura remete para investigar se há


isometrias (diferentes da identidade) que a deixam invariante

 Isometria: Transformação geométrica que preserva as distâncias;


as figuras do plano são transformadas noutras geometricamente
iguais.

 Quatro tipos fundamentais de isometrias:


— Rotação
— Translação
— Reflexão
— Reflexão deslizante

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Revisitando isometrias a propósito de simetria


.O
Rotação
75º

O peixe da esquerda “rodou” no sentido contrário aos ponteiros do


relógio (sentido positivo), descrevendo um ângulo de vértice O e
amplitude 75 graus.

Rotação de centro O e amplitude 750

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Revisitando isometrias a propósito de simetria


.O Centro de rotação:
Rotação pode ser um ponto
75º que não pertence
Centro de rotação: pode ser à figura
um ponto da figura

.O

2700

750
.O
.O .O

1800 (meia volta) 3600


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Revisitando isometrias a propósito de simetria

Rotação

Rotação de centro O e amplitude α é uma transformação geométrica tal que:


•qualquer que seja o ponto P do plano, a distância de O a P é igual à distância
de O à imagem de P (P’ );
•a amplitude do ângulo orientado definido por P, O e P’ é igual a α.

Rotação de centro O e amplitude 900

F F

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Revisitando isometrias a propósito de simetria


Translação 
Translação associada ao vector 
v


Translação associada ao vector u
 


 v


 
u


Numa translação todos os pontos de uma figura se “deslocam” na


mesma direcção, no mesmo sentido e a mesma distância.
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Revisitando isometrias a propósito de simetria


Translação


Translação associada ao vector u é uma transformação geométrica
em que cada ponto O do plano é transformado
 num outro ponto O’
(imagem de O) em que O’ = O + u

u

 Translação da figura F
 F
u vector
associada ao

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Revisitando isometrias a propósito de simetria


Reflexão Os eixos de reflexão podem, ou não ter pontos em
comum com a(s) figura(s)

eixo de reflexão

Cada ponto de uma figura e a sua imagem estão sobre uma recta
perpendicular ao eixo de reflexão e a igual distância desse eixo.
É como se o peixe e a estrela se estivessem “a ver ao espelho”...
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Revisitando isometrias a propósito de simetria


Reflexão

Reflexão de eixo s é a transformação geométrica que faz corresponder a


cada ponto O do plano o ponto O’ (imagem de O) de tal modo que:
•a recta s é perpendicular a [O O’] e passa pelo ponto médio de [O O’] (ou
s é a mediatriz de [O O’];
•se O pertence a s, a sua imagem coincide com O.

 Reflexão da figura F de de eixo s

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Revisitando isometrias a propósito de simetria


Transformação geométrica que
Reflexão deslizante resulta da composição de uma
reflexão de eixo s com uma
translação cujo vector tem direcção
paralela a s.


u

O’’ imagem de O através da reflexão



deslizante associada a s e ao vector u

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Retomando a ideia de simetria de uma figura

De entre as aplicações mais interessantes das transformações


e grupos de transformações estão as relacionadas com
questões de simetria. Existindo muitas espécies de simetrias
no plano e no espaço (...). (Oliveira, 1996, p. 187)

Há uma simetria para cada um dos quatro tipos de isometrias


referidos. (Serra, 1993, p. 305)
— Simetria de reflexão (ou simetria axial)
— Simetria de rotação (ou simetria rotacional)
—Simetria de translação
—Simetria de reflexão deslizante

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Simetria de reflexão de uma figura


Existe, pelo menos, uma reflexão que deixa a figura globalmente invariante

Como a reconhecemos? Várias hipóteses...


 Se conseguirmos dobrar a figura de tal modo que as
duas partes obtidas se sobreponham exactamente;
 Se conseguirmos colocar um espelho ou mira sobre a
figura de modo a que a junção da parte reflectida com a
não reflectida seja exactamente igual à figura toda;
 Se recortarmos a figura e conseguirmos preencher
exactamente o buraco que fica na folha com a parte
recortada mas virada ao contrário (com a parte de
baixo do papel virada para cima);
 ...
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Simetria de reflexão de uma figura


 Por vezes a simetria de reflexão é designada por simetria axial; o eixo
de reflexão também se pode designar por eixo de simetria ou linha de
simetria. (Serra, 1993, p. 305)
Eixo de simetria?

1 eixo de simetria ? eixos de simetria ? eixos de simetria ? eixos de simetria ? eixos de simetria

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Simetria de reflexão de uma figura

Eixo de simetria?

1 eixo de simetria 2 eixos de simetria 6 eixos de simetria 0 eixos de simetria 4 eixos de simetria

Eixo de simetria de uma figura: Recta (sobre a qual se


faz a dobra ou se coloca o espelho/mira…) que divide a figura ao
meio de modo que uma metade da figura seja a reflexão da outra
metade. Caso contrário, a recta não é eixo de simetria.
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Simetria rotacional de uma figura


Existe, pelo menos, uma rotação com uma amplitude superior a 00
e inferior a 3600 que deixa a figura globalmente invariante. Só
neste caso se admite também uma simetria rotacional associada a
um ângulo de 3600.
Como a reconhecemos?
Se conseguirmos girar a figura em torno de um ponto fixo, de modo a que a
imagem resultante, através da rotação, coincida com a figura original.

Figura com simetria rotacional Figura sem simetria rotacional


(ou qualquer outro tipo de simetria)
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Simetria rotacional de uma figura


Que simetrias rotacionais tem a figura?
C
C: Centro da simetria rotacional (ponto
em torno do qual a figura “roda”)

Ângulo da simetria rotacional: ângulo orientado que descreve o


“movimento” da figura.

Um quarto de volta Meia volta Três quartos de volta Uma volta inteira
(90º) (180º) (270º) (360º)

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Simetria de translação de uma figura


Existe, pelo menos, uma translação que deixa a figura globalmente invariante

Como a reconhecemos?
 Se podemos movimentar a figura segundo uma dada distância e
uma dada direcção (identificadas pelo vector da translação) de
tal modo que o seu transformado coincide com a figura original

 Se a figura for infinita, existe essa possibilidade…

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Simetria de reflexão deslizante de uma figura


Existe, pelo menos, uma reflexão deslizante que deixa a figura globalmente invariante

Como a reconhecemos?
 Se, por exemplo, depois de desenharmos a figura em papel transparente, de
virarmos o papel ao contrário “em torno” de uma determinada recta e de o
deslocarmos segundo a direcção dessa recta, conseguirmos que o
transformado da figura coincida com a figura original.

 Se a figura for infinita, existe essa possibilidade…

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Em busca de simetrias de figuras


Potencialidades
O estudo das simetrias das figuras constitui uma
Conhecimento
aplicação muito interessante das isometrias que permite matemático
desenvolver o conhecimento matemático destas
transformações geométricas e fornecer, Resolução de
consequentemente, ferramentas que podem ser muito problemas
úteis na resolução de problemas geométricos. (...)
Conhecimento
O conceito de simetria pode ser também a base para
matemático
actividades de descrição e classificação de figuras
geométricas, de argumentação/demonstração (…) Comunicação e
raciocínio

A análise de objectos artísticos ou de cristais através das


suas simetrias são actividades que estabelecem ligações Conexões matemáticas
entre a matemática e outros domínios do saber (...)
(Bastos, 2006, p. 11)
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Simetrias de polígonos
Que simetrias existem num quadrado?
D C

A B

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Simetrias de polígonos
Que simetrias existem num quadrado?
 Simetrias de reflexão
4
Eixos de simetria: 2 rectas que contêm as
diagonais do quadrado e 2 rectas que passam
pelos pontos médios de lados opostos

90º
 Simetrias rotacionais
4 D
C

Com centro no ponto de encontro das diagonais


do quadrado e amplitudes 900, 1800, 2700 e 3600.

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Simetrias de polígonos
Exemplo de material de apoio à exploração
de simetrias em polígonos

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Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas


Exemplos de rosáceas Rosáceas
 Figuras compostas por diversos
módulos geometricamente
iguais que se repetem por
rotação. O centro de rotação é
sempre o mesmo ponto, a
amplitude da rotação é sempre
a mesma e a divisão entre 3600 e
a medida desta amplitude é
exacta.
 Existe sempre um ponto do
plano que é fixo para o grupo
de simetria da figura (conjunto
das transformações de
simetria da figura).
 Têm sempre simetrias
rotacionais, podendo ter
também simetrias de reflexão.
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Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas

Que simetrias existem nestas rosáceas? Identificar

• assinala o
centro de simetria
• (ou centro de
rotação) da figura

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Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas

Que simetrias existem nestas rosáceas? Identificar

• assinala o
centro de simetria
• (ou centro de
rotação) da figura

 Simetria de reflexão e simetria  Só simetria rotacional


rotacional R rotação de 600
 Simetria de reflexão
R2 rotação de 1200
2 eixos de simetria – lado/lado
R3 rotação de 1800
 Simetria rotacional R4 rotação de 2400
R rotação de 1800 R5 rotação de 3000
R2 rotação de 3600 (identidade) R6 rotação de 3600 (identidade)

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Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas

Exemplo de um recurso tecnológico de apoio à


construção de rosáceas: o scratch

Motivo
simples

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Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas

Exemplo de um recurso tecnológico de apoio à


construção de rosáceas: o scratch

Motivo
simples

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Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Exemplos de frisos Friso


 Figura infinita
caracterizada por
apresentar sempre
simetrias de translação
com a mesma e uma só
direcção.
 No friso, o grupo de
simetria fixa uma recta.
 Pode haver outras
simetrias para além das
de translação

As barras cinzentas ou os motivos incompletos, indicam que a figura se prolonga indefinidamente


para a esquerda e para a direita
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Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Que simetrias existem neste friso? Identificar


Nomenclatura
adoptada

recta horizontal

recta vertical

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Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Que simetrias existem neste friso? Identificar



u Nomenclatura
adoptada

recta horizontal

recta vertical

v

 De translação. Por exemplo, translações associadas aos
 
u
vectores e  v.

 De reflexão de eixo horizontal



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Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Que simetrias existem neste friso? Identificar

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Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Que simetrias existem neste friso? Identificar

 De reflexão de eixo horizontal

 De reflexão de eixos verticais


 De translação da figura u
associadas a
vectores com a
u e comprimento
direcção de 
múltiplo do deste vector.
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Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos


A partir de um motivo simples
podem-se construir frisos muito Construir
diversos usando isometrias

r
A A A’’
’ B’ ’ B’ B’’
C’ C’ C’’
D’ D’ D’’

Motivo simples [A´, B’, C’, D’] imagem do [A’´, B’’, C’’, D’’] imagem de
motivo simples através de [A´, B’, C’, D’] através de
uma reflexão de eixo r. uma translação de vector
paralelo ao eixo de reflexão
Nota: O motivo simples é, por vezes, designado por módulo
(recta r).
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Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Construir (continuação)

Através de translações sucessivas da figura

Obtém-se o friso

Simetrias do friso: de translação e de reflexão deslizante


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Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Que tipos de frisos há? Investigar

Investigar que tipos de frisos existem (...) [é] perceber que


“estruturas” de frisos existem e, para isso, devemos
investigar que grupos de simetria podem ter os frisos (...)
[trata-se] de procurar uma classificação dos frisos baseada
nos respectivos grupos de simetria. (Veloso, 1998, p. 202)

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Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos


Motivo simples Investigar

Tipo 1: gerado por translação

Motivo composto
Tipo 2: gerado por reflexão de eixo horizontal e translação
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Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos


Motivo simples
Investigar

Motivo composto
Tipo 3: gerado por reflexão de eixo vertical e translação

Tipo
Motivo4: gerado por reflexão de eixo horizontal, reflexão de eixo
composto

vertical e translação
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Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Investigar
Motivo simples

Tipo 5: gerado por rotação de 1800 e translação

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Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Investigar
Motivo simples

Tipo 6: gerado por reflexão deslizante e translação

Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 45
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Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Investigar
Motivo simples

Motivo composto

Tipo 7: gerado por reflexão de eixo vertical, reflexão deslizante


e translação
Há apenas sete tipos de
frisos...
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Simetria: A dabusca
Adaptação deapresentada
conferência equilíbrio,
por Anaharmonia,
Maria Boavida nobeleza... (Alcazar,
Encontro BragançaMat 11 (AbrilSevilha)
2011) 47
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Bibliografia e outros materiais consultados

Bastos, R. (2006). Notas sobre o Ensino da Geometria do Grupo de Trabalho de Geometria da APM –
Simetria. Educação Matemática, 88, 9-11.
Bastos, R. (2007). Notas sobre o ensino da Geometria: Transformações geométricas. Educação e
Matemática, 94, 23-27.
Deledicq, A. & Raba, R. (1997). Le monde des pavages. Paris: ACL- Éditions.
Devlin, K. (2002). Matemática: A ciência dos padrões. Porto: Porto Editora.
Hargittai, I. & Hargittai, M. (1994). Symmetry: A unifying concept. Bolinas, California: Shelter
Publications.
Haylock, D. (2001). Mathematics explained for primary teachers. London: Sage.
Musser, G., Burger, W. (1997). Mathematics for elementary teachers: A contemporary approach (4ª
ed.). Upper Saddle River: Prentice-Hall.
Oliveira, A. (1997). Transformações geométricas. Lisboa: Universidade Aberta.
Serra, M. (1993). Discovering geometry: An inductive approach. Berkeley: Key Curriculum Press.
Veloso, E., Bastos, R. & Figueirinhas, S. (2009). Notas para o ensino da Geometria: isometrias e
simetria com materiais manipuláveis. Educação e Matemática, 101, 23-28.
Veloso, E. (1998). Geometria. Temas actuais. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional

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Bibliografia e outros materiais consultados


Documentos não publicados
Conjunto de slides elaborados por Ana Maria Boavida para a conferência Revisitando simetrias e
isometrias no plano... a propósito do PMEB realizada no âmbito do PFCM da Universidade de Évora
(Julho de 2010).
Conjunto de slides sobre Simetrias de uma figura e isometrias no plano elaborados por Ana Maria
Boavida, Fernanda Matias, Margarida Rodrigues e Sílvia Machado para a Formação de Professores
Acompanhantes do PMEB: Geometria promovida pela DGIDC (Setembro 2009) .
Conjunto de slides sobre isometrias e simetria de uma figura no plano elaborado por Lina Brunheira,
professora acompanhante do Plano da Matemática II (Fevereiro de 2011).
Conjunto de slides sobre Simetria e frisos elaborados pela equipa do Programa de Formação
Contínua em Matemática para professores dos 1º e 2º ciclos da Universidade de Évora (2008/2009).
Sites
http://www.apm.pt/formacao/tgs_2008/index.html
http://www.atm.org.uk/resources/
http://www.atractor.pt/simetria/matematica/index.html
http://illuminations.nctm.org/ActivityDetail.aspx?ID=168
http://mathstitch.com/Rosettes__Friezes_and_Wallp.html

Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 49
15º EREPM, 30/4/2011- Bragança

O “mundo” da simetria
Reflectindo sobre desafios do PMEB

Ana Maria Roque Boavida


ana.boavida@ese.ips.pt

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